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pública no Brasil
Mariana Kiefer Kruchin é mestre em Sociologia Jurídica pelo Instituto Internacional de Sociologia Jurídica de Oñati – ES;
bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e em Direito pela PUC-SP; trabalha com monitoramento e
Rubens Naves, Santos Jr. E Hesketh Escritórios Associados de Advocacia – São Paulo – SP – Brasil
marianakruchin@gmail.com
Resumo
Este artigo pretende analisar o processo de construção do chamado “novo paradigma” em segurança pública e o
significado da municipalização das políticas de segurança em termos sociojurídicos. Mudanças discursivas alteraram
na prática os termos do debate no campo, mas se faz necessário o questionamento sobre se as transformações no
plano discursivo, mais do que no sistema normativo, são suficientes para alterar o modelo político vigente. Ainda, se as
transformações em curso produzem o resultado esperado, isto é, se alteram o modelo vigente da segurança pública.
Palavras-Chave
Políticas de segurança pública; Municipalização; Descentralização; Prevenção da violência.
bleia Constituinte de 1987-1988: o que antes campo de estudos foi fortalecido nas últimas
era chamado de “segurança nacional” tornou- décadas (VASCONCELOS, 2009). Diferen-
-se “segurança pública”, denotando a diferença tes percepções sobre as causas da violência e
entre uma polícia equipada para o combate das altas taxas de criminalidade geraram uma
aos inimigos da ditadura estabelecida em 1964 reivindicação para que as políticas de contro-
e a questão de segurança nas instituições que le fossem interpretadas e aplicadas de forma a
Análise da introdução de um novo paradigma
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ção de um novo discurso compõe o objeto da
A introdução das noções de direitos humanos análise, mas foi necessário, em alguma medida,
estava relacionada à ideia de falta de mediação tratar da relação entre discurso e prática.
entre as instituições públicas e o sistema legal:
A hipótese de que a continuidade da violação Apesar da extensa revisão realizada na
dos direitos humanos é um dos elementos pesquisa das declarações que formam o novo
cas de segurança pública, são homicídios, rou- cas públicas (DIAS NETO, 2005 apud AZE-
bos e furtos, invasão de propriedade, violência VEDO; FAGUNDES, 2007, p. 8). É possível
doméstica, entre outros. dizer que a literatura se inclina para a primeira e
terceira abordagens. O segundo modelo de des-
Tendo definido o objeto das pesquisas no centralização trata da segurança privada, o que
campo da violência, é possível discutir o que também pode ser visto no Brasil como um fenô-
a literatura chama de uma abordagem preven- meno importante, mas inacessível para a maior
tiva do crime: basicamente, há uma oposição parte da população. Além disso, a literatura re-
à ideia de que segurança é responsabilidade visada vai em uma direção oposta, mostrando
exclusiva dos Estados e, então, das forças po- que a privatização da segurança pode produzir
liciais. Até o presente momento, não há alte- mais segregação e, então, violência.
rações na Constituição que embasem esse po-
sicionamento, ficando a cargo das reinterpre- Em resumo e de acordo com a classificação
tações do texto legal a possibilidade de novos apresentada, descentralização significa então um
arranjos institucionais.2 A prevenção é baseada processo decisório mais democrático, com en-
no entendimento das causas da criminalidade volvimento de todos os entes federativos e par-
e representa uma superação do paradigma de ticipação social na formulação de políticas, com
“segurança nacional”, sendo implementada a ressalva de que o modelo de gestão encontrado
por meio de políticas de segurança pública de na maioria dos municípios ainda não suporta
responsabilidade de toda estrutura federativa. tais arranjos que permitam investimento em se-
Nesse sentido, a literatura traz duas importan- gurança e participação da sociedade civil.
tes características da ideia de prevenção: des-
centralização da gestão das políticas; e interdis- A classificação de Dias Neto diz respeito à
ciplinaridade no tratamento da violência. forma dada ao processo de descentralização,
sendo possível, assim, ver uma aparente homo-
Segundo a classificação de Dias Neto geneidade entre a literatura. Fez-se necessária
(2005), o conceito de descentralização pode a classificação não da forma, mas sim dos mo-
ser entendido por três diferentes abordagens: a tivos, dos argumentos encontrados para que
administrativa, baseada na transferência de res- fossem produzidas transformações na estrutu-
ponsabilidades e de competências institucionais ra política da segurança, a fim de estabelecer
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tura revisada, foram encontrados argumentos micídio e do sentimento de insegurança da
classificáveis em três linhas distintas: sociedade teria forçado os políticos a fazerem
• a abordagem histórica, que leva ao en- algo relativo às maiores preocupações da po-
tendimento de que a descentralização é um pulação. Ainda, a mudança no envolvimento
processo natural e esperado. Até meados dos federal e municipal com a segurança pública
anos 1990, os gestores locais se utilizavam do estaria diretamente ligada à vontade dos elei-
cultura da violência, entre outros diversos fa- atuantes no campo da segurança, conforme
tores”. Nessa direção, a integração das politicas mostrado a seguir.
sociais visando a prevenção da criminalidade
é possibilitada principalmente no âmbito das A Conferência Nacional de Segurança
politicas publicas urbanas, locais. Tem-se en- Pública: a articulação de um debate
tão um sentido comum nos dois caminhos A Conferência Nacional de Segurança Pú-
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públicas, pelo programa federal Pronasci (Pro- cas institucionais, como conselhos municipais
grama Nacional de Segurança Pública com Ci- e federais, a regulamentação da atuação das
dadania), que, por meio de financiamento aos guardas municipais, e gabinetes de gestão in-
Estados e municípios, visa fortalecer os laços tegrada entre as diferentes esferas de governo.
federativos e comunitários (MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA, 2009, p. 21), com vistas à articula- Nesse sentido, a Conseg levou ao centro do
da violência que teve respaldo até então pela ênfase nas grandes reformas legais, mas apenas
determinação constitucional de que a seguran- aquelas que poderiam reforçar a capacidade de
ça pública deve ser exercida pelos órgãos elen- atuação das instituições atuais. [...] A partici-
cados no art. 144, quais sejam, Polícia Federal, pação social é vista como algo positivo, mas
Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária sem grandes propostas de sua inclusão”. Os
Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e grupos integrantes da terceira corrente reco-
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Corpos de Bombeiros Militares. Não é possí- nhecem que inovações na gestão e melhorias
vel negar que há um consenso de que o modelo tecnológicas são essenciais, porém insuficientes
vigente deve ser aprimorado e complementa- sem a inclusão de novos atores na operação do
do, principalmente pela ideia de prevenção sistema de segurança pública. A participação
da violência (e os arranjos que essa concepção social é vista “como positiva e propostas nes-
supõe). Por outro lado, pode-se afirmar que a se sentido são apresentadas. [...] A valorização
delimitação entre a velha e a nova concepção profissional é vista como determinante para
de segurança pública não é ainda totalmente o sucesso de políticas mais eficientes e, mais,
clara. Há disputas tanto institucionais quanto para a incorporação dos preceitos de garantia
simbólicas que denotam fragilidades em um dos direitos humanos na cultura organizacio-
discurso aparentemente contínuo e delimita- nal das polícias” (LIMA, 2010, p. 13). Por
do, o discurso do novo paradigma. fim, a quarta corrente caracteriza-se pelo não
reconhecimento do modelo atual como eficaz
Isso pode ser demonstrado por meio da e pelas propostas de mudanças radicais, como
análise dos dados produzidos por Lima (2010), por exemplo, fim das Polícias Militares.
no contexto da Conferência Nacional, sobre a
adesão ao novo paradigma. A pesquisa apresen- Segundo o autor, “o novo paradigma con-
ta uma descrição das quatro correntes hipotéti- figura-se em torno dos grupos classificados na
cas de segurança pública, quatro “tipos ideais”. terceira corrente” (LIMA, 2010, p, 103). Mas
A primeira corrente trata de “grupos que acre- o que interessa para o presente trabalho é me-
ditam que o atual modelo de organização do nos a diferença entre os participantes e mais o
sistema de segurança pública do país é adequa- fato de que 70% dos que responderam à pes-
do [...] e que os problemas enfrentados dizem quisa, quando solicitados a se inserir em uma
respeito apenas à carência de recursos financei- das quatro correntes predefinidas, admitiram
ros e humanos para o seu bom desempenho. estar na terceira e quarta. Esse percentual de
Há, nesta corrente, uma marca muito forte nas 70% se transfigura quando os pesquisadores
polícias. A participação social é vista com cau- modificam a metodologia, pedindo aos par-
telas [...] [e] a valorização profissional é reduzi- ticipantes que dessem opiniões (de acordo ou
da a questões salariais”. A segunda corrente diz desacordo) sobre cinco diferentes tópicos pré-
respeito àqueles que também creem na eficácia -codificados e que eram relacionados às quatro
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uma só corrente, mas 21,2% pertenceriam a Segurança e ex-coordenador dos Conselhos de
mais de uma. Dos participantes, 12,5% foram Segurança Comunitária no Estado de São Pau-
identificados com a segunda e terceira corren- lo. A última entrevista foi realizada com Cris-
tes (LIMA, 2010, p. 105), o que demonstra tina Villanova, em 2010 coordenadora geral
que a definição entre as concepções não está de Ações Preventivas em Segurança Pública da
ainda totalmente clara. Isto é, os participan- Secretaria Nacional de Segurança Pública, que
do papel dos municípios na segurança pública. como: necessidade de uma gestão descentraliza-
É ponto de comum acordo a necessidade de da da segurança que incorpore os diversos entes
regulação das atividades das guardas munici- federativos; integração entre áreas diversas, como
pais, que realizam tarefas totalmente diversas e planejamento urbano, políticas para juventude,
muitas vezes conflitantes com as atividades po- educação, ente outras; a ideia de prevenção;
liciais. A exceção vem de José Vicente, que re- necessidade de regulamentar a atividade das
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chaça qualquer necessidade de regulação legal guardas municipais, etc. Porém, a interpretação
na área da segurança. Mas alguns entrevistados desses conceitos está longe de ser homogênea e,
acreditam serem necessárias outras mudanças portanto, as práticas relativas a eles. A hipótese
legais, como, por exemplo, a superação do aqui formulada é a de que, no caso específico das
paradigma militarista que se manteve após a políticas em questão, o modelo político-jurídico
Constituição, isto é, uma nova legislação con- tradicional da segurança pública está sofrendo
cernente à atuação das forças policiais como alterações, mas, por enquanto, encontram seu li-
um todo (opinião de João Sana). mite no âmbito discursivo. Não se excluem aqui
as novas práticas e programas federais que indu-
Quanto aos fatores que alimentaram o pro- zem municípios a participarem da formulação e
cesso de participação dos municípios na segu- implementação de políticas de segurança, mas é
rança pública, foi possível apreender entendi- possível dizer que o entendimento delas ainda é
mentos diversos nas respostas obtidas. Altas muito heterogêneo e, muitas vezes, conectado ao
taxas criminais e a consequente preocupação chamado velho paradigma.
da população para com a questão, segundo
Sant’Ana, constituíram fator determinante Análise: continuidades e
para que os municípios passassem a introduzir descontinuidades do chamado “novo
a segurança em suas agendas. Já José Vicente paradigma”
acredita que a polícia passou a perceber que o Tendo observado que avanços existem, mas
problema do crime não é só o criminoso e sua que talvez o campo não seja dotado de força sim-
vítima, sendo também decisivo o local em que bólica suficiente para ser incorporado pelas diver-
ele ocorre. Por isso a polícia deve atentar para sas instituições a ele pertencentes e que transfor-
as especificidades locais em suas atividades, e mam o discurso em práticas concretas, foi preciso
essa demanda teria levado o município a parti- identificar quais elementos do modelo tido como
cipar mais ativamente nas questões de seguran- “paradigma a ser superado” ainda vigem, ou mes-
ça pública. Outra abordagem é a de Cristina, mo resistem através da ressignificação.
que acredita que o tamanho do país e a quan-
tidade de tarefas do Estado proporcionaram a Nesse sentido, um primeiro ponto a ser
abertura de um espaço de atuação preventiva considerado é o de que, apesar de a insurgên-
por parte dos governos locais. cia de uma nova visão de segurança pública in-
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digma na implementação de politicas públicas. 2008, revela que, entre os projetos apresentados
José Vicente e Renato Perrenoud, por exemplo, ao Pronasci pelos Estados e municípios naquele
tratam da importância da municipalização e ano, 48,13% não tinham vínculos com as ações
prevenção, mas com enfoque na ação policial do Programa, 21,44% versavam sobre ações
como reflexo de problemas locais, ou na prepa- de segurança defensiva,4 0,94% sobre ações de
ração da guarda municipal para agir como força segurança repressiva,5 e 29,5% dos projetos se-
política do gestor, quando encontrada, depen- sociais no âmbito local. De acordo com Dias
de da absorção do novo discurso, uma vez que Neto (2005, p. 89), os discursos sobre confli-
questões partidárias e a dimensão interpreta- tos sociais continuam convertidos em discur-
tiva da letra da lei fazem a implementação do sos sobre a criminalidade. “A prevenção crimi-
novo paradigma dependente de sua força sim- nal deixa de ser finalidade específica da justiça
bólica e do poder de produzir verdades aceitas criminal para converter-se em finalidade trans-
fora do campo onde foram produzidas (a aca- versal de outros sistemas estatais e sociais, nu-
demia, por exemplo). blando as diferenças entre o espaço da pena e o
espaço da política, entre as políticas criminais
Essa fragilidade apontada está relacionada e as políticas sociais” (DIAS NETO, 2005, p.
à inversão que se deu na produção do novo 100). Isto é, a ideia de prevenção não necessa-
modelo de segurança: o campo político é, ge- riamente agrega novas dimensões ao tratamen-
ralmente, o campo da legitimação das verdades to do crime, mas sim amplia a esfera criminal
jurídicas. No caso apresentado, a visão jurídi- para áreas de cunho mais social.
ca, entendida como a interpretação recorren-
te do texto constitucional, foi deslegitimada, Podemos estabelecer um paralelo entre
enquanto a produção de novas verdades se essa percepção do fenômeno e o conceito de
deu mais fortemente nos campos político e “correctional continuum” cunhado por Stanley
acadêmico. A literatura revisada demonstrou Cohen (1994, p. 344). O autor afirma, a res-
que a legislação infraconstitucional e progra- peito do tratamento comunitário do desvio e
mas políticos eram suficientes para embasar a do crime, que as distinções entre dentro/fora
participação da administração local em políti- da prisão, inocente/culpado, preso/liberto
cas de segurança e a Conferência Nacional, en- passam a ser muito tênues, a não ter limites
tendida como arena política, resultou na legi- definidos. O autor não nega os aspectos po-
timação dos discursos produzidos como nova sitivos do tratamento comunitário da questão
diretriz na área da segurança. Sendo assim, não da violência, mas alerta para a dificuldade de
foram verdades jurídicas, mas sua deslegitima- delinear onde começa e onde termina a linha
ção, que ensejaram o fortalecimento dos con- entre a criminalidade e a comunidade, o que
ceitos cunhados no âmbito do chamado novo pode, contraditoriamente, acabar por expan-
paradigma.7 Como consequência desse pro- dir o alcance de atuação das forças de segu-
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o “novo”: repressão/prevenção; integração/he- dade atribuída a órgãos especificados no art.
gemonia de políticas criminais; centralização/ 144 da CF/88, que é taxativo em seu rol de
descentralização. Essa última distinção se faz instituições responsáveis pela segurança. Nes-
presente quando da análise do papel do gover- se sentido, novas e variadas práticas aparecem
no federal na consolidação do novo discurso sem um “lastro” normativo preciso, já que,
durante a Conseg e do papel a ele atribuído como observado, cada gestor interpreta os ter-
2. Já existem iniciativas para alteração e regulamentação do art. 144 da CF/88, em especial os parágrafos 7º e 8º. Em maio de 2012
foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara dos Deputados o Substitutivo ao PL 1332/2003,
que dispõe sobre a atuação das Guardas Municipais. As iniciativas para alteração concreta da Constituição Federal são voltadas
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3. Diz Bourdieu (1989, p. 183) que “a simples ‘corrente de idéias’ não se torna num movimento político senão quando as idéias
propostas são reconhecidas no exterior do círculo dos profissionais”.
4. De acordo com a classificação do estudo, projetos de segurança defensiva seriam voltados para a implantação de ações voltadas
para o policiamento comunitário, capacitação dos profissionais de segurança, valorização profissional e incremento dos processos
de gestão.
6. Projetos voltados para ações sociais e relacionados aos diversos atores públicos envolvidos nessas políticas.
7. Esse processo não é exclusivo da construção do campo da segurança no Brasil: A ideia de dano, cunhada pela criminologia crítica
inglesa para substituir a noção individualizante de crime, que em tese permite responsabilizar quem ou o que estaria envolvido
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em uma situação de dano social de forma mais abrangente, aponta que o compromisso em um foco em danos sociais tem
como consequência o fato de as atividades políticas e intelectuais não privilegiarem o campo jurídico como arena de disputas
e atividades e poderem lidar com a ideia de dano sem fazer referências ao direito e a lei (HILLYARD; TOMBS, 2005). O conceito
de dano pode ser visto como semelhante ao processo de tratamento da violência por meio de políticas públicas urbanas, da
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Resumen Abstract
Análisis de la introducción de un nuevo paradigma en Analysis of the introduction of a new paradigm in
Análise da introdução de um novo paradigma
em segurança pública no Brasil
Mariana Kiefer Kruchin