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C O N TAT O SOBRE
Nascida há 130 anos, em Manhuaçu (MG), Lacerda partia das próprias reflexões sobre
a opressão da mulher para lutar contra outras formas de opressão, como a de
classe. Por seu destaque como porta voz e crítica destes movimentos, chegou a ser
conferencista tanto no Brasil quanto em outros países da América do Sul, tratando de
temas polêmicos naquele contexto e ainda hoje, como direitos femininos, maternidade
compulsória, antifascismo, amor livre e antimilitarismo.
“Seus escritos trazem questões datadas e também questões ainda muito atuais”,
escreveu, em um artigo, a professora Miriam Moreira Leite, estudiosa da vida de
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09/06/2019 Quem foi Maria Lacerda de Moura, feminista e anarquista crítica dos movimentos em que militou
Esta emancipação intelectual era algo que ela mesma reconhecia, por experiência
própria, como algo de difícil alcance. Por isso, esforçava-se para militar na esfera da
educação, e falava, em seus textos, sobre tudo aquilo que julgava ser opressor: “Seus
temas vão desde o Estado e o serviço militar obrigatório aos métodos de contracepção
e a uma noção muito específica de amor”, explica a professora Ana Lúcia Ferraz, co-
diretora do documentário. “Sua posição diferia de todas as outras em sua época. Por
isso, ela não foi adotada por nenhum movimento.”
Cena do documentário ‘Maria Lacerda de Moura – Trajetória de uma rebelde’ (2003), de Miriam Moreira Leite
Indesejável
A consciência se intensificou a partir de 1921, quando foi viver em São Paulo e viu de
perto as condições de trabalho e de vida do proletariado. Do espanto, veio o
envolvimento mais intenso com ideologias de esquerda, em especial o anarquismo.
“Em São Paulo, ela compartilha o ambiente politizado dos movimentos de
trabalhadores, sem compreender as divisões entre aqueles que lutavam pelos
interesses dos e das trabalhadoras: feministas, anarquistas, comunistas de então”,
afirma a professora Ana Lúcia Ferraz.
“Sou ‘indesejável’, estou com os individualistas livres, os que sonham mais alto, uma
sociedade onde haja pão para todas as bocas, onde se aproveitem todas as energias
humanas, onde se possa cantar um hino à alegria de viver na expansão de todas as
forças interiores, num sentido mais alto – para uma limitação cada vez mais ampla da
sociedade sobre o indivíduo”, escreveu na época.
“Maria Lacerda se destaca pela escrita como forma de fazer política”, afirma. “Sua
obra dialoga com seus contemporâneos e com autores clássicos, sua erudição não
deixa de ser profundamente engajada nos debates de seu tempo, com uma visão
radicalmente libertária que interroga sobre o lugar da mulher na formação de nossas
sociedades.”
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