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206 207 ~I
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f II
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a. Indicadores biológicos de climas passados 2. oS pólens, da mesma forma como os fósseis, podem também sofrer
derivação de maneira que indiquem condições climáticas que, de
fato, pertencem a um período anterior.
Os principais indicadores biológicos de climas passados são os
fósseis, os pólens e os anéis de árvores. Os fósseis encontrados em depó- A análise dos anéis de árvore pode ser usada para detectar mu-
sitos sedimentares podem ser datados usando-se técnicas paleonto- dançaclimáticas nos últimos poucos séculos, mais ou menos. Este pro-
lógicas padrões, como a datação do carbono 14. Os fósseis e os depó- cedimento é conhecido como dendrocronologia. Em áreas com mu-
sitos sedimentares nos quais eles são encontrados são estudados para a danças sazonais regulares do tempo atmosférico, geralmente as árvores 1I
determinação da duração e da extensão espacial das condições de sazonaisproduzem um anel de crescimento por ano. O anel de cresci-
temperatura e de umidade que favorecem a existência de tais orga. mento é muito espesso quando as condições de clima são ótimas para o
nismos (plantas e animais), onde eles se fossilizaram.Contudo, existem crescimentodas árvores, ao passo que é estreito se as condições não são
incertezas envolvidas na interpretação ou na utilização de fósseiscomo favoráveis.A dendrocronologia é útil na detecção de mudanças climá-
indicadores de climas passados. A fossilizaçãoé seletiva, de maneira que ticas somente durante o passado muito recente porque a maioria das
os fósseis encontrados podem não ser muito representativos do agru- árvoresatingem a velhice dentro de um período relativamente curto de
pamento floral e faunístico que existia no passado em um determinado algumascentenas de anos. Da mesma forma, a espessura dos anéis de
local. Da mesma forma, as exigênciasclimáticas de um vegetalou de um crescimento é influenciada não somente pelas condições climáticas
animal podem mudar ou variar no curso do tempo. É bastante possível como também pela idade da árvore, que nada tem a ver com o clima.
que as espécies extintas de plantas/animais fossem adaptadas a um clima
bastante diferente daquele no qual as suas modernas contrapartidas são
encontradas. Finalmente, os fósseis podem sofrer derivaçãode maneira b. Indicadores litogenéticos de climas passados
que indiquem condições climáticas que pertençam a um período ante-
rior (Schwarzbach, 1963). Os indicadores litogenéticos de climas passados, freqüentemente
Os pólens são finas substâncias pulverulentas libertadas da antena usadosem estudos de mudança climática, incluem as camadas anuais de
das flores das plantas. Eles s[o carregados pelo vento e podem aluviõeslacustres (varvitos), os evaporitos, os processos de intem-
perismo,particularmente a laterização, e seus produtos. Os varvitos são
depositar-se sobre superfícies terrestres ou aquáticas. Se os pólens se
camadasprovidas de faixas distintas de siltes e de areias depositadas
depositam sobre uma superfície hídrica, afundam no lago ou pântano
anualmente em lagos situados nas proximidades das geleiras conti-
e são incorporados em camadas sedimentares. Os pólens que se deposi-
nentais.O material mais grosseiro, que é também mais claro quanto à
tam sobre a terra têm maior probabilidade de se deteriorarem; encon-
Cor,deposita-seprimeiro durante o derretimento de verão, enquanto o
trados em rochas sedimentares podem ser analisados e datados. A
materialmais fino e mais escuro é depositado no inverno. Cada faixa de
técnica da análise do pólen é conhecida como patinologia.Comparando- materialclaro e escuro representa uma varva (camada anual de aluviões 11I
se os pólens encontrados em rochas sedimentares com os pólens da lacustres).Por meio da contagem do número de camadas anuais de I III1
vegetação moderna é possível inferir os climas das épocas em que OS aluviõeslacustres, o número de anos envolvidos na formação de um Itl
pólens foram preservados. As mudanças climáticas são refletidas nos depÓsitovarvítico pode ser estimado. A espessura relativa da sedimen- I
espectros das camadas sedimentares sucessivas. As duas maiores limi- tação de cada ano individual pode ser usada para inferir variações nas
tações dos pólens como indicadores de climas passadossão: condiçõesclimáticas através de todo o período da deposição.
1. que, da mesma forma como os fósseis, os pólens são seletivamente
cond'Os
- evaporitos ou depósitos de sal somente podem ocorrer sob
preservados e podem não ser representativos da vegetação existente e lÇoes moderadamente quentes e secas, nas quais a evaporação
naquela época; Xcedea preCipitação.A existência dtsses depósitos em áreas atualmente
I
I
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úmidas e moderadamente frias é uma indicação de que no passadoo Causasdas mudanças climáticas
clima foi mais seco e mais quente. As lateritas também estão associadas
como os meios ambientes moderadamente secos e úmidos ou sazonal. Urna mudança no clima implica uma mudança na circulação geral
mente úmidos. Portanto, sua ocorrência sugere que tais condições I da atmosfera, da qual o clima depende em última análise. Contudo, o
tenham prevalecidono passadonas áreas onde são encontradasatual. I clima envolve não somente a atmosfera como também a hidrosfera, a
mente.
biosfera, a litosfera e a criosfera. Estes são os cinco componentes que
fonDamo sistema climático. Este sistema também está sujeito a influên-
c. Indicadores mor!ológicos de climas passados cias extraterrestres, particularmente à do Sol. Portanto, o clima de-
pendede, ou é determinado por, dois fatores principais:
As evidências morfológicas de climas passados são muitas e va.
riadas. Elas incluem formas residuais de relevo (como, por exem. 1. a natureza dos componentes que formam o sistema climático e as
pIo, antigas praias, dunas e relevos glaciais como as morenas e eskers) interaçõesentre os vários componentes;
e terraços fluviais. As formas residuais de relevo geralmente não 2. a natureza das condições geofísicas exteriores ao sistema climático ':1
apresentam problemas de interpretação, desde que sejam reconhecidas. e as influências que exercem sobre o sistema climático.
1:1
As dunas são aspectos de um meio ambiente árido e, portanto, sugerem A Fig. 10.2 é uma ilustração esquemática do sistema climático ,~,I
I
aridez. De maneira semelhante, os aspectos glaciais,como as morenase com alguns exemplos dos processos físicos responsáveis pelo clima e
os eskers, sugerem a ocorrência de glaciação no passado. Contudo, as pelas mudanças climáticas. O estado climático em qualquer período
antigas praias podem ter surgido por outros motivos que não sejama dadodepende de três fatores cruciais que são:
mudança climática. Uma queda no nível do mar ocasionada pela epiro.
gênese, por exemplo, irá causar o surgimento de novas praias à medida E8PACO
MUDANCA8 NA
RADIAÇÃO 80LAR 1II
INTERACÃO AR.GELO
PRECIPITAÇÃO
EVAPORAÇÃO
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A. Causas te"estres
1. Migração polar e deriva continental
superfície da Terra; 2. Mudanças na topografia da Terra
3. a natureza da interação dos processos entre os vários componentes 3. Variações na composição atmosférica 11
li!
do sistema climático. 4. Mudanças na distribuição das superficíes continentais e hídricas 111
ocorrem em diferentes escalas de tempo e, portanto, podemos requerer 1. Mudanças na excentricidade da órbita terrestre
2. Mudanças na precessão dos equinócios
diferentes teorias para explicar tais variações. Esta é a razão por que 3. Mudanças na obliqüidade do plano de ec1íptica I~t
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montanhas podem ser considerados como influenciando o clima de duas ,I
maneiras. Primeiramente, a alteração na topografia liga-se com mu' As teorias astronômicas das mudanças climáticas estão baseadas
danças concomitantes na influência exercida sobre o fluxo de ar, inso' ~mmUdançasna geometria da Terra. As principais são as seguintes: mu- 1
lação e outros elementos do tempo atmosférico, como a temperatura e ançasna excentricidade da órbita terrestre, na precessãodosequinócios, I ,
1
1'--
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214
e na obliqüidade do plano da eclíptica. As flutuações na excentricidade caUsade mudanças no output solar ou por causa de mudanças na
da órbita terrestre causam variações na recepção de energia solar pela PO~tidade de radiação solar absorvida no exterior da atmosfera ter-
Terra. A distância do Sol a partir do centro da órbita eclíptica controla ;:Stre. Existem flutuações cíclicas a curto, médio e longo prazo na
a distância da Terra ao Sol em diferentes épocas do ano, bem cornoa uantidade de output solar. As manchas solares causam flutuações de
duração das quatro estações. Quanto menor a excentricidade da órbita qutput com ciclos de 11,22,44 anos, etc. As labaredas solares também
eclíptica, menores serão as diferenças na duração das estações, e quanto ~ausamflutuações a curto prazo na natureza e na quantidade de radia-
maior a excentricidade maiores serão as variações entre as estações.No ção solar. Sabe-se que tais flutuações ocorrem no espectro solar espe-
periélio, quando a Terra está mais próxima do Sol, a recepção de ener. cialmentena gama ultravioleta e nos raios-X (radiação cósmica), que
gia solar é 6% maior do que no afélio, quando a Terra está mais afastada aumentamdurante as explosões solares. As oscilações das marés provo-
do Sol. A excentricidade da órbita terrestre oscila com a periodicidade cadasno Sol pelos planetas em suas órbitas também causam flutuações 1\
de cercade 92.000anos.Isto significaqueem aproximadamente50.000 no output solar. Finalmente, as variações nas partículas de poeira
:'1'"
anos a Terra em sua órbita estará mais próxima do Sol emjulho, e não interestelarcausam variações na quantidade de energia solar que alcança II,
em janeiro como atualmente. Os verões no hemisfério Norte podem, à parte superior da atmosfera terrestre. De todas estas influências, as "
portanto, se tornar mais quentes e os invernos mais frios durante os manchassolares têm sido as mais intensamente estudadas. Os aumentos II
próximos 50.000 anos. nas manchas solares foram associados às condições mais moderada-
IIII,I1
A precessão dos equinócios também varia com a periocidade de mente frias e mais úmidas, enquanto as diminuições são associadas
aproximadamente 22.000 anos. O termo refere-seà mudança regularno comas condições moderadamente quentes e mais secas.
tempo em que a Tem~ está a uma dada distância do Sol. Atualmente os
equinócios ocorrem em 21 de março e 23 de setembro, enquanto os
solstícios ocorrem em 21 de junho (solstício de verão) e em 21 de o climado mundo durante os períodos geológicos
dezembro (solstício de inverno). O deslocamento dos quatro pontos
sazonais resultará na migração das estações ao longo da órbita. Acredi. Já está bem estabelecido que o clima tem variado durante a his-
ta-se que esse deslocamento seja causado pela atração gravitacional tória da Terra, muito embora as causas destas variações ainda não este-
entre o Sol, a Lua e a Terra. As flutuações na precessão dos equinócios
jam inteiramente entendidas. Não obstante se calcule que a Terra
causarão mudanças nas estações.
possua cerca de 3 a 4 bilhões de anos, o estudo de climas passados
Também existem variações na obliqüidade do plano da eclíptica
com periocidade aproximada de 41.000 anos. Atualmente, a obliqüi. (paleoclimatologia)cobre apenas mais ou menos 500-600 milhões de
dadeo é de cerca ode 23160,porém variou no passado periodicamente de' anos.Isto ocorre porque as evidências de climas passados só raramente
2116 para 2416 . As estações resultam do fato de que a Terra esta são encontradas em rochas pré-cambrianas. Conforme mencionado
inclinada nesse ângulo, em sua órbita em torno do Sol. Assim,umadirni' anteriormente, a paleoclimatologia depende de fósseis e de alguns
nuição na obliqüidade da eclíptica diminuiria as diferenças entre aS indicadoresnão-biológicos de climas passados, enquanto as suas técnicas
estações, mas aumentaria a distinção das zonas climáticas. Por outro de datação são emprestadas da paleontologia - um ramo da geologia
lado, um aumento no ângulo causaria marcantes diferenças sazonais, voltadapara o estudo dos fósseis.
porém as zonas geográficasseriam menos distintas ou até mesmo desa. Um sumário da história do clima do mundo desde o pré-Cam-
pareceriam (Gates, 1972). briano é apresentado na Fig. 10.3. Nosso conhecimento do clima do
mundo melhora 'à medida que consideramos períodos mais recentes.
c. Causas extraterrestres de mudança climática ~or exemplo, mais conhecimento.se tem a respeito das variações climá-
tl~as durante o Pleistoceno do que durante o período Terciário. Acre-
As teorias das causas extraterrestres sobre as mudanças climátiCas dIta-seque na maior parte do último bilhão de anos tenham ocorrido
postulam alterações na quantidade de energia solar que chega à Terra, Condiçõesclimáticasmoderadamente quentes e, portanto, sem ocorrência
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QUATERNÁRIO
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Estimado da fauna e flol"Q
Calcu ladO de fatores geográficos
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tos da análise dos anéis de árvores e de análises geocronológicas
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Tabela10.2 - Climas dos váriosperíodos geológicos . li,!,
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(conformeBrooks,1949) cernentesàs mudanças no chma.
con As escavações arqueológicas têm fornecido indicações a respeito
Idade por meio d qual tipo de clima predominava em muitas áreas no passado. Por
Era Período de radiativi-
dade (emmi-
Clima eemplo,desenhos de animais de savanasfeitos nas rochas foram sendo
e:ados para mostrar que as periferias setentrionais e meridionais do
1
-
Glaciaçõesnas latitudes
~esertodo Saara estavam a 100-250 quilômetros para o interior, há
7.000 anos atrás. A distribuição dos artefatos também indica que o
homemneolítico e seu rebanho podiam deslocar-seatravés do Saara de
Pleistoceno temperadas
maneira relativamente fácil nessa época. Portanto, somos levados a
Terciária Plioceno 13 Moderadamentefrio concluir que nenhum deserto real existia em determinadas partes do
Mioceno 30 Moderado atual deserto do Saara. Antigos locais de poços e de instalações hi-
Oligoceno 60 Moderado para modera. dráulicastambém têm fornecido evidências de que as populações viviam
damente quente em áreas onde a vida é atualmente insuportável. O relato oral sobre
1"1' Eoceno .. Moderado tornando-se
fomes e migração em grande escala também indica a deterioração do
'I""'"
:1" quente
climano passado. Estas evidências têm que ser cuidadosamente consi-
Mesozóica Cretáceo 110 Moderado deradas,pois a fome e a migração poderiam ser induzidas pela guerra
.; ;111" Jurássico 155 Moderadamente quente e ou pelas pestes, que não possuem qualquer relacionamento com a
"Ia invariável deterioraçãodas condições climáticas.
Triássico 190 Moderadamente quente e
'li ,I'
invariável
O padrão de mudança climática nos trópicos, particularmente na
Áfricae durante os últimos 2.000 anos, foi delineado por Grove (1968,
Paleozóica Permiano 210-240 Glacial a princípio, tor. 1972).A seqüência das variações climáticas na África nos últimos 2.000
r" nando-semoderado anosparece ser a seguinte. Há cerca de 20.000 a 15.000 anos atrás, o
CarbonÍfero 260-300 Moderadamentequentea climaera mais seco do que atualmente em grandes áreas da África
li" princípio, tornando-se tropical, particularmente em regiões atualmente semi-áridase subúmi-
glacial
Devoniano 310-340 Moderadotornando-se das. Também era mais frio do que o atual, com as temperaturas va-
quente riandode 4-6°C mais baixas do que no presente. As perdas por evapo-
Siluriano 340 Moderadamentequente ração eram de aproximadamente 2/3 dos valores atuais. A elevação
Ordoviciano 400 Moderadopara quente pós-glacialdo nível do mar resultou na formação de estuários, restingas
Cambriano 510 Frio, tornando-se mode. e lagoas fechadas.
radamente quente
. Cerca de 12.000 a 7.000 anos anteriores ao presente, o clima na
Pré-Cambriana 560 Glacial ~aJor parte das regiões da África era moderadamente quente e mais
umido do que agora. Contudo, as temperaturas eram mais baixas,
porémmais elevadasdo que as obtidas para a época de 20.000 a 15.000
anos atrás.. Durante essa época, no Saara meridional provavelmente IIII~
período geológico. As evidências são obtidas a partir de uma variedade II
de fontes incluindo arqueologia, antropologia, evidência documentária ~redominavaclima mediterrâneo, que persistiu na área do Chade até
.000 anos atrás (Grave, 1972). O deserto do Saara era muito menor 1I
e, mais recentemente, registros instrumentais. Durante todo o período
da história humana escrita e inferida, as fontes citadas serviram para d~anto a sua extensão, em comparação com a atual. Conforme men.
ionado anteriormente, os desenhos rupestres de animais da savana no
explicar as informações controladas provenientes da análise das camadas
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221
Saara indicam que seus limites setentrional e meridional estavam a Tabela 10.3 - Flutuações do clima na Europa (principalmente 111
100-250 quilômetros mais para o interior, aproximadamente há 7.000
anos atrás. O lago Chade era muito maior. O nível do Mega-Chadeera
de 320-330 metros, enquanto o nível apresentado pelo lago Chade
-
AC
segundo Brooks, 1949)
No caso da Europa, contudo, os registros meteorológicos instru- 100 Mais seco e mais moderadamente quente
mentais remontam a cerca de três séculos e, na América do Norte, há 180-350 Mais chuvoso I
I~III
li'
casos, a este século. Tem-se que ter em mente, contudo, que a precisão 1500-1600 Seco lillr
dos instrumentos muito antigos nem sempre deixa de merecer descré- 1600 Início do avanço geral dos glaciares
1677-1750 Período seco, invernos geralmente amenos
dito. Isto aplica-se particularmente aos registros da precipitação, por í850-1950
11;;
Cheias elevadas
-- 1)-
-o ~oE
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500 a.C Próspero
100 Excessiva perfuração Cheias benignas Alexandria mais chu.
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de poços vosa no verão o~
200 Dec1ínio temporário Cheias mais precárias ~;, oa.
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de prosperidade ~
400 Melhoria Cheias benignas Império Mandingano ~
(320-680 d.C) ~
700 Grande dec1ínio Nível mínimo Dissolução do Impé. 14" 1900 1920 1940 1960 1976
1880
(700-1000 d.C) rio Mandingano AnDa
1150 Quase despovoado Evolução do estágio de
nível baixo, em torno Figura 10.5 - Variações das temperaturas no hemisfério Norte, em épocas
de 1100 d.C recentes (conforme Roberts e Landsford, 1979).
1225 Mais próspero Nível baixo Tráfego no Deserto
Oriental desprovido
de água
1300 Mais melhorias novas Nível baixo Estados sudaneses regionalou continental de flutuações climáticas. As técnicas de análise
prósperos das evidências de climas passados estão sendo aprimoradas e, atual.
mente,são muito sofisticadas. As variações no clima em épocas recentes
estão melhor documentadas, graças ao aprimoramento da rede de
sendo 1975-6 a mais recente. O sudeste da Ásia também sofreu varia. postosmeteorológicos, muito embora ainda seja necessáriomaior aper-
ções na precipitação ocorrendo períodos de secas e de inundações. feiçoamento. As latitudes baixas, as áreas polares, os desertos e os
O abaixamento das chuvas sazonais de monção é a principal causa de oceanosainda estão precariamente servidos por estações meteorológicas.
seca nesta parte do mundo. As inundações, por outro lado, são causados
por ciclones ou por pancadas de chuvas de monção. Estes extremos de Referências Bibliográficas
suprimento de umidade são bem exemplificados no subcontinente
indiano, onde desastres por inundações e secasocorrem muito freqüen- BROOKS, C.E. Climate Through the Ages, 2\1-ed., Nova Iorque, Dover Publi-
mente. cations,1949.
É perfeitamente aparente, a partir do exposto, que o estudo do GATES, E.S. Meteorology and Climatology for the Sixth Form and Beyond.
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clima do passado requer a habilidade do geólogo, do botânico, do clima- GROVE, A.T. The last 20,000 years in the tropics. In: Harvey, A.M. (ed.).
tologista, dentre outros, e exige paciência e dedicação. As váriasfontes Geomarphology in a Tropical Environment. Brittish Geomorphological
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Uma tendência supostamente climática pode ser, de fato, parte de um ROVE, A.T. Climate change in Africa in the last 20,000 years. In: Les Proble.
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local pode ser oposta. As tendências climáticas locais, os ciclos oUate WMlagy, Londres,Van Nostrand, 1963.
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