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REFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


CENTRO MUNICIPAL DE ESTUDOS E PROJETOS EDUCACIONAIS
EDUCAÇÃO BÁSICA

DIRETRIZES BÁSICAS DO ENSINO


DE GEOGRAFIA 1ª A 8ª SÉRIES

Organização e sistematização
Lana Márcia Souto Marconi
Maria Aparecida de Fátima

Assessoria
Adriany de Ávila Melo IG/UFU - 2003
Ireneu Antonio Siegler – IG/UFU - 2001-
2003

Coordenação Geral da Educação Básica


Eliana Leão
Osmar Ribeiro Araújo
Wilma Canêdo Portilho
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UBERLÂNDIA/2003
EDUCADORAS QUE PARTICIPARAM (75% DE PRESENÇA) DOS ESTUDOS
DE REFORMULAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR MUNICIPAL DE 1ª A 4ª
SÉRIES EM 2003

Altaci Antônio Silva


Ana Maria de O. Costa
Angela Maria Soares de Faria
Aparecida das Graças Reis
Chang Cristina. G. Teodoro
Cleusa Maria Rezende Simão
Darcy Cunha de Oliveira
Doralice Gomes Vasconcelos
Edilamar Silvério Freitas
Edinéia Leila G. Messias
Gleidimar Aparecida Drigo
Inalbes Oliveira Martins
Isabel Cristina Pereira
Isabel Cristina Silva Carrijo
Janete Marques da Silva Moraes
Lídia Guardieiro Rodrigues
Lucelei Marciana de Lima
Luzia Alves Borges
Marcília P. de Vasconcelos
Maria Batista de Jesus Reis
Maria da Glória Pereira
Maria das Dores Porto Queiroz
Maria das Graças Lemos Cunha
Maria de Lourdes Silva Ramos
Maria Regina Berger Gonzaga
Marineide Pereira Carrijo Rodrigues
Míriam de C. Pessoa
Neide Vieira de Barros
Norma Lúcia Pereira
Rita de Cássia Paula Rodrigues
Rosana Aparecida Morais
Rosicler Rodrigues C. Afonso
Rosinaide Borges Alves Amâncio
Sandra Mara Dias
Sebastiana Alves Pereira
Silvana Lima Vieira
Sueli Vendramine Soares
Terezinha de Jesus R. Pereira
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Valéria Cristina Tavares Silva

EDUCADORES DE 5ª A 8ª SÉRIES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE


REFORMULAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR NO PERÍODO DE 1996, 2001
A 2003

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO
1. CONHECIMENTO GEOGRÁFICO E SUA IMPORTÂNCIA SOCIAL
1.1 AS NECESSIDADES NO ENSINO DE GEOGRAFIA
2. INTRODUÇÃO
2.1 ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA
2.2 BREVE HISTÓRICO DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA
3. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS-PEDAGÓGICOS DO ENSINO DE
GEOGRAFIA
3.1 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS
3.2 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE
GEOGRAFIA
3.3 MOMENTOS DE TRABALHO COM GEOGRAFIA
3.4 AVALIAÇÃO NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL
4. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
5. CONSIDERAÇÕES GERAIS
6. BIBLIOGRAFIA
7. ANEXOS
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1. CONHECIMENTO GEOGRÁFICO E SUA IMPORTÂNCIA SOCIAL

A Geografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo histórico


na formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da
leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem. Na busca dessa abordagem
relacional, trabalha com diferentes noções espaciais e temporais, bem como com
os fenômenos sociais, culturais e naturais característicos de cada paisagem, para
permitir uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição, para
identificar e relacionar aquilo que na paisagem apresenta as heranças das
sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação.
Nesse sentido, a análise da paisagem deve focar as dinâmicas de suas
transformações e não simplesmente a descrição e o estudo de um mundo
aparentemente estático. Isso requer a compreensão dessa dinâmica entre os
processos sociais, físicos e biológicos, inseridos em contextos particulares ou
gerais. A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e de
perceber os diferentes lugares e territórios como os fenômenos que constituem
essas paisagens e interagem com a vida que os anima. Para tanto, é preciso
observar, buscar explicações para aquilo que, em determinado momento,
permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente
que convivem nestes territórios.
Os espaços considerados como território e lugar são basicamente
produzidos pelo homem à medida que organiza econômica e socialmente sua
sociedade. A percepção espacial de cada indivíduo ou sociedade é também
marcada por laços afetivos e referências socioculturais. Nessa perspectiva, a
historicidade enfoca o homem como sujeito produtor desse espaço, um homem
social e cultural, situado além e por meio de uma perspectiva econômica e política,
que imprime seus valores no processo de produção de seu espaço.
Assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade
dinâmica em que interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos. Por
ser dinâmica, ela se transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoas
redefinem suas formas de viver e de percebê-la.
Pensar sobre essas noções de espaço pressupõe considerar a
compreensão subjetiva da paisagem como lugar, o que significa dizer: a paisagem
ganhando significados para aqueles que a constroem e nela vivem; as percepções
que os indivíduos, grupos ou sociedades têm da paisagem em que se encontram
e as relações singulares que com ela estabelecem. As percepções, as vivências e
a memória dos indivíduos e dos grupos sociais são, portanto, elementos
importantes na constituição do saber geográfico.
No que se refere ao ensino fundamental, é importante considerar quais são
as categorias da Geografia mais adequadas para os alunos em relação a essa
etapa da escolaridade e às capacidades que se espera que eles desenvolvam.
Assim, “espaço”, deve ser objeto central de estudo, e as categorias “território”,
”paisagem” e “lugar” devem ser abordadas como seus desdobramentos.
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1.1 AS NECESSIDADES NO ENSINO DE GEOGRAFIA

As vertiginosas mudanças ocorridas no mundo no final do século XX,


criaram a necessidade de um novo olhar sobre a realidade, de uma análise que
nos levasse à compreensão desses processos e à construção de uma outra
relação do homem com o meio natural e social.
Com as mudanças tecnológicas, tempo e espaço se reduziram, e as
paisagens se alteraram rapidamente.
Durante algum tempo, acreditou-se que esse desenvolvimento científico e
tecnológico seria suficiente para elevar as condições de vida de toda a
humanidade a novos patamares de bem-estar. Essa crença foi destituída pelo
panorama de um mundo em que as desigualdades, tanto entre países e
continentes, tornaram-se cada vez mais perversa.
Em decorrência da globalização, as fronteiras vão perdendo importância
econômica e a vida das pessoas passa a ser afetada por decisões e fatos
ocorridos no mundo todo. Nesse mundo, cresce a complexidade das relações,
seja entre os países, seja entre o homem e a natureza.
Por ser a disciplina que estuda e desvela essas relações, a Geografia tem
lugar privilegiado na construção, pelo aluno, do conhecimento do espaço
historicamente produzido.
O estudo da Geografia será fator fundamental na formação de um aluno
cidadão, na medida em que permite a ele apropriar-se desse conhecimento e
compreender criticamente sua realidade e suas possibilidades de agir na
transformação de um mundo com relações mais justas e solidárias.
Tendo em vista a formação de alunos cidadãos, as Diretrizes Básicas de
Ensino de Geografia procura despertar nos educando uma visão mais crítica de
mundo. Relacionando os problemas com o seu cotidiano, fazendo uma leitura
crítica dos fatos ocorridos em tempo real e, como esses acontecimentos
influenciam ou não o nosso dia-a-dia.
Com esse objetivo procura-se dar a Diretrizes Básicas de Ensino de
Geografia uma visão mais crítica, sem perder a fundamentação geográfica.
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2. INTRODUÇÃO

As Diretrizes Básicas, ora apresentadas, defendem também que conceitos


ligados ao espaço e ao tempo sejam tratados num processo gradativo de
construção sistemática desde a educação infantil. Acredita-se que a aquisição da
linguagem escrita seja, sem sombra de dúvida, de fundamental importância.
Mas, num processo de alfabetização de forma integral, é mister que se
considere a importância de outros conhecimentos como a Geografia, a História, as
Artes, as Ciências, diferindo da visão que defende um início de alfabetização com
a Língua Portuguesa e a Matemática, para só na 3ª e 4ª séries, se iniciarem os
estudos das outras áreas. É fundamental o envolvimento dos vários campos do
conhecimento sistemático dentro de um enfoque interdisciplinar, em que à
especificidade de cada campo seja valorizado.
Desse modo, tem-se já a indicação de que nas séries iniciais o ensino da
Geografia deverá propor:
– a substituição da fragmentação de nomes e conceitos, a que os alunos
vêm sendo expostos, por uma compreensão globalizada da vida social,
no seu funcionamento e na sua historicidade visto que a construção
mental desses conceitos, por parte do ser humano, se dá na interação
das condições internas de aprendizagem com as condições ambientais
de que dispõe o aluno;
– o trabalho em todas as séries deverá procurar enfocar, além dos
conhecimentos específicos da série, os conceitos básicos da estrutura
da disciplina, em diferentes níveis e em crescente aprofundamento
(ambientais, sociais, políticos, econômicos);
– é importante ter sempre em vista que a definição dos conteúdos e das
situações significativas de aprendizagem, a serem enfocados,
viabilizem a ultrapassagem do ensino reprodutivo de Geografia como
“matéria decorativa” para o ensino crítico e produtivo no sentido de
instrumentalizar para a compreensão da realidade.
A Proposta Curricular de Geografia da Rede Municipal de Ensino de
Uberlândia, começou a ser pensada em 1994, com a formação de um grupo de
professores que seriam responsáveis pela discussão e elaboração das propostas
metodológicas e do conteúdo programáticos por série.
Durante esses encontros aconteceram estudos e discussões sob a
orientação do Prof° Ireneu Antonio Siegler e elaboração da primeira versão da
Proposta Curricular de Geografia, a qual deveria ser implementada em todas as
escolas municipais de Uberlândia.
Em 1998, devido a mudanças na Secretaria Municipal de Educação, esse
grupo foi desfeito, não dando continuidade à implementação da referida Proposta,
que foi elaborada levando em consideração os conhecimentos vivenciados por
nossos educandos.
Os professores que deram início à implementação da Proposta de
Geografia sentiram a necessidade de fazer uma revisão e atualização da mesma.
Essa revisão começou a ser feita a partir de maio de 2001 com a participação de
um grupo de professores sob a orientação do Prof° Ireneu Antonio Siegler que
acompanhou o trabalho desde o início. No primeiro encontro foi feita uma
7

avaliação da proposta elaborada anteriormente. Entre os professores presentes


alguns disseram que não trabalhavam com proposta por desconhecerem e outros
pela falta de material de apoio especialmente para a 5ª Série do Ensino
Fundamental.
Partindo desde princípio retomou-se a elaboração do material de apoio
iniciado em 1997. Nos encontros ocorridos em 2001 deu prosseguimento ao
estudo, análise e elaboração final desse material.
Nos encontros ocorridos em 2002/2003 foram feitos estudos de temas
referentes à Geografia e revisão/atualização da metodologia, avaliação e dos
conteúdos disciplinares da 1ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, o qual foi
finalizado com a presente Diretrizes Básicas de Ensino de Geografia.
Após estudos e discussões optou-se por mudar o nome de Proposta
Curricular de Geografia para Diretrizes Básicas de Ensino de Geografia.
Considerando a importância do conhecimento geográfico para a formação
de cidadãos conscientes e críticos as diretrizes em questão tem por objetivo
estudar as relações entre o processo histórico na formação das sociedades
humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território,
a partir de sua paisagem. Sendo este um dos objetivos básicos do ensino de
Geografia se faz necessário à alfabetização geográfica desde as séries iniciais;
alfabetização cartográfica através da aquisição de conhecimentos e habilidades
necessárias para se efetuar a leitura do espaço e como representá-lo, sendo
necessário respeitar o desenvolvimento cognitivo das crianças.
Os conteúdos disciplinares foram elaborados em forma de espiral,
obedecendo os estágios de desenvolvimento cognitivos das crianças, de forma
contínua da 1ª a 8ª série do Ensino Fundamental.

2.1 ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Levando em consideração a importância da geografia para a formação da


cidadania crítica, a alfabetização geográfica, se faz necessário desde as séries
iniciais, com o intuito de formar leitores conscientes do mundo e de mapas.
Desta forma a alfabetização cartográfica deve ser iniciada por meio do
processo de aquisição de conhecimentos e habilidades necessários para se
efetuar a leitura do espaço e como representá-lo. Para que isso aconteça as
crianças devem construir os conceitos básicos das relações espaciais e devem
construir seus próprios mapas, pois, só através dessa construção serão capazes
de entender os mapas projetivos e euclidianos com toda sua complexa simbologia
cartográfica.
Como diz Lacostes: “Cartas, para quem não aprendeu a lê-las e utilizá-las,
sem dúvida, não têm qualquer sentido, como não teria uma página escrita para
quem não aprendeu a ler”.
Segundo Passini, “ensinar a ler mapas ou alfabetizar para a leitura
cartográfica tem implicações mais profundas para a educação que simplesmente
ser um processo metodológico do ensino de Geografia”.
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É importante, portanto, uma preocupação em relação à alfabetização


cartográfica contextualizada em uma educação que objetive a formação do ser
com autonomia, crítico, armado para se defender da dominação, assim como para
pensar e fazer o espaço.
Por outro lado Lacoste (1988) questiona o descompromisso da escola em
relação a essa alfabetização cartográfica: “Vai-se à escola para aprender a ler, a
escrever e a contar. Por que não para aprender a ler uma carta”.
De acordo com Passini (1994 págs. 27, 28 e 29) as atividades consideradas
necessárias para o desenvolvimento das habilidades que permitam lidar
com as relações espaciais e a função simbólica, precisam levar em
consideração dois aspectos fundamentais:

a) o desenvolvimento cognitivo dos alunos no que diz respeito à


percepção e representação do espaço;
b) os elementos cartográficos cuja compreensão é condição para a
leitura eficaz de cartas e mapas: Escala, Projeção e Símbolos”

Os estudos de Piaget (1981) e seus colaboradores mostram a evolução


cognitiva de crianças para a percepção e representação do espaço
assim como no que diz respeito à aquisição da função simbólica.
È através da ação de simbolizar que a criança irá construir ligação
significante – significado, elemento chave para a compreensão da leitura
cartográfica, uma vez que o mapa é uma representação, antes de tudo,
simbólica.
Essas ações devem ser proposta de forma a respeitar o
desenvolvimento cognitivo da criança, os estágios e evolução das
estruturas para a percepção das relações espaciais, a representação
mental e a evolução do desenho infantil para a expressão gráfica de um
determinado conteúdo espacial.
Estes mapeamentos efetuados pela criança podem ser confusos. Há
mistura de perspectivas, transparências, pois o visível e o invisível se
confundem, em sua mente.

No entanto, segundo Luquet (1935), que Piaget cita (1981), esta


representação distorcida da realidade ocorre em um período na
evolução do desenho infantil que deve ser respeitada.
A educação cartográfica como processo metodológico propõe que:

a) o aluno seja mapeador para que utilizando os elementos


cartográficos (símbolos, projeção, redução) consiga a cognição da
simbologia cartográfica;

b) o objeto a ser mapeado seja o espaço conhecido do aluno;

c) o ponto de chegada signifique a sistematização dos elementos


conhecidos do espaço cotidiano através da classificação, comparação,
seleção, quantificação, ordenação na elaboração de símbolos, que são
auxiliares na construção do conhecimento físico e social da criança;

d) essas ações estruturantes possibilitem ao aluno a compreensão


das relações espaço-temporais de forma significativas e a transparência
para a compreensão de espaços mais distantes (generalização) assim
como de sua representação
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e) inclusão do espaço conhecido em espaços mais amplos e


relações mais complexas sejam percebidas pela criança através de suas
ações e deslocamentos diários (casa-escola), “a priori”. E “a posteriori”
numa continuidade para espaços mais distantes, sem que haja
fechamento, possibilitando a compreensão do processo de
produção/consumo/circulação, dependência/dominação, de forma
globalizada.

Pretende-se que o aluno assim formado, leitor consciente da


organização do seu espaço e sua representação, torne-se um ser
autônomo, crítico e engendre possibilidades de uma reorganização do
espaço, porque questiona a organização existente e concebe-a como
produzida pela própria sociedade, portanto, passível de reconstrução.
Neste sentido, a alfabetização cartográfica deve ser vista como uma
proposta metodológica que perfura a cortina de fumaça da “Geografia
espetáculo” a que se refere Lacoste, pois prepara o aluno para a
compreensão do conteúdo estratégico da Geografia (Lacoste apud
Passini, 1994)

2.2 BREVE HISTÓRICO DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA

Para que se consiga delinear os pilares de sustentação das Diretrizes


Básicas de Ensino de Geografia para o Ensino Fundamental, é imprescindível
analisar historicamente a trajetória desta ciência, assim como as implicações
pedagógicas dela decorrentes.
Acredita-se que, a partir desta análise, serão visualizados os fatos inerentes
ao ensino da Geografia na escola, as diretrizes dos programas oficiais e a sua
prática em sala de aula, tendo em vista a própria definição da Geografia (o que é),
os objetivos (para quê) e o processo de ensino (o como).
Um percorrer de olhos na História da humanidade leva a perceber que,
desde a Pré-História, o homem se preocupava em determinar os espaços
geográficos que o circundavam. Havia já o costume de se deixar impressos,
escavados nas cavernas, desenhos e sinais indicadores de fatos essenciais à
sobrevivência humana como, por exemplo, lugares onde se podia caçar, pescar ou
coletar materiais úteis à sua vida, que viriam a ser considerados pré-mapas e os
registros denominados “saber geográfico”.
No período da antigüidade clássica e da Idade Média, quando o homem se
deslocava a distâncias maiores, os relatos também indicavam a preocupação de
se demarcar em pontos, considerando-se neles todo o universo envolvido. Daí a
grande ligação dos aspectos geográficos da Terra com a Astronomia, com a
sustentação da Filosofia1, que alcançava grande desenvolvimento na época.
Desta maneira, o saber geográfico permanece como parte do
conhecimento geral e só adquire sua autonomia como Ciência Geográfica, com
objeto determinado no século XIX, quando ganha espaço como disciplina
específica na universidade. Para isto, muito contribuíram os estudos de Kant no
final do século XVIII, de Alexander Von Humbold e Karl Ritter no início do século
1
A Geografia “nasceu” entre os gregos junto com o nascimento da Filosofia, da História, do Teatro. Os
primeiros geógrafos eram filósofos, como exemplo Karl Ritter.
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XIX, na Alemanha.
Dois objetivos determinaram o desenvolvimento da geografia como
ciência. O primeiro, relacionado ao momento histórico vivido pela antiga Prússia,
exigia a escolarização e o fortalecimento patriótico da sociedade existente tão
importante para a sua consolidação como pátria. O segundo, ultrapassa suas
fronteiras na busca de referências econômicas para sua expansão comercial.
Durante o período de consolidação da geografia como ciência está o
nascimento do Estado Moderno, quando as atenções se voltam para o
fortalecimento do sentido de pátria e sua localização territorial. Incluídos nesta
trajetória estão conceitos, como “Espaço Vital” (RATZEL) e “Gênero de Vida” (Paul
Vidal de La BLACHE). O primeiro é ligado à política imperialista alemã, com base
na corrente geográfica determinista e o segundo, sustentando o neocolonialismo,
francês faz parte da corrente geográfica denominada possibilista (MORAES,
1984). A primeira justifica o expansionismo alemão, quando considera a proporção
de equilíbrio existente entre número de pessoas, recursos indispensáveis para
suprir suas necessidades, recursos disponíveis, potencialidades e premências
territoriais (MORAES, 1984). A segunda expressa a relação entre a população e
os recursos disponíveis, a diversidade destes recursos em decorrência da
variação dos meios, determinando os diferentes gêneros de vida e justificando as
intervenções dos mais avançados, nos menos desenvolvidos como exemplo, o
neocolonialismo francês na África.
Sobre a Geografia no Brasil, foi o pensamento positivista que mais a
influenciou, determinando a prática da disciplina, ora denominada de tradicional,
ora de clássica, ora de moderna.
Essa visão da Geografia, aliada ao desenvolvimento do capitalismo e à
sua conseqüente reorganização espacial, passa a preocupar-se com aspectos
quantitativos da produção econômica, que ficou conhecida como Geografia
“Teórico-Quantitativa”, sem alcançar grandes mudanças e sem grandes influências
no ensino escolar (neo-positivismo).
As constantes mudanças, o desenvolvimento industrial, as relações de
trabalho vão determinando o aparecimento de uma nova visão da Geografia,
preocupada com a abordagem do homem em suas relações sociais e de trabalho
integrando-se com a natureza. Surge assim, a visão da Geografia crítica inspirada
no geógrafo francês, o marxista PIERRE GEORGE, que considera a dimensão
social do espaço geográfico colocando o método dialético como principal
instrumento de trabalho.
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3. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO DE


GEOGRAFIA

Após a historicização da Geografia, algumas questões devem ser


colocadas para que, por meio da análise de como a Geografia tem sido
desenvolvida nos currículos escolares, se busque um caminho que seja
condizente com os objetivos a serem alcançados.

- A Geografia Tradicional, por exemplo, pela expressiva fragmentação


com que divide os aspectos da realidade a serem estudados, não alcança o
objetivo maior que é a percepção de mundo pelo educando. A relação homem
natureza, tão apregoada hoje, perde todo o sentido quando se divide, para efeito
de estudo, a Geografia em Humana e Física. Desta forma, embora o título
(homem - natureza) sugira interligação, a maneira como é proposto o
encaminhamento do trabalho não alcança o objetivo desta ligação. O mesmo
ocorre com o ensino que prioriza a memorização de lugares, datas e acidentes
geográficos de maneira descontextualizada perdendo-se a oportunidade de levar o
aluno à visão global dos fatos. A forma fragmentada de se conduzir o estudo da
Geografia, sem se atentar para as características culturais, políticas e
econômicas, que influem nas variações dos grupos sociais e precisam ser
percebidas criticamente pelos educandos, não possibilita à criança uma visão
crítica dos aspectos ambientais e sociais do espaço em que vive.
Estas constatações e uma análise do ensino da Geografia demonstram
que ainda se trabalha em moldes tradicionais no Brasil. É necessária uma melhor
estruturação, com embasamento critico, que caminhe em direção a objetivos
realmente significativos.
Ao se pensar em aspectos metodológicos que deverão nortear o ensino
da Geografia, é importante revisar os conceitos acerca deste ensino, do conceito
que se tem de espaço geográfico e mesmo dos objetivos a serem alcançados
pelos alunos do ensino Fundamental.
Nestas últimas décadas, a Geografia, enquanto área de conhecimento,
vem sofrendo profundas transformações, tanto teóricas quanto metodológicas.
Essas transformações vêm contribuindo sobremaneira para o repensar de
espaços que busquem novos caminhos, entendendo a concepção de espaço
geográfico não como mera expressão de ordem natural, mas, também, como
projeção da ação humana, da cultura presente em uma sociedade.
Desta forma cabe ao ensino da Geografia possibilitar a compreensão do
espaço produzido pela sociedade em que hoje ela vive, suas desigualdades e
contradições, as relações de produção que nela se desenvolvem e a apropriação
que esta sociedade faz da natureza. Esse entendimento passa pelas relações
entre os homens, pela forma como se organizam no espaço e pelo processo de
trabalho que se estabelece entre os seus membros, levando em conta, sobretudo,
a análise dos processos históricos do uso do espaço e das relações de trabalho.
Por acreditar numa concepção do ensino de Geografia em que a
produção e a organização do espaço geográfico são tratadas a partir das relações
sociais de produção, historicamente determinadas, fez-se opção por uma
Geografia que desvele a realidade: uma Geografia que conceba o espaço
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geográfico como sendo um espaço social, produzido e reconstruído pela


sociedade humana, com vistas a nele se realizar e se reproduzir; que busque o
desenvolvimento do senso crítico do aluno e a importância da compreensão do
seu papel histórico na sociedade.
Nesse sentido, entende-se o ensino de Geografia, no ensino
Fundamental, como um dos elementos responsáveis pela preparação de um
cidadão crítico, dotado de consciência social que lhe permita:
- perceber a sociedade em que vive como uma construção humana
reconstruída constantemente ao longo das gerações;
- perceber a si próprio como um agente social que intervém na sua
sociedade, podendo transformá-la;
- perceber o sentido dos processos que orientam o constante fluxo social
bem como o sentido de sua intervenção nesse processo.

Quanto à presença da Geografia, aliada a outras áreas das Ciências


Humanas nas séries iniciais do ensino Fundamental, deve garantir a iniciação da
criança em uma preparação mais ampla. Para isso, é necessário assegurar em
cada série um conhecimento significativo, ainda que introdutório, que possa ser
utilizado pelo aluno ao longo de sua vida na convivência com seus semelhantes,
como um instrumento que lhe possibilite pensar sua realidade e melhor conhecê-
la, para atuar e se apossar dela, em lugar de ser engolido pela mesma.
Em síntese, a concepção em que se procura alicerçar este trabalho
objetiva também desenvolver no aluno o espírito questionador e reflexivo, que o
faça ultrapassar a interpretação da realidade, exercendo sua cidadania com
sugestões de atividades tendo em vista a justiça social, ou seja, a conquista de
uma melhor qualidade de vida para todos.
Na viabilização de um trabalho estruturado dessa forma, é importante que
se reveja também a concepção acerca do aluno e seu processo de aprendizagem.
Não se pode entender o aluno como um mero receptor de um
conhecimento pronto e acabado oferecido pelo professor. Sabe-se que o único
conhecimento capaz de influenciar, significativamente, o comportamento do aluno
é o de caráter de conquista pessoal. Uma conquista que, sem dispensar a valiosa
influência do professor, requeira também envolvimento e atividade do educando.
Obviamente, o planejamento do professor precisa levar em conta as
possibilidades cognitivas desse aluno. Para isso, é importante ter sempre a
preocupação de ouvi-lo para considerar-se seu estágio de compreensão, para
colher seu repertório enquanto ponto de partida para reflexão sobre suas próprias
experiências e de outras situações reais.

3.1 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS

1. É função da escola possibilitar aos alunos, orientados pelo professor, o


desenvolvimento da capacidade de pensar, de criar, de sonhar. É função,
ainda, possibilitar aos alunos e professor a produção do conhecimento.
13

2. sendo o processo de desenvolvimento do pensamento complexo, deve se


utilizar diversas formas de se buscar o saber (produção do conhecimento): ver,
ler, ouvir, falar, escrever, errar, acertar, corrigir.

3. o conhecimento não é definitivo, é um produto em processo de refinamento e


reinterpretação. O conhecimento geográfico acompanha a realidade que se
transforma, avança, evolui.

4. o conhecimento geográfico escolar deve ser fruto da ação interativa entre


professor e alunos, mediada pelo conhecimento da realidade vivenciada e pelo
apoio bibliográfico. Alunos e professor têm um saber espacial de senso
comum, gerado em suas práticas sociais, nas interações com o meio físico e
social. Esse saber não é algo pronto e consolidado, mas processo de
consciência viva, que vai se formando e transformando em instrumentos
mentais e culturais utilizados na produção da existência. Esse saber espacial é
o ponto de partida e de chegada da Geografia que, no processo de ensino-
aprendizagem, deve ser captado, resgatado, sistematizado, ampliado,
aprofundado como saber científico, reelaborado e elevado em nível de
consciência crítica e histórica.

5. o professor é o coordenador, aquele que tem claro os objetivos a serem


atingidos e para quem a avaliação contínua é um instrumento de avaliação do
processo. O aluno é o sujeito de todo o processo de produção do
conhecimento que se inicia no seu saber vivido e culmina no compartilhar do
saber produzido, na formação de uma consciência crítica para exercer a
cidadania. Na aplicação desses fundamentos filosóficos - pedagógicos ainda
restam algumas questões a serem consideradas:
1. É muito mais formativo trabalhar com maior profundidade alguns tópicos
do programa, permitindo ao aluno o desenvolvimento de sua capacidade
de pensar a realidade e produzir o conhecimento, do que apenas
repassar superficialmente os conteúdos, memorizando as informações
de todos os itens das propostas dos programas ou de todas as páginas
dos livros didáticos.
É preciso pensar sobretudo o simultâneo, ao invés de só o sucessivo.

2. Na produção do conhecimento geográfico deve-se contemplar


inicialmente o local, o regional, a própria realidade imediata,
possibilitando posteriormente ao aluno entender a sua realidade
nacional e mundial.

3. O trabalho com o conceitual e o instrumental não deve ser desvinculado


do conteúdo propriamente dito. Os conceitos têm sentido no seu
contexto. As técnicas são aprendidas quando aplicadas.

4. O espaço da sala de aula não é só da Geografia, como também não é


só de uma outra disciplina, pois lidamos com seres humanos, com suas
realidades e anseios que, por sua vez, são diferentes dos nossos. O
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ambiente da sala de aula deve se tornar o espaço da produção do


conhecimento, da criatividade e da competência. Espaço de formação
do cidadão com liberdade, responsabilidade e respeito. Espaço da
democracia.

5. O trabalho do professor deve caracterizar-se pela identificação e


atenção ao aluno; pelo domínio do conteúdo e dos recursos didáticos.
Devem ser também características do professor: estudo, leitura,
curiosidade, pesquisa.

Nesse sentido, o bom professor é positivo, estimula os alunos, é bem


humorado (rir junto destrói o autoritarismo), não se julga dono da verdade, cria
dúvidas, divergências, desperta a observação, a criatividade, desenvolve a
análise, estimula o julgamento.
Dessa forma, o ensino da Geografia passa a ser um importante
instrumento de compreensão da realidade do espaço social e ambiental em que
vivemos e de formação de uma consciência crítica que permite aos alunos
encontrar os mecanismos de interferência adequada nesse espaço.

3.2 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA

1. A ação do aluno não deve estar centrada na pura assimilação do


conteúdo repassado de forma sucessiva. O objetivo maior não é
provocar a memorização das informações contidas nos itens da
proposta dos programas e sim o desenvolvimento da capacidade de
pensar a realidade e produzir o conhecimento.
A aprendizagem do aluno deve desenvolver-se de forma dinâmica, em
que ele tenha o direito de aprender a aprender, criar, envolver-se no
todo, compreender a realidade, ter senso crítico, expressar-se, trabalhar
em grupo, enfim, construir seu próprio conhecimento.

2. A busca de conhecimento deve partir da realidade do aluno e este


deverá ser sujeito do processo, com liberdade de ver, ler, ouvir, falar,
escrever, acertar, errar, corrigir...

3. A produção do conhecimento geográfico deve estar embasada na


parceria entre professor, detentor do conhecimento científico, e os
alunos, que possuem saberes anteriormente acumulados e informações
de senso comum que devem ser enfocados a partir de sua realidade, de
bibliografia adequada e de outros instrumentos de apoio, para que
também se transformem em conhecimentos cientificamente
organizados.
O professor deve coordenar o processo educacional, estimulando os
alunos a ousar, criar, experimentar e ser originais.
15

4. O espaço da sala de aula não é só da Geografia, como também não é


só de uma outra disciplina, pois lidamos com seres humanos, com suas
realidades e anseios que, por sua vez, são diferentes dos nossos. O
ambiente da sala de aula deve se tornar o espaço da produção de
conhecimento, da criatividade e da competência. Espaço de formação
do cidadão com liberdade, responsabilidade e respeito. Espaço de
democracia.
Dessa forma o ensino de Geografia passa a ser um importante
instrumento de compreensão da realidade do espaço social e ambiental em que
vivemos e de formação de uma consciência crítica que permite aos alunos
encontrar os mecanismos de interferência adequada nesse espaço.

3.3 MOMENTOS DE TRABALHO COM GEOGRAFIA

O aluno é o centro do processo de aprendizagem e o seu sujeito: o


conhecimento é uma aquisição interna, processada a partir de sucessivas e
organizadas operações realizadas pelo indivíduo.
A função social e profissional do professor está muito mais para
contribuir para o desenvolvimento pessoal do que para a repetição de conteúdos.
O professor lidera, estimula e participa da construção da cidadania em um mundo
real.
O conteúdo é uma ponte para se aprender a pensar. As interpelações
professor/alunos se tornam intensas e geram compromissos tais como:
pontualidade, organização, limpeza, uso de técnicas e materiais adequados,
atualização de informações. Professor e alunos compartilham o processo de
criação, as dúvidas, os problemas, os resultados, o inconformismo perante a
ciência por não poder dar todas as respostas.
A presente diretrizes se organiza em quatros momentos.

PRIMEIRO MOMENTO - Resgate do saber anterior do aluno: percepções e


vivências dos alunos sobre o tema em estudo.

Os alunos falam, escrevem, discutem sobre os temas importantes


(programa) do seu espaço vivido e não vivido. Expõem suas experiências, suas
reflexões e as informações acumuladas.
O professor, por sua vez, coordena as atividades. Em seguida, todos
propõem e decidem as atividades para o segundo momento.
As técnicas sugeridas são: representação de mapas mentais,
sementeira de idéias ou tempestade cerebral, produção de textos e outras
atividades, preferencialmente executadas em grupos, mas sempre considerando
que as técnicas socializantes exigem o trabalho individual e a participação de cada
aluno.

SEGUNDO MOMENTO - Problematização do saber espacial do aluno nos seus


aspectos sociais (políticos, econômicos e culturais) e ambientais. Utilização de
16

diversas formas de se perceber o assunto. Pesquisa de respostas para as dúvidas


e para os questionamentos elaborados no primeiro momento.
A partir das prioridades estabelecidas no primeiro momento, os alunos
devem buscar a compreensão dos fatos (distribuição e correlação espacial,
semelhanças, desigualdades e contradições).
Para isso os alunos deverão coletar dados e informações através de:
- Pesquisas bibliográficas diversas em livros, revistas, jornais...
- Consultas a mapas, atlas, globos, plantas cartográficas...
- Consultas a sensos estatísticos, anuários, catálogos, tabelas de
jornais, gráficos.
- Uso de documentários, filmes, vídeos, jornais televisivos e outros
programas de televisão e rádio.
- Uso de imagens diversas tais como fotos, cartazes, charges...
- Entrevistas, pesquisas de opinião, depoimentos, histórias de vida.
- Aulas expositivas do professor.

TERCEIRO MOMENTO - Sistematização do saber acumulado no segundo


momento e produção de novos enfoques ou de novo conhecimento pelos alunos.
Organização das respostas e produção de materiais.
Os alunos organizam as informações coletadas sobre os temas
decididos como prioritários e elaboram documentos e atividades para serem
apresentados no quarto momento.
As formas de organização e apresentação do conhecimento acumulado
podem ser:
- Textos, livros, álbuns, cartazes, charges, anúncios, histórias em
quadrinhos...
- Jograis, teatro, programas de rádio e televisão, poemas, histórias
contadas, músicas, vídeos...
- Produções cartográficas: mapas, plantas, gráficos, tabelas,
maquetes...
- Murais, painéis...
- Desafios coletivos (polêmicas, jogos pedagógicos...), júri simulado,
inquéritos...
- Seminários, debates, mesas redondas, conferências...

QUARTO MOMENTO - Divulgação e socialização do conhecimento acumulado e


dos materiais produzidos pelos alunos no terceiro momento.

Os alunos, individual ou coletivamente, divulgam o material produzido


no terceiro momento e socializam o conhecimento acumulado e produzido a cerca
da compreensão do fato geográfico em questão.
Deve ficar claro para todos que, considerando-se a individualidade de
seus autores, esse é um produto final único no tempo e no espaço, e espelha a
compreensão da realidade desses alunos nesse momento.
O espaço de coletividade da produção do conhecimento pode ser:
- a sala de aula;
- as feiras de mostra de trabalhos realizados;
17

- as semanas culturais;
- o acervo da biblioteca;
- outras atividades: Mesas redondas, palestras, conferências, mini-
cursos, encenação de peças de teatro, exposições, recitais de
poesias, festivais de canções, desafios, gincanas...

3.4 AVALIAÇÃO NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL

Se na escola, na organização dos conteúdos e no detalhamento da


metodologia, considera como princípios básicos a participação do aluno, a
importância dos conteúdos apenas como pontes para o aprender a pensar, para
aprender a aprender a se relacionar experiencialmente com as informações e
conhecimentos em acumulação acelerada e mudanças constantes, não pode
desfigurar a avaliação, coroamento de todo o processo de aprendizagem,
desviando-a desses princípios básicos.
Sob esse enfoque, a avaliação não pode ser apenas um instrumento para
testar o domínio do conteúdo a partir da verificação dos pontos de aprendizagem
restante ao final de um determinado tempo ou de uma certa unidade.
O ato de avaliar dever ser contínuo e amplo. Contínuo porque a avaliação
deve estar presente em todas as etapas da aprendizagem. Amplo porque deve se
estender não apenas às etapas de reprodução e compreensão do conhecimento
já produzido, mas sobretudo deve acompanhar a dinâmica e os esforços
necessários para se produzir e difundir novos conhecimentos.
É importante avaliar o domínio do conteúdo e da linguagem técnica, a
capacidade de utilizar equipamentos e materiais sofisticados 2, de observar e
interpretar a realidade, assim como adquirir e processar novas informações,
comunicar-se bem de forma oral e escrita, mas importante mesmo é avaliar a
capacidade de se organizar e trabalhar individualmente e em grupos, a
versatilidade na busca de soluções e a adaptação a novas situações, sempre
pensando de forma criativa, original e com capacidade crítica.
Contudo, de nada adianta esse processo extremamente rico se a avaliação
não se transformar em instrumento de aprendizagem. Enquanto o ato de avaliar
for um instrumento de verificação do conhecimento acumulado, centrado na
autoridade do professor, pouco significativa será sua contribuição à formação dos
alunos (cidadãos) que, perdendo o medo da opressão, se sentirão livres para
aprender a lidar com os conhecimentos realmente importantes para as suas vidas.
Todas as etapas da avaliação devem estar centradas no aluno, desde a
participação no processo até a verificação do conhecimento acumulado.
Quanto ao acompanhamento da participação de cada aluno, acreditamos
que as condições de trabalho dos professores dificultam-lhes perceber o esforço
pessoal, o desenvolvimento e a dinâmica de aprendizagens individuais e coletivas,
face ao desdobramento das atividades docentes que os obrigam a assumir

2
Equipamentos e materiais sofisticados tais como: computador, Internet, DVD, 3 dimensão, fotografias áreas,
imagens de satélite.
18

numerosas classes e, com freqüência, em mais de uma unidade escolar. Se o


professor atribuir a mesma nota para todos estará desestimulando o esforço de
aprendizagem e o desenvolvimento pessoal; se atribuir notas diferentes, poderá
cometer injustiças. A maneira mais adequada de avaliar a participação é pelo
envolvimento responsável de cada aluno.
Os instrumentos de auto-avaliação e de avaliação pelo grupo devem ser
elaborados conjuntamente por todos os alunos, sob orientação dos professores.
Não se desenvolve responsabilidade pessoal sem ampla participação nas
decisões.
Se os alunos participam também da avaliação dos resultados de todos os
trabalhos desenvolvidos em classe ou extra-classe e se igualmente puderem se
manifestar sobre o domínio do conteúdo considerado como essencial para a sua
realização como pessoa humana feliz e equilibrada, grandes serão os benefícios
que se somarão ao processo de aprendizagem. Também neste caso os
parâmetros e os instrumentos de avaliação devem ser elaborados em conjunto pro
professores e alunos.
Se após a avaliação da participação e dos resultados de todas as
atividades, ainda houver decisão superior a ser cumprida obrigando o estudante a
provar que realmente sabe o conteúdo, sugerimos que as provas sejam também
elaboradas e corrigidas com a participação e parceria do professor e de todos os
alunos, deixando de ser um instrumento de repressão e medo para se transformar
em estímulo à aprendizagem.

Aprender é um prazer!
(Se o que se aprende tem sentido para a vida)
Avaliar e ser avaliado pode ser um prazer,
se levar a melhor aprender e a melhor viver.
19

4. CONTEÚDOS DISCIPLINARES DE 1ª a 4ª SÉRIE DO ENSINO


FUNDAMENTAL

Objetivo geral da Geografia para as séries iniciais

A Geografia tem como objetivo fazer com que os alunos reconheçam que é
necessário saber respeitar o meio em que vive, tornando-se cidadãos críticos e
conhecedores do seu espaço.

1ª SÉRIE

1. O ESPAÇO DO CORPO E O ESPAÇO DE VIVÊNCIA DA CRIANÇA

1.1 Como eu sou?

 Mapeamento do corpo: altura, peso, cor da pele, cabelos e olhos;


características especiais; as partes do corpo, o autoretrato.
 Como são as outras crianças da minha sala: diferenças e semelhanças.
 Lateralidade: lado direito, lado esquerdo; situar objetos, tendo como ponto
de referência o próprio corpo ou outras crianças; identificação e desenho
das mãos e pés – direito e esquerdo.

1.1- Eu e os outros

 Noções Topológicas: dentro, fora, em cima, embaixo, frente, atrás, direita,


esquerda, proximidade, vizinhança, arredores.
 Noções de Temporalidade: antes, depois, dia, noite, ontem, hoje, amanhã,
semana passada, esta semana, próxima semana; antigamente,
atualmente.

2. AS NECESSIDADES DA CRIANÇA

2.1- O que se precisa para viver?

 Alimentação: a alimentação diária e seu valor nutritivo; a importância e os


cuidados para se viver bem e se evitar doenças;
 Moradia: a necessidade de se ter um espaço para viver.
 Vestuário: diferenças de acordo com o tempo (frio, calor, chuva, sol); com
os usos (escola, festa, clube), com a condição social (pobre, rico).
 Saúde: o direito à assistência: saneamento básico, a higiene pessoal, em
casa e na escola, os hábitos alimentares;
 Educação: a importância e o direito à escola, como estudar.
 Lazer: os diferentes tipos de diversão; a importância dos jogos e exercícios
físicos; a leitura.
20

 Segurança: a função da polícia, dos bombeiros, do exército, segurança no


trânsito; cuidados para não se machucar.
 Transporte: os meios de transporte que mais se utiliza; o transporte
coletivo: preços, qualidade, como usar;
 Comunicação: os meios que mais se utiliza: TV, telefone, rádio, seus
aspectos positivos e negativos. Como usar os meios de comunicação;
jornais, revistas.

3. A CRIANÇA E O SEU ESPAÇO

3.1- A casa
 Como é a minha casa: desenho da casa pela criança; tamanho, cor,
divisões; família; plantas; animais.
 Como foi construída a minha casa: materiais e formas de construção;
 Minha casa e as outras casas: os diferentes tipos de casas, os diferentes
tipos de morar;
 Onde fica a minha casa: endereço (rua, bairro, cidade); como é a rua da
minha casa.
 O espaço da casa como fruto do trabalho das pessoas da família: a
construção, a mobília, os aparelhos, os alimentos, as contas de água e luz.
 As diferentes maneiras de se conseguir uma casa para morar: aluguel,
financiamento, troca, construção, autoconstrução, mutirão.
 O que é necessário para bem morar: água, luz, esgoto, asfalto, ônibus,
coleta de lixo.

3.2- A escola

 A escola como espaço dinâmico, organizado em função da Educação:

–Como é a minha sala de aula: cor, iluminação, móveis, tamanho


(dimensões), circulação de ar, barulho, piso, forro, andar e limpeza;
–A organização e as possibilidades de reorganização do espaço da sala de
aula;
–Como é a minha escola: o espaço físico de toda a escola; o conhecimento
de suas dependências e a ocupação do espaço pelas diferentes pessoas
que trabalham na escola;
–Identificação e localização da escola: nome, endereço, proximidade,
vizinhança (bairro, distrito, fazenda);
–Percurso da casa à escola: trajeto para ir à escola, tipo de transporte
utilizado;
– Melhor ocupação do espaço da escola;
– Atitudes a serem tomadas para preservar e melhorar o ambiente e o
espaço da escola.
21

2ª SÉRIE

1. AS DIFERENTES FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO DE VIVÊNCIA


DA CRIANÇA (BAIRRO, DISTRITO, POVOADO).

1.1- Bairro, Distrito, Povoado

 O lugar em que se vive: bairro, rua, avenida, praça, rodovia, fazenda,


distrito, povoado; nome do lugar; endereço; localização;
 Configuração do lugar atualmente;
 Espaço de moradia; espaço de trabalho no comércio, indústria, agricultura;
as diferenças e semelhanças entre estes lugares;
 As vias de circulação: característica quanto ao piso, declividade,
escoamento da água, arborização, sinalização, iluminação, calçada, redes
de água e esgoto, segurança, limpeza;
 Serviços públicos existentes no lugar: escolas, hospitais, postos de saúde,
energia elétrica, pavimentação, limpeza e coleta de lixo, água encanada e
esgoto, transporte coletivo, telefone, correio, segurança pública, igreja e
meios de comunicação;
 Localização desses serviços;
 Necessidades que as pessoas têm desses serviços;
 Como são usados esses serviços: os direitos do cidadão.

1.2- Escola

 Motivo da construção da escola naquele espaço do bairro;


 Influência da escola no bairro;
 Estudo do espaço físico da escola;
 Relação da escola com seu entorno: atividades que surgiram próximas à
escola;
 Conhecer o espaço de outras escolas.

1.3- Aspectos da natureza

 Como é o ar que se respira no lugar: limpo, poluído, quente, fresco, seco,


úmido? O que se pode fazer para melhorar esse ar?
 Como é a água existente: limpa, suja, encanada, corrente, de cisterna?
Onde estão os rios/córregos do lugar: canalizados ou a céu aberto? Como
é a água desses rios? O que se pode fazer para melhorar a qualidade da
água?
 Como é o solo: lugar plano ou inclinado? O que existe no solo do lugar,
plantas, construções, lixo? O que se vai fazer para melhorar o solo?
 Como são as plantas e os animais do lugar: tipos de plantas e de animais,
pomares, áreas arborizadas, parques, praças? O que se vai fazer para
aumentar a sua área verde?
22

1.4- Espaços ociosos

 Terrenos baldios – a utilização desses terrenos;


 A qualidade de vida no lugar;
 As vantagens de se morar e trabalhar nesse lugar;
 Os problemas;
 Atitudes que podem ser tomadas para melhorar estes espaços;
 Diferentes bairros e distritos que formam Uberlândia – como são, onde
ficam, as vizinhanças.

3ª SÉRIE

1. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA DA CRIANÇA CIDADÃ:


UBERLÂNDIA

 O mapa de Uberlândia: o município e seus distritos; a cidade e seus


bairros;
 As diferenças e semelhanças sociais na ocupação e utilização do espaço
na cidade e no campo;
 A cidade/município se quer para viver;
 A cidade/município ideal; o que se sonha;
 A cidade/município possível; o Plano Diretor;
 O que se pode fazer para que a cidade/município real se transforme na
cidade/ município possível.

1.1- O Espaço da produção em Uberlândia Hoje.

1.1.1- O espaço da produção na cidade:

A) As atividades industriais: tipo de indústria: tipo de indústria e origem;


localização; produção; origem da matéria-prima e energia; destino dos
produtos; tipos de trabalho: processo de industrialização; distrito industrial;
modernização; qualidade total e custos.
 As indústrias e o meio ambiente
 O uso dos recursos naturais: solo, ar, água, flora e fauna, os recursos
minerais.
 A destruição dos recursos naturais: a poluição do ar (gases, poeira, fumaça
das indústrias e das queimadas etc.); os esgotos, o lixo e os terrenos
baldios.
 Indústrias e qualidade de vida na cidade: as áreas verdes, os parques e
arborização urbana.
23

B) O comércio: circulação, distribuição e consumo das mercadorias – de onde


vem o que se consome; para onde vai o que se produz; o comércio atacadista
e o comércio varejista.
C) Os serviços ligados às diversas atividades sociais: educação, saúde e
serviços públicos.

D) Outras atividades econômicas.

1.1. 2- O espaço da produção no campo:

A) As relações cidade-campo:

 a cidade invadindo o campo: o espaço físico; o espaço da produção;


 o trabalho e a organização da vida;
 moradia e saneamento básico;
 disponibilidade de serviços: educação, saúde, cultura, lazer;
 os meios de comunicação;
 a circulação de pessoas e de mercadorias;
 a modernização da agropecuária e a qualidade de vida;
 o meio ambiente: a dinâmica, o uso dos recursos naturais
(vegetação, fauna, solo, clima, etc.); a degradação e recuperação do
meio ambiente; a questão da queimada, da erosão e da destruição
dos rios.

B) A produção econômica no campo:

 a agricultura;
 a pecuária.

MALHA HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA

 o rio Uberabinha e seus afluentes;


 os principais córregos que correm pela cidade de Uberlândia;
 as nascentes que estão dentro do perímetro urbano e na zona rural;
 como esses córregos estão sendo utilizados?
 como as nascentes estão sendo utilizadas?
 como poderia se usar melhor os espaços próximos ao córregos?
24

4ª SÉRIE

1. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA NA REGIÃO E NO ESTADO DE


MINAS GERAIS

1.1- Localização

 Uberlândia na região do Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais,


no Brasil e no mundo; estudo de mapa;
 Do cidadão de Uberlândia, de Minas Gerais, do Brasil e do mundo:
como vivo, o que faço, com o que e com quem me relaciono;
 De Minas Gerais: as mais importantes cidades do estado e suas
regiões: estudo de mapa;
 Uberlândia e suas ligações com as outras cidades.

1.2- A circulação de mercadorias e de pessoas

 de onde as pessoas vêm, para onde vão;


 de onde as mercadorias e produtos consumidos vêm; para onde vai a
produção;
 como se transportam as mercadorias;
 por onde circulam as pessoas e as mercadorias;
 O mapa das estradas da região e do estado: quais e como são as
nossas rodovias e com quem ligam;
 Os outros tipos de transportes: ferroviário, aéreo, fluvial, lacustre e
marítimo.

1.3- As informações

 Como se comunicar com as outras pessoas na cidade, na região, no


estado, no país e no mundo;
 A televisão, o rádio, a imprensa escrita;
 Outros meios de comunicação: fax, telefone e computador;
 A importância das pessoas se informarem e se comunicarem no mundo
atual;
 As ligações de Uberlândia com o Estado de Minas Gerais: TV, rádio,
telefone, jornais.

1.4- A cultura

 cultura do município: história e uma cultura diferentes, percebidas nas


diversas paisagens urbanas que aparecem durante o ano;
 cultura regional: as diferentes culturas de Minas Gerais.
25

1.5- As atividades econômicas na Região e no Estado

 espaço de trabalho das pessoas: cada pessoa vive e trabalha em um


determinado espaço: espaço com características particulares e
características regionais;
 espaço das indústrias na região e em Minas Gerais;
 distritos industrial, as regiões industriais;
 produção industrial na Região e em Minas Gerais;
 espaço da agricultura e da pecuária na região e em Minas Gerais;
 tipos de agricultura e de pecuária desenvolvemos na região e no Estado;
 o que, como e onde se produzem nas atividades agropecuárias;
 agricultura tradicional e a agricultura moderna;
 agricultura comercial e a agricultura de subsistência;
 o gado de corte e o gado de leite;
 para quem se produz alimentação, agroindústria e exportação;
 para onde é comercializada a produção na região e Estado;
 de onde vêm os produtos que se consumem na região e no Estado;
 que tipo de comércio predomina na região e no Estado.

1.6- Outras atividades

 a mineração: quais são e onde estão os recursos minerais; o que é feito


dos recursos minerais extraídos do subsolo de Minas Gerais; como a
extração de recursos minerais altera a natureza; como vivem as
pessoas que trabalham na extração de recursos minerais em Minas
Gerais;
 os diversos tipos serviços: os serviços públicos prestados à população e
os serviços ligados a atividades privadas;
 as condições ambientais na região do Triângulo e no Estado de Minas
Gerais.

1.7- A água

 os rios da região e de Minas Gerais;


 como são estes rios: o tamanho, o volume de água, o regime, a
disponibilidade de água para usos diversos; o tipo de relevo que
atravessa as cachoeiras; seu estado de limpeza e poluição; a sua
localização no estado: estudo de mapa;
 como se usam os rios da região e de Minas: o abastecimento das
cidades, o lançamento de esgotos, a irrigação na agricultura, o lazer, a
construção de represas e a produção de energia;
 a destruição dos rios da região e do estado: desmatamento,
assoreamento, poluição, lixo;
 os rios de Minas Gerais e sua importância para o Brasil;
 Minas Gerais um estado sem mar.
26

1.8- A atmosfera

 como é a qualidade do ar na região e em Minas Gerais: a poluição das


indústrias, dos carros, a poeira, a fumaça;
 como é o clima na região: a estação chuvosa, a estação seca;
 quando se faz calor e quando se faz frio: durante o ano, durante o dia,
de um lugar para outro, as frentes frias, as massas de ar frio;
 como o homem interfere no clima da região; a poluição, as cidades,
desmatamento/reflorestamento, a construção de represas;
 os climas de Minas Gerais e suas relações com as atividades humanas;
 o mapa dos climas de Minas e sua relação com os mapas de localização
das cidades e da produção econômica do estado

1.9- O relevo

 como é o relevo da região e de Minas: formas, características e


localização;
 como o relevo muda: a ação das águas, do vento, da ação do homem;
 o relevo e a ocupação humana: onde se desenvolvem os diversos tipos
de agricultura; onde as cidades se localizam; as diferenças entre as
cidades de montanhas e as cidades de planas.
 o relevo e a geologia de Minas Gerais;
 por que não ocorrem vulcões em Minas?
 que tipo de terremotos ocorrem;
 por que algumas cidades têm águas minerais.

4.1 CONTEÚDOS DISCIPLINARES DE 5ª A 8ª SÉRIES DO


ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE

BRASIL: CONDIÇÕES DE VIDA - Relações Sociais e com a


Natureza

1. BRASIL: onde se Vive


1) Os elementos do espaço, a partir da realidade do aluno; espaço da
natureza e espaço social: casa/apartamento, bairro, cidade, estado, país,
mundo;
2) A representação cartográfica do espaço geográfico.
27

2. BRASIL: como se Vive

1) As condições de vida, a partir da realidade do aluno: o que se faz e como


se faz;
2) As condições de trabalho na cidade e no campo: as formas de viver, com
destaque para as formas de trabalhar;
3) Os diferentes espaços de trabalho e de produção na cidade e no campo:
indústria, agricultura, comércio, comunicação, transportes.

3. BRASIL: o espaço da natureza e suas relações

1) A natureza, a partir da realidade dos alunos: natureza transformada,


natureza preservada, natureza recuperada.
2) A natureza como fonte de recursos: água, ar, solos, plantas, animais,
recursos minerais;
3) A natureza e as condições de vida: como usar, preservar e recuperar a
natureza, catástrofes naturais ou sociais?

6ª SÉRIE

BRASIL: REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

1. BRASIL: as diferentes formas de organização do espaço


Geográfico

1) A organização federativa;
2) A regionalização do espaço brasileiro.

2. BRASIL: O Complexo Regional do Centro-Sul

1) As unidades que compõem o complexo regional do Centro-Sul;


2) A ocupação e a organização do espaço geográfico atual e seu processo
histórico: a industrialização e a urbanização comandando a organização do
espaço;
3) O estudo da realidade geográfica do Centro-Sul através de seus mapas
econômicos, humanos e ambientais;
4) Estudo de casos.

3. BRASIL: O Complexo Regional do Nordeste

1) As unidades que compõem o complexo regional nordestino;


28

2) A ocupação e a organização do espaço geográfico atual e seu processo


histórico;
3) O estudo da realidade geográfica do Nordeste através de seus mapas
econômicos, humanos e ambientais.
4) Estudo de casos.

4. BRASIL: O Complexo Regional da Amazônia

1) As unidades que compõem o complexo regional amazônico;


2) A ocupação e a organização do espaço geográfico atual e seu processo
histórico;
3) O estudo da realidade geográfica amazônica através de seus mapas
econômicos, humanos e ambientais;
4) Estudo de casos.

7ª SÉRIE

O ESPAÇO MUNDIAL: PAÍSES DE GRANDES CONTRASTES


SOCIAIS E ECONÔMICOS

1. O ESPAÇO MUNDIAL: As Diferentes Formas de Organização

1) A natureza como critério de organização do espaço mundial: continentes,


mares, oceanos, vegetação, clima;
2) Os critérios históricos, políticos e econômicos;
3) Localização dos países e regiões de grandes contrastes sociais e
econômicos.

2. A AMÉRICA SUBDESENVOLVIDA

1) Localização geográfica e divisão política;


2) Estudo do espaço geográfico da América, a partir de seus mapas físicos e
econômicos;
3) Processos de apropriação do espaço geográfico das Américas: processo
histórico e permanência das estruturas arcaicas;
4) Estudo de casos (econômicos, sociais e ambientais).

3. ÁFRICA

1) Localização geográfica e divisão política;


2) Estudo do espaço geográfico africano, a partir de seus mapas físicos e
econômicos;
29

3) Apropriação do espaço geográfico africano: processos históricos e


permanências das estruturas arcaicas;
4) Estudo de casos (econômicos, sociais e ambientais).

4. ÁSIA SUBDESENVOLVIDA (exceto países da Comunidade dos


Estados Independentes)

1) Localização geográfica e divisão política;


2) Estudo do espaço geográfico asiático, a partir de seus mapas físicos e
econômicos;
3) Apropriação do espaço geográfico asiático: processos históricos e
permanências das estruturas arcaicas;
4) Estudo de casos (econômicos, sociais e ambientais).

8ª SÉRIE

O ESPAÇO MUNDIAL: PAÍSES DE MENORES CONTRASTES


SOCIAIS E ECONÔMICOS

1. INTRODUÇÃO

Localização dos países e regiões de menores contrastes sociais e econômicos.

2. A AMÉRICA DESENVOLVIDA

1) Estudo do espaço geográfico da América desenvolvida, a partir


dos mapas físicos e econômicos;
2) Formação territorial;
3) Produção e distribuição das atividades agrícolas;
4) O espaço urbano-industrial;
5) A integração e a influência econômica dos Estados Unidos e Canadá
(blocos econômicos e multinacionais);
6) As grandes questões ambientais.

3. JAPÃO

1) Estudo do espaço geográfico japonês, a partir de seus mapas físicos e


econômicos;
2) A exiguidade do espaço, o espaço produzido e as questões populacionais;
3) A produção e a distribuição das atividades agrícolas;
4) O espaço urbano-industrial;
5) Tecnologia e desenvolvimento (influência e integração com outros países).
30

4. EUROPA

1) Estudo do espaço geográfico europeu, a partir de seus mapas físicos e


econômicos;
2) Fronteiras européias no século XX;
3) Os diferentes níveis de industrialização dos países europeus;
4) A Europa Ocidental e a formação da União Européia;
5) O Leste Europeu: crises, mudanças econômicas e repercussões;
6) As grandes questões sociais, econômicas, culturais e ambientais do
continente europeu, principalmente as questões ligadas à busca da paz.

5. PAÍSES DA COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES -


CEI

1) A desintegração da URSS;
2) Países independentes e perspectivas políticas, econômicas, sociais e
ambientais;
3) Questões: nuclear e de segurança.

6. OCEANIA

1) Estudo do espaço geográfico da Oceania, a partir de seus mapas físicos e


econômicos.
2) A agricultura e o processo urbano-industrial;
3) Recursos oceânicos: questões ambientais;

7. ANTÁRTICA: Uso e preservação


31

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Durante o período de atualização das Diretrizes Básicas de Ensino de


Geografia, o maior problema encontrado foi a pouca participação dos professores
de Geografia.
O maior desafio para os próximos anos será o de implementar em todas as
escolas da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia as referidas Diretrizes
Básicas de Ensino de Geografia.
Sabe-se que para se efetivar a implementação das Diretrizes será
necessário maior envolvimento dos professores, pois exigirá mais tempo de
estudo e preparo das aulas.
As Diretrizes Básicas de Ensino de Geografia não estão prontas e
acabadas, a medida em que forem sendo implantadas irão surgir os problemas,
havendo a necessidade constante de revisão e atualização da mesma. Por isso
acredita-se que seja um esforço continuo de aprimoramento dos saberes
científicos e cotidianos.
32

BIBLIOGRAFIA

ABDEL - Malek - Anaur. Geopolítica e movimentos nacionais, ensaio sobre


didática do imperialismo. Seleção de textos da Associação dos Geógrafos
Brasileiros. São Paulo (9) dez/1984.

ALMEIDA, R. R. e PASSINI, E.Y. Espaço Geográfico: ensino e representação.


São Paulo: Contexto, 1989.

ALVES, Nilda. Formação de professores - pensar e fazer. São Paulo: Cortez,


1996.

ANDRADE, Manuel Corrêa de. Caminhos e descaminhos da geografia.


Campinas, Papiros, 1989.

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1994.

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35
1ª SÉRIE

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


2. O ESPAÇO DO CORPO E O ESPAÇO DE
VIVÊNCIA DA CRIANÇA

1.1 Como eu sou?


 Mapeamento do corpo: altura, peso, cor da Fazer com que a criança se sinta  mapa do contorno do corpo da
pele, cabelos e olhos; características como ser integrante da natureza criança (papel craft, jornal e
especiais; as partes do corpo, o autoretrato. e modificador de seu espaço. E outros materiais);
 Como são as outras crianças da minha sala: que a criança possa
diferenças e semelhanças. compreender as diferenças  trabalhar as diferenças e
 Lateralidade: lado direito, lado esquerdo; situar culturais, étnicas e sociais. semelhanças;
objetos, tendo como ponto de referência o
próprio corpo ou outras crianças; identificação Desenvolver as noções de  lateralidade (situar objetos
e desenho das mãos e pés – direito e temporalidade. tendo como referência o corpo
esquerdo. da criança).

3.3- Eu e os outros
 Noções Topológicas: dentro, fora, em cima,  Trabalhar com objetos sólidos
embaixo, frente, atrás, direita, esquerda, ou situações concretas com as
proximidade, vizinhança, arredores. crianças para que as mesmas
 Noções de Temporalidade: antes, depois, dia, possam assimilar as noções
noite, ontem, hoje, amanhã, semana passada, topológicas e de temporalidade.
esta semana, próxima semana; antigamente,
atualmente.
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CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES

4. AS NECESSIDADES DA CRIANÇA
 Desenvolver atividades que
4.1- O que se precisa para viver? possibilitem à criança
 Alimentação: a alimentação diária e seu valor Desenvolver na criança as compreender a importância de
nutritivo; a importância e os cuidados para se noções de cidadania, ou seja, uma boa alimentação: a
viver bem e se evitar doenças; que a criança saiba quais são maneira adequada de se morar
seus direitos e deveres de bem; de ter saúde, lazer,
 Moradia: a necessidade de se ter um espaço
cidadão. segurança, transporte; as
para viver.
diversas formas de vestir-se de
 Vestuário: diferenças de acordo com o tempo Adquirir hábitos de higiene e acordo com o tempo e com a
(frio, calor, chuva, sol); com os usos (escola, valores humanos. condição social.
festa, clube), com a condição social (pobre,
rico).
 Saúde: o direito à assistência: saneamento
básico, a higiene pessoal, em casa e na
escola, os hábitos alimentares;
 Educação: a importância e o direito à escola,
como estudar.
 Lazer: os diferentes tipos de diversão; a
importância dos jogos e exercícios físicos; a
leitura.
 Segurança: a função da polícia, dos
bombeiros, do exército, segurança no trânsito;
cuidados para não se machucar.
 Transporte: os meios de transporte que mais
se utiliza; o transporte coletivo: preços,
qualidade, como usar;
 Comunicação: os meios que mais se utiliza:
38

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


TV, telefone, rádio, seus aspectos positivos e
negativos. Como usar os meios de
comunicação; jornais, revistas.  Realizar atividades que
5. A CRIANÇA E O SEU ESPAÇO possibilitem à criança conhecer
Desenvolver noções de as diversas formas de morar; os
5.1- A casa orientação. diversos materiais que podem
 Como é a minha casa: desenho da casa pela ser usados na construção; as
criança; tamanho, cor, divisões; família; plantas; Possibilitar à criança diferenciar diversas formas de construir; se
animais. e respeitar os diferentes espaços tem toda infra-estrutura
 Como foi construída a minha casa: materiais e encontrados (casa, escola). necessária para se morar.
formas de construção;
 Minha casa e as outras casas: os diferentes tipos Construir a noção de espaço
de casas, os diferentes tipos de morar; geográfico.
 Onde fica a minha casa: endereço (rua, bairro,
cidade); como é a rua da minha casa. Comparar os diferentes tipos de
 O espaço da casa como fruto do trabalho das casas, bairros e/ou distritos que
pessoas da família: a construção, a mobília, os formam o município.
aparelhos, os alimentos, as contas de água e luz.
 As diferentes maneiras de se conseguir uma casa
para morar: aluguel, financiamento, troca,
construção, autoconstrução, mutirão.
 O que é necessário para bem morar: água, luz,  Atividades que possibilitem a
esgoto, asfalto, ônibus, coleta de lixo. criança conhecer os diversos
espaços existentes na escola e
5.2- A escola na proximidade da mesma.
 A escola como espaço dinâmico, organizado
em função da Educação:  Maquete dinâmica.

– Como é a minha sala de aula: cor, iluminação,


móveis, tamanho (dimensões), circulação de ar,
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CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


barulho, piso, forro, andar e limpeza;
– A organização e as possibilidades de
reorganização do espaço da sala de aula;
– Como é a minha escola: o espaço físico de toda
a escola; o conhecimento de suas dependências
e a ocupação do espaço pelas diferentes
pessoas que trabalham na escola;
– Identificação e localização da escola: nome,
endereço, proximidade, vizinhança (bairro,
distrito, fazenda);
– Percurso da casa à escola: trajeto para ir à
escola, tipo de transporte utilizado;
– Melhor ocupação do espaço da escola;
 Atitudes a serem tomadas para preservar e
melhorar o ambiente e o espaço da escola.
40

2ª SÉRIE

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


2. AS DIFERENTES FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
DO ESPAÇO DE VIVÊNCIA DA CRIANÇA
(BAIRRO, DISTRITO, POVOADO).

1.5- Bairro, Distrito, Povoado


 O lugar em que se vive: bairro, rua, avenida, Localizar e identificar o lugar em  Elaborar atividades de
praça, rodovia, fazenda, distrito, povoado; que se vive. reconhecimento do lugar:
nome do lugar; endereço; localização; (visitas, técnicas)
 Configuração do lugar atualmente; Observar e conhecer o lugar pedagógicas (aula passeio):
 Espaço de moradia; espaço de trabalho no onde se vive atualmente. onde as crianças possam
comércio, indústria, agricultura; as diferenças observar como é o bairro,
e semelhanças entre estes lugares; Compreender as transformações distrito ou povoado de
 As vias de circulação: característica quanto ao ocorridas no lugar em que se acordo com sua localização.
piso, declividade, escoamento da água, vive.
arborização, sinalização, iluminação, calçada,  Convidar um morador mais
redes de água e esgoto, segurança, limpeza; antigo para contar como era
 Serviços públicos existentes no lugar: escolas, esse local alguns anos
hospitais, postos de saúde, energia elétrica, antes, e como ele foi sendo
pavimentação, limpeza e coleta de lixo, água transformado ao longo do
encanada e esgoto, transporte coletivo, tempo. Pode ser trabalhado
telefone, correio, segurança pública, igreja e interdisciplinarmente com
meios de comunicação; história.
 Localização desses serviços;
 Necessidades que as pessoas têm desses
serviços;
 Como são usados esses serviços: os direitos
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CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


do cidadão.

1.6- Escola
 Motivo da construção da escola naquele Identificar a importância da  Planejar atividades que
espaço do bairro; construção da escola como possibilitem a criança
 Influência da escola no bairro; agente transformadora do conhecer a importância da
 Estudo do espaço físico da escola; espaço geográfico local. escola na construção do
 Relação da escola com seu entorno: espaço geográfico do bairro,
atividades que surgiram próximas à escola; Valorizar a localização da escola distrito ou povoado.
 Conhecer o espaço de outras escolas. como ponto estratégico e
(referência) no bairro.
1.7- Aspectos da natureza
 Como é o ar que se respira no lugar: limpo, Desenvolver a consciência da  Solicitar às crianças que
poluído, quente, fresco, seco, úmido? O que organização do espaço observem a natureza e o
se pode fazer para melhorar esse ar? considerando a infra-estrutura, espaço construído e como
bem como sua preservação. eles são utilizados pelos
 Como é a água existente: limpa, suja,
encanada, corrente, de cisterna? Onde estão moradores locais.
os rios/córregos do lugar: canalizados ou a
céu aberto? Como é a água desses rios? O  Observar o que pode ser
que se pode fazer para melhorar a qualidade feito para melhorar os
da água? espaços degradados.
 Como é o solo: lugar plano ou inclinado? O
que existe no solo do lugar, plantas,
construções, lixo? O que se vai fazer para
melhorar o solo?
 Como são as plantas e os animais do lugar:
tipos de plantas e de animais, pomares, áreas
arborizadas, parques, praças? O que se vai
fazer para aumentar a sua área verde?  Propor às crianças que
Perceber os espaços ociosos do observem como são
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CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


1.8- Espaços ociosos lugar em que se vive, bem como utilizados os espaços
 Terrenos baldios – a utilização desses a sua utilização. ociosos existentes no bairro.
terrenos; Criar estratégias para estimular Observem, ainda, se esses
 A qualidade de vida no lugar; no aluno a criticidade sobre os espaços trazem problemas
 As vantagens de se morar e trabalhar nesse problemas existentes nos ou não. Se trazem quais são
lugar; espaços ociosos e possíveis os problemas.
 Os problemas; soluções para os mesmos.
 Atitudes que podem ser tomadas para
melhorar estes espaços;
 Diferentes bairros e distritos que formam
Uberlândia – como são, onde ficam, as
vizinhanças.
43

3ª SÉRIE

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


2. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA DA
CRIANÇA CIDADÃ: UBERLÂNDIA
 O mapa de Uberlândia: o município e seus
distritos; a cidade e seus bairros; Os alunos devem reconhecer e  Trabalhar com o mapa do
 As diferenças e semelhanças sociais na comparar o papel da sociedade e município de Uberlândia,
ocupação e utilização do espaço na cidade e da natureza nas diferentes mostrando a diferença entre o
no campo; paisagens urbanas e rurais perímetro urbano e a zona rural
 A cidade / município se quer para viver; brasileiras. e como esses espaços são
 A cidade / município ideal; o que se sonha; ocupados e organizados de
 A cidade/ município possível; o Plano Diretor; Identificar semelhanças e forma diferente.
 O que se pode fazer para que a cidade/ diferenças entre os modos de
município real se transforme na cidade/ vida no campo e na cidade;
município possível. perceber as construções e
moradias, os hábitos, o lazer e a
cultura.
1.2- O Espaço da Produção em Uberlândia Hoje.

1.1.2- O espaço da produção na cidade:


Conhecer as relações entre o  Propor atividades que
A) As atividades industriais: tipo de indústria e
espaço urbano e o rural e os possibilitem à criança
origem,; localização, produção, origem da
contatos que sua coletividade conhecer o espaço de
matéria-prima e energia; destino dos
estabeleceu com as de outros produção na cidade:, bem
produtos; tipos de trabalho processo de
lugares no passado e como, que tipos de
industrialização; distrito industrial;
permanecem no presente. indústrias estão instaladas
modernização, qualidade total e custos.
em Uberlândia, quais
As indústrias e o meio ambiente.
matérias-primas são
 O uso dos recursos naturais: solo, ar, água,
utilizadas e como é sua
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CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


flora e fauna, os recursos minerais. relação com o meio
 A destruição dos recursos naturais: a ambiente.
poluição do ar (gases, poeira, fumaça das
indústrias e das queimadas etc.); os
esgotos, o lixo os terrenos baldios.
 Indústrias e qualidade de vida na cidade:
as áreas verdes, os parques e arborização
urbana.

B) O comércio: circulação, distribuição e Entender o papel das tecnologias  Realizar atividades que
consumo das mercadorias – de onde vem o da informação, da comunicação mostrem: como é feito a
que se consome; para onde vai o que se e dos transportes nas paisagens comercialização e a
produz; o comércio atacadista e o comércio urbanas e rurais e na vida em distribuição de mercadorias
varejista. sociedade. no município; como chegam
e como saem: mercados
C) Os serviços ligados às diversas atividades Entender algumas atacadistas e varejistas;
sociais: educação, saúde e serviços públicos. conseqüências das como são os serviços
transformações da natureza prestados à população;
causadas pelo homem, nas outras atividades produtivas
D) Outras atividades econômicas. paisagens urbanas e rurais. desenvolvidas no município
de Uberlândia.
1.1.2. O espaço da produção no campo:
C) As relações cidade-campo:  Elaborar atividades com as
quais as crianças possam:
 a cidade invadindo o campo: o espaço
conhecer a produção
físico; o espaço da produção; econômica do campo: a
 o trabalho e a organização da vida; agricultura e a pecuária;
 moradia e saneamento básico; saber como acontecem as
 disponibilidade de serviços: educação, relações cidade-campo.
saúde, cultura, lazer;
45

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


 os meios de comunicação;
 a circulação de pessoas e de
mercadorias;
 a modernização da agropecuária e a
qualidade de vida;
 o meio ambiente: a dinâmica, o uso dos
recursos naturais (vegetação, fauna,
solo, clima, etc.); a degradação e
recuperação do meio ambiente; a
questão da queimada, da erosão e da
destruição dos rios.

D) A produção econômica no campo:


 a agricultura;
 a pecuária.

2. MALHA HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE


UBERLÂNDIA Identificar a malha hidrográfica e  Promover atividades com
sua importância para o mapas do município que
 o rio Uberabinha e seus afluentes;
desenvolvimento econômico e mostrem a bacia hidrográfica
 os principais córregos que correm pela cidade
social. do rio Uberabinha; os
de Uberlândia;
principais córregos e
 as nascentes que estão dentro do perímetro Desenvolver a habilidade da nascentes existentes no
urbano e na zona rural; leitura cartográfica. perímetro urbano e na zona
 como esses córregos estão sendo utilizados? rural e como eles estão
 como as nascentes estão sendo utilizadas? Localizar as nascentes e os rios sendo utilizados.
 como poderia se usar melhor os espaços que abastecem o município.
próximos ao córregos?
Localizar as nascentes e os
córregos dentro do perímetro
46

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


urbano e como são utilizados.

4ª SÉRIE

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


2. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA NA
REGIÃO E NO ESTADO DE MINAS GERAIS

2.1- Localização
 Uberlândia na região do Triângulo Mineiro, No estudo com mapas o aluno  Elaborar atividades usando
no Estado de Minas Gerais, no Brasil e no precisa saber empregar a diversos mapas: do município;
mundo; estudo de mapa; observação, a descrição, o do Triângulo Mineiro,; de Minas
 Do cidadão de Uberlândia, de Minas registro, a comparação, a análise Gerais, do Brasil e do Mundo
Gerais, do Brasil e do mundo: como vivo, o e a síntese no uso das fazendo sempre a relação entre
que faço, com o que e com quem me informações de fontes escritas e os espaços.
relaciono; imagens.
 De Minas Gerais: as mais importantes
cidades do estado e suas regiões: estudo
de mapa;
 Uberlândia e suas ligações com as outras
cidades.

2.2- A circulação de mercadorias e de


pessoas
 de onde as pessoas vêm, para onde vão; Compreender o dinamismo do  Realizar atividades com mapas
 de onde as mercadorias e produtos espaço geográfico e as inter- de rodovias/ferrovias do Estado
consumidos vêm; para onde vai a relações entre as diversas de Minas Gerias e do Brasil,
produção; regiões através dos meios de para que a criança possa
transportes e da circulação de identificar quais são os
 como se transportam as mercadorias;
mercadorias. principais meios de transportes
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CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


 por onde circulam as pessoas e as usados no município, região,
mercadorias; estado e no Brasil, e qual é o
 O mapa das estradas da região e do seu estado de conservação.
estado: quais e como são as nossas
rodovias e com quem ligam;
 Os outros tipos de transportes: ferroviário,
aéreo, fluvial, lacustre e marítimo.

2.3- As informações Identificar e compreender como  Propor atividades de


 Como se comunicar com as outras pessoas os homens se comunicam entre observação tais como: os seres
na cidade, na região, no estado, no país e si, na sociedade, e a importância humanos se comunicam, quais
no mundo; dos diversos tipos de os principais meios de
 A televisão, o rádio, a imprensa escrita; comunicação na dinâmica global. comunicação e qual a
 Outros meios de comunicação: fax, importância deles na sociedade
telefone e computador; atual.
 A importância das pessoas se informarem e
se comunicarem no mundo atual;
 As ligações de Uberlândia com o Estado de
Minas Gerais: TV, rádio, telefone, jornais.
Reconhecer a importância da  Atividades lúdicas mostrando as
2.4- A cultura
cultura regional e diferenciá-la de diferentes culturas de Minas
 cultura do município: uma história e uma outras culturas regionais.
gerais (músicas, danças), por
cultura diferentes, percebidas nas diversas
meio de filmes, reportagens...
paisagens urbanas que aparecem durante
o ano;
 cultura regional: as diferentes culturas de
Minas Gerais.

2.5- As atividades econômicas na Região e


no Estado
48

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


 espaço de trabalho das pessoas: cada Identificar e reconhecer as  Elaborar atividades usando
pessoa vive e trabalha em um determinado diversas atividades econômicas, mapas de: recursos minerais,
espaço: espaço com características bem como sua relação com o atividades industriais, produção
particulares e características regionais; meio ambiente. agrícola, pecuária e de energia,
 espaço das indústrias na região e em para que as crianças conheçam
Minas Gerais; as principais atividades
 distritos industriais e regiões industriais; econômicas do Estado e
 produção industrial na Região e em Minas Região.
Gerais;
 espaço da agricultura e da pecuária na
região e em Minas Gerais;
 tipos de agricultura e de pecuária
desenvolvemos na região e no Estado;
 o que, como e onde se produzem nas
atividades agropecuárias;
 agricultura tradicional e a agricultura
moderna;
 agricultura comercial e a agricultura de
subsistência;
 o gado de corte e o gado de leite;
 para quem se produz alimentação,
agroindústria e exportação;
 para onde é comercializada a produção na
região e Estado;
 de onde vêm os produtos que se
consumem na região e no Estado;
 que tipo de comércio predomina na região
e no Estado.
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CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


2.6- Outras atividades Identificar e reconhecer as  Realizar atividades utilizando
 a mineração: quais são e onde estão os diversas atividades mineradoras mapas de recursos minerais do
recursos minerais; o que é feito dos do estado de Minas Gerais Estado de Minas Gerais para
recursos minerais extraídos do subsolo de que a criança conheça os
Minas Gerais; como a extração de recursos principais recursos minerais,
minerais altera a natureza; como vivem as sua utilização, e as condições
pessoas que trabalham na extração de ambientais nos locais de
recursos minerais em Minas Gerais; extração.
 os diversos serviços: os serviços públicos
prestados à população, os serviços ligados
atividades privadas;
 as condições ambientais na região do
Triângulo e no Estado de Minas Gerais.
Identificar e conhecer os diversos  Desenvolver atividades com
2.7- A água rios de Minas Gerais, sua mapa de hidrografia do Estado
 os rios da região e de Minas Gerais; utilização e como estão de Minas Gerais, para que as
 como são estes rios: o tamanho, o volume preservados (questões crianças conheçam os rios da
de água, o regime, a disponibilidade de ambientais) região e do Estado, como eles
água para usos diversos; o tipo de relevo são utilizados e qual seu estado
que atravessa as cachoeiras; seu estado de preservação. Podem ser
de limpeza e poluição; a sua localização no usadas as músicas: Planeta
estado: estudo de mapa; Água (Guilherme Arantes) ou
 como se usam os rios da região e de Planeta Azul (Chitãozinho e
Minas: o abastecimento das cidades, o Xororó).
lançamento de esgotos, a irrigação na
agricultura, o lazer, a construção de
represas e a produção de energia;
 a destruição dos rios da região e do estado:
desmatamento, assoreamento, poluição,
lixo;
50

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


 os rios de Minas Gerais e sua importância
para o Brasil;
 Minas Gerais um estado sem mar.
Identificar e conhecer os diversos  Elaborar atividades usando
tipos climáticos de Minas Gerais mapa de clima, vegetação do
2.8- A atmosfera e sua influência nas diversas Estado de Minas gerais, para
 como é a qualidade do ar na região e em paisagens (naturais e humanas). que a criança conheça os
Minas Gerais: a poluição das indústrias, diferentes tipos climáticos e de
dos carros, a poeira, a fumaça; vegetação em Minas Gerais, e
 como é o clima na região: a estação como o trabalho do homem
chuvosa, a estação seca; pode interferir provocando
 quando se faz calor e quando se faz frio: mudanças.
durante o ano, durante o dia, de um lugar
para outro, as frentes frias, as massas de
ar frio;
 como o homem interfere no clima da
região; a poluição, as cidades,
desmatamento/reflorestamento, a
construção de represas;
 os climas de Minas Gerais e suas relações
com as atividades humanas;
 o mapa dos climas de Minas e sua relação
com os mapas de localização das cidades
e da produção econômica do estado
Identificar e conhecer os diversos  Desenvolver atividades usando
tipos de relevo de Minas Gerais mapa de relevo do Estado de
2.9- O relevo
(Principais formas e localização). Minas Gerais e do Brasil para
 como é o relevo da região e de Minas:
que as crianças conheçam as
formas, características e localização;
diferentes formas existentes e
 como o relevo muda: a ação das águas, do
como elas são usadas pelo
vento, da ação do homem;
51

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES


 o relevo e a ocupação humana: onde se homem.
desenvolvem os diversos tipos de
agricultura; onde as cidades se localizam;  Elaborar atividades utilizando
as diferenças entre as cidades de mapa de Geologia do Estado de
montanhas e as cidades de plana. Minas Gerais e do Brasil para
 o relevo e a geologia de Minas Gerais? explicar porque não ocorrem
 por que não ocorrem vulcões em Minas; vulcões.
 que tipo de terremotos ocorrem;
 por que algumas cidades têm águas
minerais.

OBS.: Os conteúdos programáticos poderão ser trabalhados interdisciplinarmente com as demais áreas

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