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PALOMERA, L. Liturgia, religiosidade popular e culturas. Theologica Latinoamericana. Enciclopedia Digital.
Disponível em: http://theologicalatinoamericana.com/?p=1312&fbclid=IwAR0Bk5nMc80g1vk7M-
7giTbYldWT1Cs8xzSM8nnhbl42xZ7cKhGeIpvFSZM. Acesso em: 30.mar.2019
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ARAGÃO, Gilbraz. Inculturação da fé cristã na religiosidade popular. Vida Pastoral. Ed. Março-abril de 2013
– ano 54 – número 289. São Paulo: Paulus. P. 16. Disponível em: https://www.vidapastoral.com.br/wp-
content/uploads/2013/02/mar%C3%A7o-abril-de-
2013.pdf?fbclid=IwAR1aGZHowNerFNyf5K7Wf1Jj2DMyNZXwXRF7GH7Lnd1WdjdArFHSLv0Dn1Q.
Acesso em: 30.mar.2019
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SOUZA, Angélica. Dança, um culto sagrado. Video. Disponível em: https://youtu.be/fuNcIDPUI8w. Acesso
em: 30.mar.2019
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SOUZA, Angélica. Dança Litúrgica da Mustardinha. Video. Disponível em: https://youtu.be/Kvvlw0yULWc.
Acesso em: 30.mar.2019
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abertura da Igreja para o público jovem, falando a sua língua e abrindo portas para o seu
protagonismo. A comunidade de uma forma geral, se une à dança e à música não somente de
uma forma mecânica. Essa liturgia, essa simbologia, dá a ela sentido, pois fala a sua linguagem,
comunica ao coração e toca o seu agir e a sua ação. Todos se envolvem nessa celebração,
atualizando a missão salvífica e redentora de Cristo na sua realidade, por meio de seus signos e
sentidos próprios, como em Pentecostes, onde todos se entendiam e compreendiam a linguagem
do amor.
O interessante disso, além da execução da dança propriamente, é o envolvimento de
toda a comunidade, o engajamento para a realização dos serviços litúrgicos onde todos tem a
sua importância e participação. A Igreja torna-se espaço de acolhida e de encontro, de reflexão
e de relação com o sagrado dando, de fato, sentido a existência dessas pessoas, muitas vezes
tão sofridas e desgastadas pelas injustiças e desigualdades humanas. Fazendo aquilo que dá
sentido, essas pessoas ganham dignidade; assumem o seu protagonismo em algo que para elas
tem valor, como é o ato litúrgico; de modo que é impossível dizer que “assistem” à missa,
expressão muito utilizada no passado, mas passam a viver, a sentir na pele, no corpo, na alma,
nos sentidos o Cristo que é celebrado e, principalmente, a vida, em toda as suas dimensões.
Infelizmente em função de inseguranças e falta de sensibilidade, iniciativas como essas
sofrem muitas resistências por parte daqueles que estão presos à normas e não conseguem dar
sentido pleno a elas. Contudo, há iniciativas, como as do próprio Papa Francisco e tantos outros,
principalmente aqueles que se identificam com uma teologia mais libertadora, que muito
contribuem para que possamos sair da zona de conforto e avançar para aguas mais profundas e
nelas encontrar novos caminhos que favoreçam a maior relação conosco mesmos, com o outro,
com a cultura e sociedade e com o Absoluto.
Para mim que atuo com juventude, ver o exemplo de Jaime e aprofundar sobre o
entendimento do rito, do mito e da simbologia para a experiência de fé, faz me questionar o que
poderia ser feito para que a celebração litúrgica tenha sentido aos jovens inseridos no mundo
tecnológico, midiático, onde a imagem e a velocidade da informação apoiados pela
interatividade e conectividade. Em outro vídeo foi possível ver uma “missa” ao som da música
eletrônica, sabemos que algumas denominações cristãs utilizam a “cenografia” do surf para
conquistar seguidores juvenis e há toda uma dimensão gospel, tanto católica quanto protestante,
principalmente de linha neopentecostal, em que os “cultos” ou os “grupos de oração”, ou
mesmo as “missas de cura e libertação” são tomados por música, relações, camisetas, bonés e
pregações adaptadas para esse público, contudo, e aqueles jovens que não estão inseridos nesse
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mundo religioso, não costumam ter imagens de santos ou não “curtem” as melodias da música
religiosa, quais simbologias ou recursos poderiam ser utilizados para ajudar esses a se
conectarem com o sagrado e também, na religião formal, encontrarem alguma inspiração para
a sua vida espiritual? Enfim, com novos horizontes, surgem novas perguntas e novos desafios.
Que possamos, portanto, avançar nessa reflexão sobre inculturação e uso dos símbolos, dos
ritos e dos mitos nessa incrível aventura do ser religioso.