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ESCREVER É PRECISO

Paulo Faria (UFRGS)

Um estudante precisa escrever, escrever sempre e a partir do primeiro dia.


Escrever é uma atividade básica para o estudante de filosofia. Ele, o estudante,
precisa estar sempre em atividade, pois filosofia é a atividade de pensar a partir de
um certo conjunto de problemas.
Escrever, para um estudante de filosofia, é realizar ou uma de duas
atividades, ou as duas atividades ao mesmo tempo. A primeira é a de esclarecer os
conceitos com os quais trabalha, mostrando seu significado e função, seu uso em
diversos contextos, sua história, como alguns filósofos o utilizam, e, principalmente,
como ele, o próprio estudante, está utilizando o conceito em causa.
A segunda atividade a ser desenvolvida, em conjunto com a primeira, ou
separadamente, é a de defender uma determinada tese com argumentos.
Assim, o percurso da escrita por um aluno de filosofia poderia seguir o
seguinte roteiro:
Em primeiríssimo lugar os pressupostos precisam ser preenchidos, que
são; a) ter o que dizer. Para ter o que dizer é preciso no mínimo ter pensado
sistematicamente sobre algo, em geral um problema; b) ter uma certa base de leitura
acerca daquele tema/problema, que leve em conta o que poderíamos chamar de
bibliografia relevante.
Dados os pressupostos o estudante deveria colocar nos melhores termos
possíveis qual é o seu “problema”. Para fazê-lo é preciso esclarecer os conceitos
envolvidos. O esclarecimento dos conceitos, lembramos, pode ser toda a escrita do
estudante. Se não o for, passa-se à etapa seguinte.
Tendo apresentado o problema e esclarecido seus termos, passamos
então aos dois próximos passos. O primeiro é dar uma solução ao problema ou, no
mínimo, posicionar-se quanto a ele, ou seja, apresentar a sua tese ou teoria quanto
ao assunto.
Apresentada a tese, o estudante passa imediatamente ao fundamental,
que é defendê-la com boas razões. Cada parte de sua tese ou teoria deve ser
defendida por completo. Cada argumento apresentado deve servir como base
suficiente para a aceitação da teoria ou tese apresentada. Se possível, mais de um
argumento deve ser apresentado e todos juntos devem montar um grande
argumento único para a defesa de porque a tese apresentada é uma boa tese.
Há, ainda, outras coisas que podem ser feitas como complemento ao que
se está a escrever. Pode além de argumentar em defesa da tese própria, mostrar o
porquê qualquer tese oposta não é boa, pode-se apresentar exemplos e criar
experiências mentais para testar certas partes da tese ou mostrar onde outras teses
falham.
Por fim, mas não menos importante; deve-se mostrar como, dos
argumentos apresentados, chega-se, enfim, a tese defendida, numa conclusão
simples e concisa.
Esses são, pois, os passos necessários para a escrita de um ensaio
argumentativo ou com fins de esclarecimento conceitual.

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