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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
FÍSICA EXPERIMENTAL III

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO DE PROCESSOS DE


ELETRIZAÇÃO

EMERSON MACHADO
LUÍSA HECK
MAURO BRITTO
WACTOR TIMM

Pelotas, 9 de abril de 2018


SUMÁRIO

1 RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1 Eletrização por Atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Eletrização por Contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.3 Eletrização por Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.4 Usos Práticos da Eletrização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.1 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.2 Procedimentos Realizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.2.1 Eletroscópio de Pêndulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.2.2 Eletroscópio de Folhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.2.3 Pedaços de Poliestireno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.1 Eletroscópio de pêndulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5.2 Eletroscópio de Folhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3 Pedaços de Poliestireno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
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1 RESUMO

O experimento visa demonstrar na prática alguns princípios da eletroestática. A


interação entre cargas elétricas é observada através da utilização de instrumentos
que evidenciam as propriedades de atração e repulsão existentes em corpos eletriza-
dos, mostrando que cargas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais opostos
se atraem. Utilizou-se um bastão de PVC eletricamente carregado para produzir mo-
vimento em dois eletroscópios, um de pêndulo e outro de folhas, tal movimento é
decorrente da interação das cargas elétricas. Dessa forma foi possível observar o
comportamento de um eletroscópio na presença de um corpo carregado, assim como,
a ocorrência de três processos de eletrização: por contado, por atrito e por indução.
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2 INTRODUÇÃO

Embora sejam uma interação muitas ordens de grandeza mais forte que a gra-
vidade, as forças elétricas foram investigadas muito depois, porque normalmente a
matéria se apresenta em estado neutro (NUSSENZVEIG, 1997). Um corpo é dito
eletricamente neutro quando possuir o mesmo número de elétrons e prótons, caso
não exista essa igualdade o corpo estará eletricamente carregado. Para que ocorra a
eletrização um corpo precisa ganhar ou perder elétrons, ao ganhar elétrons o corpo fi-
cará negativamente eletrizado e ao perder elétrons se tornará positivamente eletrizado
(RESNICK; HALLIDAY; WALKER, 1996).
O processo no qual um corpo ganha ou perde elétrons é denominado eletrização.
As três formas mais comuns de se eletrizar um objeto são através do atrito, do contato
e da indução (GRIFFITHS, 2011).
Em 1785, Charles Coulomb usou uma balança de torção para medir a intensidade
de atração ou repulsão entre corpos eletrizados (PIETROCOLA et al., 2016). Após
testes, constatou que a força elétrica pode ser expressa pela Equação 1:

kq1 q2
Fe = (1)
r2
Onde:

• Fe = Força elétrica;

• k = Constante eletrostática do meio;

• qn = Carga elétrica;

• r = Raio.

Figura 1 – Forças resultantes entre um par de cargas de sinal igual (NUSSENZVEIG,


1997)

O presente trabalho visa demonstrar os processos de eletrização através de expe-


rimentos realizados, apresentando o comportamento elétrico dos materiais em situa-
ções determinadas e interação gerada pela força elétrica entre eles.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Eletrização por Atrito


Foi o primeiro processo de eletrização utilizado pela humanidade. Foi descrito
pelo matemático grego Tales de Mileto ainda no século VI a.C, ele observou que ao
atritar pele de cordeiro e fragmento de âmbar, a rocha adquiria a qualidade de atrair
pequenos pedaços de palha (RIBEIRO, 2018).
Estudos posteriores comprovaram que ao se atritar dois corpos neutros feitos de
materiais distintos irá ocorrer uma transferência de elétrons, um dos corpos irá ganhar
elétrons, ficando negativamente eletrizado, e o outro perderá elétrons, ficando posi-
tivamente eletrizado. Na eletrização por atrito os dois corpos ficam com cargas de
mesmo módulo, porém de sinais contrários. Nesse tipo de eletrização o sinal da carga
depende da natureza dos materiais utilizados (YOUNG; FREEDMAN, 2009).

3.2 Eletrização por Contato


É possível eletrizar um objeto através do contato direto com outro objeto previa-
mente eletrizado. Se dois corpos constituídos de material condutor, sendo pelo menos
um deles eletrizado, forem postos em contato, a carga elétrica irá se distribuir entre
eles através da transferência de elétrons (PIETROCOLA et al., 2016).
Nessa situação ambos os objetos irão ter a mesma carga, tanto em magnitude
quando em sinal. Caso os objetos sejam novamente separados a eletrização se man-
terá, e o valor da carga resultante em cada corpo será a média aritmética entre as
cargas dos objetos em contato (JUNIOR; FERRARO; SOARES, 2009).

3.3 Eletrização por Indução


Ao se aproximar um corpo eletricamente carregado de um segundo corpo eletri-
camente neutro e isolado do meio, os elétrons livres do corpo neutro irão reagir a
aproximação do objeto carregado. Se a carga do corpo carregado for positiva irá atrair
os elétrons do corpo neutro para a face que se encontra mais próxima do objeto carre-
gado, caso contrário os elétrons serão repelidos para a face mais distante. Os elétrons
não escapam do segundo objeto, pois este está isolado do meio, o que ocorre é um
excesso de elétrons de um lado do corpo e uma falta de elétrons no outro lado, ou
seja, foi criada uma carga induzida em cada face do objeto (RESNICK; HALLIDAY;
WALKER, 1996).
Quando o corpo carregado é removido, os elétrons voltam a se distribuir uniforme-
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mente e a condição de neutralidade original é restaurada no objeto neutro. Entretanto,


é possível gerar uma carga permanente através do processo de indução. Para isso é
necessário realizar o contado de um fio condutor entre uma das faces do objeto carre-
gado indutivamente e um outro corpo capaz de fornecer ou receber elétrons. Normal-
mente se usa a Terra, já que devido ao seu imenso tamanho ela funciona como um
reservatório inesgotável de elétrons. Dependendo do sinal da carga no lado do corpo
que está em contato com o fio, irão fluir elétrons da Terra para o corpo ou do corpo para
Terra. Feito esse processo é preciso interromper o contato com a Terra, removendo
o fio condutor, dessa forma o segundo objeto volta a estar isolado. Agora quando o
objeto originalmente carregado é afastado, o segundo corpo permanece com um de-
sequilíbrio no número de elétrons e prótons, ou seja, eletrizado. A Figura 2 demonstra
o processo de eletrização por indução e aterramento de uma esfera metálica (YOUNG;
FREEDMAN, 2009).

Figura 2 – Processo de Eletrização por Indução (YOUNG; FREEDMAN, 2009)

3.4 Usos Práticos da Eletrização


O processo de copiagem inventado por Chester Carlson, atualmente usa a proje-
ção de uma imagem sobre um cilindro metálico previamente eletrizado e recoberto por
selênio, que conduz eletricidade apenas quando exposto à luz (Figura 3). Assim, o ci-
lindro mantém a eletrização nas partes desejadas e atrai o pó tonalizador, aderindo-o
às folhas que passam pelo cilindro (JUNIOR; FERRARO; SOARES, 2009).
A eletrização também possui aplicação na Engenharia Civil, onde alguns aditivos
superplastificantes usados no concreto agem como dispersores de partículas. A maior
parte dos tipos existentes são considerados polieletrólitos, que se adsorvem na inter-
face sólido-líquido e impõem forças de repulsão, reduzindo ou eliminando a adesão
entre as partículas vizinhas (CASTRO; PANDOLFELLI, 2009). As propriedades do
estado fresco do concreto são diretamente influenciadas, contribuindo para melhor
trabalhabilidade e durabilidade do concreto.
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Figura 3 – Esquema de funcionamento de uma impressora (YOUNG; FREEDMAN,


2009)
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4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 Material Utilizado


O material utilizado para realizar o experimento foi:

• Eletroscópio de pêndulo;

• Eletroscópio de folhas;

• Bastão de Policloreto de Vinila (PVC);

• Peças de lã;

• Pedaços de Poliestireno (Isopor).

4.2 Procedimentos Realizados


Para melhorar a eficiência do experimento, a sala foi previamente desumidificada
para garantir que não houvesse fuga de elétrons para o meio. A umidade atmosférica
pode fazer com que o ar se torne condutor, descarregando o bastão após ser atritado.
Os procedimentos foram realizados pelo orientador responsável, uma vez que esse
experimento consistia na observação dos tipos de eletrização que ocorrem.
Todos corpos foram aterrados antes e durante o experimento, com finalidade de
descarregar eventuais cargas indesejadas. A Imagem 4 mostra a realização do expe-
rimento.

Figura 4 – Foto da realização do experimento.


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4.2.1 Eletroscópio de Pêndulo


O primeiro caso demonstrado foi a eletrização por atrito, onde fricciona-se dois
corpos eletricamente neutros. Para tal utilizou-se um bastão de PVC com isolamento
na extremidade onde há contato com o operador. Após verificar a neutralidade das
peças, foi usada lã para atritá-lo. Logo, aproximou-se o bastão à esfera do eletroscópio
de pêndulo para demonstrar a interação entre cargas elétricas através da indução.
Após verificar novamente a neutralidade dos objetos, o bastão foi novamente atri-
tado na lã, com objetivo de testar a eletrização por contato, encostando-o na esfera do
eletroscópio de pêndulo, objetivando deixar os dois corpos com mesma carga, cau-
sando repulsão.

4.2.2 Eletroscópio de Folhas


O Eletroscópio de Folhas é um aparelho que possui duas folhas móveis e uma
parte fixa entre essas folhas. Tanto a parte fixa quanto a parte móvel estão isoladas
do meio externo através de duas placas de vidro. Acima das placas de vidro tem
uma esfera metálica que está em contato tanto com o ambiente externo quanto com
o resto do aparelho. É através dessa esfera metálica que ocorrem as interações de
eletrização.

Figura 5 – Demonstração da eletrização por contato em um Eletroscópio de Folhas


(CIDEPE, 2018)
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Os mesmos processos de eletrização já mencionados foram aplicados ao eletros-


cópio de folhas, a fim de verificar o comportamento das folhas móveis sob efeito de
cargas elétricas.

4.2.3 Pedaços de Poliestireno


Foi avaliado o efeito causado pela interação do bastão eletrizado quando apro-
ximado de pequenos pedaços de isopor colocadas sobre uma mesa, os pequenos
objetos foram atraídos pelo bastão.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Eletroscópio de pêndulo


Quando o bastão carregado foi aproximado da esfera, esta foi atraída na direção
do bastão. O efeito que causa isso é chamado polarização, onde as cargas positivas
e negativas possuem o mesmo módulo, mas uma delas está mais próxima do bastão
que a outra, sofrendo uma força de atração maior do que a força de repulsão sobre a
outra carga (YOUNG; FREEDMAN, 2009). Quando afastados, a esfera voltou à sua
posição original do pêndulo, cessando o efeito de atração e repulsão entre as cargas,
satisfazendo a Lei de Coulomb apresentada por PIETROCOLA et al. (2016), onde a
força elétrica diminui de acordo com a distância ao quadrado, conforme Figura 6.

Figura 6 – Gráfico força elétrica x distância (JUNIOR; FERRARO; SOARES, 2009).

Depois da eletrização por indução, a eletrização por contato foi realizada. Para
isso, o bastão eletricamente carregado foi encostado na esfera do pêndulo. Foram
feitas algumas tentativas onde não houve repulsão. Quando o fenômeno esperado
ocorreu, a esfera rapidamente se afastou do bastão. Segundo PIETROCOLA et al.
(2016), as cargas que estavam no bastão foram redistribuídas entre os dois corpos,
deixando-os com cargas de mesmo sinal. Os objetos deixaram de se atrair e passaram
a se repelir, por isso a esfera se afasta.
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5.2 Eletroscópio de Folhas


Com o bastão de PVC realizou-se os processos de eletrização por indução e con-
tato também no eletroscópio de folhas.
O bastão foi aproximado da parte metálica do eletroscópio. Assim que foi aproxi-
mado, as folhas móveis do aparelho moveram-se e distanciaram-se da parte fixa. Isto
deve-se ao fato de que as cargas com sinal contrário foram atraídas pelas cargas do
bastão para a parte metálica acima do eletroscópio, deixando a parte com as folhas e
a parte fixa do aparelho com sinais de mesma carga. Dessa forma, as folhas se repeli-
ram. Quando o bastão foi afastado da parte metálica do eletroscópio, as folhas móveis
retornavam ao seu estado original, pois a carga volta a ser neutra e fica igualmente
distribuídas pela sua superfície, conforme descrito em JUNIOR; FERRARO; SOARES
(2009).
Após isso, o bastão foi encostado na parte metálica do eletroscópio, com a fina-
lidade de deixar os dois corpos eletrizados com a mesma carga. Quando o bastão
foi afastado do eletroscópio, as folhas móveis não retornaram ao seu estado original,
pois todo o corpo possuía a mesma carga que o bastão. Sendo assim, as cargas das
folhas móveis foram repelidas pelas cargas da parte fixa. As folhas móveis só retor-
naram ao seu estado original quando a parte metálica do eletroscópio foi aterrada,
descarregando-o e deixando-o neutro novamente.

5.3 Pedaços de Poliestireno


O bastão de PVC foi carregado através do atrito como a lã. Quando aproximado
dos pedaços de isopor que estavam espalhadas sobre a mesa, estes foram atraídos
e ficaram aderidos no bastão. O efeito é semelhante ao descrito por YOUNG; FRE-
EDMAN (2009), onde um pente, após ser atritado no cabelo, pode atrair pequenos
pedaços de papel ou plástico.
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6 CONCLUSÃO

Os experimentos realizados em sala de aula demonstraram de forma prática e


didática as três formas de eletrização de um corpo: atrito, indução e contato. Além
disso, foi possível verificar como ocorrem as interações entre as cargas de corpos
eletrizados.
Durante a execução dos experimentos, foi possível verificar que nem sempre a
prática ocorria da mesma forma que a teoria, como por exemplo: quando a esfera do
pêndulo entrava em contato com o bastão eletrizado, na teoria ela deveria ser repelida
instantaneamente para o outro lado, mas na prática não foi exatamente isso que foi
observado.
Essas pequenas diferenças entre a prática e a teoria devem-se a condições que
não são passíveis de serem totalmente controladas como a umidade absoluta do ar,
por exemplo.
Apesar das pequenas falhas, os experimentos se mostraram bastante fiéis a teoria
e de fácil observação. Eles cumpriram o seu papel na demonstração dos fenômenos
físicos estudados.
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REFERÊNCIAS

CASTRO, A. d.; PANDOLFELLI, V. Revisão: Conceitos de dispersão e empacota-


mento de partículas para a produção de concretos especiais aplicados na construção
civil. Cerâmica, São Paulo, v.55, n.333, p.18–32, 2009.

CIDEPE. Cidepe - Centro Insdustrial de Equipamentos de Ensino e Pesquisa.


Disponível em: <http://www.cidepe.com.br/index.php/br/produtos-interna/
eletroscopio-retangular-de-folhas-3921>. Acesso em: 8 de abril de 2018.

GRIFFITHS, D. J. Eletrodinâmica. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2011.

JUNIOR, F. R.; FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. d. T. Os fundamentos da física.


10.ed. São Paulo: Moderna, 2009. v.3.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: eletromagnetismo. São Paulo: Edgard


Blucher, 1997. v.3.

PIETROCOLA, M. et al. Física em Contextos, 3: Ensino Médio. 1.ed. São Paulo:


Editora do Brasil, 2016.

RESNICK, R.; HALLIDAY, D.; WALKER, J. Fundamentos de Física 3: Eletromag-


netismo. 4.ed. Rio de Janeiro: LTC–Livros Técnicos e Científicos Editora SA, 1996.
v.3.

RIBEIRO, T. InfoEscola - Navegando e aprendendo - Processos de Eletrização.


Online; Acesso em: 02 de abril de 2018.

YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III: eletromagnetismo. 12.ed. São Paulo:


Person Education do Brasil, 2009.

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