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MICROBIOLOGIA 2016
Arlindo Ugulino Netto.
QUIMIOTERAPIA ANTIMICROBIANA
Quimioterapia corresponde ao advento do tratamento de doenças por meio de substâncias químicas. Algumas
são sintetizadas em laboratório, e por isso chamadas quimioterápicas; outras são produzidas por seres vivos, e são
chamadas de antibióticos. Os antibióticos são produzidos, na sua maioria, por micro-organismos que fazem a síntese
total ou parcial da molécula e, neste caso, são concluídos em laboratório (antibióticos semissintéticos).
A quimioterapia antimicrobiana é um assunto de suma importância dentro da microbiologia clínica, uma vez que
drogas dessas naturezas são importantes por lutar contra a infecção causada por micro-organismos sem fazer malefícios
à célula hospedeira, propriedade esta denominada de toxicidade seletiva.
A maioria dos antibióticos usados na clínica é produzida por bactérias do gênero Streptomyces e alguns por
fungos dos gêneros Penicillium e Cephalosporium.
HISTÓRICO
1900: Paul Ehrlich, bacteriologista alemão, desenvolveu a propriedade da toxidade seletiva de alguns
medicamentos.
1935: Domagik cria o primeiro quimioterápico – as sulfonamidas – um medicamento de natureza quimioterápica,
mas sintetizada em laboratório.
1928: Fleming, ao acaso, foi o principal responsável pela descoberta dos antibióticos depois de ter observado
que onde havia desenvolvimento do fungo Penicilum notatum, bactérias eram exterminadas.
1940 – Chain e Florey, devido ao estopim da Segunda Guerra Mundial, a penicilina foi sintetizada em larga
escala.
Nos últimos anos, a indústria farmacêutica estabelece modificações químicas, adicionando um radical químico
ao antimicrobiano para tentar aumentar o espectro de atividade da droga.
CONCEITUAÇÕES
Antibióticos: são antibacterianos que provém de organismos vivos. Podem ser naturais (quando a molécula da
droga é totalmente de origem natural; Ex: penicilina, que é extraída de fungos ou semi-sintéticos (quando uma
molécula, de origem natural, é alterada em laboratório; Ex: oxacilina).
Quimioterápicos: drogas sintetizadas completamente em laboratório, podendo ser classificadas apenas como
sintéticas (Ex: sulfas). Para o nosso estudo, este tipo de antibacterianos será, por critérios meramente didáticos,
inserido nos grupos dos antibióticos.
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Alguns antibióticos impedem a síntese da parede celular, estrutura responsável pela proteção mecânica da
bactéria.
Já se sabe que o peptidoglicano que fornece estrutura à parede celular bacteriana é composta, basicamente, por
N-acetilglicosamina e N-acetilmurâmico. A parede celular, então, é produzida em três fases: (1) produção dos principais
compostos da parede celular ainda no citoplasma, (2) passagem dessas substâncias por meio da membrana
citoplasmática e (3) formação da malha de peptidoglicano através da ligação estabelecida por enzimas (como a
Transpeptidase), formando, enfim, a parede celular.
Esses antibióticos inibem a atividade enzimática que forma o peptidoglicano. Sem a formação da parede celular,
a bactéria fica completamente vulnerável a ação do meio, morrendo logo em seguida.
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Outros antibióticos interferem em alguma fase da síntese do próprio MG da bactéria. Estudos recentes têm
mostrado que alguns antimicrobianos interferem a síntese de DNA, inibindo a ação das enzimas girases. A função
destas enzimas é promover o enrolamento das moléculas de DNA, para que ocupem um menor espaço dentro da célula.
OBS: Como se sabe, o antibiograma é um ensaio laboratorial que mede a susceptibilidade/resistência de uma bactéria
a um ou mais agentes antimicrobianos. Seu objetivo é tanto a análise do espectro de sensibilidade/resistência a drogas
de uma bactéria quanto a determinação da concentração mínima inibitória.
OBS²: Deve-se evitar o desenvolvimento da resistência combatendo o uso abusivo e indiscriminado dos antibióticos.