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O PSICÓLOGO E A

VISITA DOMICILIAR
NO SUAS
Profa. Ms. Luana Amaro.
E-mail: luananassaujp@gmail.com
O que é o SUAS?

 “Sistema público que organiza os


serviços de assistência social no
Brasil. Com um modelo de
gestão participativa, ele articula
os esforços e os recursos dos três
níveis de governo, isto é,
municípios, estados e a União,
para a execução e o
financiamento da Política Nacional
de Assistência Social (PNAS),
envolvendo diretamente
estruturas e marcos regulatórios
nacionais, estaduais, municipais e
do Distrito Federal” (MDS, 2015).
Como funciona o SUAS?

Proteção Social Básica CRAS


Prevenção de
riscos sociais e
pessoais

Vínculo
Rompido
Proteção Social
Especial
Situação de Vínculo
Risco prestes a
romper
ATENÇÃO PARA A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL (PSE)

CREAS
PSE
POP

CREAS –
Vínculos Centros de
familiares prestes Referência
a serem Especializado
Média
rompidos de Assistência
Complexidade
Social

CREAS –
Medidas CREAS -
Vínculos Sócio- PAEF
Alta Complexidade
Rompidos Educativas
Criação do SUAS

 Criado a partir das deliberações da IV Conferência


Nacional de Assistência Social e previsto na Lei
Orgânica da Assistência Social (Loas), o Suas teve
suas bases de implantação consolidadas em 2005,
por meio da sua Norma Operacional Básica do
Suas (NOB/Suas), que apresenta claramente as
competências de cada órgão federado e os eixos de
implementação e consolidação da iniciativa.
A inserção do Psicólogo no SUAS

 Contextualizando:
 1962 – Regulamentação da Psicologia como profissão;
 1964- Ditadura militar - Rebateu no processo de formação e exercício profissional e
impediu que a temática social fosse inserida nos currículos.
 Prática psicológica caracterizada como elitista – Construção da ideia de que psicólogo
trabalha APENAS com Psicoterapia.
 1980 - novos movimentos de mudança na atuação profissional e adotou-se o lema do
compromisso social como norteador da atuação psicológica.
 A partir dos novos movimentos: A Psicologia brasileira está trabalhando no sentido da
construção de práticas comprometidas com a sociedade Brasileira.
A inserção do Psicólogo no SUAS

 Diferentes experiências apontaram alternativas para o fortalecimento dos indivíduos e


grupos para o enfrentamento da situação de vulnerabilidade. Como resultado dessas
experiências houve uma ampliação da concepção social e governamental acerca das
contribuições da Psicologia para as políticas públicas, além da geração de novas
referências para o exercício da profissão de psicólogo no interior da sociedade (CFP,
2005).
 Percepção das seguintes necessidades:
 Processos de sofrimento instalados nas comunidades, nos territórios onde as famílias
estabelecem seus laços mais significativos;
 Necessidade de intervenção psicológica em casos de violação de direitos
 Necessidade de fortalecer os grupos familiares;
 Entre outros...
Qual a missão do psicólogo nesta esfera?

Atuar na valorização da experiência subjetiva


do sujeito, pois, contribui para fazê-lo
reconhecer sua identidade.
Operar no campo simbólico da expressividade
e da interpretação com vistas ao fortalecimento
pessoal porque pode propiciar o desenvolvimento
das condições subjetivas de inserção social.
Assim, a oferta de apoio psicológico de forma
a interferir no movimento dos sujeitos e no
desenvolvimento de sua capacidade de
intervenção e transformação do meio social
onde vive é uma possibilidade importante (CFP,
2005).
Técnicas comuns da prática do Psicólogo no SUAS
Proteção Social Básica - Proteção Social Especial de Proteção Social Especial de
CRAS Média complexidade - Alta Complexidade – ILPIs,
CREAS Casa de acolhida, Abrigos
Escuta Psicológica para a Escuta psicológica para a Escuta psicológica
realização de: Triagens, realização de: Atendimentos Técnicas de psicoterapia de
entrevistas sociais, individuais, entrevistas sociais, acordo com a abordagem
orientações e orientações e clínica que segue,
aconselhamentos. aconselhamentos.
Visita Domiciliar Visita Domiciliar Visita Domiciliar

Dinâmicas de grupos Observação contínua Acompanhamento individual

Psicoeducação Avaliação psicológica Dinâmicas de grupo

Observação contínua Psicoeducação Observação contínua


Desafio

 Tem-se então o desafio de se decodificar o que significam os


diferentes níveis de complexidade da proteção social num
cenário de intensas desigualdades sociais. Dentro dos territórios
de pertencimento das camadas excluídas do acesso a bens e
serviços, tem-se, ainda, como propósito, a ocupação das
situações que demandam atenção, cuidado, aproximação.
 Devemos estabelecer muitos olhares, muitas redes e trabalhar
com a vida. Temos o dever de devolver para a sociedade a
contradição quando muitos(as) não usufruem os direitos de
cidadania, que deveriam ser garantidos a todos(as). Mais
motivos temos para nos aproximar e retomar o que deve ter
ficado perdido nos fragmentos dos atendimentos segmentados,
dos encaminhamentos assinalados nos papéis, mas ainda não
inscritos na vida.
Atuação pautada na ética profissional

 Assim a atuação psicológica deve se guiar pelos seguintes princípios fundamentais:


 O(a) psicólogo(a) baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
 II. O(a) psicólogo(a) trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
 III. O(a) psicólogo(a) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
 O(a) psicólogo(a) atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico
de conhecimento e de prática.
VISITA DOMICILIAR NO SUAS (VD)

 Perguntas e afirmativas:
 O psicólogo pode fazer visita domiciliar?
 A visita domiciliar é atribuição privativa
do assistente social?
 O técnico de nível médio (orientar
social/educador social/agente social)
pode realizar visita domiciliar?
 “a/o psicólogo ao acompanhar a/o
Assistente social nas visitas tem agido
como bolsa tiracolo”
 Sempre tem que ser uma atividade
realizada pela dupla (Assistente social +
psicóloga)?
Conceitos e características:

 É uma técnica social, de natureza qualitativa, por meio da qual o profissional se debruça
sobre a realidade social com a intenção de conhecê-la, descrevê-la, compreendê-la ou
explicá-la (…) tem por lócus o meio social, especialmente o lugar social mais privativo e
que diz respeito ao território social do sujeito: a casa ou local de domicílio (que pode ser
uma instituição social) (AMARO,2003 p.19)
 Prática profissional investigativa, ou de atendimento, realizada por um ou mais
profissionais, juntamente do indivíduo em seu próprio meio social, ou familiares.
 Se organiza mediante o diálogo entre o visitador e visitado, este diálogo, distinto de uma
simples conversa empírica, é metodologicamente conhecido por entrevista, que é guiada
por uma finalidade específica, pois há um planejamento ou roteiro específico ( AMARO,
2003).
 Tem foco na atenção às famílias e a comunidade, como entidades, influenciadoras
no processo de adoecer dos indivíduos, os quais são regidos pelas relações com o
meio e com as pessoas. O processo de “sair para a comunidade” necessita ter impacto
na maneira de atuação dos profissionais, questionando os seus conceitos acerca do
modo de vivência e sobrevivência das famílias (SAKATA, et.al, 2007)
Benefícios:

 Modificar a maneira de trabalhar dos profissionais, como também, em potencialidades


para sensibilizar o modo de agir e pensar destes profissionais.
 Favorecer a aproximação da realidade, sendo esta complexa e dinâmica,
possibilitando, portanto, uma reflexão e revisão da própria atitude dos profissionais na
busca de transformações no cuidado.
 Auxiliar na compreensão da família, sua dinâmica, valores, potencialidades e
demandas, viabilizando orientações, encaminhamentos, bem como o estabelecimento
de vínculos fortalecedores do processo de acompanhamento
 Conhecer a realidade dos territórios, as formas de convivência comunitária, a
dinâmica das relações e os arranjos familiares, aproximando-se da sua realidade.
Problemática com a VD

 Prática perigosa na rotina dos serviços da assistência social.


 Prática esvaziada da concepção do direito social e pautada nos
direitos humanos.
 Risco da utilização desta técnica apenas como recurso para
averiguações de informações, “checagem”, fiscalização dos
dados identificados nas entrevistas na unidade, critério para
acesso a benefício eventual.
 Nomenclatura - Visita se faz a quem conhecemos e a quem nos
convida! Ou você fica satisfeito de receber uma pessoa
desconhecida em casa, sem avisar, para te fazer um monte de
perguntas e querer saber como você gerencia sua família?
A VD e seus variados objetivos no SUAS:

CREAS Casa de
CRAS
Acolhida

Assistente Social: Assistente Social:


Assistente Social: Verificar reincidências
Averiguar as condições Identificar a
veracidade das das violação de
Sócio-econômicas da
denúncias realizadas; direitos.
família;.
Averiguar condições
econômicas

Psicólogo:
Psicólogo: Observar Acompanhar as
Psicólogo: Observar aspectos indícios de violação de
direitos; Observar o famílias dos usuários
subjetivos nos arranjos para recuperação do
familiares., a influência do desenrolar das relações;
contexto econômico sobre os Fazer escuta vínculo;
processos de saúde-doença. individualizada no Aconselhamento e
domicílio caso haja
necessidade orientações
O que pode resultar de uma VD?

 1.Melhora nos atendimentos individuais;


 2. Estratégias diversificadas e qualificadas para
intervenções;
 3. Relatórios/Laudos, pareceres qualificados
emitidos as Instituições Solicitantes;
 3.1 Encaminhamentos
 4. Elaboração de serviços como grupos e palestras.
 5. Posicionamentos assertivos frente aos possíveis
questionamentos.
Enfim...

 O papel do psicólogo nas visitas domiciliares é a de intermediar a comunicação entre


a instituição e a família, entre a equipe e a família, além de prestar acolhimento e
intermediação e incentivar a reflexão técnica dentro da equipe;
 Assim, a prática do psicólogo propõe-se a intervir possibilitando ações que conferem a
promoção da saúde dos sujeitos, como também, o empoderamento dos mesmos,
para que possam lutar pelos seus direitos.
 Neste contexto, a visita domiciliar enquanto técnica a ser utilizada, é vista como
um facilitador, pois permite a compreensão da realidade, bem como, auxilia no
contato com os sujeitos assistidos, para a manutenção de sua saúde,
desenvolvimento da autonomia e resgate de identidade.
Modelo de Roteiro durante a VD

Estado da Paraíba
Prefeitura Municipal de Guarabira
Secretaria da Família, Bem Estar, Criança e Adolescente
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS

FICHA DE COLETA DE DADOS

Informações sócio-demográficas:
Composição familiar
Registro de observações quanto aos relacionamentos familiares
Informações na esfera educacional e trabalhista
Rotina da família
Registro de observações sobre o fato que ocasionou a denúncia ( no caso de serviço da
PSE)
Registro de observações de comportamentos verbais e não verbais no momento da VD.
Registro de encaminhamentos e/ou orientações realizadas no momento da VD.
Modelo de Relatório oriundo de VD

Estado da Paraíba
Prefeitura Municipal de Guarabira
Secretaria da Família, Bem Estar, Criança e Adolescente
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS

RELATÓRIO PSICOLÓGICO

O presente relatório visa atender a solicitação do Ofício nº 328/2016 advindo da Delegacia


Especiailzada de Atendimento a Mulher...

Identificação
Descrição da demanda
Instrumentos
Procedimentos
Aspectos Conclusivos
Assinatura, data
Modelo de Encaminhamentos oriundos da VD

Estado da Paraíba
Prefeitura Municipal de Guarabira
Secretaria da Família, Bem Estar, Criança e Adolescente
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS

ENCAMINHAMENTO

O O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS encaminha a


adolescente _______________________________________________________________
para atendimento psicoterápico nesta Instituição, haja vista que o CREAS não proporciona
atendimento psicoterápico.

Assinatura

Data
SIMULAÇÃO DE ESTUDO DE CASO
CASO 1

PSE Média Complexidade PSB - CRAS


 Maria Joana, 48 anos, compareceu a  Ana tem 6 filhos, todos crianças. Não
sede do CREAS muito chorosa e realizou trabalha, está separada do esposo que
de forma anônima a seguinte denúncia: A também está desempregado e
consequentemente não tem como pagar a
vizinha de 79 anos, grita muito durante pensão dos 6 filhos. Se queixa de dores
as noites e escuta pancadas fortes fortes na barriga e o filho mais novo tem
dentro da casa, tais barulhos ocorrem há apresentado dor de cabeça constante.
2 meses e agora está mais forte. Sabe- Fizeram os exames pela UBS e foi
se que a idosa mora com um genro e identificado que os sintomas são oriundos
da falta de refeições, tendo em vista que a
uma neta de 10 anos, solicita com família só come 1 vez por dia por falta de
urgência uma providência. alimentos. Ana não recebe nenhum tipo de
benefício.
 Qual o objetivo da VD para este caso?
 Qual o objetivo da VD para este caso?
 Como deve ser realizada?  Como o psicólogo deve se portar na
realização desta VD?
CASO 2

 No Município da Baía da Traição, uma idosa de 87 anos, acamada, fora encontrada


pelos vizinhos da seguinte forma: Desmaiada em uma rede, com fezes e urina na
roupa. Embaixo da rede havia uma bacia para as necessidades fisiológicas e restos
de pó de crack. Não havia nenhum familiar próximo. Chamaram o serviço de saúde
que a levou ao hospital e prestaram o serviço cabível, no entanto, o serviço social do
hospital convocou o CREAS e o conselho do idoso pois não havia parentes
responsáveis pela idosa na cidade.
 Esta Senhora será inserida em que grau de complexidade no SUAS?
 Como deve ser realizada a intervenção neste caso?
 Qual o objetivo da VD neste contexto?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 AMARO, Sarita. Visita domiciliar: teoria e prática. 1ª ed. Campinas, SP: Papel Social,
2014.
 KOELZEr, L.P , BACKES, M.S; ZANELLA, A.V. Psicologia e CRAS: reflexões a partir de
uma experiência de estágio. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 7 (1), jan -
jun, 2014, 132-139.
 LIMA, J.S; MESSIAS, M.S; VARGAS, M.M. Visitas Domiciliares Psicossociais como
intervenções preventivas para as mulheres que sofrem de violência doméstica. Revista
Encontro de Psicologia, vol. 15, n. 22, 2012.
 MIRANDA, C. P.; SILVA, N.G; SILVA, T. R; JAEGER, F.P. O Psicólogo no contexto de saúde coletiva
e a prática da visita domiciliar. Trabalho vinculado ao projeto Psicologia e Comunidade:
promovendo saúde na atenção básica UNIFRA, 2012.

 CFESS; CFP. Parâmetros para atuação de assistentes sociais e psicólogos(as) na Política de


Assistência Social, Brasília, 2007.

 SAKATA, K. N. et al. Concepções da equipe de saúde da família sobre as visitas domiciliares. Rev
Bras Enferm, Brasília 2007 nov-dez; 60(6): 659-64.

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