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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao

Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE


MONTE APRAZÍVEL – SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B4D.
PEDIDO DE LIMINAR

Nelson Luiz Aranjues Montoro, brasileiro, casado, médico,


portador da cédula de identidade RG nº 5097661, inscrito no CPF sob nº 419.510.697-49, com
endereço na Rua Monteiro Lobato, 578, Centro, CEP 15.150-000, na cidade de Monte
Aprazível, SP, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus advogados que
esta subscrevem (instrumento de procuração anexo), impetrar MANDADO DE SEGURANÇA
com pedido de liminar em face de ato do Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de
Monte Aprazível, órgão do Poder Legislativo Municipal a quem se confere capacidade
judiciária inscrito no CNPJ sob nº 51.848.497/0001-33, com endereço sito a Praça São João, nº
161, Centro, na cidade de Monte Aprazível - SP, CEP 15.150-000, o que faz com fundamento
no art. 5º, LXIX, da Constituição Federal e na Lei 12.016/2009, e pelas razões de fato e de
direito abaixo expostas:

I. Dos Fatos

Conforme comprova a ATA da 3ª Sessão Extraordinária da


Câmara Municipal de Monte Aprazível, realizada em 14 de maio de 2018, a edilidade local, por

Rua Antônio dos Santos D`Andrade, 56, sala 01, Galeria Blessed, Jd. Redentor, São José do Rio Preto - SP
CEP 15.085-343 (17) 99739-4751
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06 (seis) votos a 03 (três), decidiu pela cassação do mandato de prefeito municipal impetrante,
editando o Decreto-Legislativo n° 02/2018 nos seguintes termos:

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II. Da ilegalidade do ato praticado por autoridade e da
violação ao direito líquido e certo do impetrante

1. Da nulidade do voto do Vereador e Presidente da


Câmara, João Célio Ferreira. Tratando-se de voto nulo,
não se alcançou o quórum exigido de 2/3 dos votos
necessários à cassação. Necessidade URGENTE da
suspensão dos efeitos do decreto cassatório para, ao
final, anula-lo em definitivo.

Conforme é expresso da ATA da 3ª Sessão Extraordinária da


Câmara Municipal de Monte Aprazível (documento anexo), após encerrada a defesa do
denunciado, procedeu-se a votação nominal para a julgamento da infração articulada na

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forma do seguinte quesito: O Excele tíssi o Se hor Prefeito Mu icipal, Dr. Nelso Luiz
Aranjues Montoro, praticou infração político-administrativa consistente na contratação

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co tra expressa disposição da Lei? .

Portanto, o quesito submetido ao julgamento pelos


Vereadores indagava sobre a prática de infração político-administrativa consistente na
contratação contra expressa disposição da Lei.

O voto parlamentar, nesse caso, adstrito ao fato imputado


pela denúncia e às provas dos autos, reconheceria ou não a existência de contratação contra
expressa disposição da Lei.

As razões do voto parlamentar consistem, exatamente, na


motivação do ato administrativo de julgamento. A motivação exposta pelo Vereador João
Célio Ferreira É SUFICIENTEMENTE CLARA PARA CONFESSAR QUE SEU VOTO NÃO PASSOU DE
MERA VINDITA, e, portanto, que não é válido para dar suporte à condenação imposta ao
impetrante.

Disse o parlamentar quando chamado a responder se O


Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro, praticou
infração político-administrativa consistente na contratação contra expressa disposição da
Lei? :

É com muita tristeza que hoje...que eu...sou obrigado a dar o voto sim pra
cassação por vários motivos. Nós somos eleitos em cinco vereadores, em
nove vereadores, cinco fizemos a presidência da Câmara. Tentamos
conversar com o Prefeito por várias vezes, várias reuniões aqui nessa Casa.
Ele abraçou um vereador da oposição, deixou lá dentro, acabando com a
Câmera, num fomos atendidos em nada, em nada, em nada. Por isso meu
voto é sim.

Como se vê, Excelência, o voto sim decorreu NÃO DO


RECONHECIMENTO DA PRÁTICA DE INFRAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA por parte do
impetrante, mas pelas razões e motivos elencados pelo próprio Vereador em seu voto: (i) não
contou com o apoio do Prefeito (impetrante) para a sua eleição de Presidente da Câmara; (ii)
não foi atendido em certos e determinados pleitos.

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Seu voto, no entanto, foi decisivo para a formação do quórum


necessário de 2/3 da cassação, conforme registra a ATA da sessão extraordinária de

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julgamento:

Após encerrada a defesa procedeu-se a votação nominal para a julgamento


da i f ação a ti ulada a fo a do segui te uesito: O Ex ele tíssi o
Senhor Prefeito Municipal, Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro, praticou
infração político-administrativa consistente na contratação contra expressa
disposição da Lei? . Su etido ao Ple á io o pedido de assação e
votação nominal, conforme o voto de dois terços dos Vereadores, o
Presidente da Câmara Municipal Vereador João Célio Ferreira proclamou o
resultado de ter sido APROVADO o pedido de cassação por 06 (seis) votos
favoráveis, dos Vereadores Ailto Vauler Antunes Faria, Danilo César de
Souza, Jean Winícios Vieira, João Célio Ferreira, Márcio Antonio Troiano e
Valcenir de Abreu, e 03 (três) votos contrários, dos vereadores Donaldo
Paiola, Gilberto dos Santos e Jacó Braite. Em seguida o Presidente da
Câmara Municipal Vereador João Célio Ferreira proclamou o resultado e
que a partir desse instante se consideraria o Dr. Nelson Luiz Aranjues
Montoro afastado definitivamente do cargo e determinou à Secretaria que
lavrasse o resultado em Ata, expedindo-se o competente Decreto
Legislativo de cassação do mandato de Prefeito, comunicando
imediatamente a Justiça Eleitoral e, consequentemente, que se desse posse
no cargo de Prefeito ao atual Vice-Prefeito.

Mas seu decisivo voto para a formação da maioria qualificada


de 2/3 que levou à cassação do mandato do impetrante, É ABOLUTAMENTE NULO.

Investido na função de julgador, DECIDIU, como


expressamente afirma em seu voto, POR RAZÕES OUTRAS, PESSOAIS E EGOÍSTICAS, E NÃO
COM BASE NA DENÚNCIA E NAS PROVAS COLHIDAS.

A outorga à Câmara Municipal, órgão do Poder Legislativo, da


competência julgadora própria do órgão Judiciário, pelo Texto constitucional, em momento
algum conferiu à edilidade o poder arbitrário e desmedido para a prática desse ato.

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Ao contrário. A Câmara Municipal, assim como o Judiciário,


encontra-se sob a subordinação do império da lei, ao jugo do princípio da legalidade estrita:

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Em suma, a submissão da administração (em sentido lato) ao cumprimento
da lei é o que se denomina princípio da legalidade, característica
indissociável do Estado de Direito. A lei escrita é inimiga declarada do
arbítrio. (Tito Costa, Responsabilidade de Prefeitos e Vereadores, 6ª edição.
São Paulo: Letras Jurídicas, 2015, p. 243)

O Poder estatal de julgar, conferido excepcionalmente pela


Constituição aos Vereadores, não pode se assentar no arbítrio sob pena de seu total
comprometimento e consequente desvalia:

No direito administrativo (e o processo para a apuração de infrações


político-administrativas insere-se no campo desse ramo do direito), as
atribuições que a lei confere à Câmara Municipal, para a apuração de faltas
de agentes políticos municipais, exigem, desta, uma conduta
absolutamente ajustada aos limites legais, sob pena de a edilidade adentrar
os lindes perigosos do abuso ou do desvio do poder. Se assim ela agir, o
Judiciário tem não só a faculdade como o dever de analisar fatos e provas a
fim de, detectando o abuso ou o desvio, concluir pela falta de justa causa e,
assim, decretar a invalidade do ato ou dos atos por ela praticados, em
processo de cassação de mandato de Prefeito ou de Vereador. (Tito Costa,
Responsabilidade de Prefeitos e Vereadores, 6ª edição. São Paulo: Letras
Jurídicas, 2015, p. 242)

Não é demais lembrar que a Câmara, em processos de


cassação, assume função judicante. De ÚNICA INSTÂNCIA. Não há recurso administrativo do
ato cassatório.

Por isso mesmo, é chegada a hora de o Judiciário deixar sua


cômoda posição de alegar, sem amparo na melhor doutrina e jurisprudência, que o
julgamento camarário é insuscetível de revisão judicial. A única impossibilidade de controle
judicial é aquele que diz respeito à justiça ou injustiça da decisão, porque isso é matéria
interna corporis da Câmara Municipal e, portanto, sujeita unicamente a seu juízo político.

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Como bem destacado pelo e. Tribunal de Justiça de São Paulo


(4ª Câmara de Direito Público, Relator Desembargador Paulo Barcellos Gatti, julgamento em

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04 de maio de 2018), não há óbice à apreciação da tese levantada na exordial,
principalmente se considerado que a própria Constituição Federal prevê que nenhuma
ameaça ou lesão a direito escapará da apreciação por parte do Poder Judiciário (art. 5º,
XXXV, da CF).

Portanto, é da Constituição da República (art. 5º, XXXV) que


deriva a obrigação imposta ao Judiciário de enfrentar a questão ora posta, de flagrante lesão a
direito do impetrante.

A lesão ao direito do impetrante decorre do voto do Vereador


João Célio Ferreira, conforme documentado junto a ATA NOTARIAL anexa e acima
mencionada.

O impetrante NÃO FOI JULGADO pelo Vereador e Presidente


da Câmara João Célio EM RAZÃO DAS IMPUTAÇÕES FEITAS NA DENÚNCIA E DAS PROVAS
DOS AUTOS. Foi exclusivamente julgado por tal Vereador em razão de motivações torpes e
pessoais trazidas em seu voto acima transcrito.

Não pode o Vereador, investido na nobre função de julgar,


deixar de observar os princípios da legalidade e da moralidade.

Profanou a nobre função de julgar, e com seu decisivo voto,


compôs a maioria qualificada em favor da cassação do mandato do impetrante, o que foi feito
em expressa violação da legalidade, pois o art. 5º, inciso VI do Decreto-lei 201/67, apenas
permite o afastamento definitivo do cargo quando o denunciado é declarado, pelo voto de
dois terços, pelo menos, dos membros da Câmara, como incurso em qualquer das infrações
especificadas na denúncia.

O voto aqui objurgado não reconheceu a prática, por parte do


impetrante, da infração especificada na denúncia. Reconheceu, sim, a inexistência de apoio
para sua eleição à Presidência da Câmara e a ausência de atendimento de certos e
determinados pleitos.

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Não pode o Vereador, investido na função de julgar, deixar de


lado o princípio da supremacia do interesse público, impondo suas paixões pessoais como

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razão de seu julgamento.

Há, confessadamente por parte do Vereador João Célio


Ferreira em seu voto, abuso e desvio de finalidade do poder de julgar que lhe fora conferido
pela Constituição. Tal comportamento merece ser reparado pelo Poder Judiciário.

É nulo tal voto, proferido em verdadeiro ato de improbidade


administrativa, pois a prática de ato (voto parlamentar) visando fim proibido (retaliar o
impetrante pela falta de apoio nas eleições para a Presidência da Mesa Diretora e para pleitos
pouco republicanos), é ato que atenta contra os princípios da administração pública, nos
exatos termos do inciso I do art. 11, da Lei 8.429/92.

De rigor a aplicação da teoria dos motivos determinantes,


aplicada em diversos julgamentos do e. Tribunal de Justiça de São Paulo (Apelação nº
0003674-41.2011.8.26.0053, 12ª Câmara de Direito Público, Relator Desembargador Souza
Meirelles, julgado em 19 de setembro de 2017; Apelação nº 1002669-93.2014.8.26.0462, 8ª
Câmara de Direito Público, Relator Desembargador José Maria Câmara Junior, julgado em 18
de outubro de 2017; Apelação nº 1001090-21.2015.8.26.0157, 4ª Câmara de Direito Público,
Relatora Desembargadora Ana Liarte, julgado em 27de novembro de 2017 ), in litteris

A teoria dos motivos determinantes funda-se na consideração de que os


atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, ficam
vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Tais
motivos é que determinam e justificam a realização do ato, e, por isso
mesmo, deve haver perfeita correspondência entre eles e a realidade.
Mesmo os atos discricionários, se forem motivados, ficam vinculados a
esses motivos como causa determinante de seu cometimento e se sujeitam
ao confronto da existência e legitimidade dos motivos indicados. Havendo
desconformidade entre os motivos determinantes e a realidade, o ato é
i válido. (Hely Lopes Meirelles. Direito Administrativo Brasileiro, São
Paulo: Editora Malheiros, 2009, p. 200)

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O controle jurisdicional sobre o ato administrativo considera a


promessa constitucional de inafastabilidade da jurisdição, que não subtrai a apreciação do

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Poder Judiciário se houver lesão ou ameaça a direito (art. 5º, XXXV, CR).

Ato ilegal, provenha de onde provier, até mesmo do voto do


Exmo. Sr. Presidente da Câmara de Vereadores de Monte Aprazível, pode e deve ser invalidado
pelo Judiciário, em homenagem ao princípio da inafastabilidade da jurisdição.

Aguarda-se, assim, seja declarada a nulidade do voto do


Presidente da Câmara, Vereador João Célio Ferreira. E por se tratar de voto nulo o aqui
objurgado, não se alcançou o quórum exigido de 2/3 dos votos necessários à cassação do
impetrante, razão pela qual é nulo o ato cassatório expedido pela autoridade coatora.

Não tendo atingido o quórum necessário à cassação do


mandato do impetrante, aguarda-se a anulação dos efeitos do decreto cassatório, o Decreto-
Legislativo n° 02/2018, expedido pela autoridade coatora.

DO PEDIDO DE LIMINAR

Diante disso, e com fundamento no art. 7º, III, da Lei


12.016/2009, necessária a intervenção judicial para o fim de determinar, LIMINARMENTE, a
suspensão dos efeitos do Decreto-Legislativo nº 02/2018 em razão da ilegalidade acima
apontada.

A necessidade de suspensão LIMINAR dos efeitos do Decreto-


legislativo nº 02/2018 funda-se na relevância do tema e da possibilidade concreta da ineficácia
de eventual e ulterior concessão da ordem impetrada, caso seja finalmente deferida. A
manifesta ilegalidade do ato ora apontado, tornou nulo o voto decisivo para a formação da
maioria qualificada de 2/3 e, portanto, invalida os efeitos do decreto cassatório expedido pela
autoridade coatora, além de ter gerado danos diretos e irreparáveis ao patrimônio político (e
jurídico!) do impetrante.

O periculum in mora escuda-se nas consequências que a


demora na solução da lide pode impor ao impetrante, pois é manifesta a perda irreparável dos
dias de seu mandato eletivo de que se vê afastado, de maneira irregular, ilegal e

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inconstitucional. Daí decorre, ainda, a indesejada alternância de poder decorrente do ato


cassatório, gerando um quadro de inegável insegurança jurídica e administrativa no Município

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de Monte Aprazível, inclusive porque já se operou a massiva exoneração de servidores
ocupantes de cargos comissionados com danosas consequências, diante do hiato na
continuidade do serviço público municipal.

Outrossim, a eventual demora na prestação do provimento


jurisdicional, como dito, (o que se admite como mero argumento, data vênia) acarretará
irreparável prejuízo ao impetrante quanto ao exercício legítimo de seu mandato. É cediço que
os mandatos eletivos ostentam natureza periódica e improrrogável, de sorte que os dias
subtraídos do ora impetrante à frente do Executivo não lhe poderão ser restituídos,
concluindo-se pela irreparabilidade do dano causado, em face da ilegal formação da maioria
qualificada para dar suporte ao decreto cassatório.

Cada dia usurpado do reclamante no exercício do cargo não


mais poderá ser-lhe restituído, ou seja, o prejuízo que se está a suportar progride, mais a mais,
com o decurso do tempo. O que se busca aqui dizer é que o receio de lesão irreparável ou de
difícil reparação ao direito do impetrante persiste e há de persistir, enquanto durarem os
efeitos do ato cassatório.

Encontram-se, assim, presentes os requisitos para a concessão


de medida liminar.

III. Do pedido

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

a) a concessão liminar da segurança, determinando-se a suspensão dos efeitos do


Decreto-legislativo nº 02/2018 até o julgamento definitivo da presente ação, medida que
determinará o imediato retorno do impetrante ao cargo de Chefe do Executivo local;
b) ao final, seja concedida a segurança impetrada, para o fim de tornar definitiva a
liminar acima pleiteada, com a declaração de nulidade do voto do Presidente da Câmara,
Vereador João Célio Ferreira, pelas razões acima expostas, e, por se tratar de voto nulo, não foi
alcançado o quórum exigido de 2/3 dos votos necessários à cassação do impetrante, razão pela

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qual deve ser declarado nulo o ato cassatório fundado no Decreto-Legislativo nº 02/2018
expedido pela autoridade coatora.

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IV. Dos requerimentos

Requer, nos termos do art. 7º, I, da Lei 12.016/2009, a


notificação da autoridade coatora, para que no prazo legal, preste as informações que achar
necessárias, enviando-se, ainda, cópia da inicial à Câmara Municipal de Monte Aprazível nos
termos do inciso II do art. 7º da Lei 12.016/2009.

Dá-se à causa o valor de R$ 500,00 (quinhentos Reais)

Termos em que P. Deferimento.

São José do Rio Preto - SP, 18 de maio de 2018.

Marcos César Minuci de Sousa


OAB/SP 129.397

VALTER PAULON JUNIOR


OAB/SP 133.670

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18/05/2018 NetLei - Legislação Digital
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ATA DA 3ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA - 14/05/2018

Aos quatorze dias do mês de maio do ano de dois mil e dezoito, às oito horas e trinta minutos,
instalou-se a terceira Sessão Extraordinária do corrente ano, presidida pelo vereador João Célio
Ferreira e secretariada pelos vereadores Jacó Braite e Ailto Vauler Antunes Faria, primeiro e
segundo Secretários respectivamente. Após a chamada feita pelo primeiro Secretário, constatou-
se a presença de todos os vereadores. O Presidente João Célio Ferreira sob a proteção de Deus
e de acordo com as normas regimentais, dá por aberta a sessão de julgamento, nos termos do
inciso V, do art. 5º do Decreto-Lei n.º 201/67, para deliberação quanto à denúncia em face do
Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro. Em seguida o
Presidente da Câmara Municipal passou a palavra para o Vereador Relator da Comissão
Processante Donaldo Paiola para que efetuasse a leitura das peças do processo de cassação
requeridas pelos Vereadores. O Presidente da Câmara Municipal, Vereador João Célio Ferreira
convidou os defensores do denunciado, Dr. Marcos Cesar Minuci de Sousa e Dr. Valter Paulon
Junior, para tomarem assento junto à Mesa Diretora. O Vereador Relator da Comissão
Processante efetuou a leitura das seguintes páginas requeridas: 001 a 009 – Denúncia inicial, 016
a 019 – Instauração do Inquérito Civil, 020 a 035 – Complementação da Denúncia, 037 a 038 –
Ofício de autoria do Vereador Ailto Vauler Antunes Faria encaminhado, 317 a 337 – Pareceres da
Comissão de Constituição, Justiça e Redação, bem como Parecer Jurídico, 358 a 382 – Defesa
Prévia, 413 a 416 – Parecer pelo prosseguimento, 450 a 454 – Documentação recebida da
Comarca de Viradouro, 463 a 477 – Respostas encaminhadas pelo Poder Judiciário, 703 a 715 –
Respostas encaminhadas pelo Poder Judiciário, 807 a 838 – Respostas encaminhadas pelo
Poder Judiciário, 841 a 874 – Alegações Finais e 923 a 950 – Relatório Final. Ato contínuo, o
Presidente da Câmara Municipal João Célio Ferreira franqueou a palavra para os defensores do
denunciado, Dr. Marcos Cesar Minuci de Sousa e Dr. Valter Paulon Junior, manifestarem se
desejavam que o Relator fizesse a leitura de mais alguma peça do processo de cassação, já que
devidamente intimado para apresentarem as peças que desejassem ser lidas, não o fizeram. Os
defensores requereram então a leitura dos depoimentos das testemunhas, nas páginas de 631 a
652, o que foi atendido pelo Presidente e lido conforme solicitado. Encerrada a leitura o
Presidente da Câmara Municipal Vereador João Célio Ferreira passou para as manifestações dos
Vereadores. Fizeram uso da Tribuna os Vereadores Ailto Vauler Antunes Faria, Danilo César de
Souza, Donaldo Paiola, Gilberto dos Santos, Jean Winícios Vieira e João Célio Ferreira. Em
seguida o Presidente da Câmara Municipal colocou a palavra à disposição do denunciado e de
seu defensores pelo tempo máximo de duas horas, sendo que a Tribuna foi ocupada pelo
denunciado, Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro e, na seqüência, por seus Advogados Dr. Valter
Paulon Júnior e Dr. Marcos César Minuci de Sousa. Após encerrada a defesa procedeu-se a
votação nominal para a julgamento da infração articulada na forma do seguinte quesito: “O
Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro, praticou infração
político-administrativa consistente na contratação contra expressa disposição da Lei?”. Submetido
ao Plenário o pedido de cassação em votação nominal, conforme o voto de dois terços dos
Vereadores, o Presidente da Câmara Municipal Vereador João Célio Ferreira proclamou o
resultado de ter sido APROVADO o pedido de cassação por 06 (seis) votos favoráveis, dos
Vereadores Ailto Vauler Antunes Faria, Danilo César de Souza, Jean Winícios Vieira, João Célio
Ferreira, Márcio Antonio Troiano e Valcenir de Abreu, e 03 (três) votos contrários, dos vereadores
Donaldo Paiola, Gilberto dos Santos e Jacó Braite. Em seguida o Presidente da Câmara Municipal
Vereador João Célio Ferreira proclamou o resultado e que a partir desse instante se consideraria
o Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro afastado definitivamente do cargo e determinou à Secretaria
que lavrasse o resultado em Ata, expedindo-se o competente Decreto Legislativo de cassação do
mandato de Prefeito, comunicando imediatamente a Justiça Eleitoral e, consequentemente, que
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.
18/05/2018 NetLei - Legislação Digital
fls. 15
se desse posse no cargo de Prefeito ao atual Vice-Prefeito. Anunciou, por fim, que a próxima
Sessão Ordinária seria realizada no dia 15 de maio, terça-feira, as 20h, e que os trabalhos desta
Sessão Extraordinária estavam concluídos e que a Ata ficaria à disposição dos interessados na
Secretaria Administrativa desta Câmara Municipal.

João Célio Ferreira Jacó Braite


Presidente 1º Secretário

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B59.

http://www.netlei.com.br/proposituras_load_file.asp?arquivo=2018/ata180010&documento_tipo=Atas&formato=htm 2/2
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B5B.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B5D.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B5E.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B61.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B61.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/05/2018 às 16:21 , sob o número 10009251220188260369.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2473B61.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 248C4C9.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HERIDA CARLA SCREMIN DO AMARAL, liberado nos autos em 22/05/2018 às 11:08 .
Ato Ordinatório

Vista ao Ministério Público.

Monte Aprazivel, 22 de maio de 2018.


Eu, ___, Hérida Carla Scremin do Amaral, Escrevente Técnico
Judiciário.
fls. 23

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br

CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 248C514.
Processo n°: 1000925-12.2018.8.26.0369
Classe – Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro e outro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível []

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 22/05/2018 às 11:09 .
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 22/05/2018 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.

Monte Aprazivel, (SP), 22 de maio de 2018


fls. 24

ESTADO DE SÃO PAULO


PODER JUDICIÁRIO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREY RIBEIRO NASSER e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 23/05/2018 às 16:26 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24A5BD2.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 1000925-12.2018.8.26.0369


Foro: Foro de Monte Aprazível

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 23/05/2018 16:21


Prazo: 10 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 23 de Maio de 2018


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREY RIBEIRO NASSER e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/05/2018 às 13:21 , sob o número WMOZ18700101710
fls. 25

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONTE APRAZÍVEL

Processo Digital n. 1000925-12.2018.8.26.0369

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24B14E0.
Parecer do Ministério Público

Meritíssimo Juiz,

Trata-se de Mandado de Segurança, impetrado por Nelson


Luiz Aranjues Montoro em face de suposto ato ilegal praticado pelo Sr. João Célio
Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Monte Aprazível.

Em apertada síntese, o impetrante alega que o Decreto


Legislativo nº 02/2018, que dispõe sobre a cassação de seu mandato eletivo de
Prefeito Municipal, é ilegal, pois, segundo ele, o voto do vereador João Célio
Ferreira seria nulo e, por conseguinte, não teria sido alcançado o quórum legal de
dois terços para cassação do mandato.

Sustenta o impetrante que o mencionado vereador, na


fundamentação de seu voto em plenário, não se ateve ao quesito submetido a
julgamento, qual seja se os vereadores reconheceriam ou não a existência de
contratação de agente político contra expressa disposição de lei.

Aferiu que a motivação do voto proferido pelo vereador teria


se baseado em “razões pessoais e egoísticas, e não com base na denúncia e nas
provas colhidas”.

É o relato do essencial.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREY RIBEIRO NASSER e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/05/2018 às 13:21 , sob o número WMOZ18700101710
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONTE APRAZÍVEL

Analisando os fatos narrados pelo impetrante, bem como a

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24B14E0.
documentação anexada à inicial, o Ministério Público conclui que os pedidos
merecem ser indeferidos liminarmente, pelas razões a seguir aduzidas.

De proêmio, é importante ressaltar que, como registra JOSÉ


NILO DE CASTRO, devem ser afastadas do processo político-administrativo os
ritos ‘sacramentais’, formas rígidas, pois é da índole do procedimento ser simples e
isento de exigências excessivas, sendo suficientes as formalidades estritamente
necessárias à obtenção da certeza jurídica.1

Ainda nesse sentido, sabe-se que o processo de cassação de


mandato pela Câmara é independente de qualquer pronunciamento judicial, mas
pode ser revisto pela Justiça nos seus aspectos formais e substanciais de legalidade,
ou seja, quanto à regularidade do procedimento a que está vinculado e à existência
dos motivos autorizadores da cassação. O que o Poder Judiciário não pode é
valorar os motivos, para considerar justa ou injusta a deliberação do Plenário,
porque isto é matéria interna corporis da Câmara e sujeita unicamente ao seu
juízo político.2

No procedimento de cassação, especificamente o ato de


votação em plenário, um dos atos a serem observados é a liberdade de palavra aos
vereadores, pelo prazo máximo de 15 minutos para os que a solicitarem, a fim
de se manifestarem sobre o processo3. Não há, no DL 201/67 ou em qualquer
outro instrumento normativo, exigência de fundamentação do voto do parlamentar
em plenário.

1
CASTRO, José Nilo de. Decreto-Lei nº 201/67. Jurisdicionalização do processo ou liberdade
procedimental? . In: R. Inf. Legisl. Brasília a. 25 n. 97 Jan./mar. 1988. Pág. 255/256. Disponível em: <
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/181829/000435381.pdf?sequence=1>. Acesso
em 16/03/2018.
2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 17ª ed. p. 732.
3
Idem. p. 731.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREY RIBEIRO NASSER e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/05/2018 às 13:21 , sob o número WMOZ18700101710
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONTE APRAZÍVEL

Dessa forma, à luz do art. 5º, inc. V, do DL 201/1967 4, a

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manifestação do vereador em plenário durante a votação é facultativa, do que se
conclui que a motivação e a fundamentação subjacentes ao voto são dispensáveis.

Lado outro, a fala do citado vereador, da forma como


transcrita na inicial da presente ação, denota também correlação com os fatos
apurados no processo de cassação, pois está relacionada aos avisos e notificações
enviados ao então prefeito municipal acerca da ilegalidade da nomeação de
determinado indivíduo para exercer função pública. A fala ainda descreve que a
cassação se dá por vários motivos.

De qualquer forma, o julgamento é político e não cabe ao


Judiciário intervir nesta seara ou na interpretação do voto proferido para dar
validade ou não.

Por fim, a tese de falta de quórum na votação para a cassação


do prefeito municipal também não merece prosperar, já que, como se infere da ATA
DA 3ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA - 14/05/2018 (fls. 14/15), foram seis votos
favoráveis à cassação e três votos contrários a ela, configurando-se, assim, o
quórum legal de dois terços dos votos.

Assim, ao fim e ao cabo, não se verifica no indigitado


procedimento de cassação qualquer nulidade e, por conseguinte, violação a direito
líquido e certo do impetrante. Ainda que houvesse fundamento para anulação do ato,
a via mais adequada seria a ação anulatória ou a declaratória de nulidade, a depender
do caso, pelo procedimento comum.

4
Art. 5º O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara, por infrações definidas no artigo
anterior, obedecerá ao seguinte rito, se outro não for estabelecido pela legislação do Estado respectivo:
(...)
V – concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo de
5 (cinco) dias, e, após, a Comissão processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência
da acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de sessão para julgamento. Na sessão
de julgamento, serão lidas as peças requeridas por qualquer dos Vereadores e pelos denunciados, e, a
seguir, os que desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de 15 (quinze)
minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou seu procurador, terá o prazo máximo de 2 (duas) horas
para produzir sua defesa oral;
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREY RIBEIRO NASSER e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 24/05/2018 às 13:21 , sob o número WMOZ18700101710
fls. 28

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONTE APRAZÍVEL

Portanto, por entender que o caso concreto não configura

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24B14E0.
hipótese que reclame o manejo de ação mandamental, o Ministério Público opina,
desde já, pelo indeferimento liminar dos pedidos (pedido liminar e pedido
principal), com fulcro no art. 10, caput, da Lei n. 12.016/09.

Monte Aprazível, 23 de maio de 2018.

ANDREY RIBEIRO NASSER

Promotor de Justiça

Bruno Polido Bellonci

Analista Jurídico do MP
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 29

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE MONTE


APRAZÍVEL – SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24CB55C.
Mandado de Segurança nº 1000925-12.2018.8.26.0369

Nelson Luiz Aranjues Montoro, qualificado nos autos de


MANDADO DE SEGURANÇA com pedido de liminar impetrado em face de ato do Exmo.
Sr.Presidente da Câmara Municipal de Monte Aprazível, feito em epígrafe, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, para, em razão da manifestação do órgão do
Ministério Público de fls. 25/28, expor e requerer o quanto segue:

Junta-se a este feito, cópia da Sentença e do Acórdão proferido


nos autos de Ação Civil Pública nº 0020535-56.2009.8.26.0576, que tramitou em São José do
Rio Preto, onde foi reconhecida a procedência do pedido feito pelo combativo Promotor de
Justiça de São José do Rio Preto, Dr. Sérgio Clementino, em sede de ação civil pública ajuizada
visando discutir a legalidade e constitucionalidade do voto parlamentar na eleição da Mesa
Diretora da Câmara Municipal de São José do Rio Preto. Conforme se vê da Sentença e do
Acórdão anexados, nem o Ministério Público e tampouco o Poder Judiciário se esquivaram
do enfrentamento do controle da legalidade do voto parlamentar, que foi reconhecido como
praticado em afronta aos princípios da Administração Pública, notadamente à moralidade
administrativa, pelo desvio de finalidade do voto parlamentar para a eleição da Mesa
Diretora da Câmara Municipal.

Rua Antônio dos Santos D`Andrade, 56, sala 01, Galeria Blessed, Jd. Redentor, São José do Rio Preto -
SPCEP 15.085-343 (17) 99739-4751
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 30

Logo, o singelo parecer de fls. 25/28 não retrata a posição


institucional do Ministério Público do Estado de São Paulo, como se vê da documentação

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24CB55C.
anexa. Foi exatamente o comportamento combativo do Ministério Público, cônscio de seu
dever institucional, que levou o Judiciário a reconhecer, como se vê da Sentença e do Acórdão
anexados, que o voto parlamentar, quando praticado em desvio de finalidade conforme é o
caso destes autos de Mandado de Segurança, podem e devem ser enfrentados pelo Judiciário,
em homenagem ao princípio da inafastabilidade da jurisdição previsto no art. 5º, XXXV, da
Constituição da República, que deriva a obrigação imposta ao Judiciário de enfrentar a questão
ora posta, de flagrante lesão a direito do impetrante.

Confiando no Poder Judiciário, aguarda-se o deferimento da


medida liminar pleiteada.

Termos em que P. Deferimento.

São José do Rio Preto - SP, 28 de maio de 2018.

Marcos César Minuci de Sousa


OAB/SP 129.397

Rua Antônio dos Santos D`Andrade, 56, sala 01, Galeria Blessed, Jd. Redentor, São José do Rio Preto -
SPCEP 15.085-343 (17) 99739-4751
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 31
fls. 1

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de São José do Rio Preto
FORO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

G00000001GQ5E.
CEP: 15025-000 - São José do Rio Preto - SP
Telefone: (17) 3222-2142 - E-mail: riopretofaz@tjsp.jus.br

0020535-56.2009.8.26.0576 e código 24CB55F.


SENTENÇA

Processo nº: 0020535-56.2009.8.26.0576


Classe - Assunto Ação Civil Pública - Improbidade Administrativa
Requerente: Ministério Público do Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369


Requerido: Jorge Menezes Silva e outros

nos do
de Justica Estado
autos 13/12/2013
emde protocolado
Sao Paulo,às
Vistos.

liberado
e Tribunal
SANTOS,
Trata-se de Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa
ajuizada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO em face de JORGE

SOUSA
VIANA
MENEZES SILVA; MUHAMAD ALAHMAR, conhecido por “Dinho”; ALESSANDRA

MINUCI DE
TRIGO ALVES; PAULO ROBERTO AMBROSIO, conhecido por “Paulo Pauléra”;

PEREIRA
WALTER FARATH JÚNIOR; JORGE ABDANUR ESTEPHAN; APARECIDO CARLOS
DOS SANTOS, conhecido por “Carlão”; JOSÉ CARLOS MARINHO; NELSON MASSONI

CESAR
por TATIANA
OHNO; ANTONIO CARLOS PARISE; MANOEL DONIZETTI CONCEIÇÃO objetivando a
por MARCOS
condenação deles por ato de improbidade administrativa, bem como a anulação da eleição do
primeiro para o cargo de Presidente da Câmara Municipal de São José do Rio Preto.
digitalmente
digitalmente

A ação também foi ajuizada em face de LUCIANA ANDREIA LOPES


assinado

DIAS; ANA CLARA COSTA RIBEIRO SGARBI; JOAQUIM LUIZ PEREIRA NETO;
assinado

APARECIDA DE FÁTIMA VÉGA DE MATOS; ORLEANS TONELLO FAUAZ; RAFAEL


original,

NUNES DE SOUZA e THAIS MACHADO RODRIGUES DE OLIVEIRA para que fosse


original,

decretada a anulação de suas nomeações para os cargos públicos que ocupam junto à Câmara
dodo

Municipal de São José do Rio Preto.


cópia
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 1
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 32
fls. 2

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de São José do Rio Preto
FORO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

G00000001GQ5E.
CEP: 15025-000 - São José do Rio Preto - SP
Telefone: (17) 3222-2142 - E-mail: riopretofaz@tjsp.jus.br

0020535-56.2009.8.26.0576 e código 24CB55F.


Consta da inicial que os requeridos Jorge Menezes Silva, Muhamad
Alahmar, Alessandra Trigo Alves, Paulo Roberto Ambrosio, Walter Farath Júnior, Jorge
Abdanur Estephan, Aparecido Carlos Dos Santos, José Carlos Marinho, Nelson Massoni
Ohno, Antonio Carlos Parise e Manoel Donizetti Conceição, todos vereadores à época dos

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fatos, entabularam um acordo espúrio, pelo qual elegeram o primeiro deles (Jorge Menezes) para o
cargo de Presidente da Câmara Municipal de São José do Rio Preto, em troca da promessa de que

protocolado
cada um dos votantes tivesse direito a conseguir a nomeação um seu indicado para um dos cargos

Sao Paulo,às
em comissão do Legislativo Municipal.

13/12/2013
Ainda conforme a inicial, selado o acordo, Jorge Menezes foi

emde
Estado
efetivamente eleito e seu principal opositor, Ângelo Piacenti, chegou a desistir da candidatura em

autos
razão do apoio obtido por Menezes e tanto o acordo como as nomeações para os cargos em

nos do
comissão foram divulgados à imprensa e confirmados por Jorge Menezes, sendo que, após a

de Justica
liberado
eleição, as indicações foram feitas pelos vereadores e, na sua maioria, atendidas pelo Presidente
Jorge Menezes.

e Tribunal
SANTOS,
O Municí pio de São J osé do Ri o Pret o, not ifi cado nos

SOUSA
VIANA
ter mos do ar tigo 17, par ágr afo terceiro da Lei nº 8.492/92, manifestou-s e no

MINUCI DE
s ent ido de não part ici par da relação proces sual ( fls . 56).

PEREIRA
Regul arm ent e noti ficados, os requer idos apresentar am

CESAR
manifestações por escrit o ( fls . 77/87, 90/ 91, 94/119, 129/171, 219/237, 275/293,

por TATIANA
328/346, 377/395, 430/437, 459/476, 483/502, 519/553, 542/553, 556/567,
por MARCOS
570/593, 642/646) alegando, em sí ntese, pr eli minarm ent e: inépci a da i nicial , que
não teria, ainda, des cri to a conduta at ribuída a cada um dos agent es;
digitalmente

il egi tim idade ati va; il egi tim idade pas siva; imposs ibi lidade jurídica do pedido,
digitalmente

fal ta de int eresse pr ocessual. Também f oi alegado, em síntes e: a


assinado

i nconst itucional idade da Lei de Im probidade Administ rat iva; a inexi stênci a de
assinado

ato de improbidade adm ini str ati va uma vez que na época da nom eação não er am
original,

agentes públ icos; a i mpossi bil idade de controle judici al bas eado s omente em
original,

pr incípi os consti tucionais , m encionando-s e que mes mo em rel ação ao nepotis mo


dodo

foi neces sár ia a edição de lei ; a im pos sibili dade de apli cação da Lei nº 8402/ 92
cópia
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 2
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 33
fls. 3

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COMARCA de São José do Rio Preto
FORO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

G00000001GQ5E.
CEP: 15025-000 - São José do Rio Preto - SP
Telefone: (17) 3222-2142 - E-mail: riopretofaz@tjsp.jus.br

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aos agent es pol íti cos , m encionando-s e que a deci são pr oferida pelo STF na
Recl amação nº 2.138 neste senti do tem ef eit o erga omnes (f ls. 469).
Sustentaram , ainda, pel os divers os argumentos expostos nas impugnações, o não
recebimento e a exti nção da ação, além de requerer em, no mérit o, a

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i mpr ocedência do pedido.

protocolado
Sobre as defesas preliminares, falou o autor (fls. 650/687), reiterando o
pedido de liminar.

Sao Paulo,às
13/12/2013
As preliminares apresentadas pelos requeridos foram afastadas, o pedido

emde
de liminar foi parcialmente deferido (fls. 697/735), apenas para determinar a anulação da

Estado
autos
nomeação de Orleans Tonello Fauaz e recebida a inicial, exceto em relação aos requeridos Manoel

nos do
Donizetti Conceição e Nelson Massoni Ohno, julgando-se extinto o feito em relação a Lucina

de Justica
liberado
Andréia Lopes Dias, por superveniência de falta de interesse processual. Posteriormente, o
processo foi julgado extinto, pelo mesmo fundamento, em relação ao requerido Rafael Nunes de

e Tribunal
SANTOS,
Souza (fls. 1205).

SOUSA
VIANA
Contra a decisão de rejeição da ação em relação a Manoel Donizetti

MINUCI DE
Conceição e Nelson Massoni Ohno, o autor interpôs apelação (fls. 828/836), que não foi recebida

PEREIRA
(fls. 837). Contra o não recebimento do recurso, o autor interpôs agravo de instrumento (fls.
1084/1097), o qual foi provido para determinar o processamento da apelação como agravo (fls.

CESAR
por TATIANA
1942/1946), sendo dado provimento ao recurso inicialmente interposto para que a ação também
por MARCOS
fosse recebida em relação aos réus Manoel Donizetti Conceição e Nelson Massoni Ohno (fls.
2108/2119).
digitalmente
digitalmente

Os requeridos interpuseram agravos de instrumento (fls. 841/864,


assinado

865/891, 910/927, 928/944, 945/961 e 1055/1066) contra a decisão que determinou o recebimento
assinado

da ação, um deles não foi conhecido (fls. 1360/1361), outro foi convertido em agravo retido (fls.
original,

1524/1525) e quanto aos demais foi negado provimento (fls. 1643/1645, 1743/1745, 1882/1885 e
original,

2038/2041).
dodo
cópia
documentoé écópia

Em relação à decisão que indeferiu parcialmente a tutela antecipada, o


Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 3
Este
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fls. 34
fls. 4

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autor interpôs agravo de instrumento (fls. 1028/1051), ao qual foi negado provimento (fls.
2168/2188).

Os réus foram citados (fls. 1067vº/1068 e 2126vº/2127) e apresentaram

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contestações (fls. 892/909, 962/992, 993/1024, 1099/1113, 1114/1118, 1119/1123, 1124/1139,

protocolado
1145/1166, 1167/1172, 2129/2131 e 2132/2140), em que novamente alegaram os argumentos já
deduzidos quando da apresentação das defesas preliminares.

Sao Paulo,às
13/12/2013
Sobre as contestações, houve réplica (fls. 1178/1188 e 2142/2150).

emde
Estado
As partes especificaram provas (fls. 1189 vº, 1207, 1208, 1209, 1210,

autos
nos do
1211, 1212, 1220, 1222/1223, 1225, 1227, 2217/2218 e 2219) e pela r. decisão de fls. 2221 foi

de Justica
deferida a produção de prova oral.

liberado
e Tribunal
SANTOS,
Em audiência de instrução (fls. 2474/2477), foi colhido o depoimento
pessoal do réu Jorge Menezes (fls. 2478) e ouvidas cinco testemunhas arroladas pelo autor (fls.

SOUSA
2479/2480, 2481, 2482, 2483 e 2484) e sete pelos requeridos (fls. 2485, 2486, 2487, 2488, 2489,

VIANA
MINUCI DE
2490 e 2491).

PEREIRA
Os requeridos juntaram novos documentos (fls. 2495/2514).

CESAR
por TATIANA
por MARCOS
Como inadequadamente foram intimados os requeridos para
apresentarem memoriais antes do autor (fls. 2535/2538, 2539/2545 e 2546/2548), foi determinada
digitalmente

abertura de vista para o autor apresentar alegações finais (que foi juntada aos autos a fls.
digitalmente

2553/2600), concedendo-se nova oportunidade para os réus se manifestarem.


assinado
assinado

Os réus Jorge Menezes Silva, Walter Farath Junior, Aparecida de Fátima


Veja de Matos, Thais Machado de Oliveira, Jorge Abdanur Estephan, Antônio Carlos Parise,
original,
original,

Paulo Roberto Ambrósio, Manoel Donizetti Conceição apresentaram alegações finais e os


dodo

requeridos Muhamad Alahmar e José Carlos Marinho aditaram as alegações finais apresentadas
cópia
documentoé écópia

anteriormente (fls. 2604/2629, 2630/2644, 2646, 2647, 2648/2650, 2652/2654, 2659/2662,


Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 4
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 5

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2664/2674 e 2676/2678), decorrendo in albis o prazo assinado para os demais.

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É o relatório.

protocolado
II-Fundamento e decido.

Sao Paulo,às
13/12/2013
emde
A alegação novamente feita pelo réu Jorge Menezes em alegações finais

Estado
de que a escolha do Presidente da Câmara seria ato interna corporis e impassível de controle

autos
nos do
judicial, já foi afastada na decisão de fls. 697/735, cujos fundamentos ora transcrevo, reportando-

de Justica
me, todavia, expressamente aos julgados já citados a fls. 705/709:

liberado
e Tribunal
“Assim, no presente caso, quer seja em razão

SANTOS,
do pedido ou da causa de pedir, ou mesmo das partes, não se pode negar
o direito de ação à parte autora porquanto, não obstante a existência de

SOUSA
VIANA
respeitáveis entendimentos em sentido contrário, existe a possibilidade

MINUCI DE
em tese de controle jurisdicional sobre atos do Poder Legislativo

PEREIRA
(alegados pelos requeridos como interna coporis) e relacionados ao
exercício de atividade de vereadores na Câmara Municipal quando

CESAR
por TATIANA
imputada alegação de ilegalidade e inconstitucionalidade, fundamentos
por MARCOS
estes que foram invocados na inicial, com expressa citação dos
princípios constitucionais que foram arguidos como violados, não
digitalmente

constando da causa de pedir alegação que induza à conclusão de que a


digitalmente

demanda se refere a pedido de análise fundamentada no exercício do


voto dos vereadores e de atos discricionários, mas no descumprimento
assinado
assinado

da Constituição Federal”.
original,

Também naquela decisão, considerando os argumentos novamente


original,

reiterados em alegações finais, foi expressamente fundamentada a possibilidade de controle de


dodo

nomeação de cargo de confiança, citando-se acórdão da C. 7ª Câmara “C” de Direito Público do E.


cópia
documentoé écópia
Este documento

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Este
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fls. 36
fls. 6

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Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no julgamento da apelação cível com revisão n°
620.427-5/8-00, realizado em 27 de março de 2009, cujo relator foi o eminente Ronaldo Frigini,
bem como foi citado voto Mi n. Car los Velloso no jul gam ent o do RE 579951/ RN,
admi tindo o cont rol e de ato adm ini str ati vo ainda que fundando em competência

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di scr ici onária (f ls.709/12), de for ma que me repor to expres sam ent e aos ref eri dos
julgados que j ust ifi cam o ajuizamento da presente ação.

protocolado
As al egações f eit as pel o r éu Wal ter Farat h J uni or de que

Sao Paulo,às
não era agente públi co, nos t erm os da Lei nº 8.492/92, j á f oram objeto de

13/12/2013
apr eci ação a fl s. 715/720, em que foi deci dido s obr e a perti nência de
aj uizamento de ação de improbidade contra agent es pol íti cos (o que este réu era

emde
Estado
na época) , perm anecendo a r ejeição de t ais ar gum ent os pel os fundam ent os já

autos
expost os naquel a deci são, aos quais novamente expressamente me report o,

nos do
de Justica
des tacando esta magis trada, como já constou da r eferida deci são, part e do voto

liberado
do Mi n. Car los Velloso na Reclam ação 2138/DF - DISTRI TO FEDERAL, em que

e Tribunal
apres ent ou dados nacionais sobre ações de im probidade e ass everou que “isentar

SANTOS,
os agentes polít icos da ação de improbidade administ rat iva seria um desas tre

SOUSA
para a admi nis tração públi ca”, acrescentando o cabimento de ação de

VIANA
improbidade aos agent es pol íti cos no que não est iver defi nido em l ei própri a

MINUCI DE
como cr ime de responsabil idade.

PEREIRA
Na al udi da decisão de f ls. 697/735 foi expressamente

CESAR
por TATIANA
decidi do que er a cabí vel o ajuizamento da dem anda porquanto a ação ci vil
públi ca é pert inente para a descons tit uição de atos prat icados com i mpr obi dade por MARCOS

admi nis trativa e aplicação das sanções previst as em lei , ainda que som ent e
digitalmente

exis ta alegação de violação de pri ncí pios cons tit uci onais e que não tenha si do
digitalmente

imputado prejuí zo mat eri al dir eto ao er ári o públ ico.


assinado

Note- se que em sendo im put ada vi olação de pr incípi os


assinado

consti tucionais relacionados à Administ ração Pública, não há que s e f alar em


original,

i nvi olabil idade do ver eador por opini ões , palavras e votos no exercíci o do
original,

m andato, nos ter mos do ar tigo 29, inciso VI II, da Const ituição Federal .
dodo
cópia

Destaque-se que a decis ão de fls . 697/ 735, cujos


documentoé écópia
Este documento

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Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 37
fls. 7

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f undamentos, uma vez m ais , expr ess amente confi rmo nesta decis ão, af ast ara
(além das alegações aci ma cit adas de i mpossi bil idade jur ídi ca do pedido, s ob o
argumento de que não poderia haver contr ole judicial do voto do par lam ent ar e
do m éri to adm ini str ati vo dis cri cionár io, im pos sibili dade de cont rol e j udi cial

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baseado somente em pri ncí pios cons tit uci onais e de i legiti midade passi va do réu
Walter Farath Junior porque não era agent e públ ico e sim agent e polí tico,

protocolado
analis ando especif icamente as alegações sobre a Reclam ação nº 2.138 do STF)

Sao Paulo,às
as prel imi nar es de inépci a da i nicial , i legiti midade at iva, i nconst itucional idade

13/12/2013
da Lei de Im probidade Administ rat iva e de aus ência de int eresse pr ocessual pel a
i nadequação da via eleita.

emde
Estado
No que se refere aos pedidos para a anulação da eleição e das

autos
nomeações, como bem se manifestou o representante do Ministério Público, ocorreu a perda do

nos do
de Justica
objeto por fato superveniente, porquanto o mandato do réu Jorge Menezes terminou há mais de

liberado
dois anos e as nomeações também pereceram, já que, mesmo que algum daqueles servidores

e Tribunal
mencionados na inicial possa ainda estar trabalhando na Câmara Municipal, tal circunstância será

SANTOS,
pertinente a outra nomeação e não em relação àquela impugnada pelo autor.

SOUSA
Destaque-se que o interesse processual, de natureza tipicamente

VIANA
MINUCI DE
instrumental, não se confunde com o interesse substancial. Aflora, apenas, da necessidade de se

PEREIRA
obter, por meio do processo, a proteção do interesse primário e substancial. Tal requisito deve
existir no momento em que a sentença for proferida. Desaparecendo antes de tal situação

CESAR
por TATIANA
processual, a ação será rejeitada via de decreto de carência (RT. 489/143, RP. 33/239 e 42/200).
por MARCOS
Nesse sentido leciona o ilustre professor CELSO AGRICOLA BARBI,
“in” “Comentários ao Código de Processo Civil”, pag. 51:
digitalmente
digitalmente

“O interesse deve existir no momento em que a


sentença for proferida. Portanto, se ele existiu no início da causa, mas
desapareceu naquela fase, a ação deve ser rejeitada por falta de
assinado

interesse.”
assinado

Destarte, é evidente a perda do objeto da presente ação, quanto aos


original,
original,

pedidos supra descritos, pelo fato superveniente apontado, operando-se o fenômeno da carência
dodo

superveniente da ação, pela falta de interesse de agir do autor na atual fase procedimental.
cópia
documentoé écópia

Quanto aos pedidos formulados para que sejam os réus Jorge Menezes,
Este documento

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Este
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fls. 38
fls. 8

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Muhamad Alahmar, Alessandra Trigo Alves, Paulo Pauléra, Walter Farath Júnior, Jorge Abdanur
Estephan, Aparecido Carlos dos Santos, José Carlos Marinho, Nelson Massoni Ohno, Antonio
Carlos Parise e Manoel Donizetti Conceição condenados pela prática de ato de improbidade
administrativa às sanções acessórias previstas no artigo 12, III, da Lei nº 8.429/92, eles são

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procedentes, destacando-se que a perda de interesse processual quanto ao pedido de anulação da
eleição não afeta a violação aos princípios constitucionais descritos na inicial e improbidade

protocolado
cometida por estes réus e não impede, portanto, a condenação pelos atos descritos na inicial.

Sao Paulo,às
De fato, verifica-se que o vereador Ângelo Eduardo Piacenti, conforme a

13/12/2013
ata de sessão de posse, solicitou a anotação de questão de ordem e “comunicou que abria mão de
sua candidatura para haver apenas um candidato a Presidência”, conforme fls. 39 dos autos de

emde
Estado
inquérito civil em apenso, o que revela que efetivamente existiu a candidatura dele, ainda que se

autos
admita que na realidade tenha sido uma pré-candidatura diante da desistência antes da votação,

nos do
de Justica
mas de qualquer modo ela restou caracterizada e foi levada até o último momento, estando

liberado
demonstrado pelos elementos colhidos nos autos que a conduta do réu Menezes e daqueles que o

e Tribunal
apoiaram, consoante o que foi descrito na petição inicial, obstou a viabilidade da candidatura do

SANTOS,
vereador Piacenti, mediante a oferta de cargos, cuja indicação incumbia ao Presidente, em troca

SOUSA
de apoio para sua eleição.

VIANA
MINUCI DE
Por outro lado, da inicial e dos autos de inquérito civil que a

PEREIRA
acompanham constam elementos, que foram corroborados em juízo, sob o crivo do contraditório e
da ampla defesa, que revelam que, a despeito das nomeações terem sido feitas pelo Presidente da

CESAR
por TATIANA
Câmara, o vereador Jorge Menezes, autoridade competente para realizá-las, nos termos do artigo
9º da Lei Complementar Municipal nº 156/2002, elas foram efetuadas por indicações de outros por MARCOS

vereadores, em troca do apoio para a sua eleição, violando princípios constitucionais.


digitalmente

Destaque-se ainda a fundamentar a procedência do pedido os


digitalmente

documentos, de fls. 6, 11 e 12 dos autos de inquérito civil em que foi publicada reportagem, em
assinado

janeiro de 2009, com indicação de divisão entre vereadores para atribuição de cargos, além dos
assinado

DVDs com gravação de entrevistas concedidas pelo réu Jorge Menezes (a fls. 23 à TV Tem no dia
original,

18.02.2009; a fls. 160 e fls. 312/323, à Rádio Metrópole AM no dia 18.02.2009; a fls. 164, ao
original,

Jornal Diário da Região no dia 17.02.2009 , sendo que a primeira foi transcrita a fls. 311, havendo
dodo

degravação do conteúdo da ligação telefônica referente à entrevista ao jornal Diário da Região


cópia
documentoé écópia

juntada a fls. 324/338 e da entrevista à Rádio Metrópole a fls. 312/323 dos autos de inquérito
Este documento

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Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 9

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2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

G00000001GQ5E.
CEP: 15025-000 - São José do Rio Preto - SP
Telefone: (17) 3222-2142 - E-mail: riopretofaz@tjsp.jus.br

0020535-56.2009.8.26.0576 e código 24CB55F.


civil), assinatura de compromisso de voto no vereador Jorge Menezes para Presidente da Câmara
(conforme documento de fls. 154 dos autos de inquérito civil).

Quanto à matéria jornalística de fls. 11 do inquérito civil, cumpre

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369


transcrever o quadro de indicações previsto:

Vereador Indicação Prometida

protocolado
Jorge Menezes Diretor Geral

Sao Paulo,às
Diretor Jurídico

13/12/2013
Diretor Financeiro
Assessor da Presidência

emde
Estado
Alessandra Trigo Diretor Legislativo

autos
nos do
Carlão dos Santos Diretor Administrativo

de Justica
Manoel da Conceição Responsável pelo CPD

liberado
Antonio Caros Parise Diretor de Comunicação

e Tribunal
SANTOS,
Nelson Ohno Diretor da TV Câmara
Jorge Abdanur Assessor de imprensa

SOUSA
VIANA
José Carlos Marinho Assessor Legislativo

MINUCI DE
PEREIRA
Walter Farath Assessor da Presidência

CESAR
Paulo Pauléra Assessor da Presidência

por TATIANA
por MARCOS
Destaque-se que tais indicações foram efetuadas na forma como consta
no quadro publicado no Diário da Região do dia 4 de março de 2009, juntado a fls. 201 do
digitalmente

inquérito civil, o que foi confirmado pelo requerido Jorge Menezes, em suas declarações de fls.
digitalmente

168/172 do inquérito civil, nas quais admitiu que a lista que consta na publicação jornalística de
assinado

fls. 22 dos autos de inquérito civil (publicada no mesmo veículo de comunicação no dia 18 de
assinado

fevereiro de 2009) é verdadeira, salientando-se que nas referidas declarações, ainda, admitiu a
original,

existência da candidatura do vereador Piacenti.


original,

Com efeito, em suas declarações no inquérito civil, o referido réu assim


dodo
cópia

afirmou:
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 9
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 40
fls. 10

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“No dia da eleição o vereador Piacenti abriu
mão de sua candidatura, uma vez que tinha menor apoio. Na reunião da
véspera foi feita e assinada a lista que está as fls. 154. Esta lista foi feita
para que o declarante mostrasse força e comprovasse o apoio que
recebia. O declarante disse para Piacenti que tinha o apoio constante da
lista e acredita que por isso ele desistiu da candidatura. Informa que,

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depois da sua eleição, pediu para onze vereadores indicarem nomes para
serem indicados para cargos em comissão, de nomeação do presidente”.

protocolado
E, ainda, prosseguiu, admitindo a veracidade da lista e das indicações:

Sao Paulo,às
“Com relação aos outros cargos, o declarante

13/12/2013
pediu para aqueles onze vereadores apresentarem currículo de pessoas
que eles queriam que fossem indicadas. Os vereadores apresentaram
vários currículos, os quais foram analisados pelo declarante, com a

emde
colaboração do Diretor Geral, do Diretor Financeiro, do Diretor Jurídico

Estado
e de outras pessoas da comunidade. Nem todos os currículos foram

autos
aproveitados. O declarante tem em seu poder 164 currículos ao todo. O

nos do
declarante pediu as indicações porque pretendia administrar com o apoio

de Justica
dos demais vereadores. A lista que consta na publicação jornalística

liberado
de fls. 22 é verdadeira. De fato as indicações foram feitas da forma
como consta na lista constante daquela matéria. As indicações

e Tribunal
acabaram atendendo pedidos de nove vereadores, todos constantes

SANTOS,
da lista de fls. 154. Os vereadores Manoel Donizeti Conceição e Dinho
Alamar não foram atendidos. O primeiro porque indicou currículos que

SOUSA
não atendiam as exigências do cargo para o CPD, na Diretoria

VIANA
Administrativa. Como os currículos não atendiam as exigências, o
declarante colocou naquele cargo um assessor de seu próprio gabinete.

MINUCI DE
Com relação a Dinho Alamar, a indicação não foi atendida em razão de

PEREIRA
um problema posterior (...)”. (negritos não constantes do original).

CESAR
Note-se que após as indicações, as nomeações previstas ficaram da

por TATIANA
seguinte forma, consoante quadro apresentado pelo Ministério Público em alegações finais ora
por MARCOS
transcrito e cujos destaques em negrito indicam os pontos em que a publicação jornalística
“acertou” a “previsão” de indicações, o que somente corrobora, diante da coincidência na maior
digitalmente

parte das nomeações e das declarações acima transcritas, o ato de improbidade cometido pelos
digitalmente

réus.
assinado

Vereador Indicação Prometida Nomeação


assinado

Jorge Menezes Diretor Geral Diretor Geral


original,
original,

Diretor Jurídico Diretor Jurídico


dodo

Diretor Financeiro Diretor Financeiro


cópia
documentoé écópia

Assessor da Presidência Assessor de Imprensa


Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 10
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 41
fls. 11

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Alessandra Trigo Diretor Legislativo Diretor Legislativo

Carlão dos Santos Diretor Administrativo Diretor Administrativo

Manoel da Conceição Responsável pelo CPD Não teve nomeação

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Antonio Carlos Parise Diretor da TV Câmara Diretor da TV Câmara
Nelson Ohno Diretor de Comunicação Diretor de Comunicação

protocolado
Jorge Abdanur Assessor de imprensa Assessor da Presidência

Sao Paulo,às
José Carlos Marinho Assessor Legislativo Assessor Legislativo

13/12/2013
Walter Farath Assessor da Presidência Assessor administrativo

emde
Estado
Paulo Pauléra Assessor da Presidência Assessor de Finanças

autos
nos do
Quanto às entrevistas anteriormente mencionadas, relevante a transcrição

de Justica
do que o réu Jorge Menezes declarou à TV Tem:

liberado
e Tribunal
“- Eu ouvi algumas ofensas dizendo que eu

SANTOS,
havia prometido um cargo de diretoria e na verdade eu não, eu não
prometi nada é... cargo de diretoria. Eu prometi assessor financeiro para
o vereador Dinho que estava saindo para ir embora e ele veio e me

SOUSA
agrediu.” (fls. 23 e 311 dos autos de inquérito civil, destaquei).

VIANA
MINUCI DE
PEREIRA
Também oportuno transcrever o que o requerido Jorge Menezes declarou
em entrevista à Radio Metrópole AM, na qual igualmente confirmou que as indicações ocorreram

CESAR
em razão do acordo pré-eleitoral:

“ - Ah Marcos, você é... sabedor e entende por TATIANA


por MARCOS
muito bem como é que funciona toda essa situação quando existe uma...
uma presidência da Câmara. Ainda bem que eu consegui trabalhar em
digitalmente

cima só de... dos cargos, né...” (fls. 160 e 312 do inquérito civil, negrito
digitalmente

não constante do original).

Note-se, ainda, que indagado pelo jornalista Marcos sobre o motivo da


assinado

frase acima transcrita, o réu Jorge Menezes asseverou que:


assinado
original,

“ - É... porque... porque... é... a gente sabe


original,

que a Câmara... é... pra se conseguir... é... ser presidente você precisa
às vezes até... é... dá dois cargos, três cargos, você entendeu? Eu ainda
dodo

consegui segurar e deixar as principais pessoas que estavam na gestão


cópia

passada, que são competentes na minha opinião, como o João Batista, o


documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 11
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 42
fls. 12

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seu Torres, no financeiro, os dois jurídicos, eu consegui ainda segurar...”
(fls. 160 e 313 do inquérito civil, negrito não constante do original).

Relevante também a transcrição da degravação da entrevista concedida


pelo réu Jorge Menezes ao repórter Rodrigo Lima, do Jornal Diário da Região acima mencionada:

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“Repórter: Tá. Finanças... Jorge Menezes.
Diretoria Geral?

protocolado
Ver. Jorge Menezes Diretoria Geral ele
permaneceu por, é... assim, é... nós fizemos um compromisso quando nós

Sao Paulo,às
fizemos a reunião que não seria mexido no...

13/12/2013
Repórter - No João né?

emde
Ver. Jorge Menezes - .... desculpa, Rodrigo.

Estado
Escapou da mão aqui.

autos
Repórter - Não, não, tranquilo.

nos do
de Justica
Ver. Jorge Menezes - Não seria mexido em

liberado
quatro cargos...

e Tribunal
Repórter - Sim.

SANTOS,
Ver. Jorge Menezes - ... que não foi mexido.

SOUSA
Diretor Financeiro que não era pra mexer, que é o Torres...

VIANA
Repórter - Certo.

MINUCI DE
PEREIRA
Ver. Jorge Menezes - ... é... Diretor é... a
Diretoria Geral que é o ...

CESAR
por TATIANA
Repórter - O João Batista.

Ver. Jorge Menezes - ... o João Batista, que não por MARCOS
é indicação de ninguém, simplesmente ele permaneceu no cargo pela sua
competência...
digitalmente

Repórter - Certo.
digitalmente

Ver. Jorge Menezes - ... e o Diretor Jurídico, é,


Dr. Minuci e Dr. Juliano eu quis permanecer pela confiança. Já da gestão
assinado

passada pra cá, estes cargos, quando eu fui fazer o acordo com os
assinado

vereador, se eu fosse pra ser o presidente, nesses cargos eu não mexeria.”


original,

Repórter- O jurídico, o Dr. Juliano também,


original,

né?
dodo

Ver. Jorge Menezes É o Dr. Juliano também.


cópia
documentoé écópia

Que não era cargo meu, era cargo do Dr. César Gélcio. O João Batista
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 12
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 43
fls. 13

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era cargo do Adney Secches...

Repórter Sim, sim.

Ver. Jorge Menezes- ... mas aí eu não vi


pelo...por quem tava indicando, eu vi pela competência.”

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(...)

protocolado
Ver. Jorge Menezes Não Rodrigo ... agora eu
não tenho mais nada que fazer...

Sao Paulo,às
Repórter: - Sim.

13/12/2013
Ver. Jorge Menezes- ...agora já tá os cargos
dados para os respectivos vereadores que indicaram a pessoa...” (fls. 164

emde
e 327 do inquérito civil, grifos não constantes do original).

Estado
A prova deduzida em juízo confirma os elementos colhidos no inquérito

autos
nos do
civil.

de Justica
Com efeito, na tramitação do inquérito civil o réu Jorge Menezes da

liberado
Silva assim declarou, além do que já foi citado nesta sentença:

e Tribunal
“Mostrada a gravação constante de fls. 160, o

SANTOS,
declarante relata que se trata de uma entrevista que concedeu a rádio

SOUSA
Metrópole AM no dia 18/02/2009. Com relação ao trecho que o

VIANA
declarante diz ao repórter que “ainda bem que eu consegui trabalhar em

MINUCI DE
PEREIRA
cima só dos cargos”, esclarece que em outras administrações passadas o
declarante ouvia comentários de que candidatos à presidência da Câmara

CESAR
arrumavam empregos para pessoas mesmo fora da Câmara, na Prefeitura

por TATIANA
ou em empresas para que os vereadores votassem neles. No presente por MARCOS
caso o declarante quis dizer para o radialista que deseja uma
administração democrática, com o apoio dos vereadores, mas assevera
digitalmente

novamente que não trocou indicações de cargos por votos dos vereadores
digitalmente

para o cargo de presidente. Com relação ao trecho que o declarante diz


assinado

ao radialista “para se conseguir ser presidente você precisa às vezes até


assinado

dar dois cargos, três cargos, entendeu, eu ainda consegui segurar e deixar
original,

as principais pessoas que estavam na administração passada e que são


original,

competentes na minha opinião...”, o declarante esclarece que é uma


dodo

pessoa simples, de origem humilde e que às vezes não consegue se


cópia
documentoé écópia

expressar direito e que suas palavras são mal interpretadas. O declarante


Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 13
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 44
fls. 14

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quis dizer que às vezes eram dados dois ou três cargos fora da Câmara,
como já mencionou que ouvia boatos em relação a administrações
anteriores. Esclarece ainda que queria dizer que fez questão de manter
aqueles cargos mais importantes já mencionados para melhor

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administrar. (...)”
“Esclarece que o presidente não tem

protocolado
nenhuma vantagem patrimonial. A única vantagem é que existem
três cargos de assessor da presidência, assessoria que os demais

Sao Paulo,às
13/12/2013
vereadores não possuem. O declarante indicou dois desses cargos. O
terceiro foi indicado pelo vereador Jorge Abdanur. Abdanur iria

emde
fazer a indicação do assessor de imprensa, mas o currículo por ele

Estado
autos
apresentado não tinha competência para tal cargo, que era o único

nos do
ainda não ocupado. O declarante indicou outra pessoa para assessor

de Justica
de imprensa e aceitou uma indicação de Jorge Abdanur para o

liberado
terceiro assessor da presidência.” (destaquei).

e Tribunal
SANTOS,
Já em depoimento pessoal, em juízo, o réu Jorge Menezes da Silva
afirmou que houve diversas reuniões após as eleições municipais nas quais objetivava angariar

SOUSA
apoio político para ser alçado à Presidência da Câmara, mas negou ter prometido, em troca de

VIANA
votos, ceder a indicação de comissionados, asseverando que deu várias entrevistas após o pleito,

MINUCI DE
PEREIRA
mas que suas declarações foram distorcidas pelos órgãos de imprensa, negando que que tenha
afirmado que na sua administração houve menos trocas de favores relacionadas a cargos do que

CESAR
por TATIANA
em legislaturas anteriores.
Todavia, as entrevistas foram anteriormente transcritas nesta sentença e por MARCOS

não se vislumbra a distorção mencionada.


digitalmente

Disse ainda o referido réu, em depoimento pessoal, acreditar que as


digitalmente

afirmações em sentido contrário oriundas dos jornalistas decorreram de distorções intencionais e


que eles objetivam denegrir a sua imagem. Confirmou que a foto estampada a fls. 06 do inquérito
assinado

civil se refere a uma reunião para que obtivesse apoio político e objetivava dar transparência ao
assinado

procedimento como um todo, tanto que a referida reunião foi aberta à imprensa, de forma a
original,

demonstrar transparência. Mencionou que na aludida foto estão o vereador Dinho Alahmar,
original,

vereador Marinho, vereadora Alessandra Trigo, vereador Jorge Abdanur, vereador Carlão do JC,
dodo
cópia

vereador Ohno, vereador Paulo Pauléra, vereador Prof. Farath e vereador Parise, confirmando que
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 14
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 45
fls. 15

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o documento de fls. 154 dos autos de inquérito civil foi firmado nesta reunião.
Asseverou que a lista de assinaturas teve o objetivo de atestar o apoio
político a um candidato de molde a eventualmente desestimular a candidatura de outro e fortalecer
a própria. Admitiu ter sido entrevistado pelo jornalista Rodrigo de Lima após referida reunião, mas

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negou que declarou a ele que reservaria para sua escolha dois cargos em comissão e distribuiria os
demais. Confirmou que após ser eleito houve uma entrevista para vários jornalistas logo em

protocolado
seguida e negou ter afirmado a um jornalista que venceu as eleições em razão da barganha de

Sao Paulo,às
comissionados e que tivesse afirmado que se não fosse assim, não seria eleito. Negou que tivesse

13/12/2013
afirmado aos jornalistas que haveria a distribuição dos cargos comissionados, apenas disse que
eles seriam ocupados por pessoas detivessem competência para tanto, inclusive, após a análise de

emde
currículos.

Estado
autos
Quanto à sua fala degravada a fls. 311 dos autos de inquérito civil disse

nos do
que se referia à ocupação de alguns cargos por pessoas que merecessem a nomeação, não

de Justica
prometendo nenhum cargo, mas, repita-se, tal alegação restou infirmada por todo o contexto

liberado
probatório.

e Tribunal
SANTOS,
Asseverou que na mídia juntada a fls. 60, há um trecho no qual consta
que teria afirmado que na política, para se conseguir alguns objetivos, é preciso troca de favores

SOUSA
ou correlatos, contudo, esta fala não corresponde à realidade, asseverando acreditar que, por não

VIANA
ter cedido tantos cargos, sofreu represália, inclusive, de alguns deles diretamente ligados à

MINUCI DE
PEREIRA
imprensa, mas como já mencionado, tal versão do réu está totalmente dissociada do conjunto
probatório.

CESAR
por TATIANA
Admitiu que houve uma desavença com o vereador Dinho que culminou
em agressões físicas e que foi motivada por divergências quanto a um currículo e não por por MARCOS

frustração por falta de indicação de comissionado.


digitalmente

Confirmou que o vereador que desistiu da candidatura à presidência da


digitalmente

Câmara era Eduardo Piacenti. O vereador Conceição era do mesmo partido de Piacenti, o PPS,
mas não soube esclarecer o motivo pelo qual o referido vereador não apoiou seu colega de partido.
assinado

Disse que o vereador Jorge Abdanur não indicou nenhum vereador para
assinado

compor o seu gabinete, que já estava completo e negou que tivesse havido indicação por Jorge
original,

Abdanur de um comissionado não aceito para uma específica área e que em contrapartida teria
original,

nomeado para outra função, alegando que as declarações em sentido contrário, prestadas perante o
dodo
cópia

Promotor de Justiça no inquérito civil, não correspondem à realidade, mas admitiu que na
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 15
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 46
fls. 16

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


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oportunidade em questão estava acompanhado do diretor jurídico da Câmara, o advogado Dr.
Marcos Minucci, o que consta, aliás, do referido termo.
Logo, a despeito do réu ter dito que as declarações prestadas ao
Ministério Público não são verdadeiras, tal não merece crédito, porque além de não existir

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nenhuma prova neste sentido, o réu estava assistido por advogado no momento em que elas foram
colhidas.

protocolado
Note-se que nas declarações no inquérito civil (fls. 168/172) o réu

Sao Paulo,às
13/12/2013
admitira que as indicações foram feitas na forma como constou na publicação jornalística de fls.
201, ou seja, que os nomes lhe foram apresentados pelos vereadores, mas alegou que tal ocorreu

emde
quando já estava eleito Presidente da Câmara e que elas foram solicitadas aos vereadores porque

Estado
queria fazer uma “gestão democrática”, ouvindo os colegas parlamentares, mas não conseguiu

autos
esclarecer por quais razões a imprensa sabia antes da eleição que tais indicações seriam feitas,

nos do
de Justica
nem soube explicar convincentemente como já se sabia no dia seguinte à eleição que vereador iria

liberado
fazer a indicação para qual cargo.

e Tribunal
SANTOS,
A testemunha Vinicius Marques da Silva, jornalista, disse que
confirmava suas declarações prestadas perante o Ministério Público a fls. 298/299 e que as frases

SOUSA
VIANA
utilizadas entre aspas correspondiam à fala do vereador. Disse que na época as conversas com o

MINUCI DE
réu Jorge Menezes eram quase diárias e que apenas após a abertura do inquérito, algumas pessoas

PEREIRA
passaram a questionar as reportagens, mas após a eleição a relação com os vereadores continuou a
mesma.

CESAR
por TATIANA
Asseverou que houve mudança da assessoria de imprensa na eleição
por MARCOS
tratada no processo, desconhecendo se houve desagrado nesta troca no meio jornalístico, mas para
a testemunha não houve, pois o indicado é pessoa por que nutre o maior respeito. Disse que após
digitalmente

Jorge Menezes ter falado que os cargos comissionados haviam sido loteados conversou com outros
digitalmente

vereadores, cujos nomes não se recordou. Disse acreditar ter publicado algo no sentido de que
Dinho Alahmar almejava a vice-presidência, mas desconhece o motivo pelo qual não foi eleito.
assinado
assinado

Asseverou, também, que havia comentários de que Pauléra assumiria a secretaria de serviços
gerais, mas não se recordava se Pauléra indicou alguém.
original,
original,

Na fase extrajudicial dissera que a entrevista em que Menezes afirmara


dodo

aos repórteres que estavam loteados todos os cargos em comissão ocorreu imediatamente após ele
cópia

ter sido eleito presidente da Câmara Municipal, asseverando que obteve do réu Menezes a
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 16
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 47
fls. 17

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de São José do Rio Preto
FORO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

G00000001GQ5E.
CEP: 15025-000 - São José do Rio Preto - SP
Telefone: (17) 3222-2142 - E-mail: riopretofaz@tjsp.jus.br

0020535-56.2009.8.26.0576 e código 24CB55F.


informação constante na matéria sobre quais vereadores teriam direito a fazer as indicações,
destacando que ele lhe dissera expressamente a seguinte frase entre aspas: “Para ser presidente da
Câmara em Rio Preto tem de ser assim, não tem jeito. Sempre foi assim”.
Ainda na fase extrajudicial mencionou que nenhuma das publicações foi

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369


questionada por Jorge Menezes ou pelos demais vereadores, embora tivesse conversado com ele e
alguns vereadores praticamente todos os dias e somente após ter sido noticiado o início das

protocolado
investigações o requerido Jorge Menezes e outros vereadores passaram a negar as indicações (fls.

Sao Paulo,às
299).

13/12/2013
Já o jornalista/radialista Luis Carlos Gomes ao ser inquirido em juízo
(fls. 2483) disse que não se recordava, embora pudesse tê-lo feito, de ter afirmado que Jorge

emde
Menezes havia negado sua manutenção no cargo porque havia negociado os cargos para ser eleito.

Estado
autos
Todavia, reconheceu sua assinatura no termo de declarações de fls. 306 do inquérito civil e após a

nos do
leitura do referido termo, confirmou a frase segundo a qual o vereador Jorge Menezes afirmou ter

de Justica
negociado os cargos para ser eleito, indicando o ato de improbidade imputado aos réus e a

liberado
procedência do pedido.

e Tribunal
SANTOS,
Esclareceu que o encontro com Jorge Menezes foi fortuito, quando
então indagou se poderia continuar na assessoria, informando que quem entrou no seu lugar foi

SOUSA
Aparecido Venancio, pessoa benquista e cuja indicação não desagradou a imprensa.

VIANA
MINUCI DE
Nas suas declarações no inquérito civil (fls. 306), a testemunha

PEREIRA
esclarecera que fora assessor de imprensa na Câmara Municipal na última administração e que

CESAR
tinha expectativa em permanecer no cargo e quando o requerido Jorge Menezes fora eleito, a

por TATIANA
testemunha e a ex-diretora da TV Câmara, Marisa Amorim, foram até ele, pedindo a permanência
por MARCOS
no cargo, mas obtiveram resposta negativa, sob o fundamento de que “tinha negociado os cargos
para ser eleito”, acrescentando que a mesma resposta Menezes tinha dado para os jornalistas e para
digitalmente

a imprensa em geral.
digitalmente
assinado

Afirmou, ainda, que ouviu de servidores concursados da Câmara


assinado

Municipal, nos últimos dias de dezembro, sobre as promessas que Menezes fazia aos demais
original,

vereadores de indicação de cargos comissionados em troca de apoio à eleição para a Presidência


original,

da Câmara Municipal.
dodo
cópia
documentoé écópia

A testemunha Hércules Gorla no seu depoimento judicial (fls. 2482)


Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 17
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 48
fls. 18

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confirmou suas declarações de fls. 301/302 do inquérito civil e que o vereador Menezes disse-lhe
a seguinte frase: “Você sabe, para a gente se eleger presidente, precisa negociar os cargos e este
cargo pertence ao Dinho”, o que demonstra, uma vez mais, a procedência dos pedidos formulados
na petição inicial.

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Disse saber que houve uma desavença entre o vereador Dinho e Jorge
Menezes, mas não soube esclarecer o motivo. Lembrou-se que Jorge disse que Dinho almejava um

protocolado
cargo de diretor, mas Jorge somente disponibilizou um de assessor, o que corrobora todo o

Sao Paulo,às
conjunto probatório no sentido de que restou caracterizada a improbidade descrita na petição

13/12/2013
inicial.
Asseverou, ainda, que em todas as legislaturas há troca de cargos e

emde
conversas sobre as barganhas e não se lembrou de ter confirmado a informação de que um cargo

Estado
autos
pertenceria ao vereador Dinho, com ele próprio. Este cargo pertenceria ao vereador Dinho porque,

nos do
nas palavras de Jorge Menezes, para se eleger presidente é preciso negociação, envolvendo os

de Justica
cargos comissionados, o que demonstra, novamente, a procedência do pedido.

liberado
Havia boatos de que Dinho seria o vice-presidente. Desconheceu o

e Tribunal
SANTOS,
motivo específico que o vereador Dinho não ter sido votado. Estava presente no dia da votação.
Dinho votou em Jorge Menezes para a presidência, mas a recíproca não é verdadeira para a vice-

SOUSA
presidência. Não soube dizer se a indicação de Dinho se efetivou.

VIANA
Esclareceu que não existe critério para a escolha dos comissionados

MINUCI DE
PEREIRA
ficando ao talante da presidência. Disse que é funcionário concursado e que não almejava nenhum
cargo, apenas intercedeu em favor de um estagiário, que não assumiu. Após a instauração do

CESAR
por TATIANA
inquérito civil sofreu um terrorismo moral e profissional causado pelo vereador Farath, que bateu
no peito em plenário e disse que compraria esta briga. Afirmou não ter informações sobre a por MARCOS

competência dos nomeados.


digitalmente

Na fase extrajudicial dissera que quando retornara de férias por volta do


digitalmente

dia 17 de janeiro “tomou conhecimento de que os cargos em comissão na Câmara haviam sido
loteados pelo Presidente” e que havia um funcionário no cargo de assessor de finanças há vários
assinado

anos, chamado Eduardo Henrique da Silva Almeida, o qual tinha bastante experiência na função,
assinado

tinha sido dispensado e em seu lugar seria nomeado alguém indicado por Walter Farah, que
original,

chegou a trabalhar uma semana, no final de janeiro, porém “havia um problema, uma vez que o
original,

cargo 'pertencia' ao vereador Dinho, ou seja, deveria ser preenchido por indicação daquele
dodo
cópia

vereador”, destacando que “tal indicação era de conhecimento geral nos corredores da Câmara
documentoé écópia
Este documento

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Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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Municipal, inclusive diziam que Dinho iria indicar uma pessoa do Sindicato dos Camelôs, de
nome Iranildo”.
A testemunha Pedro Roberto Gomes, ao ser inquirida em juízo (fls.
2484), confirmou suas declarações de fls. 245/246 dos autos do inquérito civil e confirmou em

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especial a passagem de suas declarações em que consta que Jorge Menezes afirmou que não tinha
mais cargos em comissão para oferecer porque todos já haviam sido oferecidos, verificando-se de

protocolado
tais declarações extrajudiciais que os fatos em questão ocorreram antes das eleições, quando fora

Sao Paulo,às
procurado pelos vereadores Dinho e Jorge Menezes, que lhe pediram apoio, o que revela, uma vez

13/12/2013
mais, diante dos demais elementos probatórios colhidos, a troca de votos por indicações de cargo e
a procedência do pedido.

emde
Disse que no que se refere à eleição para a presidência foi procurado por

Estado
autos
Jorge e Dinho Alahmar, o que é comum entre os candidatos, mas em momento algum conversou

nos do
sobre a nomeação de comissionados, negando que tivesse pedido cargos em troca de apoio,

de Justica
informando que a manifestação de Jorge Menezes foi espontânea. Dinho Alahmar apoiou Jorge

liberado
Menezes. Em contrapartida, se almejava diálogo junto à presidência e uma possível reforma

e Tribunal
SANTOS,
administrativa. Dinho era candidato à vice-presidência da mesa. Afirmou que a informação que
teve é a de que Jorge apoiaria Dinho e, pelo se lembra, ele votou em Jorge. Salvo engano votou em

SOUSA
Parise para vice. Dinho ficou muito aborrecido com esta “traição”.

VIANA
Por sua vez, a testemunha Marco Antônio Rillo, em juízo (fls. 2491),

MINUCI DE
PEREIRA
disse que ficou sabendo dos fatos, mas deles não participou. Admitiu que prometeu seu voto ao
vereador Dinho em razão da relação de amizade existente. Asseverou que posteriormente Dinho

CESAR
por TATIANA
narrou que Jorge Menezes detinha uma lista de apoio à sua candidatura e que, em razão disso,
preferiria a candidatura à vice presidência e, na oportunidade, pediu para a testemunha que por MARCOS

também votasse em Jorge Menezes, o que somente corrobora a procedência do pedido descrito na
digitalmente

inicial.
digitalmente

Informou que votou neste último para a presidência e em Dinho para a


vice-presidência.
assinado

Confirmou suas declarações perante o Ministério Público no sentido de


assinado

que houve comentários, em especial dos funcionários efetivos da Câmara, de que Jorge Menezes
original,

havia prometido cargos em comissão para vereadores que assinaram a lista, demonstrando, uma
original,

vez mais, a caracterização da improbidade imputada aos réus nesta ação.


dodo
cópia

Disse, ainda, que Dinho votou em Jorge Menezes para a presidência e


documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 19
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 20

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que Dinho não foi eleito à vice-presidência, o que criou entre eles um atrito.
Asseverou, também, que foi procurado pelo presidente da Associação
dos Servidores da Câmara que reclamou sobre a falta de um funcionário na área de finanças, o
qual era muito competente, e que havia sido substituído e ao ligar para Jorge Menezes expondo o

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problema, este lhe disse que o cargo “era do Dinho”, o que revela, novamente, que houve troca de
favores políticos consistente na promessa de nomeação de cargos pelo apoio para eleição para a

protocolado
Presidência da Câmara, tal como narrado na inicial.

Sao Paulo,às
Esclareceu, ainda, a testemunha que ligou então para Dinho, que disse

13/12/2013
que não detinha cargo nenhum, irritando-se com a situação o que culminou em um entrevero entre
ambos, informando que pelo que sabe Dinho não indicou ninguém à diretoria de finanças.

emde
Confirmou a conversa com Dinho e a frase “não é esse o cargo que me foi prometido, o Menezes

Estado
autos
sabe, é o cargo do diretor de finanças”, o que demonstra o específico acordo espúrio para a eleição

nos do
da Presidência da Câmara entre o requerido Muhamad Alahmar, conhecido por Dinho e o

de Justica
requerido Jorge Menezes.

liberado
Confirmou também a testemunha Marco Antônio Rillo em juízo que

e Tribunal
SANTOS,
Dinho foi se encontrar com Jorge Menezes com vistas a esclarecer tanto a questão do cargo da
diretoria de finanças quanto ao problema que ocorreu relacionado à vice-presidência.

SOUSA
Afirmou que conversou também com Jorge Menezes e ele atestou que

VIANA
realmente com relação a Dinho Alahmar houve um problema relacionado ao cargo da diretoria de

MINUCI DE
PEREIRA
finanças bem como aquele ligado à sua eleição para vice-presidente da Câmara, o que, uma vez
mais, corrobora a existência do ato de improbidade imputado aos réus, sobretudo porque a referida

CESAR
por TATIANA
testemunha asseverou que ambos os fatores, segundo Jorge Menezes, motivaram a briga entre ele
e Dinho. por MARCOS

As demais testemunhas inquiridas não eximiram os réus dos fatos


digitalmente

imputados na inicial, diante de todo o conjunto probatório já analisado.


digitalmente

Com efeito, a testemunha José Antônio Visquetto disse que desconhecia


os fatos narrados na presente ação, informando que pertence ao mesmo partido do vereador
assinado

Pauléra e que houve, na época, uma coligação com o DEM e após as eleições houve um
assinado

oferecimento de um cargo para Paulo Pauléra, que foi efetivado na pessoa do indicado. Houve um
original,

“bate papo” no partido para que o candidato da coligação fosse apoiado. Asseverou saber que
original,

Pauléra encaminhou alguns currículos para a Câmara, sendo um deles relacionados a Ana Sgarbi,
dodo
cópia

tendo ela sido chamada dois meses após.


documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 20
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 21

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Já Vanderlei de Jesus de Moraes disse que não tinha conhecimento sobre
os fatos narrados na inicial e que na época dos fatos era assessor de Jose Carlos Martinho e quando
trabalhava na Câmara havia dias em que chegavam 20 currículos de pretendentes a empregos e
eventualmente alguns eram encaminhados à secretaria, outros para a prefeitura e até mesmo para

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empresários conhecidos. Conhece Rafael Nunes de Souza e sabe que ele trabalhou na Câmara, mas
não se recordou da função, desconhecendo se foi indicação do vereador Jose Carlos Marinho, a

protocolado
menos que seja um dos que constavam no lote de currículos pendentes de análise. Não houve

Sao Paulo,às
comentários de que Jose Carlos Marinho estivesse envolvido na situação retratada nos autos,

13/12/2013
somente tendo conhecimento pelos jornais.
Quanto aos réus Manoel Conceição e Nelson M ass oni Ohono, a

emde
despeito da decis ão ant eri or des te juí zo, que não recebera a i nicial em relação a

Estado
autos
eles , numa análi se mai s exauriente do conjunto pr obatór io, notadamente depoi s

nos do
da produção de provas, de ri gor é a condenação deles , cumprindo transcrever

de Justica
par te do v. acórdão, profer ido no julgamento do agr avo de instr umento n°

liberado
0043892- 76.2011.8.26.0000, 2ª Câmar a de Direito Públi co do Tri bunal de

e Tribunal
SANTOS,
Jus tiça de São Paulo, julgado em 11 de out ubr o de 2011 (f ls. 2108/ 2116),
Relat or Jos é Luiz Germano, que r eformou a al udi da decisão, mencionando

SOUSA
expres sam ent e a exist ência de indíci os contra os réus que ti nham s ido excluídos

VIANA
da ação:

MINUCI DE
PEREIRA
“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DECISÃO QUE
NÃO RECEBE A INICIAL CONTRA ALGUNS DOS RÉUS.
INDÍCIOS DE ATO ÍMPROBO. Nesta preliminar análise do

CESAR
por TATIANA
recebimento da petição não é exigida a certeza da participação do réu no
ato ímprobo, bastando a existência de indícios, que são considerados
mero juízo de probabilidade. Vice-presidente da câmara que faz acordo por MARCOS
com os vereadores para conseguir votos para a presidência em troca de
nomeação de terceiros, amigos dos vereadores em cargos em comissão.
digitalmente

Três vereadores que não conseguiram nomear seus indicados, pois estes
digitalmente

não tinham qualificação técnica. Discussão na ação civil pública sobre o


acordo de votos e não sobre a nomeação aos cargos. Vereadores
excluídos da ação civil pública de forma indevida, pois os indícios
assinado

existem. Realidade política do Brasil que condiz com a denúncia feita


assinado

pelo Ministério Público. Decisão que deve ser pautada pela regra in
dubio pro societate.”
original,

Cabível também a transcrição de parte do voto do eminente relator Des.


original,

José Luiz Germano e declaração de voto vencedor do ilustre Des. Samuel Junior:
dodo
cópia

Voto do relator:
documentoé écópia
Este documento

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Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 22

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“Mas, no caso em tela, há fortes indícios,
inclusive com inúmeras declarações neste sentido feita em inquérito
civil, de que houve um acordo espúrio entre nove vereadores e o vice-
presidente da câmara, para que os vereadores votassem neste para o
cargo de presidente, mediante a concessão de cargos em comissão, a
título de pagamento pelo apoio político.

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Os vereadores teriam direito a indicar pessoas

protocolado
de seu convívio para os cargos em comissão a serem providos pelo
presidente da Câmara.

Neste sentido, não há discussões a serem aqui

Sao Paulo,às
travadas, pois a juíza de primeiro grau entendeu que essas provas são

13/12/2013
válidas e que tal acordo ocorreu.

Porém, dois vereadores não conseguiram

emde
colocar seus conhecidos nos cargos que lhes foram prometidos, por falta

Estado
de qualificação técnica dos terceiros. Mas, como bem deixou claro o

autos
parquet, o ato ímprobo em questão é anterior as nomeações, diz respeito

nos do
ao acordo vil e ímprobo realizado.

de Justica
liberado
Jorge Menezes declarou em inquérito civil que
alguns dos nomes apresentados pelo agravado Nelson para o cargo de

e Tribunal
diretor de comunicação não foram aceitos e a nomeação só ocorreu

SANTOS,
depois da apresentação de vários nomes.

SOUSA
Ele não nega que houve o prévio acordo aqui

VIANA
tratado.

MINUCI DE
Ainda Jorge esclarece que Manuel ficou sem a

PEREIRA
cota de indicação por ter apresentado nomes sem competência para o
cargo de coordenador de CPD. Novamente não foi negado o acordo.

CESAR
por TATIANA
O mesmo aconteceu com o vereador Dinho,
que pretendia uma indicação para o cargo de diretor, mas Jorge apenas
lhe ofereceu o cargo de assessor. por MARCOS

Inconformado, Dinho agrediu fisicamente


digitalmente

Jorge, mas quanto a este a petição foi recebida.


digitalmente

O que deve ser deixado claro é que o fato de


não terem sido nomeados os terceiros para os cargos prometidos não
assinado

desconstitui o acordo que previamente foi feito de forma ilícita.


assinado

Deve se ter em mente, ainda, que os indícios a


serem analisados em ações de improbidade administrativa devem ser
original,
original,

considerados in dubio pro societate", pois trata-se de princípios elevados


da administração, de verba pública, erário que deve ter seu gasto pautado
dodo

na transparência, na legalidade e na moralidade.


cópia
documentoé écópia

Os cargos de assessoramento são para que a


Este documento

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Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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câmara e sua presidência possam fazer um bom trabalho legislativo e não
uma moeda de troca para um acordo de compra de votos.” (negrito não
constante do original).

“Declaração de voto vencedor (fls. 2117/2119).

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Em primeiro lugar deve ser consignado que o
Desembargador Alves Bevilacqua, no voto oral que proferiu, manifestou
posicionamento no sentido de extinguir a ação no tocante a todos os

protocolado
requeridos. Porém, data vênia, em face do que se devolveu ao
conhecimento do Tribunal tal não é possível. Os requeridos não
recorreram. O recurso é do Ministério Público visando a inclusão no pólo

Sao Paulo,às
passivo de Manoel Donizette Conceição e de Nelson Massoni Ohno.

13/12/2013
E mesmo que fosse possível não seria o caso
de se extinguir a ação no tocante a nenhum dos requeridos. Aliás,

emde
pelo contrário, nos exatos termos do voto do Relator, o agravo deve

Estado
se provido, pois, em princípio, houve violação ao princípio da

autos
moralidade e já que as situações dos requeridos excluídos é em tudo

nos do
e por tudo, em face das provas amealhadas, semelhantes à dos

de Justica
demais processados.

liberado
A negociação e troca de votos, para eleição

e Tribunal
da Presidência da Câmara, por indicações de apaniguados para

SANTOS,
cargos em comissão, fere ao senso comum e mostra-se, em principio,
imoral.

SOUSA
VIANA
E as nomeações como feitas acabaram por
onerar os cofres públicos, sem atender aos interesses dos munícipes.

MINUCI DE
PEREIRA
Acertou-se, pelo que quer o Ministério Público
demonstrar, em troca de votos, uma forma de se favorecer de forma cega
apadrinhados dos vereadores, em detrimento da qualificação

CESAR
por TATIANA
profissional.

Num Estado Democrático de Direito todos por MARCOS


devem ser tratados de forma efetivamente igual e as instituições devem
primar pelo serviço eficaz, célere e escorreito a todos os cidadãos.
digitalmente

Dessa forma, a prática de atos como o


digitalmente

noticiado nos autos, macula todo um sistema democrático.


assinado

Em regra, como se sabe, os cargos ou empregos


assinado

públicos são ocupados por pessoas aprovadas em concursos públicos de


provas ou provas e títulos (art. 37, II, da CF). Assim, para ocupar um
original,

cargo ou emprego público a pessoa tem de demonstrar sua capacidade


original,

profissional e intelectual por meio de uma prova, onde concorrerá com


milhares de outras pessoas, que também terão as mesmas chances de
dodo

mostrar suas aptidões, sendo aprovado aquele candidato que apresentar


cópia

as melhores qualificações técnicas para o preenchimento da vaga


documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 23
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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disputada. Porém, alguns cargos, empregos ou funções públicas exigem
que sejam ocupados por pessoas de confiança do superior hierárquico,
para que possa haver harmonia e melhor desempenho das atividades
exercidas nesse setor. Mas isso não significa dizer que se possa admitir
que tais cargos possam ser utilizados como moeda de troca, e além disso,
há que se observar que a escolha dos ocupantes dos cargos em comissão,

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apesar de livre, deve recair sobre pessoas qualificadas para o
desempenho de tais funções em nome dos princípios da eficiência, da

protocolado
moralidade, da impessoalidade, da igualdade etc.

A Constituição Federal é um conjunto de

Sao Paulo,às
normas que se harmonizam entre si. Se há a previsão de uma norma que

13/12/2013
permite a nomeação livre para cargo em comissão e há a consolidação de
princípios, ainda que implícitos, as regras devem ser conciliadas em prol
da coletividade, que é o bem maior protegido pela Magna Carta.

emde
Estado
Portanto, justifica-se o prosseguimento da ação,
como proposto pelo Ministério Público, pois o acordo e após as

autos
indicações e nomeações mostram-se como condutas repugnantes, que

nos do
contrariam a moral comum. E que além de atingirem o senso comum de

de Justica
justiça, afetaram um princípio maior da Constituição Federal, ou seja, o

liberado
princípio da moralidade, partindo-se da premissa de que a moralidade
abrange a legalidade e impessoalidade, as nomeações de pessoas para a

e Tribunal
SANTOS,
ocupação de cargos públicos sem a análise de suas qualificações
profissionais caracteriza, em tese, patente e cristalina violação ao
princípio em comento.

SOUSA
VIANA
O administrador público deve buscar a

MINUCI DE
satisfação do interesse público, e não o que seja melhor às conveniências

PEREIRA
e arranjos pessoais.

E tendo em vista a violação do princípio da

CESAR
moralidade, as praticas havidas, podem ser qualificadas como atos de

por TATIANA
improbidade administrativa, por ferir o art. 11, da 8.429/92.” (negritos
não constantes do original). por MARCOS

Especificamente quanto ao réu Manoel Conceição cumpre destacar que


digitalmente

ele arrolou duas testemunhas (fls. 2487 e 2488), cujos depoimentos são abaixo aludidos, com o
digitalmente

intuito de comprovar que, em razão de um desentendimento que teve um dia antes da eleição com
assinado

o candidato Ângelo Piacenti, teria deixado de apoiá-lo para votar em Menezes.


assinado

De fato, a testemunha Pedro Ferreira Chagas afirmou que não tem


original,
original,

informações sobre os fatos, mas disse que Manoel Conceição iria votar com o partido, e, portanto,
dodo

em Piacenti para a presidência, mas em um evento eles se desentenderam, não sabendo dizer o
cópia

motivo, e Piacenti foi ríspido com Manoel Conceição, o qual, após os fatos, optou por votar em
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 24
Este
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fls. 25

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Jorge Menezes, mesmo sendo de outro partido. Afirmou que não houve acordo de indicação de
comissionado, inclusive porque a mudança de voto foi repentina. Após a eleição, Manoel
apresentou um currículo a Jorge Menezes que não foi aceito porque o aspirante não cumpria as
exigências exigidas pelo cargo.

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Já a testemunha Vanessa Aparecida Glicério disse que não ter
informações sobre os fatos, mas que um dia antes da eleição da mesa diretora, presenciou uma

protocolado
discussão entre Manoel Conceição e Piacenti, mas desconhecia o motivo.

Sao Paulo,às
Todavia, tais testemunhas não são suficientes para infirmar as demais

13/12/2013
provas colhidas, tendo em vista o que constou no v. acórdão já citado e que quando o réu Manoel
Conceição foi inquirido no inquérito civil (fls. 221/222) não fez alusão a tais circunstâncias

emde
Estado
mencionadas pela testemunha, bem como narrou que participou de toda a reunião que aparece na

autos
fotografia de fls. 06 do inquérito civil, no gabinete de Jorge Menezes, na véspera da eleição dele

nos do
para presidente, onde foi feita a lista de fls. 154, a qual assinou e disse que na véspera conversara

de Justica
liberado
bastante com Piacenti e ele pediu o seu voto, mas “mesmo assim e mesmo com a ameaça de
expulsão”, votou em Jorge Menezes.

e Tribunal
SANTOS,
Destaque-se, ainda, que o requer ido Manuel apresentar a a

SOUSA
manif est ação a fl s. 90/ 91, ao ser noti ficado nos t erm os art igo 17, parágrafo 3º

VIANA
do da Lei nº 8.429/92, s em a i nterferência e indicação de qualquer advogado, a

MINUCI DE
PEREIRA
qual foi consi der ada como mer a decl aração, pela decis ão de fls . 697/ 735.

Note-se, também, que segundo o que constou somente na contestação

CESAR
por TATIANA
por ele ofertada (fls. 2129/2131) e na manifestação acima mencionada a discussão com o vereador
por MARCOS
Piacenti teria ocorrido por volta das 16:30, mas nesta ocasião o réu Manoel já tinha participado da
reunião em que foi decidido o apoio à candidatura de Jorge Menezes, conforme a fotografia de fls.
digitalmente

06 do inquérito civil.
digitalmente

Ademais, como bem mencionado pelo representante do Ministério


assinado

Público, a testemunha Rodrigo Lima declarou a fls. 295 do inquérito civil que “tanto a entrevista
assinado

quanto a reunião aconteceram por volta de 12h00m ou 13h00m do dia 31/12/2008” e, portanto,
original,

antes do alegado desentendimento com Piacenti, salientando, ainda, o referido jornalista que
original,

Menezes disse-lhe que “todos os vereadores que haviam declarado a ele iriam ajudá-lo na
dodo

indicação dos cargos em comissão no legislativo, caso (...) eleito”.


cópia
documentoé écópia
Este documento

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Não bastassem todos estes elementos probatórios mencionados, a
demonstrar que não foi a alegada discussão o motivo da mudança de apoio do vereador Manoel,
mas sim as promessas de indicação de cargos feita pelo réu Jorge Menezes, consta expressamente
na aludida matéria as declarações de Ângelo Piacenti ao referido jornalista no sentido de que:

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“Agora fiquei nervoso ao saber que companheiro do meu partido estava em outra reunião. Vou
reunir a executiva do partido para que ele (Conceição) possa dizer em quem vai votar, já que o

protocolado
partido tem pré-candidato” (fls. 06, do inquérito civil).

Sao Paulo,às
Em relação especificamente ao requerido Nelson Ohno restou

13/12/2013
comprovado que ele indicou Daniel Espinha para o cargo de Diretor de Comunicação Social,
informando este requerido na tramitação do inquérito civil (fls. 217/218, do inquérito civil) que

emde
Estado
pretendia indicar Junior Santana, mas como ele não preenchia os requisitos necessários apresentou

autos
outros currículos que recebeu em seu gabinete, o que culminou na nomeação de Daniel Espinha,

nos do
de Justica
pessoa que ainda não conhecia.

liberado
Como já exposto acima, a despeito da indicação de Daniel Espinha não

e Tribunal
SANTOS,
ter beneficiado diretamente o vereador Nelson Ohno restou caracterizada a improbidade por ele
praticada, nos termos dos votos do agravo de instrumento acima transcrito, porquanto votou para

SOUSA
Presidente da Câmara em troca de promessa de benefícios político-eleitorais futuros.

VIANA
MINUCI DE
No caso específico dos autos, não se pode olvidar que além da violação

PEREIRA
ao princípio da moralidade administrativa, alguns vereadores conseguiram as nomeações

CESAR
pretendidas no acordo formulado antes da eleição para a Presidência da Câmara, sendo oportuno

por TATIANA
descrever as situações específicas de cada um.
por MARCOS

Quanto ao vereador Aparecido Carlos dos Santos, ele indicou Orleans


digitalmente

Tonello Fauaz para o cargo de Diretor Administrativo, salientando-se que em seu depoimento no
digitalmente

inquérito civil (fls. 289/290), Orleans admitiu que frequentava a mesma igreja que o vereador em
questão, ambos membros da diretoria dela, admitindo que “Carlão” fez campanha na igreja e que
assinado

o pastor sugeriu seu nome aos fiéis. Asseverou, ainda, que pediu emprego na empresa de Carlão,
assinado

contando para tanto com a ajuda do pastor da igreja e que o vereador disse que na sua empresa não
original,
original,

havia vaga, mas que iria ver algo para si e indicou-o para a Câmara Municipal, porque o rapaz que
iria ocupar o cargo de Diretor administrativo falecera. Destaque-se que tal versão, no que é
dodo
cópia

relevante, foi confirmada por Aparecido Carlos dos Santos durante a tramitação do inquérito civil
documentoé écópia
Este documento

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fls. 27

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(fls. 208/209, do inquérito civil).

Em relação à referida nomeação, como já constou na decisão que deferiu


a tutela antecipada, houve também ilegalidade na nomeação, o que também reforça que ela não se

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pautou pela capacidade técnica do nomeado, mas pelo conluio realizado entre os vereadores
determinante para a eleição da Presidência da Câmara, visto que o referido servidor foi nomeado

protocolado
sem ter preenchido o requisito legal de experiência para o cargo de Diretor Administrativo,
embora ele tenha demonstrado que trabalhou como inspetor de alunos em 1983, mas tal cargo não

Sao Paulo,às
pode ser considerado exercício em Administração Pública para os fins de provimento do cargo.

13/12/2013
De fato, tal exercício de função pública deve ser analisado de modo

emde
sistemático, ponderando os demais requisitos legais para nomeação, notadamente quanto à

Estado
autos
exigência da pessoa indicada ter preferencialmente formação em curso superior de Administração

nos do
de Empresas, conforme a Lei Complementar nº 253, de 14 de maio de 2008, juntada a fls. 140 dos

de Justica
autos de inquérito civil, de forma que o exercício de função de inspetor de alunos não faz com que

liberado
ele preencha os requisitos legais para sua nomeação, já que a função de inspetor de alunos não tem

e Tribunal
SANTOS,
relação alguma com administração de empresas, ainda mais quando realizada em época em que o
nomeado em questão sequer tinha tal formação superior.

SOUSA
VIANA
Saliente-se que, no caso, a referida lei não exige para o provimento do

MINUCI DE
cargo a formação superior em Curso de Administração de empresas, pelo contrário, no critério

PEREIRA
escolaridade há menção de “preferencialmente superior em Administração de Empresas ou

CESAR
congênere e no mínimo 2º grau completo, com conhecimento básico de informática.”

Mas ao mencionar experiência de no mínimo seis meses para exercício por TATIANA
por MARCOS

do cargo na Administração Pública é evidente que tal experiência se refere a atividades que,
digitalmente

mesmo não exigindo formação em ensino superior, estejam relacionadas a atividades


digitalmente

administrativas do Poder Público e não se pode atribuir, da análise sistemática da lei de regência,
que a experiência do cargo de inspetor de alunos tivesse alguma relação com atividades
assinado

administrativas próprias do cargo, de forma que o servidor nomeado não preenchia os requisitos
assinado

legais para o cargo.


original,
original,

No que se refere à vereadora Alessandra Trigo, o conjunto probatório


dodo

revelou que ela indicou Luciana Andréia Lopes Dias para o cargo de Diretora Legislativa,
cópia
documentoé écópia

salientando-se que Luciana, em declarações prestadas ao Ministério Público (fls. 287/288 do


Este documento

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Este
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fls. 28

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inquérito civil), disse que seu pai Miguel Ermétio Dias Jr. é amigo da vereadora, que conhece
desde pequena e que sua família trabalhou na campanha dela pedindo votos. Informou, ainda, que
como seu pai estava doente, a vereadora em questão resolveu ajudar sua família, indicando-a
para o referido cargo, esclarecendo que a vereadora dissera que “a contratação daria uma

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segurança maior para a família” dela, versão esta, no que é relevante, que foi confirmada pela
vereadora Alessandra Trigo durante a tramitação do inquérito civil (fls. 205/207, do inquérito

protocolado
civil), quando, ainda, reconheceu a sua assinatura na lista de fls. 154 do inquérito civil, admitindo

Sao Paulo,às
que esta foi assinada na reunião que aparece na fotografia de fls. 06 do inquérito civil, mas alegou

13/12/2013
que o corréu Jorge Menezes somente após as eleições pedira para alguns vereadores fornecerem
currículos de pessoas que seriam indicadas por cargos em comissão, esclarecendo que fazia

emde
questão de quatro cargos (Diretor Geral, Diretor Financeiro, Diretor Jurídico e Assessor Jurídico).

Estado
autos
Cumpre salientar, a revelar ainda mais que a nomeação de Luciana não

nos do
de Justica
ocorreu em razão de sua qualificação técnica, que consoante os documentos de fls. 53/55 do

liberado
inquérito civil, ela era na época estudante de direito, cujas únicas experiências profissionais

e Tribunal
tinham sido estagiária em escritório de advocacia e balconista em drogaria, o que contrariava a Lei

SANTOS,
Complementar nº 253/2008, a qual exige no mínimo seis meses de experiência na administração

SOUSA
pública para o cargo de Diretor Legislativo (fls. 145, do inquérito civil).

VIANA
MINUCI DE
Quanto ao vereador Paulo Pauléra, os elementos probatórios

PEREIRA
comprovam que ele indicou Ana Clara Sgarbi para o cargo de Assessora da Diretoria de Finanças,
destacando-se que ao ser inquirida durante a tramitação do inquérito civil (fls. 277/278, do

CESAR
por TATIANA
inquérito civil), Ana Clara confirmou que seu marido é amigo do aludido vereador e que
trabalharam na campanha dele, pedindo votos. Disse, ainda, que uma vez que se encontrava por MARCOS

desempregada, o vereador, para ajudá-la, indicou-a para o cargo em questão, informações estas
digitalmente

que no principal foram confirmadas por Paulo Pauléra ao ser inquirido pelo Ministério Público
digitalmente

(fls. 219/220, do inquérito civil), quando o vereador admitiu que participou da reunião que aparece
na foto de fls. 06, onde foi selado o apoio dele à eleição da presidência da Câmara e quando
assinado

assinou a lista de fls. 154 dos autos do inquérito civil.


assinado
original,

Destarte, apesar do cargo para o qual foi indicada não ter exigência legal
original,

de experiência prévia, as circunstâncias acima mencionadas revelam que a nomeação deveu-se


dodo

pelos motivos elencados e não pela qualificação técnica ou profissional dela, sobretudo porque
cópia
documentoé écópia

Ana Clara anteriormente havia trabalhado somente como conselheira tutelar, corroborando,
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 28
Este
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fls. 59
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portanto, todos os demais elementos probatórios no sentido de que a indicação foi fundada no ato
de improbidade consistente em favores político-eleitorais em troca de apoio na eleição para
Presidente da Câmara.

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Quanto ao vereador Walter Farath Júnior, está comprovado que ele
indicou Joaquim Luiz Pereira Neto para o cargo de Assessor da Diretoria Administrativa e este,

protocolado
em suas declarações perante o representante do Ministério Público (fls. 285/286, do inquérito
civil), disse que trabalhou com o vereador por anos na Secretaria Municipal de Esportes, bem

Sao Paulo,às
como que são do mesmo partido (PR) e admitiu que tinha compromisso de apoiá-lo na campanha

13/12/2013
eleitoral, mas não trabalhou na campanha dele porque havia um outro candidato do mesmo
partido, todavia sua família votou em Farath e confirmou que dele recebeu a promessa de algum

emde
Estado
emprego, logo após a posse, sendo que imaginava que seria nomeado para assessor do vereador,

autos
mas ficou muito feliz por ter sido nomeado para o cargo de Assessor da Diretoria Administrativa,

nos do
de Justica
acrescentando que o salário era maior e que não sabia que ele poderia intermediar sua

liberado
contratação, informando que era subordinado diretamente ao Diretor Administrativo Orlenans

e Tribunal
Tonello Fauaz, que não conhecia anteriormente.

SANTOS,
Note-se que as declarações de Joaquim Luiz Pereira Neto são

SOUSA
corroboradas pelo depoimento do requerido Walter Farath Júnior na fase extrajudicial (fls.

VIANA
MINUCI DE
210/211, do inquérito civil), porquanto ele admitiu a indicação e ainda esclareceu que tentara

PEREIRA
indicar Joaquim para um cargo de diretoria, mas não conseguiu, reconhecendo que “é um
presente tal indicação” (fls. 210).

CESAR
por TATIANA
Destarte, todo o conjunto probatório demonstra que apesar de Joaquim
por MARCOS
ter experiência para o cargo para o qual foi nomeado, a indicação teve fins político-eleitorais,
referente à troca de indicação pelo apoio na eleição para Presidente da Câmara.
digitalmente
digitalmente

Já quanto ao réu Jorge Abdanur, o conjunto probatório revelou que ele


indicou Aparecida de Fátima Véga de Matos para o cargo de Assessora da Presidência e esta, em
assinado

suas declarações perante o representante do Ministério Público (fls. 279/280, do inquérito civil),
assinado

asseverou que é amiga da esposa do requerido Jorge Abdanur e que sua família trabalhou na
original,
original,

campanha dele, pedindo votos, informando que, já que estava desempregada, o referido réu, para
ajudá-la, indicou-a para o referido cargo, declarações estas, que, no essencial, foram confirmadas
dodo
cópia

pelo réu Jorge Abdanur durante a tramitação do inquérito civil, destacando-se que ele admitiu que
documentoé écópia
Este documento

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participou da reunião a que se refere a fotografia de fl. 06 do inquérito civil e que nela foi assinada
a lista de fls. 154, alegando, todavia que somente após as eleições foi procurado por Jorge
Menezes, que lhe pediu que sugerisse alguns nomes para ocupar cargos em comissão na Câmara,
principalmente assessor de imprensa, mas como os nomes que indicou não foram aceitos por

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Menezes para tal cargo, o nome de Aparecida de Fátima Matos, que apresentou, acabou por ser
escolhido para ocupar o cargo de assessor da presidência, junto ao gabinete de Menezes (fls.

protocolado
212/214, do inquérito civil).

Sao Paulo,às
Importante salientar que reforçando todos as provas já citadas da

13/12/2013
improbidade imputada na inicial que quanto à referida indicação a assessoria é prestada no âmbito
do próprio gabinete do Presidente da Câmara, configurando, portanto, cargo de sua confiança, que

emde
Estado
não restou demonstrada no presente caso, porquanto Aparecida de Fátima Véga de Matos declarou

autos
no inquérito civil que conhecia o réu Jorge Menezes Silva somente de vista (fls. 279 do inquérito

nos do
de Justica
civil) e que nunca trabalhara em função semelhante.

liberado
Assim, restou caracterizada a improbidade descrita na inicial, porquanto

e Tribunal
SANTOS,
na verdade, conforme o conjunto probatório ao referido réu, pelo acordo celebrado em troca de
apoio para eleição do requerido Jorge Menezes para a Presidência da Câmara, incumbiria a

SOUSA
indicação de pessoa para o cargo de assessor de imprensa, mas como Aparecida de Fátima Véga

VIANA
MINUCI DE
de Matos não preenchia os requisitos, o requerido Jorge Menezes acabou por indicá-la como

PEREIRA
assessora da presidência, apesar de não a conhecer, o que revela que a referida indicação foi
fundada apenas em favores político-eleitorais, em troca do apoio do vereador Jorge Abdanur para

CESAR
por TATIANA
a eleição do réu Jorge Menezes para Presidente da Câmara.
por MARCOS
No que se refere ao réu José Carlos Marinho, ficou comprovado que ele
indicou Rafael Nunes de Sousa para o cargo de Assessor da Diretoria Legislativa e este em seu
digitalmente

depoimento ao Ministério Público (fls. 293, do inquérito civil) afirmou que seu padrasto é amigo
digitalmente

do vereador e seu eleitor e como necessitava de mudança de emprego entregou um currículo para
assinado

o vereador, que o indicou para o cargo em questão. Estas informações foram confirmadas pelo réu
assinado

José Carlos Marinho no inquérito civil (fls. 215/216, do inquérito civil), o qual, ainda, asseverou
original,

que apresentou outros nomes, todos seus eleitores, que não foram nomeados e negou que Menezes
original,

tivesse pedido que indicasse algum nome e exibida as reportagens de fls. 09 e 11, que indicavam já
dodo

nos dias 2 e 3 de janeiro como seriam feitas as indicações, negou ter qualquer explicação sobre
cópia
documentoé écópia

isso, negando saber por qual razão Jorge Menezes nomeou pessoas indicadas por outros
Este documento

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Este
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fls. 61
fls. 31

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vereadores.

Não se pode olvidar que todo o conjunto probatório revela que, a


despeito do cargo para o qual Rafael foi nomeado não exigir experiência prévia, a indicação dele

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foi fundada em favores político-eleitorais, tendo sido objeto de troca na eleição para Presidente da
Câmara, com benefício ao vereador.

protocolado
Em relação ao réu Antonio Carlos Parise, está demonstrado que ele

Sao Paulo,às
indicou Thais Machado de Oliveira para o cargo de Diretora da TV Câmara e esta em seu

13/12/2013
depoimento (fls. 291/292, do inquérito civil) falou que é filiada ao mesmo partido dele e que
trabalhou juntamente com sua mãe na campanha eleitoral, apoiando o vereador e esclareceu que

emde
sua genitora soube que o Presidente da Câmara iria ver currículos para indicações de cargos e por

Estado
autos
isso levou um currículo seu para ele, dizendo que entregou currículos para várias pessoas e

nos do
recebeu do requerido Antonio Carlos Parise, em 6 de janeiro, a promessa de indicação para o

de Justica
cargo, o que se concretizou.

liberado
e Tribunal
O requerido Antonio Carlos Parise, em seu depoimento durante a

SANTOS,
tramitação do inquérito civil (fls. 247/248, do inquérito civil) admitiu a indicação e informou que

SOUSA
tem amizade com Thais e família, ministrando aulas na mesma faculdade que ela frequenta e que

VIANA
os pais dela trabalharam em sua campanha. Admitiu que participou da reunião onde foi feita a lista

MINUCI DE
copiada a fls. 154 dos autos de inquérito civil, a qual também assinou, alegando que a lista fora

PEREIRA
feita para mostrar o apoio que Menezes tinha e para evitar que os vereadores mudassem de voto.

CESAR
Alegou que nas vésperas da eleição Menezes dissera-lhe que queria trocar os ocupantes dos cargos

por TATIANA
de diretor de comunicação, diretor da TV Câmara e assessor de imprensa, já que os que estavam lá
por MARCOS
tinham trabalhado para o candidato a prefeito João Paulo Rillo e que se conhecesse alguém para
indicar para alguns desses cargos deveria apresentar. Acrescentou que esta foi a única indicação
digitalmente

que fez.
digitalmente

Assim, das provas colhidas, infere-se que a despeito de Thais ter


assinado

experiência, a indicação foi fundada na troca de favores político-eleitorais pela eleição para
assinado

Presidente da Câmara.
original,
original,

Logo, a procedência dos pedidos é medida de rigor, visto que se


dodo

depreende que a nomeação dos cargos em comissão, pelos motivos já expostos na fundamentação
cópia
documentoé écópia

desta sentença, foi decorrente da negociação e troca de votos, para eleição da Presidência da
Este documento

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Este
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fls. 32

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COMARCA de São José do Rio Preto
FORO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
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Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

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Câmara, em detrimento da qualificação profissional, o que viola o ordenamento jurídico,
notadamente os princípios constitucionais pertinentes à Administração Pública, em especial o
princípio da moralidade, destacando-se que a nomeação de cargos em comissão, apesar de livre de
existência de prévio concurso público, deve se referir a nomeados qualificados para o exercício

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das funções, observando-se os princípios da eficiência, da moralidade e da impessoalidade,
restando caracterizados os atos de improbidade administrativa, por violação ao artigo 11, da Lei

protocolado
nº 8.429/92.

Sao Paulo,às
A corroborar a presente decisão, além do já citado julgamento no agravo

13/12/2013
de instrumento agravo de instrumento n° 0043892-76.2011.8.26.0000, 2ª Câmara de Direito
Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, julgado em 11 de outubro de 2011, Relator José Luiz

emde
Estado
Germano, relevante a transcrição da maior parte da declaração de voto vencido, do referido

autos
Relator no julgamento do Agravo de Instrumento n° 994.09.380746-0, 2ª Câmara de Direito

nos do
de Justica
Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, realizado em 31 de agosto de 2010, declaração de

liberado
voto esta (fls. 2174/2188) que tratou até mesmo das nomeações específicas de Luciana Dias, Ana

e Tribunal
Sgarbi, Aparecida de Matos, Joaquim Pereira, Rafael Nunes e Thais Machado:

SANTOS,
“Não há dúvida de que o recorrido Jorge

SOUSA
Menezes Silva, para conseguir ser eleito Presidente da Câmara de São

VIANA
José do Rio Preto, lançou mão de expedientes que, apesar de frequentes
na política brasileira, nem por isso são lícitos, já que contrariam

MINUCI DE
frontalmente vários princípios constitucionais de direito administrativo.

PEREIRA
Não se decide agora a questão de fundo, mas

CESAR
apenas a respeito da liminar, sobre a qual muito meditei e não decidi de

por TATIANA
forma precipitada, tanto que não concedi de plano o duplo efeito, tendo
dado oportunidade para a manifestação das partes contrárias. por MARCOS

Ocorre que a liminar deve ser agora concedida


com o provimento do recurso, pois o próprio recorrido admitiu
digitalmente

abertamente que trocou votos por cargos, mais precisamente a indicação


digitalmente

de pessoas para cargos de livre nomeação.

O recorrido deu entrevistas a veículos de


assinado

comunicação em que disse claramente que, se não tivesse cedido os


assinado

cargos de sua competência exclusiva de nomeação, para que outras


pessoas (vereadores) fizessem as indicações, não teria sido eleito.
original,
original,

Os cargos em questão são de confiança, mas o


recorrido para eles nomeou pessoas que não tinham a menor aptidão ou
dodo

não eram nada conhecidas do agravado, que obviamente nelas não tinha
cópia
documentoé écópia

e nem poderia ter qualquer confiança.


Este documento

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Este
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O recorrido disse que apenas o diretor geral da
Câmara e o diretor jurídico ele fazia questão de escolher, tanto que os
demais cargos ele trocou por votos dos vereadores para ser eleito para o
cargo de Presidente da Câmara de São José do Rio Preto.

A troca foi tão acintosa que, em entrevista, o

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recorrido ainda se vangloriou de a sua eleição ter sido “barata”, pois a
moeda de troca foi apenas os cargos, deixando nas entrelinhas que há

protocolado
contextos políticos em que outras são as “moedas” de troca,
possivelmente dinheiro mesmo.

A partilha dos cargos em troco de apoio

Sao Paulo,às
político foi tão evidente que o Ministério Público organizou um quadro

13/12/2013
em que aparece quem indicou quais pessoas para quais cargos (fls.
82/83), apesar de todos esses cargos serem de indicação privativa do
Presidente da Câmara.

emde
Estado
O Ministério Público fez uma investigação

autos
preliminar, na qual foram tomados vários depoimentos que confirmaram

nos do
a barganha política, como detalhado na petição inicial da ação civil

de Justica
pública.

liberado
A conduta do recorrido foi tão implacável

e Tribunal
que até mesmo um adversário votou nele e o outro candidato à

SANTOS,
Presidência da Câmara (Piacenti) se viu tão sem apoio que desistiu
da disputa na última hora. Isso ocorreu porque nas vésperas da

SOUSA
eleição foi feita uma reunião em que foi fechado o espúrio acordo

VIANA
que viabilizou a eleição do recorrido. Isso foi até mesmo fotografado
e objeto de reportagem (fls. 123).

MINUCI DE
PEREIRA
São alguns dos princípios que devem nortear a
administração pública a legalidade, a moralidade e a eficiência. Ora, se

CESAR
os cargos eram de indicação exclusiva do Presidente da Câmara, nos

por TATIANA
termos da lei, foi uma ilegalidade o recorrido ter se demitido dessa
função e delegado ilicitamente a outras pessoas o preenchimento dos por MARCOS
cargos.

A moralidade foi também desrespeitada,


digitalmente

pois não podem os cargos ser negociados, especialmente antes de a


digitalmente

eleição ser feita. Não se espera que a pessoa eleita nomeie inimigos
políticos ou pessoas de quem desconfia. É normal que sejam feitos
acordos políticos que componham interesses políticos partidários,
assinado

mas não interesses pessoais.


assinado

Política não é negociata, mas os cargos


original,

foram usados como moeda de troca para que o próprio cargo de


original,

presidente da Câmara fosse conquistado por Jorge Menezes Silva, o


que é, em suma, compra de votos. Se isso não for imoral, o que será?
dodo
cópia
documentoé écópia

O princípio da eficiência foi abertamente


Este documento

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Este
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rompido, pois foram nomeadas pessoas, no geral, sem maior aptidão
para as funções que iriam exercer. Os cargos foram usados para
pagar favores políticos. Isso está em vários depoimentos.

Luciana Dias foi indicada para Diretora


Legislativa porque seu pai estava doente é amiga da vereadora

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Alessandra. Luciana é mera estudante de direito, sem qualquer
experiência em administração pública.

protocolado
Ana Sgarbi foi indicada para ser Assessora
da Diretoria de Finanças porque estava desempregada e seu marido
é amigo do vereador Paulo Pauléra, para quem trabalhou na

Sao Paulo,às
campanha. Ele então resolveu ajudá-la. Ela não tem nada a ver com

13/12/2013
finanças e foi conselheira tutelar.

Aparecida de Matos foi indicada para ser

emde
Assessora da Presidência porque é amiga da esposa do vereador

Estado
Abdanur. Como estava desempregada e sua família trabalhou na

autos
campanha do vereador, este resolveu ajudá-la. O detalhe é que ela

nos do
foi ser assessora de alguém que ela mal conhecia, Jorge Menezes.

de Justica
liberado
Joaquim Pereira não trabalhou na
campanha do vereador Walter Farath Júnior, mas foi por este

e Tribunal
indicado para ser Assessor da Diretoria Administrativa. Joaquim

SANTOS,
pretendia ser assessor do vereador, mas ficou feliz o outro cargo, que
tem salário maior. A indicação foi um “presente” político.

SOUSA
VIANA
Rafael Nunes foi nomeado para Assessor da
Diretoria Legislativa por indicação do vereador José Carlos

MINUCI DE
Marinho porque precisava mudar de emprego e entregou seu

PEREIRA
currículo ao vereador, que é amigo de seu padrasto. A indicação foi
puro favorecimento pessoal.

CESAR
por TATIANA
Thais Machado foi nomeada Diretora da TV
Câmara por indicação de Antônio Carlos Parise porque trabalhou
por MARCOS
com sua mãe na campanha do vereador e são do mesmo partido.
Esse cargo também era de indicação privativa do Presidente da
Câmara, que o “entregou” para Parise por troca de voto, que por
digitalmente

sua vez o “entregou” para Thais em pagamento de favores eleitorais.


digitalmente

Esses são apenas alguns exemplos, pois há


mais nos autos, amparados por prova, os quais evidenciam que não se
assinado

buscou dar à Câmara Municipal uma administração eficiente, feita por


assinado

pessoas confiáveis e competentes, mas sim se procurou acomodar


apadrinhados políticos. A eficiência foi claramente desrespeitada.
original,
original,

Essa divisão de cargos chegou a causar


desentendimento entre os vereadores, que por causa disso chegaram ao
dodo

ponto da agressão física, ao menos entre Jorge Menezes e Dinho


cópia
documentoé écópia

Alahmar, o que está sendo apurado em inquérito policial (fls. 89/90).


Este documento

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A regra de preenchimento dos cargos
públicos é o concurso, conforme estipula o art. 37 da Constituição.

Portanto, a exceção deve ser exercida com


parcimônia e critério, o que evidentemente não ocorreu.

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Não cabe ao Poder Judiciário governar ou se
ingerir no que ocorre na Câmara Municipal de São José do Rio
Preto ou qualquer outra. Porém, não pode a Câmara ser

protocolado
transformada em território sem lei, onde os escusos acordos políticos
fiquem acima do bem e do mal, tanto que tais negociatas foram sem
qualquer pudor confessadas em entrevistas e depoimentos, como se

Sao Paulo,às
fossem a coisa mais normal do mundo.

13/12/2013
Houve desrespeito à Lei e à Constituição. O
que foi feito é ilícito e exige uma resposta, sob pena de impunidade e

emde
de mau exemplo para toda a sociedade e para todas as casas de leis

Estado
do Brasil.

autos
nos do
Se o que ocorreu na Câmara de São José do Rio

de Justica
Preto já foi considerado “absolutamente normal”, é preciso dizer que isso

liberado
não é mais admitido no direito atualmente. Hoje temos o fim do
nepotismo, que estava arraigado na nossa cultura. Recentemente foi

e Tribunal
aprovada a chamada “lei da ficha limpa”, pois até então pessoas com

SANTOS,
maus antecedentes eram admitidas a concorrer a importantes cargos.

SOUSA
Nesse mesmo contexto, a chamada lei de

VIANA
improbidade administrativa também introduziu importantes punições aos
administradores públicos não só pela prática de atos dolosos ou

MINUCI DE
criminais, mas outros de ineficiência ou de imoralidade.

PEREIRA
Um dia já foi normal a mulher não votar. Um
dia já foi normal uma pessoa ser escrava de outra. Um dia já foi normal

CESAR
por TATIANA
castigar os filhos. Um dia a filha solteira que engravidava era
normalmente expulsa de casa. Um dia já se considerou bom o político
por MARCOS
que roubava e fazia. Só que as coisas mudam. E a prática política
também deve mudar para pelo menos ser respeitada a ordem jurídica.
digitalmente

O que foi dito acima não é a opinião pessoal


digitalmente

deste julgador, mas sim o que exige a Constituição. A confiança dos


cargos em questão não é opcional, mas uma exigência constitucional.
assinado

No caso presente houve evidente burla legal


assinado

e afronta à Constituição. A liberdade de nomeação dada pela lei aos


cargos em questão não foi para que fossem com ela feitos acordos
original,

espúrios que redundam em ineficiência da máquina administrativa.


original,

A razão de ser dessa liberdade era permitir que fossem escolhidas


pessoas capazes e confiáveis para assessorar o Presidente da
dodo

Câmara.
cópia
documentoé écópia
Este documento

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Este
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fls. 36

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O art. 37, V, da CF prescreve a hipótese
normativa a admitir a exceção ao concurso público. Só é possível
para a direção, chefia e assessoramento em razão destas atividades
normalmente exigirem a relação de confiança entre o nomeante e o
nomeado.

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Como são tarefas ou de coordenação de
órgãos e departamentos (direção e chefia) ou de aconselhamento

protocolado
(assessoramento), o vínculo de recíproca e estreita confiança entre os
agentes públicos (nomeante e nomeado) justifica a exceção à regra
geral do concurso público.

Sao Paulo,às
Portanto, além da necessidade de as tarefas

13/12/2013
serem de direção, chefia e assessoramento, antes e sempre é preciso
pressupor que há por parte do nomeante confiança na competência
de quem nomeado. Repito: a confiança nas pessoas para esses cargos

emde
não é opcional, mas uma exigência constitucional.

Estado
autos
E do que se apura no caso concreto, a

nos do
confiança não existia, tal como acima e por diversas vezes afirmei, só

de Justica
para citar um exemplo, Aparecida mal conhecia o vereador Jorge

liberado
Menezes. Ela afirmou isso com todas as letras, de modo que ele
também não a conhecia e muito menos sabia quais as suas aptidões

e Tribunal
profissionais. A confiança pressupõe, é claro, ao menos conhecer a

SANTOS,
pessoa a quem se refere. Não havia conhecimento e não havia
confiança.

SOUSA
VIANA
Como se vê, houve evidente abuso da
liberdade de nomeação dos cargos de assessoria, o que constitui

MINUCI DE
ilicitude. Um vereador não pode usar o carro da Câmara para assuntos

PEREIRA
particulares. Todos concordam com isso. E por que poderia um vereador
usar os cargos da Câmara para obter vantagem pessoal, como a eleição

CESAR
para a Presidência ou a simples acomodação de aliados políticos, para

por TATIANA
com isso ter mais poder? Quem não pode usar os carros indevidamente
também não pode usar os cargos indevidamente. Não há diferença por MARCOS
essencial nessas duas situações.
digitalmente

As negociatas políticas existem e sempre


existirão. Porém, a existência de uma coisa não a torna certa ou
digitalmente

lícita. Sempre vão existir crimes. Mas nem por isso eles deixarão de
ser combatidos porque ilícitos.
assinado

A maior dificuldade de uma negociata


assinado

política é a sua prova. O que é feito de forma reprovável não


costuma ser assumido, alardeado ou confessado. Só que o caso
original,

presente é uma exceção. Tudo o que foi dito até aqui foi provado, ao
original,

menos para efeito de concessão de uma medida liminar para


dodo

restabelecer o respeito à ordem jurídica na Câmara Municipal de


cópia

São José do Rio Preto. Se a Justiça não tomar uma providência neste
documentoé écópia
Este documento

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fls. 37

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sentido, como é de seu dever e de sua função, estará se tornando
“responsável solidária” com essa prática ilícita, o que não pode ser
admitido.

Repito. Este caso é peculiar, pois a prova é


pública e notória. A prova foi feita pelos próprios acusados contra

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eles mesmos. Menezes, atual Presidente da Câmara deu entrevistas à
imprensa escrita, falou no rádio e na TV. Enfim, disse a quem

protocolado
quisesse ouvir que ele se elegeu prometendo nomear para os cargos
de confiança do presidente da Câmara pessoas que seriam da
confiança de outros. Tudo isto para obter única e exclusivamente a

Sao Paulo,às
sua eleição.

13/12/2013
Menezes e os demais vereadores que com ele
se compuseram colocaram os seus interesses pessoais acima do
interesse público. Isso é errado e quando fica provado tem que ser

emde
punido, sob pena de ser estimulada a ineficiência, a imoralidade, a

Estado
ilegalidade e até mesmo a corrupção, em uma de suas múltiplas

autos
formas.

nos do
de Justica
O próprio vereador Menezes ficou feliz por ter

liberado
que ter tido que negociar apenas os cargos. O que mais poderia ser?
Quem recebe um cargo de “presente” e não por merecimento sente-se de

e Tribunal
tal forma devedor de gratidão que é capaz de qualquer coisa para

SANTOS,
expressar isso. Daí se ter notícia de funcionários “fantasmas” ou então
que dividem os seus ganhos com as pessoas que lhe “dão” os cargos.

SOUSA
Felizmente, não se tem notícia de que a degradação tenha chegado a este

VIANA
ponto no caso em questão.

MINUCI DE
A nomeação de alguém para um cargo em

PEREIRA
comissão não é tão livre assim. Ela não é um cheque em branco e nem
um “vale tudo”. Essa liberdade tem diminuído e tende a ficar cada vez

CESAR
menor. Vejam o fim do nepotismo, que já citei neste texto.

por TATIANA
O Presidente da Câmara nomeou para por MARCOS
cargos de confiança pessoas nas quais não tinha qualquer confiança.
Isto é inadmissível, ainda mais quando se vê que a razão disso foi
digitalmente

ilícita: acomodar interesses políticos e favores eleitorais. Repito mais


uma vez: a confiança não era opcional, mas uma exigência
digitalmente

constitucional.

Um Prefeito pode desapropriar um bem para


assinado

fazer uma escola, mas não pode desapropriar, por vingança, a casa de um
assinado

adversário político, para tentar “expulsá-lo” da cidade, apresentando a


construção da escola como mera desculpa ou pretexto.
original,
original,

A situação acima, de fácil compreensão, ilustra


o que nas primeiras aulas de direito administrativo se ensina como sendo
dodo

um desvio de finalidade, que é utilização de um ato que pode ser feito


cópia
documentoé écópia
Este documento

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Este
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para com ele atingir algo que não se tem o direito de fazer.

Pois bem, no caso presente, houve evidente


desvio de finalidade, ao se abusar da liberdade de escolha para a
nomeação de cargos de “livre” nomeação. Alguns vereadores de São
José do Rio Preto, em especial o atual Presidente da Câmara, em vez

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de criar uma assessoria confiável e eficiente, como quer o direito,
preencheram esses cargos com indicações de “cabos eleitorais” dos

protocolado
próprios vereadores, que em troca disso deram seu voto ao
candidato à Presidência da Câmara, que abriu mão de sua
prerrogativa de fazer as indicações/nomeações.

Sao Paulo,às
E o dano causado por tal conduta foi

13/12/2013
evidente, pois havia outro candidato, que parece não ter prometido
cargos antes da eleição e por isso não teve qualquer apoio político. A
eleição de Menezes foi viciada, como seria a eleição de Presidente da

emde
Estado
República que prometesse e cumprisse dar um cargo público para quem
nele votasse. Foi isso que Jorge Menezes fez. Não foram as suas idéias

autos
políticas que convenceram seus pares a nele votar. E os vereadores

nos do
que votaram em Menezes foram tão imorais e ilegais quanto ele, ao

de Justica
menos os que deram o voto em troca da nomeação de seus indicados.

liberado
Uma eleição viciada deve ser anulada para que

e Tribunal
uma nova eleição seja feita. Na nova eleição pode concorrer de ser eleito

SANTOS,
Menezes ou qualquer outro vereador, desde que observado o respeito à
ordem jurídica, que não admite o que foi feito para a eleição do início do

SOUSA
ano passado.” (negritos não constantes do original).

VIANA
MINUCI DE
Destarte, a condenação dos requeridos Jorge Menezes, Muhamad

PEREIRA
Alahmar, Alessandra Trigo Alves, Paulo Pauléra, Walter Farath Júnior, Jorge Abdanur Estephan,

CESAR
Aparecido Carlos dos Santos, José Carlos Marinho, Nelson Massoni Ohno, Antonio Carlos Parise

por TATIANA
e Manoel Donizetti Conceição às sanções acessórias previstas no artigo 12, III, da Lei nº 8.429/92
por MARCOS
é medida que se impõe.
digitalmente

Considerando a gravidade das condutas praticadas pelos réus que


digitalmente

afetaram de forma intensa os princípios constitucionais pertinentes à Administração Pública,


assinado

notadamente o princípio da moralidade administrativa, porquanto os vereadores renunciaram à


assinado

liberdade do voto, essencial e inerente ao exercício de suas atividades no Poder Legislativo, em


original,

troca da possibilidade de nomeação de cargos em comissão, tendo em vista que as penas devem
original,

ser suficientes para a reprovação e prevenção da conduta ilícita, mas atendendo ao princípio da
dodo

proporcionalidade, adequada é a imposição cumulativa de três das sanções acessórias previstas no


cópia
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 38
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 39

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de São José do Rio Preto
FORO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

G00000001GQ5E.
CEP: 15025-000 - São José do Rio Preto - SP
Telefone: (17) 3222-2142 - E-mail: riopretofaz@tjsp.jus.br

0020535-56.2009.8.26.0576 e código 24CB55F.


dispositivo legal supra indicado e ainda em atenção aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade as penas que permitem graduação serão fixadas não em seu patamar máximo.

Em virtude das condutas não terem gerado imediato dano financeiro e

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não se referirem a desvio ou irregularidade envolvendo licitação, considero que a aplicação da

protocolado
sanção de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja

Sao Paulo,às
sócio majoritário, pelo prazo de três anos seria excessiva no caso presente caso e diante da ampla

13/12/2013
previsão de graduação da multa cível, mas ainda considerando, repita-se, a ofensa intensa a
princípios constitucionais, é pertinente a fixação da multa, para cada réu, em dez vezes o valor da

emde
Estado
remuneração percebida pelo agente, na época dos fatos, com atualização monetária até a data do

autos
efetivo pagamento.

nos do
de Justica
liberado
Da mesma forma, considerando que já foram impostas cumulativamente

e Tribunal
três das sanções possíveis, quanto à sus pensão dos direitos polí ticos, di ant e do

SANTOS,
princípio da propor cional idade e r azoabi lidade e das consequênci as de tal

SOUSA
suspensão para os réus, pert inente é a s ua imposi ção pelo prazo de três anos .

VIANA
MINUCI DE
Ante o exposto e o mais que dos autos consta, julgo:

PEREIRA
A) extinto o processo, sem resolução de mérito, com fundamento no

CESAR
por TATIANA
artigo 267, inciso VI, do Código de Processo Civil, no que se refere aos pedidos para a anulação
da eleição e das nomeações. por MARCOS
digitalmente

B) procedentes os pedidos, nos termos do artigo 269, inciso I, do


digitalmente

Código de Processo Civil, para condenar os réus Jorge Menezes, Muhamad Alahmar,
Alessandra Trigo Alves, Paulo Roberto Ambrósio, conhecido por Paulo Pauléra, Walter
assinado

Farath Júnior, Jorge Abdanur Estephan, Aparecido Carlos dos Santos, José Carlos
assinado

Marinho, Nelson Massoni Ohno, Antonio Carlos Parise e Manoel Donizetti Conceição pela
original,

prática de ato de improbidade administrativa, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº
original,

8.429/92, determinando em relação a cada um deles a perda da função pública; a suspensão dos
dodo

direito políticos por três anos e o pagamento de multa cível fixada em dez vezes o valor da
cópia
documentoé écópia
Este documento

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 39
Este
. 16:00 . em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de São José do Rio Preto
FORO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Av. Bady Bassitt, 4000, . - Centro

G00000001GQ5E.
CEP: 15025-000 - São José do Rio Preto - SP
Telefone: (17) 3222-2142 - E-mail: riopretofaz@tjsp.jus.br

0020535-56.2009.8.26.0576 e código 24CB55F.


remuneração percebida na época dos fatos, com atualização monetária deste então até o
efetivo pagamento.

Deixo de condenar os réus ao pagamento de honorários advocatícios, por

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ser vedado ao autor recebê-los (artigo 128, § 5º, inciso II , da Cons tit uição Federal
( nes se sentido: RT 729/202, JTJ 175/90), mas condeno todos , m esm o em r elação

protocolado
aos quai s f oi declar ada a per da de int eresse pr ocessual superveni ent e, em
vir tude do princípio da causal idade, ao pagam ent o das cus tas des pes as

Sao Paulo,às
13/12/2013
proces suais, obser vado, nes te aspect o, eventual def eri mento da jus tiça grat uit a,
nos termos dos art igos 12 e 13 da Lei nº 1.060/50.

emde
Estado
P.R.I.

autos
São José do Rio Preto, 13 de dezembro de 2013.

nos do
de Justica
liberado
Tatiana Pereira Viana Santos

e Tribunal
SANTOS,
Juíza de Direito

SOUSA
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

VIANA
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

documentoé écópia
Este documento dodo
cópia original,
original, assinado
assinado digitalmente
digitalmente CESAR
por TATIANA
por MARCOS MINUCI DE
PEREIRA

0020535-56.2009.8.26.0576 - lauda 40
Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


Registro: 2015.0000024438

24CB561.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº


0020535-56.2009.8.26.0576, da Comarca de São José do Rio Preto, em que são apelantes
MANOEL DONIZETTI CONCEIÇAO, WALTER FARATH JUNIOR, JORGE

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


ESTEPHAN ABDANUR, ANTONIO CARLOS PARISE, ALESSANDRA TRIGO
ALVES, APARECIDO CARLOS DOS SANTOS, NELSON MASSOMI OHNO,

protocolado
MUHAMAD ALAHMAR, PAULO ROBERTO AMBROSIO, JOSE CARLOS

.
MARINHO e JORGE MENEZES SILVA, é apelado MINISTÉRIO PÚBLICO DO

às 17:47
ESTADO DE SÃO PAULO.

de Sao Paulo,
ACORDAM, em 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de

em 28/01/2015
São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Recursos dos autores Jorge Menezes, Walter
Farath Júnior e Nelson Massoni Ohno providos em parte mínima, desprovidos os demais.

do Estado
V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

autos
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUCIANA

Justica
BRESCIANI (Presidente sem voto), CARLOS VIOLANTE E VERA ANGRISANI.

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
SOUSA e Tribunal
São Paulo, 27 de janeiro de 2015

MINUCI DEPEDRASSI,
CLAUDIO AUGUSTO PEDRASSI
RELATOR

CESARAUGUSTO
Assinatura Eletrônica

Este documento
Este cópia
documentoé écópia original,
original,
dodo digitalmente
assinado
assinado por CLAUDIO
por MARCOS
digitalmente
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 72
fls. 7

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PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


Voto nº 8.940

24CB561.
Apelação com Revisão: 0020535-56.2009.8.26.0576
Apelantes: Manoel Donizetti Conceição e Outros
Apelado: Ministério Público do Estado de São Paulo
Vara de Origem: 2ª Vara da Fazenda Pública de São José do
Rio Preto

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


protocolado
às 17:47 .
AGRAVO RETIDO. TESTEMUNHAS SUSPEITAS. Alegação
de interesse das testemunhas que eram jornalistas e escreveram as

de Sao Paulo,
reportagens que embasaram a presente ação civil pública.

em 28/01/2015
Descabimento. Jornalistas que foram as únicas testemunhas que
presenciaram as reuniões, momento em que teria ocorrido o
suposto acerto ímprobo entre os vereadores, ora corréus. Ademais,

do Estado
os depoimentos foram confirmados por meio de documentos,
gravações e fotografias, o que corrobora com o afastamento de

autos
qualquer conduta temerária e tendenciosa entre os depoentes.

Justica
Agravo retido conhecido e improvido.

de nos
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liberado
SOUSA e Tribunal
ILEGITIMIDADE PASSIVA. Alegação de que a Lei nº 8.429/92
não é autoaplicável a agentes políticos. Descabimento. Atos de

MINUCI DEPEDRASSI,
improbidade que poderão ser praticados por qualquer agente
público, na forma do art. 1º e 2º da LIA. Lei que possui natureza
civil e autoriza a coexistência da ação respectiva com eventual
ação por crime de responsabilidade. Precedentes do C. STJ.

CESARAUGUSTO
Preliminar rejeitada.

por CLAUDIO
ILEGITIMIDADE PASSIVA. Insurgência do corréu - Walter
Farath Júnior para o reconhecimento de sua ilegitimidade, sob
argumento de que, na data dos fatos, não mantinha com o poder por MARCOS
público qualquer vínculo. Descabimento. Contradição de sua
afirmação que se verifica na sequência de suas razões recursais.
digitalmente

Preliminar rejeitada.
digitalmente

IMPOSSIBILIDADE DE CONTROLE JUDICIAL DE ATOS


assinado

ADMINISTRATIVOS INTERNA CORPORIS. Alegação que


assinado

incide no voto parlamentar. Descabimento. Ofensa aos princípios


da administrativa pública que pode ser objeto de questionamento
original,

junto ao Poder Judiciário. Ademais, a causa de pedir não recai na


original,

votação em si, mas no suposto conluio entre os corréus em troca


dodo

de posterior vantagem. Preliminar rejeitada.


cópia
documentoé écópia

PERDA DO OBJETO DA AÇÃO POR FATO


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


SUPERVENIENTE. Alegação de que o pleito de anulação das
eleições restou inviabilizado tendo em vista a expiração do

24CB561.
mandato eletivo. Perda do objeto da ação de improbidade
administrativa, não verificado. Pedidos cumulados e diversos.
Viabilidade da análise da suposta violação aos princípios da
administração pública cometidas pelos réus. Preliminar rejeitada.

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. Acordo espúrio realizado
entre os vereadores que elegeram um deles como Presidente da
Câmara Municipal de São José do Rio Preto visando troca de

protocolado
votos por cargos em comissão. Documentação e depoimentos

.
carreados aos autos que comprovam conduta ímproba por parte

às 17:47
dos corréus. Afronta aos princípios da moralidade, legalidade,

de Sao Paulo,
impessoalidade e isonomia. Inexigibilidade de prova da existência
de dolo específico ou culpa, tampouco lesão ao erário. Precedentes

em 28/01/2015
deste E. Tribunal. Responsabilização pelo cometimento de atos de
improbidade previstos no art. 11, caput, da Lei nº 8.429/92.

do Estado
Sentença mantida, neste aspecto.

autos
Justica
PENALIDADES. Dosimetria da sanção. Sanções impostas com

de nos
razoabilidade, com exceção do quantum arbitrado a título de

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


multa, sendo cabível sua diminuição. Sentença reformada, neste

liberado
SOUSA e Tribunal
aspecto. Recursos providos, em parte mínima, de Jorge Menezes,
Walter Farath Júnior e Nelson Massoni Ohno; improvidos os

MINUCI DEPEDRASSI,
recursos dos demais corréus.

CESARAUGUSTO
Vistos.

por CLAUDIO
por MARCOS

Trata-se de recursos de apelação


digitalmente

interpostos por Manoel Donizetti Conceição e Outros contra a


digitalmente

r. sentença de fls. 2680/2699vº, que julgou extinto o


processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art.
assinado

267, inc. VI do CPC, no que se refere aos pedidos para


assinado

anulação da eleição e das nomeações; bem como procedentes os


original,
original,

pedidos, nos termos do art. 269, inc. I do CPC para condenar


dodo

os réus, Jorge Menezes, Muhamad Alahmar, Alessandra Trigo


cópia
documentoé écópia

Alves, Paulo Roberto Ambrósio, Walter Farath Júnior, Jorge


Abdanur Estephan, Aparecido Carlos dos Santos, José Carlos
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 3/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


marinho, Nelson Massoni Ohno, Antonio Carlos Parise e Manoel

24CB561.
Donizetti Conceição pela prática de improbidade
administrativa, nos termos do art. 12, inc. III da Lei nº
8.429/92.

Assim, em relação a cada um deles foi

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determinado: a perda da função pública; suspensão dos

protocolado
direitos políticos por três anos e o pagamento de multa

.
cível fixada em 10 (dez) vezes o valor da remuneração

às 17:47
percebida na época dos fatos, com atualização monetária

de Sao Paulo,
desde então até o efetivo pagamento, bem como o pagamento de

em 28/01/2015
custas e despesas processuais. Sem condenação aos honorários

do Estado
advocatícios em virtude do disposto no art. 128, §5º, inc.
II da CF.

autos
Justica
Apelam os corréus.

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
Sustenta Manoel Donizetti Conceição,

SOUSA e Tribunal
às fls. 2712/2714, não ter participado de nenhuma tratativa

MINUCI DEPEDRASSI,
envolvendo a Presidência da Câmara de São José do Rio Preto
e que somente teria votado em Jorge Menezes Silva, ante seu

CESARAUGUSTO
desentendimento com o concorrente - Eduardo Piacenti. Assim,
não haveria qualquer prova do ato de improbidade.

por CLAUDIO
Walter Farath Júnior sustenta, às
fls. 2721/1768, preliminarmente, ilegitimidade de parte, por MARCOS
pois quando dos fatos não era agente público e com o poder
digitalmente

público não mantinha qualquer vínculo; impossibilidade de


digitalmente

controle judicial sobre os atos discricionários “interna


corporis”. No mérito, ausência de provas de que tenha
assinado

cometido ato de improbidade administrativa, pois o único


assinado

material apresentado foi a reportagem jornalística que


original,
original,

cobriu a eleição do presidente da Câmara Municipal,


dodo

ressaltando não ter participado da suposta reunião onde se


cópia
documentoé écópia

lotearam cargos, que somente assinou a lista de apoio ao


candidato que o procurou. Subsidiariamente, pleiteia a
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 4/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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São Paulo

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redução da multa imposta, pois não se verifica nenhum tipo

24CB561.
de prejuízo ao erário público ou proveito econômico com a
eleição.

Jorge Menezes Silva sustenta, às fls.


2745/2768, preliminarmente, impossibilidade do controle

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


judiciário em relação aos atos discricionários interna

protocolado
corporis. No mérito, que não houve prova de sua conduta

.
ímproba, alegando ausência de tipicidade em sua conduta,

às 17:47
pois ao pedir aos demais vereadores que o apoiassem,

de Sao Paulo,
indicando profissionais para cargos de livre nomeação e

em 28/01/2015
exoneração, seu intuito nada mais foi do que “uma forma

do Estado
democrática de permitir aos demais que o ajudassem na
composição dos quadros do Legislativo” (fls. 2752).

autos
Justica
Subsidiariamente, pugna pela redução da multa imposta, ante

de nos
a ausência de prejuízo ao erário ou prova de proveito

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
SOUSA e Tribunal
econômico do agente em sua eleição.

MINUCI DEPEDRASSI,
Jorge Estephan Abdanur e Antonio
Carlos Parise alegam, às fls. 2787/2798, preliminarmente, a
perda do objeto da ação por fato superveniente, pois não há

CESARAUGUSTO
mais como anular a eleição para a Presidência da Câmara
Municipal, vez que expirou o prazo dos mandatos. No mérito,

por CLAUDIO
que não cometeram ato de improbidade administrativa, não
por MARCOS
havendo provas de tal conduta, ressaltando que não
estabeleceram um acordo imoral, mas “sim uma promessa de que
digitalmente

votaria em Menezes para presidente recebendo em troca a


digitalmente

garantia do voto para secretário e vice-presidente, sendo os


assinado

dois eleitos na ocasião” (fls. 2796).


assinado

Alessandra Trigo Alves e Aparecido


original,

Carlos dos Santos alegam, às fls. 2802/2820,


original,

preliminarmente, perda do objeto da ação, por fato


dodo
cópia

superveniente, considerando que se houve carência do pedido


documentoé écópia

principal não há como aplicar penalidade inserta no art. 12


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 5/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 76
fls. 11

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


da LIA. No mérito, que não cometeram condutas ímprobas, não

24CB561.
havendo provas do dano, dolo ou má-fé para tal tipificação.

Nelson Massoni Ohno alega, às fls.


2826/2837, preliminarmente, ilegitimidade passiva, pois a
Lei nº 8.429/92 não é autoaplicável a agentes políticos,

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


tendo em vista que para sua correspondente responsabilização

protocolado
há legislação própria, tal como Lei nº 1079/50 e Decreto nº

.
201/67. No mérito, que não há prova da prática da ocorrência

às 17:47
de improbidade administrativa, nem comprovação de dolo na

de Sao Paulo,
conduta, mas apenas indícios. Subsidiariamente, pugna pela

em 28/01/2015
exclusão da imposição de multa na importância aplicada, bem

do Estado
como da correção monetária por incabível na espécie em se
tratando de multa e não ressarcimento e, ainda, pela

autos
Justica
exclusão da pena de inelegibilidade, pois não se trata da

de nos
hipótese de prejuízos ao erário.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
SOUSA e Tribunal
Muhamada Alahmar sustenta, às fls.

MINUCI DEPEDRASSI,
2847/2850vº, inviolabilidade do voto de parlamentar, invasão
da discricionariedade administrativa por ato “interna
corporis”. Além disso, não há qualquer prova ou mesmo de

CESARAUGUSTO
dolo na conduta de improbidade administrativa apontada na
sentença, que tão somente partiu da conjectura de que o

por CLAUDIO
apelante teria votado no Presidente da Câmara Municipal em
por MARCOS
troca de nomeações para cargos em confiança.

Paulo Roberto Ambrósio e José Carlos


digitalmente

Marinho requerem, às fls. 2857/2889, o conhecimento do


digitalmente

agravo retido, visando ao decreto de suspeição dos


assinado

jornalistas ouvidos como testemunhas. Nas razões recursais,


assinado

aduzem que não podem ser condenados com base exclusivamente


original,

em prova testemunhal, sob pena de afronta aos princípios do


original,

contraditório e da ampla defesa. Afirmam, ainda, que um dos


dodo
cópia

currículos enviados por Paulo acabou sendo aproveitado,


documentoé écópia

somente após várias semanas da eleição do Presidente da


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 6/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 77
fls. 12

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


Câmara, sendo que nenhum currículo enviado por José Carlos

24CB561.
foi aproveitado. Tais situações não comprovariam qualquer
ato de improbidade administrativa.

Pugnam os apelantes pelo provimento


de seus respectivos recursos.

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


O Ministério Público ofertou

protocolado
contrarrazões, às fls. 2982/2975, pelo improvimento dos

às 17:47 .
recursos interpostos.

de Sao Paulo,
Manifestação da Procuradoria Geral de

em 28/01/2015
Justiça, às fls. 2981/2996, pela manutenção sentença
atacada.

do Estado
autos
Justica
É o relatório.

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
SOUSA e Tribunal
1. A presente ação civil pública

MINUCI DEPEDRASSI,
ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo
busca o reconhecimento da prática de atos de improbidade

CESARAUGUSTO
administrativa por Jorge Menezes, Muhamad Alahmar,
Alessandra Trigo Alves, Paulo Roberto Ambrósio, Walter
Farath Júnior, Jorge Abdanur Estephan, Aparecido Carlos dos

por CLAUDIO
Santos, José Carlos marinho, Nelson Massoni Ohno, Antonio por MARCOS
Carlos Parise e Manoel Donizetti Conceição, todos vereadores
digitalmente

na época em que realizaram um acordo supostamente espúrio,


digitalmente

elegendo o primeiro deles Jorge Menezes, para o cargo de


Presidente da Câmara Municipal de São José do Rio Preto.
assinado
assinado

Assevera o Ministério Público que o


vereador (Jorge Menezes), então candidato à Presidência da
original,
original,

Câmara, teria prometido favores àqueles vereadores que o


dodo

apoiassem, ante a prerrogativa atinente ao cargo de


cópia
documentoé écópia

Presidente da Câmara, que lhe possibilita nomear dezesseis


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 7/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 78
fls. 13

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PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


cargos em comissão, além daqueles três que normalmente cada

24CB561.
vereador também teria direito, consoante previsão em Lei
Complementar Municipal nº 156/2002, com a redação que lhe
foi dada pela Lei Complementar Municipal nº 253/2008 (fls.
113/150).

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


O cargo disputado para Presidência da

protocolado
Câmara iniciou-se após as eleições municipais, no final do

.
ano de 2008, envolvendo os vereadores - Jorge Menezes Silva

às 17:47
e Ângelo Eduardo Piacenti.

de Sao Paulo,
em 28/01/2015
Assim, após determinadas reuniões
entre citados vereadores, adveio a desistência da

do Estado
candidatura do único concorrente ao referido cargo - Ângelo

autos
Eduardo Piacenti.

Justica
de nos
A r. sentença julgou extinto o

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
processo sem resolução de mérito, com fundamento no art.

SOUSA e Tribunal
267, VI do CPC, no que se refere ao pedido para a anulação

MINUCI DEPEDRASSI,
da eleição e das nomeações e, por outro lado, julgou
procedente a ação de improbidade administrativa com relação

CESARAUGUSTO
aos corréus acima citados, nos termos do art. 12, inc. III
da Lei nº 8.429/92, razão pela qual, insurgem-se.

2. Inicialmente, ressalte-se que o por CLAUDIO


por MARCOS

agravo retido interposto pelo corréu José Carlos Marinho e


digitalmente

Paulo Roberto Ambrósio deve ser conhecido, por ter sido


digitalmente

reiterado expressamente nas razões de apelação (fls.


2857/2889), consoante dispõe expressamente o artigo 523, §
assinado
assinado

1º, do Código de Processo Civil, mas deve ser improvido.


original,

Alegam que as testemunhas, por serem


original,

jornalistas e terem escritos as reportagens que embasaram a


dodo
cópia

presente ação civil pública, teriam interesse na condenação


documentoé écópia

dos réus.
Este documento

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Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 14

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São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


Todavia, ao que consta, os

24CB561.
jornalistas foram as únicas testemunhas que presenciaram as
reuniões, momento em que teria ocorrido o suposto acerto
ímprobo entre os vereadores, ora corréus.

Ademais, verifica-se que os

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


depoimentos colhidos nos autos foram pautados em documentos,

protocolado
gravações e fotografias (cf. fls. 6, 11, 12, 23, 154, 160,

.
164, 312/338), o que corrobora com o afastamento de conduta

às 17:47
temerária e tendenciosa entre os depoentes.

de Sao Paulo,
em 28/01/2015
Logo, o agravo retido deve ser
improvido.

do Estado
autos
Justica
3. Preliminarmente, não se acolhe a

de nos
alegação de ilegitimidade passiva, sob o argumento de que a

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
SOUSA e Tribunal
Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92) não
seria autoaplicável a agentes políticos.

MINUCI DEPEDRASSI,
Com efeito, a primeira parte do art.
1º da LIA prescreve que os atos de improbidade poderão ser

CESARAUGUSTO
praticados por qualquer agente público.

por CLAUDIO
“Art. 1º - Os atos de improbidade praticados pro qualquer agente público,
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de por MARCOS
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios,
de Território...”
digitalmente

O conceito de agente público é


digitalmente

genérico, abrangendo os agentes políticos, na forma do art.


assinado

2º da referida lei:
assinado
original,
original,

Art. 2º - Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
dodo

nomeação, designação, contratação ou qualquer outra foram de investidura ou


cópia

vínculo, mandado, cargo e, prego ou função nas entidades mencionadas no artigo


documentoé écópia

anterior”.
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 9/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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fls. 15

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24CB561.
Convém salientar que a natureza
jurídica das penalidades previstas na Lei nº 8.429/92 é
civil, o que autoriza a coexistência da ação respectiva com
eventual ação por crime de responsabilidade, restringindo-se

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


a aplicação de uma das penas, no caso de procedência de
ambas as ações.

protocolado
.
A responsabilidade dos vereadores

às 17:47
pode ser repartida em quatro esferas: civil, administrativa,

de Sao Paulo,
política e penal.

em 28/01/2015
O Código Penal define a

do Estado
responsabilidade penal funcional de agente público, enquanto

autos
que o Decreto-Lei n. 201/67 versa sua responsabilidade por

Justica
delitos funcionais (art. 1º) e por infrações político-

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
administrativas (art. 4º).

SOUSA e Tribunal
Já a Lei n. 8.429/92 prevê sanções

MINUCI DEPEDRASSI,
civis e políticas para os atos ímprobos.

Sucede que, invariavelmente, algumas

CESARAUGUSTO
condutas encaixar-se-ão em mais de um dos diplomas citados,
ou até mesmo nos três, e invadirão mais de uma espécie de

por CLAUDIO
responsabilização do agente político, conforme for o caso,
sem que fique evidenciado bis in idem. por MARCOS

Note-se que o art. 12 da lei nº


digitalmente

8.429/92 é claro em fazer tal ressalva, ao colocar que:


digitalmente

"Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas,


assinado

previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade


assinado

sujeito..."
original,
original,
dodo

O C. STJ já analisou caso semelhante,


cópia
documentoé écópia

quanto à aplicabilidade da Lei nº 8.429/92 a agentes


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 0/26


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. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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São Paulo

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políticos:

24CB561.
"PROCESSUAL CIVIL EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 535 DO CPC
ACLARAMENTO DO DECISUM (ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. EX-PREFEITO. CONDUTA OMISSIVA. CARACTERIZAÇÃO DE
INFRAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA. DECRETO-LEI N.° 201/67. ATO
DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI N ° 8.429/92. COEXISTÊNCIA.

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


IMPOSSIBILIDADE MANUTENÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. VOTO
DIVERGENTE DO RELA TOR). 1. Os Embargos de Declaração são cabíveis

protocolado
para o fim de esclarecer o alcance da decisão, quando seus fundamentos, ainda
que utilizados obter dictum e sob a ótica subjetiva do relator não retrata o cerne da

às 17:47 .
decisão proferida. 2. In casu, a Turma reconheceu que a conduta do prefeito em
recusar-se a responder determinado oficio não representava delito de improbidade,

de Sao Paulo,
por isso que, extravagante a discussão acerca do concurso aparente de normas

em 28/01/2015
entre a ação típica do Decreto-lei 201/67 e a Ação de Improbidade, tema, aliás,
ainda pendente no Eg. Supremo Tribunal Federal. 3. Destarte, o Eg. Superior
Tribunal de Justiça através da sua jurisprudência predominante, admite a

do Estado
ação de improbidade nos ilícitos perpetrados por Prefeitos, mercê de agentes
políticos. 4. Embargos de Declaração acolhidos. " (EDcl no REsp 456649/MG,

autos
relator Ministro FRANCISCO FALCÃO, relator para Acórdão Ministro LUIZ

Justica
FUX, publicado em 20.11.06)

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
“AÇÃO DE IMPROBIDADE ORIGINÁRIA CONTRA MEMBROS DO

SOUSA e Tribunal
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO. LEI 8.429/92. LEGITIMIDADE DO
REGIME SANCIONATÓRIO. EDIÇÃO DE PORTARIA COM CONTEÚDO

MINUCI DEPEDRASSI,
CORRECIONAL NÃO PREVISTO NA LEGISLAÇÃO. AUSÊNCIA DO
ELEMENTO SUBJETIVO DA CONDUTA. INEXISTÊNCIA DE
IMPROBIDADE. 1. A jurisprudência firmada pela Corte Especial do STJ é no
sentido de que, excetuada a hipótese de atos de improbidade praticados pelo

CESARAUGUSTO
Presidente da República (art. 85, V), cujo julgamento se dá em regime especial
pelo Senado Federal (art. 86), não há norma constitucional alguma que imunize
os agentes políticos, sujeitos a crime de responsabilidade, de qualquer das
sanções por ato de improbidade previstas no art. 37, § 4.º. Seria incompatível

por CLAUDIO
com a Constituição eventual preceito normativo infraconstitucional que
impusesse imunidade dessa natureza (Rcl 2.790/SC, DJe de 04/03/2010).” por MARCOS
(Ação de Improbidade Administrativa n° 30/AM, Corte Especial, Rel. Ministro
Teori Albino Zavascki, j. 21/09/2011.
digitalmente
digitalmente

4. Sob outro enfoque, ainda


assinado

inadmissível a ilegitimidade passiva do corréu Walter


assinado

Farath Júnior, sob o argumento de que na época dos fatos não


original,
original,

mantinha qualquer vínculo com o Poder Público, uma vez que


ele próprio se contradiz na sequência de suas razões
dodo
cópia

recursais, afirmando a forma de sua participação na


documentoé écópia

tratativa da eleição do Presidente da Câmara:


Este documento

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. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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São Paulo

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“Ora Nobres Julgadores, o que ocorreu no caso em tela nada mais foi do que

24CB561.
um acordo entre as partes, com o fito único de possibilitar um governo
democrático e com a ajuda de todos os edis, visando o bem da comunidade”
(cf. fls. 2727)

Era tal corréu vereador, tendo até

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subscrito o documento de fls. 154 do apenso (inquérito

protocolado
civil), sendo patente sua legitimidade passiva.

às 17:47 .
Logo, fica rejeitada a preliminar de

de Sao Paulo,
ilegitimidade passiva, tanto sob o argumento de

em 28/01/2015
inaplicabilidade da Lei nº 8429/92 aos agentes políticos,
como pela ausência de vínculo do corréu Walter com o Poder

do Estado
Público, na época dos fatos.

autos
Justica
de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
5. Inadmissível, ainda, a arguição da

liberado
SOUSA e Tribunal
impossibilidade de controle judicial de atos administrativos

MINUCI DEPEDRASSI,
“interna corporis”, na espécie.

Isto porque, não houve invasão da


discricionariedade administrativa restrita à liberdade de

CESARAUGUSTO
voto de parlamentar, diante do objeto de análise da presente
demanda, que é a suposta violação aos princípios da

por CLAUDIO
administração pública, consoante caput do art. 37 da CF, em
por MARCOS
especial, o princípio da moralidade administrativa.

Note-se que a causa de pedir recai no


digitalmente
digitalmente

conluio entre os corréus, então vereadores, na data dos


fatos em eleger Jorge Menezes, como Presidente da Câmara, em
assinado

troca de posteriores nomeações de cargos em comissão; não à


assinado

prerrogativa que possuem os vereadores do ato de votar.


original,
original,

Logo, não se questiona o ato restrito


dodo

à votação, propriamente dito, que é atinente à função


cópia
documentoé écópia

parlamentar, mas as circunstâncias a ela ligadas, ou seja,


ao suposto acordo de "loteamento" de cargos.
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 2/26


Este
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fls. 18

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São Paulo

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Note-se que é questão de mérito a

24CB561.
verificação se tal "acordo" é viável, integrando a
sistemática política da casa legislativa; bem como se
efetivamente houve tal tratativa, envolvendo o "loteamento"
dos cargos em comissão.

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Logo, de rigor a rejeição da

protocolado
preliminar.

às 17:47
de Sao Paulo, .
6. Não se cogita, ainda, em perda do

em 28/01/2015
objeto da ação por fato superveniente, sob o fundamento de
que o pleito de anulação das eleições restou inviabilizado,

do Estado
diante da expiração do mandato eletivo dos parlamentares.

autos
Justica
Consoante se depreende da inicial, os

de nos
pedidos são diversos, pois a anulação das eleições não se

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
SOUSA e Tribunal
confunde com o pleito de condenação dos corréus por atos de
improbidade administrativa, nos termos do art. 11 da Lei nº

MINUCI DEPEDRASSI,
8.429/92.

Logo, sendo admissível a análise da

CESARAUGUSTO
violação aos princípios da administração pública
supostamente cometida pelos corréus, rejeita-se a preliminar

por CLAUDIO
de perda do objeto da ação por fato superveniente.
por MARCOS
digitalmente

7. No mérito, cinge a controvérsia na


digitalmente

suposta ocorrência de acordo realizado entre os vereadores


que elegeu um deles Jorge Menezes, como Presidente da
assinado

Câmara Municipal de São José do Rio Preto, visando à troca


assinado

de votos pelas posteriores nomeações de cargos em comissão.


original,
original,
dodo

8. Questão relevante a ser tratada


cópia
documentoé écópia

nestes autos e que foi suscitada, é a referente a


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 3/26


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. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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São Paulo

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possibilidade de titulares de cargos públicos eletivos

24CB561.
poderem dispor sobre cargos públicos de livre nomeação
(comissionados), como "moeda de troca" para fins políticos,
ou a possibilidade do "loteamento" político de cargos em
comissão, em troca a de apoio político.

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


Sustentam alguns dos réus que tal

protocolado
prática, rotineira, inserida na política nacional, em todos

.
os níveis, amplamente noticiada na imprensa, seria regular e

às 17:47
faria parte do "jogo político".

de Sao Paulo,
em 28/01/2015
Contudo é necessário distinguir as
situações.

do Estado
É evidente que há contextos onde tal

autos
tipo de acordo político é viável, como ocorre em alguns

Justica
de nos
exemplos citados nas razões de alguns dos réus, onde, por

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
exemplo, algum partido reivindica algum ministério para dar

SOUSA e Tribunal
apoio ao governo, ou situações onde partidos fazem acordos

MINUCI DEPEDRASSI,
para montar a Mesa da Câmara dos Deputados, dividindo as
funções das diversas comissões da Casa Legislativa.

CESARAUGUSTO
Em tal contexto, o acordo faz parte
do exercício da política, pois cada um destes cargos, tem

por CLAUDIO
relevância política e será uma oportunidade para que o
deputado ou senador possa exercer o mandato até com mais por MARCOS
profundidade, aplicando o programa partidário e atendendo
digitalmente

aos anseios de seus eleitores.


digitalmente

Porém, situação absolutamente


distinta é aquela, onde literalmente se cogita da "venda" de
assinado
assinado

um voto, em troca de um cargo em comissão para outrem,


original,

simplesmente para atender a um favor político, onde serão


original,

colocados terceiros em cargos, que não tem qualquer função


dodo

política e onde nenhum objetivo partidário ou relativo ao


cópia
documentoé écópia

mandato será atendido.


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 4/26


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. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


24CB561.
9. Importante destacar, ainda, que
por mais comum que algumas práticas se tornem, de tão
constantes e rotineiras, a ponto de não causar espécie a
ninguém; chegando ao ponto de se entender tais práticas

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


quase como "normais", "banais" e "usuais", não podemos

protocolado
compactuar com tal quadro.

às 17:47 .
Usando um exemplo "ad terrorem",

de Sao Paulo,
seria o mesmo que passarmos a entender como lícito e regular

em 28/01/2015
o porte de armas e o comércio de drogas, pelo fato dos
jornais nos mostrarem com frequência locais dominados pelo

do Estado
tráfico de drogas, onde tais condutas ocorrem à vista de

autos
todos, nas ruas, à luz do sol.

Justica
de nos
O parâmetro a ser seguido é o da

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
moralidade administrativa, princípio estampado no art. 37 da

SOUSA e Tribunal
Constituição Federal, que deve reger toda e qualquer

MINUCI DEPEDRASSI,
atividade administrativa, inclusive daqueles que exercem a
legislatura.

CESARAUGUSTO
Em relação a moralidade
administrativa relevante notar, como diz a Profa. Maria

por CLAUDIO
Sylvia Zanella di Pietro, em sua obra "Direito
Administrativo", ed. Atlas, 24ª edição, pág, 79, que: por MARCOS
digitalmente

"sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da


Administração ou do administrador que em ela se relaciona juridicamente,
digitalmente

embora e consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de


boa administração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia comum de
assinado

honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade


assinado

administrativa."
original,
original,
dodo

10. Importante destacar, ainda, que


cópia
documentoé écópia

se a própria lei eleitoral veda a coaptação do voto do


eleitor sob qualquer promessa (art. 299 da lei 4.737/65),
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 5/26


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. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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sendo irrelevante o conteúdo da promessa ou dádiva, é

24CB561.
evidente que, ainda que como princípio, tal regra se estenda
a atuação do parlamentar, quando os vereadores votam para
eleger o Presidente da casa legislativa.

Foram os vereadores eleitos para

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


representar o povo, defendendo seus interesses na casa

protocolado
legislativa, de acordo com os programas de seus respectivos

.
partidos políticos.

às 17:47
de Sao Paulo,
Diante deste quadro, evidente que

em 28/01/2015
ofende a moralidade administrativa, a realização da "baixa"
política, fisiológica e sem ética, onde o importante voto

do Estado
para Presidente da casa legislativa, que envolve a

autos
representatividade da casa e grande poder, decorrente da

Justica
condução dos assuntos legislativos, acaba sendo trocado pela

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
nomeação de um ou outro servidor, em cargo em comissão, em

SOUSA e Tribunal
atendimento a pedido absolutamente pessoal, sem qualquer

MINUCI DEPEDRASSI,
vínculo com as finalidades do exercício do mandato ou da
prática partidária.

CESARAUGUSTO
Note-se que no caso em tela, o
"loteamento" de cargos em comissão, de nenhuma relevância
política, para a nomeação de terceiros, franqueando-se a

por CLAUDIO
indicação ao vereador, em troca se seu voto para eleição de
por MARCOS
Presidente de Câmara, é de ser considerado como ato que
ofende a honestidade e a moralidade administrativa, no caso
digitalmente

a legislativa.
digitalmente

Neste sentido, importante destacar a


assinado

lição da Profa. Maria Sylvia Zanella di Pietro, em sua obra


assinado

"Direito Administrativo", ed. Atlas, 24ª edição, pág, 824,


original,
original,

onde ela coloca:


dodo
cópia

"A inclusão do princípio da moralidade administrativa na Constituição foi


documentoé écópia

reflexo da preocupação com a ética na Administração Pública e com o


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 6/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 87
fls. 22

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


combate à corrupção e à impunidade no setor público. Até então, a
improbidade administrativa constituída infração prevista e definida apenas para os

24CB561.
agentes políticos. Para os demais, punia-se apenas o enriquecimento ilícito no
exercício do cargo. Com a inserção do princípio da moralidade na
Constituição, a exigência da moralidade estendeu-se a toda a Administração
Pública, e a improbidade ganhou abrangência maior, porque passou a ser
prevista e sancionada com rigor para todas as categorias de servidores
públicos e a abranger infrações outras que não apenas o enriquecimento

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


ilícito.
Além disso, a inserção do princípio da moralidade na Constituição é coerente com

protocolado
a evolução do princípio da legalidade ocorrida no sistema jurídico de outros

.
países, evolução essa que levou à instituição do Estado Democrático de Direito,

às 17:47
consagrado no preâmbulo da Constituição e em seu artigo 1º. Isso significou

de Sao Paulo,
repulsa ao positivismo jurídico e a ampliação do princípio da legalidade, que

em 28/01/2015
passou a abranger valores outros, como os da razoabilidade, boa-fé, moralidade,
economicidade e tantos outros consagrados na doutrina, na jurisprudência e
mesmo em regras expressas na Constituição e em normas infraconstitucionais. O

do Estado
objetivo foi de reconquistar o conteúdo axiológico do direito, perdido em grande
parte com o positivismo jurídico."

autos
Justica
de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
Nesta linha é que o art. 11, "caput",

SOUSA e Tribunal
da lei nº 8.429/92 contemplou como hipóteses

MINUCI DEPEDRASSI,
caracterizadoras de improbidade qualquer ato que caracterize
violação dos princípios que regem a administração pública:

CESARAUGUSTO
"Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os

por CLAUDIO
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições,
e notadamente:"
por MARCOS
digitalmente

11. Quanto a efetiva configuração do


digitalmente

ato de improbidade administrativa praticado, ou seja, do


assinado

"acordo" envolvendo os votos para eleição do Presidente, a


assinado

prova é robusta.
original,

Analisando os autos do inquérito


original,

civil, verifica-se que o início ao procedimento


dodo
cópia

investigativo deu-se após a reportagem publicada em


documentoé écópia

01.01.2009, constando o acordo celebrado entre os vereadores


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 7/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 88
fls. 23

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


para eleger Jorge Menezes, como Presidente da Câmara de

24CB561.
Vereadores:

“Além do seu próprio voto, Menezes disse ter formalizado um acordo com outros
11 vereadores, o que garantiria com folga a sua vitória sobre o pepessista. O
vereador do DEM conseguiu até o voto do parlamentar Manoel Conceição (PPS),

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


do mesmo partido Piacenti. O grupo se reuniu ontem no gabinete de Menezes para
selar o acordo e aparar possíveis arestas. Enquanto isso, Piacenti estava na sua sala
tentando atrair aliados. Menezes aparentou um documento com 12 assinaturas

protocolado
de vereadores se comprometendo a votar nele”.

às 17:47
de Sao Paulo,
em 28/01/2015 .
A corroborar com citadas informação,
o próprio corréu Jorge Menezes em entrevista na televisão

do Estado
afirmou que “prometeu o cargo de Assessor Financeiro para o
vereador Dinho” (cf. gravação em DVD às fls. 23 do inquérito

autos
Justica
civil em apenso).

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
Às fls. 11 do inquérito civil em

SOUSA e Tribunal
apenso, foram publicadas as indicações realizadas pelo

MINUCI DEPEDRASSI,
correspondente vereador, quais sejam:

Jorge Menezes: para os cargos de Diretor Geral, Diretor

CESARAUGUSTO
Jurídico, Diretor Financeiro e Assessor da Presidência;

Alessandra Trigo: para o cargo de Diretor Legislativo;

por CLAUDIO
Carlão dos Santos: para o cargo de Diretor Administrativo;
por MARCOS
Manoel da Conceição: para o cargo de Responsável pelo CPD;
digitalmente

Antonio Carlos Parise, Nelson Ohno e Jorge Abdanur: para os


digitalmente

cargos de Diretor de Comunicação, Diretor da TV Câmara e


Assessor de Imprensa;
assinado
assinado

José Carlos Marinho: para o cargo de Assessor Legislativo;


original,

Walter Farath: para o cargo de Assessor da Presidência e


original,

Paulo Pauléra: para o cargo de Assessor da Presidência.


dodo
cópia

E de fato, algumas destas nomeações


documentoé écópia

foram realizadas, ao analisar a publicação no Diário da


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 8/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 89
fls. 24

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São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


Região do dia 04.03.2009, referindo-se ao acordo como “troca

24CB561.
de cargos” ou “barganha” (fls. 22 e 201 do inquérito civil
em apenso), constando na matéria de fls. 201 do inquérito
civil inclusive os valores dos vencimentos de tais cargos.

Ademais, o próprio vereador, nomeado

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


Presidente da Câmara Municipal, admitiu como verdadeiras

protocolado
referidas nomeações, em seu depoimento prestado:

às 17:47 .
“No dia da eleição o vereador Piacenti abriu mão de sua candidatura, uma vez que

de Sao Paulo,
tinha menor apoio. Na reunião da véspera foi feita e assinada a lista que está as fls.

em 28/01/2015
154. Esta lista foi feita para que o declarante mostrasse força e comprovasse o
apoio que recebia. O declarante disse para Piacenti que tinha o apoio constante da
lista e acredita que por isso ele desistiu da candidatura. Informa que, depois da

do Estado
eleição pediu para onze vereadores indicarem nomes nomes para serem indicados
para cargos em comissão, de nomeação do presidente. (...)Com relação aos

autos
outros cargos, o declarante pediu para aqueles onze vereadores apresentarem

Justica
currículo de pessoas que eles queriam que fossem indicadas. Os vereadores

de nos
apresentaram currículos, os quais foram analisados pelo declarante, com a

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
colaboração do Diretor Geral, do Diretor Financeiro, do Diretor Jurídico e de

SOUSA e Tribunal
outras pessoas da comunidade. (...) As indicações acabaram atendendo pedidos de
nove vereadores, todos constantes da lista de fls. 154 (fls. 168/169 do inquérito

MINUCI DEPEDRASSI,
civil em apenso).

CESARAUGUSTO
O acordo realizado entre os
vereadores, ora corréus, está comprovado nas fls. 154 do
inquérito civil em apenso, documento constando as

por CLAUDIO
declarações de “compromisso de voto”, com as assinaturas dos por MARCOS
respectivos vereadores:
digitalmente
digitalmente

“Eu Vereador (a) eleito (a) para o mandato de 2009 a 2012, assumo o
compromisso de votar para PRESIDENTE da mesa diretora da Câmara
Municipal de São José do Rio Preto para o biênio 2009/2010 no vereador
assinado

JORGE MENEZES”.
assinado
original,
original,

Acerca do chamado “loteamento de


dodo

cargos”, em entrevista do vereador “Jorge Menezes” na Rádio


cópia
documentoé écópia

Metrópole AM, ele afirmou que, por ser presidente, é


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 1 9/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 90
fls. 25

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São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


necessário conceder “dois ou três cargos” por vereador (cf.

24CB561.
áudio às fls. 160 do inquérito civil em apenso).

Ainda, em entrevista realizada pelo


réu Jorge Menezes ao repórter Rodrigo Lima do Jornal Diário
da Região, constou:

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


protocolado
“..e o Diretor Jurídico é Dr. Minuci e Dr. Juliano eu quis permanecer pela
confiança. Já da gestão passada pra cá, estes cargos, quando eu fui fazer o

às 17:47 .
acordo com os vereador, se eu fosse pra ser o presidente, nesses cargos eu não
mexeria” (cf. fls. 164 do inquérito civil em apenso).

de Sao Paulo,
em 28/01/2015
Os jornalistas que acompanharam as

do Estado
reuniões em que foram realizadas as tratativas confirmaram o

autos
acordo realizado entre os corréus (fls. 2479/2481).

Justica
de nos
Ressalte-se o depoimento do vereador

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
SOUSA e Tribunal
e corréu - Manoel Donizetti da Conceição, que afastou
qualquer indício de votação por convicção político-

MINUCI DEPEDRASSI,
partidária para obter benefícios pessoais, vez que pertencia
ao mesmo partido do concorrente de Jorge Menezes e, mesmo

CESARAUGUSTO
sendo ameaçado de expulsão do partido (PPS), votou no
vereador de partido diverso (cf. fls. 222 do inquérito civil
em apenso).

por CLAUDIO
por MARCOS

12. Com efeito, pelo conjunto


digitalmente

probatório carreado aos autos, não há dúvidas da prática de


digitalmente

improbidade administrativa, diante da promessa do vereador


assinado

Jorge Menezes em distribuir cargos entre os vereadores que o


assinado

apoiassem, em troca dos votos necessários à sua eleição.


original,

Além disso, quanto à individualização


original,

das condutas dos demais participantes do grupo de


dodo
cópia

vereadores, então corréus, que aderiram ao citado acordo, a


documentoé écópia

prova restou patente com as respectivas assinaturas, às fls.


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2 0/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 91
fls. 26

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1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


154 do inquérito civil em apenso, de: Muhamad Alahmar,

24CB561.
Alessandra Trigo Alves, Paulo Roberto Ambrósio, Walter
Farath Júnior, Jorge Abdanur Estephan, Aparecido Carlos dos
Santos, José Carlos marinho, Nelson Massoni Ohno, Antonio
Carlos Parise e Manoel Donizetti Conceição.

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


É bem de ver que a conduta realizada

protocolado
entre os vereadores em troca de vantagens pessoais,

.
desconsiderando as convicções e propostas políticas, feriu

às 17:47
os princípios da administração pública.

de Sao Paulo,
em 28/01/2015
Note-se que mesmo aqueles corréus que
não conseguiram dar posse aos seus indicados cometeram ato

do Estado
ímprobo, pois praticaram exercício do voto em troca de

autos
promessa de benefícios futuros.

Justica
de nos
Ora, uma vez eleitos pela vontade

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
popular que neles depositou a confiança de colocar em

SOUSA e Tribunal
prática as propostas apresentadas, exercer o mandato eletivo

MINUCI DEPEDRASSI,
para obter vantagens pessoais, fere de sobremaneira diversos
princípios da administração pública, como o da legalidade,

CESARAUGUSTO
finalidade, indisponibilidade, razoabilidade e
impessoalidade, sobretudo o princípio da moralidade
administrativa.

Muito bem exposta à situação sob por CLAUDIO


por MARCOS
análise, a declaração de voto vencido, sob Relatoria do Des.
digitalmente

José Luiz Germano (agravo de instrumento nº


digitalmente

994.09.380.746-0):
assinado

“No caso presente houve evidente burla legal e afronta à Constituição. A liberdade
assinado

de nomeação dada pela lei aos cargos em questão não foi para que fossem com ela
feitos acordos espúrios que redundam em ineficiência da máquina administrativa.
original,

A razão de ser dessa liberdade era permitir que fossem escolhidas pessoas capazes
original,

e confiáveis para assessorar o Presidente da Câmara. (...) Como se vê, houve


dodo

evidente abuso de liberdade de nomeação dos cargos de assessoria, o que


cópia

constituem ilicitude. Um vereador não pode usar o carro da Câmara para assuntos
documentoé écópia

particulares. Todos concordam com isso. E por que poderia um vereador usar
os cargos da Câmara para obter vantagem pessoal, como a eleição para a
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2 1/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 92
fls. 27

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


Presidência ou a simples acomodação de aliados políticos, para com isso ter
mais poder? Quem não pode usar os carros indevidamente também não pode

24CB561.
usar os cargos indevidamente. Não há diferença essencial nessas duas
situações. As negociatas políticas existem e sempre existirão. Porém, a existência
de um a coisa não a torna certou ou lícita. Sempre vão existir crimes. Mas nem por
isso eles deixarão de ser combatidos porque ilícitos” (fls. 2181/2183).

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


Assim, cabível a responsabilização de

protocolado
todos eles pelo cometimento de atos de improbidade

.
administrativa, notadamente violação dos princípios que

às 17:47
regem a Administração Pública, nos termos do art. 11, caput,

de Sao Paulo,
da Lei nº 8.429/92, hipótese para a qual não se exige a

em 28/01/2015
prova da existência de dolo específico ou culpa, tampouco

do Estado
lesão ao erário, consoante os seguintes precedentes deste E.
Tribunal e do C. Superior Tribunal de Justiça:

autos
Justica
de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
Apelação / Improbidade Administrativa 0019799-05.2011.8.26.0047

liberado
SOUSA e Tribunal
Relator(a): Maria Laura Tavares
Comarca: Assis

MINUCI DEPEDRASSI,
Órgão julgador: 5ª Câmara de Direito Público
Data do julgamento: 28/07/2014
Data de registro: 31/07/2014
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - Ação Civil Pública Improbidade Administrativa

CESARAUGUSTO
Alegação de pagamentos indevidos ao Prefeito por Secretário Municipal
Preliminar de ilegitimidade passiva que se refere ao mérito da questão Existência
de provas dos pagamentos Enriquecimento ilícito em razão do cargo e violação

por CLAUDIO
aos princípios da Administração Pública Ato de improbidade administrativa
caracterizado Arts. 9º e 11 da Lei 8.429/92 Desnecessidade de lesão ao erário por MARCOS
Penas que devem corresponder à efetiva lesividade da conduta - Recurso do réu
Ézio Spera improvido e recurso do réu Rubens Cruz parcialmente provido.
digitalmente
digitalmente

Apelação / Improbidade Administrativa 0000015-58.2009.8.26.0420


Relator(a): Camargo Pereira
assinado

Comarca: Avaré
assinado

Órgão julgador: 3ª Câmara de Direito Público


original,

Data do julgamento: 29/04/2014


original,

Data de registro: 29/04/2014


Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE IMPROBIDADE
dodo

ADMINISTRATIVA FRAUDE EM LICITAÇAO SERVIÇOS DE


cópia
documentoé écópia

TRANSPORTE ESCOLAR. Ato de improbidade administrativa tipificado no art.


10, VIII e art. 11, "caput" da Lei nº 8.429/92. Lesão a princípios administrativos
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2 2/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 93
fls. 28

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


contidos no art. 11 da Lei nº 8.429/92 não exige dolo ou culpa na conduta do
agente nem prova da lesão ao erário público. Basta a simples ilicitude ou

24CB561.
imoralidade administrativa para restar configurado o ato de improbidade.
APRECIAÇÃO PELO PODER JUDICIÁRIO DE QUESTÕES QUE FORAM
OBJETO DE PRONUNCIAMENTO PELO TRIBUNAL DE CONTAS. Fato que
não inibe a atuação do Poder Judiciário, visto que não se trata de rejulgamento
pela Justiça Comum, porque o Tribunal de Contas é Órgão Administrativo e não
judicante, e sua denominação de Tribunal e a expressão julgar, ambas são

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


equívocas. Precedente o E. Superior Tribunal de Justiça. Sentença mantida.
Recursos não providos.

protocolado
às 17:47 .
Apelação / Improbidade Administrativa 0101604-75.2004.8.26.0515

de Sao Paulo,
Relator(a): Marcelo Semer

em 28/01/2015
Comarca: Rosana
Órgão julgador: 10ª Câmara de Direito Público
Data do julgamento: 19/05/2014

do Estado
Data de registro: 20/05/2014
Ementa: APELAÇÃO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. Réu que se

autos
aproveitava de seu cargo para realizar transações de gado com os proprietários do

Justica
de nos
assentamento onde trabalhava, inclusive com a utilização de veículo oficial. Prova

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


testemunhal suficiente. Ato violador dos princípios da Administração Pública,

liberado
SOUSA e Tribunal
nos termos do art. 11, caput, da Lei 8.249/92. Desnecessidade de comprovação
de danos ao erário. Danos materiais insuscetíveis de apuração precisa. Recursos

MINUCI DEPEDRASSI,
improvidos.

ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE

CESARAUGUSTO
DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA. CARACTERIZAÇÃO DE LESÃO A PRINCÍPIOS
ADMINISTRATIVOS. ART. 11 DA LIA. DESNECESSIDADE DE

por CLAUDIO
INTENÇÃO ESPECÍFICA E DE DANO AO ERÁRIO. SUFICIÊNCIA DO
DOLO GENÉRICO DE SE CONDUZIR DELIBERADAMENTE CONTRA por MARCOS
AS NORMAS. SANÇÕES DO ART. 12 DA LEI DE IMPROBIDADE.
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE INOBSERVADOS.
digitalmente

READEQUAÇÃO DAS SANÇÕES IMPOSTAS. PRECEDENTES DO STJ.


1. O afastamento da pena de perda da função pública e a redução da sanção de
digitalmente

suspensão dos direito políticos de 8 (oito) anos para 3 (três) anos observou os
princípios da proporcionalidade e razoabilidade e levou em conta, para tanto, a
assinado

conduta dos réus, ora agravantes, assentada pelo Tribunal de origem.


assinado

2. Agravo regimental não provido. (AgRg nos EDcl no AREsp 33898 / RS, Rel.
Min. Benedito Gonçalves, j. em 02.05.2013)
original,
original,
dodo

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


cópia
documentoé écópia

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. FRACIONAMENTO DE COMPRAS.


BURLA À LEI DE LICITAÇÕES. ART. 11 DA LEI 8.429/1992.
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2 3/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 94
fls. 29

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


CONFIGURAÇÃO DO DOLO GENÉRICO. PRESCINDIBILIDADE DE
DANO AO ERÁRIO. COMINAÇÃO DAS SANÇÕES. ART. 12 DA LIA.

24CB561.
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. SÚMULA
7/STJ.
1. A caracterização do ato de improbidade por ofensa a princípios da
administração pública exige a demonstração do dolo lato sensu ou genérico.
Precedentes.
2. O ilícito previsto no art. 11 da Lei 8.249/1992 dispensa a prova de dano,

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


segundo a jurisprudência desta Corte.
3. Modificar o quantitativo da sanção aplicada pela instância de origem enseja

protocolado
reapreciação dos fatos e da prova, obstado nesta instância especial (Súmula

.
7/STJ).

às 17:47
4. Recurso especial não provido. (REsp 1323503 / SC, Rel. Min. Eliana Calmon, j.

de Sao Paulo,
em 25.06.2013)

em 28/01/2015
do Estado
13. Ante o reconhecimento da
improbidade, com fulcro no art. 11, I da lei nº 8.429/92, as

autos
Justica
penas aplicadas devem ser com base na regra do art. 12, III,

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
combinado com o art. 11, I da lei.

liberado
SOUSA e Tribunal
Assim, ficam mantida as penalidades

MINUCI DEPEDRASSI,
determinadas pelo Juízo de Primeiro Grau, como a perda da
função pública, caso ainda a esteja exercendo, bem como a
suspensão dos direitos políticos por três anos.

CESARAUGUSTO
por CLAUDIO
14. Já quanto à aplicação da multa,
ela é devida, vez que, como visto, comprovou-se infringência por MARCOS

do art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa.


digitalmente

O sentido da aplicação da multa é


digitalmente

desestimular a prática de condutas ilícitas, como as


assinado

praticadas pelos demandados, pois, como é cediço, os danos


assinado

vislumbrados incidiram no aspecto jurídico e moral.


original,

Corroborando com o acima exposto, bem


original,

leciona o Prof. Luiz Flávio Gomes, diferenciando a reparação


dodo
cópia

de danos, com a multa:


documentoé écópia
Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2 4/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 95
fls. 30

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


“A multa civil é um plus ao dever de indenizar. Enquanto o ressarcimento tem
como finalidade repor prejuízos sofridos pelo Poder Público (erário), a imposição

24CB561.
de uma pena desa natureza tem como objetivo impor aos causadores do dano um
prejuízo de natureza financeira (além do dever de resarcir), que tanto pode ter
como base de cálculo o acréscimo patrimonial, o valor do dano ou o valor da
remuneração percebido pelo agente, dependendo do enquadramento legal (arts. 9º,
10 e ou 1). (Comentários à Lei de Improbidade Administrativa. 1ª ed. SP: RT,
2010, p. 185/186).

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


Contudo, apenas um reparo merece a r.

protocolado
sentença, no tocante ao montante arbitrado, que em atenção

às 17:47 .
ao princípio da proporcionalidade, necessário sua diminuição

de Sao Paulo,
para 03 (três) vezes a última remuneração mensal percebida

em 28/01/2015
por cada corréu, corrigida monetariamente, de acordo com a
Tabela Prática deste Eg. Tribunal de Justiça, acrescida de

do Estado
juros de mora no patamar de 12% ao ano, a partir da citação

autos
(art. 219 do Código de Processo Civil).

Justica
de nos
Quanto ao cabimento da multa, bem

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
SOUSA e Tribunal
como sua necessária redução, segue entendimento desta C. 2ª

MINUCI DEPEDRASSI,
Câmara de Direito Público:

Relator(a): José Luiz Germano

CESARAUGUSTO
Comarca: São Simão
Órgão julgador: 2ª Câmara de Direito Público
Data do julgamento: 03/05/201
Data de registro: 29/06/201

por CLAUDIO
Outros números: 9010626353
Ementa: AÇAO CIVIL PÚBLICA - CARGOS EM COMISÃO Criação por lei por MARCOS
municipal Funções que destoam do termo "assessoramento, chefia ou direção"
exigido para tais cargos, nos termos do art. 37, V, da Constituição Federal -
Caracterização de desvio de função. Condenação ao ressarcimento ao erário
digitalmente

inviável, pois não há provas de que tenha havido efetivo prejuízo económico ao
digitalmente

Município, na medida em que não houve comprovação de que os servidores não


prestaram os serviços para os quais foram contratados. Aplicação de multa com
base no art. 12, II da Lei n° 8.429/92. Valor reduzido porque exageradamente
assinado

fixado. Recursos providos em parte.


assinado
original,

15. Considera-se prequestionada toda


original,

matéria infraconstitucional e constitucional aventada,


dodo

observado que é desnecessária a citação numérica dos


cópia
documentoé écópia

dispositivos legais, bastando que a questão posta tenha sido


Este documento

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2 5/26


Este
. em 28/05/2018 às 08:44 , sob o número WMOZ18700103675
fls. 96
fls. 31

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

1000925-12.2018.8.26.0369 e código RI000000O00RV.


analisada.

24CB561.
Isto posto, conheço os recursos, mas
nego provimento ao agravo retido, bem como aos recursos de
Muhamad Alahmar, Alessandra Trigo Alves, Paulo Roberto

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0020535-56.2009.8.26.0576


Ambrósio, Jorge Abdanur Estephan, Aparecido Carlos dos

protocolado
Santos, José Carlos Marinho, Antonio Carlos Parise e Manoel

às 17:47 .
Donizetti Conceição; dando provimento, em parte mínima, aos

de Sao Paulo,
recursos de Jorge Menezes, Walter Farath Júnior e Nelson

em 28/01/2015
Massoni Ohno, apenas para adequar a multa imposta para 03
(três) vezes a última remuneração mensal percebida por cada

do Estado
corréu, corrigida monetariamente, de acordo com a Tabela

autos
Prática deste Eg. Tribunal de Justiça, acrescidos de juros

Justica
de mora no patamar de 12% ao ano, a partir da citação (art.

de nos
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
liberado
219 do Código de Processo Civil). No mais, fica mantida a

SOUSA e Tribunal
bem lançada sentença de fls. 2680/2699vº.

MINUCI DEPEDRASSI,
Cláudio Augusto Pedrassi

CESARAUGUSTO
Relator

cópia
documentoé écópia
Este documento original,
original,
dodo digitalmente
assinado
assinado por CLAUDIO
por MARCOS
digitalmente

Apelação nº 0020535-56.2009.8.26.0576 - São José do Rio Preto - VOTO Nº 8940 2 6/26


Este
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 29/05/2018 às 09:31 , sob o número WMOZ18700105015
fls. 97

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE MONTE


APRAZÍVEL – SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24DCD75.
Mandado de Segurança nº 1000925-12.2018.8.26.0369

Nelson Luiz Aranjuez Montoro, já qualificado nos autos da ação


anulatória promovida em face da Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro, feito em
epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, para requerer a juntada do
incluso substabelecimento sem reservas de poderes aos advogados Alberto Luis Mendonça
Rollo, inscrito na OAB/SP sob nº 114.295 e Arthur Luis Mendonça Rollo, inscrito na OAB/SP sob
nº 153.769, ambos com escritório na Rua Berta, nº 87, Vila Mariana, São Paulo.

Doravante, e sob pena de nulidade (art. 272, §2º, do CPC), as


intimações deverão constar exclusivamente os nomes dos advogados substabelecidos.

Termos em que

P. Deferimento.

São José do Rio Preto, 28 de maio de 2018.

Marcos César Minuci de Sousa


OAB/SP 129.397

Rua Antonio dos Santos D’ Andrade, nº , sala 1 – Galeria Blessed, São José do Rio Preto/SP – CEP 15.085-343
(17) 99739-4751 - 3216-2228
fls. 98

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCOS CESAR MINUCI DE SOUSA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 29/05/2018 às 09:31 , sob o número WMOZ18700105015 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24DCD77.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ARTHUR LUIS MENDONCA ROLLO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/05/2018 às 14:10 , sob o número WMOZ18700107204
fls. 99

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24F2332.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA
CIVEL DO FORO DA COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL.

Mandado de Segurança n° 1000925-12.2018.8.26.0369

NELSON LUIZ ARANJUES


MONTORO, devidamente qualificado nos
autos do Mandado de Segurança, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência expor e requerer o que segue:

Requer a juntada do
SUBSTABELECIMENTO, em anexo, procedendo-se nos autos as devidas anotações,
bem como a inclusão em sistema do advogado do Dr. João Fernando Lopes de
Carvalho, inscrito nos quadros da OABSP sob o nº 93.989, Dr. Alberto Luis
Mendonça Rollo, inscrito nos quadros da OABSP sob n° 114.295 e Dr. Arthur Luis

Rua Berta, 87 – Vila Mariana – São Paulo – CEP 04120-040 - Tel.: (11) 5908-8818
www.albertorollo.com.br
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ARTHUR LUIS MENDONCA ROLLO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/05/2018 às 14:10 , sob o número WMOZ18700107204
fls. 100

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24F2332.
Mendonça Rollo, inscrito nos quadros da OABSP sob n° 153.769 para que todas as
publicações sejam feitas em seus nomes, sob pena de nulidade com fundamento no
artigo 272, § 2° do Código de Processo Civil.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 30 de maio de 2018.

Arthur Luis Mendonça Rollo


OAB/SP nº 153.769

Rua Berta, 87 – Vila Mariana – São Paulo – CEP 04120-040 - Tel.: (11) 5908-8818
www.albertorollo.com.br
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ARTHUR LUIS MENDONCA ROLLO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 30/05/2018 às 14:10 , sob o número WMOZ18700107204
fls. 101

SUBSTABELECIMENTO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 24F233C.
COM RESERVA de iguais poderes,
substabeleço aqueles que me foram conferidos por NELSON LUIZ ARANJUES
MONTORO na pessoa dos advogados JOÃO FERNANDO LOPES DE
CARVALHO, brasileiro, casado, inscrito nos quadros da OABSP sob n° 93.989 e no
CPF n° 105.769.008-26, MARIA DO CARMO ALVARES DE ALMEIDA
PASQUALUCCI , brasileira, casada, inscrita nos quadros da OABSP sob n° 138.981 e
CPF n° 941.764.778-49, MARIÂNGELA FERREIRA CORRÊA TAMASO,
brasileira, casada, inscrita nos quadras da OABSP sob n° 200.039 e no CPF n°
290.318.498-47, LETICIA COSTA ROMANO, brasileira, solteira, inscrita nos
quadros da OABSP sob n° 378.190 e CPF n° 344.295.978-04 e THAIS CRUZ
MOTTA, brasileira, solteira, inscrita nos quadros da OABSP sob o n° 388.586 e no
CPF n° 376.152.438-23, todas profissionais com endereço e escritório na Rua Berta n
87, Vila Mariana – São Paulo – SP para a defesa dos interesses processuais do
constituinte acima referido, no seguinte processo:

2ª Vara do Foro de Monte Aprazível


Mandado de Segurança n° 1000925-12.2018.8.26.0369

Arthur Luis Mendonça Rollo


OABSP nº 153.769
fls. 102

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25237D8.
DECISÃO

Processo Digital nº: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe - Assunto Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIS GONCALVES DA CUNHA JUNIOR, liberado nos autos em 06/06/2018 às 09:01 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luis Gonçalves da Cunha Júnior

Vistos.

1. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da ordem


ao final não tornará inócuo o provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por
oportuno, que o rito do “mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência
poderá ser executada provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando,
portanto, o “periculum in mora” aludido a fls. 08/09.
2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora,
para informações no prazo de 10 dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09.
3. Cientifique-se, na forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o
órgão de representação judicial do Município de Monte Aprazível, pessoa jurídica de direito
público a que vinculada a autoridade apontada como coatora, para que, querendo, ingresse no feito.
4. Com fundamento no mesmo dispositivo legal, considerando a
denominada “personalidade judiciária” da Câmara dos Vereadores para defender suas atribuições
em juízo, cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que, querendo, ingresse
no feito.
5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei
12016/09.
6. Nos termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de
informações estipulados no item “2”, abra-se vista ao Ministério Público para manifestação em 10
dias, facultada a reiteração do parecer de fls. 25/28 que já aborda o mérito da causa, tornando
conclusos para sentença após o decurso, com ou sem cota.
7. Int. Cumpra-se.
Monte Aprazivel, 05 de junho de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 103

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2528008.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital nº: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe – Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAMIL ELIAS JORGE JUNIOR, liberado nos autos em 06/06/2018 às 11:03 .
CERTIDÃO - Ato Ordinatório

Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,


preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): ao impetrante recolher o valor
de R$231,30(diligência do oficial de justiça) para cumprimento
da r. Decisão de fls. 102. Nada Mais. Monte Aprazivel, 06 de
junho de 2018. Eu, ___, Jamil Elias Jorge Junior, Escrevente
Técnico Judiciário.
fls. 104

Foro de Monte Aprazível Emitido em: 06/06/2018 13:31


Certidão - Processo 1000925-12.2018.8.26.0369 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 252B4AE.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0659/2018, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Alberto Luis Mendonca Rollo (OAB 114295/SP) D.J.E
Arthur Luís Mendonça Rollo (OAB 153769/SP) D.J.E

Teor do ato: "Vistos. 1. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da ordem ao final não
tornará inócuo o provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno, que o rito do
"mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência poderá ser executada
provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o "periculum in mora" aludido a
fls. 08/09. 2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora, para informações no prazo de 10
dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09. 3. Cientifique-se, na forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAIR CAROPREZO, liberado nos autos em 06/06/2018 às 13:31 .
órgão de representação judicial do Município de Monte Aprazível, pessoa jurídica de direito público a que
vinculada a autoridade apontada como coatora, para que, querendo, ingresse no feito. 4. Com fundamento no
mesmo dispositivo legal, considerando a denominada "personalidade judiciária" da Câmara dos Vereadores
para defender suas atribuições em juízo, cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que,
querendo, ingresse no feito. 5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei 12016/09. 6. Nos
termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de informações estipulados no item "2", abra-se vista ao
Ministério Público para manifestação em 10 dias, facultada a reiteração do parecer de fls. 25/28 que já aborda o
mérito da causa, tornando conclusos para sentença após o decurso, com ou sem cota. 7. Int. Cumpra-se."

Do que dou fé.


Monte Aprazivel, 6 de junho de 2018.

Jair Caroprezo
fls. 105

Foro de Monte Aprazível Emitido em: 06/06/2018 13:31


Certidão - Processo 1000925-12.2018.8.26.0369 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 252B4BA.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0659/2018, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Alberto Luis Mendonca Rollo (OAB 114295/SP) D.J.E
Arthur Luís Mendonça Rollo (OAB 153769/SP) D.J.E

Teor do ato: "CERTIDÃO - Ato OrdinatórioCertifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,
preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s) seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): ao impetrante
recolher o valor de R$231,30(diligência do oficial de justiça) para cumprimento da r. Decisão de fls. 102. Nada
Mais."

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAIR CAROPREZO, liberado nos autos em 06/06/2018 às 13:31 .
Do que dou fé.
Monte Aprazivel, 6 de junho de 2018.

Jair Caroprezo
fls. 106

Foro de Monte Aprazível Emitido em: 07/06/2018 13:26


Certidão - Processo 1000925-12.2018.8.26.0369 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 253B1A7.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0659/2018, foi disponibilizado na página
2207/2211 do Diário da Justiça Eletrônico em 07/06/2018. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Alberto Luis Mendonca Rollo (OAB 114295/SP)
Arthur Luís Mendonça Rollo (OAB 153769/SP)

Teor do ato: "Vistos. 1. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da ordem ao final não
tornará inócuo o provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno, que o rito do
"mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência poderá ser executada
provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o "periculum in mora" aludido a

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAIR CAROPREZO, liberado nos autos em 07/06/2018 às 13:26 .
fls. 08/09. 2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora, para informações no prazo de 10
dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09. 3. Cientifique-se, na forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o
órgão de representação judicial do Município de Monte Aprazível, pessoa jurídica de direito público a que
vinculada a autoridade apontada como coatora, para que, querendo, ingresse no feito. 4. Com fundamento no
mesmo dispositivo legal, considerando a denominada "personalidade judiciária" da Câmara dos Vereadores
para defender suas atribuições em juízo, cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que,
querendo, ingresse no feito. 5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei 12016/09. 6. Nos
termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de informações estipulados no item "2", abra-se vista ao
Ministério Público para manifestação em 10 dias, facultada a reiteração do parecer de fls. 25/28 que já aborda o
mérito da causa, tornando conclusos para sentença após o decurso, com ou sem cota. 7. Int. Cumpra-se."

Monte Aprazível, 7 de junho de 2018.

Jair Caroprezo
Escrevente Técnico Judiciário
fls. 107

Foro de Monte Aprazível Emitido em: 07/06/2018 13:26


Certidão - Processo 1000925-12.2018.8.26.0369 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 253B1AC.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0659/2018, foi disponibilizado na página
2207/2211 do Diário da Justiça Eletrônico em 07/06/2018. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Alberto Luis Mendonca Rollo (OAB 114295/SP)
Arthur Luís Mendonça Rollo (OAB 153769/SP)

Teor do ato: "CERTIDÃO - Ato OrdinatórioCertifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,
preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s) seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): ao impetrante
recolher o valor de R$231,30(diligência do oficial de justiça) para cumprimento da r. Decisão de fls. 102. Nada
Mais."

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAIR CAROPREZO, liberado nos autos em 07/06/2018 às 13:26 .
Monte Aprazível, 7 de junho de 2018.

Jair Caroprezo
Escrevente Técnico Judiciário
fls. 108

Foro de Monte Aprazível Emitido em: 07/06/2018 13:33


Certidão - Processo 1000925-12.2018.8.26.0369 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 253B3E9.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0668/2018, foi disponibilizado na página
2214/2215 do Diário da Justiça Eletrônico em 07/06/2018. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
Alberto Luis Mendonca Rollo (OAB 114295/SP)
Arthur Luís Mendonça Rollo (OAB 153769/SP)

Teor do ato: "Decisão de fls. 102 Vistos. 1. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da
ordem ao final não tornará inócuo o provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno,
que o rito do mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência poderá ser executada
provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o periculum in mora aludido a

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAIR CAROPREZO, liberado nos autos em 07/06/2018 às 13:34 .
fls. 08/09. 2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora, para informações no prazo de 10
dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09. 3. Cientifique-se, na forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o
órgão de representação judicial do Município de Monte Aprazível, pessoa jurídica de direito público a que
vinculada a autoridade apontada como coatora, para que, querendo, ingresse no feito. 4. Com fundamento no
mesmo dispositivo legal, considerando a denominada personalidade judiciária da Câmara dos Vereadores
para defender suas atribuições em juízo, cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que,
querendo, ingresse no feito. 5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei 12016/09. 6. Nos
termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de informações estipulados no item 2 , abra-se vista ao
Ministério Público para manifestação em 10 dias, facultada a reiteração do parecer de fls. 25/28 que já aborda o
mérito da causa, tornando conclusos para sentença após o decurso, com ou sem cota. 7. Int. Cumpra-se"

Monte Aprazível, 7 de junho de 2018.

Jair Caroprezo
Escrevente Técnico Judiciário
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/06/2018 às 17:34 , sob o número WMOZ18700118680
fls. 109

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 259BEA3.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA
CIVEL DO FORO DA COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL.

Mandado de Segurança n° 1000925-12.2018.8.26.0369

NELSON LUIZ ARANJUES


MONTORO, devidamente qualificado nos
autos do Mandado de Segurança, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência em cumprimento a decisão de
fls., requerer a juntada da guia de recolhimento referente à condução de oficial de
justiça devidamente quitada.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 14 de junho de 2018.

Mariângela Ferreira Corrêa Tamaso


OAB/SP nº 200.039

Rua Berta, 87 – Vila Mariana – São Paulo – CEP 04120-040 - Tel.: (11) 5908-8818
www.albertorollo.com.br
fls. 110

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/06/2018 às 17:34 , sob o número WMOZ18700118680 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 259BEA6.
fls. 111

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/06/2018 às 17:34 , sob o número WMOZ18700118680 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 259BEA6.
fls. 112

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25A2D57.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAMIL ELIAS JORGE JUNIOR, liberado nos autos em 15/06/2018 às 10:57 .
CERTIDÃO - Ato Ordinatório

Certifico e dou fé que pratiquei o seguinte ato ordinatório, nos


termos do art. 203, § 4º, do CPC: para cumprimento da r.
Decisão de fls. 102. Nada Mais. Monte Aprazivel, 15 de junho
de 2018. Eu, ___, Jamil Elias Jorge Junior, Escrevente Técnico
Judiciário.
fls. 113

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
RUA MONTEIRO LOBATO, Nº 269, Monte Aprazivel-SP - CEP
15150-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25A3D73.
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO E REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES EM MANDADO
DE SEGURANÇA

Processo Digital nº: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe – Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 369.2018/002745-8

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELO LIRA GARCIA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 13:27 .
Pessoa(s) a ser(em) notificada(s):
Ao Presidente da CÂMARA MUNICIPAL DE MONTE APRAZÍVEL, CNPJ
51.848.497/0001-33. Com endereço à Praça São João, 161, CEP 15150-000, Monte Aprazivel
- SP

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 2ª Vara do Foro de Monte Aprazível, Dr(a). Luis Gonçalves
da Cunha Júnior, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,


expedido nos autos da ação em epígrafe, proceda à

NOTIFICAÇÃO do(a) impetrado(a) supracitado(a) dos atos e termos da ação proposta, para fins
do disposto no artigo 7º, inciso I, da Lei 12.016/2009, entregando-lhe cópia da petição inicial e
dos documentos apresentados que seguem anexos, e para que PRESTE AS INFORMAÇÕES
sobre o alegado no prazo de 10 (dez) dias, de acordo com a r. decisão de seguinte teor: “Vistos.
1. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da ordem ao final não tornará inócuo o
provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno, que o rito do
"mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência poderá ser executada
provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o "periculum in
mora" aludido a fls. 08/09. 2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora, para
informações no prazo de 10 dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09. 3. Cientifique-se, na
forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o órgão de representação judicial do Município de Monte
Aprazível, pessoa jurídica de direito público a que vinculada a autoridade apontada como coatora,
para que, querendo, ingresse no feito. 4. Com fundamento no mesmo dispositivo legal,
considerando a denominada "personalidade judiciária" da Câmara dos Vereadores para defender
suas atribuições em juízo, cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que,
querendo, ingresse no feito. 5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei
12016/09. 6. Nos termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de informações estipulados
no item "2", abra-se vista ao Ministério Público para manifestação em 10 dias, facultada a
reiteração do parecer de fls. 25/28 que já aborda o mérito da causa, tornando conclusos para
sentença após o decurso, com ou sem cota. 7. Int. Cumpra-se..”

CUMPRA-SE, observadas as formalidades legais. Monte Aprazivel. 15 de junho de 2018.


fls. 114

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COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
RUA MONTEIRO LOBATO, Nº 269, Monte Aprazivel-SP - CEP
15150-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25A3D73.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

DILIGÊNCIA: Guia nº 488 - R$ 231,30 cópia

Advogado: Dr(a). Alberto Luis Mendonca Rollo e Arthur Luís Mendonça Rollo, OAB nº
114295/SP e 153769/SP
Endereço: RUA BERTA, 87, VILA MARIANA - CEP 04120-040, São Paulo-SP e RUA BERTA,
87, VILA MARIANA - CEP 04120-040, São Paulo-SP
Fone: (11)59088818 e (11)59088818

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELO LIRA GARCIA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 13:27 .
Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A
identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional,
obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a
quem lhe esteja prestando auxilio: Pena detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no
exercício da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. “Texto extraído do Código
Penal, artigos 329 “caput” e 331.

*36920180027458*
fls. 115

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FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
RUA MONTEIRO LOBATO, Nº 269, Monte Aprazivel-SP - CEP
15150-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25A3D84.
MANDADO DE CIENTIFICAÇÃO

Processo Digital nº: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe – Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 369.2018/002746-6

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELO LIRA GARCIA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 13:27 .
Pessoa(s) a ser(em) cientificada(s):
PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTE APRAZÍVEL, CNPJ 53.221.701/0001-17. Com
endereço à Praça São João, 117, CEP 15150-000, Monte Aprazivel - SP

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 2ª Vara do Foro de Monte Aprazível, Dr(a). Luis Gonçalves
da Cunha Júnior, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,


expedido nos autos em epígrafe, proceda à

CIENTIFICAÇÃO do órgão supracitado dos atos e termos da ação proposta, para fins do
disposto no artigo 7º, inciso II, da Lei 12.016/2009, conforme cópia da petição inicial que segue
anexa e deste passa a fazer parte integrante, para que, querendo, ingresse no feito, e de acordo
com a r. decisão que apreciou o pedido de LIMINAR, cujo teor segue transcrito: Vistos. 1.
INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da ordem ao final não tornará inócuo o
provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno, que o rito do
"mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência poderá ser executada
provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o "periculum in
mora" aludido a fls. 08/09. 2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora, para
informações no prazo de 10 dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09. 3. Cientifique-se, na
forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o órgão de representação judicial do Município de Monte
Aprazível, pessoa jurídica de direito público a que vinculada a autoridade apontada como coatora,
para que, querendo, ingresse no feito. 4. Com fundamento no mesmo dispositivo legal,
considerando a denominada "personalidade judiciária" da Câmara dos Vereadores para defender
suas atribuições em juízo, cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que,
querendo, ingresse no feito. 5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei
12016/09. 6. Nos termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de informações estipulados
no item "2", abra-se vista ao Ministério Público para manifestação em 10 dias, facultada a
reiteração do parecer de fls. 25/28 que já aborda o mérito da causa, tornando conclusos para
sentença após o decurso, com ou sem cota. 7. Int. Cumpra-se..

CUMPRA-SE, observadas as formalidades legais. Monte Aprazivel, 15 de junho de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 116

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
RUA MONTEIRO LOBATO, Nº 269, Monte Aprazivel-SP - CEP
15150-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25A3D84.
DILIGÊNCIA: Guia nº 488 - R$ 231,30

Advogado: Dr(a). Alberto Luis Mendonca Rollo e Arthur Luís Mendonça Rollo, OAB nº
114295/SP e 153769/SP
Endereço: . Com endereço à RUA BERTA, 87 e RUA BERTA, 87
Fone: (11)59088818 e (11)59088818

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A
identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional,
obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a
quem lhe esteja prestando auxilio: Pena detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELO LIRA GARCIA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 13:27 .
da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. “Texto extraído do Código Penal,
artigos 329 “caput” e 331.

*36920180027466*
fls. 117

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
RUA MONTEIRO LOBATO, Nº 269, Monte Aprazivel-SP - CEP
15150-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25A3D89.
MANDADO DE CIENTIFICAÇÃO

Processo Digital nº: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe – Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro
Oficial de Justiça: *
Mandado nº: 369.2018/002747-4

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELO LIRA GARCIA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 13:27 .
Pessoa(s) a ser(em) cientificada(s):
Representante Judicial da CÂMARA DOS VEREADORES DO MUNICIPAL DE MONTE
APRAZÍVEL, CNPJ 51.848.497/0001-33. Com endereço à Praça São João, 161, CEP
15150-000, Monte Aprazivel - SP

O(A) MM. Juiz(a) de Direito do(a) 2ª Vara do Foro de Monte Aprazível, Dr(a). Luis Gonçalves
da Cunha Júnior, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao presente,


expedido nos autos em epígrafe, proceda à

CIENTIFICAÇÃO do órgão supracitado dos atos e termos da ação proposta, para fins do
disposto no artigo 7º, inciso II, da Lei 12.016/2009, conforme cópia da petição inicial que segue
anexa e deste passa a fazer parte integrante, para que, querendo, ingresse no feito, e de acordo
com a r. decisão que apreciou o pedido de LIMINAR, cujo teor segue transcrito: Vistos. 1.
INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da ordem ao final não tornará inócuo o
provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno, que o rito do
"mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência poderá ser executada
provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o "periculum in
mora" aludido a fls. 08/09. 2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora, para
informações no prazo de 10 dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09. 3. Cientifique-se, na
forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o órgão de representação judicial do Município de Monte
Aprazível, pessoa jurídica de direito público a que vinculada a autoridade apontada como coatora,
para que, querendo, ingresse no feito. 4. Com fundamento no mesmo dispositivo legal,
considerando a denominada "personalidade judiciária" da Câmara dos Vereadores para defender
suas atribuições em juízo, cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que,
querendo, ingresse no feito. 5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei
12016/09. 6. Nos termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de informações estipulados
no item "2", abra-se vista ao Ministério Público para manifestação em 10 dias, facultada a
reiteração do parecer de fls. 25/28 que já aborda o mérito da causa, tornando conclusos para
sentença após o decurso, com ou sem cota. 7. Int. Cumpra-se..

CUMPRA-SE, observadas as formalidades legais. Monte Aprazivel, 15 de junho de 2018.


fls. 118

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
RUA MONTEIRO LOBATO, Nº 269, Monte Aprazivel-SP - CEP
15150-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25A3D89.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

DILIGÊNCIA: Guia nº 488 - R$ 231,30

Advogado: Dr(a). Alberto Luis Mendonca Rollo e Arthur Luís Mendonça Rollo, OAB nº
114295/SP e 153769/SP
Endereço: . Com endereço à RUA BERTA, 87 e RUA BERTA, 87
Fone: (11)59088818 e (11)59088818

Art. 105, III, das NSCGJ: “É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELO LIRA GARCIA, liberado nos autos em 18/06/2018 às 13:27 .
identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional,
obrigatória em todas as diligências".
Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a
quem lhe esteja prestando auxilio: Pena detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar funcionário público no exercício
da função ou em razão dela: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. “Texto extraído do Código Penal,
artigos 329 “caput” e 331.

*36920180027474*
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/06/2018 às 17:39 , sob o número WMOZ18700124141
fls. 119

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25F17C5.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA CÍVEL
DA COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL.

Processo n° 1000925-12.2018.8.26.0369

NELSON LUIZ ARANJUES MONTORO,


devidamente qualificado nos autos do mandado
de segurança interposto em face da CÂMARA
MUNICIPAL DE MONTE APRAZÍVEL,
vem requerer a juntada de cópia do agravo de
instrumento interposto em face da decisão que indeferiu o pedido tutela de urgência, bem
como a cópia do comprovante de protocolo, nos termos do art. 1.018 do CPC.

Termos em que,
P. E. Deferimento.
São Paulo, 20 de junho de 2018.

Mariângela Ferreira Corrêa Tamaso


OABSP n 200.039

Rua Berta, 87 – Vila Mariana – São Paulo – CEP 04120-040 - Tel.: (11) 5908-8818
www.albertorollo.com.br
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/06/2018 às 17:39 , sob o número WMOZ18700124141
fls. 120

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25F17C9.
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

NELSON LUIZ ARANJUES MONTORO, devidamente


qualificado no anexo instrumento de procuração, vem,
através de seu advogado que esta subscreve, interpor
recurso de AGRAVO, na modalidade de INSTRUMENTO,
com pedido de efeito ativo com fundamento nos artigos
1.015 e seguintes do Código de Processo Civil, pelas razões deduzidas na anexa minuta, contra a decisão que
indeferiu o pedido liminar, proferida pelo Juiz da 2ª Vara Cível de Monte Aprazível, nos autos do processo
nº 1000925-12.2018.8.26.0369. Por se tratar de processo digital, está dispensado o Agravante de juntar com
o presente recurso cópia das peças obrigatórias nos termos do art. 1017, §5º, seguindo, entretanto as
indispensáveis para a análise das razões recursais.

Requer-se a juntada, a fim de instruir o recurso, da cópia da


petição inicial, bem como dos documentos que a instruíram (dentre os quais a procuração outorgada pelo
agravante), cópia da decisão agravada e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial. A
PROCURAÇÃO OUTORGADA PELA AGRAVADA AOS SEUS ADVOGADOS NÃO ESTÁ
SENDO JUNTADA PORQUE ELA AINDA NÃO FOI CITADA. Declaram-se autênticas as peças ora
juntadas. Requer-se a juntada das anexas guias de custas processuais, devidamente quitadas.

Rua Berta, 87 – Vila Mariana – São Paulo – CEP 04120-040 - Tel.: (11) 5908-8818
www.albertorollo.com.br
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/06/2018 às 17:39 , sob o número WMOZ18700124141
fls. 121

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25F17C9.
Requer-se que as intimações sejam feitas na pessoa dos
advogados: João Fernando Lopes de Carvalho e Arthur Luis Mendonça Rollo, com escritório na Rua Berta,
n 87, Vila Mariana – São Paulo.

Termos em que,
P. E. Deferimento.
São Paulo, 19 de junho de 2018.

Arthur Luis Mendonça Rollo. Mariangela Ferreira Corrêa Tamaso


OABSP nº. 153.769 OABSP nº 200.039.

Rua Berta, 87 – Vila Mariana – São Paulo – CEP 04120-040 - Tel.: (11) 5908-8818
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/06/2018 às 17:39 , sob o número WMOZ18700124141
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25F17C9.
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

Egrégio Tribunal,
Ínclitos Julgadores

Impera a reforma da r. decisão que indeferiu pedido liminar


formulado pelo Agravante em Mandado de Segurança, pelas seguintes razões:

1 – DO CABIMENTO DO AGRAVO. O art. 1.015 do


Novo CPC estabelece expressamente os casos de cabimento
do Recurso de Agravo de Instrumento.

No presente caso o Agravante se insurge contra r. decisão


que negou liminar (tutela de urgência) pleiteada em Mandado de Segurança por ele impetrado contra ato
ilegal praticado pelo Presidente da Câmara Municipal de Monte Aprazível.

Trata-se, portanto, de decisão que trata de tutela provisória,,


hipótese prevista expressamente no inciso I do art. 1015 do NCPC. É, portanto, cabível a interposição do
presente recurso.

2 – RESUMO DOS FATOS. O Agravante impetrou


Mandado de Segurança contra ato ilegal praticado pelo
Presidente da Câmara Municipal de Monte Aprazível,
consistente na inobservância do princípio da legalidade,
insculpido no art. 5º, II da Constituição Federal.

Como relatado em seu mandamus a Câmara Municipal de


Monte Aprazível, ao editar o Decreto Legislativo nº 02/2018, incidiu em evidente ilegalidade, já que o ato foi
praticado com desvio de finalidade, provocando a nulidade do voto e consequentemente a inobservância do
quórum especial exigido para a cassação. (cópia em anexo).

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Pleiteou liminar, com fundamento no art. 7º, III da Lei
12.016/2009, que foi indeferida nos seguintes termos:

“Vistos.1. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da


ordem ao final não tornará inócuo o provimento vindicado (art. 7º ,
III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno, que o rito do
“mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de
procedência poderá ser executada provisoriamente (art. 14, § 3º da
Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o “periculum in
mora” aludido a fls. 08/09.(...)”

Desta r. decisão proferida pelo Juiz “a quo” é que recorre o


Agravante uma vez que, como se verá abaixo, os requisitos para a concessão da liminar foram amplamente
demonstrados e estavam presentes na espécie.

4 – Preceitua o art. 7º da Lei nº 12.016:

“Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:


I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial,
enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos
documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as
informações;
II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da
pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem
documentos, para que, querendo, ingresse no feito;
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o
objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.”

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Ao contrário do que afirma a r. decisão agravada, os requisitos
para a concessão da liminar, nos termos do art. 7º da Lei do Mandado de Segurança, restaram amplamente
demonstrados nos autos.

De acordo com o dispositivo legal, são requisitos para a


concessão da medida a) fundamento relevante e b) periculum in mora/ineficácia da medida.

FUNDAMENTO RELEVANTE

4 – Ao contrário do que afirma a r. decisão agravada, há


relevante fundamento para a impetração do presente
mandamus, qual seja, a nulidade do ato administrativo em
razão de ter sido praticado com desvio de finalidade e em
desrespeito ao ditames do Decreto-Lei nº 201/67.

Há nos autos do mandamus amplo instrumento probatório no


sentido da ilegalidade praticada no processo de cassação do mandato do Agravante.

Extrai-se dos documentos que o Agravante foi processado


administrativamente pela Câmara Municipal de Monte Aprazível em razão da prática de suposta infração
politico-administrativa, consistente em contratação de servidor contra expressa disposição legal.

De acordo com o relatório levado a julgamento pelos edis na


sessão ordinária da Câmara do dia 20 de 14 de maio de 2018, a imputação a ser votada seria se “O
Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro, praticou infração político-
administrativa consistente na contratação contra expressa disposição da Lei?” Essa a conduta supostamente
ilícita atribuída ao impetrante e apenas ela deveria conduzir os votos, ou seja, a finalidade do julgamento
deveria ser a cassação do mandato por conta desta infração política-administrativa.

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Entretanto, outros fatores, que não a prática de infração
político-administrativa, nortearam o voto do Vereador JOÃO CÉLIO FERREIRA, como demonstraram os
documentos anexados ao mandamus, em evidente desvio de finalidade, levando à nulidade do seu voto.

Por consequência da nulidade do voto do Vereador João


Célio Ferreira, temos que o quórum de 2/3 para a cassação do mandato não foi respeitado, sendo nulo,
também por este enfoque, o Decreto de cassação.

Vale destacar que o Decreto nº 02/2018, de cassação do


mandato do Agravante, foi aprovado por 6 (seis) votos a 3 (três), dos 9 (nove) Vereadores do município de
Monte Aprazível.

Como se vê, a cassação do mandato de Prefeito Municipal


do Agravante foi ilegal, porque não ocorreu em razão de infração politico administrativa e o Decreto de
cassação foi aprovado por quórum inferior ao especial previsto no Decreto-Lei nº 201/67.

4.1 – DESVIO DE FINALIDADE. Como mencionado, o


relatório elaborado pela Comissão Processante, opinando pela cassação do mandato do Agravante, apontou a
ocorrência da infração politico-administrativa prevista no art. 4º, inciso VII do Decreto-Lei nº 201/67. Da
ATA DA 3ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DE 14 DE MAIO DE 2018, extrai-se o seguinte balizamento:

“Após encerrada a defesa procedeu-se a votação nominal para o


julgamento da infração articulada na forma do seguinte quesito: ‘O
Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Dr. Nelson Luiz
Aranjues Montoro, praticou infração político-administrativa
consistente na contratação contra expressa disposição de lei?’.
Submetido ao Plenário o pedido de cassação em votação nominal,
conforme o voto de dois terços dos Vereadores, o Presidente da
Câmara Municipal Vereador João Célio Ferreira proclamou o
resultado de ter sido APROVADO o pedido de cassação por 06 (seis)
votos favoráveis, (...)”

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A defesa realizada em Plenário e mesmo aquela oferecida nos
autos do processo administrativo de cassação contestava especificamente a conduta levada a votação e acima
descrita.

Do ponto de vista formal, a Câmara, na sua atribuição julgadora


deve obedecer rigorosamente às disposições legais. Na função de julgar, propriamente dita, a Câmara deve
manter isenção e imparcialidade, atuando como verdadeiros juízes, haja vista a gravidade das consequências,
cabendo ao Poder Judiciário a revisão apenas nos casos em que haja vicio processual ou de vontade.

O vicio processual se refere à observância dos aspectos legais


que norteiam o processo administrativo de cassação de mandato, insculpido no Decreto-Lei nº 201/67, nos
princípios constitucionais e nas normas infra-constitucionais. Refere-se a obrigação de seguir a forma
prescrita em lei, com total observância do devido processo legal.

Já o vício de vontade se refere à afronta á lisura do processo ao


utilizá-lo para atender a interesses e motivações pessoais sem a isenção necessária. Afronta a lei por
comprometer a condição de juízes de que são investidos os Vereadores, nulificando todo o processo.

No caso de infração político-administrativa do Prefeito, o


convencimento dos Vereadores deve se basear nos fatos e provas produzidas durante a instrução. O
julgamento é político, o processo não! O processo deve ser livre de qualquer ato (vício de vontade) capaz
de prejudicar ou favorecer indevidamente o acusado.

No presente caso, a infração político-administrativa atribuída ao


Agravante foi claramente apresentada em Plenário aos Senhores Vereadores: “O Excelentíssimo Senhor
Prefeito Municipal, Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro, praticou infração político-administrativa
consistente na contratação contra expressa disposição de lei?”.

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Entretanto, como se extrai da mídia juntada aos autos, o voto do
Vereador João Célio Ferreira se afastou por completo da análise de prática de infração político-
administrativa imputada na denuncia ao Agravante, senão vejamos:

“É com muita tristeza que hoje...que eu...sou obrigado a dar o voto


sim pra cassação por vários motivos. Nós somos eleitos em cinco
vereadores, em nove vereadores, cinco fizemos a presidência da
Câmara. Tentamos conversar com o Prefeito por várias vezes, várias
reuniões aqui nessa Casa. Ele abraçou um vereador da oposição,
deixou lá dentro, acabando com a Câmara, num fomos atendidos em
nada, em nada, em nada. Por isso meu voto é sim.”

Nota-se que as razões do voto “SIM” pela cassação do mandato


expostas pelo Vereador João Célio, tiveram fundamento NÃO EM INFRAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA, nos termos do art. 4º do Decreto-Lei nº 201, mas em eventual falta de apoio aos
Vereadores da situação e suposta acolhida a Vereador da oposição.

Há evidente vicio de motivação na cassação do mandato do


Agravante, configurando desvio de finalidade, consistente na utilização do processo de cassação para atender
a razões pessoais, descontentamento pessoal, vingança. Neste sentido são os ensinamentos de Edilene Lôbo,
que aclara que o julgamento político, assim como o jurídico, é extremamente vinculado, não deixando
margem à discricionariedade, não se admitindo, portanto, atos e procedimentos à margem da lei:

“(...) Só porque político, não se pode admitir a parcialidade, a


arbitrariedade, nem a injustiça. Assim como o judicial, o julgamento
político deve ser fundamentado. É da fundamentação que se extraem
os motivos, os argumentos que demonstrem, com base nas provas, que
o réu tenha praticado a conduta imputada.(...)”1

1
LÔBO, Edilene. Julgamento de Prefeitos e Vereadores. Belo Horizonte: Del Rey, 2003. P.141.

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Também o mestre José Nilo de Castro explica que a
cassação de mandato eletivo, por ser ato vinculado, deve ser apreciado pelo Poder Judiciário no que diz
respeito à formalidade do procedimento de cassação e à legalidade intrínseca dos elementos internos do
ato ou fato motivadores da medida punitiva2.

É evidente, pois, que o voto proferido pelo Vereador João


Célio É NULO porque completamente desconectado da infração político-administrativa. É evidente o
DESVIO DE FINALIDADE do ato praticado, maculando por completo sua validade.

4.2. INOBSERVANCIA DO QUÓRUM DE 2/3. Na linha


dos argumentos acima lançados, a ilegalidade apresentada leva a um segundo vício formal, que macula o
Decreto de cassação nº 02/2018.

Sendo NULO o voto do Vereador João Célio, temos que a


votação realizada na sessão extraordinária do dia 14 de maio de 2018 não atingiu o quórum de 2/3
necessários para a aprovação do relatório pela cassação do mandato de Prefeito do Agravante.

Extrai-se do art. 5º, VI do Decreto-Lei nº 201/67 que a


aprovação do decreto de cassação do Chefe do Executivo exige quórum específico de 2/3 dos Vereadores, e
a não observância de tal exigência leva à nulidade do próprio decreto de cassação:

“VI - Concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais,


quantas forem as infrações articuladas na denúncia. Considerar-se-á
afastado, definitivamente, do cargo, o denunciado que for declarado
pelo voto de dois terços, pelo menos, dos membros da Câmara, em
curso de qualquer das infrações especificadas na denúncia. Concluído
o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o
resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada
infração, e, se houver condenação, expedirá o competente decreto

2
CASTRO, José Nilo de. Direito Municipal Positivo. 6ª Edição Revista e Atualizada. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
480-481.

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legislativo de cassação do mandato de Prefeito. Se o resultado da
votação for absolutório, o Presidente determinará o arquivamento do
processo. Em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará
à Justiça Eleitoral o resultado.”

Nota-se, portanto, que também por este prisma restou


comprovada a nulidade do Decreto nº 02/2018, que determinou a cassação do mandato do Agravante, de
forma que há fundamento relevante para a procedência da presente ação.

PERICULUM IN MORA

8 – Ao contrário do que afirma a r. decisão de fls., o risco de


ineficácia da medida é evidente no presente caso.

Pleiteou-se, na inicial, medida liminar para suspender a


cassação do mandato do Agravante, até que haja o
julgamento final do presente Mandado Segurança, mantendo-o no cargo até que e decida pela legalidade ou
ilegalidade do ato praticado.

O periculum in mora, restou bem demonstrado na


impetração do mandamus. Isto porque, com a decisão ilegal e teratológica proferida pela Câmara Municipal
de Monte Aprazível, houve o imediato afastamento do Agravante do cargo de Prefeito Municipal, o que
implicará na descontinuidade do governo e dos projetos apresentados pelo Agravante m sua plataforma de
governo.

Não assiste razão ao Juiz “a quo” que a concessão do


mandamus implicaria na restauração do status quo, sem prejuízos para a eficácia da medida. Ora, a eficácia
da medida deve se dar no plano dos fatos, não do direito. Há que se verificar o risco de prejuízo para a
continuidade do governo para o qual o Agravante fora eleito.

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Tratando-se de ação mandamental o perigo de dano é
inerente e decorre da própria natureza da ação. Aqui o que se pretende proteger é o mandato legitimamente
conferido ao Agravante pelo voto popular, bem como a continuidade do governo frente a decisão ilegal que o
retirou do mandato conferido. Passado o tempo e concedida a ordem para declarar a nulidade do decreto de
cassação, certamente diversos atos de governo já terão sido praticados, nem sempre de acordo com os
projetos e propostas que vinham sido adotados pelo Agravante e escolhidos pelos munícipes no momento da
votação.

Assim, ao contrário do que afirma a r. decisão agravada,


mais prudente é a concessão da liminar pleiteada, para que o Agravante seja mantido no cargo de Prefeito
Municipal, até que ao final fique decidida sua sorte pelo Poder Judiciário.

Presentes os requisitos legais, torna-se obrigatória, data


venia, a concessão da liminar, que, por tal razão, deixa de ser um ato discricionário da autoridade judicial,
ganhando caráter de direito subjetivo do autor. Nesse sentido, é a lição do Ministro CARLOS MÁRIO DA
SILVA VELLOSO :

“Os pressupostos da medida liminar, se orientam no rumo do fumus boni iuris


e do periculum in mora. Desde que ocorrentes tais pressupostos, surge para o
requerente como direito subjetivo à liminar, certo que se o juiz não a
concede, viola direito, a ensejar causa petendi de nova ação judicial, assim
como de uma outra medida junto ao Tribunal Superior, para o fim de ser
afastada a lesão” - destacamos - (Temas de Direito Público, Del Rey, Belo
Horizonte, 1994, pg. 149).

Não é outro o entendimento jurisprudencial :

“Recurso Especial. Mandado de Segurança. Liminar. A decisão judicial que


concede liminar é vinculada, no sentido de não restar dependente da vontade
do magistrado. Constitui direito público subjetivo do impetrante. Dois
pressupostos devem convergir: descrição de veementes indícios de

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juridicidade do pedido e possível ineficácia da sentença. Decorrem da própria
natureza da provisional, que excepciona os princípios do contraditório e da
defesa plena”.
(STJ, ROMS n° 0000341/SP, rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, DJ 6/8/90,
pg. 7.324).

E, especificamente sobre a defesa da continuidade do


governo, há entendimento jurisprudencial no sentido da concessão a liminar:

“(...)Estando, portanto, evidenciada a probabilidade do direito, bem


como o risco de dano de difícil reparação, este consistente na
descontinuidade da gestão da administração municipal,
recomendável a concessão da tutela antecipada; não se
vislumbrando, de outro lado, perigo de irreversibilidade da
medida.(...)” (TJ/SP – Agravo de Instrumento nº 2173428-
96.2017.8.26.0000 - Relator(a): Heloísa Martins Mimessi - Data do
julgamento: 05/02/2018 - Data de publicação: 06/02/2018)

É notório que o Poder Judiciário está assoberbado de


julgamentos o que, mesmo considerando a celeridade própria do Manado de Segurança, faz crer que
o julgamento final do presente writ levará ainda algum tempo. Neste interstício muitos atos de
governo serão praticados, outros desfeitos, servidores em comissão serão exonerados, Secretários de
Governo serão exonerados e outros nomeados, modificando sobremaneira a linha de governo
proposta pelo Agravante quando eleito. Aqui o que se pretende é proteger a vontade popular
legitimamente expressa nas urnas.

Está presente, portanto, ao contrário do que afirmou


a r. decisão agravada, a possibilidade de ineficácia da medida já que, ao prolatar a sentença de
concessão da ordem para anular o Decreto Municipal de cassação, diversos atos de governo e
alterações na Administração Pública já terão sido realizados, em detrimento da escolha popular e da
continuidade dos projetos administrativos.

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Por estas razões, veementes que se encontram os indícios de
juridicidade da pretensão da impetrante requer-se a concessão da liminar para QUE SEJAM SUSPENSOS
OS EFEITOS DO DECRETO MUNICIPAL Nº 02/2018 E RECONDUZIDO O AGRAVANTE AO
CARGO DE PREFEITO MUNICIPAL, até exame final do Mandado de Segurança.

PRESENTES O “PERICULUM IN MORA” E O


“FUMUS BONI IURIS” É CASO DE CONCESSÃO DO EFEITO ATIVO, PARA QUE A
AGRAVANTE RETOME O CARGO DE CHEFE DO PODER EXECUTIVO PARA O QUAL FOI
ELEITO, ATÉ O JULGAMENTO DO PRESENTE AGRAVO, O QUE ORA SE REQUER.

Por fim, requer-se que o presente Agravo de Instrumento


seja recebido, conhecido e provido, para que seja reformada a decisão agravada e seja concedida a liminar
para manter o Agravante no cargo de Prefeito Municipal de Monte Aprazível, tornando definitivo o efeito
ativo eventualmente concedido, até o julgamento final do Mandado de Segurança impetrado.

Termos em que,
P. E. Deferimento.
São Paulo, 19 de junho de 2016.

Arthur Luis Mendonça Rollo


OAB/SP n° 153.769

Mariangela Ferreira Corrêa Tamaso


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20/06/2018 e-SAJ

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MARIÂNGELA FERREIRA CORRÊA TAMASO (Sair)

> Bem-vindo > Peticionamento Eletrônico > Peticionamento Eletrônico de 2º Grau >

Peticionamento Inicial de 2º Grau

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Peticionamento Inicial de 2º Grau

Operação realizada com sucesso

Prezado MARIÂNGELA FERREIRA CORRÊA TAMASO, todos documentos foram assinados e protocolados com sucesso. O processo foi
protocolado com o número 2125696-85.2018.8.26.0000 em 20/06/2018 17:20:24.

Orientações
Um e-mail foi enviado para maryfcorrea@hotmail.com com os dados deste protocolo.
Após a sua petição ser recebida e encaminhada pelo Tribunal, será possível acompanhar o andamento do processo através da Consulta
de Processos Online existente no portal.

Peticionante

Nome : MARIÂNGELA FERREIRA CORRÊA TAMASO

Protocolo

Processo : 2125696-85.2018.8.26.0000
Seção : Direito Público e Direito Ambiental
Classe do processo : Agravo de Instrumento
Assunto principal : Garantias Constitucionais
Data/Hora : 20/06/2018 17:20:24

Partes

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Alguns dos documentos peticionados foram segmentados para manter o padrão de tamanho definido pelo Tribunal.

Petição* : 01 - AGRAVO DE INSTRUMENTO NO MANDADO DE SEGURANÇA N 1000925-12.2018.8.26.0369 protocolo - 1-


13.pdf
Guia de Custas : 02 - Custas Agravo - 1.pdf
Cópia da inicial (ação
: 03 - Cópia da Petição Inicial e da procuração e substabecimento - 1-17.pdf
originária)

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https://esaj.tjsp.jus.br/petsg/peticaoInicialFinalizadaComSucesso.do 1/1
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/06/2018 às 17:39 , sob o número WMOZ18700124141
fls. 134

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25F17D5.
RECIBO DO PROTOCOLO
PETICIONAMENTO INICIAL - SEGUNDO GRAU

Dados Básicos
Tribunal de Justiça: Tribunal de Justiça
Seção: Direito Público e Direito
Ambiental
Processo: 21256968520188260000
Classe do Processo: Agravo de Instrumento
Assunto principal: Garantias Constitucionais
Data/Hora: 20/06/2018 17:20:24

Partes
Agravante: Nelson Luiz Aranjuez Montoro
Agravado: Câmara Municipal de Monte
Aprazível

Documentos
Petição*: 01 - AGRAVO DE
INSTRUMENTO NO
MANDADO DE SEGURANÇA
N 1000925-
12.2018.8.26.0369 protocolo -
1-13.pdf
Guia de Custas: 02 - Custas Agravo - 1.pdf
Cópia da inicial (ação 03 - Cópia da Petição Inicial e
originária): da procuração e
substabecimento - 1-17.pdf
Cópia da inicial (ação 03 - Cópia da Petição Inicial e
originária): da procuração e
substabecimento - 18-26.pdf
Decisão Agravada: 04 - Cópia da decisão
agravada - 1.pdf
Certidão do Sistema: 05 - Cópia do comprovante de
publicação no Diário Oficial -
1.pdf
o padrão de tamanho definido pelo Tribunal.
Nota: Alguns dos documentos peticionados foram segmentados para manter
fls. 135

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANGELA FERREIRA CORREA TAMASO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/06/2018 às 17:39 , sob o número WMOZ18700124141 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25F17D5.
fls. 136

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PRATES, liberado nos autos em 21/06/2018 às 13:37 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25FE285.
fls. 137

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25EDD1C.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe - Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça João Carlos Messias (27930)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO CARLOS MESSIAS, liberado nos autos em 21/06/2018 às 13:37 .
CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


369.2018/002746-6 dirigi-me ao endereço, Praça São João, 117, Monte
Aprazível-SP e aí sendo CIENTIFIQUEI a Prefeitura Municipal de Monte
Aprazível, SP, Representada pelo Prefeito Municipal, Senhor Marcio Luiz
Miguel, do inteiro teor, para os atos e termos da ação proposta. De tudo bem
ciente ficou. Recebeu as cópias e firmou o seu ciente. O referido é verdade e
dou fé. Monte Aprazivel, 20 de junho de 2018.

Guia..R$77,10 (sede).
fls. 138

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PRATES, liberado nos autos em 21/06/2018 às 13:37 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25FE2B8.
fls. 139

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25EEAEF.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe - Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça João Carlos Messias (27930)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO CARLOS MESSIAS, liberado nos autos em 21/06/2018 às 13:38 .
CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


369.2018/002745-8 dirigi-me ao endereço, Praça São João, 161, Monte
Aprazível-SP e aí sendo NOTIFIQUEI ao Presidente da Câmara Municipal
de Monte Aprazível-SP, Senhor João Célio Ferreira, do inteiro teor, para os
atos e termos da ação proposta e para que PRESTE INFORMAÇÕES sobre
o alegado no prazo de dez dias. Recebeu as cópias e firmou o seu ciente. O
referido é verdade e dou fé. Monte Aprazivel, 20 de junho de 2018.

Guia..R$00,00 (Agrupado).
fls. 140

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PRATES, liberado nos autos em 21/06/2018 às 13:38 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25FE2EA.
fls. 141

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 25EEFE9.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe - Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça João Carlos Messias (27930)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO CARLOS MESSIAS, liberado nos autos em 21/06/2018 às 13:38 .
CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO

CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº


369.2018/002747-4 dirigi-me ao endereço, Praça São João, 161, Monte
Aprazível-SP e aí sendo CIENTIFIQUEI o Representante Judicial da
Câmara dos Vereadores do Municipal de Monte Aprazível-SP, Senhor João
Célio Ferreira, do inteiro teor, para os atos e termos da ação proposta. DE
tudo bem ciente ficou. Recebeu as cópias e firmou o seu ciente. O referido é
verdade e dou fé. Monte Aprazivel, 20 de junho de 2018.

Guia..R$00,00 (Agrupado).
.
GAMARA MUNICIPAL DE MONTE APRAZIVEL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JONAS FABRICIO PAGLIUSE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 142

Praça São João, 161 - Centro - CEP 15150-000


Fone/Fax I ltLTl 3275-1735 I 3275-27Lt
E-mail: cmmonteaprazivel@terra.com.br / Site: www.camara.monteaprazivel.sp.gov.br
CNPJ 51.848.497/000L-33 - Monte Aprazível- Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B64.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 2a Yara da
Comarca de Monte Aprazivel - Estado de São Paulo.
Processo n.o 1 000925- 12.2078.8.26.0369

MANDADO DE SEGURANÇA

IOÃO CÉuO FERREIRA, brasileiro, casado, Vereador


ocupante do cargo de Presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal
de Monte Aprazível, portador da cédula de identidade R.G. n'13.217.080
SSP/SP, inscrito no C.P.F. sob o no 01.8.71,4.298-03, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência prestar as devidas

INFORMAÇOES
no Mandado de segurança impetrado por NELSON LUIZ
ARANIUES MONTORO, já devidamente qualificado nos autos em
epígraÍe, fazendo-o nos seguintes termos:
1. Da síntese da lide.
O Impetrante aduziu em síntese, em seu remédio heróico,
que na sessão realizada na data de'I-.4 de maio de 20L8 a edilidade local
decidiu pela cassação de seu mandato eletivo para o carSo de Prefeito
Municipal, mediante votação de 06 (seis) Vereadores favoráveis à cassação
e 03 (três) Vereadores contrários, culminando com a edição do Decreto
Legislativo n.e 021201.8. ./
H
.
cÂunRA MUNlclpAL DE MoNTE APnnzívrl

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JONAS FABRICIO PAGLIUSE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 143

Praça São João, 161 - Centro - CEP 15150-000


Fone/Fax: (17) 3275-1735 I 3275-27L1
E-mail: cmmonteaprazivel@terra.com.br / Site: www.camara.monteaprazivel.sp.gov.br
CNPJ 51.848.49710001,-33 - Monte Aprazível- Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B64.
Alegou também o Impetrante que o voto do Vereador e
Presidente da Câmara Municipal seria nulo e ilegal e, como consequência
direta desses pretensos vícios, não poderia ser considerado para efeitos de
apuração do quórum de dois terços, o mínimo necessário para se decidir
pela cassação do Prefeito.
Segundo a tese que formulou, a nulidade teria origem no
uso da palavra pelo Vereador para apresentar seu voto, quando reclamou
de não receber apoio do Prefeito, que não atendia seus pleitos.
Na pretensão surreal do Impetrante, apenas pelo fato do
Vereador ter mencionado essa circunstância no contexto da votaçáo já
seria razão suficiente para a suspensão dos efeitos do Decreto Legislativo
e o Íazer retomar imediatamente ao cargo de Prefeito Municipal, pois
implicaria - nos seus dizeres - em "razões outrAs, pessoais e egoísticAs, e não
combase na deúnciA" para sustentar o voto. (fl. 04).

Foi ainda mais longe, suscitando que a manifestação de voto


atacada seria rJm"ato de improbidade administrAtiua" e até mesmo contrária
à"teoria dos motiaos determinantes" (fl. 07).
Escorando-se nesses frágeis fundamentos, Impetrante o
requereur por fim, a concessão de medida liminar para suspender os
efeitos do Decreto Legislativo n.a 0212018 até o julgamento definitivo da
presente açáo, o que significaria seu instantâneo retomo como Prefeito e,
ao término, concessão da segurança tomando definitiva a liminar (fl. 09).
Com vistas ao Ministério Público, este se manifestou, com
perfeita técnica, pelo indeferimento liminar dos pedidos (fl. 26):
fls26 P?-
o
It\
6
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SÀO PAULO F
N
o
=
l' PR( )tr|( )'I( )Rl;\ l)ll -l
t'STl(),\ DI i NI( )NTI i r\PR;\Z lY I :-l - =eó
É
.5
c
Analisando os fatos narrados pelo impetrante. bem como I o
llo ci
à inicial. o Ministério Público conclui que os pedidos a- UJ§
documentaçào anexada
§ dl
(i)
t
N
, pelas razões a seguir aduzidas. F
.
cÂunRA MuNrcrpAL DE MoNTE ApRAzív+

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JONAS FABRICIO PAGLIUSE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 144

Praça São João, L6L - Centro - CEP 15150-000


Fone/Fax: ltTl 3275-!735 I 3275-27tt
E-mail: cmmonteaprazivel@terra.com.br / Site: www.camara.monteaprazivel.sp.gov.br
CNPJ 51.848.4971OO0t-33 - Monte Aprazível- Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B64.
Com muita precisão, ainda apontou o Parquet, (fl,.27):
'T) rtu s
i@W @neno é cassagtu qt@uu
rm{m ro
ruffi e, W oquitÉ., vi@ a ffi fiqu*b e eb ú im@ata
(...) ".

Após, com a costumeira lucidez deste Douto luízo, a liminar


em comento foi indeferida e expedida noüficação à autoridade coatora
para que apresentasse as presentes informações.

TRIBUNAL DEJUsrlÇA Do EsrADo oe sÀo pAULo


coMARCA DE MoNTE epnezivrl
Po FoRo DE MoNTE epnezivel
2- VARA
Rua Monteiro Lobato. no f ó9. .. Centro - CEP l5 150-000. Fone: I 7
3275- l?05, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2(4)tjsp jus.br
Horárlo de Atendlmento ro Públlco: drs l2h30min àcl9h00mln
ó
ô
t-
N
o
N
Processo Digital n": t0m92$ t2.201t.8.26.03ó9 o
.9
Clqrse -.rrsuntr'l Mendedo de Segurençr - Grrantlrs Constltuclonels I
o
lnlpctrul\*: \elron Lulz AnnJues Montoro 0)

lmpetndo: Cômere Munlclprl de Monte Âprrzlvel


@
a) de Direito: D(a). Luic Gonçdvec dr Cunhe Júnlor I a
f{

I d
vi 6a o
N
oN
o
l. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessâo da o §
6 o'â
N
final nào tornarâ inócuo o pnovimento vindicado (art. 7". lll. da Lei |2.01fu'09). Anottl. por ô
õ 8
que o rito do " us" ê sabidamente célere e que eventual sentençâ de pnrcedência oo
ser executada pmviamente (ârt. 14, § 3'da Lei 12.016/09). nào se vislumbrando.
E
o
o "periculum in mora" aludido a fls. 08/09.

Eis o relato da débil pretensão do Impetrante e seu trâmite


até o presente momento, e que certamente conduzirá à rejeição completa
do pedido.
2. Das Infonnações da Autoridade Impetrada.
A opção por impetrar o presente mandado de seturança,
sem que haja nenhum írmparo nos fatos ou no ordenamento iurídico, já
denota a tentativa desesperada do Impetrante de se melnter no Poder a
qualquer custo, mesmo que para isso tenha que sacrificar a mais elementar
lógica processual e distorcer a realidade jurídica e os fatos na tentativa de
emprestar alguma credibilidade ao seu pedido.
Analisemos os motivos que apontam seu indeferimento: /
a
.
cÂunRA MUNrcrpAL DE MoNTE ApRAzív*

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JONAS FABRICIO PAGLIUSE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 145

Praça São João, 161 - Centro - CEP 15150-000


Fone/Fax: (17) 3275-t735 I 3275-27t1
E-mail: cmmonteaprazivel@terra.com.br / Site: www.camara.monteaprazivel.sp.gov.br
CNPJ 51.848.497 /OOOL-33 - Monte Aprazível - Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B64.
2.l.Ouanto à inadequação da via eleita.
O descabimento do remédio constitucional, que busca in
limine a suspensão do Decreto Legislaüvo n.a 02120'1,8, é gritante. Isto
porque o presentemandamusnão atende a nenhurn dos requisitos exigidos
pela Lei 12.01612009, seja quanto à existência do direito líquido e certo,
fumus boni juis ou periculum in mora.
O primeiro, porque o direito líquido e certo do Impetrante
não é o de perrrÍrnecer no cargo, mas de ter um julgamento justo, de ter
respeitada a estrita legalidade no processo de cassação e a rigorosa
observância do contraditório e ampla defesa, e assim foi feito.
Mesmo porque, se houvesse a liquidez e certeza de que
deveria permanecer como Chefe do Executivo, não faria sentido a Lei
expressamente enumerar as hipóteses de perda do mandato de Prefeito e
o procedimento a ser adotado. Em contrapartida, note-se que não há uma
rinica linha na petição inicial em que o Impetrante negue sua conduta
que ensejou a cassação ou aponte nulidade clara do rito.
O segundo, inexiste também o fumus boni juis, porque não
se vislumbra em nenhum momento qualquer motivo razoável para
atropelar uma decisão soberana do Plenário da Câmara Municipal com
base no uso da palavra em tribuna por um Vereador, de forma regimental
e adequada.

A transcrição da fala do Vereador aPresentada pelo


Impetrante a ütulo de "prova documental pré-constituída" nada mais é do
que a citação parcial e descontextualizada do discurso do Vereador em
tribuna. Esse Íato, ptr se, abre espaço PaÍa a dilação probatória que é
incompatível com a existên cia do fumus boni juris e já seria razáo suficiente
para afastar o manejo do Mandado de Segurança.
Aliás, ofuscado pela sanha de Permanecer no cargo, o
Impetrante parece incapaz de ponderar sob outra perspectiva e enxergar
gu€, no caso, a funaça do bom direito vem mesmo é do exercício
legítimo das funções de Vereador, que dentro dos limites e na fo
Lei, deliberou pela sua cassação.
.
CAMARA MUNICIPAL DE MONTE APRAZIVEL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JONAS FABRICIO PAGLIUSE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 146

Praça São João, 161, - Centro - CEP 15150-000


Fone/Fax I lLTl 3275-L735 I 3275-27LL
E-mail: cmmonteaprazivel@terra.com.br /
Site: www.camara.monteaprazivel.sp.gov.br
CNPJ 5L.848.4971OOOL-33 - Monte Aprazível- Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B64.
E finalmente, não há que se falar tão pouco na existência do
periculum in mora por não se vislumbrar nenhum preiuízo flagrante ou
dano irreparável que justifique a concessão da segurança. Inclusive gu€,
por se tratar de matéria intimamente relacionada à Gestão Municipal,
devem ser aplicados os princípios de Direito Administrativo e, dentre eles,
a supremacia do interesse público sobre o particular deve ser o critério
usado para se apurar a existência desse suposto dano.
Em outras palavras, mais vale o interesse coletivo de toda
população de Monte Aprazível de ver a Lei ser aplicada pelos
representantes da Câmara Municipaf do que o direito individual e
particular do Impetrante de continuar ocupando o cargo de Prefeito,
mesmo apesar de ter comprovadamente praticado infração político
administrativa consistente na contratação de ímprobo, repetidamente
condenado, para ser seu braço direito na Administração Pública.
Afinal, invocar os votos recebidos Para legitimar a
permanência do Impetrante como Prefeito deixa de ser um argumento
váIido se lembrarÍnos que os Vereadores tanbém foram escolhidos
democraticarnente pelo voto iustarnente paÍa desempenhar suas
funções e, dentre elas, fiscalizar o Executivo.
Ora, não havendo portanto a existência de nenhum dos
requisitos elementares para o Mandado de SeguranÇà, à conclusão lógica
que resta é pela inadequação da via eleita pelo Impetrante.
Nesse sentido se encontram inúmeras e recentes decisões
do nosso Tribunal Bandeirante:
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.
cÂunRA MUNlclpAL DE MoNTE ApRAzívt

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JONAS FABRICIO PAGLIUSE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 147

Praça São João, 161 - Centro - CEP 15150-000


Fone/Fax: lLTl 3275-t735 I 3275-27t1
E-mail:cmmonteaprazivel@terra.com.br / Site: www.camara.monteaprazivel.sp.gov.br
CNPJ 51.848.4971OOOL-33 - Monte Aprazível- Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B64.
E ainda,
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Iu/IANDAN DE SEGUR/qrVÇtr
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sbÊrnába prcsflra, ffi{ca b qraw ú iúrnafu
ú@ as
&csões iffiifr*fuspevÉfu WW, M a i@
vvrt wrcíearu ffi. W irÍc*l hffiich
(grc.rre)
Concluindo este tópico, constatamos que nem mesmo a via
adequada acertou o Impetrante, o que demonstra desconhecer ou
desprezar o ordenamento jurídico, apenas tumultuando os trabalhos do
Poder Legislaüvo por meio de aventuras judiciais que devem severamente
serem reprimidas pelo Poder |udiciário.
2.2.Ouanto à regularidade do processo de cassação.
Parte das considerações feitas no Relatório Final da
Comissão Processanter é justamente avaliar em retrospectiva os aspectos
procedimentais da cassação e verificar a existência de alguma nulidade ou
mesmo irregularidade.
Este trabalho rigoroso de autocrítica foi realizado e, até
mesmo no voto divergente prolatado pelo Vereador Donaldo Paiola não
houve menção à absolutamente nenhuma mácula no curso do processo.
Vale dizer gü€, inclusive dentre os que defendem o Impetrante, é
impossível se alegar falha na condução dos trabalhos.
e de fato é assim - que a cassação do
É ae se esperar -
Prefeito Municipal em uma cidade Pequena seja assunto notório,
exaustivamente debatido e submetido às mais severas análises, e ainda
assim, a lisura do processo é ponto incontroverso.

I Doc. 0l Anexo - Relatório Final da Comissão Processante.


.
CAMARA MUNICIPAL DE MONTE APRAZIVEL

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Mesmo quando abordada em mais de urna ocasião pelo
]udiciáriú, d constatação de perfeita regularidade da cassação foi uma
constante, tanto nas manifestações do Ministério Público quanto nas
decisões proferidas pelos Doutos Magistrados que analisaram o caso.
2.3.Ouanto à regularidade da Sessão de lulganento.
Dentro da esPerada normalidade, o Impetrante foi
devidamente inümado e comPareceu no dia 1,4 de maio à sessão de
julgamento com seus Advogados, os quais foram convidados Para
compor a Mesa e acompanharam a reunião durante mais de quatorze
horas, sem qualquer incidente comPrometedor.
desse período todas as garantias de defesa e
Ao longo
contraditório foram concedidas, sendo que os patronos do Impetrante
foram atendidos a cada solicitação que hzerarr., inclusive quanto à leitura
adicional de peças do processo. Nada lhes foi negado.
Finalmente os Vereadores, pelo Prazo legal de quinze
minutos, manifestaram suas opiniões a respeito da prática da infração
políüco-administrativa praticada e, ato contínuo, o próprio Impetrante
exerceu seu direito de autodefesa, ocupando a tribuna alternadamente
com seus causídicos pelo prüzo de duas horas previstos em lei.
Em suma, a Sessão transcorreu dentro dos rumos traçados
pela Lei e sem maiores sobressaltos, não podendo se argüir irregularidade.
2.4.Ouanto à regularidade material do Voto.
Ponto crucial da presente lide, a maniÍestação de Voto do
Vereador e Presidente, ora Impetrado, foi apresentada na inicial de forma
mutilada, transcrita apenas em um trecho e fora de seu contexto.
E inadmissível que tenha sido juntad4 a título
de
"prouA documental pré constituída" l)ma Ata Notarial lavrada, conforme o
numa
tentativa reprovável de viciar o convencimento do Nobre ]ulgador:

2 Doc. O2 Anexo - Manifestações Ministeriais e Decisões em anexo.


.
cÂmnRA MUNrclpAL DE MoNTE ApRAzívt

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TABELITiO DE ilOTAA E DE PROTESÍO D€ LEÍRÀS E TTTULOS :r'
,.'
rcxTE APR jllt/El. Sp :"
colt Fc DE ;)tíTE ApR/§n'Et -:stmo oE slo PAt Lo
IÀE.A JÂTã.I 8llIO Ci.NY FEFfl ElRÂ R@HA

I
I

t
t o Eolicltentê, sê
dê Soniê AntezlÍel, Estado de Sào Paulo, Jolo CÔllo
Fereira, euta mrnlÍeabçáo, alnda sagundo o Eollcltanta, lt dcu no
Câmlra, enr dete d. t4 d. mrio do ã0IE: É am muita tristeze Ma...
obngado a dar o voto e4éo Pu mdivos
SO6OS elelO em CinA ern now a presl'dá

Câmera, nuín ÍofiOs al em núa, em n&a, em nada. Por r§so meu vdo à siín
4! Final , foram Íec*rarlaç tç4|3s ae páginas àc 10:45 horas,
geindo, a ueuáÍia, do

Note-se que o Impetrante Nelson Montoro, maliciosamente


e de caso pensado, solicitou ao tabelionato que av€mçasse para um trecho
específico da gravação (05min22seg), omitindo justamente os tennos
iniciais da votação onde é apresentado o quesito a ser avaliado pelos
Vereadores, quando a Presidência assim encaminhou a votação:
'0 fue#rdÍssinp Sênhtr Preí/do Mun*i@, D ,\bbon lúz Amircs
Ít/M.raro, @n$brÚe rÉ)
@tfr'@ @tfràe&ressa o$trúgão & leí.7'

(gíÍarlrc)
A questão é óbüa e comporta aPenas as respostas
definitivas SIM ou NÃO, e foi exatÍrmente nesses tennos que todos os
Vereadores manifestaram seu Voto, conforme o quesito formulado Para
votação e que foi ocultado na transcrição da sessão:
Mu,iú a ffi§, @wrc a t@ rcn*d qn tburn, &
Mrten üés nzüuús W qrdrfu bfrafu at*xffi rn Mtrcb
Mane fwern M @ *ilw SeoreftÍb 6 tdles

(gíÍaurre)
.
cÂmnRA MUNrcrpAL DE MoNTE ApRAzívt

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Aliás, basta observar o trecho transcrito da manifestação de
voto, feito pelo próprio Impetrante em sua petição inicial (fl. 03) para se
constatar que, ao contrário do que alega, o fundamento do voto não foi em
nenhum momento uma rczão egoísüca ou pessoal, mas sim a filrre
convicção da práüca de infração político administrativa.
arn mth ffieza qn kie... qrc eu...ul oârgaô a ü o WO gt
/6 srcs *Íos erzr
cüwtffimb en noúe teeaóteq, citwfzemos a pesidfub ú
@twa Tqfutre @[Mer,sü @m o Wo pr uuias trczes, vfus
remib,sagúr,EssÉl Casa ($ífomw)
Fica claro que o voto não foi decidido por um único motivo,
mas por conjunção de circunstâncias e que formaram a convicção do
Vereador na sua obrigação de julgar o Impetrante. Obviamente, dentre
tais circunstâncias, o fato principal e detenninante é o Impetrante ter
SIM cometido a infração político-administrativa.
Ao contrário do que pretende o Impetrante, a Lei não indica
que o Vereador, ao se manifestar, está adstrito a dizeres específicos, de
forma rígida e ritualística, mas ao invés disso, que terá a liberdade de usar
a tribuna para expor sua convicção com inviolabilidade de opiniões,
palawas e votos. Assim aponta parecer do Ministério Público de forma
enfática (fl,.27):
tÊ2? :
o
ã
E
sTÉRTo PÚBLIco Do ESTÂDo DE SÀo PAULo F
I
Ê
t
E
Dessa rn. à luz do àrt. 5ô. irrc \'. do DL lül,l96ta. â o
êé
rrmlrifcsrnçÀo drr refÊ ern plcnário druarrtê â volaçâo ê Íecullith'tr do quê §ê 8u
cortchü que à t)l(ltitrtç§o c r fruttlaurerrtaçào subjâceuter ao'\'Lrto sào drspeusár'ei:. E§
x
Ledo o[n§. â talâ do citado vertador. da forula couo I
8.
tst
oprutdor no êsso dê cessÂçfio. pois êstÀ rclocromda âos â\isos ê lotilico§ôês ɧ


É'i
À8
câssnçÀo se da por ràrios ruotiros.
IE
Dê $lâ . o julgaoanto ê polihco e Dào câbÊ âo its!
Ê3
§ oütrào. õ:
.
CAMARA MUNIGIPAL DE MONTE APRAZIVEL

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Diante disso, considerado em seu contexto real, se conclui
que o pedido de anulação do voto é um verdadeiro absurdo.
Absurdo não só porque exagera na vitimização do
Impetrante, mas também porque tem a pretensão de adivinhar o que se
passa nos recônditos da mente e no raciocínio de outra pessoa:

E DAS rcyAS DGS AUTOS. fti exdrcivananb

baziths qns, voúo üita Mo

@rtalre)
Veja a que ponto úega a descalabro da tese do Impetrante:
arroga saber, melhor até do que o próprio Vereador que votou, quais os
motivos de ter decidido desta ou daquela forma.
Por fim, o voto proferido não está somente justo e perfeito
do ponto de vista material, mas também quando em contraste com a
legalidade e seus aspectos formais.
Mutatis mutandis, é circunstância análoga à manifestação de
voto dos parlamentares quando do recente impeachment presidencial,
ocasião em que as manifestações mais extravagantes - contra e a favor -
foram proferidas sem que isso implicasse em algum tipo de
iregularidade ou nulidade.

Voto do Deputado ]air Bolsonaro:

Voto do Deputado Wladimir Costa:


?v=IcB
Coletânea de votos proferidos pelos parlamentares:
.
cÂunnA MUNrclpAL DE MoNTE Apnnzív+

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2.S.Ouanto à regularidade legal e fonnal do Voto.
Em se tratando de Mandado de Segurança, estabelece a
Consütuição Federal, em seu artigo 5q, inciso LXIX, que
"üt*&é ttwlffi * qu-ança Wa puÍWffi H*b e
É , rfu @ pr M sprs ou M ffi, qwtú o
rry*afr bratulffipiM
at qaúe ú ryjuícfra rp exqcrio e úfbu@ ú W' HfuJ'.
ígôtms)
Extrai-se desse enunciado que constituem requisitos para a
impetração do mandamus a pIática de ilegalida por
autoridade pública; a lesão, daí decorrente, a direito líquido e certo e,
ainda, que não haja outro remédio consütucional apto a corrigir o ato
viciado. Evidente, também, eu€ todos os requisitos coexistem e estão
interligados. Sem se cumprir, portanto, as exigências consütucionais, é
inviável a utilização do writ.
Assim, a ilegalidade do ato impugnado constitui
pressuposto essencial para que se conceda a segurança, admitindo-se o
mandamus em hipóteses excepcionais, ou seja, quando se mostrar a via
apta a proteger um determinado direito líquido, certo e exigível, não
amparado de modo eficiente por recurso ou correição, impondo-se a
comprovação da irreparabilidade objetiva do dano.
No caso em espeque, não se está, à evidência, diante de ato
ilegal ou abusivo. Na doutrina consagrada de Hely Lopes Meirelles,
"ffi f,q.*b e @h é o qn s +íesila nwúêm. na sJa exiferriZ
ffirEsm effi eS asexqffirpmoneiloú
i@r at @ prmgOe,ffi itmrúoleís émorcúaós é
Mp pr pwas eéorrú.tidaq pr rtu ffii W pMüb".
WREIIES, 11* Lry, ffi ffiinB,a* c V d" fr. 71q.
De forma que, o Impetrante não é titular de direito líquido e
certo, como alega e aliás, também não há que se falar em ilegalidade ou
ato praticado com abuso de poder na manifestação do voto.
.
cÂunRA MUNlclpAL DE MoNTE ApRAziurt

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Por fim, quanto à inexistência de motivos autorizadores à
cassação do mandato, não cabe ao |udiciário adentrar ao mérito da decisão
tomada pelo Poder Legislativo Municipal, como novamente elucida Hely
Lopes.
Tanto a deliberação sobre a cassação quanto a declaração da
extinção de mandato e abertura de vaga são suscetíveis de apreciação
judicial para o julgamento da legalidade de tais atos.
Certo é que não cabe ao Judiciário pronunciar-se sobre a
cassação de mandato antes que o plenário o faça, nem lhe é permitido
reexaminar o mérito da solução sobre o aspecto da justiça, oportunidade
ou conveniência do decidido pelos vereadores, mas poderá e deverá
sempre verificar se ocorrem os pressupostos de direito e de fato que
autorizam a cassação e se foram observadas as exigências legais e
regimentais para a deliberação, tais como o quorum necessário, a
oportunidade de defesa, a tramitação estabelecida para o processo, e
demais cautelas que devem acompanhar a decisão da Câmara, a ser
consubstanciada em decreto legislativo, quando condenatória. Se
absolutória, basta que conste da ata da sessão de julgamento o resultado
da votação para o arquivamento do processo.
3. Das Conclusões.
O debate existente no presente mandado de segurança
cinge-se na suposta nulidade do voto exarado pelo Presidente da Câmara
Municipal de Monte Aprazível, porém o que se constata é que:
a) O mandado de segurança não é a via adequada Para
satisfazer a pretensão do Impetrante;
b) Não há irregularidade ou nulidade no curso do processo;
c) ou nulidade no sessão de
,Til1*l,jl."t",uridade
d) Não há irregularidade ou nulidade, seja material ou formal,
na manifestação de voto do Ve
.
cÂmnRA MUNlclpAL DE MoNTE APRAzív+

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Por oportuno, acrescentamos que, s.m.i.tarda reprimenda
exemplar àqueles que liügam de má-fé, pretendendo ilaquear o Poder
]udiciário, sobrecarregando as instâncias com uso de artifícios falaciosos e
demandas meramente protelatórias, que nada mais Íazem do que atentar
contra o princípio da celeridade e segurança iurídica.
4. Dos Requerimento Finais.
Pelo exposto, e ante as informações prestadas, a denegação
da Segurança é medida de rigor, sendo desde já expressamente requerida.

Termos em que,
Pede e Espera D E F E R I M E N T O.
Monte Aprazível,02 de iulho de 2018.

Presidente da Mesa Diretora

Marcelo Augusto Mestrinari


Assessor |urídico
OAB/SP n.a 163.819
.
CAMARA MUNICIPAL DE MONTE APRAZIVEL

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CNPJ 51.848.4971OO07-33 - Monte Aprazível- Estado de São Paulo

PROCURAçÃO AD JttDtCtA

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OUTORGAITE: JOÃO CÉUO FERREEIRA, brasileiro, casado, portador do RG
n.o 13.217.080-2 e do CPF n.o 018.714.298-03, Vereador Presidente da Mesa
Diretora da Câmara Municipal de Monte Aprazível, Iocalizada na Praça São João,
161, Centro, na cidade de Monte Aprazível, Estado de São Paulo, CEP 15.150-000,
in ftne assinado.

OUTORGADOS: MARCELO AUGUSTO i,IESTRINARI, brasileiro, solteiro, ocupante


do Cargo de Assessor Técnico Jurídico, inscrito na OAB/SP sob n.o 163.819;
JONAS FABR|CIO PAGLIUSE. brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/SP
sob n.o 247.174; ANDRÉ LUIS DE FARIA SANTOS, brasileiro, casado, advogado,
inscrito na OAB/SP sob n.o 188.285, todos com endereço de intimação e notificação
no mesmo endereço do outorgante.

PODERES: amplos poderes para o foro em geral com a cláusula Ad Judicia, a fim
de que possa defender os interesses e direitos da outorgante perante qualquer
juízo, lnstância ou Tribunal, Repartição Pública, Autarquia ou entidade paraestatal,
propondo ação competente em que a outorgante seja autora ou ré, interessada ou
requerida, podendo reclamar, conciliar, desistir, transigir, Íazer acordos, reoorrer,
receber e dar quitaçâo, confessar, requerer inventário ou arrolamento, prestar
primeiras e últimas declarações, concordar com cálculo e formal de partilha,
podendo inclusive especificar ou concordar com quinhôes, firmar compromissos,
prestar declarações, praticando todos os atos necessários para o bom e fiel
desempenho deste mandato dando tudo por bom, firme e valioso, à exceção de
substabelecer a presente, seja com ou sem reserva de poderes, GOM O FtM
ESPECIAL DE prcstar informações nos autos do MANDADO DE SEGURANÇA
n.o 1000925-12.2018.8.26.0369, em trâmite perante a 2! Vara Cível da comarca
de tlonte Aprazível.

Monte Aprazível, 04 de julho de 2018.

Presidente da Câmara Municipal


:J,

.
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CÂUiNRA MUNICIPAL DE MONTE APRAZIVEL
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COMISSÃO T'NOCESSANTE

DENUNCIANTE:.......Jor9e Mendes., :

DENUNC-IADO:.........Excelêntíssimo Senhor Prefeito Municipal,


Dr. Nelson Luiz Aranjues Montoro.

OBIETO:........,... Denúncia referente, à


nomeação de servidores
comissionados: do,,Exécutivo em detrimento da lei,
caracteri zando inf ração político- administrativa.

. BELATORIO FI,NÁI
(Regimento Interno. art. 347. VIII e Decreto-Lei 20U67 art. 5a Vl

Proce§sante, composta pelo Veread.or


,i.

, ,A Comissão
Presidente Jean Winicios Vieira, Vereador Relator Donaldo Luis Paiola e
pelo Veieador Mámbro Danilo Cesar de'Soiza, analisando o processo de
cassaçao movrdo pelo denunciante ]orge Mendes e tendo como
denunciado o Prefeito Municipal Nelson Llurz Aranjues Montoro, com a
incumbência de apurar os fatos pertinentes a contratação de servidores
comissionados em desacordo com disposição legaI, vem, nos termos do
artigo 347, inciso VIII do Regimento Interno da Câmara Municipal de
Monte Aprazível e do artigo 5n, inciso V, do Decreto-Lei 201.167,
apresentar seu Parecer Final, nos seguintes termos:

q
*,

.
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ITEAP:::i:h
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1. Da Denúncia

De iniciativa do cidadão Jorge Mendes, brasileiro,


casado, autônomo, carteira de identidade R.G. na 5.608.L37, cadastrado
no CPF sob o na 589.830.31.8-91,, título de eleitor ne 032200400141 daZona
Eleitoral rra 77, residente e dOmiciliado nesta cidade de Monte Aprazível
na Rua Castro Alves ne 2-l-8, confofrne qualificado na peça de Denúncia
datada de 28 de dezembro de 2077, protocolada e recebida na Câmara
Vtunicipal de Vereadores de 'Monte Apr,azível sob o na 0969 no dia
ZAfiZ:12017 às '1.6:47h, este submeteu a,,,Representação com Pedido de
Instaláção de Comissão Proces§ante para apuração de infração
político-administrativa em face do Excelentíssimo Sr. Prefeito Municipal
U-*,,*o^te Aprazível, Dr. Nelson Luiz Af jües Montoro.

A denúncia oferecida referiu-se à prática de infração


político-administrativa, sob o argumento de que o Denunciado realrzolr
a contratação do Sr. Nelson Antonio Avellar Para o emprego em
'Cornissáo de Chefe de Gabinete, ao arrepio de sua vedação de contratar
.oú o'poder público e, praticando, assim, ato contra expressa disposição
de lei.

Posteriormente, ainda d.urante o recesso dos trabalhos


legislativos e antes que tivesse sido submetida à anáIise, a denúncia foi
.ámpI"*entada no dia 29 dejaneiro dô 201S, com a juntada de novos
documentos e de forma a exPor a nomeação do Advogado Dr. Cesar
Augusto Spina, que também, seggndo o denunciante, possuiria
condenações em segunda instância.

Por iniciativa de seu autor, foram apensados à


Denúncia documentos, pesquisas na internet, matérias jornalísticas,
transcrição de entrevista concedida pelo Denunciado, portaria de
instauração de Inquérito Civil pelo Ministério Publico local e cópias de
decisões judiciais a título de prova dos fatos narrados e da convicção de
autoria e a materialidade da conduta imputada aoPte, Municigal.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JONAS FABRICIO PAGLIUSE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 158

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CÂUiNRA MUNIGIPAL DE MONTE APRRZIVEI
Praça São Joã0, 161 - Centro - CEP 15150-000
Fone/Fax: (17l. 327 5-17 35 I 327 5-27 11
E-mail: cmmonteaprazivel@terra.com.br / Site: www.camara.monteaprazivel.sp.gov.br
CNPJ 51.848.497/0001-33 - Monte Aprazível - Estado de São Paulo

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B6B.
Quanto ao seu conteúdo, o Denunciante alega que o
Denunci ado jâ tinha conhecimento de que o Sr. Nelson Avellar tinha
condenação em primeira e segunda instância sem efeito suspensivo a
partir do dia 09 de outubro de 2077 conforme entrevista à Rádio
Difusora; que o Vereador Ailto Faria alertou formalmente o Prefeito por
meio de ofício no dia 23 de, outubro de 20L7 de que sua conduta poderia
constituir infração ao art."12 da Lei 8.429192, dada a proibição de
contratar com o Poder Publico existente em relação ao Sr. Nelson
Avellar, énsejando a âplicação da Súmula 473 do STF como solução Para
,.onhovéisia, bastando anular o ato de nomeação.
.. .
,, , ,,,, ,
:.'

o a
..

,: , Alegou, por fim, Denunciante, existência de


diversos outroS processos já décidido§iem''segunda instância que teriam
o côndão de inviabrltzar a contratação tanto do Sr. Nelson Avellar como
do Dr. César Augusto Spina, e que tais nomeações consistiriam não só
em r,infração à Lei, mas também em ofensa aos princípios de Direito
Adúinistrativo da Legalidade, Impesso,alidade, Moralidade e Eficiência,
áaaa a existência das condenações por improbidade administrativa,
dano ao erário ê crime,,em fraude em licitaÇão,
:_
2.Da Instauração

' :)' Inicialmente devemos considerar que a denúncia foi


apresentada durante o período de rece§§o'dos trabalhos legislativos,

Art; :1 3+:.,'A: legislatu ra compreendeiá (uatro sessÕes legislativas,


com início cáda uma em 10 (primeiro) de Fevereiro a 17 (dezessete) de Julho
e 1o (primeiro) de Agosto a22 (vinte e dois) de Dezembro de cada ano.
Parágrafo único. Os períodos não abrangidos neste artigo serão
considerados como de recesso legislativo.

Como durante o recesso legislativo não se realizam as


atividades parlamentares regularmente, a formaltzaçáo do processo e

^7,/
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seu encaminhamento para análise foi feita aPós-o fim d período.
.
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cÂuinRA MUNICIPAL DE MONTE APNNZIVÉI.


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Rl - Art. 87, As ComissÕes Permanentes reunir-se-ão:

()

§10 Quando a Câmara estivql ern,tecesso, as Comissões so poderão


reuir-se em caráter''extr,aordinaiio,, pàr'a tratar de assunto relevante e
inadiável.

' 'r i' Havendo necessidade de manifestação da Comissão


de Con§tituição, Justiça e Redação quanto à admissibilidade, legalidade e
legitimidade da denúncia antes de sua leitura na primeira sessão
su-bsequente (Art. 347, inc. IV do RI), e diante do fato que tal comissão
somente se reúne para seus trabalhos a partir do fim do recesso
legislativo (Art. 87, §1n RI), é obvio que somente após o recesso
legislativ.o,se poderia dar a instauração e trâmite regular do processo.

', ,,, ' ' Deste modo, conforme Regimento Interno da Câmara
Municipal e Lei Orgânica do Município de Monte Aprazível, tanto a
Comissão de Constituição, ]ustiça e Redação como a Assessoria Técnica
jurídica se manifestaram favoravelmente ao encaminhamento da matéria
ao Plenário para juízo de admissibilidade.

3. Da Admissibilidade, Legalidade e,,Legitimidade


..i.r:

Apresentados os pareceres favoráveis ao


encaminhamento ao Plenário para votação quanto ao recebimento da
denúncia (fLs.317 a337), o Presidente da Câmara, em respeito ao Decreto
Lei 201,167 e Regimento Interno, incluiu a denúncia na primeira sessão
imediatamente subsequente, sendo esta a 02a Sessão Ordinária, realizada
no dia 20 de fevereiro de 2018, conforme Ata de fls. 347 a349.

4*
.
0ü0s27

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cÂvinRA MUNIGIPAL DE MONTE APRAZIVÉL
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Na ocasião, o Plenário decidiu, em votação nominal,
por 8 (oito) votos favoráveis e 1 (um) contrário, denotando atingir
proporção acima do exigido para Admissibilidade, Legalidade e
Legitimidade da Denúncia. ,com, o seu prosseguimento e tramitação
regular a partir deste pontO;'já se formando neste ato a competente
Comissão Processante por sorteio,: e imediata atribuição de seus
membros, ficando assim constituída:

Presidente: Vereador Jean Winícios Vieira;

'r.,'r,:rri:i:,r Luis
Relator: Vereador Donaldo Paiola; e,
I r't i :l i, r,r I.

Membro: Danilo César de Souza.

4. Do Início dos Trabalhos


',,,t

' '
,

Iniciado os trabalhos, como primeiro ato da Comissão


Processante o Denunciado Nelson Môntoro recebeu a notificação no dia
26 de fevereiro de 2018 (fls. 353) junta,mente com cópia da denuncia e
todos os documentos que a instruem, apontando o Prazo legal Para
apresentação de Defesa Prévia.

5. Da Defesa Prévia

Conforme fls. 358 a 472, o Denunciado Nelson


Montoro t por seu procurador constituído às fls. 354 e 355, apresentou no
dra 07 de março de 2018 sua Defesa Prévia e juntou os documentos que
entendeu adequados, sem suscitar nenhuma nulidade ou erro Passível
de correção, pugnando pela improcedência da denúncia e arrolando
testemunhas.

---
5+
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fls. 161

cÂMARA MUNtctpAL DE MoNTE ApRAziVet


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q Praça São Joã0, 161 - Centro - CEP 15150-000
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Ato contínuo e no prazo legal, a Comissão Processante
exarou seu parecer de fls. 413 a 475, decidindo por :

a) Iniciar a fase de instrução;

b) Intimui. ó D".runciado para indicar os fatos sobre os


quais recairiam os depoimentos das testemunhas por ele arroladas e sua
pertinência; : :,,

nãoáacontru,uça3#ff ifl :LTi;.;,::::TY.ffi L:T:f,,1;ffi;:;


Denunciado e fundamentado pelo penunàiante;
,i;
'
.
'
,,t"
r',, , d) Expedir ofícios às 1a e 24,Yaras Judiciais da comarca
de Monte Aprazível e Vara Judicial da Comarca de Viradouro,
solicitando certidões de objeto e pé sobre ós processos mencionados na
denúncia e decisões neles proferidas. ',, ,,,',,,

6. Da Instrução

, '' determinações da Comissão


Em atendimento às
Processante, foram expedidos ofícios aosr,orgãos judiciais solicitando a
expedição de certidões de objeto e pé do-S processos referentes aos Srs.
Nelson Antonio Avellar (fLs.417 a 420') e'César Augusto Spina (fls 541 e
s4z),juntadas aos autos acompanhadas de suas respectivas respostas (fls.
422 a540;550 a 554 e 557 a 613).

Ainda em cumprimento às determinações do Parecer


quanto à Instrução, o Denunciado foi devidamente intimado (fls. 416) no
dia 08 de março de 2078 para indicação dos fatos sobre os quais
recairiam os depoimentos das testemunhas e sua pertinência. Todavia,
deixou de fazê-lo, limitando-se tão somente à reiterar de forma genérica
o pedido para que todas fossem ouvidas (fls. a2\.
ur,
.
0ü0s29r.,

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fls. 162

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." Fone/Fax: (17)- 327 5-17 35 I 327 5-27 11
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Nesse ínterim, o Denunciante Jorge Mendes
apresentou também seu rol de testemunhas e requereu sua oitiva (fls.
543 e 544), sendo igualmente intimado (fls. 547) pela Comissão para
indicar os fatos sobre ,os ,quais recairiam os depoimentos e sua
pertinência, e da mesma formá, àpenas insistiu genericamente em seu

,' ,,,
" ,,'
Da análise quanto à prova testemunhal, a Comissão
Procàá'sante indeferiu todas as testemunhas arroladas pelo Denunciante
em razão da preclusão. Já quanto ao rol apresentado pelo Denunciado,
deÍeriu parcialmente, nos termos do,,iparecer de fls. 616 a 619,
àdequadamente fundamentado.

De tais decisões, foram intimados dentro do prazo


legal tanto o Denunciante quanto o Denunciado, com indicação das
respectivas razóes (fls. 621), sendo que especificamente em relação ao
Denunciado, este nadá mais requereu na,instrução no tocante às quatro
têstemunhas cuj os depoimentos foram iídefe.ridos.

Devidamente intirnados o ,Denunciado (fls. 62L) e as


testemunhas (fls. 622 a 627), for realizada audiência para oitiva das
mesrnas no dia L0 de abril, conforme termos de depoimento de fls. 637 a
652.

O
depoimento pe§sôal do Denunciado, conforme
prevê o Decreto Lei 201.167, Íor realtZâdo no dia 12 de abril de 2018,
conforme fls. 654 a 661, sendo que ao término da oitiva, conforme a ata
de reunião da Comissão Processante (fls. 662) ficou deliberado que a
Assessoria Tecnica Jurídic a realtzasse pesquisa no sistema informatizado
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo sobre a existência e teor
de condenações em segunda instância dos ! Nelson Antonio Avellar e
César Augusto Spina.


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fls. 163

5-E=1kI cÂuiaRA MUNtctPAL DE MoNTE ApRA,


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I+#Ffi Fone/Fax: (17l. 327 5-17 35 I 327 5-27 11


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]untado o resultado das pesquisas do TISP (fls. 664 a
838) com inteiro teor dos acórdãos e andamento dos processos e,,
portanto, encerrada a instrução, procedeu-se à fase de apresentação das
razóes escritas, intimando-se o Denunciado (fls. 839) para que recebesse
cópia integral do processo e apresentasse suas razões escritas no prazo
de 5 (cinco) dias, conforme art. 347, inc. VIII do Regimento Interno e art.
5a inc. V do Decreto Ler201167.

7. Dâs.Razões Escritas

' "''' zad.a, o Denunciado Nelson


Atendo à intimação réàli
Montoro apresentou no dia Z3,de"'ábril, dentro do prazo legal, suas
esôritas às fls. 84'1 a874, juntando documentos de fls.875 a927.

A Comissão Processante se,reuniu no dia 24 de abril


para análise do processo e documentação que o integra, juntamente com
as; r:azóes escritas apresentadas pelo Denunciado, conforme Ata de fls.
922.,; em confoÍmidade com o Decreto Let,/§I de27 de fevereiro de 1967,
Lei Orgânica Municipal e Regimento Interno da Câmara.

Após análise e debatôs,da matéria pela Comissão, não


havendo unanimidade, ficou determinado por todos os membros que
ate as L6:30h do próximo dra 26 dé ábfil deverá ser apresentado o
relatório pelo membro Relator, o {ual será então acrescido das
conclusões dos demais integrantes, conforme o caso, e apresentada
manifestação conjunta da Comissão Processante por maioria de seus
membros

É o Relatório.

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8. MANTFESTAÇÃO nr VOTO DO RELATOR

O Menibrá Relator, Vereador Donaldo Luis Paiola,


reforça o Relatório e m,anifestaiseu voto no seguinte sentido:

,,, ,, , Pela improcedência, em,face do entendimento de que


o Deàúnciado não cometeu os fatos descritos na denúncia. As provas
levada§ para os autos não comprovam que à época da contratação dos
Assessores Nelson Antonio Avelar e Cesa.r Augusto Spina, estes estavam

Verifica-se ainda nos autos que o Excelentíssimo


Sen]1ôr Prefeito tomou todas as cautelas rnecessárias e indicadas na Lei
Cornplementar,i0L l20l0, tendo os As§ess.ores em questão apresentado
toda à do.,l-entação exigida pela Lei.

,: O Departamento de Pessoal, encarregado de verificar


a documentação, entendeu que nada havia de irregular, comunicando ao
Prefeito de que não havia impedimento On,,u a devida contratação.
. , ',,.:...,...,,
Ressalta-se que, confótmé,r consta nos autos, os ex-
asse§sores Nelson Avelar e César Augusto à'epoca de suas nomeações
estavam eles em pleno gozo de seus direitos políticos, ou seja, podiam
votar e ser votados.

Nesse contexto, difícil crer no impedimento dos Srs.


Nelson Avelar ou César Augusto, pois poderiam eles até, se
eventualmente tivessem sido candidatos e eleitos, ocuparem o cargo de
Prefeito Municipal. Assim, forçoso drzer e sustentar que não poderiam

C
ocupar o cargo de Assessor, que é inferior na hierarquia.

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À épo.u da contratação, como já exposto, a exigência
da Lei pertinente ao caso, foi devidamente cumprida. Posteriormente,
pela Câmara dos Vereadores foi proposto Projeto de Emenda à Lei
Orgânica alterando o artigo 122-A, o qual buscou disciplinar a
contratação por concurso publico e ocupação de cargos de livre
nomeação, impedindo ,que tâis vagasi:fossem ocupadas por pessoas com
idoneidade questionável,'oü seja, que não estivessem enquadrados pela
lei da "Fitha Limpa". ' ,

'.. .,.,:,1

EnÍatizo, mais uma Yez, de que em


meu
entendimento, o Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal não cometeu
ô..,aio dêscrito na Denúncia. ,., i:::,',::,,

, Havendo entendimento diverso, de que ele cometeu a


infraÇão político-administrativa conforme a denúncia, temos aí que o
fatórsupostamente cometido pelo Prefeito não está eivado de dolo, má'fe
e'tei.,.cai.iS ado pireju ízo ao Erário Publico.

.
Nesse passo, temos quê a questão deve ser resolvida
pelo Princípio da Razoabilidade, considerando-se que a infração político-
administrativa, não estando ela impregnada pelo dolo e rr.â-Íé, não há
,ur66,,pãra aplicação da pena extrema, ou Seja, a cassação do mandato do
Piefeito Municipal.

Em face do expostoi,vôto pela:

IMPROCEDÊNCIA DA DENUNCIA.

4 b
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9. MANTFESTAÇÃO pn VOTO DO PRESTDENTE

Nada mais restando para o esclarecimento dos fatos,


inexistindo quaisquer pendências a pairar sobre qualquer pleito da
defesa, o Presidente Jean Winícios Vieira, ja tendo formado o livre
convencimento, acompanha o relat 'rio,él apresenta seu voto:

9.1-Qúanto à Preliminar de cerceamentô de defesa e requerimento nas


alegações finais para prosseguimentô da instrução

.'':,,t, Pugna o denunciad§;,,gm preliminar apresentada nas


suas alegações finais, de que "não cabe à Comissão Processante suprir
deficiências da denúncia, muito menos em rnatéria de proua" (fls. 844 e 845).

Mais uma vez equivocado o denunciado.

': A prova cabal de que o denunciado agiu com afronta à


Iegislação vigente depende justamente de se apurar se Nelson Avellar
e/ou César Spina estavam impedidos de contratar com a Administração
Publica, por terem sido apenados em processo judicial.

Nessas circunstâncias, o único meio de prova hábil


para comprovar o impedimento de contratar é a prova documental. E
qual seria essa prova? A resposta é simples: as informações oriundas do
Poder Judiciário quanto dos processos existentes contra os nomeados
que ensejaram a denúncia.

Deste modo, conforme consta no processo de cassação


(fls. a7 a 237) o denunciante já juntou comprovação de condenação do Sr.
Nelson Avellar por improbidade administrativa, onde consta
expressamente a proibição de contratar.
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Em relação ao Dr. César Augusto Spina, tais
documentos estão nas fls. de 238 a 260, onde constam condenações por
improbidade administrativa em primeira e segunda instâncias.

A
Comissão Proc,essante apenas providenciou a
juntada aos autos do,,processo de cassação de certidões de objeto e pé
atualizadas, que foram requeridas ao Poder Judiciário e prontamente
atendidas pelos Nobres Magistrados da Comarca.

Não há qualqúer inte.rpretação a ser feita em relação


ao inciso III, do artigo 5n do'Decreto-Lei 7r0U67, jâ que não se restringe o
poder nem a força instrutória da Comissão Processante.
,.

', l" N"rt"


,,., .,,:,.,,,,,,,,,,:),,.. .

contexto, a Comissão Processante pode sim


determinar as diligências que se fize-rem,necessárias à elucidação dos
fatos narrados,,,:na denúncia, pois no procedimento administrativo a
autoridade processante ou julgadora pode, até o final, conhecer novas
Provas.
'
,stranho seria ," airnte de fatos de tal gravidade
alegados por um cidadão, a Comissão,,Processante nem ao menos se
desse ao trabalho de averiguar os mais elementares elementos da
denúncia.

:' ,,,,, Ademais, não há que se falar em cerceamento de


:
defesa. As te§temunhas foram ouvidas parcialmente, sendo que as
exclusões foram devidamente fundamêntadas com base no ordenamento
jurídico, conforme consta do processo (fls. 6161619).

O denunciado foi devidamente intimado do


indeferimento (fl. 627) e não apresentou nenhum pedido de
reconsideração para a oitiva das testemunhas indeferidas, apenas juntou
uma petição manifestando sua indignação, mas sem nada requer de
Direito. ,r»
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.o .T= Fone/Fax: (17l. 327 5-17 35 I 327 5-27 11
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Vale ressaltar, airrda, que devidamente intimado
(fls. a16) paÍa indicar os fatos sobre os quais recairiam os depoimentos
das testemunhas arroladas e a pertinência de cada um, o denunciado
simplesmente deixou de cumprir,o seu ônus, limitando-se a requerer a
oitiva de todas as testemunhas de forma vaga e desidiosa, o que, por si
so, jâ bastaria para ensejar o indeferimento de todas (fl. 421).

Não obstante, em nome dos princípios da ampla


defesa e contraditório, a Comissão Processante houve por bem repelir
apenas os depoimentos daquelas flagrantemente vedadas pelo
ôrdenamento jurídico (fls. 616 a 619).

" Deste modo, não há qualquer decisão ilegal da


Comissão Processante e, conforme já mencionado, o deferimento parcial
de oitiva,das testemunhas arroladas pelô denunciado foi devidamente
fund,améntado (fl s, 676 I 619).

'' :r ,r Insta observar, pot'oportuno, que esta decisão da


Comissão Processante se mostrou posteriórmente a mais justa e acertada,
uma,vêZ eue basta avaliar os termos de depoimento das testemunhas
deferidas para se constatar que em absófutamente nada acrescentaram
ou esclareceram a respeito dos pontos fixados como controversos,
servindo apenas para elogiaf a vidà"'pregressa e profissional do
Denunciado.
'. "
Portanto, o requeritnento apresentado no corpo das
alegações finais sobre o prosseguimento da instrução com a oitiva das
testemunhas indeferidas está, além de precluso, também em total
incoerência com o cerne da questão, consistindo em flagrante manobra
protelatória com o fito de acarretar proposital nulidade de todo o
Processo.

13

»
.
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fls. 169
0ü08Sfi^
v
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9.2Da tipicidade da infração político-administrativa

Analisados os autos do processo de cassação verifica-


se que a infração político-administrativa está consumada, concluindo-se
pela procedência da denúncia.

Apresentados os fatos pelô Denunciante, a adequação


jurídica da questão se desdôbra em três aspectos, a saber:

' '",,;' ' a) Se os contratados estavam ou não no gozo de seus


direitos políticos no momento da nomeáção, àtendendo ao art. 15 da Lei
Complementar 01, 1201,0;

' ' b) Se os contratados estavam ou não submetidos a


proibição de contratar com o Poder Público, nos termos do art. 12 da Lei
84219192 -,Lei de Improbidade Administrativa; e,

,:: :: c) Se os princípios da Administração Pública,


exprê§sos da Constituição Federal e, como consequência, na Legislação
infraconstitucional, foram ou não observados no ato de nomeação dos
contratados.

,','1,, Em que pese a defesa.se ,escorar na aplicação do art. 20


1;, Lei de Improbidade Administrativa que exige o trânsito em jutgado
para se originar a aplicação de sanção, tal norma não se aplica ao
presente caso, uma vez q1Je, como demonstrado no parecer prévio da
Comissão Processante, o objeto controVêrso é se havia ou não proibição
de contratar por parte dos nomeados.

Deste modo, a perda da função pública e a susPensão


dos direito políticos, ambas previstas no art.20 da Lei de Improbidade
Administrativa e que exigem o trânsito em julgado não são aplicadas ao
presente caso.

v
4

,/
.
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fls. 170

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O cerne do debate é que o empregado comissionado
Nelson Avellar ostentava, na época da nomeação, condenações de
primeira e segunda instâncias por ato de improbidade administrativa,
sendo que uma das sanções impostas a ele é justamente a proibição de
contratar com o Poder Público, sanção esta não amparada pela exceção
que consta no art.20 da Lei de Improbidade Administrativa, e, portanto,
dispensando a formalidade do instituto do trânsito em julgado para
surtir seus efeitos imediatos, conforme expressamente consta nas
decisões judiciais que constam nas fls. 47 a237 e 663 a 838.

O denunciado tenta, de forma equivocada, enquadrar


á nomeação espúria no art.20 da Lei de Improbidade Administrativa, de
fôràa a criar uma dependência do trânsito em julgado, que não existe
nem ,no texto expresso da Lei, nem na Doutrina e muito menos na
]urisprudência. Todavia, conforme demonstrado, o Sr. Nelson Avellar,
ostentando a sanção de contratar com o Poder Publico estava impedido
de sêr nômeado,pelo Prefeito, ora denunciado, já que a referida sanção
não óa1êce do trânsito em julgado para surtir seus efeitos.
I ' Conforme exposto no ofício encaminhado pelo
Vereador Ailto Faria e mencionado alhures:'

' ,l'lnsta observar, que as sançÕes pievi§tas no artigo 12 da Lei n0


8,4:2gtg2têm,natureza extrapenal. Apesai de,,:não constar na Lei no 8.42gtg2
a iêssàtva,dà:,aplicação subsidiária.da,1si,:,:r6errr7:;347t85 (Lei da Ação Civil
Pública)'e pacíÍrco o entendimsnfs jurisprudencial.,no sentido de que ação de
improQidale admihistrativa é espécie de ação civil pública, As disposiçoes da
Lei n 7.347/85 se aplicam subsidiaiiam,entê às ações de improbidade -
conforme precedentes do STF do STJ.
Desta forma, segundo artigo 14 da Lei n 7.347185, "O juiz poderá
conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à parte".
Da leitura do dispositivo deduz-se que, em regra, os recursos interpostos em
ações que seguem procedimento previsto nessa lei devem ser recebidos
apenas no efeito devolutivo. Excepcionalmente, o juiz poderá, analisada

ls
situação concreta, atribuir efeito suspensivo ao recurso. Desse modo, em
regra, apelação interposta em face de sentença que condena réu em ação de
improbidade administrativa será recebida apenas no efeito devolutivo."

»
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0ü0938n
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Como no presente caso, não houve essa ressalva por
parte das decisões judiciais nem de primeira e nem da segunda
instâncias que condenaram o Reu Nelson Avellar, contratado pelo
Prefeito Nelson Montoro, é certo que tal conduta ofendeu a Lei e
decisões |udiciais, de forma que não há que se falar em atipicidade.

Quanto à
aplicação dos princípios constitucionais
expressos,, devemos considerar que ao ostentar condenações por
improbidade administrativa e sendo réu'em vários processos, cíveis e
crirnináis;' tanto na Justiça, Estadual qüanto na ]ustiça Federal, com
inúmeràs decisões em andàmento, dêvê' sim incidir o princípio da
moral-idade, que por si so já seria capaz de repelir qualquer idéia de sua
côítratação junto à Administração Publiça.

Neste sentido, preleciona os ilustres doutrinadores


Emersoí Garcia e Rogério Pacheco A1ves em sua obra conjunta
"Improbidade Administrativa", 5a Ed., as pá9. 605:

,'"r'-" "1t10 que concerne âo polo oposto da,ietàção obrigacional, deverá ser
ocupado poi,'quem demonstre possuir retidão de conduta compatível com a
natureza do:,,contrato e do seu destinàtáriô. fqnal. Essa
"característica
, prima
facié, não sera encontrada naquele que.infiingiu os princípios da legalidade e
dai, morali.dade vindo ,a :praticalatos de improbidade em detrimento do
interesse público. Assim, é plenamente lusiificavel que lhe seja defeso
contratar cóm o Poder Público.
(...)
Oe contratar deve ser dispensada uma interpretação
'A,.p-r:oib;iÇa.o
condizentê''':ôom a eitensão atribuída 'a ,essa sanção pelo texto legal,
abrangendo todos os contratos passíveis de serem estabelecidos com o
Poder Público, que sejam unilaterais ou bilaterais, onerosos ou gratuitos,
comutativos ou aleatorios. A proibição de contratar implica, rpso iure, na
ição de participar da licitaçã0."

Também nesse sentido ensinam os Mestres Adriano


Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade em sua obra "Interesses

7*
Difusos e Coletivos Esquematizado",5a pição, Ed. M o, pág.71[:
.
0ü0,r}»

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"Outro aspecto relevante é que a sanção atinge não so o agente público
condenado por ato ímprobo, mas também a pessoa jurídica da qual ele seja
socio majoritário,

No que se refere a proibição de,contratar, e intuitivo que a sanção em


exame também ',irypede o
à§ente ímprobo de participar de licitaçã0,
antecedente logico,da,, eontratáçãô futu ra, "

"'',,.
,,,

,:'
,,,r ,,,,:' ,
Já quanto a nomeação do empregado comissionado
Cesail,Spiná, que ostenta também duas condenações por improbidade,
devé incidir também o princípio da môfaHd ade, jâ que a Administração
Púbtica deve obediência aos princípios expressos no artigo 37 da
Constituição Federal e art. 80 da Lei Or§ânica Municipal.

Tanto é verdad.e, que recentemente tivemos ampla


divulgação nos meios de comunicação, onde a |ustiça Federal proibiu a
nomeação para o Ministério do Trabalho de deputada que ostentava
çóndenações, fazendo' incidir ao caso justamente o princípio da
moralidade.

Resta devidamente, então, tipificada a infração


político-administrativa, capitulada no artigo 4e inc. VII, do Decreto-Lei
207167, que prevê: ,

Vll - Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência


ou omitir-se na sua prática;

Termos análogos ao do Regimento Interno da Câmara


Municipal de Monte Aprazível:

2 +
17
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fls. 173

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." .it Fone/Fax: (17l. 327 5-17 35 I 327 5-27 11
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Rl - Art. 346. são infraçoes político-administrativas, nos termos da lei:
()
vlll -praticar atos contra expressa disposição de lei ou omitir-se na
prática daqueles de sua competência;

sentido , do teÍmo "lel" deve ser o mais amplo


O
possível, incluindo-se' aí a Constituição Federal, onde, em seu art. 37
estão expressamente previstos os princípios da Administração Pública e
entre,,eles o princípio da moralidâde. ,,
,i,,

.1' ;'
'
Tais princípios, por si,l j5 bastam para a tipificação da
infração político-administratíva, tanto pela conduta ativa imoral da
noúeação, como pela conduta ,omissiva,,,de zelo pela Administração
Publica.
.i' ..

Ademais, a alegaçãô, da defesa de que a Lei Municipal


prevista ao tempo da nomeação era a Lei Complementar 01,, de 27 de
setembro de 2010 e que esta não previa outros requisitos além dos
menôionados em seus incisos não há prevalecer, vez que nenhuma lei
municipal pode contrariar a legislação federal, que deve ser observada
sistematicamente em harmonia com a legislação municipal.

Deste modo, e flagrante o desrespeito à Constituição


Federal e à legislação infraconstitucional, em especial a Lei de
Improbidade Administrativa. A Constituição Federal porque prevê o
dever de observância aos princípios administrativos. E a Lei de
Improbidade porque prevê que a proibição de contratar com a
Administração Pública não necessita de trânsito em julgado.

E mais, a Lei Orgânica Municipal, que também opera


sobre a Lei Complementar 0U20L0 e, em simetria corn a Constituição

q
Federal, também é taxativa quanto à obediência ao princípio da
Moralidade conforme disposto em seu art. 80.

1 8r,

.Y
.
0ü0s,{Í

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fls. 174


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Não pode, portanto o Denunciado, ao arrepio da lei,
desobedecer a legislação federal e a própria Constituição Federal ao
nomear pessoas ímprobas, proibidas de contratar, para compor o quadro
da Administração Publica.
''
Ora, comoié d" amplo conhecimento desta Casa de
Leis e do próprio Denunciado, quantô à existência de proibição legal à
contiatação, a Promotora de Justiça da comarca de Monte Aprazível,
corrob-orando este mesmo entendimento que expusemos acima, exarou
RECOMENDAÇAO para que o denúnciado exonerasse o contratado, o
q-ue demonstra de forma cabal a existência da proibição e seus efeitos.

Afinal, se estivesse tudo em conformidade com a lei e


ordenamento jurídico, porque haveria o Ministerio Publico de apontar
por medid,as corretivas?

, .,,, ,,t,,,,
,,, ,i, O Administrador
Publico deve zelar para que os
car§ôs, de direção, ,chefia e assessoramento, providos sem concurso
publico sejam ocupados por pessoas absolutamente ilibadas.

a
caracterizaçáo de infração político-
Portanto,
administrativa está presente e é inegável, implicando a procedência da
denúncia.

Apenas a título dd,,debate, para elucidar as repetidas


manifestações da defesa sobre a regularidade política eleitoral do Sr.
Nelson Avellar, segundo a qual estava em pleno gozo de seus direitos
políticos e que seu nome não constava no Cadastro Nacional de
Condenações Cíveis por ato de Improbidade Administrativa - CNIA,
apontamos que é absolutamente irrelevante a discussão acerca dos seus

7
direitos políticos e a dita inscrição4o em qualquer cadastro.

19

+
.
4r,

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0ü03
fls. 175

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,r'
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9.3. Da inequívoca ciência pelo denunciado da proibição de contratar.

Justamente para afastar qualquer alegação de boa-fé,


ignorância ou desconhecimento, ressaltamos que o Denunciado tinha
plena ciência de que o Sr. Nelson Avellar estava proibido de contratar e,
portanto, agiu com vontade livre e consciente de que estava
desrespeitando a legislaÇão em vigor.

.''.,,
. Tanto à árrl*' que sell viu obrigado a dar uma
satisiàçao'à sociedade diante da revolta que a notícia da contratação de
Nel§on Avelar gerou na populaçãô, concêdendo entrevista à rádio
difusora de Monte Aprazível no dia 09 de outubro, onde o Denunciado
iêspondeu ao repórter Marcos que sabia dos problemas na Justiça e que,
mêsmo assim, daria uma chance paÍa o contratado, pois seria como um
filho que errou (fls. 20):

"Repórter:
:,,,, '::,;;::,a

,, : :

.',',,,,1'.'Na noúeaçâo dele;.o Senhor: recebeu'crÍticas de:todos os lados, por


,,qonta dos prOcessos Qúe o Nelson Avellar tern tiamiÍándo na Justiça, alguns
a!é,com cond.enação em segunda instância-., , , :

"l'..'rSé.úo0ê,têm um filho seu que erra','al§umã'''vez? Você vai excluÍ-lo da


"'sua faúília? A genle não pode. Os problemas,que ocorreram, se ele tem
ll
a Ig um,.problern á ;l q.ue ú d efin e n ão é eu,,,é,: â. J

Sendo tal entrevista e seu teor confirmados pelo


Denunciado em seu depoimento pessoal (fls. 65a).
Não fosse suficiente tal assunção de seu pleno
conhecimento e responsabilidade, foi devidamente avisado, mediante
ofício do Vereador Ailto Faria protocolado na Prefeitura Municipal em
23 de outubro de 2017 ,lhe dando inescusável conhecimento da proibição
e suas consequências perante o Ord urídico.

I
20
.
0ú00j,3

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fls. 176

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O
denunciado também participou de reuniões na
Câmara Municipal de Monte Aprazível onde foi devidamente orientado
a não efetivar a contratação em virtude do impedimento legal.

Tudo isso demonstra qne agiu de forma deliberada,


consciente do impedimento legal e, mesmo assim, preferiu seguir pelo
caminho da truazoabilidade e desproporcionalidade em sua opção de
levar, a ,cabo a nomeação fadada uo ir,rr.esso. Princípios estes que
também constam no art. 80 da Lei Orgânica.

9;a;...Da.não aplicação da Emenda à Lei Orgânica n.a 0'J.2017

Orgânicá ne OU20L7 náo se aplica ao presente ,caso, já que foi publicada


em 29,;'de dezembro de 2077 e a nomeação de servidor proibido de
contiatar ocorreu em 02 de outubro de 20 .T7,
I . .:.. aa ,.

I ' , A
pretensa aplicação das,, disposições introduzidas
pela emenda à Lei Orgânica não poderiam retroagir para surtir seus
efeitos no caso concreto, da mesma' forma que não legitimam o erro
cometido. Aliás, se assim fosse, e§tàiia maculada pelo casuísmo e
destinação ,, especíÍíca para ser aplicada jüstamente à estas tais
nomeações viciâdaslfeitas pelo Denunciado,

A irretroatividade vale para todas as Leis, sem


exceção, até segundo os filósofos gregos Platão, Sócrates e Cícero quando
tratavam da aplicação da Lei, que se daria "da sua aprovação em diante,
jamais o contrário". E a próprio Constituição Federal de 7988, em seu art.
5a inc. XXXVI afasta a aplicaqão de nova Lei sobre fatos já consumados.

v
21
,rr;::t

.
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cÂuinRA MUNtctpAL DE MoNTE ApRA;


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Ainda gue, hipoteticamente, se aplicassem

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as
disposições de tal emenda, seus §§ 3t e 4a especificam que as pessoas
nomeadas deveriam apresentar em 30 (trinta) dias comprovação de sua
regularidade, sendo que a situação irregular em análise já era de
conhecimento do Denunciado desde a nomeação em 03 de outubro,
repelindo qualquer vestígio de boa-Íé. , ,
')...
,,,, ,. , A 1ei, :desrespeitada pelo denunciado, como jâ
menciônado, foi a Lei 'de Improbidade Administrativa, que não exige o
trân§ii-; eú'julgado para a sanção de proibição de contratar, bem como a
pró§i,ria Constituição Federal que expressamente prevê os princípios da
Administração a serem seguidos.

Orgânica no presente caso, é impertinente ao deslinde do julgamento.


. : .t.

9.5. Das inverdades mencionadas nas alegações finais

,' ' A
defesa apresentada em sede de alegações finais
propala várias inverdades que serão abáixo examinadas e passíveis de
processo judicial, já que são totalmente inverídicas.

Extrapolando a busca: por uma tese que lhe fosse


favo-rável, a defesa escrita se dedica a fumúIfuar a verdade dos fatos por
meio de abs-urdos, alegados levianamente e sem fundamento nenhum,
apenas para the, conferir um verniz de vitimização num suposto enredo
conspiratório.
Alega a defesa (fls. 869, item I) que:

"houve deliberada e proposital correção da denúncia pelo setor


Administrativo da Câmara, que deixou PROPOSITADAMENTE de colocar a
denúncia apresentada na 1a sessão legislativa da Câmara, em flagrante
violação ao que determina expressamente o inciso ll do art. 50, do Decreto-
Lei 201/67 (...)".
,r_y

Ç,
.
0Ü0s,15

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cÂuinRA MUNtctpAL DE MoNTE ApnnzívEl


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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B6B.
Tal alegação descabida é refutada pela própria norma
em que se fundamenta a condução do processo, pois é indispensável que
a Comissão de Constituição, ]ustiça e Redação se manifeste quanto à
admissibilidade, legalidade e legitimidade da denúncia antes de sua
leitura (Art. 347 , rnc. IV do RI) necessitando de tempo hábil para emitir
seu parecer, até mesmo ,como forma de preservar os direitos do
Denunciado no caso de uma representação sem nenhum embasamento
fático-iurídico.
..:
:: '' Esse cuidado, fruto"'da aplicação do Princípio da
Harmontzaçã,o das Normas, entre o Decreto Lei 201,167 e o Regimento
Ih!êrno, trouxe para o Denunciado uma,,gâiántia de segurança jurídica, e
nãô, :implicou o mínimo prejwízo. Assim, imediatamente após os
pareCeres necessários, a denúncia foi encaminhada ao Plenário para
anáIise.
'',:t..
'i i ..',:..
Sobre outro aspecto, a defesa alega ainda, que a
.l

dénúncia somente foi corrigida após a apresentação na Câmara


Muíicipal de uma certidão da ]ustiça Eleitoral encaminhada pelo Sr.
Nelson Avellar e que tal certidão teria sido (fls. 869 e 870).

"desviado para uma gaveta qualquer''.dà.eâmara, sem antes, é claro,


l,"":,..,,''

COMUNICAR.SE' INFORMALMENTE ss':'"::'d66'snciante que rapidamente


idençiôu' nQvos fatos para dai,sobrevida a fragil denúncia"

Tamanho disparatê, diante da gravidade de suas


implicações, exige esclarecimentos elementares e gü€, em sua
simplicidade demonstram a desproporção absurda do erro:

Primeiro porque a própria denúncia apresentada


ainda em 28 de dezembro - bem antes de que tal certidão fosse
protocolada na Câmara pelo Sr. Nel Avellar - deixou claro que:

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.
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179

CÂUiaRA MUNIcIPAL DE MoNTE APnazível


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()

Considerando o Recesso da Câmara Municipal até 31 de janeiro de


2018, e o fechamento desta Casa de Leis nesta data, o Requerente fará
juntada de demais documentos pertinentes à Representação no primeiro dia
útil do exercício de 2018,

,, ::. , ,
dernonstra que já era intenção do denunciante
Issô,,,
aditâi.:a denúncia ofertada com novos documentos pertinentes, Íazendo-
o conforme fls. 20 a35.

, :.,,,,.
i,,, , "l
Ademais, o encaminhamgnto da certidão da ]ustiça
Elêitoral protocolado pelo Sr. Nelson Avellar (fls. 392) apresenta os
seguintes dizeres:

venho através do presente


encaminhar a cERflDÃo DA
JUfiÇA EtElroRAt que comprova
qr. ;;;'fireitos potíticos foram
devida mente restabetecidos
.J.i" o:;;/ü;;
Na oportunidade, reitero
os meus protestos de erevada

Apenas encaminhou a certidão mas nada requereu.


Outrossim, não há que se falar em juntada da certidão com a denúncia
uma vez que a Comissão Processante nem sequer havia sido constituída,
pois a denúncia somente foi recebida bem posteriormente, em 20 de
fevereiro de 2018.

Ora, como juntar um documento aos autos de um


processo que ainda nem sequer foi instaurado? ,oo
-?
.
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0ü03 {%.
fls. 180

GAMARA MUNICIPAL DE MONTE APRAZíVÊ[,


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Outra insensatez aduzida pelo Denunciado é de que
foi emitido parecer jurídico

()

"fundado respaldo na legislação


federal".

'' Também estar o.rçócr.!crL,


alegação E absolutamente descabida.
é crl..rJ

,,' ,,,',, : Isto porque incul4be ao Presidente da Câmara


úunicipal observar todo o ordenamento jurídico. Assim, há expressa
préúisão no Regimento Interno desta Casa , que exige a emissão de
pareceres antes de ser enviada a denúncia para a apreciação em Plenário.
..i :

,r "' Exigindo o Regimento Interno a emissão de parecer


.

jurídico, deduz-se que a análise deve ser completa e em detalhes, mas


não para influenciar qualquer voto como alegado, mas sim para orientar
os tràbalhos dos Vereadores de forma a subsidiarem seu embasamento,
1
' a poslçao qu(: decidirem tomar os Nobres Edis.
qualquer que se]a

Não é por outro mótivo que o parecer jurídico


menciona'expressamente, em diversas ocasiões:

lmportante mencionar, ab initio, que a decisão pela formação ou não


da Comissão Processante e, posteriormente, a decisão pela cassação ounão
do denunciado compete exclusivamente aos Nobres Vereadores, que em
decisão política deverão exarar seus votos em Plenário, nos termos do
que dispôe o Regimento lnterno desta Casa de Leis.

()

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fls. 181

cÂuiaRA MUNtctpAL DE MoNTE ApRAzivet


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Deste modo, caso seja o entendimento dos nobres Vereadores, que
deverão ler a denúncia e formar o seu convencimento, a formação da
Comissão Processante dependerá do voto da maioria absoluta dos
Vereadores,que será exarado em Plenário.

()

Lembrando'os',,,Robres Vereadores que, caso seja aceita adenúncia, a


Comissão Proce§sando deverá ser integrada por três Vereadores sorteados,
,dovqndo referida Cornissão,Ser,'iôRstituída na mesma sessão que decidiu
pç!ô recebimento da denúncia. 'i ,,' ';,,:.:|:'

,
apenas'se rimito;:':ffi:ffi;"
Neste contexto, muito',, claro que o parecer jurídico

:;'":".". jurídico
exarado e também o parecer da Comissáô ,de Constituição, ]ustiça e
Redação não são votados e também não são vinculativos.

Não há qúe se falar',dé quatquer irregularidade com a


emlss,ão dos pareceres^mencionadot, ,r.*1 ve1 que não houve qualquer
prejuízo as pârtes. Ademais, o própiio , denunciado não suscitou
nenhüma iriegularidade em sua defesa,,,piéVia quanto a formação da
Comissão Processante.

''ri,,i,,,,,, '"'' rí
o
denunciado, de forma grave, que
Ainda, alega
houve àdulteração de documento publico, visando emprestar à Emenda
à LOM n.a 07'12017, texto normativo não sujeito à deliberação da Câmara.
(fls.871 e 872)

Trata-se de tentativa desesperada da defesa de desviar


o foco do processo de cassação e tumultuar a discussão em torno da
verdadeira questão, que é a contratação de um improbo ficha-suja
acolhido como se fosse um filho no seio da Administração Publica, nas

t
palavras do próprio Prefeito Denunciado.
26
.
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v
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cÂuinRA MUNrcrpAL DE MoNTE Apnnzível


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A
Câmara Municipal, pelo contrário, sempre se
pautou e se pauta pela iegalidade e observância de todas as normas
atinentes ao processo legislativo.

Mài§:r, uma inverdade ,â,


seÍ esclarecida, é que foi
alegado pela defesa que houve engajamento do Presidente da Comissão
Processante, e que este enViou ofício à Píomotoria de Justiça "repleto de
adjetivações impr oprias" (fls. 872).

Mais uma vez sem nôúúúilastro nos fatos ou mesmo


ern alguma lógica por trás de suas alegações, o Denunciado se insurge
contra o que é real, Justo e moral, pois o ato de ciência ao Ministerio
Público apenas teve o condão de informar a instauração da Comissão
Processante à Promotoria de Justiça como forma de dever institucional e
respeito aô Orgão Ministerial, como Fiscal da Lei e guardião da Justiça.

Novamente, nenhum preju ízo ou mesmo incômodo há


que se dizer que tal fato acarretou.

,, ,, Em face do exposto, tern-se fartamente comprovada a


incidência do Denunciado na conduta retro, atitude esta que implica no
descomedimento do exercício de seu cargo eletivo de Prefeito Municipal
.,1:,:

que ocuPa, senc1o forçoso'dizer que en§éj'à'a cassação de seu mandato.


:1...-..

Portanto, concluo meu voto:

PELA PROCEDÊNCTE DA DENÚNCIA EM FACE


DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DE MONTE
APRAZÍVEL, DOUTOR NELSON LUIZ ARANJUES MONTORO.

27

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.
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cÂuinRA MUNtcrpAL DE MoNTE ApnezívÉl


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pr voTo Do MEMBRO VOGAL

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10. MANTFESTAÇÃO

O Membro Vereador Danilo de Souza, César


acompanha o Relatório elaborado pelo Relator e conclusão do Voto do
Presidente.

ainda eüê;: â decisão ora tomada não implica


Re^ssalta
em antecipação de seu ,,jrtízo ,euantô à cassação, que somente será
manifestado seu julgamento nai:Sessão adequada em Plenário.

Portanto, assim conclui o voto: PELA PROCEDÊNCh


DA.. DENUNCIA EM FACE DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
:r':
PNNTTTTÔ UUNICIPAL DE MONTE],,APRAZÍVUL, DOUTOR NELSON
tÚi,ARANIUÊsMoNroRo.
1].. CONCLUSÃO

Por maioria de seus rne-mbros, por dois votos a favor


(Presidente e Membro) e um contrário (Relator) a Comissão Processante
como órgão colegiado dêlibera pela PROCÉDÊNCh DA DENUNCIA.

Por derradeiro, o Presidente da Comissão Processante


requer do Presidente da Câmara Municipal de Monte Aprazível, na
for,ma do artigo 5a inciso V, do Decreto Leí 2aU67, e art. 347 tnc. VIII do
Regimento Interno da Câmara Municipal, a convocação de sessão para o
julgamento do Denunciado.
Monte Aprazíve de abril de 2018.

]ean ieira
issão Processante

--./
-1 Ãn r"c";;r";,;^?
MembTl---
28
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fls. 1139
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fls. 186

fls. 1140
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fls. 187

fls. 1141
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 26D3B73.
. protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 188
fls. 1144

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
1ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: monteapraz1@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

23B33CD.
1000810-88.2018.8.26.0369 e código 26D3B76.
DECISÃO
Processo Digital nº: 1000810-88.2018.8.26.0369
Classe - Assunto Procedimento Comum - Anulação
Requerente: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Requerido: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro

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Juiz(a) de Direito: Dr(a). André Luis Adoni

Vistos.

A tutela de urgência requestada não merece deferimento.

Sao Paulo,
.
Com efeito, ao autor foi garantida ampla, efetiva e concreta participação em

de 15:01
todo o procedimento destinado à votação de sua cassação, tal como se nota nas páginas 407,

do Estado às
412/435, 467/469, 475, 618/624, 838/871. O procedimento, ademais, a despeito da

em 03/05/2018
existência de Lei Orgânica Municipal, seguiu as regras previstas no Decreto-Lei nº 201/67,
não se apurando irregularidade que tenha comprometido a legalidade do expediente.

de Justica
Ao depois, não cabe ao Judiciário, salvo ilegalidade manifesta - em regra
demonstrada em poucas laudas com parágrafos precisos, incisos e concisos, à moda

nos autos
mandado de segurança -, pronunciar-se sobre aspectos de mérito da cassação, cujo jaez é

e Tribunal
nitidamente político, e não jurídico, sob pena de vulneração ao princípio da separação dos
poderes.

liberado
PAGLIUSE
Registre-se, por fim, não existir previsão legal qualquer para que o Prefeito

LUIS ADONI,
seja notificado sobre a data de votação de cassação do mandato, porquanto se cuida de ato
exclusivo e próprio do Poder Legislativo. E, ainda que assim não fosse, o argumento

FABRICIO
lançado na inicial cai por terra, pois o próprio autor afirma conhecer a data de votação.

ANDRE
Ante o exposto, adotando, ainda, como razão de decidir, as lúcidas
ponderações lançadas no parecer ministerial de p. 1138/1141, indefiro a tutela de urgência. JONAS
porpor

Citem-se os réus, com as advertências de praxe, para, querendo,


digitalmente

apresentarem resposta no prazo legal de 15 dias, observadas eventuais regras de contagem


digitalmente

diferenciada de prazo.

Int.
assinado
original,assinado

Monte Aprazivel, 03 de maio de 2018.


dooriginal,

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


cópiado

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA


documentoéécópia
Este documento
. protocolado em 05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 189
fls. 1151

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
1ª VARA
RUA MONTEIRO LOBATO, Nº 269, Monte Aprazivel-SP - CEP
15150-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

23C50CC.
1000810-88.2018.8.26.0369 e código 26D3B79.
DESPACHO

Processo Digital nº: 1000810-88.2018.8.26.0369


Classe – Assunto: Procedimento Comum - Anulação
Requerente: Nelson Luiz Aranjues Montoro

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Requerido: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). André Luis Adoni

Sao Paulo,
.
Vistos.

de 08:20
Em tempo, retifico o antepenúltimo parágrafo da decisão de p. 1144, a fim

do Estado às
em 06/05/2018
de constar que: apesar de existir previsão legal para o Prefeito seja notificado sobre a
data de votação de eventual cassação do mandato, ato exclusivo e próprio do Poder
Legislativo, o argumento lançado na inicial cai por terra, pois o próprio autor afirma

de Justica
conhecer a data de votação.
Int.

nos autos
e Tribunal
Monte Aprazivel, 04 de maio de 2018.

liberado
PAGLIUSE
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

LUIS ADONI,
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

cópiado
documentoéécópia
Este documento assinado
original,assinado
dooriginal, porpor
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digitalmente ANDRE
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original,assinado
assinadodigitalmente
digitalmente JONAS
porpor ALINEFABRICIO
KLEER DA PAGLIUSE
SILVA MARTINS de Justica do Estado
e Tribunal FERNANDES, protocolado Paulo,
de Saoem protocolado
16/03/2018 em 05/07/2018
às 16:54 às 14:49
, sob o número , sob o número WMOZ18700136689
WMOZ18700047970 . .
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1000508-59.2018.8.26.0369 e código 26D3B80.
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KLEER DA PAGLIUSE
SILVA MARTINS de Justica do Estado
e Tribunal FERNANDES, protocolado Paulo,
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, sob o número , sob o número WMOZ18700136689
WMOZ18700047970 . .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369
1000508-59.2018.8.26.0369 e código 26D3B80.
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KLEER DA PAGLIUSE
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1000508-59.2018.8.26.0369 e código 26D3B80.
21A50F4.
. em.05/07/2018 às 14:49 , sob o número WMOZ18700136689
fls. 197
fls. 121

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

21BCFE2.
1000508-59.2018.8.26.0369 e código 26D3B83.
DECISÃO

Processo Digital nº: 1000508-59.2018.8.26.0369


Classe - Assunto Mandado de Segurança - Abuso de Poder
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Presidente da Comissão Processante e outro

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369


Impetrado:

às 15:11
protocolado
21/03/2018
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luis Gonçalves da Cunha Júnior

em Paulo,
de Sao
Vistos.

nos autos
1. INDEFIRO o pedido liminar, pois eventual concessão da ordem ao final não

do Estado
tornará inócuo o provimento vindicado (art. 7º , III, da Lei 12.016/09). Anoto, por oportuno, que o
rito do “mandamus" é sabidamente célere e que eventual sentença de procedência poderá ser

liberado
executada provisoriamente (art. 14, § 3º da Lei 12.016/09), não se vislumbrando, portanto, o

de Justica
“periculum in mora” aludido a fls. 10.

JUNIOR,
2. Notifique-se e intime-se a autoridade apontada como coatora, para informações
no prazo de 10 dias, na forma do artigo 7º, I, da Lei 12016/09.

e Tribunal
3. Cientifique-se, na forma do artigo 7º, II, da Lei 12016/09, o órgão de

DA CUNHA
representação judicial do Município de Monte Aprazível, pessoa jurídica de direito público a que

PAGLIUSE
vinculada a autoridade apontada como coatora, para que, querendo, ingresse no feito.
4. Com fundamento no mesmo dispositivo legal, considerando a denominada

GONCALVES
“personalidade judiciária” da Câmara dos Vereadores para defender suas atribuições em juízo,

LUISFABRICIO
cientifique-se também o representante judicial desse órgão, para que, querendo, ingresse no feito.
5. Proceda a serventia na forma estabelecida no artigo 11, da Lei 12016/09.
6. Nos termos do artigo 12, da Lei 12016/09, findo o prazo de informações JONAS
estipulados no item “2”, abra-se vista ao Ministério Público para manifestação em 10 dias,
porpor

tornando conclusos para sentença após o decurso, com ou sem parecer.


digitalmente

7. Int. Cumpra-se.
digitalmente

Monte Aprazivel, 20 de março de 2018.


assinado
original,assinado
dooriginal,

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
cópiado
documentoéécópia
Este documento
fls. 198

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PRATES, liberado nos autos em 10/07/2018 às 14:29 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2706489.
fls. 199

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 2706709.
CERTIDÃO

Processo Digital n°: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe – Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que nesta data recebi o documento (CD) mencionado

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PRATES, liberado nos autos em 10/07/2018 às 14:34 .
no ofício de pág. 198, o qual encontra-se arquivado neste cartório, em
local próprio. Nada Mais. Monte Aprazivel, 10 de julho de 2018. Eu, ___,
Jean Prates, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 200

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 270899A.
ATO ORDINATÓRIO

Processo Digital n°: 1000925-12.2018.8.26.0369


Classe Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro

Ato Ordinatório

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELO LIRA GARCIA, liberado nos autos em 10/07/2018 às 15:34 .
Vista ao Ministério Público.

Monte Aprazivel, 10 de julho de 2018.


Eu, ___, Marcelo Lira Garcia, Escrivão Judicial II.
fls. 201

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE MONTE APRAZÍVEL
FORO DE MONTE APRAZÍVEL
2ª VARA
Rua Monteiro Lobato, nº 269, ., Centro - CEP 15150-000, Fone: 17
3275-1705, Monte Aprazivel-SP - E-mail: Monteapraz2@tjsp.jus.br

CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 27089D0.
Processo n°: 1000925-12.2018.8.26.0369
Classe – Assunto: Mandado de Segurança - Garantias Constitucionais
Impetrante: Nelson Luiz Aranjues Montoro e outro
Impetrado: Câmara Municipal de Monte Aprazível e outro []

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 10/07/2018 às 15:34 .
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]

CERTIFICA-SE que em 10/07/2018 o ato abaixo foi encaminhado ao


portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.

Monte Aprazivel, (SP), 10 de julho de 2018


Meritíssimo Juiz,

Reitero parecer de fls. 25/28.

Promotor de Justiça
ANDREY RIBEIRO NASSER
Processo Digital n. 1000925-12.2018.8.26.0369

Monte Aprazível, 11 de julho de 2018.


2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONTE APRAZÍVEL
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
fls. 202

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREY RIBEIRO NASSER e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 11/07/2018 às 14:42 , sob o número WMOZ18700140309 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 271DFF0.
fls. 203

ESTADO DE SÃO PAULO


PODER JUDICIÁRIO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDREY RIBEIRO NASSER e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 11/07/2018 às 15:21 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000925-12.2018.8.26.0369 e código 271F28B.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 1000925-12.2018.8.26.0369


Foro: Foro de Monte Aprazível

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da intimação: 11/07/2018 14:46


Prazo: 10 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Teor do Ato: Vista ao Ministério Público.

São Paulo, 11 de Julho de 2018

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