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1. AMBIENTE
O que é o Ambiente?
«Ambiente é o conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações e dos
factores económicos, sociais e culturais com efeito directo ou indirecto, mediato ou imediato,
sobre os seres vivos e a qualidade de vida do homem.»
1.2 Resíduos
- Definição
Resíduo é qualquer substância ou objecto de que o ser humano pretende desfazer-se por não
lhe reconhecer utilidade.
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- Produção de Resíduos
Aterros Sanitários
Os Aterros Sanitários devem ser construídos em locais com características geológicas
adequadas e são revestidos com materiais impermeáveis, como argila ou plástico, que
previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.
Substâncias lixiviadas
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As substâncias lixiviadas (quando a água das chuvas se infiltra, dissolve substâncias químicas
e arrasta-as consigo) são recolhidas e enviadas para uma estação de tratamento e os gases
produzidos pelas bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de
energia.
Após estarem lotados, os aterros são selados, ou seja, tapados com uma cobertura de
plásticos e de terra que permite o desenvolvimento de plantas que diminuirão o impacto
paisagístico
1. Reduzir: Reduzir ao máximo o lixo produzido passa por diminuir o consumo de materiais
descartáveis ou com embalagens excessivas e não biodegradáveis, bem como
desenvolver tecnologias para minimizar a quantidade de matérias-primas necessárias
para produzir um determinado produto.
2. Reutilizar: Usar várias vezes um produto é uma forma eficiente de diminuir os resíduos.
Para produzir qualquer objecto há sempre gasto de matéria-prima, água e contaminação
ambiental, pelo que, quando reutilizamos, reduzimos os resíduos e conservamos os
recursos.
Principais Vantagens
-Poupança de materiais e de energia
-Redução da poluição (atmosférica, da água e dos solos)
-Redução da quantidade de resíduos sólidos
-Protecção dos ecossistemas
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1.3 Gestão de Resíduos
TRABALHO- é qualquer atividade física ou intelectual, realizada por um ser humano, cujo
objetivo é fazer, transformar ou obter algo.
SAÚDE - A Organização Mundial de Saúde define saúde como “o estado de bem-estar físico,
mental e social completo e não somente a ausência de dano ou doença.” É importante fazer
ressaltar a tripla dimensão de saúde física, social e mental, e a importância é conseguir que
estes factores estejam em equilíbrio em cada pessoa.
SAÚDE NO TRABALHO- é a especialidade médica cuja acção recai sobre o binómio homem-
trabalho, nas suas várias dimensões, desde a verificação da aptidão física e psíquica dos
potenciais trabalhadores aquando do seu recrutamento - Exames de Admissão - passando
pela vigilância e monitorização das repercussões do trabalho na saúde dos trabalhadores -
Exames Periódicos e Exames Ocasionais.
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MEDICINA NO TRABALHO- é a especialidade médica que lida com as relações entre homens
e mulheres trabalhadores e seu trabalho, visando não somente a prevenção dos acidentes e
das doenças do trabalho, mas a promoção da saúde e da qualidade de vida. Tem por objetivo
assegurar ou facilitar aos indivíduos e ao coletivo de trabalhadores a melhoria contínua das
condições de saúde, nas dimensões física e mental, e a interação saudável entre as pessoas
e, estas, com seu ambiente social e o trabalho. O médico do trabalho avalia a capacidade do
candidato a determinado trabalho e realiza reavaliações periódicas de sua saúde dando ênfase
aos riscos ocupacionais aos quais este trabalhador fica exposto.
ERGONOMIA- é a Ciência que estuda a relação entre o Homem e o trabalho que executa,
procurando desenvolver uma integração perfeita entre as condições de trabalho, as
capacidades e limitações físicas e psicológicas do trabalhador e a eficiência do sistema
produtivo.
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DOENÇA PROFISSIONAL- é aquela que resulta directamente das condições de trabalho,
consta da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho)
e causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte.
PERIGO- refere-se a qualquer situação, que tanto pode ser uma ação como uma condição, que
apresenta o potencial de produzir um dano sobre uma determinada pessoa ou coisa. Este dano
pode ser físico e assim produzir alguma lesão física ou uma posterior doença conforme o caso,
ou então o dano pode provocar uma ferida em um ambiente, uma propriedade ou em ambos.
RISCO PROFISSIONAL- é todo o facto ou situação com potencial para o acidente ou para a
doença profissional. O risco profissional é apenas uma probabilidade, uma potencialidade que
pode ser reduzida ou eliminada por acção das medidas de prevenção e protecção. Estas
medidas podem diminuir o risco de contacto com um determinado perigo profissional.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E PREVENÇÃO- é um processo dinâmico que permite às empresas
e organizações implementarem uma política proativa de gestão dos riscos no local de trabalho.
Consiste na análise sistemática e pormenorizada do(s) posto(s) de trabalho com a finalidade de
identificar os perigos e avaliar os riscos a que o trabalhador está exposto e consequente
elaboração do Plano de Prevenção com a identificação das medidas/ações a implementar que
possibilitam a eliminação/diminuição do risco bem como as medidas de prevenção/proteção
dos trabalhadores.
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Estabelecer as medidas que devem ser adoptadas em matéria de primeiros socorros, de
combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores e identificação dos
responsáveis pela sua aplicação;
Assegurar a vigilância da saúde;
Limitar o acesso a zonas de risco grave, apenas permitindo o acesso a trabalhadores
com aptidão e formação adequada;
Cooperarem entre si quando várias entidades desenvolvam simultaneamente
actividades no mesmo local.
A obrigatoriedade do empregador respeitar as prescrições legais a serem aplicadas na
empresa, mesmo quando se tratar de si próprio e, para o mesmo efeito,
Equipar o trabalhador independente a empregador.
No que respeita à informação ela terá de ser sempre actualizada e respeitante aos
seguintes temas:
_ Descrição dos riscos inerentes ao tipo de trabalho e à empresa ou serviço;
_ Medidas de protecção e prevenção, e forma como se aplicam;
_ Medidas e instruções a adoptar em caso de perigo grave e eminente;
_ Medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos
trabalhadores.
Esta informação deve ser proporcionada nos casos de:
_ admissão na empresa,
_ mudança de posto de trabalho ou de funções,
_ introdução de novos equipamentos, ou
_ alteração das existentes,
_ adopção de uma nova tecnologia e em,
_ actividades que envolvam trabalhadores de várias empresas.
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independente da vontade do sinistrado ou se a entidade empregadora ou o seu
representante, conhecendo o estado do sinistrado, consentir na prestação;
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Perda de controlo sobre máquinas, ferramentas, meios de transporte
_ perca de controlo em máquinas (incluindo o arranque intempestivo)
_ perca de controlo com equipamentos e transportes motorizados ou não
_ perca de controlo com ferramentas motorizados ou não
_ perca de controlo de objectos
Queda de pessoas
_ em altura
_ ao mesmo nível (tropeçar, escorregar)
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Os acidentes de trabalho podem ser reparados da seguinte forma:
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DOENÇAS PROFISSIONAIS
Doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho, consta
da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.o 76/2007, de 17 de Julho)
e causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte.
A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não
incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência,
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necessária e direta, da atividade exercida e não representem o normal desgaste do
organismo.
A quem compete fazer o diagnóstico de doença profissional?
O diagnóstico de doença profissional compete a qualquer médico, perante uma
suspeita fundamentada de doença profissional – diagnóstico de presunção – tem
obrigação de notificar o Centro Nacional de Proteção contra Riscos Profissionais
(CNPRP), mediante o envio da Participação Obrigatória devidamente preenchida.
Se o seu médico ou o médico do trabalho da sua empresa tiver fortes suspeitas de que a
sua doença pode ter uma causa laboral – diagnóstico de presunção - então, esse
médico deverá preencher a Participação Obrigatória de Doença Profissional e enviá-la
para o CNPRP.
O centro irá estudar a situação e avaliar se se trata, ou não, de doença profissional,
mediante solicitação do próprio trabalhador afetado, em impresso próprio. Também as
prestações pecuniárias e em espécie deverão ser requeridas ao CNPRP pelo
trabalhador doente. O CNPRP é uma instituição que pertence ao Ministério do Trabalho
e da Solidariedade Social e que tem por missão assegurar a prevenção, tratamento,
recuperação e reparação de doenças ou incapacidades resultantes de riscos
profissionais.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
RISCOS BIOLÓGICOS
Agentes Biológicos
Os fatores de risco associados a agentes biológicos relacionam-se com a presença no
ambiente de trabalho de microrganismos como vírus, bactérias, fungos, parasitas,
germes, etc., normalmente presentes em alguns ambientes de trabalho, como:
- Hospitais;
- Laboratórios de análises clínicas;
- Recolha de lixo;
- Indústria do couro;
-Tratamento de efluentes líquidos.
No entanto, embora sejam frequente nas áreas de trabalho mencionadas, eles podem
estar presentes em todo o tipo de trabalho, quer seja este efetuado ao nível produtivo e
industrial, quer ao nível dos serviços.
Os microrganismos geneticamente modificados apresentam-se como fator de risco
associado a agentes biológicos alvo de uma atenção particular.
Penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e pele, os
fatores de risco associados a agentes biológicos são responsáveis por algumas doenças
profissionais, podendo dar origem a doenças menos graves como infeções intestinais ou
simples gripes, ou mais graves, como a hepatite, meningite ou sida.
Como estes microrganismos se adaptam melhor e se reproduzem mais em ambientes
sujos, as medidas preventivas a tomar terão de estar relacionadas com:
• A rigorosa higiene dos locais de trabalho e dos trabalhadores;
• Destruição destes agentes por processos de elevação da temperatura (esterilização)
ou uso de cloro;
•Uso de equipamentos individuais de proteção para evitar contacto direto com os
microrganismos;
• Ventilação permanente e adequada;
• Manutenção e limpeza dos sistemas de ventilação;
• Manutenção e limpeza dos equipamentos de trabalho;
• Controle médico constante;
• Vacinação sempre que possível;
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• Formação e informação dos trabalhadores;
• Sinalização de segurança, etc.
A verificação da presença de agentes biológicos em ambientes de trabalho é feita por
meio de recolha de amostras de ar e de água, que são depois analisadas em
laboratórios especializados.
Microrganismo: qualquer entidade microbiológica, celular ou não celular, capaz de
replicação ou de transferência de material genético, incluindo vírus, viróides e células
animais e vegetais.
RISCOS FÍSICOS
Os riscos físicos são fatores presentes no ambiente de trabalho que podem levar a um
ferimento, problema de saúde, doença ou morte de um colaborador.
PRINCIPAIS RISCOS FÍSICOS
Ambiente Térmico
pode ser definido como o conjunto das variáveis térmicas do posto de
trabalho que influenciam o organismo do trabalhador, sendo assim um fator
importante que intervém, de forma direta ou indireta na saúde e bem estar do
mesmo, e na realização das tarefas que lhe estão atribuídas
Iluminação
A iluminação é um fator que influencia diretamente o conforto, a produtividade e a
saúde dos profissionais no ambiente de trabalho.
Muitos dos acidentes ocorrem porque não se atendeu a aspetos tão simples
como uma iluminação eficaz, em quantidade ou em qualidade.
A iluminação adequada no local de trabalho é um dos fatores mais importantes
para um desempenho eficiente das tarefas, para além de que pode evitar muitos
acidentes. É importante não só a quantidade de luz mas também a qualidade da
luz.
RADIAÇÕES (IONIZANTES E NÃO IONIZANTES)
A radiações constituem uma forma de energia que, de acordo com a sua capacidade de
interagir com a matéria, se podem subdividir em:
Radiações Ionizantes: as que possuem energia suficiente para ionizarem os átomos e
moléculas com as quais interagem, sendo as mais conhecidas:
➱ raios X e raios gama (radiações electromagnéticas);
➱ raios alfa, raios beta, neutrões, protões (radiações corpusculares).
Radiações Não Ionizantes: as que não possuem energia suficiente para ionizar os
átomos e as moléculas com as quais interagem, sendo as mais conhecidas:
➱ luz visível;
➱ infravermelhos;
➱ ultravioletas;
➱ microondas de aquecimento;
➱ microondas de radiotelecomunicações;
➱ corrente eléctrica
RUÍDO
o ruído é originado seja por vibração de máquinas, por barulho de funcionamento de
máquinas e ou ferramentas, “músicas / sons” alto, isso é caracterizado como
ocupacional, vem em função da ocupação no sentido laboral.
Possíveis efeitos:
Cansaço
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Irritação momentânea ou prolongada além da jornada de trabalho
Dores de cabeça
Alteração da pressão arterial
Problemas digestivos
Redução da audição
Perda da audição
E até enfarte
VIBRAÇÕES
Pessoas que trabalham com maquinaria pesada, que causa trepidações no corpo,
são as mais propensas a sofrer com os males das vibrações ocupacionais. Quem lida
com o asfaltamento de ruas, compactação de terra, perfuração ou executa qualquer
outro trabalho que envolve exposição a vibrações está sujeito a sofrer dores no corpo
e desenvolve problemas degenerativos com o passar do tempo.
As vibrações podem ser sentidas em todo o corpo quando o trabalho está
relacionado à operação de tratores, máquinas de terraplanagem, máquinas
industriais, caminhões, entre outros equipamentos de grande porte. Quando o
trabalho envolve o uso de ferramentas manuais como furadeira, compactadores,
peneiras vibratórias e motosserras, as vibrações afetam apenas regiões específicas,
como mãos, ombros e braços.
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PROPRIEDADES TOXICOLÓGICAS
Tóxicos – são agentes químicos que, ao serem introduzidos no organismo por
inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais. Deve-
se evitar qualquer contacto com o corpo humano e observar cuidados especiais
com produtos cancerígenos ou mutagénicos.
Muito tóxicos – a inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos
à saúde na maior parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte. Deve-se
evitar qualquer contacto com o corpo humano e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos ou mutagénicos.
Nocivos – são agentes químicos que por inalação, absorção ou ingestão,
produzem efeitos de menor gravidade. Deve-se evitar qualquer contacto com o
corpo humano, e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos ou
mutagénicos.
Corrosivos – estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos e/ou
materiais inertes. Não se deve inalar os vapores e deve-se evitar o contacto com
a pele, os olhos e vestuário.
Irritantes – são substâncias que podem desenvolver uma ação irritantesobre a
pele, os olhos e sob a via respiratória. Não se devem inalar os vapores e deve-se
evitar o contacto com a pele e os olhos.
Sensibilizantes
Os que provocam efeitos específicos graves para a saúde humana em caso de
exposição prolongada:
Carcinogénicos
Mutagénicos
VIAS DE EXPOSIÇÃO
Assim, as principais vias pelas quais os agentes químicos podem penetrar
no organismo do trabalhador são a:
Via respiratória: essa é a principal porta de entrada dos
contaminantes
químicos porque, ao respirar-se continuamente, tudo o que está no
ar acaba por passar nos pulmões;
Via digestiva: se o trabalhador comer ou beber algo com as mãos
sujas, ou se estas estiverem estado muito tempo expostas a
produtos químicos, parte das substâncias químicas serão ingeridas
com o alimento, atingindo o estômago e podendo provocar sérios
riscos à saúde.
Via dérmica: esta via de penetração é mais difícil, mas se o
trabalhador estiver desprotegido e tiver contacto com substâncias
químicas, havendo deposição no corpo, estas serão absorvidas pela
pele.
Via parenteral (parentérica): entrada de contaminantes no
organismo humano (via corrente sanguínea), decorrente, por
exemplo, de ulcerações/feridas na pele do trabalhador
Via ocular: alguns produtos químicos que permanecem no ar
causam irritação nos olhos e conjuntivites, o que mostra que a
penetração dos agentes químicos pode ocorrer também pela vista.
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As lesões ou doenças que mais vulgarmente se aplicam a este tipo de agentes e
que apresentam problemas para a saúde do trabalhador são:
• Anemias;
• Queimaduras;
• Encefalopatias;
• Ulcerações e perturbações cutâneas, etc.
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A combustão é uma reacção de oxidação entre um corpo combustível e um corpo
comburente. A reacção é provocada por uma determinada energia de activação, sendo
do tipo exotérmica, ou seja, com libertação de calor. Ainda que os processos de
combustão sejam muito complexos, podem representar- se mediante um triângulo no
qual cada um dos seus lados, representa um dos três factores essenciais para produzir
um fogo: combustível, comburente e energia de activação.
Combustível
É toda e qualquer substância que em presença do oxigénio e de uma determinada
energia de activação é capaz de arder.
Comburente
É o gás em cuja presença o combustível pode arder;de uma forma geral, considera-se o
oxigénio como comburente típico que se encontra presente no ar ambiente (numa
proporção de aproximadamente 21%).
Energia de activação
É a fonte de energia que, ao manifestar-se sobre a forma de calor, pode provocar a
inflamação dos combustíveis.
.Formas de combustão
A combustão torna-se mais fácil se o combustível possuir algumas características: estado
da divisão da matéria, por exemplo : uma folha de papel arde mais rapidamente se estiver
em pedaços. Para além disso, se num foco de incêndio dentro de uma sala, fecharmos as
portas e as janelas, não renovando o comburente, a velocidade da combustão diminui.
Sendo assim, podemos concluir que a velocidade da combustão depende de dois factores:
grau de divisão do combustível e grau de renovação ou alimentação de comburente.
As reacções de combustões podem classificar-se quanto à sua velocidade, em cinco tipos.
Combustão espontânea - é uma reacção química entre distintas matérias orgânicas a qual
é acompanhada de uma elevação da temperatura que pode chegar à temperatura de
ignição sem introdução de calor externo.
Combustão lenta - é aquela que se reproduz a uma temperatura suficientemente baixa
para que não chegue a haver emissão de luz (oxidações de metais e fermentações).
Combustão viva - é aquela em que se produz forte emissão de luz, com chamas e
incandescência. é uma combustão viva, em que a velocidade de propagação é inferior à
velocidade do som (340 m/s).
Deflagração - é uma combustão viva com velocidade de propagação superior à velocidade
do som e na qual uma mistura de gases com o ar está nas condições ideais.
Chamas: são a manifestação mais visível da combustão, é uma zona de gases
incandescendentes visível em redor da superfície do material em combustão. As chamas
não são mais que a combustão de gás.
Calor: é a energia libertada pela combustão, sendo o principal responsável pela
propagação do fogo dado que aquece todo o ambiente, aquecendo ao mesmo tempo os
produtos combustíveis presentes, elevando as suas temperaturas às temperaturas de
inflamação e possibilitando deste modo a continuação do incêndio.
Explosão - A explosão é, sem dúvida, uma brusca e violenta dilatação exercida sobre o
meio em que se dá, destruindo-o e produzindo grande ruído (detonação).
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irritação nos olhos. Os gases podem ser tóxicos, sendo o monóxido de carbono o principal
causador de vítimas nos incêndios.
Os produtos da combustão podem manifestar-se isolada ou conjuntamente sob a forma de:
- gases: são o resultado da modificação da composição do combustível.
- fumo: aparece devido à combustão incompleta, na qual pequenas partículas se tornam
visíveis, variando estas na sua cor, tamanho e quantidade.
- Métodos de extinção
Quando ocorre um fogo, é preciso saber como extingui-lo. Como são necessários quatro
elementos para que exista combustão, consequentemente terão de existir métodos que irão
actuar sobre um ou mais destes elementos para que se actue sobre o fogo de forma a que seja
extinto.
Existem quatro métodos de extinção (cada um válido para uma ou mais classes de fogo)
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- Meios de primeira intervenção – extintores
Existem vários agentes extintores que actuam de maneira específica sobre cada um dos quatro
elementos anteriormente citados (Tetraedro do Fogo), que são usados no fabrico dos Meios de
1ª intervenção (Extintores Portáteis e Redes de Incêndio Armadas).
A eleição do agente adequado dependerá, fundamentalmente, da classe de fogo e das
características do combustível.
SINALÉTICA DE SEGURANÇA
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RISCOS ELÉTRICOS
Eletricidade é um bem essencial, que há muito nos habituamos a tomar como garantido. Já não
sabemos viver sem ela, mas será que temos consciência dos riscos que a sua utilização
indevida pode acarretar? Esses riscos colocam-se ao nível do utilizador comum e,
principalmente, ao nível dos profissionais que trabalham com a eletricidade .
Ao falarmos em riscos eléctricos para as pessoas, temos de ter muito presentes dois conceitos
fundamentais:
Electrocussão - um choque eléctrico que origina um acidente mortal;
Electrização - um choque eléctrico que não causa um acidente mortal, mas que pode originar
outro tipo de acidentes, com consequências que podem ser mais ou menos graves.
A distância que vai entre a electrocussão e electrização depende de muitos factores. Assim, os
efeitos da corrente eléctrica variam de acordo com:
- O tempo de passagem;
- A intensidade;
- A frequência;
- O percurso através do corpo;
- A capacidade de reacção da pessoa.
Deste modo, em baixa tensão, a morte é sobretudo condicionada pela acção local da
quantidade de electricidade que atinge o coração. Em alta tensão, por sua vez, a morte surge
devido à extensão das queimaduras.
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Efeitos da corrente elétrica sobre o corpo humano
Assim, em qualquer instalação elétrica com uma determinada tensão, a intensidade da corrente
que atravessará o corpo humano depende da resistência que este oferece à passagem da
corrente elétrica. Essa resistência resulta da:
- Resistência do ponto de contacto:
- Resistência dos tecidos internos que a corrente atravessa;
- Resistência da zona de saída da corrente.
RISCOS MECÂNICOS
Os principais riscos mecânicos a que estão expostos os trabalhadores quando maquinam
peças metálicas são:
Agarramento, enrolamento, arrastamento, aprisionamento
Corte
Golpe ou decepamento
Esmagamento
Choque ou impacto
Abrasão ou fricção
Ejeção de fluidos de elevada pressão
Projeção de objetos
Perda de estabilidade
Perfuração ou picadela
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RISCOS ERGONÓMICOS
A ergonomia visa assegurar a melhor adaptação de uma situação de trabalho ao
trabalhador e à tarefa que ele realiza, de acordo com critérios de segurança e saúde.
Os riscos ergonómicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos, suscetíveis de
provocar sérios danos à saúde do trabalhador e comprometer a sua segurança e
produtividade, como, por exemplo: cansaço físico, perturbações músculo-esqueléticas,
hipertensão arterial, alteração do sono, doenças nervosas, doenças do aparelho
digestivo.
São considerados riscos ergonómicos a inadequada movimentação manual de cargas,
as posturas e os movimentos inadequados, os movimentos repetitivos, a pressão
mecânica direta sobre os tecidos do corpo, as vibrações e o desconforto do ambiente
térmico.
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RISCOS PSICOSSOCIAIS
Os riscos psicossociais relacionados com o trabalho têm sido identificados como
um dos grandes desafios contemporâneos para a saúde e segurança e estão ligados a
problemas nos locais de trabalho, tais como
o stress,
violência,
assédio
e intimidação no trabalho.
Os riscos psicossociais decorrem de deficiências na conceção, organização e gestão
do trabalho, bem como de um contexto social de trabalho problemático, podendo ter
efeitos negativos a nível psicológico, físico e social tais como stresse relacionado com o
trabalho, esgotamento ou depressão.
Exemplos de condições de trabalho conducentes a riscos psicossociais:
cargas de trabalho excessivas;
exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções;
falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e falta de
controlo sobre a forma como executa o trabalho;
má gestão de mudanças organizacionais, insegurança laboral;
comunicação ineficaz, falta de apoio da parte de chefias e colegas;
assédio psicológico ou sexual,
violência de terceiros.
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SINAIS RELATIVOS À SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE
SINAIS DE PROIBIÇÃO
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Equipamentos de Proteção Coletiva, são equipamentos utilizados para proteção de
segurança enquanto um grupo de pessoas realizam determinada tarefa ou atividade. O
Equipamento de Proteção Coletiva deve ser usado prioritariamente ao uso do
Equipamento de Proteção Individual por exemplo: um equipamento de enclausuramento
acústico deve ser a primeira alternativa a ser indicada numa situação onde houver risco
físico de ruido, por proteger o coletivo. E somente quando esta condição não for
possível, deve ser pensado o uso de protetores auditivos como Equipamentos de
Proteção Individuais (EPI) para proteção dos trabalhadores, pois são de uso apenas
individual.
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rolantes, objetos afiados, superfícies húmidas e escorregadias, metais fundidos,
superfícies quentes e perigos elétricos.
Proteção contra lesões nos olhos e rosto
Além dos óculos de proteção, os EPI, como capacetes especiais ou bl indagens,
óculos com proteção lateral e proteção para o rosto podem proteger
trabalhadores de fragmentos perigosos ou voadores, lascas grandes, faíscas
quentes, radiação ótica, derrame de metais fundidos, bem como objetos,
partículas, areia, vapores, pós e faísca.
Proteção contra perda auditiva
Usar tampões ou protetores auriculares pode ajudar a prevenir um dano auditivo.
A exposição a altos níveis de ruído pode provocar perda auditiva irreversível ou
deficiência além de stresse físico e psicológico. Os tampões auriculares feitos de
espuma, algodão encerado, ou lã de fibra de vidro ajustam-se automaticamente e
geralmente encaixam bem. Um profissional deve verificar individualmente os
protetores auriculares moldados ou pré-fabricados dos trabalhadores. Os
protetores auriculares devem ser l impos regularmente e substituídos quando não
podem ser limpos.
Proteção contra lesões nas mãos
Os trabalhadores expostos a substâncias perigosas através da absorção pela
pele, cortes severos ou lacerações, abrasões severas, queimaduras químicas,
queimaduras térmicas e temperaturas extremas perigosas beneficiarão da
proteção para as mãos.
Proteção contra lesão corporal
Em alguns casos, os trabalhadores devem proteger a maior parte do corpo contra
perigos no local de trabalho, como exposição ao calor e radiação além de metais
quentes, líquidos escaldantes, fluídos corporais, materiais perigosos ou dejetos e
outros perigos.
Além de roupa resistente ao fogo e algodão resistente ao fogo, os materiais usados
nos EPI que cobrem todo o corpo incluem borracha, couro, sintéticos e plástico
Proteção respiratória
Quando não é possível uma situação de aspiração/el iminação de materiais que
ponham em risco a saúde respiratória, os trabalhadores devem usar respiradores
apropriados que os protejam contra efeitos de saúde adversos causados por respirar
ar contaminado como pós perigosos, névoas, fumos, vapores, gases ou líquidos
pulverizados. Os respiradores geralmente cobrem o nariz e a boca ou todo o rosto ou
cabeça e ajudam a prevenir doenças e lesões. Contudo, é essencial um encaixe
adequado para os respiradores serem eficientes.
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