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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
MESTRADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA CONCEITOS DE SAÚDE E SEUS NEXOS NO
TRABALHO DA ENFERMAGEM/SAÚDE
Professora: Dr Marlise Capa Verde
Mestranda: Dápine Neves da Silva
Data: 18/04/2016
O resumo síntese da obra CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Segunda
parte: Existem Ciências do Normal e do Patológico? I Introdução ao problema; II Exame
crítico de alguns conceitos: do normal, da anomalia e da doença, do normal e do
experimental: III Norma e Média.
Canguilhem inicia o capítulo propondo um título indagador. “Existem ciências
do normal e do patológico?”. Nesta parte o autor tenta compreender como a medicina
estabelece seu conceito de normal e de patológico. O problema das estruturas e dos
comportamentos patológicos se torna complexo, visto que os inumeráveis problemas
remetem, em última análise, ao conjunto das pesquisas anatômicas, embriológicas,
fisiológicas, psicológicas.
Porém, não devemos dividi-los e sim analisa-los em blocos, sendo o estado
patológico apenas uma modificação quantitativa do estado normal?
Onde tudo o que o homem perdeu pode lhe ser reconstituído, tudo que nele entrou, pode
sair, uma vez que tanto a doença pode ser um sortilégio e se ter esperança de vencê-la.
Atingindo o homem para que nem toda esperança esteja perdida. Outrossim a doença
difere da saúde, o patológico do normal. Dominar a doença é conhecer suas relações com
o estado normal em que se vive, desejando se restaurar e amar a vida. O organismo produz
uma doença e o homem com sua natureza gera uma reação generalizada com intenção de
curar a si próprio.
Segundo Augusto Comte, o estado patológico dirige-se para o normal com a
finalidade de determinar as leis naturais, pois substitui uma experimentação biológica
sobretudo no homem, de que a doença aparece como digna de estudos sistemáticos.
Utilizando-se de princípios Broussais (fenômenos biológicos, psicológicos e
sociológicos), explicando com esses princípios que todas as doenças consistem
basicamente "no excesso ou falta da excitação dos diversos tecidos abaixo ou acima do
grau que constitui o estado normal". Portanto, as doenças nada mais são "que os efeitos
de simples mudanças de intensidade na ação dos estimulantes indispensáveis à
conservação da saúde". Esse princípio considera que a excitação é um fator primordial.
Visto que, o homem só existe pela excitação exercida sobre seus órgãos pelos meios nos
quais é obrigado a viver em estrita relação tanto com as superfícies internas quanto
externas, transmitindo por inervação e excitação ao cérebro que reflete em todos os
tecidos, inclusive nas superfícies de relação, estando sujeitas a dois tipos de excitação: os
corpos estranhos e a influência do cérebro. E é nessa ação contínua de excitação que a
vida se mantém.
Já para Bernard, a relação do normal para o patológico, constitui-se uma ação
racional fundamentada em terapêutica de franca ruptura com o empirismo que o
conhecimento da doença procura por meio da fisiologia e a partir dela a saúde e a doença,
de duas maneiras de ser, com distinção de graus, sendo a exageração, a desproporção e a
desarmonia, distúrbio de um mecanismo normal, com uma variação quantitativa, numa
exageração ou até atenuação dos fenômenos normais. Bernard utiliza-se ainda de dois
conceitos: homogeneidade e continuidade, o primeiro implicitamente, e o segundo
expressamente, atribuindo um conteúdo experimental ao conceito do normal, como por
exemplo: testar a urina normal de um dia de trabalho, com a mesma urina normal em
jejum, ou em quaisquer condições que se queira estabelecer. Sendo para o autor o
fenômeno patológico definido pela qualidade ou pela quantidade, conforme o ponto de
vista que considerarmos o fenômeno vital em sua expressão ou em seu mecanismo e
definindo o estado patológico como o organismo cujas funções são todas mudadas.
Leriche, considera que a saúde é a vida no silêncio dos órgãos, e que a doença é
aquilo que perturba os homens no exercício normal de sua vida e em suas ocupações e
sobretudo aquilo que os faz sofrer. "O estado de saúde, para o indivíduo, é a inconsciência
de seu próprio corpo. Em contraponto, tem-se a consciência do corpo pela sensação dos
limites, das ameaças, e dos obstáculos à saúde. O silencio dos órgãos nem sempre
significa ausência de doença, podendo estar ou ficar tempos imperceptíveis no excesso
de tecidos que retardam o aparecimento de perturbações no organismo, sendo por isso,
algumas das vezes assintomáticos, e de forma abrupta surge uma doença já instalada em
seu rim, pulmão. A dor é um fenômeno individual e não uma espécie de um fato da
doença. Pois não é apenas pela dor que se define a doença e sim como a doença é
apresentada a dor.
A respeito das relações entre a fisiologia e a patologia, Leriche faz um julgamento
técnico, e não filosófico, como Comte, ou de cientistas, como Bernard. O autor acredita
que as experiências, mesmo praticadas em animais, iniciam no conhecimento das doenças
do homem, em que ambos creem poder se proceder logicamente partindo do
conhecimento fisiológico experimental para a técnica médica. O conhecimento do estado
fisiológico é obtido por abstração retrospectiva da experiência clínica e terapêutica. "Não
se sabe, se os estudos em homens normais serão suficientes, mesmo se comparado aos
animais, para se obter informações sobre a vida normal do homem.
Sua teoria apresenta um técnica conselheira e incentivadora, chamando a atenção
a todos os problemas concretos orientando a pesquisa na direção dos obstáculos em
presumir, antecipadamente, nada acerca das soluções teóricas que lhes serão dadas, como
evidencia-se em sua fala: "Há em nós, a cada instante, muito mais possibilidades
fisiológicas do que a fisiologia nos faz crer. Mas é preciso haver a doença para que elas
nos sejam reveladas”.
O que é conforme a regra, regular, o que não se inclina nem para a direita, nem
para esquerda, se conserva num meio termo; na medicina: o estado normal do corpo
humano é o estado que se deseja restabelecer havendo dois fenômenos da vida. O primeiro
é o estado de saúde, e o segundo é o estado de doença, duas ciências distintas da fisiologia,
que trata dos fenômenos do primeiro e a patologia, que tem como objeto o do segundo
fenômeno. Normalidade biológica, o que está de acordo com as leis da física, da química,
mas não de acordo com a norma que é a atividade do próprio organismo.
Anomalia, as então chamadas monstruosidades são variações de anomalias, são
leves e simples que não colocam obstáculos na realização de nenhuma função e que não
produzem deformidade, como por exemplo: um músculo supra-numérico, uma artéria
renal dupla, porém, há os que tornam impossível a realização de funções como, a
imperfuração do ânus, a hipospadia e o lábio leporino. Já as heterotaxias são anomalias
complexas, mas que aparentemente não são anomalias complexas e graves, como
exemplo: ectromelia, ou a ciclopia. O critério de gravidade na anomalia é a importância
do órgão quanto a suas conexões fisiológicas ou anatômicas, a anomalia só é conhecida
pela ciência se tiver sido sentida na consciência na forma de obstáculos ao exercício das
funções, de perturbação ou de nocividade.
A anomalia pode se transformar em doença, mas não é, por si só a mesma doença,
não sendo fácil determinar em que momento a anomalia venha a virar doença. Anomalias
anatômicas de tipo congênito só se tornam dolorosas tarde, ou nunca. E por meio de
variações de formas vivas, aparecem como uma adaptação das anomalias, e de algumas
bem-sucedidas. O estado de um ser vivo pode ser definido por uma relação de
ajustamentos aos meios, inclusive no próprio laboratório.

NORMA E MÉDIA
O normal é definido muito mais como tipo ideal em condições experimentais
determinadas, do que como média aritmética ou frequência estatística. Por média procurar
em um grupo de indivíduos submetidos a situações mais semelhantes possíveis. O
problema consiste em saber dentro de que oscilações em torno de um valor médio
puramente teórico os indivíduos vão ser considerados normais. Para imaginarmos uma
espécie nos são dadas normas que serão determinadas e analisadas por médias. O ser vivo
normal é aquele que se constituí de acordo com as suas conformidades e normas.
O modelo é na realidade um produto de estatísticas, resultado de cálculos e
médias, o que está longe de acontecer, sendo necessário, analisar cada desvio
individualmente de acordo com suas relações e suas espécies.
Quêtelet, procura identificar as noções de frequência estatística e de norma, pois
uma média que determina desvios tanto mais raros quanto mais amplos, foram é na
verdade uma norma. Distinguindo-se duas espécies de médias: a média aritmética e a
média verdadeira, apresenta a regularidade ontológica como algo que se expressa na
média.
Compreender a importância da espécie humana para uma teoria de habilidade
relativa das constantes fisiológicas a importância dos estados de falso equilíbrio
adaptativo para a explicação das doenças ou das mutações, a relação das constantes
anatômicas e fisiológicas com os regimes alimentares, "O homem tem características
físicas em relação com sua atividade, porém, nada se altera somente pela mudança de
ambiente." O estado patológico ou anormal não é consequência de ausência de qualquer
norma a doença é ainda uma norma de vida, mas é uma norma inferior, no sentido que
não tolera nenhum desvio das condições em que válida ser incapaz de se transformar-se
em outra norma.
Os fenômenos patológicos são modificações regulares dos fenômenos normais,
percebido no sentido original dessa modificação precisando observar a transformação da
personalidade do doente, não como anormal por ausência de norma, mas sim por uma
dimensão de inovação da vida.
Meu Conceito de Saúde:
Entende-se saúde como a busca constante de equilíbrio envolvendo níveis
crescentes e decrescentes de estresses que influenciam e são influenciados pelo meio
ambiente em que habitam e possibilitam diferentes caminhos de mudanças no ser, pensar
e agir de uma determinada população e sujeito como indivíduo integrante de uma
comunidade.
Meu conceito de saúde com o trecho do texto de CANGUILHEM, G.
Entende-se saúde como a busca constante de equilíbrio envolvendo níveis
crescentes e decrescentes de estresses que influenciam e são influenciados pelo meio
ambiente em que habitam e possibilitam diferentes caminhos de mudanças com
bifurcações que tornam possível a transformação, a readaptação e a transcendência do
ser, pensar e agir do sujeito como membro integrante de uma comunidade.
Justificativa:
Escolhi este trecho pois na fala do autor ele evidencia que o ser humana vive em
uma busca constante de transformar e readaptar as mudanças que as condições
patológicas lhe impõem, permitindo diversos caminhos com bifurcações e possibilidades
de ele transcender em seu bem-estar e nível de equilíbrio.
Trecho do texto utilizado em meu conceito de saúde:
“Para um homem que imagina seu futuro quase sempre a partir de sua experiência
passada, voltar a ser normal significa retornar uma atividade interrompida, ou pelo menos
uma atividade considerada equivalente, segundo os gostos individuais ou os valores
sociais do meio. Mesmo que essa atividade seja uma atividade reduzida, mesmo que os
comportamentos possíveis sejam menos variados, menos flexíveis do que eram antes, o
individuo não dá tanta importância assim a esses detalhes. O essencial, para ele, é sair de
um abismo de importância ou de sofrimento em que quase ficou definitivamente; o
essencial é ter escapado de boa.”

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