Sei sulla pagina 1di 56

Livro Eletrônico

Aula 00

Legislação Extravagante p/ PM-DF 2017/2018 (Soldado) - Com videoaulas

Professores: Marcos Girão, Paulo Guimarães

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI N.¼
10.826/2003).

Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1!
1 - Considera•›es Iniciais ......................................................................... 2!
2 - Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03) ....................................... 4!
2.1 - Sistema Nacional de Armas (Sinarm) ............................................... 5!
0
2.2 - Do Registro .................................................................................. 8!
2.3 - Do Porte .....................................................................................10!
2.4 - Dos Crimes e das Penas ................................................................15!
2.5 - Disposi•›es Gerais .......................................................................20!
3 - Quest›es ..........................................................................................22!
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios ...........................................................22!
3.2 - Gabarito .....................................................................................30!
3.3 - Quest›es Comentadas ..................................................................31!
4 - Resumo da Aula ................................................................................42!
5 - Considera•›es Finais ..........................................................................54!

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00 - ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI


N.¼ 10.826/2003).

1 - Considera•›es Iniciais
Ol‡, amigo concurseiro! O edital para o concurso da Pol’cia Militar do Distrito
Federal est‡ no forno! N‹o temos tempo a perder n‹o Ž mesmo?
Meu nome Ž Paulo Guimar‹es, e estarei junto com voc• na sua jornada rumo ˆ
aprova•‹o. Vamos estudar em detalhes o conteœdo da Legisla•‹o Extravagante.
Teremos quest›es comentadas e trataremos desses temas de forma exaustiva.
Antes de colocarmos a Òm‹o na massaÓ, permita-me uma pequena apresenta•‹o.
Nasci em Recife e sou graduado em Direito pela Universidade Federal de
Pernambuco, com especializa•‹o em Direito Constitucional. Minha vida de
concurseiro come•ou ainda antes da vida acad•mica, quando concorri e fui
aprovado para uma vaga no ColŽgio Militar do Recife, aos 10 anos de idade.
Em 2003, aos 17 anos, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil, e cruzei os
dedos para n‹o ser convocado antes de fazer anivers‡rio. Tomei posse em 2004
e trabalhei como escritur‡rio, caixa executivo e assistente em diversas ‡reas do
BB, incluindo atendimento a governo e comŽrcio exterior. Fui tambŽm aprovado
no concurso da Caixa Econ™mica Federal em 2004, mas n‹o cheguei a tomar
posse.
Mais tarde, deixei o Banco do Brasil para tomar posse no cargo de tŽcnico do
Banco Central, e l‡ trabalhei no Departamento de Liquida•›es Extrajudiciais e na
Secretaria da Diretoria e do Conselho Monet‡rio Nacional.
Em 2012, tive o privilŽgio de ser aprovado no concurso para o cargo de Auditor
Federal de Finan•as e Controle da Controladoria-Geral da Uni‹o, em 2¡ lugar na
‡rea de Preven•‹o da Corrup•‹o e Ouvidoria. Atualmente, desempenho minhas
fun•›es na Ouvidoria-Geral da Uni‹o, que Ž um dos —rg‹os componentes da CGU.
Minha experi•ncia prŽvia como professor em cursos preparat—rios engloba as
‡reas de Direito Constitucional e legisla•‹o espec’fica.
Ao longo do nosso curso estudaremos os dispositivos legais, as abordagens
doutrin‡rias e tambŽm a jurisprud•ncia dos tribunais superiores. Tentarei deixar
tudo muito claro, mas se ainda ficarem dœvidas n‹o deixe de me procurar no
nosso f—rum ou nas redes sociais, ok!?
Acredito que nossa matŽria seja uma daquelas que constituir‹o o verdadeiro
diferencial dos aprovados. Muitos candidatos deixam o estudo de legisla•‹o
espec’fica para a œltima hora, mas isso n‹o vai acontecer com voc•!

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Garanto que todos os meus esfor•os ser‹o concentrados na tarefa de obter a SUA
aprova•‹o. Esse comprometimento, tanto da minha parte quanto da sua,
resultar‡, sem dœvida, numa prepara•‹o consistente, que vai permitir que voc•
esteja pronto no dia da prova, e tenha motivos para comemorar quando o
resultado for publicado.
Muitas vezes, tomar posse em cargos como esses parece um sonho distante,
mas, acredite em mim, se voc• se esfor•ar ao m‡ximo, ser‡ apenas uma quest‹o
de tempo. E digo mais, quando voc• for aprovado, ficar‡ surpreso em como foi
mais r‡pido do que voc• imaginava.
Nosso cronograma nos permitir‡ cobrir todo o conteœdo de Legisla•‹o Penal atŽ
a prova, com as aulas em PDF sendo liberadas nas datas a seguir:

Aula 00 Estatuto do Desarmamento (Lei n.¼ 10.826/2003).

Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente (Lei n¼


Aula 01 20/10
9.605/1998).

Defini•‹o dos crimes de tortura (Lei n.¼ 9.455/1997). O


direito de representa•‹o e o processo de
Aula 02 30/10
responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos
de Abuso de Autoridade (Lei n.¼ 4.898/1965).

Crimes resultantes de preconceitos de ra•a ou de cor


Aula 03 (Lei n.¼ 7.716/1989). Crimes contra as Rela•›es de 9/11
Consumo (T’tulo II da Lei n¼ 8.078/1990).

Lei Maria da Penha Ð Viol•ncia domŽstica e familiar


Aula 04 19/11
contra a mulher (Lei n¼. 11.340/2006).

Sistema Nacional de Pol’ticas Pœblicas sobre Drogas (Lei


Aula 05 29/11
n.¼ 11.343/2006).

Juizados Especiais Criminais (Lei n.¼ 9.099/1995 e


Aula 06 10.259/2001). Apresenta•‹o e uso de documento de 9/12
identifica•‹o pessoal (Lei n.¼ 5.553/1968).

Crimes hediondos (Lei n.¼ 8.072/1990). C—digo de


Aula 07 Tr‰nsito Brasileiro (Lei n.¼ 9.503/1997). Estatuto do 19/12
Idoso (Lei n.¼ 10.741/2003): dos crimes em espŽcies.

Lei das Contraven•›es Penais (Decreto-Lei n.¼


Aula 08 29/12
3.688/1941).

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Organiza•‹o B‡sica da PMDF: Lei n.¼ 6.450, de 14 de


outubro de 1977. Regime Jur’dico dos Policiais Militares
Aula 09 8/1
da Pol’cia Militar do Distrito Federal: Lei n.¼ 7.289/84
(Parte 1);

Regime Jur’dico dos Policiais Militares da Pol’cia Militar


Aula 10 18/1
do Distrito Federal: Lei n.¼ 7.289/84 (Parte 2);

Aula 11 Lei n¼ 10.486/2002; 28/1

Decreto Federal n¼ 4.346/2002 (RDEx, aplicado na


Aula 12 7/2
PMDF de acordo com o Decreto GDF n¼ 22.317/2002);

Encerrada a apresenta•‹o, vamos ˆ matŽria. Lembro a voc• que essa aula


demonstrativa serve para mostrar como o curso funcionar‡, mas isso n‹o quer
dizer que a matŽria explorada nas p‡ginas a seguir n‹o seja importante ou n‹o
fa•a parte do programa.
Analise o material com carinho, fa•a seus esquemas de memoriza•‹o e prepare-
se para a revis‹o final. Se voc• seguir esta f—rmula, o curso ser‡ o suficiente para
que voc• atinja um excelente resultado. Espero que voc• e goste e opte por se
preparar conosco.
Agora vamos ao que interessa. M‹os ˆ obra!

2 - Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03)


O Estatuto do Desarmamento regulamenta o registro, a posse, o porte e a
comercializa•‹o de armas de fogo e muni•‹o no Brasil. Com o Estatuto, o Pa’s
passou a ter critŽrios mais rigorosos para o controle das armas.
Essa lei tornou mais dif’cil para o cidad‹o ter acesso ao porte de arma e estimulou
a popula•‹o a se desarmar. Foi o Estatuto que instituiu a realiza•‹o das
campanhas de desarmamento, prevendo o pagamento de indeniza•‹o para quem
entregasse espontaneamente suas armas, a qualquer momento, ˆ Pol’cia Federal.
O Estatuto tambŽm aperfei•oou a legisla•‹o para punir mais efetivamente o
comŽrcio ilegal e o tr‡fico internacional de armas de fogo. Tais crimes, antes
enquadrados como contrabando e descaminho, passaram a ser expressamente
previstos em lei especifica.
N‹o sei se voc• vai lembrar disso, mas em 2005 foi convocado referendo acerca
do teor de um dos dispositivos trazidos pelo Estatuto do Desarmamento.

Art. 35. ƒ proibida a comercializa•‹o de arma de fogo e muni•‹o em todo o territ—rio


nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

¤ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, depender‡ de aprova•‹o mediante referendo


popular, a ser realizado em outubro de 2005.

Esta norma terminou n‹o sendo aprovada, e hoje continua permitida a


comercializa•‹o de arma de fogo e muni•‹o no Brasil, sob as condi•›es do
Estatuto. O referendo n‹o invalidou o Estatuto do Desarmamento, mas
somente a proibi•‹o genŽrica do comŽrcio de arma de fogo e muni•‹o.

2.1 - Sistema Nacional de Armas (Sinarm)

Art. 1o O Sistema Nacional de Armas Ð Sinarm, institu’do no MinistŽrio da Justi•a, no ‰mbito


da Pol’cia Federal, tem circunscri•‹o em todo o territ—rio nacional.

O Sinarm foi institu’do pelo Estatuto do Desarmamento no ‰mbito da Pol’cia


Federal, com circunscri•‹o em todo o territ—rio nacional. Imagino que voc•
j‡ deve saber isso, mas o Departamento de Pol’cia Federal Ž subordinado ao
MinistŽrio da Justi•a.

O Sistema Nacional de Armas Ð Sinarm foi institu’do pelo


Estatuto do Desarmamento no ‰mbito da Pol’cia Federal,
com circunscri•‹o em todo o territ—rio nacional.

Art. 2o Ao Sinarm compete:


I Ð identificar as caracter’sticas e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
II Ð cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no Pa’s;
III Ð cadastrar as autoriza•›es de porte de arma de fogo e as renova•›es expedidas pela
Pol’cia Federal;
IV Ð cadastrar as transfer•ncias de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorr•ncias
suscet’veis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
empresas de seguran•a privada e de transporte de valores;
V Ð identificar as modifica•›es que alterem as caracter’sticas ou o funcionamento de arma
de fogo;
VI Ð integrar no cadastro os acervos policiais j‡ existentes;
VII Ð cadastrar as apreens›es de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos
policiais e judiciais;
VIII Ð cadastrar os armeiros em atividade no Pa’s, bem como conceder licen•a para exercer
a atividade;
IX Ð cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e
importadores autorizados de armas de fogo, acess—rios e muni•›es;

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

X Ð cadastrar a identifica•‹o do cano da arma, as caracter’sticas das impress›es de


raiamento e de microestriamento de projŽtil disparado, conforme marca•‹o e testes
obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
XI Ð informar ˆs Secretarias de Seguran•a Pœblica dos Estados e do Distrito Federal os
registros e autoriza•›es de porte de armas de fogo nos respectivos territ—rios, bem como
manter o cadastro atualizado para consulta.

Perceba que as atribui•›es do Sinarm est‹o predominantemente relacionadas ao


registro e controle de informa•›es acerca das armas de fogo presentes no pa’s.
Abaixo apresento as atribui•›es de uma forma um pouco mais palat‡vel, com os
meus coment‡rios.

COMPETæNCIA DO SINARM

DISPOSITIVO COMENTçRIOS

As caracter’sticas e a Geralmente as altera•›es nas


propriedade de armas de caracter’sticas das armas de fogo
fogo, mediante cadastro; s‹o feitas para dificultar sua
identifica•‹o e rastreamento.
Identificar Algumas vezes os criminosos
As modifica•›es que
operam verdadeiros
alterem as caracter’sticas ou
ÒdesmanchesÓ, que permitem que
o funcionamento de arma de
as armas sejam montadas a partir
fogo;
de pe•as extra’das de outras.

As pol’cias dos Estados n‹o t•m


compet•ncia para emitir
As Secretarias de
autoriza•›es de porte e registar
Seguran•a Pœblica dos
armas de fogo, mas a Pol’cia
Estados e do Distrito
Federal deve sempre informar aos
Federal os registros e
—rg‹os estaduais de seguran•a
Informar autoriza•›es de porte de
acerca dos registros e
armas de fogo nos
autoriza•›es emitidos. Algumas
respectivos territ—rios, bem
vezes essas secretarias t•m
como manter o cadastro
outros nomes, ok? Em
atualizado para consulta;
Pernambuco, por exemplo, existe
a Secretaria de Defesa Social.

Tanto as armas fabricadas no


As armas de fogo Brasil quanto as importadas
Cadastrar produzidas, importadas e devem ser cadastradas no Sinarm.
vendidas no Pa’s; A atividade de cadastramento Ž
atribu’da ˆ Pol’cia Federal.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O Sinarm disp›e das informa•›es


As autoriza•›es de porte de n‹o s— acerca das armas que
arma de fogo e as existem no pa’s, mas tambŽm de
renova•›es expedidas pela seus
Pol’cia Federal; propriet‡rios e pessoas que
detenham autoriza•‹o para porte.

As transfer•ncias de Sempre que uma arma for da


propriedade, extravio, posse de uma pessoa para outra,
furto, roubo e outras mesmo de forma ileg’tima, a
ocorr•ncias suscet’veis de autoridade policial deve ser
alterar os dados cadastrais, imediatamente comunicada. As
inclusive as decorrentes de empresas de seguran•a privada e
fechamento de empresas de transporte de valores que
seguran•a privada e de encerrem suas atividades n‹o
transporte de valores; podem manter em seu poder as
armas utilizadas.

As apreens›es de armas de
As delegacias e os —rg‹os do Poder
fogo, inclusive as vinculadas a
Judici‡rio devem informar o
procedimentos policiais e
Sinarm acerca de apreens›es.
judiciais;

Armeiro Ž o profissional
respons‡vel pela manuten•‹o de
Os armeiros em atividade no armas de fogo. O exerc’cio dessa
Pa’s, bem como conceder atividade depende de
licen•a para exercer a licenciamento da Pol’cia Federal.
atividade; Se voc• quiser, pode consultar o
cadastro de armeiros de todo o
pa’s no site da Pol’cia Federal.

mediante registro os
produtores, atacadistas,
O exerc’cio dessas atividades
varejistas, exportadores e
depende de alvar‡ espec’fico
importadores autorizados
expedido pela Pol’cia Federal.
de armas de fogo, acess—rios
e muni•›es;

a identifica•‹o do cano da As informa•›es do cano da arma


arma, as caracter’sticas das s‹o importantes porque cada
impress›es de raiamento e arma produz um padr‹o de
de microestriamento de marcas na muni•‹o disparada.
projŽtil disparado, conforme Essas marcas permitem ao perito

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

marca•‹o e testes saber se determinado projŽtil foi


obrigatoriamente realizados atirado por determinada arma.
pelo fabricante;

Esses acervos n‹o dizem respeito


no cadastro os acervos ˆs armas utilizadas pelas pol’cias,
Integrar
policiais j‡ existentes mas sim ˆquelas apreendidas no
curso da atividade policial.

Par‡grafo œnico. As disposi•›es deste artigo n‹o alcan•am as armas de fogo das For•as
Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros pr—prios.

As armas de fogo utilizadas pelas For•as Armadas e Auxiliares e pelas For•as


Auxiliares s‹o sujeitas a regramento pr—prio, relacionado ao Sistema de
Gerenciamento Militar de Armas Ð Sigma. For•as Auxiliares Ž o nome pelo
qual eram conhecidas as Pol’cias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares.
Hoje os integrantes dessas formas s‹o considerados militares para todos os
efeitos.
O Sigma Ž mencionado apenas no Decreto n¼ 5.123/2004, que regulamentou o
Estatuto do Desarmamento. N‹o pretendo analisar o texto do Decreto, atŽ porque
ele n‹o ser‡ objeto da sua prova, mas ele determina que sejam cadastradas no
Sigma as armas de fogo das For•as Armadas, das Pol’cias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares, da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia e do Gabinete de
Seguran•a Institucional da Presid•ncia da Repœblica.
No Sinarm, por outro lado, ser‹o cadastradas as armas de fogo da Pol’cia
Federal, Pol’cia Rodovi‡ria Federal, Pol’cias Civis, —rg‹os policiais da C‰mara dos
Deputados e do Senado Federal, integrantes do quadro efetivo dos agentes e
guardas prisionais, integrantes das escolas de presos, das Guardas Portu‡rias,
das Guardas Municipais e dos —rg‹os pœblicos cujos servidores tenham
autoriza•‹o legal para portar arma de fogo em servi•o.

2.2 - Do Registro

Art. 3o ƒ obrigat—rio o registro de arma de fogo no —rg‹o competente.


Par‡grafo œnico. As armas de fogo de uso restrito ser‹o registradas no Comando do
ExŽrcito, na forma do regulamento desta Lei.

Fica f‡cil para voc• lembrar em que —rg‹os devem ser registradas as armas de
fogo. A regra geral, aplic‡vel ˆs armas de fogo de uso permitido, Ž de que o
registro seja feito no Sinarm, gerido pela Pol’cia Federal. As armas de uso

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

restrito, por outro lado, s‹o aquelas que somente podem ser utilizadas pelas
For•as Armadas, institui•›es de seguran•a pœblica e pessoas habilitadas, e por
isso devem ser registradas no Comando do ExŽrcito, —rg‹o respons‡vel pela
gest‹o do Sigma.

Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o territ—rio


nacional, autoriza o seu propriet‡rio a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de
sua resid•ncia ou domic’lio, ou depend•ncia desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
desde que seja ele o titular ou o respons‡vel legal pelo estabelecimento ou empresa.
¤ 1oO certificado de registro de arma de fogo ser‡ expedido pela Pol’cia Federal e ser‡
precedido de autoriza•‹o do Sinarm.

Aten•‹o! O certificado de Registro n‹o autoriza o propriet‡rio da arma a port‡-la


no dia a dia. Ele apenas d‡ legitimidade ˆ propriedade, mas limita o manuseio da
arma ˆ resid•ncia ou ao local de trabalho do propriet‡rio.
Quero chamar sua aten•‹o para a men•‹o ao local de trabalho, que n‹o
constava da reda•‹o original do Estatuto do Desarmamento, tendo sido inclu’do
pela Lei n¼ 10.884/2004. Voc• sabe que as bancas tem um carinho especial pelas
altera•›es legislativas, n‹o Ž mesmo?
O —rg‹o respons‡vel pela expedi•‹o do certificado de Registro Ž a Pol’cia Federal,
com autoriza•‹o do Sinarm.

O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a


propriedade da arma de fogo, mas autoriza o seu propriet‡rio
a mant•-la exclusivamente no interior de sua resid•ncia ou
domic’lio ou no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o
respons‡vel legal pelo estabelecimento ou empresa. O —rg‹o respons‡vel pela
expedi•‹o do certificado de registro de arma de fogo Ž Pol’cia Federal, com
autoriza•‹o do Sinarm.

Vejamos agora os procedimentos para aquisi•‹o de arma de fogo de uso


permitido.

Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado dever‡, alŽm de declarar
a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
I - comprova•‹o de idoneidade, com a apresenta•‹o de certid›es negativas de antecedentes
criminais fornecidas pela Justi•a Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de n‹o estar
respondendo a inquŽrito policial ou a processo criminal, que poder‹o ser fornecidas por
meios eletr™nicos;
II Ð apresenta•‹o de documento comprobat—rio de ocupa•‹o l’cita e de resid•ncia certa;
III Ð comprova•‹o de capacidade tŽcnica e de aptid‹o psicol—gica para o manuseio de arma
de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

A pessoa que comprar uma arma de fogo precisa estar bem decidida, n‹o Ž
mesmo? ƒ necess‡rio apresentar uma sŽrie de documentos, para comprovar
idoneidade, ocupa•‹o l’cita, resid•ncia certa, capacidade tŽcnica e
aptid‹o psicol—gica.
O Decreto n¼ 5.123/2004 ampliou ainda mais essas exig•ncias, sendo agora
necess‡rio que aquele que pretenda comprar arma de fogo de uso permitido
tenha pelo menos 25 anos, apresente declara•‹o de efetiva necessidade e
c—pia autenticada da carteira de identidade, alŽm dos documentos
comprobat—rios das condi•›es previstas no Estatuto do Desarmamento.
Apenas uma observa•‹o quanto ao requisito de idade: h‡ exce•›es para os
membros das For•as Armadas, Pol’cias Federal, Rodovi‡ria Federal, Ferrovi‡ria
Federal, Civis, Pol’cias Militares, Corpos de Bombeiros Militares e Guardas
Municipais.
Atendidos os requisitos, o Sinarm expedir‡ autoriza•‹o de compra de arma
de fogo em nome do referente e para a arma indicada. Essa autoriza•‹o Ž
pessoal e intransfer’vel! A aquisi•‹o de muni•‹o tambŽm ser‡ controlada,
sendo permitida apenas a compra de muni•‹o adequada ˆ arma do propriet‡rio,
com a apresenta•‹o do certificado de registro e documento de identifica•‹o.
Realizada a venda, a empresa Ž obrigada a comunicar o fato ˆ autoridade
competente, bem como manter detalhado banco de dados acerca das
caracter’sticas das armas vendidas e dos respectivos compradores.
Da mesma forma, se uma pessoa f’sica desejar vender sua arma a outra
pessoa f’sica, ser‡ necess‡ria autoriza•‹o do Sinarm.

2.3 - Do Porte
O porte de arma de fogo Ž restrito, e Ž este documento que permite que o
propriet‡rio transporte a arma consigo fora de sua resid•ncia e local de trabalho.
A regra geral Ž de que o porte de arma seja permitido apenas quando houver lei
que trate do assunto. O pr—prio Estatuto do Desarmamento, contudo, autoriza o
porte de arma de algumas pessoas em seu art. 6¼.
Da lista abaixo, Ž importante que voc• saiba que os policiais e os militares
(incluindo PMs e CBMs) n‹o precisam cumprir os requisitos do art. 4¼ para
adquirir arma de fogo.

PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITîRIO NACIONAL

Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma


de fogo de propriedade particular ou
Integrantes das For•as Armadas;
fornecida pela respectiva corpora•‹o ou
institui•‹o, mesmo fora de servi•o.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Esses —rg‹os s‹o a Pol’cia Federal; a


Pol’cia Rodovi‡ria Federal; a Pol’cia
Ferrovi‡ria Federal; as Pol’cias Civis; as
Integrantes de —rg‹os referidos nos Pol’cias Militares e Corpos de
incisos do caput do art. 144 da Bombeiros Militares.
constitui•‹o federal; Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma
de fogo de propriedade particular ou
fornecida pela respectiva corpora•‹o ou
institui•‹o, mesmo fora de servi•o.
Integrantes das guardas municipais As condi•›es do porte de arma dos
das capitais dos Estados e dos integrantes das guardas municipais s‹o
Munic’pios com mais de 500.000 estabelecidas pelo Decreto n¼ 5.123/2004.
(quinhentos mil) habitantes; ==0==

Poder‹o portar arma de fogo de propriedade


particular ou fornecida pela respectiva
corpora•‹o ou institui•‹o, mesmo fora de
servi•o.

Integrantes das guardas municipais


dos Munic’pios com mais de 50.000
(cinquenta mil) e menos de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, bem
como dos Munic’pios que integrem
regi›es metropolitanas (¤7¼),
quando em servi•o.

Agentes operacionais da Ag•ncia Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma


Brasileira de Intelig•ncia e os de fogo de propriedade particular ou
agentes do Departamento de fornecida pela respectiva corpora•‹o ou
Seguran•a do Gabinete de institui•‹o, mesmo fora de servi•o.
Seguran•a Institucional da Devem comprovar capacidade tŽcnica e
Presid•ncia da Repœblica. de aptid‹o psicol—gica.

Os —rg‹os mencionados s‹o a Pol’cia do


Senado Federal e a Pol’cia da C‰mara
dos Deputados.
Integrantes dos —rg‹os policiais Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma
referidos no art. 51, IV, e no art. 52, de fogo de propriedade particular ou
XIII, da constitui•‹o federal fornecida pela respectiva corpora•‹o ou
institui•‹o, mesmo fora de servi•o.
Devem comprovar capacidade tŽcnica e
de aptid‹o psicol—gica.

Integrantes do quadro efetivo dos Devem comprovar capacidade tŽcnica e


agentes e guardas prisionais, os de aptid‹o psicol—gica.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es
0

integrantes das escoltas de presose


as guardas portu‡rias.

As armas utilizadas por essas empresas s‹o


apenas para o servi•o, e devem pertencer
exclusivamente ˆs empresas. O extravio e a
perda de arma devem ser comunicados pela
Empresas de seguran•a privada e
diretoria ou ger•ncia da empresa ˆ Pol’cia
de transporte de valores
Federal, que enviar‡ as informa•›es ao
constitu’das.
Sinarm a fim de que sejam tomadas as
provid•ncias cab’veis. A omiss‹o na
comunica•‹o acarretar‡ responsabilidade
penal.

Integrantes das entidades de ƒ o caso dos clubes de tiro. Aten•‹o aqui,


desporto legalmente constitu’das, pois o porte somente Ž autorizado no
cujas atividades esportivas momento em que a competi•‹o Ž realizada
demandem o uso de armas de fogo, (RHC 34.579-RS, julgado em 24/4/2014).
observando-se, no que couber, a
legisla•‹o ambiental.

Aqui est‹o inclu’dos os ocupantes dos


cargos de Auditor-Fiscal da Receita
Federal, Analista Tribut‡rio da Receita
Integrantes das Carreiras de Auditoria Federal e Auditor-Fiscal do Trabalho.
da Receita Federal do Brasil e de Essas carreiras alguma vezes exercem
Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos atividades fiscalizat—rias potencialmente
de Auditor-Fiscal e Analista perigosas, e por isso podem precisar de
Tribut‡rio. prote•‹o adicional.
Devem comprovar capacidade tŽcnica e
de aptid‹o psicol—gica.

O MinistŽrio Pœblico e o Poder Judici‡rio


Tribunais do Poder Judici‡rio podem ter servidores de seu quadro efetivo
descritos no art. 92 da Constitui•‹o que exer•am fun•›es de seguran•a, e nesse
Federal e os MinistŽrios Pœblicos da caso eles tambŽm podem portar arma de
Uni‹o e dos Estados, para uso fogo, de acordo com regulamento pr—prio.
exclusivo de servidores de seus As armas de fogo utilizadas pelos servidores
quadros pessoais que efetivamente ser‹o de propriedade, responsabilidade e
estejam no exerc’cio de fun•›es de guarda das respectivas institui•›es,
seguran•a, na forma de regulamento somente podendo ser utilizadas quando em
a ser emitido pelo Conselho Nacional servi•o, devendo estas observar as
de Justi•a - CNJ e pelo Conselho condi•›es de uso e de armazenagem
Nacional do MinistŽrio Pœblico Ð CNMP estabelecidas pelo —rg‹o competente, sendo
o certificado de registro e a autoriza•‹o de

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

porte expedidos pela Pol’cia Federal em


nome da institui•‹o.

Integrantes do quadro efetivo de


agentes e guardas prisionais
poder‹o portar arma de fogo de Depois de muitas negocia•›es, os agentes e
propriedade particular ou fornecida guardas prisionais conseguiram ser
pela respectiva corpora•‹o ou inclu’dos na rela•‹o de servidores que
institui•‹o, mesmo fora de servi•o, podem ter porte de arma. Chamo sua
desde que estejam: aten•‹o para essa categoria, que somente
a)! submetidos a regime de foi inclu’da no Estatuto do Desarmamento
dedica•‹o exclusiva; em junho de 2014.
b)! sujeitos ˆ forma•‹o funcional, Preste aten•‹o aos requisitos tambŽm, ok!?
nos termos do regulamento; e
c)! subordinados a mecanismos de
fiscaliza•‹o e de controle interno.

A autoriza•‹o para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o territ—rio


nacional, Ž de compet•ncia da Pol’cia Federal e somente ser‡ concedida ap—s
autoriza•‹o do Sinarm, nos termos a seguir:

¤ 1o A autoriza•‹o prevista neste artigo poder‡ ser concedida com efic‡cia tempor‡ria e
territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e depender‡ de o requerente:
I Ð demonstrar a sua efetiva necessidade por exerc’cio de atividade profissional de risco ou
de amea•a ˆ sua integridade f’sica;
II Ð atender ˆs exig•ncias previstas no art. 4o desta Lei;
III Ð apresentar documenta•‹o de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido
registro no —rg‹o competente.
¤ 2o A autoriza•‹o de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perder‡
automaticamente sua efic‡cia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de
embriaguez ou sob efeito de subst‰ncias qu’micas ou alucin—genas.

Antes de passarmos ao pr—ximo assunto, quero chamar sua aten•‹o para o


conteœdo do ¤3¼ do Estatuto, que diz respeito ao porte de arma por parte dos
integrantes das guardas municipais.

¤ 3o A autoriza•‹o para o porte de arma de fogo das guardas municipais est‡


condicionada ˆ forma•‹o funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de
atividade policial, ˆ exist•ncia de mecanismos de fiscaliza•‹o e de controle interno, nas

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

condi•›es estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a supervis‹o do MinistŽrio da


Justi•a.

O porte de arma de integrantes de guardas municipais Ž


permitido nas seguintes condi•›es:
- O porte Ž permitido nas capitais dos Estados e nos Munic’pios com mais de
500.000 habitantes;
- Nos Munic’pios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, bem como dos Munic’pios que integrem regi›es
metropolitanas (¤7¼), apenas quando estiverem em servi•o;
- Deve haver forma•‹o funcional de seus integrantes em estabelecimentos de
ensino de atividade policial;
- Devem existir mecanismos de controle interno, observada a supervis‹o do
MinistŽrio da Justi•a.

¤ 5o Aos residentes em ‡reas rurais, maiores de 25(vinte e cinco) anos que


comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsist•ncia
alimentar familiar ser‡ concedido pela Pol’cia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
ca•ador para subsist•ncia, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um)
ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o
interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual dever‹o ser anexados
os seguintes documentos:
I - documento de identifica•‹o pessoal;
II - comprovante de resid•ncia em ‡rea rural; e
III - atestado de bons antecedentes.

¤ 6o O ca•ador para subsist•ncia que der outro uso ˆ sua arma de fogo, independentemente
de outras tipifica•›es penais, responder‡, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo
de arma de fogo de uso permitido.

Este Ž o famoso caso do ca•ador de subsist•ncia. Esta pessoa Ž aquela que


mora em ‡rea rural, tem pelo menos 25anos e depende da ca•a para
sobreviver. Perceba que n‹o estamos falando aqui do ca•ador esportivo, mas sim
daquele que ca•a para alimentar-se e ˆ sua fam’lia.
Esta autoriza•‹o de porte Ž restrita ˆ utiliza•‹o de certo tipo de arma, descrito
na pr—pria norma, alŽm da necessidade de comprova•‹o da necessidade de ca•a
para subsist•ncia.
O ca•ador de subsist•ncia tambŽm depende de registro e de licen•a expedida
pelo IBAMA para que possa desempenhar a atividade.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Art. 9o Compete ao MinistŽrio da Justi•a a autoriza•‹o do porte de arma para os


respons‡veis pela seguran•a de cidad‹os estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
Comando do ExŽrcito, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concess‹o de
porte de tr‰nsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e ca•adores e de
representantes estrangeiros em competi•‹o internacional oficial de tiro realizada no
territ—rio nacional.

2.4 - Dos Crimes e das Penas

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso
permitido, em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, no interior de sua
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o respons‡vel legal do estabelecimento ou empresa:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa.

Esse crime Ž cometido por quem possui ou mantŽm arma de uso permitido
em sua resid•ncia ou local de trabalho de forma irregular.
O STF j‡ decidiu que a mera diverg•ncia quanto ˆ origem da fabrica•‹o da arma
n‹o seria suficiente para caracterizar o crime em quest‹o.
O STJ, por sua vez, j‡ decidiu que pode haver crime de posse irregular de arma
de fogo de uso permitido quando o agente possuir, no interior de sua resid•ncia,
armas de fogo e muni•›es com os registros vencidos, e tambŽm j‡ decidiu que
essa conduta n‹o configura crime. Confuso, nŽ!?

DIREITO PENAL. TIPICIDADE DA CONDUTA DE POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO


DE USO PERMITIDO COM REGISTRO VENCIDO.
A conduta do agente de possuir, no interior de sua resid•ncia, armas de fogo e muni•›es
de uso permitido com os respectivos registros vencidos pode configurar o crime previsto no
art. 12 do Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). RHC 60.611-DF, Rel. Min. RogŽrio
Schietti Cruz, julgado em 15/9/2015, DJe 5/10/2015.

DIREITO PENAL. GUARDA DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM REGISTRO


VENCIDO.
Manter sob guarda, no interior de sua resid•ncia, arma de fogo de uso permitido com
registro vencido n‹o configura o crime do art. 12 da Lei 10.826/2003 (Estatuto do
Desarmamento). APn 686-AP, Rel. Min. Jo‹o Ot‡vio de Noronha, julgado em 21/10/2015,
DJe 29/10/2015.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

OMISSÌO DE CAUTELA
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necess‡rias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas incorrem o propriet‡rio ou diretor respons‡vel de
empresa de seguran•a e transporte de valores que deixarem de registrar ocorr•ncia policial
e de comunicar ˆ Pol’cia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma
de fogo, acess—rio ou muni•‹o que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)
horas depois de ocorrido o fato.

Este tipo protege a sociedade contra acidentes decorrentes do manejo de arma


de fogo por menor de idade ou pessoa com defici•ncia mental.
ƒ um crime culposo (neglig•ncia ou imprud•ncia). Observe que crime se consuma
com o manejo da arma pelo menor ou deficiente. Caso o acidente efetivamente
ocorra, poder‡ haver outros crimes.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em dep—sito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso permitido, sem autoriza•‹o e em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

O agente deste crime Ž aquele que manipula a arma de fogo ilegalmente. N‹o
confunda este crime com o de posse irregular, pois naquele caso o agente apenas
tem a posse ou guarda da arma em sua resid•ncia ou local de trabalho, enquanto
neste crime o agente manipula a arma, praticando uma das condutas previstas.
Mas e se a arma n‹o estiver carregada? E se estiver danificada, de forma que
n‹o seja poss’vel disparar? O STF e o STJ j‡ mudaram de posicionamento
algumas vezes sobre isso. O atual entendimento Ž no sentido de que, para que o
crime de porte de arma de fogo se consume, n‹o Ž necess‡rio que a arma esteja
municiada.
ƒ importante salientar, porŽm, que o STJ tem entendido que, se a arma n‹o est‡
apta a disparar, n‹o h‡ crime, conforme voc• pode verificar no julgado abaixo,
de agosto de 2014:

N‹o est‡ caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o


instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito tŽcnico de arma
de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto
para realizar disparos. De fato, tem-se como t’pica a conduta de portar arma de fogo
sem autoriza•‹o ou em desconformidade com determina•‹o legal ou regulamentar, por se
tratar de delito de perigo abstrato, cujo bem jur’dico protegido Ž a incolumidade pœblica,
independentemente da exist•ncia de qualquer resultado natural’stico. Nesse passo, a

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

classifica•‹o do crime de porte ilegal de arma de fogo como de perigo abstrato traz, em seu
arcabou•o te—rico, a presun•‹o, pelo pr—prio tipo penal, da probabilidade de vir a ocorrer
algum dano pelo mau uso da arma. Com isso, flagrado o agente portando um objeto eleito
como arma de fogo, temos um fato provado Ð o porte do instrumento Ð e o nascimento de
duas presun•›es, quais sejam, de que o objeto Ž de fato arma de fogo, bem como tem
potencial lesivo. No entanto, verificado por per’cia que o estado atual do objeto apreendido
n‹o viabiliza sequer a sua inclus‹o no conceito tŽcnico de arma de fogo, pois quebrado e,
consequentemente, inapto para realiza•‹o de disparo, n‹o h‡ como caracterizar o fato como
crime de porte ilegal de arma de fogo. Nesse caso, tem-se, indubitavelmente, o rompimento
da liga•‹o l—gica entre o fato provado e as mencionadas presun•›es.
AgRg no AREsp 397.473-DF, Rel. Min. Marco AurŽlio Bellizze, julgado em 19/8/2014.

AlŽm disso, o STJ j‡ firmou entendimento no sentido de que a prova do porte


ilegal pode ser feita por diversos meios, n‹o sendo necess‡ria per’cia.

Hoje os Tribunais Superiores entendem que o crime de porte


de arma de fogo se consuma independentemente de a arma
estar municiada, mas o STJ entende que, se laudo pericial
reconhecer a total inefic‡cia da arma de fogo e das muni•›es,
deve ser reconhecida a atipicidade da conduta.

O art. 14 contŽm ainda um par‡grafo œnico, que foi declarado inconstitucional


pelo STF. Cuidado! Este dispositivo j‡ foi cobrado em prova!

Par‡grafo œnico. O crime previsto neste artigo Ž inafian•‡vel, salvo quando a arma de
fogo estiver registrada em nome do agente.

Para esclarecer um pouco mais a quest‹o, transcrevo abaixo parte da decis‹o da


ADIN 3112.

ADIN 3112 Ð Informativo 465 do STF


Relativamente aos par‡grafos œnicos dos artigos 14 e 15 da Lei 10.826/2003, que pro’bem
o estabelecimento de fian•a, respectivamente, para os crimes de porte ilegal de arma de
fogo de uso permitido e de disparo de arma de fogo, considerou-se desarrazoada a veda•‹o,
ao fundamento de que tais delitos n‹o poderiam ser equiparados a terrorismo, pr‡tica de
tortura, tr‡fico il’cito de entorpecentes ou crimes hediondos (CF, art. 5¼, XLIII). Asseverou-
se, ademais, cuidar-se, na verdade, de crimes de mera conduta que, embora impliquem
redu•‹o no n’vel de seguran•a coletiva, n‹o podem ser igualados aos crimes que acarretam
les‹o ou amea•a de les‹o ˆ vida ou ˆ propriedade.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

DISPARO DE ARMA DE FOGO


Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas
adjac•ncias, em via pœblica ou em dire•‹o a ela, desde que essa conduta n‹o tenha como
finalidade a pr‡tica de outro crime:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. O crime previsto neste artigo Ž inafian•‡vel.

Aplica-se ao par‡grafo œnico deste artigo o mesmo julgado explicitado na an‡lise


do artigo anterior.
Este tipo penal tem o cond‹o de proteger a integridade f’sica das pessoas que
estejam no local onde o disparo Ž efetuado. O crime se consuma com o disparo,
e somente Ž pun’vel se a conduta n‹o se referia a outro crime. Caso essa
tipifica•‹o n‹o fosse considerada subsidi‡ria, o crime em estudo seria praticado
junto com outros crimes, em v‡rias ocasi›es.

POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO


Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em dep—sito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o de uso proibido ou
restrito, sem autoriza•‹o e em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 3 (tr•s) a 6 (seis) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas incorre quem:
I Ð suprimir ou alterar marca, numera•‹o ou qualquer sinal de identifica•‹o de arma de
fogo ou artefato;
II Ð modificar as caracter’sticas de arma de fogo, de forma a torn‡-la equivalente a
arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III Ð possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendi‡rio, sem
autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar;
IV Ð portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numera•‹o,
marca ou qualquer outro sinal de identifica•‹o raspado, suprimido ou adulterado;
V Ð vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acess—rio,
muni•‹o ou explosivo a crian•a ou adolescente; e
VI Ð produzir, recarregar ou reciclar, sem autoriza•‹o legal, ou adulterar, de qualquer
forma, muni•‹o ou explosivo.

Este crime Ž mais grave que o previsto nos arts. 12 e 14. Isso Ž perfeitamente
compreens’vel, pois as armas de fogo de uso restrito em geral t•m um poder
destrutivo muito maior que as de uso permitido.
A conduta do inciso I Ž praticada n‹o s— por aquele que raspa a numera•‹o da
arma, mas tambŽm por quem dificulta sua identifica•‹o de qualquer outra forma
(raspando o emblema do fabricante, por exemplo).

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O inciso II trata do crime cometido, por exemplo, por armeiro que utiliza seus
conhecimentos tŽcnicos para operar modifica•‹o na arma, de forma a tornar a
arma de uso permitido t‹o potente quanto a de uso restrito, ou, ainda, daquele
que a modifica para enganar o policial, perito ou juiz.
O artefato explosivo ou incendi‡rio mencionado pelo inciso III precisa ser algo de
consider‡vel poder destrutivo. N‹o h‡ problema em transportar roj›es para soltar
nas festas juninas, ok? J
O STJ j‡ decidiu que o conselheiro de Tribunal de Contas Estadual que mantŽm
sob sua guarda muni•‹o de arma de uso restrito n‹o comete o crime (APn 657-
PB, Rel. Min. Jo‹o Ot‡vio de Noronha, julgado em 21/10/2015, DJe
29/10/2015).

0
COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer
forma utilizar, em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de presta•‹o de servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em resid•ncia.

Este crime Ž pr—prio, pois somente pode ser cometido por quem pratica
atividade comercial ou industrial. Perceba que o par‡grafo œnico equipara
algumas atividades ˆ atividade comercial ou industrial para essas finalidades. O
armeiro que exerce a atividade irregularmente, por exemplo, incorre neste crime.
Para este crime, assim como para o TRçFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE
FOGO, haver‡ aumento de pena da metade se se a arma de fogo, acess—rio,
ou muni•‹o for de uso proibido ou restrito.

TRçFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO


Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sa’da do territ—rio nacional, a
qualquer t’tulo, de arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o da autoridade
competente:
Pena Ð reclus‹o de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

O Estatuto do Desarmamento agravou a pena para este crime, mas, considerando


que o tr‡fico internacional Ž a atividade respons‡vel por colocar armamento
pesado nas m‹os de bandidos perigosos, a pena ainda parece branda, n‹o Ž
verdade?

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Para este crime, assim como para o COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO,
haver‡ aumento de pena da metade se se a arma de fogo, acess—rio, ou
muni•‹o for de uso proibido ou restrito.

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena Ž aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos —rg‹os e empresas referidas nos arts. 6o,
7o e 8o desta Lei.

Estes crimes s‹o:


a)! Porte Ilegal de Arma de Fogo;
b)! Disparo de Arma de Fogo;
c)! Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito;
d)! ComŽrcio Ilegal de Arma de Fogo; e
e)! Tr‡fico Internacional de Arma de Fogo.

As empresas mencionadas s‹o aquelas que desenvolvem as atividades de


seguran•a privada e transporte de valores.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 s‹o insuscet’veis de liberdade provis—ria.

Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por meio da ADIN
3.112-1.

2.5 - Disposi•›es Gerais


Os primeiros dispositivos desta parte dizem respeito a algumas obriga•›es em
termos de fiscaliza•‹o e de fabrica•‹o e comŽrcio de armas, mas quero chamar
sua aten•‹o especialmente para as atribui•›es que s‹o conferidas ao Comando
do ExŽrcito.

Art. 23. A classifica•‹o legal, tŽcnica e geral bem como a defini•‹o das armas de fogo e
demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de
valor hist—rico ser‹o disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante
proposta do Comando do ExŽrcito.
¤ 1o Todas as muni•›es comercializadas no Pa’s dever‹o estar acondicionadas em
embalagens com sistema de c—digo de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
identifica•‹o do fabricante e do adquirente, entre outras informa•›es definidas pelo
regulamento desta Lei.
¤ 2o Para os —rg‹os referidos no art. 6o, somente ser‹o expedidas autoriza•›es de compra
de muni•‹o com identifica•‹o do lote e do adquirente no culote dos projŽteis, na forma do
regulamento desta Lei.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

¤ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publica•‹o desta Lei
conter‹o dispositivo intr’nseco de seguran•a e de identifica•‹o, gravado no corpo da
arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os —rg‹os previstos no art. 6o.
¤ 4o Asinstitui•›es de ensino policiale as guardasmunicipaisreferidas nos incisos III
e IV do caput do art. 6o desta Lei e no seu ¤ 7o poder‹o adquirir insumos e m‡quinas de
recarga de muni•‹o para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante
autoriza•‹o concedida nos termos definidos em regulamento.
Art. 24. Excetuadas as atribui•›es a que se refere o art. 2¼ desta Lei, compete ao Comando
do ExŽrcito autorizar e fiscalizar a produ•‹o, exporta•‹o, importa•‹o, desembara•o
alfandeg‡rio e o comŽrcio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o
registro e o porte de tr‰nsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e ca•adores.

CABE AO COMANDO DO EXƒRCITO

Propor ao Presidente da Repœblica a edi•‹o de ato normativo acerca


da classifica•‹o legal, tŽcnica e geral bem como da defini•‹o das armas de
fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos,
permitidos ou obsoletos e de valor hist—rico.

Autorizar e fiscalizar a produ•‹o, exporta•‹o, importa•‹o, desembara•o


alfandeg‡rio e o comŽrcio de armas de fogo e demais produtos
controlados, inclusive o registro e o porte de tr‰nsito de arma de fogo de
colecionadores, atiradores e ca•adores, com exce•‹o das atribui•›es
conferidas ao Sinarm pelo art. 2¼.

Estabelecer condi•›es para a utiliza•‹o de rŽplicas e simulacros de


armas, destinados ˆ instru•‹o, ao adestramento, ou ˆ cole•‹o de usu‡rio
autorizado.

Autorizar, excepcionalmente, a aquisi•‹o de armas de fogo de uso


restrito. Os Comandos Militares, em geral, n‹o est‹o sujeitos a essa
autoriza•‹o.

Art. 26. S‹o vedadas a fabrica•‹o, a venda, a comercializa•‹o e a importa•‹o de


brinquedos, rŽplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam
confundir.
Par‡grafo œnico. Excetuam-se da proibi•‹o as rŽplicas e os simulacros destinados ˆ
instru•‹o, ao adestramento, ou ˆ cole•‹o de usu‡rio autorizado, nas condi•›es fixadas pelo
Comando do ExŽrcito.

Perceba que a fabrica•‹o, venda, comercializa•‹o e importa•‹o de armas de


brinquedo Ž, em regra, proibida, mas o caput determina expressamente que a
proibi•‹o alcan•a apenas os brinquedos que possam ser confundidos com
armas de verdade. Penso logo naquelas armas de ‡gua em formatos estranhos

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

e muito coloridas que as crian•as (e alguns adultos, por que n‹o?) usam para
brincar. A proibi•‹o n‹o alcan•a esses brinquedos e nem as pistolas de cola
quente, ok? J
Mesmo as rŽplicas de armas de verdade podem ser manuseadas para
adestramento, instru•‹o, ou para cole•‹o. Nesse caso, devem ser observadas as
regras expedidas pelo Comando do ExŽrcito.

Art. 31. Os possuidores e propriet‡rios de armas de fogo adquiridas regularmente poder‹o,


a qualquer tempo, entreg‡-las ˆ Pol’cia Federal, mediante recibo e indeniza•‹o, nos
termos do regulamento desta Lei.
Art. 32. Os possuidores e propriet‡rios de arma de fogo poder‹o entreg‡-la,
espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fŽ, ser‹o indenizados, na
forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular da
referida arma.

O art. 31 trata de quem possui arma regularmente registrada, mas ainda assim
deseja entrega-la.
O art. 32, por outro lado, trata de qualquer pessoa que desejar entregar a arma
que possui, independentemente desta estar registrada. Neste caso, para que a
entrega seja efetuada, Ž necess‡rio que a Pol’cia Federal expe•a um documento
chamado Òguia de tr‰nsitoÓ. Esta guia hoje pode ser requerida atŽ pela internet,
nos termos do Decreto n¼ 5.123/2004.

3 - Quest›es
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios
QUESTÌO 01 - STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2015 Ð Cespe.
O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, muni•‹o ou um acess—rio
de uso restrito, sem autoriza•‹o, no exerc’cio de atividade comercial
constitui crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo, com a pena aumentada
pela metade.

QUESTÌO 02 - DPE-PE Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð Cespe.


Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem autoriza•‹o
legal ou regulamentar, dois rev—lveres de calibre 38 desmuniciados e com
numera•›es raspadas.
Acerca dessa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item que se segue, com base na
jurisprud•ncia dominante dos tribunais superiores relativa a esse tema.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O fato de as armas apreendidas estarem desmuniciadas n‹o tipifica o crime


de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em raz‹o da total
aus•ncia de potencial lesivo da conduta.

QUESTÌO 03Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð Cespe (adaptada).


O crime de omiss‹o de cautela, previsto no Estatuto do Desarmamento, Ž
delito omissivo, sendo a culpa na modalidade neglig•ncia o elemento
subjetivo do tipo.

QUESTÌO 04 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Segundo entendimento consolidado do STJ, a potencialidade lesiva da arma
Ž um dado dispens‡vel para a tipifica•‹o do delito de porte ilegal de arma
de fogo, pois o objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social, colocados em risco com a posse ou o porte
de armas.

QUESTÌO 05 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo o respons‡vel legal de
empresa que mantenha sob sua guarda, sem autoriza•‹o, no interior de seu
local de trabalho, arma de fogo de uso permitido.

QUESTÌO 06 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Se for poss’vel, mediante o uso de processos f’sico-qu’micos, recuperar
numera•‹o de arma de fogo que tenha sido raspada, estar‡ desconfigurado
o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, devendo a conduta
ser classificada como porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

QUESTÌO 07 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Segundo entendimento do STJ, o porte de arma de fogo desmuniciada
configura delito previsto no Estatuto do Desamamento por ser crime de
perigo abstrato, entretanto o porte de muni•‹o desacompanhada da
respectiva arma Ž fato at’pico, visto que n‹o gera perigo ˆ incolumidade
pœblica.

QUESTÌO 08 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Os crimes de porte de arma de fogo de uso permitido e de disparo de arma
de fogo s‹o delitos inafian•‡veis, segundo entendimento do STF.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 09 - DPRF Ð Agente Ð 2013 Ð Cespe.


Supondo que determinado cidad‹o seja respons‡vel pela seguran•a de
estrangeiros em visita ao Brasil e necessite de porte de arma, a concess‹o
da respectiva autoriza•‹o ser‡ de compet•ncia do ministro da Justi•a.

QUESTÌO 10 - TJDFT Ð Analista Judici‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunst‰ncia
qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou muni•‹o o fato
de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.

QUESTÌO 11 - DPE-ES Ð Defensor Pœblico Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Tobias, maior, capaz, tenha sido abordado por policiais
militares quando trafegava em sua moto, tendo sido encontradas com ele
duas armas de uso restrito e muni•›es, e atestada, em exame pericial, a
impossibilidade de as armas efetuarem disparos. Nessa situa•‹o hipotŽtica,
resta caracterizado o delito de porte de arma de uso restrito, devendo Tobias
responder por crime œnico.

QUESTÌO 12 - PC-BA Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Servidor pœblico alfandeg‡rio que, em servi•o de fiscaliza•‹o fronteiri•a,
permitir a determinado indiv’duo penalmente imput‡vel adentrar o territ—rio
nacional trazendo consigo, sem autoriza•‹o do —rg‹o competente e sem o
devido desembara•o, pistola de calibre 380 de fabrica•‹o estrangeira dever‡
responder pela pr‡tica do crime de facilita•‹o de contrabando, com infra•‹o
do dever funcional exclu’da a hip—tese de aplica•‹o do Estatuto do
Desarmamento.

QUESTÌO 13 - TJ-RR Ð Analista Ð 2012 Ð Cespe.


Jonas, policial militar em servi•o velado no interior de uma viatura
descaracterizada em estacionamento pœblico pr—ximo a uma casa de
eventos, onde ocorria grande espet‡culo de mœsica, percebeu a presen•a de
Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que j‡ ostentava condena•‹o
transitada em julgado por crime de recepta•‹o. Na oportunidade, Jonas viu
que Mauro usou um pequeno canivete para abrir um autom—vel e neste
ingressou rapidamente. F‡bio, com dezessete anos de idade, e que
acompanhava Mauro, entrou pela porta direita do passageiro e sentou-se no
banco. Mauro usou o mesmo canivete para dar partida na igni•‹o do motor
e se evadir do local na condu•‹o do ve’culo. Jonas informou sobre o fato a
outros agentes em viaturas policiais, os quais, em dilig•ncias, localizaram o
ve’culo conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois
da abordagem. Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro,
foi apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um rev—lver
de calibre 38, municiado com dois projŽteis, do qual o portador n‹o tinha
qualquer registro ou porte legalmente v‡lido em seu nome.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O canivete foi encontrado na posse de F‡bio.


Com refer•ncia ˆ situa•‹o hipotŽtica acima relatada, jugue os itens que se
seguem.
Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido,
previsto na lei que disp›e sobre o registro, a posse e a comercializa•‹o de
armas de fogo e muni•‹o.

QUESTÌO 14 - PC-TO Ð Delegado de Pol’cia Ð 2008 Ð Cespe.


Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Alfredo, imput‡vel, transportava em seu ve’culo um rev—lver de calibre 38,
quando foi abordado em uma opera•‹o policial de tr‰nsito. A dilig•ncia
policial resultou na localiza•‹o da arma, desmuniciada, embaixo do banco
do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram localizados 5
projŽteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou n‹o
possuir autoriza•‹o legal para o porte da arma nem o respectivo certificado
de registro. O fato foi apresentado ˆ autoridade policial competente.
Nessa situa•‹o, caber‡ ˆ autoridade somente a apreens‹o da arma e das
muni•›es e a imediata libera•‹o de Alfredo, visto que, estando o armamento
desmuniciado, n‹o se caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo.

QUESTÌO 15 - TJ-SE Ð Analista Judici‡rio Ð 2014 Ð Cespe.


Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime o porte de
arma de fogo desmuniciada, que se caracteriza como delito de perigo
abstrato cujo objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social.

QUESTÌO 16 Ð CODEBA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FGV.


De acordo com o Estatuto do Desarmamento (Lei n¼ 10.826/2003), assinale
a afirmativa correta.
a) A aquisi•‹o de muni•‹o no calibre correspondente ˆ arma registrada Ž
ilimitada, mas, em outro calibre, a quantidade deve ser registrada.
b) A empresa que comercializa arma de fogo em territ—rio nacional Ž
obrigada a comunicar a venda ˆ autoridade competente.
c) A empresa que comercializa armas de fogo e acess—rios responde
legalmente por essas mercadorias que, mesmo depois de vendidas, ficam
registradas como de sua propriedade.
d) A empresa que comercializa arma de fogo em territ—rio nacional est‡
desobrigada a manter banco de dados com as caracter’sticas das armas
vendidas.
e) A comercializa•‹o de armas de fogo, acess—rios e muni•›es entre pessoas
f’sicas obedece ˆ lei da oferta e da procura e de autoriza•‹o do SINARM.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 17 Ð CODESA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FUNCAB.


Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n¡ 10.826, de 2003), Ž correto
afirmar que:
a) a supress‹o de sinal identificador de arma de fogo Ž conduta equiparada
ao porte de arma de fogo de uso permitido.
b) h‡ norma penal no Estatuto do Desarmamento tratando dos artefatos
explosivos, mas n‹o dos incendi‡rios.
c) se o comŽrcio Ž clandestino, n‹o se caracteriza o crime de comŽrcio ilegal
de arma de fogo.
d) constitui crime previsto na lei especial disparar culposamente arma de
fogo em dire•‹o ˆ via pœblica.
e) quando a arma de fogo Ž de uso restrito, posse e porte s‹o punidos pelo
mesmo tipo penal.

QUESTÌO 18 - PC-PA - Escriv‹o de Pol’cia Civil - 2016 Ð


FUNCAB.
Nos termos do Estatuto do Desarmamento, Lei n¡ 10.826, de 2003, dentre
as categorias de pessoas a seguir enumeradas, qual Ž aquela, para a qual
existe a restri•‹o ao direito de portar arma de fogo de propriedade particular
ou fornecida pela respectiva corpora•‹o ou institui•‹o, mesmo fora de
servi•o, com validade em ‰mbito nacional?
a) integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos
Munic’pios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes.
b) integrantes das For•as Armadas.
c) integrantes da pol’cia da C‰mara dos Deputados.
d) agentes operacionais da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia.
e)agentes do departamento de Seguran•a do Gabinete de Seguran•a
Institucional da Presid•ncia da Repœblica.

QUESTÌO 19 - MPE-SC - Promotor de Justi•a Ð Matutina - 2016


- MPE-SC.
O tipo penal do art. 15 da Lei n. 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento)
prev• pena de reclus‹o e multa para a conduta de disparar arma de fogo ou
acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas adjac•ncias, em via pœblica
ou em dire•‹o a ela, apresentando, contudo, uma ressalva que caracteriza
ser o crime referido de natureza subsidi‡ria, qual seja, desde que as
condutas acima referidas n‹o tenham como finalidade a pr‡tica de outro
crime.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 20 - TJ-PA - Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð Provimento Ð 2016 - IESES(adaptada).
A lei 10.826/03 (Lei do desarmamento), passou a tipificar a conduta
consistente em vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma
de fogo, acess—rio, muni•‹o ou explosivo a crian•a ou adolescente,
derrogando disposi•‹o semelhante prevista na Lei 8.069/90 (Estatuto da
Crian•a e do Adolescente).

QUESTÌO 21 - PC-PA - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Durante uma opera•‹o policial de rotina, policiais rodovi‡rios federais
abordam o caminh‹o conduzido por Teot™nio. Revistado o ve’culo,
encontram um rev—lver calibre 38, contendo muni•›es intactas em seu
tambor, escondido no porta-luvas. Os policiais constatam, ainda, que a
numera•‹o de sŽrie do rev—lver n‹o est‡ vis’vel, sendo certo que per’cia
posterior concluiria que o desaparecimento se deu por oxida•‹o natural,
decorrente da a•‹o do tempo. Questionado, Teot™nio revela n‹o possuir
porte de arma e sequer tem o instrumento registrado em seu nome. Afirma,
tambŽm, que a arma fora adquirida para que pudesse se proteger, pois um
desafeto o amea•ara, prometendo-lhe agress‹o f’sica futura. Nesse
contexto, Ž correto afirmar que Teot™nio:
a) cometeu crime de porte de arma de fogo de uso permitido.
b) cometeu crime de porte ou posse de arma de fogo com numera•‹o
suprimida.
c) cometeu crime de posse de arma de fogo de uso permitido.
d) N‹o cometeu crime.
e) cometeu crime de porte ou posse de arma fogo de uso restrito.

QUESTÌO 22 - TJ-RJ - Juiz Substituto Ð 2016 Ð VUNESP.


Bonaparte, com o objetivo de matar Wellington, aciona o gatilho com o
objetivo de efetuar um disparo de arma de fogo na dire•‹o deste œltimo.
Todavia, a arma n‹o dispara na primeira tentativa. Momentos antes de
efetuar uma segunda tentativa, Bonaparte ouve Òao longe" um barulho
semelhante a Òsirenes" de viatura e, diante de tal fato, guarda a arma de
fogo que carregava, deixando o local calmamente, n‹o sem antes proferir a
seguinte frase a Wellington: Òna pr—xima, eu te pego". Momentos ap—s,
Bonaparte Ž abordado na rua por policiais e tem apreendida a arma de fogo
por ele utilizada. A arma de fogo era de uso permitido, estava registrada em
nome de Bonaparte, mas este n‹o possu’a autoriza•‹o para port‡-la. No
momento da abordagem e apreens‹o, tambŽm foi constatado pelos policiais
que a arma de fogo apreendida em poder de Bonaparte estava sem
muni•›es, pois ele havia esquecido de munici‡-la.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Diante dos fatos narrados e da atual jurisprud•ncia do Supremo Tribunal


Federal, Ž correto afirmar que Bonaparte poder‡ ser responsabilizado
a) pelos crimes de amea•a e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) pelos crimes de amea•a e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
c) pelos crimes de homic’dio tentado, amea•a e porte ilegal de arma de fogo
de uso permitido.
d) pelo crime de amea•a, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado pelo crime
de porte ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar desmuniciada no
momento da apreens‹o.
e) pelo crime de homic’dio tentado, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado
pelo crime de posse ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar
desmuniciada no momento da apreens‹o.

QUESTÌO 23 - SEJUS-PI - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


NUCEPE.
TITO, policial civil, est‡ sendo amea•ado, decidiu ent‹o comprar um rev—lver
calibre 38, para ter uma arma extra. Vai atŽ o centro da cidade e compra de
Ant™nio um rev—lver calibre 38, com a numera•‹o raspada. Ant™nio, o
vendedor, 25 anos de idade, tambŽm, ofereceu a ele uma pistola de uso
exclusivo das for•as armadas. Marque a alternativa CORRETA.
a) TITO na condi•‹o de policial pode utilizar durante as suas dilig•ncias o
rev—lver comprado de Ant™nio como uma segunda arma.
b)Caso TITO deixe a arma comprada apenas em sua casa, n‹o h‡
cometimento de crime.
c)Caso TITO seja preso, poder‡ pagar uma fian•a estabelecida pelo
delegado, e ser solto.
d)Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais t•m o
porte de arma de fogo regulado em Lei, devendo realizar comprova•‹o de
capacidade tŽcnica e de aptid‹o f’sica.
e)ƒ poss’vel aos residentes em ‡reas rurais, sendo maiores de 25 (vinte e
cinco) anos, que comprovarem depender do emprego de arma de fogo para
prover a subsist•ncia de sua fam’lia, a concess‹o do porte de arma de fogo
na categoria ca•ador para subsist•ncia.

QUESTÌO 24 Ð CODEBA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FGV.


Segundo o Estatuto do Desarmamento, para adquirir arma de fogo de uso
permitido o interessado dever‡, alŽm de declarar a efetiva necessidade,
atender aos seguintes requisitos:
I. comprova•‹o de idoneidade.
II. apresenta•‹o de documento comprobat—rio de ocupa•‹o l’cita e de
resid•ncia certa.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

III. comprova•‹o de capacidade tŽcnica e de aptid‹o psicol—gica para o


manuseio de arma de fogo.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

3.2 - Gabarito
1. C 13. E

2. E 14. E

3. C 15. C

4. C 16. B

5. E 17. E

6. E 18. A

7. E 19. C

8. E 20. C

9. E 21. A

10. E 22. B

11. C 23. E

12. E 24. E

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

3.3 - Quest›es Comentadas


QUESTÌO 01 - STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2015 Ð Cespe.
O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, muni•‹o ou um acess—rio
de uso restrito, sem autoriza•‹o, no exerc’cio de atividade comercial
constitui crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo, com a pena aumentada
pela metade.

Coment‡rios
Vamos relembrar o art. 17?
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou industrial,
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Par‡grafoœnico. Equipara-se ˆ atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de presta•‹o de servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em resid•ncia.

Em primeiro lugar vemos que montar ou desmontar a arma de fogo s‹o condutas
previstas no crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo. Em segundo lugar, vemos
que, nos termos do art. 18, neste crime a pena Ž aumentada da metade se a
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o forem de uso proibido ou restrito.
GABARITO: C

QUESTÌO 02 - DPE-PE Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð Cespe.


Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem autoriza•‹o
legal ou regulamentar, dois rev—lveres de calibre 38 desmuniciados e com
numera•›es raspadas.
Acerca dessa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item que se segue, com base
na jurisprud•ncia dominante dos tribunais superiores relativa a esse tema.
O fato de as armas apreendidas estarem desmuniciadas n‹o tipifica o
crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em raz‹o
da total aus•ncia de potencial lesivo da conduta.

Coment‡rios
Porte de arma desmuniciada Ž crime sim! O STJ tem entendido que a conduta
n‹o ser‡ t’pica quando a arma n‹o estiver apta a realizar disparos e essa
condi•‹o seja comprovada em laudo pericial, mas isso Ž diferente de uma
arma em funcionamento, mas sem muni•‹o.
GABARITO: E

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 03 Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð Cespe (adaptada).


O crime de omiss‹o de cautela, previsto no Estatuto do Desarmamento, Ž
delito omissivo, sendo a culpa na modalidade neglig•ncia o elemento
subjetivo do tipo.

Coment‡rios
Corret’ssimo! O crime de omiss‹o de cautela realmente Ž delito omissivo, e
o elemento subjetivo do tipo Ž a neglig•ncia. Vamos relembrar o art. 13?
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necess‡rias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

GABARITO: C

QUESTÌO 04 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Segundo entendimento consolidado do STJ, a potencialidade lesiva da arma
Ž um dado dispens‡vel para a tipifica•‹o do delito de porte ilegal de arma
de fogo, pois o objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social, colocados em risco com a posse ou o porte
de armas.

Coment‡rios
Aten•‹o aqui, pois o STJ deu sinais de mudan•a neste posicionamento, ao
considerar que n‹o h‡ crime se a arma n‹o estiver apta a realizar disparos.
Menciono, porŽm, que a quest‹o foi aplicada antes desses novos julgados, que
come•aram a aparecer em 2014.
GABARITO: C

QUESTÌO 05 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo o respons‡vel legal de
empresa que mantenha sob sua guarda, sem autoriza•‹o, no interior de seu
local de trabalho, arma de fogo de uso permitido.

Coment‡rios
Este crime na realidade Ž o de posse irregular de arma de fogo de uso permitido,
tipificado pelo art. 12.
GABARITO: E

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 06 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Se for poss’vel, mediante o uso de processos f’sico-qu’micos, recuperar
numera•‹o de arma de fogo que tenha sido raspada, estar‡ desconfigurado
o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, devendo a conduta
ser classificada como porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

Coment‡rios
O crime se consuma com a supress‹o da marca, nos termos do art. 16,
par‡grafo œnico, I.
GABARITO: E

QUESTÌO 07 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Segundo entendimento do STJ, o porte de arma de fogo desmuniciada
configura delito previsto no Estatuto do Desamamento por ser crime de
perigo abstrato, entretanto o porte de muni•‹o desacompanhada da
respectiva arma Ž fato at’pico, visto que n‹o gera perigo ˆ incolumidade
pœblica.

Coment‡rios
O entendimento tradicional do STJ Ž no sentido de que porte irregular de
muni•‹o tambŽm Ž conduta t’pica, mas mais uma vez lembre-se do mais novo
julgado sobre o assunto. Ainda assim, esta quest‹o foi aplicada em momento
anterior, e por isso segue o entendimento tradicional.
GABARITO: E

QUESTÌO 08 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Os crimes de porte de arma de fogo de uso permitido e de disparo de arma
de fogo s‹o delitos inafian•‡veis, segundo entendimento do STF.

Coment‡rios
Aprendemos na aula de hoje que o STF considerou a classifica•‹o desses crimes
como inafian•‡veis desarrazoada e, portanto, inconstitucional, j‡ que s‹o crimes
de mera conduta.
GABARITO: E

QUESTÌO 09 - DPRF Ð Agente Ð 2013 Ð Cespe.


Supondo que determinado cidad‹o seja respons‡vel pela seguran•a de
estrangeiros em visita ao Brasil e necessite de porte de arma, a concess‹o
da respectiva autoriza•‹o ser‡ de compet•ncia do ministro da Justi•a.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Coment‡rios
Essa quest‹o foi maldosa. Vejamos o que diz o Estatuto do Desarmamento sobre
o porte de arma para respons‡veis pela seguran•a de cidad‹os estrangeiros em
visita ao Brasil.
Art. 9o Compete ao MinistŽrio da Justi•a a autoriza•‹o do porte de arma para os
respons‡veis pela seguran•a de cidad‹os estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
Comando do ExŽrcito, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concess‹o de
porte de tr‰nsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e ca•adores e de
representantes estrangeiros em competi•‹o internacional oficial de tiro realizada no
territ—rio nacional.

Perceba que o dispositivo confere compet•ncia ao MinistŽrio da Justi•a (n‹o


necessariamente ao Ministro). Pois bem, outras normas estabelecem a
responsabilidade da pr—pria Policia Federal (—rg‹o componente do MinistŽrio da
Justi•a) para autorizar o porte nesses casos. O Cespe pegou pesado aqui, n‹o foi
mesmo?
GABARITO: E

QUESTÌO 10 - TJDFT Ð Analista Judici‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunst‰ncia
qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou muni•‹o o fato
de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.

Coment‡rios
A reincid•ncia Ž uma agravante genŽrica, aplic‡vel a qualquer crime (art. 61 do
C—digo Penal). O Estatuto do Desarmamento n‹o traz qualquer men•‹o ˆ
reincid•ncia como qualificadora ou causa de aumento de pena, atŽ porque isso
n‹o faria sentido...
GABARITO: E

QUESTÌO 11 - DPE-ES Ð Defensor Pœblico Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Tobias, maior, capaz, tenha sido abordado por policiais
militares quando trafegava em sua moto, tendo sido encontradas com ele
duas armas de uso restrito e muni•›es, e atestada, em exame pericial, a
impossibilidade de as armas efetuarem disparos. Nessa situa•‹o hipotŽtica,
resta caracterizado o delito de porte de arma de uso restrito, devendo Tobias
responder por crime œnico.

Coment‡rios
O posicionamento do STF Ž no sentido de que a o crime de porte de arma de fogo
se consuma independentemente de a arma estar municiada ou apresentando
regular funcionamento, enquanto o STJ entende que a arma quebrada levaria ˆ
atipicidade da conduta. Por outro lado, Tobias tambŽm portava muni•›es, o que
j‡ seria suficiente para tipificar o crime.
GABARITO: C

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 12 - PC-BA Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Servidor pœblico alfandeg‡rio que, em servi•o de fiscaliza•‹o fronteiri•a,
permitir a determinado indiv’duo penalmente imput‡vel adentrar o territ—rio
nacional trazendo consigo, sem autoriza•‹o do —rg‹o competente e sem o
devido desembara•o, pistola de calibre 380 de fabrica•‹o estrangeira dever‡
responder pela pr‡tica do crime de facilita•‹o de contrabando, com infra•‹o
do dever funcional exclu’da a hip—tese de aplica•‹o do Estatuto do
Desarmamento.

Coment‡rios
O crime de tr‡fico internacional de armas de fogo prev• tambŽm a conduta de
Òfacilitar a entrada ou sa’daÓ das armas de fogo do territ—rio nacional sem
autoriza•‹o.
GABARITO: E

QUESTÌO 13 - TJ-RR Ð Analista Ð 2012 Ð Cespe.


Jonas, policial militar em servi•o velado no interior de uma viatura
descaracterizada em estacionamento pœblico pr—ximo a uma casa de
eventos, onde ocorria grande espet‡culo de mœsica, percebeu a presen•a de
Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que j‡ ostentava condena•‹o
transitada em julgado por crime de recepta•‹o. Na oportunidade, Jonas viu
que Mauro usou um pequeno canivete para abrir um autom—vel e neste
ingressou rapidamente. F‡bio, com dezessete anos de idade, e que
acompanhava Mauro, entrou pela porta direita do passageiro e sentou-se no
banco. Mauro usou o mesmo canivete para dar partida na igni•‹o do motor
e se evadir do local na condu•‹o do ve’culo. Jonas informou sobre o fato a
outros agentes em viaturas policiais, os quais, em dilig•ncias, localizaram o
ve’culo conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois
da abordagem. Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro,
foi apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um rev—lver
de calibre 38, municiado com dois projŽteis, do qual o portador n‹o tinha
qualquer registro ou porte legalmente v‡lido em seu nome.
O canivete foi encontrado na posse de F‡bio.
Com refer•ncia ˆ situa•‹o hipotŽtica acima relatada, jugue os itens que se
seguem.
Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido,
previsto na lei que disp›e sobre o registro, a posse e a comercializa•‹o de
armas de fogo e muni•‹o.

Coment‡rios
Esta assertiva enorme tenta enganar voc• em apenas um detalhe: o crime
cometido foi o de PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. Vamos
relembrar as diferen•as entre os dois crimes?

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso
permitido, em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, no interior de sua
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o respons‡vel legal do estabelecimento ou empresa:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em dep—sito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso permitido, sem autoriza•‹o e em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

GABARITO: E

QUESTÌO 14 - PC-TO Ð Delegado de Pol’cia Ð 2008 Ð Cespe.


Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Alfredo, imput‡vel, transportava em seu ve’culo um rev—lver de calibre 38,
quando foi abordado em uma opera•‹o policial de tr‰nsito. A dilig•ncia
policial resultou na localiza•‹o da arma, desmuniciada, embaixo do banco
do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram localizados 5
projŽteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou n‹o
possuir autoriza•‹o legal para o porte da arma nem o respectivo certificado
de registro. O fato foi apresentado ˆ autoridade policial competente.
Nessa situa•‹o, caber‡ ˆ autoridade somente a apreens‹o da arma e das
muni•›es e a imediata libera•‹o de Alfredo, visto que, estando o armamento
desmuniciado, n‹o se caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo.

Coment‡rios
Depois de tudo que estudamos hoje, ficou f‡cil responder essa quest‹o, n‹o Ž
mesmo? Agora voc• j‡ sabe que, alŽm de o STF ter se posicionado pela ocorr•ncia
de crime mesmo quando a arma est‡ desmuniciada, o simples porte de muni•‹o
j‡ Ž suficiente para caracterizar o delito de porte ilegal.
GABARITO: E

QUESTÌO 15 - TJ-SE Ð Analista Judici‡rio Ð 2014 Ð Cespe.


Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime o porte de
arma de fogo desmuniciada, que se caracteriza como delito de perigo
abstrato cujo objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social.

Coment‡rios
Exato! Este Ž o entendimento do STJ e do STF J

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

GABARITO: C

QUESTÌO 16 Ð CODEBA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FGV.


De acordo com o Estatuto do Desarmamento (Lei n¼ 10.826/2003), assinale
a afirmativa correta.
a) A aquisi•‹o de muni•‹o no calibre correspondente ˆ arma registrada Ž
ilimitada, mas, em outro calibre, a quantidade deve ser registrada.
b) A empresa que comercializa arma de fogo em territ—rio nacional Ž
obrigada a comunicar a venda ˆ autoridade competente.
c) A empresa que comercializa armas de fogo e acess—rios responde
legalmente por essas mercadorias que, mesmo depois de vendidas, ficam
registradas como de sua propriedade.
d) A empresa que comercializa arma de fogo em territ—rio nacional est‡
desobrigada a manter banco de dados com as caracter’sticas das armas
vendidas.
e) A comercializa•‹o de armas de fogo, acess—rios e muni•›es entre pessoas
f’sicas obedece ˆ lei da oferta e da procura e de autoriza•‹o do SINARM.

Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque, nos termos do art. 4¡, ¤ 2o,a aquisi•‹o de
muni•‹o somente poder‡ ser feita no calibre correspondente ˆ arma registrada e
na quantidade estabelecida no regulamento do Estatuto. A alternativa C est‡
incorreta porque, de acordo com o art. 4¼, ¤ 4o,a empresa que comercializa armas
de fogo, acess—rios e muni•›es responde legalmente por essas mercadorias,
ficando registradas como de sua propriedade enquanto n‹o forem vendidas. A
alternativa D est‡ incorreta porque, de acordo com o art. 4o, ¤3o, A empresa que
comercializar arma de fogo em territ—rio nacional Ž obrigada a comunicar a venda
ˆ autoridade competente, como tambŽm a manter banco de dados com todas as
caracter’sticas da arma e c—pia dos documentos previstos neste artigo. Por fim,
a alternativa E est‡ incorreta porque a comercializa•‹o de armas de fogo,
acess—rios e muni•›es entre pessoas f’sicas somente ser‡ efetivada mediante
autoriza•‹o do Sinarm.
GABARITO: B

QUESTÌO 17 Ð CODESA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FUNCAB.


Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n¡ 10.826, de 2003), Ž correto
afirmar que:
a) a supress‹o de sinal identificador de arma de fogo Ž conduta equiparada
ao porte de arma de fogo de uso permitido.
b) h‡ norma penal no Estatuto do Desarmamento tratando dos artefatos
explosivos, mas n‹o dos incendi‡rios.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) se o comŽrcio Ž clandestino, n‹o se caracteriza o crime de comŽrcio ilegal


de arma de fogo.
d) constitui crime previsto na lei especial disparar culposamente arma de
fogo em dire•‹o ˆ via pœblica.
e) quando a arma de fogo Ž de uso restrito, posse e porte s‹o punidos pelo
mesmo tipo penal.

Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque, de acordo com o art. 16, a supress‹o de
sinal identificador equipara a conduta ˆ posse ou porte de arma de fogo de uso
restrito, e n‹o de uso permitido. A alternativa B est‡ incorreta porque o art. 16,
III, tipifica a conduta de quem possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato
explosivo ou incendi‡rio, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar. A alternativa C n‹o faz o menor sentido, n‹o Ž mesmo?
O crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo consiste justamente no comŽrcio de
arma de fogo sem autoriza•‹o ou em desacordo com a lei. A alternativa D est‡
incorreta porque n‹o h‡ previs‹o de modalidade culposa para o crime do art. 15.
GABARITO: E

QUESTÌO18 - PC-PA - Escriv‹o de Pol’cia Civil - 2016 Ð


FUNCAB.
Nos termos do Estatuto do Desarmamento, Lei n¡ 10.826, de 2003, dentre
as categorias de pessoas a seguir enumeradas, qual Ž aquela, para a qual
existe a restri•‹o ao direito de portar arma de fogo de propriedade particular
ou fornecida pela respectiva corpora•‹o ou institui•‹o, mesmo fora de
servi•o, com validade em ‰mbito nacional?
a) integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos
Munic’pios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes.
b) integrantes das For•as Armadas.
c) integrantes da pol’cia da C‰mara dos Deputados.
d) agentes operacionais da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia.
e)agentes do departamento de Seguran•a do Gabinete de Seguran•a
Institucional da Presid•ncia da Repœblica.

Coment‡rios
A categoria que encontra restri•›es em rela•‹o ao direito de portar arma de fogo
Ž a dos integrantes das guardas municipais, que somente podem portar arma nos
limites do munic’pio, conforme regra do art. 6o, ¤1o.
GABARITO: A

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 19 - MPE-SC - Promotor de Justi•a Ð Matutina - 2016


- MPE-SC.
O tipo penal do art. 15 da Lei n. 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento)
prev• pena de reclus‹o e multa para a conduta de disparar arma de fogo ou
acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas adjac•ncias, em via pœblica
ou em dire•‹o a ela, apresentando, contudo, uma ressalva que caracteriza
ser o crime referido de natureza subsidi‡ria, qual seja, desde que as
condutas acima referidas n‹o tenham como finalidade a pr‡tica de outro
crime.

Coment‡rios
Perfeito! A subsidiariedade do crime de disparo de arma de fogo Ž expressamente
prevista no tipo penal.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas
adjac•ncias, em via pœblica ou em dire•‹o a ela, desde que essa conduta n‹o tenha como
finalidade a pr‡tica de outro crime:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

GABARITO: C

QUESTÌO 20 - TJ-PA - Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð Provimento Ð 2016 - IESES (adaptada).
A lei 10.826/03 (Lei do desarmamento), passou a tipificar a conduta
consistente em vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma
de fogo, acess—rio, muni•‹o ou explosivo a crian•a ou adolescente,
derrogando disposi•‹o semelhante prevista na Lei 8.069/90 (Estatuto da
Crian•a e do Adolescente).

Coment‡rios
Esta conduta espec’fica est‡ tipificada no art. 16, par‡grafo œnico, V do Estatuto
do Desarmamento.
GABARITO: C

QUESTÌO 21 - PC-PA - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Durante uma opera•‹o policial de rotina, policiais rodovi‡rios federais
abordam o caminh‹o conduzido por Teot™nio. Revistado o ve’culo,
encontram um rev—lver calibre 38, contendo muni•›es intactas em seu
tambor, escondido no porta-luvas. Os policiais constatam, ainda, que a
numera•‹o de sŽrie do rev—lver n‹o est‡ vis’vel, sendo certo que per’cia
posterior concluiria que o desaparecimento se deu por oxida•‹o natural,
decorrente da a•‹o do tempo. Questionado, Teot™nio revela n‹o possuir
porte de arma e sequer tem o instrumento registrado em seu nome. Afirma,
tambŽm, que a arma fora adquirida para que pudesse se proteger, pois um

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

desafeto o amea•ara, prometendo-lhe agress‹o f’sica futura. Nesse


contexto, Ž correto afirmar que Teot™nio:
a) cometeu crime de porte de arma de fogo de uso permitido.
b) cometeu crime de porte ou posse de arma de fogo com numera•‹o
suprimida.
c) cometeu crime de posse de arma de fogo de uso permitido.
d) N‹o cometeu crime.
e) cometeu crime de porte ou posse de arma fogo de uso restrito.

Coment‡rios
O crime cometido por Teot™nio Ž o de porte de arma de fogo de uso permitido.
Se ele tivesse raspado a numera•‹o da arma, incorreria no crime de posse ou
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, conforme art. 16, par‡grafo œnico,
I.
GABARITO: A

QUESTÌO 22 - TJ-RJ - Juiz Substituto Ð 2016 Ð VUNESP.


Bonaparte, com o objetivo de matar Wellington, aciona o gatilho com o
objetivo de efetuar um disparo de arma de fogo na dire•‹o deste œltimo.
Todavia, a arma n‹o dispara na primeira tentativa. Momentos antes de
efetuar uma segunda tentativa, Bonaparte ouve Òao longe" um barulho
semelhante a Òsirenes" de viatura e, diante de tal fato, guarda a arma de
fogo que carregava, deixando o local calmamente, n‹o sem antes proferir a
seguinte frase a Wellington: Òna pr—xima, eu te pego". Momentos ap—s,
Bonaparte Ž abordado na rua por policiais e tem apreendida a arma de fogo
por ele utilizada. A arma de fogo era de uso permitido, estava registrada em
nome de Bonaparte, mas este n‹o possu’a autoriza•‹o para port‡-la. No
momento da abordagem e apreens‹o, tambŽm foi constatado pelos policiais
que a arma de fogo apreendida em poder de Bonaparte estava sem
muni•›es, pois ele havia esquecido de munici‡-la.
Diante dos fatos narrados e da atual jurisprud•ncia do Supremo Tribunal
Federal, Ž correto afirmar que Bonaparte poder‡ ser responsabilizado
a) pelos crimes de amea•a e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) pelos crimes de amea•a e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
c) pelos crimes de homic’dio tentado, amea•a e porte ilegal de arma de fogo
de uso permitido.
d) pelo crime de amea•a, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado pelo crime
de porte ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar desmuniciada no
momento da apreens‹o.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

e) pelo crime de homic’dio tentado, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado


pelo crime de posse ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar
desmuniciada no momento da apreens‹o.

Coment‡rios
No caso apresentado pela quest‹o Bonaparte ser‡ responsabilizado inicialmente
pelo crime de amea•a, mas tambŽm pelo de porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido. Veja bem, a arma estava apta a realizar disparos, e por isso o novo
posicionamento do STJ n‹o se aplica, pois naquele caso estava-se falando de uma
arma quebrada, que n‹o era capaz de efetuar disparos. Neste caso estamos
diante da situa•‹o em que a arma est‡ funcionando perfeitamente, mas
Bonaparte esqueceu de municia-la. O fato de a arma estar sem muni•‹o n‹o
influencia na conforma•‹o do tipo penal.
GABARITO: B

QUESTÌO 23 - SEJUS-PI - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


NUCEPE.
TITO, policial civil, est‡ sendo amea•ado, decidiu ent‹o comprar um rev—lver
calibre 38, para ter uma arma extra. Vai atŽ o centro da cidade e compra de
Ant™nio um rev—lver calibre 38, com a numera•‹o raspada. Ant™nio, o
vendedor, 25 anos de idade, tambŽm, ofereceu a ele uma pistola de uso
exclusivo das for•as armadas. Marque a alternativa CORRETA.
a) TITO na condi•‹o de policial pode utilizar durante as suas dilig•ncias o
rev—lver comprado de Ant™nio como uma segunda arma.
b) Caso TITO deixe a arma comprada apenas em sua casa, n‹o h‡
cometimento de crime.
c) Caso TITO seja preso, poder‡ pagar uma fian•a estabelecida pelo
delegado, e ser solto.
d) Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais t•m o
porte de arma de fogo regulado em Lei, devendo realizar comprova•‹o de
capacidade tŽcnica e de aptid‹o f’sica.
e) ƒ poss’vel aos residentes em ‡reas rurais, sendo maiores de 25 (vinte e
cinco) anos, que comprovarem depender do emprego de arma de fogo para
prover a subsist•ncia de sua fam’lia, a concess‹o do porte de arma de fogo
na categoria ca•ador para subsist•ncia.

Coment‡rios
Obviamente a conduta de Tito configura crime, pois ele comprou uma arma com
a numera•‹o raspada. Nesse caso, como a arma tem numera•‹o raspada, ser‡
equiparada ˆ arma de uso restrito para fins criminais, e por isso o crime ser‡
inafian•‡vel. Quando ˆ possibilidade de porte de arma para os agentes e guardas
prisionais, Ž necess‡ria a comprova•‹o de capacidade tŽcnica e de aptid‹o
psicol—gica, e n‹o f’sica.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

GABARITO: E

QUESTÌO 24 Ð CODEBA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FGV.


Segundo o Estatuto do Desarmamento, para adquirir arma de fogo de uso
permitido o interessado dever‡, alŽm de declarar a efetiva necessidade,
atender aos seguintes requisitos:
I. comprova•‹o de idoneidade.
II. apresenta•‹o de documento comprobat—rio de ocupa•‹o l’cita e de
resid•ncia certa.
III. comprova•‹o de capacidade tŽcnica e de aptid‹o psicol—gica para o
manuseio de arma de fogo.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Coment‡rios
Todas as afirmativas est‹o corretas, pois todos esses requisitos devem ser
atendidos por quem pretender adquirir arma de fogo.
GABARITO: E

4 - Resumo da Aula

Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos


principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa sugest‹o
Ž a de que esse resumo seja estudado sempre previamente ao
in’cio da aula seguinte, como forma de ÒrefrescarÓ a mem—ria.
AlŽm disso, segundo a organiza•‹o de estudos de voc•s, a cada
ciclo de estudos Ž fundamental retomar esses resumos.

O Sistema Nacional de Armas Ð Sinarm foi institu’do pelo Estatuto do


Desarmamento no ‰mbito da Pol’cia Federal, com circunscri•‹o em todo o
territ—rio nacional.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

COMPETæNCIA DO SINARM

DISPOSITIVO COMENTçRIOS

As caracter’sticas e a Geralmente as altera•›es nas


propriedade de armas de fogo, caracter’sticas das armas de fogo s‹o
mediante cadastro; feitas para dificultar sua identifica•‹o e
rastreamento. Algumas vezes os
Identificar criminosos operam verdadeiros
As modifica•›es que alterem as ÒdesmanchesÓ, que permitem que as
caracter’sticas ou o funcionamento armas sejam montadas a partir de
de arma de fogo; pe•as extra’das de outras.

Ës Secretarias de Seguran•a As pol’cias dos Estados n‹o t•m


Pœblica dos Estados e do compet•ncia para emitir autoriza•›es
Distrito Federal os registros e de porte e registar armas de fogo, mas
a Pol’cia Federal deve sempre informar
autoriza•›es de porte de armas de
aos —rg‹os estaduais de seguran•a
Informar fogo nos respectivos territ—rios,
acerca dos registros e autoriza•›es
bem como manter o cadastro emitidos. Algumas vezes essas
atualizado para consulta; secretarias t•m outros nomes, ok? Em
Pernambuco, por exemplo, existe a
Secretaria de Defesa Social.

As armas de fogo produzidas, Tanto as armas fabricadas no Brasil


importadas e vendidas no Pa’s; quanto as importadas devem ser
cadastradas no Sinarm. A atividade de
cadastramento Ž atribu’da ˆ Pol’cia
Federal.

As autoriza•›es de porte de O Sinarm disp›e das informa•›es n‹o


arma de fogo e as renova•›es s— acerca das armas que existem no
expedidas pela Pol’cia Federal; pa’s, mas tambŽm de seus propriet‡rios
e pessoas que detenham autoriza•‹o
para porte.

As transfer•ncias de Sempre que uma arma for da posse de


propriedade, extravio, furto, uma pessoa para outra, mesmo de
roubo e outras ocorr•ncias forma ileg’tima, a autoridade policial
deve ser imediatamente comunicada.
suscet’veis de alterar os dados
Cadastrar As empresas de seguran•a privada e
cadastrais, inclusive as
transporte de valores que encerrem
decorrentes de fechamento de suas atividades n‹o podem manter em
empresas de seguran•a privada e seu poder as armas utilizadas.
de transporte de valores;

As apreens›es de armas de fogo, As delegacias e os —rg‹os do Poder


inclusive as vinculadas a Judici‡rio devem informar o Sinarm
procedimentos policiais e judiciais; acerca de apreens›es.

Os armeiros em atividade no Armeiro Ž o profissional respons‡vel


Pa’s, bem como conceder licen•a pela manuten•‹o de armas de fogo. O
para exercer a atividade; exerc’cio dessa atividade depende de
licenciamento da Pol’cia Federal. Se
voc• quiser, pode consultar o cadastro
de armeiros de todo o pa’s no site da
Pol’cia Federal.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

mediante registro os produtores, O exerc’cio dessas atividades depende


atacadistas, varejistas, de alvar‡ espec’fico expedido pela
exportadores e importadores Pol’cia Federal.
autorizados de armas de fogo,
acess—rios e muni•›es;

a identifica•‹o do cano da arma, As informa•›es do cano da arma s‹o


as caracter’sticas das impress›es importantes porque cada arma produz
de raiamento e de um padr‹o de marcas na muni•‹o
disparada. Essas marcas permitem ao
microestriamento de projŽtil
perito saber se determinado projŽtil foi
disparado, conforme marca•‹o e
atirado por determinada arma.
testes obrigatoriamente realizados
pelo fabricante;

no cadastro os acervos policiais Esses acervos n‹o dizem respeito ˆs


j‡ existentes armas utilizadas pelas pol’cias, mas sim
Integrar ˆquelas apreendidas no curso da
atividade policial.

O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a propriedade da arma de


fogo, mas autoriza o seu propriet‡rio a mant•-la exclusivamente no interior de
sua resid•ncia ou domic’lio ou no seu local de trabalho, desde que seja ele o
titular ou o respons‡vel legal pelo estabelecimento ou empresa. O —rg‹o
respons‡vel pela expedi•‹o do certificado de registro de arma de fogo Ž Pol’cia
Federal, com autoriza•‹o do Sinarm.

PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITîRIO NACIONAL

Integrantes das For•as Armadas; Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva
corpora•‹o ou institui•‹o, mesmo fora de servi•o.

Esses —rg‹os s‹o a Pol’cia Federal; a Pol’cia


Integrantes de —rg‹os referidos nos
Rodovi‡ria Federal; a Pol’cia Ferrovi‡ria Federal; as
incisos do caput do art. 144 da
Pol’cias Civis; as Pol’cias Militares e Corpos de
constitui•‹o federal;
Bombeiros Militares.
Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva
corpora•‹o ou institui•‹o, mesmo fora de servi•o.

Integrantes das guardas municipais das As condi•›es do porte de arma dos integrantes das
capitais dos Estados e dos Munic’pios guardas municipais s‹o estabelecidas pelo Decreto n¼
com mais de 500.000 (quinhentos 5.123/2004.
mil) habitantes;
Poder‹o portar arma de fogo de propriedade particular
ou fornecida pela respectiva corpora•‹o ou institui•‹o,
mesmo fora de servi•o.

Integrantes das guardas municipais dos


Munic’pios com mais de 50.000

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

(cinquenta mil) e menos de 500.000


(quinhentos mil) habitantes, bem como
dos Munic’pios que integrem regi›es
metropolitanas (¤7¼), quando em
servi•o.

Agentes operacionais da Ag•ncia Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma de fogo de


Brasileira de Intelig•ncia e os agentes propriedade particular ou fornecida pela respectiva
do Departamento de Seguran•a do corpora•‹o ou institui•‹o, mesmo fora de servi•o.
Gabinete de Seguran•a Institucional
Devem comprovar capacidade tŽcnica e de aptid‹o
da Presid•ncia da Repœblica.
psicol—gica.

Integrantes dos —rg‹os policiais Os —rg‹os mencionados s‹o a Pol’cia do Senado


referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, Federal e a Pol’cia da C‰mara dos Deputados.
da constitui•‹o federal
Poder‹o portar, em ‰mbito nacional, arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva
corpora•‹o ou institui•‹o, mesmo fora de servi•o.
Devem comprovar capacidade tŽcnica e de aptid‹o
psicol—gica.

Integrantes do quadro efetivo dos Devem comprovar capacidade tŽcnica e de aptid‹o


agentes e guardas prisionais, os psicol—gica.
integrantes das escoltas de presos e as
guardas portu‡rias.

Empresas de seguran•a privada e de As armas utilizadas por essas empresas s‹o apenas para
transporte de valores constitu’das. o servi•o, e devem pertencer exclusivamente ˆs
empresas. O extravio e a perda de arma devem ser
comunicados pela diretoria ou ger•ncia da empresa ˆ
Pol’cia Federal, que enviar‡ as informa•›es ao Sinarm a
fim de que sejam tomadas as provid•ncias cab’veis. A
omiss‹o na comunica•‹o acarretar‡ responsabilidade
penal.

Integrantes das entidades de desporto ƒ o caso dos clubes de tiro. Aten•‹o aqui, pois o porte
legalmente constitu’das, cujas atividades somente Ž autorizado no momento em que a competi•‹o
esportivas demandem o uso de armas de Ž realizada (RHC 34.579-RS, julgado em 24/4/2014).
fogo, observando-se, no que couber, a
legisla•‹o ambiental.

Integrantes das Carreiras de Auditoria da Aqui est‹o inclu’dos os ocupantes dos cargos de
Receita Federal do Brasil e de Auditoria- Auditor-Fiscal da Receita Federal, Analista
Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor- Tribut‡rio da Receita Federal e Auditor-Fiscal do
Fiscal e Analista Tribut‡rio. Trabalho. Essas carreiras alguma vezes exercem
atividades fiscalizat—rias potencialmente perigosas, e por
isso podem precisar de prote•‹o adicional.
Devem comprovar capacidade tŽcnica e de aptid‹o
psicol—gica.

Tribunais do Poder Judici‡rio descritos O MinistŽrio Pœblico e o Poder Judici‡rio podem ter
no art. 92 da Constitui•‹o Federal e os servidores de seu quadro efetivo que exer•am fun•›es
MinistŽrios Pœblicos da Uni‹o e dos

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Estados, para uso exclusivo de servidores de seguran•a, e nesse caso eles tambŽm podem portar
de seus quadros pessoais que arma de fogo, de acordo com regulamento pr—prio.
efetivamente estejam no exerc’cio de
As armas de fogo utilizadas pelos servidores ser‹o de
fun•›es de seguran•a, na forma de
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
regulamento a ser emitido pelo Conselho
institui•›es, somente podendo ser utilizadas quando em
Nacional de Justi•a - CNJ e pelo Conselho
servi•o, devendo estas observar as condi•›es de uso e
Nacional do MinistŽrio Pœblico - CNMP
de armazenagem estabelecidas pelo —rg‹o competente,
sendo o certificado de registro e a autoriza•‹o de porte
expedidos pela Pol’cia Federal em nome da institui•‹o.

Integrantes do quadro efetivo de agentes Depois de muitas negocia•›es, os agentes e guardas


e guardas prisionais poder‹o portar prisionais conseguiram ser inclu’dos na rela•‹o de
arma de fogo de propriedade particular ou servidores que podem ter porte de arma. Chamo sua
fornecida pela respectiva corpora•‹o ou aten•‹o para essa categoria, que somente foi inclu’da no
institui•‹o, mesmo fora de servi•o, desde Estatuto do Desarmamento em junho de 2014.
que estejam:
Preste aten•‹o aos requisitos tambŽm, ok!?
a)! submetidos a regime de dedica•‹o
exclusiva;
b)! sujeitos ˆ forma•‹o funcional, nos
termos do regulamento; e
c)! subordinados a mecanismos de
fiscaliza•‹o e de controle interno.

¤ 1o A autoriza•‹o prevista neste artigo poder‡ ser concedida com efic‡cia tempor‡ria e
territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e depender‡ de o requerente:
I Ð demonstrar a sua efetiva necessidade por exerc’cio de atividade profissional de risco ou
de amea•a ˆ sua integridade f’sica;
II Ð atender ˆs exig•ncias previstas no art. 4o desta Lei;
III Ð apresentar documenta•‹o de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido
registro no —rg‹o competente.
¤ 2o A autoriza•‹o de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perder‡
automaticamente sua efic‡cia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de
embriaguezou sob efeito de subst‰ncias qu’micas ou alucin—genas.

O porte de arma de integrantes de guardas municipais Ž permitido nas


seguintes condi•›es:
- O porte Ž permitido nas capitais dos Estados e nos Munic’pios com mais de
500.000 habitantes;
- Nos Munic’pios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, bem como dos Munic’pios que integrem regi›es
metropolitanas (¤7¼), apenas quando estiverem em servi•o;
- Deve haver forma•‹o funcional de seus integrantes em estabelecimentos de
ensino de atividade policial;
- Devem existir mecanismos de controle interno, observada a supervis‹o do
MinistŽrio da Justi•a.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

CRIMES TIPIFICADOS PELO ESTATUTO DO DESARMAMENTO

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE


DE USO PERMITIDO FOGO DE USO RESTRITO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir,
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso fornecer, receber, ter em dep—sito,
permitido, em desacordo com determina•‹o transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
legal ou regulamentar, no interior de sua emprestar, remeter, empregar, manter sob
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda sua guarda ou ocultar arma de fogo,
no seu local de trabalho, desde que seja o acess—rio ou muni•‹o de uso proibido ou
titular ou o respons‡vel legal do restrito, sem autoriza•‹o e em desacordo
estabelecimento ou empresa: com determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, Pena Ð reclus‹o, de 3 (tr•s) a 6 (seis) anos,
e multa. e multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas incorre
quem:
I Ð suprimir ou alterar marca, numera•‹o ou
qualquer sinal de identifica•‹o de arma de
fogo ou artefato;
II Ð modificar as caracter’sticas de arma de
fogo, de forma a torn‡-la equivalente a arma
de fogo de uso proibido ou restrito ou para
fins de dificultar ou de qualquer modo induzir
a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III Ð possuir, detiver, fabricar ou empregar
artefato explosivo ou incendi‡rio, sem
autoriza•‹o ou em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar;
IV Ð portar, possuir, adquirir, transportar ou
fornecer arma de fogo com numera•‹o,
marca ou qualquer outro sinal de
identifica•‹o raspado, suprimido ou
adulterado;
V Ð vender, entregar ou fornecer, ainda que
gratuitamente, arma de fogo, acess—rio,
muni•‹o ou explosivo a crian•a ou
adolescente; e
VI Ð produzir, recarregar ou reciclar, sem
autoriza•‹o legal, ou adulterar, de qualquer
forma, muni•‹o ou explosivo.

OMISSÌO DE CAUTELA COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO


Art. 13. Deixar de observar as cautelas Art. 17. Adquirir, alugar, receber,
necess‡rias para impedir que menor de 18 transportar, conduzir, ocultar, ter em
(dezoito) anos ou pessoa portadora de dep—sito, desmontar, montar, remontar,
defici•ncia mental se apodere de arma de adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de qualquer forma utilizar, em proveito pr—prio
sua propriedade: ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial
ou industrial, arma de fogo, acess—rio ou
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos,
muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo
e multa.
com determina•‹o legal ou regulamentar:
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito)
incorrem o propriet‡rio ou diretor
anos, e multa.
respons‡vel de empresa de seguran•a e
transporte de valores que deixarem de

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

registrar ocorr•ncia policial e de comunicar ˆ Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade


Pol’cia Federal perda, furto, roubo ou outras comercial ou industrial, para efeito deste
formas de extravio de arma de fogo, artigo, qualquer forma de presta•‹o de
acess—rio ou muni•‹o que estejam sob sua servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou
guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas clandestino, inclusive o exercido em
depois de ocorrido o fato. resid•ncia.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE TRçFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE


USO PERMITIDO FOGO
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, Art. 18. Importar, exportar, favorecer a
receber, ter em dep—sito, transportar, ceder, entrada ou sa’da do territ—rio nacional, a
ainda que gratuitamente, emprestar, qualquer t’tulo, de arma de fogo, acess—rio ou
remeter, empregar, manter sob guarda ou muni•‹o, sem autoriza•‹o da autoridade
ocultar arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, competente:
de uso permitido, sem autoriza•‹o e em
Pena Ð reclus‹o de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
desacordo com determina•‹o legal ou
e multa.
regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos, e multa.

DISPARO DE ARMA DE FOGO


Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar
muni•‹o em lugar habitado ou em suas
adjac•ncias, em via pœblica ou em dire•‹o a
ela, desde que essa conduta n‹o tenha como
finalidade a pr‡tica de outro crime:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos, e multa.

Hoje os Tribunais Superiores entendem que o crime de porte de arma de fogo se


consuma independentemente de a arma estar municiada, mas o STJ entende que,
se laudo pericial reconhecer a total inefic‡cia da arma de fogo e das muni•›es,
deve ser reconhecida a atipicidade da conduta.

Arma de fogo de uso permitido Ž aquela cuja utiliza•‹o Ž autorizada a pessoas


f’sicas, bem como a pessoas jur’dicas, de acordo com as normas do Comando do
ExŽrcito e nas condi•›es previstas no Estatuto do Desarmamento.

Arma de fogo de uso restrito Ž aquela de uso exclusivo das For•as Armadas,
de institui•›es de seguran•a pœblica e de pessoas f’sicas e jur’dicas habilitadas,
devidamente autorizadas pelo Comando do ExŽrcito, de acordo com legisla•‹o
espec’fica.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O estabelecimento que comercializar arma de fogo de uso permitido Ž


obrigado a comunicar ˆ Pol’cia Federal, mensalmente, as vendas e a quantidade
de armas em estoque, respondendo legalmente por essas mercadorias, que
ficar‹o registradas como de sua propriedade enquanto n‹o forem vendidas,
sujeitos seus respons‡veis ˆs penas previstas em lei.

O Porte de Arma de Fogo Ž pessoal, intransfer’vel e revog‡vel a qualquer


tempo, sendo v‡lido apenas com rela•‹o ˆ arma nele especificada e com a
apresenta•‹o do documento de identifica•‹o do portador.

Art. 30. As agremia•›es esportivas e as empresas de


instru•‹o de tiro, os colecionadores, atiradores e ca•adores
ser‹o registrados no Comando do ExŽrcito, ao qual caber‡
estabelecer normas e verificar o cumprimento das condi•›es
de seguran•a dos dep—sitos das armas de fogo, muni•›es e
equipamentos de recarga.

¤ 1o As armas pertencentes ˆs entidades mencionadas


no caput e seus integrantes ter‹o autoriza•‹o para porte de
tr‰nsito (guia de tr‡fego) a ser expedida pelo Comando do
ExŽrcito.

¤ 2o A pr‡tica de tiro desportivo por menores de dezoito


anos dever‡ ser autorizada judicialmente e deve restringir-se
aos locais autorizados pelo Comando do ExŽrcito, utilizando
arma da agremia•‹o ou do respons‡vel quando por este
acompanhado.
PRçTICA DE TIRO
DESPORTIVO
¤ 3o A pr‡tica de tiro desportivo por maiores de dezoito
anos e menores de vinte e cinco anos pode ser feita utilizando
arma de sua propriedade, registrada com amparo na Lei
no 9.437, de 20 de fevereiro de 1997, de agremia•‹o ou arma
registrada e cedida por outro desportista.

Art. 31. A entrada de arma de fogo e muni•‹o no pa’s,


como bagagem de atletas, para competi•›es internacionais
ser‡ autorizada pelo Comando do ExŽrcito.

¤ 1o O Porte de Tr‰nsito das armas a serem utilizadas


por delega•›es estrangeiras em competi•‹o oficial de tiro no
pa’s ser‡ expedido pelo Comando do ExŽrcito.

¤ 2o Os respons‡veis e os integrantes pelas delega•›es


estrangeiras e brasileiras em competi•‹o oficial de tiro no pa’s
transportar‹o suas armas desmuniciadas.
Art. 32. O Porte de Tr‰nsito das armas de fogo de
COLECIONADORES E colecionadores e ca•adores ser‡ expedido pelo Comando do
CA‚ADORES ExŽrcito.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Par‡grafo œnico. Os colecionadores e ca•adores


transportar‹o suas armas desmuniciadas.
Art. 33. O Porte de Arma de Fogo Ž deferido aos
INTEGRANTES DAS
militares das For•as Armadas, aos policiais federais e estaduais
SEGUINTES
e do Distrito Federal, civis e militares, aos Corpos de
INSTITUI‚ÍES:
Bombeiros Militares, bem como aos policiais da C‰mara dos
a)! For•as Armadas; Deputados e do Senado Federal em raz‹o do desempenho de
b)! îrg‹os de seguran•a suas fun•›es institucionais.
pœblica;
c)! Guardas Municipais; ¤ 1o O Porte de Arma de Fogo das pra•as das For•as
d)! Ag•ncia Brasileira de Armadas e dos Policiais e Corpos de Bombeiros Militares Ž
Intelig•ncia; regulado em norma espec’fica, por atos dos Comandantes das
e)! Departamento de For•as Singulares e dos Comandantes-Gerais das Corpora•›es.
Seguran•a do
Gabinete de ¤ 2o Os integrantes das pol’cias civis estaduais e das
Seguran•a For•as Auxiliares, quando no exerc’cio de suas fun•›es
Institucional da institucionais ou em tr‰nsito, poder‹o portar arma de fogo fora
Presid•ncia da da respectiva unidade federativa, desde que expressamente
Repœblica; autorizados pela institui•‹o a que perten•am, por prazo
f)! Pol’cias da C‰mara determinado, conforme estabelecido em normas pr—prias.
dos Deputados e do
Senado Federal;
Art. 33-A. A autoriza•‹o para o porte de arma de fogo
g)! îrg‹os de guardas
previsto em legisla•‹o pr—pria, na forma do caput do art. 6o da
prisionais, escoltas de
Lei no 10.826, de 2003, est‡ condicionada ao atendimento dos
presos e guardas
requisitos previstos no inciso III do caput do art. 4o da
portu‡rias;
mencionada Lei.
h)! Receita Federal do
Brasil e MinistŽrio do
Trabalho (regras Art. 34. Os —rg‹os, institui•›es e corpora•›es
aplic‡veis aos mencionados nos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do
membros de carreiras art. 6¼ da Lei n¼ 10.826, de 2003, estabelecer‹o, em
espec’ficas); normativos internos, os procedimentos relativos ˆs condi•›es
i)! Tribunais do Poder para a utiliza•‹o das armas de fogo de sua propriedade, ainda
Judici‡rio e MinistŽrios que fora do servi•o.
Pœblicos da Uni‹o e
dos Estados. ¤ 1o As institui•›es mencionadas no inciso IV do art.
6 da Lei no 10.826, de 2003, estabelecer‹o em normas
o

pr—prias os procedimentos relativos ˆs condi•›es para a


utiliza•‹o, em servi•o, das armas de fogo de sua propriedade.

¤ 2o As institui•›es, —rg‹os e corpora•›es nos


procedimentos descritos no caput, disciplinar‹o as normas
gerais de uso de arma de fogo de sua propriedade, fora do
servi•o, quando se tratar de locais onde haja aglomera•‹o de
pessoas, em virtude de evento de qualquer natureza, tais
como no interior de igrejas, escolas, est‡dios desportivos,
clubes, pœblicos e privados.

¤ 3o Os —rg‹os e institui•›es que tenham os portes de


arma de seus agentes pœblicos ou pol’ticos estabelecidos em
lei pr—pria, na forma do caput do art. 6o da Lei no 10.826, de
2003, dever‹o encaminhar ˆ Pol’cia Federal a rela•‹o dos
autorizados a portar arma de fogo, observando-se, no que
couber, o disposto no art. 26.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

¤ 4o N‹o ser‡ concedida a autoriza•‹o para o porte de


arma de fogo de que trata o art. 22 a integrantes de —rg‹os,
institui•›es e corpora•›es n‹o autorizados a portar arma de
fogo fora de servi•o, exceto se comprovarem o risco ˆ sua
integridade f’sica, observando-se o disposto no art. 11 da Lei
no 10.826, de 2003.

¤ 5o O porte de que tratam os incisos V, VI e X


do caput do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003, e aquele
previsto em lei pr—pria, na forma do caput do mencionado
artigo, ser‹o concedidos, exclusivamente, para defesa pessoal,
sendo vedado aos seus respectivos titulares o porte ostensivo
da arma de fogo.

¤ 6o A veda•‹o prevista no par‡grafo 5o n‹o se aplica


aos servidores designados para execu•‹o da atividade
fiscalizat—ria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renov‡veis - IBAMA e do Instituto Chico
Mendes de Conserva•‹o da Biodiversidade - Instituto Chico
Mendes.

Art. 35. Poder‡ ser autorizado, em casos excepcionais,


pelo —rg‹o competente, o uso, em servi•o, de arma de fogo,
de propriedade particular do integrante dos —rg‹os,
institui•›es ou corpora•›es mencionadas no inciso II do art.
6o da Lei no 10.826, de 2003.

¤ 1o A autoriza•‹o mencionada no caput ser‡


regulamentada em ato pr—prio do —rg‹o competente.

¤ 2o A arma de fogo de que trata este artigo dever‡ ser


conduzida com o seu respectivo Certificado de Registro.

Art. 35-A. As armas de fogo particulares de que trata


o art. 35, e as institucionais n‹o brasonadas, dever‹o ser
conduzidas com o seu respectivo Certificado de Registro ou
termo de cautela decorrente de autoriza•‹o judicial para uso,
sob pena de aplica•‹o das san•›es penais cab’veis.

Art. 36. A capacidade tŽcnica e a aptid‹o psicol—gica


para o manuseio de armas de fogo, para os integrantes das
institui•›es descritas nos incisos III, IV, V, VI, VII e X do caput
do art. 6¼ da Lei n¼ 10.826, de 2003, ser‹o atestadas pela
pr—pria institui•‹o, depois de cumpridos os requisitos tŽcnicos
e psicol—gicos estabelecidos pela Pol’cia Federal.

Par‡grafo œnico. Caber‡ a Pol’cia Federal avaliar a


capacidade tŽcnica e a aptid‹o psicol—gica, bem como expedir
o Porte de Arma de Fogo para os guardas portu‡rios.

Art. 37. Os integrantes das For•as Armadas e os


servidores dos —rg‹os, institui•›es e corpora•›es mencionados
nos incisos II, V, VI e VII do caput do art. 6¼ da Lei n¼ 10.826,
de 2003, transferidos para a reserva remunerada ou

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

aposentados, para conservarem a autoriza•‹o de porte de


arma de fogo de sua propriedade dever‹o submeter-se, a cada
cinco anos, aos testes de avalia•‹o da aptid‹o psicol—gica a
que faz men•‹o o inciso III do caput art. 4¼ da Lei n¼ 10.826,
de 2003.

¤ 1o O cumprimento destes requisitos ser‡ atestado


pelas institui•›es, —rg‹os e corpora•›es de vincula•‹o.

¤ 2o N‹o se aplicam aos integrantes da reserva n‹o


remunerada das For•as Armadas e Auxiliares, as prerrogativas
mencionadas no caput.
Art. 38. A autoriza•‹o para o uso de arma de fogo
expedida pela Pol’cia Federal, em nome das empresas de
seguran•a privada e de transporte de valores, ser‡ precedida,
necessariamente, da comprova•‹o do preenchimento de todos
os requisitos constantes do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003,
pelos empregados autorizados a portar arma de fogo.

¤ 1o A autoriza•‹o de que trata o caput Ž v‡lida apenas


para a utiliza•‹o da arma de fogo em servi•o.

¤ 2o As empresas de que trata o caput encaminhar‹o,


trimestralmente, ˆ Pol’cia Federal, para cadastro no SINARM,
a rela•‹o nominal dos empregados autorizados a portar arma
de fogo.

¤ 3o A transfer•ncia de armas de fogo, por qualquer


motivo, entre estabelecimentos da mesma empresa ou para
empresa diversa, dever‹o ser previamente autorizados pela
EMPRESAS DE SEGURAN‚A
Pol’cia Federal.
PRIVADA E DE
TRANSPORTE DE VALORES
¤ 4o Durante o tr‰mite do processo de transfer•ncia de
armas de fogo de que trata o ¤ 3o, a Pol’cia Federal poder‡,
em car‡ter excepcional, autorizar a empresa adquirente a
utilizar as armas em fase de aquisi•‹o, em seus postos de
servi•o, antes da expedi•‹o do novo Certificado de Registro.

Art. 39. ƒ de responsabilidade das empresas de


seguran•a privada e de transportes de valores a guarda e
armazenagem das armas, muni•›es e acess—rios de sua
propriedade, nos termos da legisla•‹o espec’fica.

Par‡grafo œnico. A perda, furto, roubo ou outras


formas de extravio de arma de fogo, acess—rio e muni•›es que
estejam sob a guarda das empresas de seguran•a privada e
de transporte de valores dever‡ ser comunicada ˆ Pol’cia
Federal, no prazo m‡ximo de vinte e quatro horas, ap—s a
ocorr•ncia do fato, sob pena de responsabiliza•‹o do
propriet‡rio ou diretor respons‡vel.
Art. 40. Cabe ao MinistŽrio da Justi•a, por intermŽdio
GUARDAS MUNICIPAIS da Pol’cia Federal, diretamente ou mediante conv•nio com os
—rg‹os de seguran•a pœblica dos Estados, do Distrito Federal

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

ou dos Munic’pios, nos termos do ¤ 3o do art. 6oda Lei


no 10.826, de 2003:

I - conceder autoriza•‹o para o funcionamento dos


cursos de forma•‹o de guardas municipais;

II - fixar o curr’culo dos cursos de forma•‹o;

III - conceder Porte de Arma de Fogo;

IV - fiscalizar os cursos mencionados no inciso II; e

V - fiscalizar e controlar o armamento e a muni•‹o


utilizados.

Par‡grafo œnico. As compet•ncias previstas nos


incisos I e II deste artigo n‹o ser‹o objeto de conv•nio.

Art. 41. Compete ao Comando do ExŽrcito autorizar a


aquisi•‹o de armas de fogo e de muni•›es para as Guardas
Municipais.

Art. 42. O Porte de Arma de Fogo aos profissionais


citados nos incisos III e IV, do art. 6o, da Lei no 10.826, de
2003, ser‡ concedido desde que comprovada a realiza•‹o de
treinamento tŽcnico de, no m’nimo, sessenta horas para armas
de repeti•‹o e cem horas para arma semi-autom‡tica.

¤ 1o O treinamento de que trata o caput desse artigo


dever‡ ter, no m’nimo, sessenta e cinco por cento de conteœdo
pr‡tico.

¤ 2o O curso de forma•‹o dos profissionais das Guardas


Municipais dever‡ conter tŽcnicas de tiro defensivo e defesa
pessoal.

¤ 3o Os profissionais da Guarda Municipal dever‹o ser


submetidos a est‡gio de qualifica•‹o profissional por, no
m’nimo, oitenta horas ao ano.

¤ 4o N‹o ser‡ concedido aos profissionais das Guardas


Municipais Porte de Arma de Fogo de calibre restrito, privativos
das for•as policiais e for•as armadas.

Art. 43. O profissional da Guarda Municipal com Porte


de Arma de Fogo dever‡ ser submetido, a cada dois anos, a
teste de capacidade psicol—gica e, sempre que estiver
envolvido em evento de disparo de arma de fogo em via
pœblica, com ou sem v’timas, dever‡ apresentar relat—rio
circunstanciado, ao Comando da Guarda Civil e ao îrg‹o
Corregedor para justificar o motivo da utiliza•‹o da arma.

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO EXTRAVAGANTE Ð PM-DF (SOLDADO)
Teoria e Quest›es
0
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

Art. 44. A Pol’cia Federal poder‡ conceder Porte de


Arma de Fogo, nos termos no ¤3o do art. 6o, da Lei no 10.826,
de 2003, ˆs Guardas Municipais dos munic’pios que tenham
criado corregedoria pr—pria e aut™noma, para a apura•‹o de
infra•›es disciplinares atribu’das aos servidores integrantes do
Quadro da Guarda Municipal.

Par‡grafo œnico. A concess‹o a que se refere o caput


depender‡, tambŽm, da exist•ncia de Ouvidoria, como —rg‹o
permanente, aut™nomo e independente, com compet•ncia
para fiscalizar, investigar, auditorar e propor pol’ticas de
qualifica•‹o das atividades desenvolvidas pelos integrantes
das Guardas Municipais.

Nas importa•›es e exporta•›es de armas, seus acess—rios e pe•as, de muni•‹o


e seus componentes, Ž proibida a utiliza•‹o de servi•os postais ou similares.

5 - Considera•›es Finais
Conclu’mos aqui nossa aula demonstrativa. Espero que voc• tenha gostado e
opte por preparar-se com o EstratŽgia. Se tiver dœvidas, utilize nosso f—rum.
Estou sempre ˆ disposi•‹o tambŽm no e-mail e nas redes sociais.

Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es

professorpauloguimaraes@gmail.com

N‹o deixe de me seguir nas redes sociais!

www.facebook.com/profpauloguimaraes

@profpauloguimaraes

(61) 99607-4477

00000000000 - DEMO

Potrebbero piacerti anche