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POR QUE PRECISAMOS DE UMA


ABORDAGEM DIFERENTE?
O FOCO NA PONTA DO ICEBERG

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Estatísticas de peso
● The increase in obesity in the United States began in the late 1970’s. In the three decades
since, the increase in the number of severely obese has been substantial. Between 2000 and
2005 alone, the number of people with a BMI > 50 has increased by 75%. (Cohen, 2008)
● Segundo levantamentos da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico), 42,7% da população estava acima do peso no ano de 2006.
Em 2011, esse número passou para 48,5%.
● Segundo a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica), estudos apontam que mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na
faixa de sobrepeso e obesidade.
● Segundo IBGE, 56,9% da população brasileira encontra-se em IMC>25kg/m²

Desinteresse na alimentação saudável?


● A search of books on Amazon.com using the key words “weight loss” revealed 1214 matches. Of the
top 50 best-selling diet books, 58% were published in 1999 or 2000 and 88% were published since 1997. ( Freeman, King
e Kennedy, 2011)
● Em dezembro/2015 e janeiro/2016, em 51 cidades brasileiras, foram feitas 4.560 entrevistas com proprietários de
estabelecimentos. Mais da metade dos consultados (56%) acredita que os clientes estão cada vez mais
interessados no consumo de uma alimentação saudável. Do total entrevistado, 53% notaram aumento na
procura por frutas; 61% observaram que os clientes estão comendo mais verduras e legumes e 65% observaram que
cresceu o consumo de sucos naturais (Instituto Datafolha).
● O consumo de orgânicos, agroecológicos, sem glúten, sem lactose, sem açúcar aumentou com a busca por uma dieta
saudável. Segundo o instituto Euromonitor International, em 2011, o valor movimentado no Brasil por esse
nicho do setor de alimentação foi de R$ 15 bilhões. Em 2015, a despeito da crise econômica, o total
chegou a R$ 35 bilhões (O Globo)
● Estudo com 2.489 universitárias brasileiras encontrou que 40,7% faziam regime para emagrecer (Alvarenga et al
2013)

● A procura por um nutricionista aumentou 32,5% entre 2012 e 2013 (O Globo)

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Estamos indo no caminho errado?

O que não tem funcionado?

“É só fechar a boca”
1. Uma abordagem contra o próprio corpo

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Eating less does not create the need to burn body fat.
Instead, it creates the need for the body to slow down.
Body flame [were] burning as low as possible to conserve
precious fuel and still maintain life process.

•Ativação do metabolismo de jejum - Alteração na liberação da insulina: glicólise, gliconeogênese –


uso de reservas energéticas rápidas
•Diminuição da TMB
•Diminuição da ingestão
•Diminuição na massa muscular (!) à Portitioning
•Depleção dos tecidos
•Aumento do desejo por CHO à Liberação do NPY
•Aumento da fome à Liberação de Grelina; Desregula o centro do apetite
•Liberação de neurotransmissores e hormônios do estresse (cortisol) à Catabolismo; aumenta o
apetite e a ingestão calórica, é estimulada a lipogénese e a diferenciação de adipócitos em zonas
corporais particulares
•Diminuição do peso à mecanismo de conservação

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Milhões de anos de evolução fizeram com que o corpo humano


ficasse esperto demais para cair no truque “Estou comendo só
uma salada”. O metabolismo do corpo humano é eficiente.
Quando tem bastante alimento para queimar, ele liga o forno e
queima as reservas de forma eficiente. Quando tem menos
alimento para queimar, ele diminui o forno e queima as
reservas mais lentamente.
Mindless Eating, Brian Wansink

No fim da restrição
● Hiperfagia
● Ganho de peso
● Fat overshoot
● Efeito sanfona

(Dullo et al, 2012)

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Episódios de compulsão alimentar podem


ter seu desenvolvimento e manutenção
ligados a vários fatores, como, por
exemplo, restrições alimentares, que
geralmente são a prática central das
intervenções nutricionais.
A restrição alimentar poderia inclusive
aumentar o poder de interferência de
fatores genéticos e ambientais no
desenvolvimento da CA. (Dullo et al, 2012)
Racine et al, 2011.

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Paradoxo das dietas


● Em 31 estudos de longo prazo, ⅔ dos participantes reganharam mais
peso do que perderam (Mann et al, 2007)
● Em estudo com 2000 pares de gêmeos idênticos, dietas foram associadas
com ganho de peso e risco aumentado de sobrepeso,
independentemente da genética (Pietilaineen et al, 2011)
● “Com o aumento da prevalência de dietas entre indivíduos em estado
nutricional eutrófico, a noção de que dieta provoca o ganho de peso
merece maior atenção da saúde pública do que já feito até então.” (Dullo et al,
2012)

● Restrições alimentares,
perda de peso e melhora
na saúde (Mann et al, 2007)

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Se as dietas tivessem que passar pelas mesmas normas que as


medicações, elas nunca seriam permitidas para o consumo
humano. Imagine tomar uma medicação para asma, que pode
melhorar sua respiração por algumas semanas, mas a longo
prazo causa uma piora no seu pulmão.
Intuitive Eating, pg. 7

O que não tem funcionado?

“Comer bem é ter disciplina”


2. Uma abordagem baseada em controle

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Because dieting is a cognitively


mediated activity (e.g., deciding not
to eat even when hungry),
dieters can become susceptible to
disinhibited eating when their
cognitive control is disrupted by the
presence of diet-breaking foods,
alcohol, and/or negative mood
(Racine et al, 2011)

A mentalidade da dieta é definida como o controle social e o consequente mal-


estar que atravessa nossa experiência com a alimentação e com o corpo.
(Susie Orback)

Dietary restraint may represent an “intent to diet” rather than actual caloric
restriction.
(Racine et al, 2011)

Na prática, não vemos diferença entre aqueles que realmente realizam uma
dieta e aqueles que apenas fantasiam essa privação, porque a mentalidade da
dieta os coloca no mesmo comportamento, com as mesmas crenças e
sentimentos.
(Nutrição Comportamental, pg.81)

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Obesidade e
transtornos
alimentares
como um
reflexo da
insatisfação
corporal e da
mentalidade
de controle e
restrição
Macpherson-Sánchez, 2015

A mentalidade de dieta impregna os tratamentos


convencionais para os problemas alimentares utilizando-
se do controle da alimentação a fim de obter a contenção
dos sintomas.
Assim, os tratamentos convencionais tendem a reforçar o
problema da perda da autonomia, cerne dos problemas
alimentares, já que reproduzem os mesmos meios e
objetivos que fazem o paciente adoecer.
Livro Nutrição Comportamental

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O que não tem funcionado?

“É só ter força de vontade”


3. Uma abordagem superficial

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É importante notar como as famílias lidam com os


alimentos, qual o valor que dão à comida em seu
cotidiano, [...] se a usam como um santo remédio, se a
associal à alegria, se apenas permitem alguns tipos de
comida, se substituem emoções difíceis por refeições.
Comer pode significar uma forma fácil e segura de obter
prazer, um pecado mortal, uma quebra de normas, uma
transgressão...
Nutrição Comportamental, pg.65

● Uma abordagem contra o próprio corpo


● Uma abordagem baseada em controle, que não respeita a autonomia
● Uma abordagem superficial

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Se tudo que precisássemos para ter um peso normal


fosse conhecimento sobre comida e nutrição, a
maioria das pessoas não teria problema com o peso.
Intuitive Eating, pg. 2

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