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Tempo permitido para atraso no trabalho

A legislação brasileira não contempla norma que possibilite ao empregado chegar ao seu posto de trabalho
com 15 (quinze) minutos, 10 (dez) minutos ou qualquer tempo de atraso e nem mesmo autoriza se tal
tolerância se verificaria diária, ou semanalmente.

Entretanto, a dúvida sobre o limite de tolerância para tal atraso é frequente. A CLT prevê, em seu art. 58, §
1º, que não serão computadas nem descontadas como jornada extraordinária as variações de horário no
registro de ponto que não ultrapassem 5 (cinco) minutos, respeitado o limite diário de 10 (dez) minutos [1].

A citada previsão legal foi introduzida na legislação trabalhista por inspiração jurisprudencial, que já possuía
entendimento pacificado nesse sentido, consubstanciado no Verbete de nº 366, da Súmula de Jurisprudência
do TST.

Destaca-se que a jurisprudência vai além do que determina a lei, uma vez que os 10 (dez) minutos diários de
tolerância (cinco minutos de atraso e cinco minutos que sucedem ao término da jornada de trabalho) serão
computados normalmente, seja como atraso, seja como hora extraordinária, acaso a variação exceda esse
limite. Dessa forma, as variações de até dez minutos diários não são computadas, contudo, caso a variação
ultrapasse esse limite, o cômputo se dará integralmente, como se não houvesse qualquer tolerância.

Convém salientar que essa tolerância não é uma licença para que o empregado possa atrasar-se diariamente.
Portanto, ainda que exista a proibição de que o empregado sofra qualquer desconto em sua remuneração
por conta do atraso dentro do limite legal, atrasos frequentes, ainda que dentro do limite acima informado,
podem significar desídia do empregado, conduta essa passível de advertência, e, em alguns casos, até mesmo
de dispensa por justa causa, caso o empregado persista injustificadamente na conduta.

Isso porque o artigo 482, alínea e, da CLT prevê que constitui justa causa para rescisão do contrato de
trabalho pelo empregador a “desídia no desempenho das respectivas funções”.

Chegar atrasado todos os dias pode ser considerado desídia. Quando o empregado é advertido, suspendido
e continua atrasando, mesmo com o conhecimento de que tal atraso é intolerável em determinada
frequência pelo empregador, essa conduta reiterada pode o levar à justa causa.

Desta forma, apesar de não ser descontado o atraso desses poucos minutos diários, a reincidência
indiscriminada e sem justificativa de tal conduta pode levar a um prejuízo muito maior que o próprio
desconto, qual seja: a demissão por justa causa.

O melhor caminho é saber os deveres e obrigações de cada parte dentro do contrato de trabalho para que
nem o empregado cometa ato que o empregador considere intolerável e nem que o empregador exija aquilo
que não lhe seja permitido.

[1] Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá
de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.§ 1o Não serão descontadas
nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243,
de 19.6.2001). Cartão de ponto. Registro. Horas extras. Minutos que antecedem e sucedem a jornada de
trabalho. (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 23 e 326 da SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.05.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de
ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado
esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. (ex-OJs nº 23
- Inserida em 03.06.1996 e nº 326 – DJ 09.12.2003).

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