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trópicos têm que ser construídas a partir de dados observados com a


utilização de radiossondas. Os tefigramas também não são úteis nos
trópicos como nas latitudes médias. Isto ocorre principalmente porque
não existem mudanças bem definidas do tipo de massa de ar nos tró-
picos. Por conseqüência, os tefigramas marcadamente característicos, CAPÍTULO 10
associados aos vários tipos de massa de ar na região temperada, ine-
xistem nos trópicos. Particularmente, os tefigramas tendem a ser
característicos da localidade e das estações, enquanto as flutuações do VARIAÇÕES E
tempo no dia-a-dia são muito pequenas. Como as tempestades são MUDANÇAS CLIMÁTICAS
comuns nas regiões tropicais, constituindo grandes riscos para a aviação,
toma-se necessário distribuir adequadamente as estações de radar ou
detectores eletrônicos de tempestades, para a previsão desses azares Introduç1l0
meteorológicos.
A atmosfera não é estática. Ao contrário, está sempre em cons-
tante agitação. As características atmosféricas mudam de lugar para
Referências Bibliográficas lugare com o decorrer do tempo em qualquer lugar e em escalas de
tempo que variam desde os microssegundos até centenas de anos.
11'
Existeminterações importantes dentro da atmosfera, que podem ser
ATKINSON, B.W. The Weather Business. Londres, Aldus Books, 1968. resultantesou mesmo causadoras de tais mudanças. Essas são apro-
BARRET, E.C. Climatology From Satellites. Londres, Methuen, 1974. priadamentedenominadas mecanismos de feedback, pois não existem
CHANDLER, T.J. Modern Meteorology and Gimatology. Londres, Thomas
simplesprocessos unidirecionais de causa e efeito, uma vez que os
III! Nelson, 1972.
FORSDYKE, A.G. Weather forecasting in tropical regions. U.K. Meteorological efeitos freqüentemente retomam para alterar suas causas. Assim, as
Office Geophysical Memoirs, nl? 82. mudanças dentro da atmosfera podem ser internamente induzidas
LAMB, H.H. Problems and practice in longer-range weather and climate fore- dentro do sistema Terra-atmosfera ou externamente induzidas por
casting. In: Taylor, J.A. (ed.). Weather Forecasting For Agriculture and fatoresextraterrestres.
Industry Edinburgh, David and Charles, 1972.
WICKHAM, P.G. The Practice of Weather Forecasting. Londres, H.M. S.O., 1970.
Ê importante fazer uma distinção entre variações do tempo
atmosférico e variações climáticas. O tempo atmosférico é extrema-
mente variável, particularmente na região temperada. Porém, quer nos
trópicosou na região temperada, a existência de mudanças diurnas e
sa.zonaisdo tempo atmosférico não pode ser negada. As mudanças
clunáticasagregadas formam o clima. Existem evidências de flutuações
ou variaçõesno próprio clima. Quando essas flutuações seguem uma
tendência falamos de tendências climáticas. As flutuações também
Pl~demser de natureza cíclica e fornecem o que se denomina ciclos
c lrnáticos.Por úm longo período de tempo, as flutuações climáticas
i-°demOCorrerde tal forma que passam a provocar uma mudança no
IpOde clima predominante sobre determinada área. Neste caso, falamos

205

~
206 207 ~I

II

de mudança no clima ou mudança climática. Os vários termos usados I III


para descrever as variações no clima, a saber, a variabilidade climática I
flutuaçõesclimáticas,tendênciasclimáticas,ciclosclimáticose mUdanç~I
climática referem-se a algumas escalas apropriadas de tempo e somente II
II
podem ser válidos quando usados dentro de tais escalas temporais. II
(val"iabilidade muito I"ápida pal"a seI" considel"ada
Uma nomenclatura que foi sugerida para a mudança climáticaem
como mudança climátical
várias escalas de tempo é mostrada na Fig. 10.1. Primeiramente, temos
uma variabilidade no clima que é muito rápida para ser considerada
como mudança climática. Tal variabilidade inclui flutuações no clima
dentro de um período menor do que 30-35 anos, um período usual.
mente aplicado para cálculo dos valores das normais climáticas. Em
- Seculal".instl"umental ou
segundo, existem mudanças seculares ou instrumentais no clima que model"na
ocorrem durante um período de 100-150 anos. Em terceiro, existem -
variações no clima durante um tempo histórico remontando a alguns
milhares de anos. Finalmente, temos variações no clima nas escalasdo
c(
!:!
~
-Histól"ica
.~
tempo geológicoabrangendo durações em milhões de anos. a:
c(
C!)
o
-
.J
Indicadores de climas passados c(
.J
Pós - glacial. Holoceno ou Recente
c(
o
As mudanças climáticas do passado nas diferentes escalas de ri)
111
tempo são estudadas com a utilização de diferentes técnicas e evidên- Pleistoceno Qual"tenál"io
cias. A discussão dos climas passados, neste livro, está organizada em a:
ai (Idade glaciall Ipe I"i'odoI
duas partes. A primeira trata dos climas passados durante um período ri)
geológico anterior à história registrada. A segunda trata dos climas o
z
durante a história registrada. Nosso conhecimento do clima predo- c(

minante na fase anterior à história registrada vem de fontes indiretas de :)


o Tel"ciál"io Cenozólco I el"a I
evidência na crosta terrestre. Tais evidências de climas passados são ri)
muitas e variadas. Contudo, elas podem ser agrupadasem três categorias o IPel"íodol
z
c(
amplas, a saber, biológicas, litogenéticas e morfológicas. Os indicadores 5
biológicos dos climas passados incluem fósseis (remanescentes de 111
a
plantas e animais antigos preservados em rochas sedimentares), pólense o
anéis de árvores. Os indicadores litogenéticos dos climas passados a
.~ 5 Mesozóico lel"al 1\\\,
incluem as camadas anuais de aluviões lacustres, os depósitos de sale o:
outros fenômenos de sedimentação, fenômenos de intemperismos co~o lU paleozóico lel"al m
Q. II1
as lateritas, os depósitos glaciais como as morenas e os solos fósseIs, Pl"é-Cambl"iano I~
entre outros. Os indicadores morfológicos dos climas passadosincl~e~ mllhoes
os inselbergs,os terraços fluviais, as dunas fósseis e os aspectos glacIaIS,
como os co"ies (escavações circulares na encosta de uma montanha),
os eskers e as formas residuaisde relevo. Figura 10.1 - Nomenclatura das mudanças climáticas.

~
111'

f II

208 209

a. Indicadores biológicos de climas passados 2. oS pólens, da mesma forma como os fósseis, podem também sofrer
derivação de maneira que indiquem condições climáticas que, de
fato, pertencem a um período anterior.
Os principais indicadores biológicos de climas passados são os
fósseis, os pólens e os anéis de árvores. Os fósseis encontrados em depó- A análise dos anéis de árvore pode ser usada para detectar mu-
sitos sedimentares podem ser datados usando-se técnicas paleonto- dançaclimáticas nos últimos poucos séculos, mais ou menos. Este pro-
lógicas padrões, como a datação do carbono 14. Os fósseis e os depó- cedimento é conhecido como dendrocronologia. Em áreas com mu-
sitos sedimentares nos quais eles são encontrados são estudados para a danças sazonais regulares do tempo atmosférico, geralmente as árvores 1I
determinação da duração e da extensão espacial das condições de sazonaisproduzem um anel de crescimento por ano. O anel de cresci-
temperatura e de umidade que favorecem a existência de tais orga. mento é muito espesso quando as condições de clima são ótimas para o
nismos (plantas e animais), onde eles se fossilizaram.Contudo, existem crescimentodas árvores, ao passo que é estreito se as condições não são
incertezas envolvidas na interpretação ou na utilização de fósseiscomo favoráveis.A dendrocronologia é útil na detecção de mudanças climá-
indicadores de climas passados. A fossilizaçãoé seletiva, de maneira que ticas somente durante o passado muito recente porque a maioria das
os fósseis encontrados podem não ser muito representativos do agru- árvoresatingem a velhice dentro de um período relativamente curto de
pamento floral e faunístico que existia no passado em um determinado algumascentenas de anos. Da mesma forma, a espessura dos anéis de
local. Da mesma forma, as exigênciasclimáticas de um vegetalou de um crescimento é influenciada não somente pelas condições climáticas
animal podem mudar ou variar no curso do tempo. É bastante possível como também pela idade da árvore, que nada tem a ver com o clima.
que as espécies extintas de plantas/animais fossem adaptadas a um clima
bastante diferente daquele no qual as suas modernas contrapartidas são
encontradas. Finalmente, os fósseis podem sofrer derivaçãode maneira b. Indicadores litogenéticos de climas passados
que indiquem condições climáticas que pertençam a um período ante-
rior (Schwarzbach, 1963). Os indicadores litogenéticos de climas passados, freqüentemente
Os pólens são finas substâncias pulverulentas libertadas da antena usadosem estudos de mudança climática, incluem as camadas anuais de
das flores das plantas. Eles s[o carregados pelo vento e podem aluviõeslacustres (varvitos), os evaporitos, os processos de intem-
perismo,particularmente a laterização, e seus produtos. Os varvitos são
depositar-se sobre superfícies terrestres ou aquáticas. Se os pólens se
camadasprovidas de faixas distintas de siltes e de areias depositadas
depositam sobre uma superfície hídrica, afundam no lago ou pântano
anualmente em lagos situados nas proximidades das geleiras conti-
e são incorporados em camadas sedimentares. Os pólens que se deposi-
nentais.O material mais grosseiro, que é também mais claro quanto à
tam sobre a terra têm maior probabilidade de se deteriorarem; encon-
Cor,deposita-seprimeiro durante o derretimento de verão, enquanto o
trados em rochas sedimentares podem ser analisados e datados. A
materialmais fino e mais escuro é depositado no inverno. Cada faixa de
técnica da análise do pólen é conhecida como patinologia.Comparando- materialclaro e escuro representa uma varva (camada anual de aluviões 11I
se os pólens encontrados em rochas sedimentares com os pólens da lacustres).Por meio da contagem do número de camadas anuais de I III1
vegetação moderna é possível inferir os climas das épocas em que OS aluviõeslacustres, o número de anos envolvidos na formação de um Itl
pólens foram preservados. As mudanças climáticas são refletidas nos depÓsitovarvítico pode ser estimado. A espessura relativa da sedimen- I
espectros das camadas sedimentares sucessivas. As duas maiores limi- tação de cada ano individual pode ser usada para inferir variações nas
tações dos pólens como indicadores de climas passadossão: condiçõesclimáticas através de todo o período da deposição.
1. que, da mesma forma como os fósseis, os pólens são seletivamente
cond'Os
- evaporitos ou depósitos de sal somente podem ocorrer sob
preservados e podem não ser representativos da vegetação existente e lÇoes moderadamente quentes e secas, nas quais a evaporação
naquela época; Xcedea preCipitação.A existência dtsses depósitos em áreas atualmente
I
I

~
210 211

úmidas e moderadamente frias é uma indicação de que no passadoo Causasdas mudanças climáticas
clima foi mais seco e mais quente. As lateritas também estão associadas
como os meios ambientes moderadamente secos e úmidos ou sazonal. Urna mudança no clima implica uma mudança na circulação geral
mente úmidos. Portanto, sua ocorrência sugere que tais condições I da atmosfera, da qual o clima depende em última análise. Contudo, o
tenham prevalecidono passadonas áreas onde são encontradasatual. I clima envolve não somente a atmosfera como também a hidrosfera, a
mente.
biosfera, a litosfera e a criosfera. Estes são os cinco componentes que
fonDamo sistema climático. Este sistema também está sujeito a influên-
c. Indicadores mor!ológicos de climas passados cias extraterrestres, particularmente à do Sol. Portanto, o clima de-
pendede, ou é determinado por, dois fatores principais:
As evidências morfológicas de climas passados são muitas e va.
riadas. Elas incluem formas residuais de relevo (como, por exem. 1. a natureza dos componentes que formam o sistema climático e as
pIo, antigas praias, dunas e relevos glaciais como as morenas e eskers) interaçõesentre os vários componentes;
e terraços fluviais. As formas residuais de relevo geralmente não 2. a natureza das condições geofísicas exteriores ao sistema climático ':1

apresentam problemas de interpretação, desde que sejam reconhecidas. e as influências que exercem sobre o sistema climático.
1:1

As dunas são aspectos de um meio ambiente árido e, portanto, sugerem A Fig. 10.2 é uma ilustração esquemática do sistema climático ,~,I
I

aridez. De maneira semelhante, os aspectos glaciais,como as morenase com alguns exemplos dos processos físicos responsáveis pelo clima e
os eskers, sugerem a ocorrência de glaciação no passado. Contudo, as pelas mudanças climáticas. O estado climático em qualquer período
antigas praias podem ter surgido por outros motivos que não sejama dadodepende de três fatores cruciais que são:
mudança climática. Uma queda no nível do mar ocasionada pela epiro.
gênese, por exemplo, irá causar o surgimento de novas praias à medida E8PACO
MUDANCA8 NA
RADIAÇÃO 80LAR 1II

que as antigas se tomam localizadas a uma maior distância da costa.


Similarmente, os terraços fluviais podem ser formados por mudança ATM08FERA
climática envolvendo variações no relacionamento débito fluvial/carga
detrítica do rio, bem como por processos de captura fluvial e tecto.
nismo, que nada têm a ver com mudanças no clima.
Portanto, as evidências de mudanças climáticas devem ser cuida.
RADIAÇÃO
TERRE8TRE

H:zO,~, 02' C~,


e INTERACÃO AR.
BIOMASSA.TERRA
'I
II~~I'

dosamente estudadas e avaliadas antes que sejam aceitas como tais.


Além disso, várias evidências que se corroboram mutuamente deveriam
ser normalmente usadas na determinação do padrão de mudanças climá.
~, etc.Aeroaõia

INTERACÃO AR.GELO
PRECIPITAÇÃO
EVAPORAÇÃO

TEN8ÃC PElO \lENTO


Il I'

'I
II
"

TI'IOCA DE CALOR B 10M A88A I~~~~I'I


ticas no passado. Freqüentemente toma-se errôneo confiar em apenas
uma evidência na determinação do padrão do clima no passado. Ent ! 1
grande parte, o estudo do clima passado assemelha-seà solução de unt
I~!il
quebra-cabeças. Exige paciência. Todas as evidências disponíveis tênt U",
MUDANÇA" NA
que ser consideradas em conjunto para que se chegue a decisões ra. COMPOSICÃO ATMOSFÉRICA

zoáveis concementes ao padrão de clima no passado. As várias evi.


dências de mudanças climáticas resultam dos efeitos do clima sobre oS MUDANÇA8 NOS A"PECT08 MUDANÇA8 NA FORMA 0A8
CONT INENTAI8:0ROGRAFIA, BACIA8 OCEÂNICA8, NA
animais, vegetação e relevo, entre outros. Então, quais são as causas VEGETAÇÃO, ALBEDO,E'It:.
8AL.INIDADE. ETC.
!11I

de mudanças no clima? É a essa importante indagação que passamosa 11

dirigir nossa atenção. Figura 10.% - O sistema climático mundial.


"I~

11~1i
I

~
212 213

1. a quantidade de energia proveniente do Sol recebida pelo sistema


climático;
2. a maneira pela qual esta energia é distribuída e absorvida sobre a
--- Tabela 10.1 - Teorias das causas de mudanças climáticas

A. Causas te"estres
1. Migração polar e deriva continental
superfície da Terra; 2. Mudanças na topografia da Terra
3. a natureza da interação dos processos entre os vários componentes 3. Variações na composição atmosférica 11
li!
do sistema climático. 4. Mudanças na distribuição das superficíes continentais e hídricas 111

5. Variações na cobertura de neve e de gelo


As teorias de mudança climática tentam explicar as variações Ifll
temporais nos três fatores acima. Contudo, as variações no clima B. Causasastronômicas
II!!I '111

ocorrem em diferentes escalas de tempo e, portanto, podemos requerer 1. Mudanças na excentricidade da órbita terrestre
2. Mudanças na precessão dos equinócios
diferentes teorias para explicar tais variações. Esta é a razão por que 3. Mudanças na obliqüidade do plano de ec1íptica I~t

nenhuma teoria isolada de mudança climática foi considerada satisfa-


tória na explicação de todas as variações que ocorreram no clima C. Causas extraterrestres
mundial. Além disso, acredita-se que vários fatores atuam para causar 1. Variações na quantidade de radiação solar (output solar)
2. Variações na absorção da radiação solar exterior à atmosfera terrestre
uma mudança no clima. As várias teorias de mudança climática, que
foram formuladas pelos vários pesquisadores no decorrer dos anos,
podem ser discutidas sob três amplas categorias, a saber: causas
terrestres, astronômicas e extraterrestres (ver Tabela 10.1). a precipitação. Em segundo lugar, a orogênese pode envolver vulca-
nismo, que forneceria aerossóis e outros poluentes que afetariam a
transparênciada atmosfera e, conseqüentemente, a quantidade de ener-
a. Causas terrestres de mudança climática giaque chega ou que sai da superfície terrestre. Todos eles terão efeitos
sobre o equilíbrio energético da Terra e, conseqüentemente, sobre o
clima.
As teorias das mudanças climáticas pertencentes a este grupo Várias outras teorias terrestres de mudança climática estão ba-
m!

tentam relacionar as mudanças do clima às variações nas condições Ir

seadasem variações na transparência atmosférica. À parte os aerossóis II


terrestres. As mudanças na distribuição dos continentes e oceanos vulcânicos mencionados anteriormente, têm havido variações nos
III

acarretariam uma mudança na distribuição de energia e, conseqüen-


seguintes constituintes atmosféricos: bióxido de carbono (C02),
temente, na circulação geral da atmosfera e no clima por causa das '1'1,

ozônio (03) e vapor d'água. Todos esses constituintes desempenham


diferenças bem conhecidas nas características térmicas das superfícies
importantespapéis no equilíbrio energético da Terra. Portanto, pode-se
hídricas e continentais. Exemplos de tais teorias incluem aquelas da ,'I' I
esperarque as variações em suas concentrações na atmosfera influen-
migração polar e da deriva continental. Mudanças nas localizações dos
ciem o equilíbrio energético global e, conseqüentemente, a circulação
continentes e dos oceanos também significariamque determinadas áreas
geralda atmosfera da qual o clima depende.
estariam localizadas mais próximas ou mais afastadas dos pólos ou do
Equador, com mudanças concomitantes no clima. Também existetn
teorias relacionadas com mudanças na topografia dos continentes e dos
oceanos, particularmente dos primeiros. Os processos de formação de b. Causas astronômicas de mudança climática \

i
montanhas podem ser considerados como influenciando o clima de duas ,I
maneiras. Primeiramente, a alteração na topografia liga-se com mu' As teorias astronômicas das mudanças climáticas estão baseadas
danças concomitantes na influência exercida sobre o fluxo de ar, inso' ~mmUdançasna geometria da Terra. As principais são as seguintes: mu- 1

lação e outros elementos do tempo atmosférico, como a temperatura e ançasna excentricidade da órbita terrestre, na precessãodosequinócios, I ,

1
1'--
215
214

e na obliqüidade do plano da eclíptica. As flutuações na excentricidade caUsade mudanças no output solar ou por causa de mudanças na
da órbita terrestre causam variações na recepção de energia solar pela PO~tidade de radiação solar absorvida no exterior da atmosfera ter-
Terra. A distância do Sol a partir do centro da órbita eclíptica controla ;:Stre. Existem flutuações cíclicas a curto, médio e longo prazo na
a distância da Terra ao Sol em diferentes épocas do ano, bem cornoa uantidade de output solar. As manchas solares causam flutuações de
duração das quatro estações. Quanto menor a excentricidade da órbita qutput com ciclos de 11,22,44 anos, etc. As labaredas solares também
eclíptica, menores serão as diferenças na duração das estações, e quanto ~ausamflutuações a curto prazo na natureza e na quantidade de radia-
maior a excentricidade maiores serão as variações entre as estações.No ção solar. Sabe-se que tais flutuações ocorrem no espectro solar espe-
periélio, quando a Terra está mais próxima do Sol, a recepção de ener. cialmentena gama ultravioleta e nos raios-X (radiação cósmica), que
gia solar é 6% maior do que no afélio, quando a Terra está mais afastada aumentamdurante as explosões solares. As oscilações das marés provo-
do Sol. A excentricidade da órbita terrestre oscila com a periodicidade cadasno Sol pelos planetas em suas órbitas também causam flutuações 1\

de cercade 92.000anos.Isto significaqueem aproximadamente50.000 no output solar. Finalmente, as variações nas partículas de poeira
:'1'"

anos a Terra em sua órbita estará mais próxima do Sol emjulho, e não interestelarcausam variações na quantidade de energia solar que alcança II,

em janeiro como atualmente. Os verões no hemisfério Norte podem, à parte superior da atmosfera terrestre. De todas estas influências, as "
portanto, se tornar mais quentes e os invernos mais frios durante os manchassolares têm sido as mais intensamente estudadas. Os aumentos II

próximos 50.000 anos. nas manchas solares foram associados às condições mais moderada-
IIII,I1
A precessão dos equinócios também varia com a periocidade de mente frias e mais úmidas, enquanto as diminuições são associadas
aproximadamente 22.000 anos. O termo refere-seà mudança regularno comas condições moderadamente quentes e mais secas.
tempo em que a Tem~ está a uma dada distância do Sol. Atualmente os
equinócios ocorrem em 21 de março e 23 de setembro, enquanto os
solstícios ocorrem em 21 de junho (solstício de verão) e em 21 de o climado mundo durante os períodos geológicos
dezembro (solstício de inverno). O deslocamento dos quatro pontos
sazonais resultará na migração das estações ao longo da órbita. Acredi. Já está bem estabelecido que o clima tem variado durante a his-
ta-se que esse deslocamento seja causado pela atração gravitacional tória da Terra, muito embora as causas destas variações ainda não este-
entre o Sol, a Lua e a Terra. As flutuações na precessão dos equinócios
jam inteiramente entendidas. Não obstante se calcule que a Terra
causarão mudanças nas estações.
possua cerca de 3 a 4 bilhões de anos, o estudo de climas passados
Também existem variações na obliqüidade do plano da eclíptica
com periocidade aproximada de 41.000 anos. Atualmente, a obliqüi. (paleoclimatologia)cobre apenas mais ou menos 500-600 milhões de
dadeo é de cerca ode 23160,porém variou no passado periodicamente de' anos.Isto ocorre porque as evidências de climas passados só raramente
2116 para 2416 . As estações resultam do fato de que a Terra esta são encontradas em rochas pré-cambrianas. Conforme mencionado
inclinada nesse ângulo, em sua órbita em torno do Sol. Assim,umadirni' anteriormente, a paleoclimatologia depende de fósseis e de alguns
nuição na obliqüidade da eclíptica diminuiria as diferenças entre aS indicadoresnão-biológicos de climas passados, enquanto as suas técnicas
estações, mas aumentaria a distinção das zonas climáticas. Por outro de datação são emprestadas da paleontologia - um ramo da geologia
lado, um aumento no ângulo causaria marcantes diferenças sazonais, voltadapara o estudo dos fósseis.
porém as zonas geográficasseriam menos distintas ou até mesmo desa. Um sumário da história do clima do mundo desde o pré-Cam-
pareceriam (Gates, 1972). briano é apresentado na Fig. 10.3. Nosso conhecimento do clima do
mundo melhora 'à medida que consideramos períodos mais recentes.
c. Causas extraterrestres de mudança climática ~or exemplo, mais conhecimento.se tem a respeito das variações climá-
tl~as durante o Pleistoceno do que durante o período Terciário. Acre-
As teorias das causas extraterrestres sobre as mudanças climátiCas dIta-seque na maior parte do último bilhão de anos tenham ocorrido
postulam alterações na quantidade de energia solar que chega à Terra, Condiçõesclimáticasmoderadamente quentes e, portanto, sem ocorrência
216 217

QUATERNÁRIO
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8~ hoje

-
"'''''-
Estimado da fauna e flol"Q
Calcu ladO de fatores geográficos
AN08 ANTE8 00 PRE8ENTE

C Cambriano O ordoviciano 8 8iluriano o Oevoniano


Figura10.4 - Variações da temperatura do globo terrestre nos últimos 850.000
anos (conforme Roberts e Landsford, 1979).
Cb Carbonifero P Permiano T Triássico ..J ..Juráasico
Cr Cretáceo E Eoceno O Oligoceno M Mioceno
PI Plioceno

estadofrio na maior parte do último milhão de anos, oscilando através


Figura 10.3 - Variações das temperaturas durante os períodos geológicos.
de uma série de episódios glaciais e interglaciais, durante os quais as
geleirascontinentais altemadamente avançaram e recuaram à medida
que a temperatura abaixava ou se elevava(Roberts e Landsford, 1979).
de gelo. Este clima moderadamente quente foi interrompido por duas
idades glaciais anteriores à época do Pleistoceno, do último milhão de O último período de glaciação continental extensiva durante o Pleisto-
anos. Há cerca de 300-350 milhões de anos atrás, geleirascontinentais cenoocorreu entre 22.000 e 14.000 anos atrás. As geleirascontinentais
cobriam as atuais América do Sul, África, fndia, Austrália e Antártica. começarama recuar. Por volta de 8.500 anos atrás, as geleiras conti-
nentaisna Europa haviam recuado até as suas posições atuais, enquanto
Essas massas continentais estavam unidas em um supercontinente
chamado "Continente de Gondwana". Anteriormente, entre cerca de as geleirascontinentais norte-americanas recuaram para as suas atuais
posiçõeshá cerca de 7.000 anos atrás.
600-800 milhões de anos atrás, Ocorreu extensiva glaciação na Groen-
O período de 7.000 a 5.000 anos atrás era mais moderadamente
lândia, África, Austrália e Ásia. A Fig. 10.3 mostra um período de
150 milhões de anos de altas temperaturas entre 500 e 350 milhõesde quente do que a época atual, porém os últimos 5.000 anos foram mar-
anos atrás. Desde então, a tendência geral da temperatura tem sido des- cadospor temperaturas no geral declinantes com intervalos excepcio-
nalmente frios há cerca de 2.800 e 350 anos atrás. O último intervalo
cendente, embora tenham havido algumas grandes variações notáveis.
As temperaturas mais baixas no hemisfério Norte, desde o Cambriano, frio entre 1.550 e 1.850 foi denominado "a pequena idade do gelo".
Duranteeste período, os glaciares europeus aumentaram e os vinhedos
OCorreramdurante a glaciação do Pleistoceno, datado de aproximada-
mente um milhão de anos. desapareceram da Inglaterra. Muitos c1imatologistas acreditam que
a~Ualmenteestamos atravessando um período interglacial, cuja duração
Um sumário suficientemente detalhado das variaçõesdo climana ninguémrealmente conhece.
Terra, desde o período pré-Cambriano até a época atual, é mostrado na
Tabela 10.2. Três períodos de glaciação ocorreram nos últimos 600
milhões de anos, mais ou menos. Houve uma glaciação no período o climado mundo durante a história registrada
pré-Cambriano, durante o Permiano e, mais recentemente, durante o
Pleistoceno. A Fig. 10.4 mostra o gráfico da temperatura do ar sobre d Nossos conhecimentos e compreensão das variações climáticas
a Terra nos últimos 850.000 anos. Ele indica que o clima da Terra teII1 Urantea história registrada não são muito melhores do que sobre o
219 111', I
218

-
tos da análise dos anéis de árvores e de análises geocronológicas
deva!Vi '
'
Tabela10.2 - Climas dos váriosperíodos geológicos . li,!,
I'
(conformeBrooks,1949) cernentesàs mudanças no chma.
con As escavações arqueológicas têm fornecido indicações a respeito
Idade por meio d qual tipo de clima predominava em muitas áreas no passado. Por
Era Período de radiativi-
dade (emmi-
Clima eemplo,desenhos de animais de savanasfeitos nas rochas foram sendo
e:ados para mostrar que as periferias setentrionais e meridionais do

Quaternária Recente (Holoceno)


Thõesde anos)

1
-
Glaciaçõesnas latitudes
~esertodo Saara estavam a 100-250 quilômetros para o interior, há
7.000 anos atrás. A distribuição dos artefatos também indica que o
homemneolítico e seu rebanho podiam deslocar-seatravés do Saara de
Pleistoceno temperadas
maneira relativamente fácil nessa época. Portanto, somos levados a
Terciária Plioceno 13 Moderadamentefrio concluir que nenhum deserto real existia em determinadas partes do
Mioceno 30 Moderado atual deserto do Saara. Antigos locais de poços e de instalações hi-
Oligoceno 60 Moderado para modera. dráulicastambém têm fornecido evidências de que as populações viviam
damente quente em áreas onde a vida é atualmente insuportável. O relato oral sobre
1"1' Eoceno .. Moderado tornando-se
fomes e migração em grande escala também indica a deterioração do
'I""'"
:1" quente
climano passado. Estas evidências têm que ser cuidadosamente consi-
Mesozóica Cretáceo 110 Moderado deradas,pois a fome e a migração poderiam ser induzidas pela guerra
.; ;111" Jurássico 155 Moderadamente quente e ou pelas pestes, que não possuem qualquer relacionamento com a
"Ia invariável deterioraçãodas condições climáticas.
Triássico 190 Moderadamente quente e
'li ,I'
invariável
O padrão de mudança climática nos trópicos, particularmente na
Áfricae durante os últimos 2.000 anos, foi delineado por Grove (1968,
Paleozóica Permiano 210-240 Glacial a princípio, tor. 1972).A seqüência das variações climáticas na África nos últimos 2.000
r" nando-semoderado anosparece ser a seguinte. Há cerca de 20.000 a 15.000 anos atrás, o
CarbonÍfero 260-300 Moderadamentequentea climaera mais seco do que atualmente em grandes áreas da África
li" princípio, tornando-se tropical, particularmente em regiões atualmente semi-áridase subúmi-
glacial
Devoniano 310-340 Moderadotornando-se das. Também era mais frio do que o atual, com as temperaturas va-
quente riandode 4-6°C mais baixas do que no presente. As perdas por evapo-
Siluriano 340 Moderadamentequente ração eram de aproximadamente 2/3 dos valores atuais. A elevação
Ordoviciano 400 Moderadopara quente pós-glacialdo nível do mar resultou na formação de estuários, restingas
Cambriano 510 Frio, tornando-se mode. e lagoas fechadas.
radamente quente
. Cerca de 12.000 a 7.000 anos anteriores ao presente, o clima na
Pré-Cambriana 560 Glacial ~aJor parte das regiões da África era moderadamente quente e mais
umido do que agora. Contudo, as temperaturas eram mais baixas,
porémmais elevadasdo que as obtidas para a época de 20.000 a 15.000
anos atrás.. Durante essa época, no Saara meridional provavelmente IIII~
período geológico. As evidências são obtidas a partir de uma variedade II
de fontes incluindo arqueologia, antropologia, evidência documentária ~redominavaclima mediterrâneo, que persistiu na área do Chade até
.000 anos atrás (Grave, 1972). O deserto do Saara era muito menor 1I
e, mais recentemente, registros instrumentais. Durante todo o período
da história humana escrita e inferida, as fontes citadas serviram para d~anto a sua extensão, em comparação com a atual. Conforme men.
ionado anteriormente, os desenhos rupestres de animais da savana no
explicar as informações controladas provenientes da análise das camadas
220
221

Saara indicam que seus limites setentrional e meridional estavam a Tabela 10.3 - Flutuações do clima na Europa (principalmente 111
100-250 quilômetros mais para o interior, aproximadamente há 7.000
anos atrás. O lago Chade era muito maior. O nível do Mega-Chadeera
de 320-330 metros, enquanto o nível apresentado pelo lago Chade
-
AC
segundo Brooks, 1949)

atualmente é de 282 metros (Grove, 1972). 5400 Úmido e moderadamente quente


Mais seco e mais moderadamente frio
Este período pluvial foi sucedido por um outro período seco que 5000
4500 Úmido e muito moderadamente quente
durou mil anos, que possibilitou o surgimento, em várias áreas, de uma Tornando-se mais moderadamente frio e mais seco
ou mais fases quando o clima era mais úmido do que atualmente. As 4000-3000
2200 Muito seco especialmente na Europa Central
mudanças de clima durante os últimos 2.000 anos foram menores, 2000 Período chuvoso
deixando poucas evidências na paisagem. Isso dificultou bastante o 1200-1000 Seco e moderadamente quente
estudo das variações climáticas durante os últimos 2.000 anos, até 850 De certa forma mais úmido e mais moderadamente frio
chegarmos ao período dos registros instrumentais, no final do século 700-500 Seco e moderadamente quente
500 Brusco aumento da precipitação, muito mais moderamente frio
XIX. Para algumas áreas existem registros de variações nos níveis dos
lagos ou rios para as épocas mais antigas, notavelmente para a bacia do DC
Nilo e África Oriental. O Clima similar ao atual :II!II i

No caso da Europa, contudo, os registros meteorológicos instru- 100 Mais seco e mais moderadamente quente
mentais remontam a cerca de três séculos e, na América do Norte, há 180-350 Mais chuvoso I
I~III
li'

600-700 Seco e moderadamente quente


aproximadamente dois séculos. Em outros continentes, incluindo a 800-1200
1111"1

Pouco gelo, precipitação intensa na Europa Central 111


África, eles estão confinados aos últimos 100-150 anos e, em muitos 1200-1300 Grande turbulência, invernos amenos, provavelmente chuvosos "',,:11,11

casos, a este século. Tem-se que ter em mente, contudo, que a precisão 1500-1600 Seco lillr

dos instrumentos muito antigos nem sempre deixa de merecer descré- 1600 Início do avanço geral dos glaciares
1677-1750 Período seco, invernos geralmente amenos
dito. Isto aplica-se particularmente aos registros da precipitação, por í850-1950
11;;

Elevação da temperatura de inverno, recessão geral dosglaciares


causa das várias maneiras em que os pluviômetros primitivos eram 1950-Presente Tendência de ligeiro resfriamento resultante no decréscimo da
expostos. Alguns dos primeiros tipos de pluviômetros não faziam ante- duração da estação de crescimento
paros adequados para evitar a reevaporação da chuva caída.
Uma arranjo cronológico das variações do clima da Europa nos
últimos 8.000 anos é mostrado na Tabela 10.3. Uma lista cronológica da estaçãode crescimento. A precipitação também tem variado desde o
similar de variação no clima no norte da África nos últimos 2.500 anos, começo dos registros instrumentais, conforme indicam os estudos
até o século XIV, é mostrada na Tabela 10.4. Arranjos cronológicos provenientes de várias regiões. Na África Ocidental, por exemplo, as
similares sobre as variações no clima da Ásia e da América durante o ~aiores secas aconteceram pelo menos três vezes desde o começo deste
período da história registrada foram tentados por vários pesquisadores seculo.Houve seca em 1913-4, 1943-6 e, recentemente, em 1972-4.
(Brooks, 1949). A seca de 1913-4 afetou a maior parte das regiões africanas. Similar-
O padrão de variação da temperatura no hemisfério Norte, desde
~~~t~, a ,seca de 197~-4 no Sabel da África Ocidental estendeu-se à
quando os registros instrumentais começaram, é mostrado na Fig. 10.5. bOplae as regiõesda Africa Oriental.
Houve tendência de aquecimento global, que se iniciou na década de
d Desde que começaram os registros instrumentais dos elementos
1880 e terminou na década de 1940, quando começou um resfria- tO !empo atmosférico, foram observados amplas variações na precipi-
mento. A tendência de resfriamento parece ter sido invertida desde a açaoda América do Norte, Europa e Ásia. Secas intensas foram experi- mh
década de 60. A tendência da temperatura é importante, particular- ~ntadas nos Estados Unidos, em 1893-4, na década de 1930 e em
mente nas áreas extratropicais, onde a temperatura determina a duração 75-6. A Europa também experimentou várias secas no passado,
I~II,
223
222 111

Tabela 10.4 - Variações do clima no norte da África ;I!:


i!! li
(conforme Brooks, 1949)

Data OásisKharga Nilo


--
Outras localidades
16'
~
E
111
.Q

Cheias elevadas
-- 1)-

-o ~oE
.~
500 a.C Próspero
100 Excessiva perfuração Cheias benignas Alexandria mais chu.
J:!
o X
.-
de poços vosa no verão o~
200 Dec1ínio temporário Cheias mais precárias ~;, oa.
...-
de prosperidade ~
400 Melhoria Cheias benignas Império Mandingano ~
(320-680 d.C) ~
700 Grande dec1ínio Nível mínimo Dissolução do Impé. 14" 1900 1920 1940 1960 1976
1880
(700-1000 d.C) rio Mandingano AnDa
1150 Quase despovoado Evolução do estágio de
nível baixo, em torno Figura 10.5 - Variações das temperaturas no hemisfério Norte, em épocas
de 1100 d.C recentes (conforme Roberts e Landsford, 1979).
1225 Mais próspero Nível baixo Tráfego no Deserto
Oriental desprovido
de água
1300 Mais melhorias novas Nível baixo Estados sudaneses regionalou continental de flutuações climáticas. As técnicas de análise
prósperos das evidências de climas passados estão sendo aprimoradas e, atual.
mente,são muito sofisticadas. As variações no clima em épocas recentes
estão melhor documentadas, graças ao aprimoramento da rede de
sendo 1975-6 a mais recente. O sudeste da Ásia também sofreu varia. postosmeteorológicos, muito embora ainda seja necessáriomaior aper-
ções na precipitação ocorrendo períodos de secas e de inundações. feiçoamento. As latitudes baixas, as áreas polares, os desertos e os
O abaixamento das chuvas sazonais de monção é a principal causa de oceanosainda estão precariamente servidos por estações meteorológicas.
seca nesta parte do mundo. As inundações, por outro lado, são causados
por ciclones ou por pancadas de chuvas de monção. Estes extremos de Referências Bibliográficas
suprimento de umidade são bem exemplificados no subcontinente
indiano, onde desastres por inundações e secasocorrem muito freqüen- BROOKS, C.E. Climate Through the Ages, 2\1-ed., Nova Iorque, Dover Publi-
mente. cations,1949.
É perfeitamente aparente, a partir do exposto, que o estudo do GATES, E.S. Meteorology and Climatology for the Sixth Form and Beyond.
4\l ed., Londres, Harrap, 1972.
clima do passado requer a habilidade do geólogo, do botânico, do clima- GROVE, A.T. The last 20,000 years in the tropics. In: Harvey, A.M. (ed.).
tologista, dentre outros, e exige paciência e dedicação. As váriasfontes Geomarphology in a Tropical Environment. Brittish Geomorphological
de evidência têm que ser cuidadosamente consideradas e harmonizadas. G Research Group Occasional Paper n\? 5,1968.
Uma tendência supostamente climática pode ser, de fato, parte de um ROVE, A.T. Climate change in Africa in the last 20,000 years. In: Les Proble.
ciclo climático. Uma mudança no clima pode ser ainda mais difícil de RO mes de Développement du Sahara Septentrional, vol. 2, Algiers, 1972.
BERTS, W.O. e LANDSFORD, H. The Climate Mandate. San Francisco, W.H.
determinar. Enquanto a temperatura ou a precipitação decrescem com Freeman 1979
o passar do tempo em uma determinada área, a tendência em um outr~ SCHWARZBACH,
,. M. Climates of the Past: An lntroduction to Palaeoclimato.
local pode ser oposta. As tendências climáticas locais, os ciclos oUate WMlagy, Londres,Van Nostrand, 1963.
mesmo as mudanças podem estar em desacordo com o padrão global . .0 Proceedingsof the WorldClimate Conference W.M.O. Genebra, 1979.

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