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REFERENCIAL TEÓRICO

O açafrão da terra, cúrcuma, açafrão da índia ou açafroa é da família da zingiberaceae de nome


cientifico Curcuma longa L de sinonimia cientifica: Curcuma domestica Valeton, Amomum
curcuma Jacq. Apresenta seu amplo uso na medicina chinesa e ayurvédica, portanto, uma
especiaria cultivada e apreciada desde a antiguidade em toda bacia do mediterrâneo como
corante, tempero e medicinal. As partes utilizadas são os rizomas que nesse caso é raiz tuberosa
tendo característica aromática e cerosa com coloração amarelada por fora e laranjada por dentro
(GRANDI, 2014; PINTÃO et al, 2008).

A Cúrcuma é uma é nativa da Índia e Ásia Meridional que foi distribuída para todo o
mundo pelos mercadores árabes e pelas frotas dos portugueses, é utilizada na culinária de
Indianos, Moçambicanos e África Oriental onde é responsável pela cor viva e sabor
característico dos pratos de caril como é chamado, o pó de caril é uma mistura de cominhos,
sementes de cúrcuma, coentros, mostarda, funcho, feno-grego, cravinho, alho, louro, canela e
malaguetas (PINTÃO et al, 2008). A principal estado produtor no Brasil é Goiás na região de
Mara Rosa com o plantio comercial de aproximadamente 300 hectares com uma produção
média de 6t/ha de açafrão seco (BARANKEVICZ, 2015).

1. DESCRIÇÃO BOTÂNICA

A Curcuma longa L. é uma planta herbácea perene de folhas grandes e longas e rizomas
tuberoso oblongo e palmado com aspectos ovoides podendo ter até 10 cm de comprimento,
quando estes são cortados apresentam tom amarelo avermelhado o sabor é ardente e amargo.
Apresenta folhas basilares alternas, pecioladas, lanceoladas glabas e verdes. O escarpo que
suporta a flor é rodeado por bainha de folhas e termina por espiga oblonga, verdes, contendo
brácteas agudas e nas axilas flores solitárias de cor amarela contendo cálice tubuloso,
tridentado (GRANDI, 2014; MARCHI et al, 2016).

A corola tuberosa nesse caso tripartida com três estames estéreis, formando um labelo
desenvolvido e um fértil, pentaloide trilobado tendo em seu lóbulo mediano uma antera
bilocular, apresentando ovário ínfero com três câmaras multiovaladas. O estilete é filiforme, o
fruto é do tipo capsula, trilocular, valvular e as sementes ariladas ou albuminósas (GRANDI,
2014).

2. COMPOSIÇÃO QUÍMICA
A C. longa L contem óleo essencial rico em sesquiterpenos oxigenados, a substancia
corante é denominada cúrcuma, o principal agente ativo é o carbitol resina e amido (GRANDI,
2014). Quanto aos curcuminoides apresenta os seguintes constituintes: curcumina,
desmetoxicurcumina e bisdesmetoxicurcumina que são compostos fenólicos pigmentastes, já
os óleos essenciais são da classe dos sesquiterpenos ar-turmerone, α-turmerone e ß-turmerone,
seguido por α-santaleno, ar-curcumeno, ar-turmerol, curlone, zingiberene e curcumene
(MARCHI et al, 2016).

3. EMPREGO E ATIVIDADE MEDICINAL

A cúrcuma tem atividades medicinais na ordem de excitante, estomáquico,


antidiurético, antiescorbútico, antiespasmódico. As formas de uso como infusão, decocto e ou
tintura podendo ser utilizado no tratamento de afecções do fígado e do trato biliar, é utilizado
como corante alimentar e preparações farmacêuticas. A infusão e a decocção devem ser de 1%
com ingestão de 200-400mL ao dia, a tintura ingerida de aproximadamente 10-20mL ao dia.
Vale salientar que a decocção das folhas após frio é utilizado na lavagem de feridas (GRANDI,
2014).

Conforme a orientação de Alonso descrito no estudo de Marchi e colaboradores (2016):

[...] Em geral pode ser por meio da decocção do rizoma á 1% de 2 a 3 vezes ao dia;
Infusão de 20g/l, sendo recomendado administrar 200 a 300 ml/dia; Tintura de (1:10)
recomendado tomar de 2,5 a 5 ml, de 1 a 3 vezes ao dia; Pó micronizado de 100
mg/cápsula meia hora antes da primeira refeição; Extrato seco (5:1) recomenda-se 50
a 100 mg/cápsula, ingerido de 2 a 3 vezes ao dia; Extrato padronizado a 95% de
curcuminoides, em cápsulas de 450mg/unidade 3 vezes ao dia e Extrato fluido (1:1),
sendo recomendado de 30 a 80 gotas/dia divididas em 2 a 3 utilizações (ALONSO,
2016).

Para o tratamento da osteoartrite e artrite reumatoide ou uso destinado a ação anti-


inflamatória e antioxidante a recomendação do extrato seco é de 500 mg 2x ao dia (MARCHI
et al, 2016; MALLMANN, 2012). Já para o tratamentos de antitumoral, antioxidante,
antiinflamatório, antimicrobiano a dose de extrato seco padronizado (95%) varia de 300 a
600mg 3x ao dia. Entretanto, o uso na forma de infusão (1,5 g de rizomas para 150 ml de água)
é recomendado numa dose de 150 ml / 2x ao dia para ação antidispética e anti-inflamatória
(MARCHI et al, 2016).

Marchi e colaboradores (2016) descrevem em seu trabalho com um detalhamento das


atividades de potencial uso medicinal, inclusive características bioquímica da ação dos
compostos da cúrcuma no organismo dentre eles: anti-HIV, antiparasitário, inibidor da
carcinogênese, anti-inflamatório, antibacteriano, antiviral, antifúngico, antitumoral,
anticonvulsivante, antiartrítico, redutor de colesterol, sedativo, ação no sistema imune,
antioxidante e neuroprotetora. A potente ação anti-inflamatória se dá pela curcumina sobre a
cascata do ácido araquidônico inibindo as moléculas envolvidas na inflamação.

A ação antioxidante da curcumina na redução da peroxidação lipídica, neutralização de


radicais livres, além de potencializar o efeito das enzimas antioxidantes. As curcuminoides e
bisdesmetoxicurcumina controlam a liberação da proteína ß-amiloide sendo essa causadora de
estresse oxidativo e deterioração neural observado na doença de Alzheimer. A curcuma longa
apresenta poderosa efeito antidepressivo no estudo com ratos em dosagens de 280 a 560mg/kg
foi mais efetivo que a medicação de referencia a fluoxetina e esse efeito se dá pela atividade
inibitória da monoamina oxidase (MAO). Dessa forma podendo ser empregado em doenças
neurológicas neurodegenerativas e uma aliada no tratamento do Parkinson, o grande
responsável pela ação neuronal protetora observado na literatura se dá pelo composto
curcumina (MARCHI et al, 2016).

Os curcuminóides aplicados em ratas idosas teve resposta significativa aos efeitos


deletérios do envelhecimento sobre a disfunção mitocondrial, dessa forma bloqueando os
distúrbios nerodegenerativos. Também se observou na literatura ação anticonvulsionante
induzidas pela droga pentilenotetrazol com doses de 80mg/kg e isso se dá pelo efeito sobre os
receptores de adenosina A1, dessa forma mostrando melhoria e proteção do sistema nervosos
central. Entretanto, os compostos apresentam baixa disponibilidade, pouca solubilidade em
água e estabilidade (MARCHI et al, 2016).

4. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

Em animais se detectou que o açafrão é capas de aumentar os níveis sanguíneos de


vários medicamentos, também inibe a agregação plaquetária se usado junto com
anticoagulantes, usando concomitantemente com a piperina aumenta a absorção e as
propriedades bioativo da cúrcuma. A Genisteína é usada com a curcumina diminuindo as
células cancerosas da mama, a substância ciclosporina é usada como coadjuvante em
quimioterapia pela sua ação bloqueadora da resistência à proliferação das células t (GRANDI,
2014).

A tabela 1 abaixo ilustra algumas pesquisas e suas interações medicamentosas. Os anti-


inflamatórios não-esteroides podem apresentar inibição da função plaquetária, também relata-
se na literatura que o açafrão apresenta interações no organismo induzindo este a agentes
imunossupressores acelerando o metabolismo. A curcumina e a demetoxicurcumina
mostraram inibição da função intestinal e da proteína T (MARCHI et al, 2016).

(MARCHI et al, 2016).


................

5. CONTRAINDICAÇÃO E TOXICIDADE

O açafrão é contraindicado a pessoas sensíveis aos constituintes bioativos, não indicado


a gravidas e lactantes podendo ter ação abortiva, não deve ser usado no caso de obstrução do
ducto biliar e em altas doses pode causa infertilidade em ratos. Contudo, produz efeito toxico
no pâncreas e fígado, assim, em altas doses têm efeito purgativo e hepatotóxico, entretanto, é
seguro a utilização como tempero (GRANDI, 2014).

Ação fotossensibilizante para pacientes que recebem tratamento diário, o uso


prolongado em altas doses pode desenvolver ulceras, também pode ter efeito neurotóxico em
doses inadequadas, pode induzir dermatites de contato alérgico e alteram as propriedades
medicamentosas de antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, heparina de baixo peso
molecular e agentes trombolíticos (MARCHI et al, 2016).
REFERÊNCIAS:
ALONSO, J. Curcuma. In: ALONSO, J. Tratadode Fitofarmácos e Nutracêuticos. São Paulo:
A C Farmacêutica, 2016. p. 364 – 373.
GRANDI, T. S. M. Tratado das plantas medicinais: mineiras, nativas e cultivadas. Dados
eletrônicos. Belo Horizonte, Adaequatio Estúdio, 2014. 1204 p.
PINTÃO, A.M.; Da SILVA, I.F. A verdade sobre o açafrão. Workshop Plantas Medicinais
e Fitoterapêuticas nos Trópicos. IICT /CCCM, p. 1-19, 29-31 de outubro, 2008. Disponível
em: <www2.iict.pt/archive/doc/A_Pintao_wrkshp_plts_medic.pdf>. Acesso em: 21 de maio
de 2018.
MALLMANN, G. Guarulhos: Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A., 2012
MARCHI, J. P. et al. Curcuma longa L.,o açafrão da terra, e seus benefícios medicinais. Arq.
Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 20, n. 3, p, 189-194, set./dez. 2016.
ORSOLIN, P. C.; NEPOMUCENO, J. C. Potencial carcinogênico do açafrão (Curcuma
longa L.) identificado por meio do teste para detecção de clones de tumor em Drosophila
melanogaster. Revista do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão do UNIPAM, v.
6, p. 55-69, 2009.

BARANKEVICZ, G. B. Poder antioxidante da cúrcuma (Curcuma longa L.) nos


parâmetros neuroquímicos em ratos induzidos a depressão. 2015, 55 f. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo.

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