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PREPARATÓRIA
IFNMG
INSTITUTO FEDERAL
DO NORTE DE MINAS GERAIS
ASSISTENTE EM
ADMINISTRAÇÃO
- LÍNGUA PORTUGUESA
- LEGISLAÇÃO
- INFORMÁTICA
- ADMINISTRAÇÃO GERAL
- GESTÃO PÚBLICA
- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Língua Portuguesa
Legislação
Informática
Administração Geral
Gestão Pública
Administração Pública
2016 FOCUS CONCURSOS
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/1998. Proibida a reprodução
de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer
meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográficos, microfílmicos, fotográfi-
cos, gráficos e outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às características gráficas.
DIRETORIA EXECUTIVA
Evaldo Roberto da Silva
Ruy Wagner Astrath
PRODUÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
05
DIAGRAMAÇÃO
Liora Vanessa Coutinho
Willian Brognoli
CAPA/ILUSTRAÇÃO
Rafael Lutinski
DIREÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
Marcelo Adriano Ferreira
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
Marcelo Adriano Ferreira
REVISÃO
Vítor Matheus Krewer
NÍVEL MÉDIO
Conhecimentos Gerais e Específicos
Publicado em Julho/2016
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno, dar tudo que verá aqui e compreender bem.
Desejamos que todo esse esforço se transforme em
Este material foi concebido para que você tivesse questões corretas e aprovações em concursos.
a oportunidade de entrar em contato com os conteú-
dos necessários para realizar a prova do seu concurso. Bons estudos!
Muito esforço foi empregado para que fosse possível
chegar à síntese de conteúdos que aqui está proposta.
Na verdade, esse material é o resultado do trabalho
dos escritores que se dedicam – há bastante tempo – à
preparação de candidatos para a realização de concur-
sos públicos.
A sugestão é que você faça um estudo sistemáti-
co com o que está neste livro. Dito de outra maneira:
você não deve pular partes deste material, pois há uma
ideia de unicidade entre tudo que está aqui publicado.
Cada exercício, cada capítulo, cada parágrafo, cada li-
nha dos textos será fundamental (serão fundamentais
em sua coletividade) para que sua preparação seja ple-
na.
Caso o seu objetivo seja a aprovação em um con-
curso público, saiba que partilhamos desse mesmo ob-
jetivo. Nosso sucesso depende necessariamente do seu
sucesso! Por isso, desejamos muita força, concentração
e disciplina para que você possa “zerar” os conteúdos
aqui apresentados, ou seja, para que você possa estu-
PROFESSOR
Pablo Jamilk
PROPOSTA DA APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O CONCURSO DE
ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE
MINAS GERAIS
O presente material tem como objetivo preparar candidatos para o certame do IFNMG.
Com a finalidade de permitir um estudo autodidata, na confecção do material foram utilizados diversos recursos
didáticos, dentre eles, Dicas e Gráficos. Assim, o estudo torna-se agradável, com maior absorção dos assuntos lecio-
nados, sem, contudo, perder de vista a finalidade de um material didático, qual seja uma preparação rápida, prática
e objetiva.
Conhecimentos Básicos e Específicos trônica Calc (LibreOffice versão 3): criação, edição, for-
matação e impressão; utilização de fórmulas; geração de
LÍNGUA PORTUGUESA gráficos; classificação e organização de dados. Conceitos
Compreensão e interpretação de textos. Gêneros básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramen-
e tipos de texto. Articulação textual: operadores se- tas, aplicativos e procedimentos associados à internet.
quenciais, expressões referenciais. Coesão e coerên- Fundamentos de microinformática: hardware e softwa-
cia textual. Identificação, definição, classificação, fle- re. Serviços de internet: conceitos, correio eletrônico, lis-
xão e emprego das classes de palavras; formação de tas de e-mail; grupos de discussão, navegação, busca e
palavras. Verbos: flexão, conjugação, vozes, correlação pesquisa; navegador Google Chrome. Noções de Redes:
entre tempos e modos verbais. Concordância verbal e arquitetura cliente/servidor, equipamentos de rede (ro-
nominal. Regência verbal e nominal. Crase. Colocação teador, switch, access point).
pronominal. Estrutura da oração e do período: aspec-
tos sintáticos e semânticos. Acentuação gráfica. Orto- ADMINISTRAÇÃO GERAL
grafia. Pontuação. Variação linguística. Redação oficial Fundamentos básicos de administração: conceitos,
e técnica. características e finalidade. Funções administrativas:
planejamento, organização, controle e direção. Rotinas
LEGISLAÇÃO administrativas: técnicas de arquivo e protocolo (Por- 09
Constituição Federal de 1988: Título I - Princípios taria Interministerial MJ/MPOG Nº 1.677/2015). Racio-
Fundamentais; Título II - dos Direitos e Garantias Fun- nalização do trabalho. Técnicas administrativas e or-
damentais; Título III - Da Organização do Estado. Lei ganizacionais. Delegação de poderes: centralização e
Nº 8112, de 11/12/90. Lei Nº 11.091, de 12/01/2005. Lei Nº descentralização. Liderança. Comunicação. . Etiqueta no
11.892, de 29/12/2008. Lei Nº 8666, de 21/06/1993. Pre- trabalho. Ética e responsabilidade social. Relações hu-
gão Eletrônico. Sistema de registro de preços - Decre- manas: trabalho em equipe, comunicação interpessoal,
to Nº 7.892, de 23/01/2013. Normas relativas às trans- atendimento ao público.
ferências de recursos da União mediante convênios e
contratos de repasse (Decreto Federal Nº 6.170/2007). GESTÃO PÚBLICA
Processo Administrativo no âmbito da Administração Orçamento público: princípios orçamentários, orça-
Pública Federal (Lei Federal N° 9.784/99). Estatuto do mento na Constituição Brasileira de 1988, classificações
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do orçamentárias, créditos adicionais, execução do orça-
Norte de Minas Gerais. Decreto Nº 1.171, de 22/06/94. mento. Controle da execução orçamentária: controles
Logística sustentável (Decreto Nº 7.746/2012). Estatu- interno e externo. Contrato administrativo: conceito, for-
to do IFNMG, Portaria Nº 92, de 18 agosto de 2009, malização, alteração, execução, inexecução e rescisão.
alterado pela Portaria Nº 122, de 12 de maio de 2010, Compras: modalidades de compra, cadastro de fornece-
publicado no Diário Oficial da União de 17 de maio de dores, compras no setor público, edital de licitações.
2010. Gestão patrimonial: controle de bens, inventário, alter-
ações e baixa de bens (Instrução Normativa SEDAP/PR
INFORMÁTICA Nº 205/1988).
Sistemas operacionais: conhecimentos do ambien-
te Windows 10. Conceito, interface de janelas, funções, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
acessórios e utilitários (Linux e MS Windows 10); confi- Modelos de gestão patrimonialista, burocrática e
gurações básicas do Sistema Operacional (painel de con- gerencial e o processo de mudança na Administração
trole); organização de pastas e arquivos; operações de Pública Brasileira. Governabilidade, governança, accou-
manipulação de pastas e arquivos (criar, copiar, mover, ntability e ética.
excluir e renomear). Editor de texto Writer (LibreOffice
versão 3): criação, edição, formatação e impressão; cria-
ção e manipulação de tabelas; inserção e formatação de
gráficos e figuras; geração de mala direta. Planilha ele-
LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFESSOR
Pablo Jamilk
Professor de Língua Portuguesa, Redação e Redação
Oficial. Formado em Letras pela Universidade Estadual
do Oeste do Paraná. Mestre em Letras pela Universida-
de Estadual do Oeste do Paraná. Doutorando em Letras
pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Espe-
cialista em concursos públicos, é professor em diversos
estados do Brasil.
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. COMO ESTUDAR LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................................................... 15
Introdução...................................................................................................................................................................................................................................................... 1 5
Morfologia: classes de palavras............................................................................................................................................................................................................ 1 5
Artigo............................................................................................................................................................................................................................................................... 1 5
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 16
2. MORFOLOGIA.......................................................................................................................................................................................... 16
Adjetivo........................................................................................................................................................................................................................................................... 16
Classificação Quanto ao Sentido........................................................................................................................................................................................................... 16
Classificação Quanto à Expressão........................................................................................................................................................................................................ 16
Adjetivo x Locução Adjetiva................................................................................................................................................................................................................... 16
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 19
Advérbio......................................................................................................................................................................................................................................................... 19
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 19
Conjunção....................................................................................................................................................................................................................................................... 20
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 20
Preposição...................................................................................................................................................................................................................................................... 21
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 21
Pronome.......................................................................................................................................................................................................................................................... 21
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 24
Substantivo.................................................................................................................................................................................................................................................... 24
3. SINTAXE.....................................................................................................................................................................................................26
Sujeito.............................................................................................................................................................................................................................................................. 27
Predicado........................................................................................................................................................................................................................................................ 28
Termos Integrantes.................................................................................................................................................................................................................................... 28
Vozes Verbais................................................................................................................................................................................................................................................ 28
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 29
Tempos e Modos verbais.......................................................................................................................................................................................................................... 29
Formas Nominais do Verbo..................................................................................................................................................................................................................... 30
Complementos Verbais............................................................................................................................................................................................................................. 30
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 31
4. ACENTUAÇÃO GRÁFICA....................................................................................................................................................................32 13
Antecedentes................................................................................................................................................................................................................................................. 32
Encontros vocálicos.................................................................................................................................................................................................................................... 32
Regras de Acentuação............................................................................................................................................................................................................................... 32
Alterações do Novo Acordo Ortográfico............................................................................................................................................................................................ 33
Questão Gabaritada................................................................................................................................................................................................................................... 33
6. CRASE.........................................................................................................................................................................................................37
Casos Proibitivos......................................................................................................................................................................................................................................... 38
Casos Obrigatórios..................................................................................................................................................................................................................................... 38
Casos Facultativos....................................................................................................................................................................................................................................... 39
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 39
7. COLOCAÇÃO PRONOMINAL..............................................................................................................................................................39
Posições dos Pronomes – Casos de Colocação ............................................................................................................................................................................... 40
Colocação Facultativa................................................................................................................................................................................................................................ 41
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 41
9. PONTUAÇÃO ...........................................................................................................................................................................................45
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 46
Ponto Final – Pausa Total......................................................................................................................................................................................................................... 46
Ponto-e-Vírgula – Pausa Maior do que uma Vírgula e Menor do que um Ponto Final.................................................................................................. 46
SUMÁRIO
10. ORTOGRAFIA.........................................................................................................................................................................................48
Definição......................................................................................................................................................................................................................................................... 48
Emprego de “E” e “I”................................................................................................................................................................................................................................... 48
Empregaremos o “I”................................................................................................................................................................................................................................... 49
Orientações sobre a Grafia do Fonema /S/...................................................................................................................................................................................... 49
Emprego do SC............................................................................................................................................................................................................................................. 50
Grafia da Letra “S” com Som de “Z”..................................................................................................................................................................................................... 50
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 5 1
1. COMO ESTUDAR LÍNGUA mais simples para construir uma base sólida para a re-
flexão sobre a Língua Portuguesa.
PORTUGUESA
Artigo: termo que particulariza um substantivo.
Introdução Ex.: o, a, um, uma.
A parte inicial desse material se volta para a orienta- Adjetivo: termo que qualifica, caracteriza ou indica
ção a respeito de como estudar os conteúdos dessa dis- a origem de outro.
ciplina. É preciso que você faça todos os apontamentos Ex.: interessante, quadrado, alemão.
necessários, a fim de que sua estratégia de estudo seja
produtiva. Vamos ao trabalho! Advérbio: termo que imprime uma circunstância
Teoria: recomendo que você estude teoria em 30 % sobre verbo, adjetivo ou advérbio.
do seu tempo de estudo. Quer dizer: leia e decore as re- Ex.: mal, bem, velozmente.
gras gramaticais.
Prática: recomendo que você faça exercícios em Conjunção: termo de função conectiva que pode
40% do seu tempo de estudo. Quem quer passar tem que criar relações de sentido.
conhecer o inimigo, ou seja, a prova. Ex.: mas, que, embora.
Leitura: recomendo que você use os outros 30% para
a leitura de textos de natureza variada. Assim, não terá Interjeição: termo que indica um estado emotivo
problemas com interpretação na prova. momentâneo.
Ex.: Ai! Ufa! Eita!
Níveis de Análise da Língua:
Numeral: termo que indica quantidade, posição,
Fonético / Fonológico: parte da análise que estuda multiplicação ou fração.
os sons, sua emissão e articulação. Ex.: sete, quarto, décuplo, terço.
Morfológico: parte da análise que estuda a estrutu-
ra e a classificação das palavras. Preposição: termo de natureza conectiva que im-
Sintático: parte da análise que estuda a função das prime uma relação de regência.
palavras em uma sentença. Ex.: a, de, em, para.
Semântico: parte da análise que investiga o signifi-
cado dos termos. Pronome: termo que retoma ou substitui outro no 15
Pragmático: parte da análise que estuda o sentido texto.
que a expressões assumem em um contexto. Ex.: cujo, lhe, me, ele.
Resposta: D
Adjetivo x Locução Adjetiva
2. MORFOLOGIA Essencialmente, a distinção entre um adjetivo e uma
locução adjetiva está na formação desses elementos. Um
Adjetivo adjetivo possui apenas um termo, ao passo que a locução
adjetiva possui mais de um termo. Veja a diferença:
Podemos tomar como definição de adjetivo a seguinte
sentença “termo que qualifica, caracteriza ou in- Ela fez a sua leitura do dia.
Ela fez a sua leitura diária.
LEGISLAÇÃO
PROFESSOR PROFESSOR
Willian Prates Robson Fachini
Professor de Direito Constitucional, Administrativo, Experiência em concursos públicos desde 1999, ten-
Tributário e Processo Civil em diversos preparatórios do sido aprovado em diversos concursos. Formado em
para concursos públicos. Aprovado em mais de 13 con- tecnologia em gestão pública pelo instituto tecnológico
cursos públicos e vestibulares de universidades públi- da Universidade Federal do Paraná e pós graduando em
cas, entre os quais: Ministério Público da União, Banco MBA em gestão pública. Professor de direito adminis-
Central do Brasil, Corpo de Bombeiros Militar do Estado trativo em cursos preparatórios para concursos desde
de Minas Gerais e Polícia Civil do Estado de Minas Ge- 2010.
rais.
PROFESSOR
Tiago Zanolla
Professor de Ética no Serviço Público, Conhecimen-
tos Bancários e Direito Regimental. Formado em Enge-
nharia de Produção pela Universidade Pan-Americana
de Ensino. Técnico Judiciário Cumpridor de Mandados
no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
SUMÁRIO
SUMÁRIO
Apresentação do Material....................................................................................................................................................................................................................... 95
1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS..........................................................................................................................................................95
Análise dos Artigos 1º-4º.......................................................................................................................................................................................................................... 95
Formas de Governo.................................................................................................................................................................................................................................... 95
Formas de Estado........................................................................................................................................................................................................................................ 96
Regime Político............................................................................................................................................................................................................................................ 97
Regime ou Sistema de Governo............................................................................................................................................................................................................ 97
Fundamentos da República Federativa Brasil................................................................................................................................................................................ 98
Tripartição dos Poderes............................................................................................................................................................................................................................ 98
Objetivos Fundamentais.......................................................................................................................................................................................................................... 99
Princípios das Relações Internacionais............................................................................................................................................................................................. 99
Objetivos Internacionais.......................................................................................................................................................................................................................... 99
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................100
5. DIREITOS DA NACIONALIDADE...................................................................................................................................................138
Nacionalidade Primária ou Originária............................................................................................................................................................................................ 139
Nacionalidade Secundária ou Adquirida........................................................................................................................................................................................ 139
Distinções entre Brasileiro Nato e Naturalizado.........................................................................................................................................................................140
Hipóteses de Perda da Nacionalidade..............................................................................................................................................................................................140
Idioma e Símbolos Nacionais................................................................................................................................................................................................................141
Questões Gabaritadas..............................................................................................................................................................................................................................141
6. DIREITOS POLÍTICOS.........................................................................................................................................................................142
O Voto Como Forma de Democracia Indireta................................................................................................................................................................................ 142
Instrumentos de Democracia Direta................................................................................................................................................................................................. 143
Capacidade Eleitoral Ativa.................................................................................................................................................................................................................... 143
Capacidade Eleitoral Passiva............................................................................................................................................................................................................... 143
Direitos Políticos Negativos.................................................................................................................................................................................................................. 144
Princípio da Anualidade da Lei Eleitoral........................................................................................................................................................................................ 147
Partidos Políticos....................................................................................................................................................................................................................................... 147
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 148
9. PROCESSO ADMINISTRATIVO.......................................................................................................................................................188
Conceito de Processo Administrativo............................................................................................................................................................................................... 189
Classificação dos Processos Administrativos................................................................................................................................................................................ 189
Disposições Gerais da Lei 9.784/99................................................................................................................................................................................................... 189
10. LICITAÇÃO...........................................................................................................................................................................................206
Base Constitucional.................................................................................................................................................................................................................................206
Competência Legislativa........................................................................................................................................................................................................................206
LEI 8.666/93................................................................................................................................................................................................................................................207
Contratação Direta....................................................................................................................................................................................................................................209
Questões Comentadas............................................................................................................................................................................................................................. 212
Lei 10.520/02 - Pregão............................................................................................................................................................................................................................ 213
Convênios, Contratos de Repasse e Termos de Execução Descentralizada...................................................................................................................... 214
Decreto 6.170/2007................................................................................................................................................................................................................................... 215
Celebração de Convênios e Contratos de Repasse...................................................................................................................................................................... 216
Celebração de Termo de Execução Descentralizada.................................................................................................................................................................. 219
Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – Siconv e Portal dos Convênios...................................................................................... 219
Padronização dos Objetos......................................................................................................................................................................................................................220
A presente obras foi elaborada na medida certa para República vem do latim “res”, que significa coisa, e
aqueles que estão se preparando para concursos públi- pública, que significa algo que é público, do povo.
cos (nível médio ou superior) – tribunais, carreiras admi- Desse modo, a coisa, que é o poder, é do povo, que o
nistrativas, carreira policial, carreira fiscal etc. exerce diretamente ou por meio de representantes elei-
Os temas são abordados na profundidade necessária, tos (art. 1º, parágrafo único, CF/88).
em sintonia com o entendimento doutrinário majoritário Na república, os governantes chegam ao poder atra-
e jurisprudência dos tribunais superiores (notadamente vés das eleições, cujo mandato é exercido por prazo de-
o Supremo Tribunal Federal), bem como o entendimento terminado, e, ainda, devem prestar contas aos governa-
das principais bancas organizadoras de concursos públi- dos, de modo que na república há a responsabilidade do
cos do Brasil. governante.
Obra indicada para aqueles que estão no início dos Na Forma de Governo Republicana os governantes
estudos, bem como para aqueles que desejam aprofun- chegam ao Poder através de eleições, exercem manda-
dar os conhecimentos em alguns temas do Direito Cons- to por prazo determinado, devendo ainda prestar contas
titucional. aos governados, ou seja, na República temos a responsa-
bilidade do Governante.
1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Exemplo: Brasil – O Presidente
Os princípios fundamentais são tratados na Consti- da República chega ao poder através de
tuição Federal de 1988 (CF/88) entre os artigos 1º e 4º.
eleição, para exercer mandato por 4 anos,
É tema que se relaciona com a parte estrutural do Es-
tado, onde são abordados fundamentos, objetivos, prin- representando os anseios do povo. Caso co-
cípios que regerem as relações internacionais do Brasil, menta algum crime de responsabilidade,
bem como os objetivos internacionais. será processado e julgado por tal crime,
cuja condenação gera a perda do cargo,
Análise dos Artigos 1º-4º suspensão de direitos políticos etc.
95
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Fe- A forma de governo republicano possui as seguintes
deral, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem características:
como fundamentos: [...].
• Eletividade;
Do dispositivo acima é possível extrair: • Temporalidade;
• Representatividade popular, pois os gover-
• Forma de governo (república); nantes são eleitos para representar o povo;
• Forma de Estado (federado); • Responsabilidade do governante.
• Regime político (democrático).
Monarquia
Implicitamente também é possível extrair o regime
ou sistema de governo adotado pelo Brasil, que é o pre- Na monarquia, o poder é exercido por uma única
sidencialismo. pessoa – o rei e sua família real. O povo não é titular do
poder.
Formas de Governo Na forma de governo monárquico, o governante che-
ga ao poder pelo fato de pertencer à família real, e o
A forma de governo trata da relação governante-go- exercício do poder se dá de forma vitalícia (não há elei-
vernado, notadamente no que se relaciona ao exercício ções “reais”), de modo que não há representatividade po-
do poder. no que tange ao exercício do poder. Analisar pular. O governante é irresponsável, pois não há presta-
forma de governo é analisar fonte do poder. ção de contas de seus atos.
A monarquia possui as seguintes características:
Como os governantes adquirem o poder?
O exercício do poder é de forma temporária ou • Hereditariedade;
vitalícia? • Vitaliciedade;
Há responsabilidade dos governantes perante • Não representatividade popular, pois o rei
os governados? não é eleito pelo povo (cidadãos);
• Irresponsabilidade do governante, pois este
não presta conta dos seus atos.
LEGISLAÇÃO
províncias é simplesmente para facilitar Os entes são dotados de Auto- Os entes são dotados de Sobe-
nomia. rania.
a constatação e solução de problemas. As
decisões nacionais, regionais e locais
partem de um único centro de poder. Prosseguindo com os desdobramento do caput do art.
1º da CF/88, constata-se que a República Federativa do
Brasil é formada pela união indissolúvel dos Esta-
Estado Composto dos, Municípios e DF.
A referida indissolubilidade é consequência do mo-
Já no Estado composto há a presença de vários delo federado de Estado adotado pelo Brasil, pois os en-
entes políticos, ou seja, vários são os entes dotados de tes federados não possuem poder de secessão.
capacidade política (descentralização). Assim, os Estados-membros, Municípios e DF que
Dependendo da composição do Estado, este poderá compõem a República Federativa do Brasil não podem
ser federado (entes autônomos) ou confederado (entes abandonar a mesma para formar um novo Estado fede-
soberanos). Importante ressaltar que o modelo de Esta- rado, ou seja, um novo país.
do federal brasileiro é do tipo segregador (fruto de mo-
vimento centrífugo), pois inicialmente o Brasil era um
CAPÍTULO 01 - Princípios Fundamentais
Presidencialismo
Exemplo: O Estado de Minas
Gerais não pode se separar da República No presidencialismo os Poderes Executivo e Legisla-
Federativa do Brasil para formar um novo tivo são independentes, de modo que cada um deles
exerce a sua competência sem que a vontade de um es-
país, pois uma das características do Esta-
teja vinculada à vontade do outro.
do federado é a indissolubilidade.
Não confunda indissolubilidade (não secessão), Exemplo: No Brasil, uma vez elei-
com reorganização de limites territoriais internos, to o presidente, o mesmo cumprirá o seu
pois estes últimos são permitidos pela CF/88, aten- mandato por prazo certo, independente-
didos os requisitos. Por exemplo, é possível a fusão
de dois ou mais municípios para a formação de um mente da vontade do legislativo. Mesmo
novo município, o mesmo ocorrendo em relação aos que o legislativo não apoie o seu plano de
Estados, mas todos continuam pertencendo à Repú- governo, o presidente cumprirá todo o seu
blica Federativa do Brasil. mandato. O mesmo acontece com o legis-
Importante frisar que a República Federativa consti- lativo que, independentemente da vontade
tui um Estado democrático de Direito, que corresponde do executivo, os mesmos cumprirão seu
ao regime político adotado pelo Brasil. mandato por prazo certo.
Regime Político
No presidencialismo, a chefia do Poder Executivo
O regime político diz respeito à participação do povo é monocrática, de modo que o Presidente é, ao mesmo
(cidadãos) na tomada decisões do Estado. São basica- tempo, Chefe de Estado e Chefe de Governo.
mente 2 regimes: o autocrático e o democrático. Chefia de Estado: está relacionada com a repre-
No regime autocrático, os cidadãos não participam sentação do país como Estado soberano perante outros
da tomada de decisões, ou seja, a vontade dos cidadãos Estados soberanos.
é desconsiderada.
Já no regime democrático, os cidadãos participam da 97
tomada de decisões, de modo que a sua vontade é de Exemplo: quando o Presidente da
suma importância no processo estatal decisório.
Na democracia, todo o poder emana do povo, e o República viaja para firmar um acordo co-
exercício pode ser direto ou indireto. mercial com outro país, está atuando como
Assim, a democracia direta é aquela exercida atra- chefe de Estado, ou mesmo quando recebe
vés do voto, onde são eleitos representantes. uma representação diplomática de outro
Já na democracia indireta, os cidadãos participam
da tomada de decisões através de instrumentos consti- país, por exemplo, a visita de uma Presi-
tucionalmente previstos, que podem ser memorizados dente.
através do seguinte macete (rol exemplificativo):
SUMÁRIO
Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................253
• Placa-mãe
254 • Processadores
• Memória Principal ou RAM
• Unidades de Armazenamento
• Periféricos de Entrada e Saída (Teclado,
Mouse e Monitor)
Notebook: a grande distinção entre os notebooks e • Fonte de Energia
os desktops está no conceito de portabilidade dos, tendo
os notebooks hardwares como monitor, teclado, e caixas Organização dos Computadores
acústicas totalmente integrados, formando uma única
peça. Outro ponto é o fato de possuírem autonomia elé- Embora os computadores sejam concebidos como
trica por meio de uma bateria recarregável. algo “moderno”, sua história de desenvolvimento começa
Outro ponto importante é a presença de um dispo- no início de século passado; sendo a forma de como são
sitivo que substitui o mouse dos desktops chamado de organizados e estruturados, remonta aos anos 40.
touchpad; hardware constituído por uma superfície sen- A chamada Arquitetura dos computadores foi ela-
sível ao toque onde o usuário posiciona o ponteiro na tela borada por John von Neumann (1903-1957), matemático
por meio de movimentos dos dedos. Sendo acompanhado húngaro, idealizador da arquitetura básica de funcio-
de dois botões com as mesmas funções dos botões do namento dos computadores. Mesmo sendo considerada
mouse. historicamente como antiga, sua arquitetura continua
sendo a base para a criação dos mais modernos com-
putadores atuais, incluindo tablets e smartphones, afinal
de contas, sua capacidade de processamento se iguala a
de muitos computadores do padrão Desktop e Notebook.
CAPÍTULO 01 - Noções Básicas (de Usuário) sobre a Instalação de Aplicativos
e Funcionamento de Computadores Pessoais.
Barramento 255
Tipos de Hardware
O computador é composto por várias peças, tendo
cada uma delas sua função especifica no funcionamento
Processador
do computador. Pensando nisso, será abordado cada um
dos elementos relacionados aos itens de hardware de um
O processador é o componente que recebe os dados
computador.
da memória RAM e processa por meio de instruções da-
das pelo sistema. Após o processamento dos dados, os
mesmos são devolvidos em forma de informação. Sua
função é ser o “cérebro do computador”. Também pode
ser chamado de CPU, termo em inglês que significa Uni-
dade Central de Processamento. É responsável por reali-
zar os cálculos necessários.
Sua principal função é controlar e executar instru-
ções contidas na memória principal através de opera-
INFORMÁTICA
SUMÁRIO
1. ABORDAGENS CLÁSSICA, BUROCRÁTICA E SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO................................................... 309
Abordagem Clássica da Administração.......................................................................................................................................................................................... 309
Abordagem Burocrática da Administração....................................................................................................................................................................................311
Abordagem Sistêmica da Administração....................................................................................................................................................................................... 313
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 313
308
CAPÍTULO 01 - Abordagens Clássica, Burocrática e Sistêmica da Administração
formular princípios e estabelecer processos pa- eficiente. Isso, no entanto, não quer dizer que os objetivos
dronizados que permitam o controle das opera- eram distintos, pois ambos os modelos buscavam a
ções fabris. eficiência organizacional.
III. Os empregados devem ser cientifica- Com a publicação em 1916 do livro "Administration
mente selecionados e colocados em seus pos- Industrielle et Générale", o autor afirma que em toda or-
tos com condições de trabalho adequadas para ganização, independentemente de tamanho ou natureza
que as normas possam ser cumpridas. de suas atividades, o conjunto de todas as suas operações
IV. Os empregados devem ser cientifica- pode ser dividido em seis grupos ou funções, a saber:
mente treinados para aperfeiçoar suas aptidões
e executar uma tarefa para que a produção nor- 01. Funções técnicas, relacionadas com a
mal seja cumprida. produção de bens ou de serviços da empresa.
V. A Administração precisa criar uma at- 02. Funções comerciais, relacionadas com
mosfera de íntima e cordial cooperação com compra, venda e permutação.
os trabalhadores para garantir a permanência 03. Funções financeiras, relacionadas com
desse ambiente psicológico. procura e gerência de capitais.
04. Funções de segurança, relacionadas com
Taylor também publica outra obra, o livro "The Prin- proteção e preservação dos bens e das pessoas.
cipies of Scientific Management", em 1911, no qual ele 05. Funções contábeis, relacionadas com in-
expressa três males presentes nas organizações de ventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
sua época: 06. Funções administrativas, relacionadas
com a integração de cúpula das outras cinco fun-
I. Vadiagem sistemática dos operários, que re- ções.
duziam a produção acerca de um terço da que seria nor-
mal, para evitar a redução das tarifas de salários pela O autor denomina como funções essenciais a estes
gerência, com três causas determinantes para essa va- grupos de operações e que para cada função essencial
diagem: corresponde uma capacidade especial relacionada com
• O engano disseminado entre os trabalhado- a natureza e a importância da função. Cada uma dessas
res de que o maior rendimento do homem e da capacidades, ou funções, repousa em um conjunto de
máquina provoca desemprego. aptidões, qualidades e conhecimentos, assim resumidos:
• O sistema defeituoso de Administração que
310 força os operários à ociosidade no trabalho a fim • Qualidades físicas: saúde, vigor, destreza,
de proteger seus interesses pessoais. força muscular, agilidade, coordenação, rapidez e
• Os métodos empíricos ineficientes utilizados precisão.
nas empresas, com os quais o operário desperdiça • Qualidades intelectuais: aptidão para
grande parte de seu esforço e tempo. compreender, aprender e ter discernimento (ou
saber diferenciar), força e agilidades intelectuais,
II. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas habilidades analíticas, julgamento e engenhosida-
de trabalho e do tempo necessário para sua reali- de.
zação. • Qualidades morais: energia, firmeza, co-
III. Falta de uniformidade das técnicas e dos ragem de aceitar as responsabilidades, iniciativa,
métodos de trabalho. decisão, tato e dignidade.
• Cultura geral: conhecimentos variados que
A Administração Científica baseou-se no concei- não são exclusivamente da função exercida.
to de homo economicus, isto é, do homem econômi- • Conhecimentos especiais: relativos uni-
co. Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida camente a função exercida, seja ela técnica, co-
como influenciada exclusivamente por recompensas mercial, financeira, administrativa, etc.
salariais, econômicas e materiais. Em síntese, o ho- • Experiência: conhecimento resultante da
mem procura o trabalho não porque gosta dele, mas prática das funções, adquirido na vivência de pro-
como um meio de ganhar a vida por meio do salário blemas reais e na própria realização de trabalho.
que o trabalho proporciona.
Interessante destacar que as funções administra-
Teoria Clássica tivas, segundo Fayol, coordenam e sincronizam
as demais funções da empresa, pairando sempre
Enquanto a Administração Científica era desenvolvi- acima delas. Isso não quer dizer que se concentra exclu-
da nos Estados Unidos, em 1916 surgia na Europa, origi- sivamente no topo da organização; pelo contrário, elas
nando-se na França, a Teoria Clássica da Adminis- se repartem proporcionalmente por todos os níveis da
tração. hierarquia da empresa.
No modelo americano, temos a ênfase na tarefa rea- As funções administrativas conhecidas contempora-
lizada pelo operário. No modelo europeu, a ênfase era na neamente pelas ações de planejar, organizar, dirigir
estrutura que a organização deveria possuir para ser e controlar (PODC) são oriundas do desenvolvimento
de Fayol e sua teoria. Vejamos.
CAPÍTULO 01 - Abordagens Clássica, Burocrática e Sistêmica da Administração
e. A teoria dos sistemas conduz a uma inte- elaboração de funções, o que lhe proporciona multiplica-
gração na educação científica. ção de papéis e diferenciação interna. Os padrões difu-
sos e globais são substituídos por funções especializadas,
São premissas básicas dessa teoria: hierarquizadas e diferenciadas.
- Equifinalidade: enfatiza que um sistema pode al-
01. Os sistemas existem dentro de sis- cançar, por uma variedade de caminhos, o mesmo resul-
temas. Cada sistema é constituído de subsiste- tado final, partindo de diferentes condições iniciais.
mas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema - Limites: a organização como um sistema aberto
maior, o suprassistema. Cada subsistema pode ser possui fronteiras entre o sistema e o ambiente.
detalhado em seus subsistemas componentes, e A Teoria dos Sistemas, de fato, revolucionou a ma-
assim por diante. Também o suprassistema faz neira de pensar na organização. Aspectos da abordagem
parte de um suprassistema maior. Esse encade- clássica de gestão (no sentido de tradicional, não confun-
amento parece ser infinito. As moléculas existem dir com a Teoria Clássica) são opostos aos aspectos da
dentro de células, que existem dentro de tecidos, abordagem sistêmica.
que compõem os órgãos, que compõem os orga-
nismos, e assim por diante. Questões Gabaritadas
02. Os sistemas são abertos. É uma decor-
rência da premissa anterior. Cada sistema exis- 1. CESPE - Técnico Federal de Controle Externo/
te dentro de um meio ambiente constituído por Apoio Técnico e Administrativo/Técnica Adminis-
outros sistemas. Os sistemas abertos são caracte- trativa/2015 - Considerando as diversas escolas e
rizados por um processo infinito de intercâmbio teorias da administração, julgue o item.
com o seu ambiente para trocar energia e infor- A teoria da burocracia, proposta por Max Weber, sus-
mação. tentada pelo tripé racionalidade, impessoalidade e pro-
03. As funções de um sistema dependem fissionalismo, tem como principais objetivos a eficiência,
de sua estrutura. Cada sistema tem um objetivo a eficácia e a efetividade dos processos organizacionais.
ou finalidade que constitui seu papel no intercâm-
bio com outros sistemas dentro do meio ambiente. 2. CESPE - Técnico Federal de Controle Externo/
Apoio Técnico e Administrativo/Técnica Adminis-
Ainda, é importante conhecermos outros conceitos trativa/2015 - Considerando as diversas escolas e
GESTÃO PÚBLICA
PROFESSOR PROFESSOR
Marcelo Adriano Robson Fachini
Ex-militar de carreira das Forças Armadas e atu- Experiência em concursos públicos desde 1999, ten-
almente servidor Público Federal, sendo aprovado em do sido aprovado em diversos concursos. Formado em
vários concursos, como Polícia Federal (2x), Polícia Ci- tecnologia em gestão pública pelo instituto tecnológico
vil do Distrito Federal, DEPEN, dentre outros .Formado da Universidade Federal do Paraná e pós graduando em
pela UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana). MBA em gestão pública. Professor de direito adminis-
Também professor da ANP (Academia Nacional de Polí- trativo em cursos preparatórios para concursos desde
cia) e instrutor nas matérias de Tiro, Uso Progressivo da 2010.
Força e Técnicas e Tecnologias não Letais.
PROFESSOR
Tiago Zanolla
Professor de Ética no Serviço Público, Conhecimen-
tos Bancários e Direito Regimental. Formado em Enge-
nharia de Produção pela Universidade Pan-Americana
de Ensino. Técnico Judiciário Cumpridor de Mandados
no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO BRASILEIRO....................................................................................... 399
Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................399
Normas que Regulamentam a Atividade Orçamentária..........................................................................................................................................................399
Normas Regulamentadoras em Espécie......................................................................................................................................................................................... 400
SPOF - Sistema de Planejamento e Orçamento Federal ......................................................................................................................................................... 403
Instrumentos de Planejamento em Espécie................................................................................................................................................................................. 403
Competências Relacionadas aos Instrumentos Orçamentários........................................................................................................................................... 409
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 413
7. GESTÃO PATRIMONIAL....................................................................................................................................................................490
Controle de Bens.......................................................................................................................................................................................................................................492
Inventário.....................................................................................................................................................................................................................................................495
Alterações e Baixa de Bens...................................................................................................................................................................................................................495
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................497
398
CAPÍTULO 01 - Sistema de Planejamento e Orçamento Brasileiro
Constituição Federal
No Brasil a modelagem orçamentária adotada por Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Fede-
força de mandamento legal é o orçamento programa. ral legislar concorrentemente sobre:
Esse tipo de orçamento demanda a elaboração de todo I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômi-
um arcabouço planos e programas que sejam capazes de co e urbanístico;
II - orçamento;
otimizar o gasto público para disponibilizar o máximo
de bens e serviços para a população, para que de forma
eficiente, eficaz e efetiva, o máximo de necessidades pú- No entendimento de José Afonso da Silva, competên-
blicas sejam atendidas. cia “é a faculdade juridicamente atribuída a uma enti-
Por ser a atividade orçamentária uma atividade ex- dade, ou a um órgão, ou ainda a um agente do poder
tremamente sensível e importante, pois trata de recursos público para emitir decisões. Competências são as diver-
públicos e da satisfação de necessidades públicas, o or- sas modalidades de poder de que servem os órgãos ou
denamento jurídico brasileiro tem em seu bojo todo um entidades estatais para realizar suas funções”. A consti-
conjunto de normas que regulamentam essa atividade, tuição Federal deixa claro que a competência para legis-
além de normas que materializam o próprio planeja- lar sobre Direito Financeiro e orçamento é concorrente.
mento e execução orçamentária, além de organizações Na competência concorrente se prevê a possibilidade de
responsáveis pela elaboração, execução, controle e ava- disposição sobre o mesmo assunto ou matéria por mais
liação do Orçamento Público. de um ente federativo, nesse caso União, Estados e Dis-
trito Federal.
Porém, para que haja uma organização hierárquica
Normas que Regulamentam a Atividade na disposição da matéria, deve ocorrer uma divisão de
Orçamentária funções para regulamentação. Dentre os entes federati-
vos, no âmbito da legislação concorrente, a competência
Sendo um país democrático e um Estado de Direito, O da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais para
Brasil tem como regra a aplicação do princípio da legali- todos os entes, estabelecendo ainda normas específicas
para ela mesma. Aos Estados e ao Distrito Federal cabem 399
dade onde, segundo a Constituição Federal (art. 5º, caput,
e seu inciso II) todos são iguais perante a lei, sem distin- estabelecer suas próprias normas específicas, tendo por
ção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros base as normas gerais estabelecidas pela União. Porém,
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do a competência da União para legislar sobre normas ge-
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à rais não exclui a competência suplementar dos Estados.
propriedade, nos termos seguintes: ninguém será obri- Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Es-
gado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em tados exercerão a competência legislativa plena, para
virtude de lei. atender a suas peculiaridades. Porém, a superveniência
Analisando estritamente este dispositivo constitucio- de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
nal, desconsiderando questões de ordem moral e ética, lei estadual, no que lhe for contrário.
significa que ao particular é permitido fazer tudo aquilo
que a lei não proibir, digo isso porque nem tudo que é Art. 24...
(...)
legal é moral. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência
No âmbito Administrativo esse princípio é mais rígi- da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
do, pois, só é permitido à Administração Pública, fazer o § 2º A competência da União para legislar sobre normas
que a lei autoriza. gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Esta-
Sendo a atividade orçamentária extremamente sen- dos exercerão a competência legislativa plena, para atender
sível, já que interfere diretamente no funcionamento da a suas peculiaridades.
máquina estatal e no dispêndio de recursos públicos, ou § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
seja, de toda população, a regulamentação deve ser legí- suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
tima, abrangente e complexa o suficiente para garantir
eficiência, eficácia e efetividade, além de lisura, controle
e transparência. Questões Comentadas
No Brasil existe então um arcabouço complexo de
mandamentos que versam sobre essa atividade tão im- FCC - ACE (TCM-GO)/TCM-GO/Controle Ex-
portante. Vejamos os principais pontos sobre essa legis- terno/2015
lação. De acordo com a Constituição Federal, e m ma-
téria orçamentária, cabe à lei complementar,
Competência para legislar sobre direito finan-
ceiro e orçamento a. estabelecer normas de gestão financeira e
GESTÃO PÚBLICA
patrimonial da Administração direta e indireta, final do primeiro exercício financeiro do mandato presiden-
bem como condições para a instituição e funcio- cial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do primeiro exercício financeiro e devol-
namento de fundos e estabelecer o Plano Pluria- vido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
nual. II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será en-
b. dispor sobre o exercício financeiro, a vigên- caminhado até oito meses e meio antes do encerramento do
cia, os prazos, a elaboração e a organização do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento do primeiro período da sessão legislativa;
Plano Plurianual, da lei de diretrizes orçamentá- III - o projeto de lei orçamentária da União será enca-
rias e da lei orçamentária anual. minhado até quatro meses antes do encerramento do exer-
c. de iniciativa do Poder Executivo ou Legisla- cício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
tivo, estabelecer o Plano Plurianual, as diretrizes da sessão legislativa.
orçamentárias e os orçamentos anuais.
d. de iniciativa do Poder Legislativo, estabele-
cer o Plano Plurianual. CESPE - AUD (TCU)/TCU/2007
e. de iniciativa do Poder Legislativo, estabele- Acerca do direito financeiro, julgue o item que
cer o Plano Plurianual e as diretrizes orçamen- se segue.
tárias. É competência comum da União, dos estados,
do DF e dos municípios legislar sobre direito fi-
Gabarito: B nanceiro, cabendo à União o estabelecimento das
normas gerais.
mentista”, a lei 4.320 de 17 de março de 1964, assinada Art. 169 - Determina o estabelecimento de limites para
pelo então presidente João Goulart estatuiu normas ge- as despesas com pessoal ativo e inativo da União a partir
de Lei Complementar. Neste sentido, a LRF revoga a Lei
rais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos Complementar n º 96, de 31 de maio de 1999, a chamada Lei
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Muni- Camata II;
cípios e do Distrito Federal. Art. 165 § 9º, inciso II - De acordo com este dispositivo,
Apesar de ter sido escrita em 1964, esta lei continua, cabe à Lei Complementar estabelecer normas de gestão fi-
nanceira e patrimonial da administração direta e indireta,
até hoje, definido as normas gerais para o orçamento bem como condições para a instituição e funcionamento de
anual e a contabilidade pública para União, estados e Fundos;
municípios, isso porque a maior parte do seu texto foi (...)
recepcionado pela atual Constituição, não havendo outra Art. 250 - de acordo com este artigo, com o objetivo de
assegurar recursos para o pagamento dos benefícios con-
lei que faça seu papel. cedidos pelo regime geral de previdência social, em adição
Importante estar atento ao fato de que essa lei é for- aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir
malmente ordinária, ou seja, foi elaborada com os ritos fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natu-
e procedimento destinados à aprovação de uma lei or- reza, mediante lei que disporá sobre a natureza e adminis-
tração desse fundo.
dinária. Porém, a atual Constituição reservou a matéria
tratada por ela para lei complementar, dando a ela status
No § 1º de seu primeiro artigo, a LRF determinou seus
de lei complementar, ou seja, é uma lei formalmente or-
objetivos ao estabelecer que a responsabilidade na ges-
dinária e materialmente complementar, o que significa
tão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em
dizer que seu texto somente pode ser alterado ou revo-
que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de
gado por outra lei complementar.
afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cum-
Alguma confusão é gerada quando vem à tona a Lei
primento de metas de resultados entre receitas e despe-
Complementar 101 de 2000, a LRF (Lei de Responsabili-
sas e a obediência a limites e condições no que tange a
dade Fiscal), isso porque as duas tratam de algumas ma-
renúncia de receita, geração de despesas com pessoal,
térias afins, o pode fazer surgir a idéia de esta revogou
da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mo-
aquela, o que não é verdade. Ambas têm objetivos distin-
biliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
tos, mas, por tratarem de matérias relacionadas, haven-
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos
do conflito entre dispositivos da lei 4.320 com a LRF, pre-
a Pagar.
valece esta última, por se tratar de lei posterior. Servem
Em relação às leis orçamentárias, a LRF praticamen-
de exemplo o conceito de dívida fundada, alterado pela
te não se refere ao Plano Plurianual, dando total ênfase
LRF, o conceito legal de empresa estatal dependente, de
à Lei de Diretrizes Orçamentárias que ganhou grande
operações de crédito, também estabelecidos pela LRF. 401
importância no cenário orçamentário. A LRF ainda re-
Por fim, por ainda não existirem na época da elabo-
gulamentou alguns procedimentos importantes quanto à
ração da lei 4.320 de 64, não são regulamentos por ela
Lei Orçamentária Anual.
o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias,
tratando a lei somente da Lei Orçamentária Anual.
Decreto 200/67
O Decreto 200 de 1967 dispõe sobre a organização
Lei 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal
da Administração Federal, estabelece diretrizes para a
Outro regramento importante em matéria orçamen-
Reforma Administrativa e dá outras providências.
tária é a Lei Complementar nº. 101 de 04 de maio de
Em seu art. 7º estabelece que a ação governamental
2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Essa norma
obedecerá a planejamento que vise a promover o de-
estabelece regras de finanças públicas voltadas para a
senvolvimento econômico-social do País e a segurança
responsabilidade na gestão fiscal. Em particular, a LRF
nacional, norteando-se segundo planos e programas ela-
vem atender à prescrição do artigo 163 da Constituição:
borados, na forma do Título III, e compreenderá a elabo-
Art. 163 - Lei complementar disporá sobre: ração e atualização dos seguintes instrumentos básicos:
I. Finanças públicas;
II. Dívida pública externa e interna, incluída a das autar- a. plano geral de governo;
quias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder b. programas gerais, setoriais e regionais, de
Público;
III. Concessão de garantias pelas entidades públicas; duração plurianual;
IV. Emissão e resgate de títulos da dívida pública; c. orçamento-programa anual;
V. Fiscalização financeira da administração pública di- d. programação financeira de desembolso
reta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 40, de 2003)
VI. Operações de câmbio realizadas por órgãos e enti- Dedicou um título ao planejamento, orçamento-pro-
dades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- grama e programação financeira (Arts. 15 a 18) onde em
nicípios; seu art. 15 estabeleceu que a ação administrativa do Po-
VII. Compatibilização das funções das instituições ofi- der Executivo obedecerá a programas gerais, setoriais e
ciais de crédito da União, resguardadas as características e
condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvi- regionais de duração plurianual, elaborados através dos
mento regional. órgãos de planejamento, sob a orientação e a coordena-
ção superiores do Presidente da República.
Regulamentou ainda os seguintes dispositivos da Já o art. 16 previu que em cada ano, será elaborado
Carta Magna: um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa do
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
PROFESSOR PROFESSOR
Adriel Sá Tiago Zanolla
SUMÁRIO
1. PRINCIPAIS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PATRIMONIALISTA, BUROCRÁTICO, NOVA GESTÃO
PÚBLICA E PAPÉIS DO ESTADO........................................................................................................................................................ 509
Modelos de Estado....................................................................................................................................................................................................................................509
Administração Pública Oligárquica e Patrimonial..................................................................................................................................................................... 510
Administração Pública Autoritária e Burocrática.......................................................................................................................................................................511
Administração Pública Gerencial (Nova Administração Pública ou Modelo Pós-Burocrático)................................................................................515
507
CAPÍTULO 01 - Principais Modelos de Administração Pública: Patrimonialista, Burocrático, Nova Gestão Pública e Papéis do Estado