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08/07/2019 'The Intercept': Novas mensagens vazadas levam escândalo com Moro e Lava Jato à Venezuela | Brasil | EL PAÍS

asil | EL PAÍS Brasil

Novas mensagens vazadas levam escândalo com Moro e


Lava Jato à Venezuela
Reportagem da 'Folha' e 'The Intercept Brasil' diz que ex-juiz orientou
membros da força-tarefa a expor informações sigilosas sobre corrupção
envolvendo a Odebrecht no país para fragilizar o Governo Maduro. 58%
dos brasileiros reprovam conduta de Moro, diz Datafolha

O ministro da Justiça Sergio Moro, em Brasília, no último dia 3. ERALDO PERES (AP)

MARINA NOVAES

São Paulo - 7 JUL 2019 - 18:40 CEST

Novos diálogos entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e integrantes da força-tarefa


da Lava Jato —vazados por uma fonte anônima ao The Intercept Brasil e publicados
neste domingo em parceria com o jornal Folha de S.Paulo—, mostram que o ex-juiz
orientou os procuradores da operação a tornarem públicos dados sigilosos que
envolviam contratos da Odebrechet na Venezuela. "Talvez seja o caso de tornar pública
a delação dá Odebrecht sobre propinas na Venezuela. Isso está aqui ou na PGR?", teria
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afirmado Moro ao chefe da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, em mensagem


enviada em 5 de agosto de 2017 pelo Telegram. De acordo com a reportagem,
orientados pelo ex-magistrado, os procuradores em Curitiba "dedicaram meses de
trabalho ao projeto e chegaram a trocar informações com procuradores venezuelanos
perseguidos por [Nicolás] Maduro", como reação ao endurecimento do regime chavista
contra membros do Ministério Público do país. "Haverá críticas e um preço, mas vale
pagar para expor e contribuir com os venezuelanos", teria dito o procurador.

A reportagem abre um capítulo internacional no escândalo, que vem


MAIS INFORMAÇÕES
sendo destrinchado desde 9 de junho, inicialmente pelo The
Intercept, que posteriormente envolveu a Folha, a Veja e outros
parceiros. Moro e os integrantes da Lava Jato, por sua vez, não
reconhecem a autenticidade das mensagens vazadas. Os novos
vazamentos chegam também no mesmo dia em que uma pesquisa
Datafolha revela que a maioria dos brasileiros desaprova a conduta
Vazamentos abalam
de Moro, embora a maioria não veja razões para que ele deixe o
reputação da Lava
Jato, mas seguem cargo de ministro e considere justa a prisão do ex-presidente Luiz
longe de atingir Inácio Lula da Silva —a principal sentença tomada pelo ex-
processos
magistrado quando à frente da operação. Apesar das consequências
jurídicas ainda incertas (sobretudo porque os próprios veículos de
comunicação têm reiterado que o conteúdo entregue a eles é vasto e
muito ainda precisa ser destrinchado pelos jornalistas), alguns
juristas veem na relação entre Moro e os procuradores razões para a
defesa dos acusados pedir a revisão de processos decididos pelo

The Intercept:
então juiz, por considerá-lo parcial.
Vazamentos
revelados pela Veja
amplificam A Odebrecht reconheceu em 2016 ter pago propina para fechar
infortúnio de Moro e contratos com 11 países além do Brasil, entre eles a Venezuela,
da Lava Jato
Entretanto, o acordo fechado pela construtora (assinado por
autoridades brasileiras, norte-americanas e suíças) previa a garantia
de sigilo do caso pelo Supremo Tribunal Federal e que as informações só poderiam ser
compartilhadas com investigadores dos países se não houvesse consequências contra a
empresa e seus executivos. De acordo com a reportagem, os procuradores debateram
por meses a viabilidade de quebrar o sigilo do acordo e as consequências políticas da
ação, tanto no Brasil quanto no país vizinho. Alguns manifestaram, inclusive, a
preocupação de uma eventual quebra de sigilo provocar uma “convulsão social e mais

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mortes” na Venezuela (segundo teria escrito o procurador Paulo Galvão). "Imagina se


ajuizamos e o maluco manda prender todos os brasieliros [sic] no territorio [sic]
venezuelano", respondera o procurador Athayde Ribeiro Costa.

Apesar de terem sido orientados por Russo (apelido que a força-tarefa usa para se
referir a Moro) a revelar o teor das delações sigilosas da Odebrechet, a Lava Jato
esbarrou em algumas dificuldades para colocar a ideia em ação. Um dos obstáculos
teria sido a falta de interlocutores do Ministério Público na Venezuela, após a
procuradora-geral Luisa Ortega Díaz ter sido destituída por Nicolás Maduro. O regime a
acusara de chefiar um esquema de extorsões (o que ela nega), e a ex-procuradora-geral
venezuelana se refugiou na Colômbia. Outra dificuldade é que os membros da força-
tarefa também não poderiam contar mais com a ajuda de Moro, que por fim deixou o
cargo para assumir um cargo no Governo Bolsonaro. Também encontraram resistências
no Supremo Tribunal Federal, diz a Folha.

Tanto Moro quanto a Lava Jato voltaram a rechaçar o teor das mensagens e a
questionar a origem do conteúdo vazado e a sua autenticidade. "O Ministro da Justiça e
da Segurança Pública não reconhece a autenticidade das supostas mensagens obtidas
por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente",
informou Moro, por sua assessoria. "O material apresentado pela reportagem não
permite verificar o contexto e a veracidade das mensagens", afirmou a assessoria da
Lava Jato. A Folha, por sua vez, reiterou que seus repórteres não encontraram nenhum
indício de que o material obtido tenha sido adulterado.

Maioria acha "inadequada" postura de Moro


Levantamento do Datafolha divulgado neste domingo mostra que 63% dos brasileiros
tomou conhecimento das mensagens entre Moro e integrantes da Lava Jato vazadas há
um mês. A maioria considera a conduta de Moro inadequada (58% dos 2.086
entrevistados entre os dias 4 e 5 de julho em 130 cidades), 31% aprovam a postura do
ex-juiz e 11% não souberam opinar. A margem de erro é de dois pontos percentuais,
para mais ou menos.

Para 58% dos entrevistados, se comprovadas as irregularidades, eventuais decisões de


Moro na Lava Jato devem ser revistas. Já na opinião de 30% dos entrevistados, o
combate à corrupção faz vale a pena eventuais desvios de conduta. Mesmo assim, a

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maioria é favorável à prisão do ex-presidente Lula (sentenciado à cadeia por Moro) e


considera a pena justa (54%), enquanto 42% consideram a prisão do petista injusta e
4% não souberam opinar.

A aprovação pessoal do ministro também caiu de 59% para 52%. Entretanto, 54% dos
ouvidos não vê motivos para ele deixar o cargo.

Adere a

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Sergio Moro · The Intercept · Deltan Dallagnol · Caso Odebrecht · Operação Lava Jato · STF · Venezuela
· Odebrecht · Imprensa on-line · Corrupção política · Brasil · Imprensa · Corrupção · América do Sul

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Alexandre Frota: “Quando falava BBC é novamente acusada de Acuado, Moro decepciona um
da esquerda, era ‘o cara’. Agora, racismo pelo tratamento dado a país com a Lava Jato sob
me dizem: ‘Está… Meghan Markle escrutínio
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