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Curso de História Licenciatura

Claretiano – Centro Universitário Curso de graduação História Licenciatura

Tutor: Rodrigo Touso Dias Lopes


Aluno: Jairo de Souza Nobrega RA: 8025399
Disciplina: Metodologia da História
Unidade: POLO DE RIO BRANCO ACRE

PRINCIPAIS MUDANÇAS NO HUMANISMO

O século XVI, econômica e politicamente, caracterizou-se por seu


aspecto revolucionário, cujos reflexos se expandiram no pensamento e na
estética. Em conseqüência, surgiu uma nova visão do homem. A exaltação do
valor humano, como meio e finalidade, fundamentou o chamado Humanismo
Renascentista, que perseguida o ideal de reviver a Antigüidade clássica,
considerada um modelo uniforme. Para os humanistas o homem era a medida
de todas as coisas e estava no centro do universo (antropocentrismo). Assim,
consideravam o homem não só uma criatura espectadora da obra de Deus,
mas, dotado de razão, era autor de grandes realizações. Essa visão
contrariava a Igreja que via o homem marcado pelo pecado e dependente da fé
para a salvação da alma. Entretanto, os humanistas buscavam o equilíbrio
entre os autores pagãos da Antiguidade e os ensinamentos cristãos da Bíblia.
Embora os humanistas julgassem os séculos que os precederam
obscuros e bárbaros, é necessário lembrar que o humanismo percorreu
caminhos inovadores e fecundos, calcados no passado medieval. Portanto a
revolução espiritual e artística do século XVI apoiou-se, sem dúvida, em
realizações anteriores. Período este em que as relações comerciais eram
voltadas para o regime feudal: modalidade em que o poder econômico se
concentrava nas mãos do senhor feudal (proprietário de grandes extensões de
terras), e que a mão de obra era realizada pelo critério denominado de
vassalagem, que não oferecia remuneração, mas sim “uma troca de favores”.
Os vassalos (trabalhadores) recebiam como forma de pagamento apenas a
proteção de seus superiores contra possíveis ataques e invasões.
As produções artísticas manifestavam-se por meio de cantigas trovadorescas,
composições poéticas cantadas e acompanhadas por instrumentos musicais
por intermédio dos trovadores. Outro elemento passível de destaque é a
religião, essencialmente voltada para os valores cristãos, cuja figura divina era
considerada o centro do universo – aspecto determinante na instauração de
uma visão teocêntrica dos valores mundanos.
Conferidos todos esses pressupostos, tornamo-nos aptos a
estabelecer uma familiaridade com o período caracterizado
pelo Humanismo. Este se estendeu do final do século XV ao início do século
XVI – época de grandes inovações no campo das artes, ciência e filosofia.
Como sabemos cada movimento literário que se instaura na história da
Literatura traz consigo inúmeras mudanças, que refletem em todas as esferas
da sociedade vigente. Desta feita, a propagação do Cristianismo em
decorrência das Cruzadas, fez com que se alargasse o intercâmbio comercial
entre as regiões do Mar Mediterrâneo. Conseqüentemente, foi notória a
expansão da burguesia, classe que não pertencia nem à nobreza e nem à
classe dos servos, haja vista que era ligado ao comércio, artesanato e à
pequena indústria.
Tal expansão alavancou principalmente o crescimento do
comércio, tornando inevitável o dinamismo econômico, representado pelo
surgimento dos cheques e outras formas de movimentação financeira. Diante
disso, o poder, antes concentrado nas mãos da nobreza, passava agora a
pertencer àqueles que detinham grandes fortunas.
Como podemos perceber, a posição econômica se tornava privilegiada
em detrimento à simples títulos de nobreza. Sem contar que a crise do
feudalismo também se acentuava no plano espiritual, visto que vários outros
movimentos chegavam para contrariar os princípios ligados à doutrina cristã.
Em meio a toda essa evolução, a descoberta de novos mercados que
ultrapassassem os domínios europeus representaria um grande avanço. Foi
assim que no século XV tiveram início as grandes navegações com vistas à
expansão marítima e comercial. Portugal e Espanha foram os grandes
responsáveis por significativos inventos: a bússola, o astrolábio e a caravela.
Enfrentando os obstáculos além-mar, partiram, em busca de novos propósitos,
como bem representa o comércio realizado com as Índias, referente às suas
especiarias.
O Renascimento teve seu início na Itália, pois lá se encontrava uma
série de condições favoráveis, como: a ação mecenas (pessoas com boas
condições financeiras que patrocinavam os artistas); a presença de vários
intelectuais bizantinos que fugiram para a Itália após a queda de
Constantinopla em 1453; inúmeros elementos preservados da Antiguidade; o
acúmulo de riquezas de algumas cidades que foi utilizado nas artes.
Com o Renascimento houve também um aumento na qualidade e
quantidade das obras produzidas, contribuíram para essa expansão o
desenvolvimento da imprensa por Johann Gutenberg e a ação dos mecenas.
Mas, mesmo com o grande número de obras produzidas, o Renascimento
apresentou características comuns como a diversificação dos temas das obras
(antes monopolizados pela Igreja) e o desenvolvimento de novas técnicas
como a pintura a óleo e a perspectiva, que permitia a percepção de volume e
profundidade. Destacaram-se artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo,
Shakespeare, Luís de Camões, Miguel de Cervantes, entre outros.
O humanismo e o renascimento também influenciaram as mentes de
cientistas e pesquisadores da época, dando início ao chamado Renascimento
Científico. Este movimento surgiu para questionar as conclusões prontas,
desenvolvidas por sábios da Antiguidade e absorvidas por teólogos cristãos.
Os novos cientistas, valorizando a razão, apresentavam uma atitude crítica que
os fazia observar os fenômenos naturais, realizar experiências, formular
hipóteses e buscar sua comprovação. Claro que essa nova mentalidade
científica enfrentou resistências principalmente da Igreja, presa às tradições
medievais.
Alguns eventos merecem destaque, como o trabalho de Miguel de
Servet, médico e teólogo espanhol que descobriu o funcionamento da
circulação sanguínea dissecando cadáveres. Mas essa prática foi condenada
pelos cristãos e Servet acabou morto na fogueira, na Suíça, pelo governo de
Calvino. Nicolau Copérnico, sacerdote católico e astrônomo, desenvolveram
uma das mais importantes teorias científicas da sua época, o heliocentrismo
(diz que a Terra e os demais planetas se movimentam ao redor do Sol), que se
contrapôs à teoria geocêntrica (afirmava que o Sol e os planetas se
movimentavam ao redor da Terra). Despertou severas críticas, principalmente
de religiosos.
Vários cientistas foram igualmente importantes como Galileu Galilei,
astrônomo italiano que aprofundou os estudos de Copérnico; Johannes Kepler,
discorrendo sobre os eclipses lunares e solares; Francis Bacon, criador do
“método científico”; René Descartes, “pai do racionalismo”; Isaac Newton, “pai
da física e da mecânica modernas”.
O humanismo, o renascimento e a revolução científica do século XVII
mudaram o mundo para sempre, desenvolvendo uma nova mentalidade,
crítica, racional e ativa diante da passividade e tradicionalismo remanescentes
do medievalismo. A partir desse momento, as transformações no mundo
começariam a se acelerar e as estruturas político-sociais a sofrer forte abalo.

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