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Fundamentação: art. 9 da LinDB adotou como elemento de conexão formal (aquele destinado
a informar que lei se aplica às obrigações no geral) do LOCAL DA CONSTITUIÇÃO /
LOCAL DA CELEBRAÇÃO. Segundo o artigo 9º, portanto, as obrigações são regidas
conforme a lei do local da constituição. Um testamento, portanto, rege-se conforme as leis do
local onde foi celebrado, ainda que disponha sobre bens situados em outro país. Não é outra a
conclusão a que se chega, destarte, se não a de que o testamento será válido quando celebrado
conforme as leis do local em que foi lavrado.
Não, porque o contrato seria cumprido no Brasil. e) Não, porque o contrato é regido
pelo direito brasileiro.
O Direito Processual Civil, competência é tema de extrema importância. Isso se revela já pela
constatação de sua qualidade de pressuposto processual, categoria conceitual utilizada pela
doutrina para divisar as matérias preliminares sem as quais a relação jurídica processual não
se aperfeiçoa, impedindo a apreciação do mérito pelo juiz. Tal é o caso da regra de
competência absoluta, pressuposto processual de validade que, uma vez não observado,
implica nulidade dos atos decisórios praticados pelo juiz incompetente, consoante prescreve o
art. 113, § 2º, do CPC:
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em
qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
Mas competência é um tema complexo, sobretudo pela possibilidade de uma mesma causa ser
conhecida por vários foros, todos, em tese, igualmente competentes para a apreciação do feito.
Nota-se que, muita vez, o Código de Processo Civil abriga regras que facultam ao autor a
escolha do foro competente. Eis algumas delas:
a) ações fundadas em direito real sobre imóveis: em regra, é competente o foro da situação
da coisa. Mas a lei faculta ao autor a escolha entre os foros de domicílio ou de eleição, caso o
litígio não recaia sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e
demarcação de terras e nunciação de obra nova, conforme prevê o art. 95 do CPC:
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da
coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o
litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de
terras e nunciação de obra nova.
b) ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos: a lei
faculta ao autor a escolha entre o seu próprio domicílio (domicílio do autor) ou o do local do
fato, ambos igualmente competentes para o conhecimento da causa. É o que se lê no parágrafo
único do art. 100 do CPC:
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de
veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença
arbitral ou de sentença estrangeira.
Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exequente poderá optar pelo
juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do
executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Em se tratando de Processo Civil Coletivo, nas ações ajuizadas para a tutela de direitos
individuais homogêneos, há regra específica para a fixação do foro competente, adotando-se o
critério do âmbito do dano. Temos então:
a) dano de âmbito local: é competente a justiça local do foro do lugar onde ocorreu ou deva
ocorrer o dano;
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça
local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
Todas essas observações revelam a já natural complexidade da matéria. Não obstante, ainda é
possível piorá-la. Basta pensar nas causas oriundas de relações privadas, a envolver pessoas
naturais e jurídicas, com conexão internacional, para o deslinde das quais haja
a concorrência de foros internacionais - todos, em princípio, igualmente competentes. Aí a
dificuldade é tamanha que o Direito desenvolveu uma disciplina autônoma para lidar com o
assunto: trata-se do Direito Internacional Privado, que não é ramo do Direito Internacional
Público, mas se presta a regular determinados aspectos das relações internacionais,
especialmente aqueles que envolvam conflitos de leis no espaço. Nessa matéria, o que importa
é a definição da norma de direito aplicável (se a nacional ou a estrangeira) às relações
jurídicas cujos efeitos ultrapassam as fronteiras dos países envolvidos.
Para todos esses casos, vige, no Direito Processual, o chamado princípio da territorialidade.
Isto é, o Estado está autorizado a aplicar, nos limites do seu próprio território, o direito
nacional. Trata-se de vetor ligado à soberania estatal, mas que deve comportar
temperamentos, máxime no cenário de um mundo globalizado.
Basicamente, o art. 88 do CPC estipula as regras aplicáveis a relações jurídicas com conexão
internacional, no bojo das quais é admissível pensar em foros concorrentes (ou cumulativos)
para o conhecimento da causa. Fala-se emcompetência concorrente, na medida em que tanto o
juiz brasileiro quanto o juiz alienígena são competentes para o julgamento da demanda. Eis a
norma:
Já no art. 89, o legislador aduz as regras do CPC aplicáveis às situações em que somente o
juiz brasileiro é competente para o conhecimento da causa, daí a doutrina falar que se trata de
regra de competência exclusiva. Vamos dar uma olhada nesse dispositivo também:
Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a
que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas.
§ 2º Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o
mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando
se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso.
Note o leitor que minha alusão às regras do CPC é proposital. Isso porque o tema da
competência internacional não se esgota nas disposições do códex. Há regras alhures, como
no caso do Decreto-lei 4.657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), cujo art.
12 prescreve o seguinte:
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no
Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
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Um contrato de empreitada para a construção de quatro navios foi concluído, por razões
fiscais e de captação de financiamentos, entre as subsidiárias estrangeiras da empresa
brasileira e do estaleiro brasileiro que construirá os navios. O contrato, assinado em
Londres, indica as leis brasileiras como aplicáveis e Londres como foro exclusivo do
contrato. Em decorrência do atraso desmedido na entrega do primeiro navio, a empresa
contratante rescinde o contrato e ingressa em juízo no Brasil, pleiteando do estaleiro, cuja
sede é em Niterói, RJ, a devolução dos pagamentos já feitos.
O leitor pode observar que a questão trata sobre competência internacional, tendo como pano
de fundo caso hipotético de conflito de leis no espaço, havendo divergências sobre a
competência do juízo brasileiro frente ao inglês. A pergunta versa sobre as formalidades
necessárias para o prosseguimento do processo, pois pressupõe dúvida quanto à competência
absoluta - que, como vimos antes, épressuposto processual subjetivo (ou requisito de
validade). Trocando em miúdos, a pergunta poderia ser assim formulada: o réu, em sua
contestação, antes de discutir o mérito, pode alegar preliminar de incompetência absoluta
(CPC, art. 301, II), objetivando a declaração de nulidade de todos os atos decisórios do juízo
absolutamente incompetente (CPC, art. 113, § 2º)?
A resposta é negativa.
b) são determinadas pelo direito brasileiro e pelo direito do pais da outra nacionalidade,
cabendo ao juiz dirimir as dúvidas decorrentes sobre eventual colisão normativa:
Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VII - Primeira Fase
5. Um jato privado, pertencente a uma empresa norte-
americana, se envolve em um incidente que resulta na queda de uma aeronave comerci
al brasileira em território brasileiro, provocando dezenas de mortes. A família de uma d
as vítimas brasileiras inicia uma ação no Brasil contra a empresa norte-
americana, pedindo danos materiais e morais. A empresa norte-
americana alega que a competência para julgar o caso é da justiça americana. Segund
o o direito brasileiro, o juiz brasileiro
b)Não tem competência concorrente porque o réu é empresa estrangeira que não opera n
o Brasil.
c)Não tem competência, absoluta ou relativa, e deverá remeter o caso, por carta rogatória
, à justiça americana.
Caso prático:
seu domicílio, ou, na falta de domicílio, pela lei do país da residência”). Este casal contraiu
matrimónio no Irão, em Outubro de 2005, sem que nenhum deles se tenha deslocado ao país
da sua nacionalidade: com efeito, o Código Civil iraniano, que regula a celebração do
casamento nos arts. 1071.º a 1074.º, prevê, no art. 1071.º, que “cada nubente pode encarregar
um terceiro da celebração do casamento”, o que significa, naquele sistema jurídico, a
admissibilidade da celebração do casamento na presença de procuradores de cada um dos
nubentes (cfr., no CC português, a conjugação dos arts. 1615.º, a), e 1616.º, a)), bem como a
possibilidade - que o direito português não prevê
R:
Artigo 12º/1 . estatuto pessoal de A e B= Lei do País do seu domicilio ou lei do Pais da
residencia , que é PORTUGAL.
Código civil Iraniano 1071 a 1074 - admite o casamento por procuração e a escolha dos
nubentes pelo procurador.
Código civil Português 1615/a e 1616/a - admite o casamento por procuração mas não prevê a
escolha dos nubentes pelos procuradores (ver 1620º).
2. Regras de conflito: artigo 49ºCC (est. fam. matrimonial); artigo 50º (qt á forma);
O artigo 49º manda aplicar a lei pessoal (aqui a lei pessoal é a da residencia e não a da
nacionalidade 12/1 CG, o 49 conjuga-se com o 12/1 CG nao com o 31 cc;
Poderia , mas são eles mesmos que querem registar o casamento, logo não há problema , eles
é que sabem da vida deles!!!
Razão de ser do 12º CG - o dto da nacionalidade nao se deve aplicar pois se o agente é
refugiado há uma grande quebra com o esse ordenamento juridico.
Arts CC PT: estatuto matrimonial quanto à forma - subsume-se no 50? manda aplicar Lei
Iraniana. logo estes arts não se aplicam.
ou
poderiamos mexer na qualificaçao: normas mat. segundo um principio favor negotii. dizendo
que as normas do cc sao de forma subsumia-se no 50.
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Fim
Aula 14
Caso prático
-a lei indiana considera competente a lei do lugar da constituição da pessoa colectiva, nos
termos da teoria da dupla devolução;
-a lei nepalesa reconhece competência à lei do lugar onde agiu o representante da pessoa
colectiva, adoptando a teoria da devolução simples; e
-a lei chinesa considera competente a lei do foro demandado, com referência material? Cfr. o
art. 33.º do Código Civil.
c) A sua resposta à questão anterior mantém-se se o negócio for considerado inválido à luz
das leis portuguesa e chinesa, mas válido de acordo com as leis indiana e nepalesa?
R:
a) Regulamento Roma I - art.3º, aplicamos a lei escolhida pelas partes (não há) --->artigo 4º
"na falta de escolha..." a) residencia habitual do vendedor (INDIA) ; pessoa colectiva - artigo
19º (local da sua sede);
Artigo 4º/1 a
Sede de B-India
L1->L2->L3->L4->L1
Retorno indirecto.
Artigo 18º
L4=L1
E o artigo 18º/2?
Lei Nacionalidade
Não aplicamos este nem o 17/2, pois estamos perante uma PESSOA COLECTIVA (não
singular)
L1 --- L2
RM
Afastamos o reenvio (aplicamos L2 lei indiana (favor negotii) artigo 19º/1 --->16º (RM);
Aula 13
Caso prático:
que a lei suíça faz uma referência material para a lei do seu
domicílio?
R:
A=Italiano.
O reenvio é o método usado para resolver conflitos de sistemas. Neste caso, para já, não há
conflito, logo não se justifica o reenvio...
Mas, de acordo com L2 o acto é nulo. Mas , no País de residência é válido. Qual a sua
importância?
Quando contribuiu para a validade do negócio... mas , não chegamos à Lei Suiça por L1 nem
por L2...
O relevo dado á lei da residência habitual nasce do artigo 31/2 e não pelas referências feitas
pelas regras de conflitos.
Lei Suiça considera-se competente e faz ref. material para si própria, aplica-se!
O facto de fazer ref. material e de a lei italiana fazer dev. simples é irrelevante pois as leis
consideram-se competentes, não remetem para outras...
Requisitos:
Essencial é o facto de o negócio produzir os efeitos à luz da lei da residência habitual - poderá
justificar-se então uma interpretação extensiva para aplicar o 31º/2. (adequando a letra da lei
ao seu espirito, recusando um dos seus requisitos para a poder aplicar);
2. situação consolidada (que tenha produzido efeitos +/- estáveis (no caso desde 2002);
4.Não tenha sido objecto de sentença judicial transitada em julgado (se não seria problema de
reconhecimento de sentenças).
Aula 12
Caso prático:
I. Problema do reenvio:
Artigo 56º (constituição da filiação) --> manda aplicar a lei pessoal (31º): Nacionalidade
(brasileira);
A lei brasileira remete para a lei portuguesa (domicilio) com referencia material;
L1(LResidencia) --------> L2
L2------------------------->L1 (RM)
Haverá retorno?
lei brasileira L2
"devolver"
Sim, é o caso.
Como estamos perante matéria de estatuto pessoal, vamos agora analisar o 18/2.
Requisitos:
ou
Lei do Pais da residencia considerar competente o direito interno portugues. Nao está
preenchido.
Logo, L1= L1; L2=L1 (Harmonia juridica internacional; harmonia juridica qualificada) Além
do acordo entre leis materiais e regras de conflito há acordo entre a lei da nacionalidade e a lei
da residencia habitual.
Artigo 19º
MAS ATENÇÃO!
sa, considera o acto NULO.Nestes casos , em que a lei aplicável considera o negocio nulo,
devemos rejeitar o reenvio, em prol do favorecimento da validadedo negocio (favor negotii).
Devemos acrescentar - lhe dois requisitos doutrinais que decorrem da ratio da norma e não da
sua letra:
Assim podemos afirmar que as partes tinham considerado a nossa lei (regra de conflito);
Artigo 62º
Se fosse Portugal....
L1---------->L2
PT ING
L2---DD--->L1
Artigo 18º/1
O artigo 18º/1 não está preenchido, logo, segundo FERRER CORREIA, devemos aplicar o
16ºCC.
L1-L2
L2-L2
Harmonia
ou
L1-L1
L2-L1
Tanto com FERRER como com BAPTISTA obtemos harmonia juridica internacional. Mas é
aconselhável que sigamos BAPTISTA - sempre que possivel, os juizes portugueses devem
aplicar a lei portuguesa ---- principio da boa administração da justiça.
Portanto, aplicamos L1 (P
T) aceitando o reenvio.
Se fosse em França....
Reenvio:
transmissão de competência
Aplica-se a L.Francesa.
tá cumprido)
---------------------------------------------------------------------
Ben
s imóveis
Em Inglaterra:
L2 - aplicará aquela que L3 considerar competente; L3 faz referencia global para a lei inglesa:
a lei inglesa designa a francesa , logo: temos L2=L3; L3=L3; O 17/1 está preenchido. Artigo
17/2: norma de estatuto pessoal; residencia habitual em Portugal? Nao; A lei do Pais de
residencia considera compete
nte o direito interno portugues? Não; O artigo 17º/2 não se preenche, logo, não faz cessar o
17º/1 e assim há reenvio.Aplicamos a lei Francesa.
Imóveis em Itália:
L2 aplica a lei que L3 considerar competente; L3 transmite com DS para L4 e L4 devolve
para L2; LOGO: L4=L2;L3=L2;L2=L2; Se L1=L2 com referencia material, temos
h.j.internacional. L2 é aplicável, a Lei Inglesa. L2 considera-se competente desde inicio, logo
, não há reenvio.
Imóveis em Portugal
L2 aplica a lei que L3 considera competente; L3 lex rei sitae: devolve com devolução simples
para L1 e, L1 manda aplicar L2 (Nacionalidade);
Não aceitamos o retorno nem a trasmissão de competência; Sem reenvio temo harmonia
juridica internacional! (L1=L2);
B) A Lex loci executionis é aplicável aos contratos de trabalho, os quais, ainda que tenham
sido celebrados no exterior, são regidos pela norma do local da execução das atividades
laborais.
C) A norma do país em que é domiciliada a vítima aplica-se aos casos de responsabilidade por
ato ilícito extracontratual.
D) O elemento de conexão Lex loci executionis ou Lex loci solutionis é o critério aplicável,
como regra geral, para qualificar e reger as obrigações.
D) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a legislação sueca,
em razão da nacionalidade do de cujus.
3) Em janeiro de 2003, Martin e Clarisse Green, cidadãos britânicos domiciliados no
Rio de Janeiro, casam-se no Consulado-Geral britânico, localizado na Praia do
Flamengo. Em meados de 2010, decidem se divorciar. Na ausência de um pacto
antenupcial, Clarisse requer, em petição à Vara de Família do Rio de Janeiro, metade
dos bens adquiridos pelo casal desde a celebração do matrimônio, alegando que
o regime legal vigente no Brasil é o da comunhão parcial de bens. Martin, no entanto,
contesta a pretensão de Clarisse, argumentando que o casamento foi realizado no
consulado britânico e que, portanto, deve ser aplicado o regime legal de bens vigente no
Reino Unido, que lhe é mais favorável. Com base no caso hipotético acima e nos termos
da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta.
(A) O juiz brasileiro não poderá conhecer e julgar a lide, pois o casamento não foi realizado
perante a autoridade competente.
(B) Clarisse tem razão em sua demanda, pois o regime de bens é regido pela lex domicilli dos
nubentes e, ao tempo do casamento, ambos eram domiciliados no Brasil.
(C) Martin tem razão em sua contestação, pois o regime de bens se rege pela lei do local da
celebração (lex loci celebrationis), e o casamento foi celebrado no consulado britânico.
(D) O regime de bens obedecerá à lex domicilli dos cônjuges quanto aos bens móveis e à lex
rei sitae (ou seja, a lei do lugar onde estão) quanto aos bens imóveis, se houver.
C) não tem competência, absoluta ou relativa, e deverá remeter o caso, por carta rogatória, à
justiça americana.
(A) o Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a lide, pois o foro
para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o do local onde o contrato é
assinado.
(B) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação sul-africana, pois os contratos se regem pela lei do local de sua assinatura.
(C) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação brasileira, pois um juiz brasileiro não pode ser obrigado a aplicar leis estrangeiras.
(D) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá se basear na legislação
brasileira, pois em litígios envolvendo brasileiros e estrangeiros aplica-se a lex fori
B) Valentina é brasileira nata, pelo simples fato de seu pai, brasileiro, se ter deslocado por
motivo de trabalho, em nada influenciando o modo como Rafael adquiriu a nacionalidade.
C) Valentina somente será brasileira nata se vier a residir no Brasil e fizer a opção pela
nacionalidade brasileira após atingir a maioridade.
D) Valentina é brasileira nata, não constituindo óbice o fato de seu pai ser brasileiro
naturalizado e sua mãe, estrangeira
C) O empregador que pretender importar mão de obra deverá manter pelo menos metade das
vagas da empresa ocupadas por brasileiros, que também devem responder por, pelo menos,
metade da folha de salários.
9) Jean Pierre, cidadão estrangeiro, foi preso em flagrante em razão de suposta prática
de crime de falsificação de passaporte com o objetivo de viabilizar sua permanência no
Brasil. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
D) A fraude para obter entrada e permanência no território brasileiro não é motivo para
fundamentar ato de expulsão de estrangeiro.
10) João, residente no Brasil há cinco anos, é acusado em outro país de ter cometido
crime político. Nesse caso, o Brasil
(A) pode conceder a extradição se João for estrangeiro.
(B) pode conceder a extradição se João for brasileiro naturalizado e tiver cometido o crime
antes da naturalização.
(D) não pode conceder a extradição apenas se João for brasileiro nato.
11) Roberta Caballero, de nacionalidade argentina, está no Brasil desde 2008, como
correspondente estrangeira do jornal “El Diário”, sediado em Buenos Aires. Roberta
possui visto temporário, válido por quatro anos. Em 2011, pouco antes do vencimento
do visto, Roberta recebe um convite do editor de um jornal brasileiro, sediado em São
Paulo, para ali trabalhar na condição de repórter, sob sua supervisão,
mediante contrato de trabalho. Para continuar em situação regular, é correto afirmar
que Roberta
(A) deverá renovar, a cada quatro anos, o visto temporário VI (correspondente estrangeiro) e
requerer autorização de trabalho a estrangeiro com vínculo empregatício.
(B) não poderá aceitar o emprego, pois a Constituição Federal, em seu artigo 222, veda a
atuação de repórteres estrangeiros em qualquer meio de comunicação social.
(C) deverá apenas renovar, a cada quatro anos, o visto temporário VI (correspondente
estrangeiro), pois pessoas de nacionalidade de países do Mercosul não precisam de
autorização de trabalho.
12) Pierre de Oliveira nasceu na França, filho de pai brasileiro (que à época se
encontrava em viagem privada de estudos) e mãe francesa. Viveu até os 25 anos em
Paris, onde se formou em análise de sistemas e se pós-graduou em segurança de rede.
Em 2007, Pierre foi convidado por uma universidade brasileira para fazer parte de um
projeto de pesquisa destinado a desenvolver um sistema de segurança para uso de
instituições financeiras. Embora viajasse com frequência para a França, Pierre passou a
residir no Brasil, optando, em 2008, pela nacionalidade brasileira. No início de 2010,
uma investigação conjunta entre as polícias brasileira e francesa descobriu que Pierre
fez parte, no passado, de uma quadrilha internacional de hackers. Detido em São Paulo,
ele confessou que, entre 2004 e 2005, quando ainda vivia em Paris, invadiu mais de uma
vez a rede de um grande banco francês, desviando recursos para contas localizadas em
paraísos fiscais. Com relação ao caso hipotético acima, é correto afirmar que:
(A) se a França assim requerer, Pierre poderá ser extraditado, pois cometeu crime comum
sujeito à jurisdição francesa antes de optar pela nacionalidade brasileira.
(B) a critério do Ministério da Justiça, Pierre poderá ser expulso do território nacional pelo
crime cometido no exterior antes do processo de aquisição da nacionalidade, a menos que
tenha filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa
economicamente.
(C) Pierre poderá ser deportado para a França, a menos que peça asilo político.
(D) Pierre não poderá ser extraditado, expulso ou deportado em qualquer hipótese.