Sei sulla pagina 1di 25

EXMO. SR. JUIZ DA 3a VARA DO TRABALHO DE SETE LAGOAS/MG.

Processo nº. 0010188-08.2015.5.03.0167

ASK DO BRASIL LTDA, já qualificada nos autos de nº. supra, da AÇÃO


RECLAMATÓRIA TRABALHISTA em que contende com SONIA
APARECIDA LAZARINO PEREIRA DE ALMEIDA, qualificado nos
autos, vem perante V. Ex.ª, por seus procuradores firmatários, apresentar sua
contestação, na forma seguinte:

O reclamante ajuizou a presente reclamatória trabalhista alegando em síntese


o seguinte: que foi admitida em 12/02/2008 na função de “Operador de Produção”; que seu
salário a época correspondia ao importe de R$ 880,00; que foi imotivadamente dispensada em
05/01/2015; que trabalhava de segunda a sexta-feira, das 6h às 15h48min, com 01h de
intervalo para refeição e descanso; que foi acometida por doença ocupacional; que laborava
em ambiente insalubre.

Fundado nos fatos supramencionados postula as verbas de letra ‘1/7’ do rol


de pedidos.

Sua pretensão, no entanto, é improcedente.

1
1 – Da Preliminar.
1.1 - Da inépcia da inicial – Da alegada estabilidade
provisória – Da Carência da Ação - Extinção sem julgamento do
mérito.

De início, salienta-se que a reclamante postula a reintegração à reclamada,


em razão da estabilidade provisória prevista no art. 118 da Lei 8.213/91.

Inicialmente, mister se faz ressaltar que a estabilidade do artigo 118 da Lei


8.213/91 alcança somente aqueles que recebem auxílio doença acidentário (código 91), ou
seja, aqueles que efetivamente sofreram acidente de trabalho, ou que adquiriram doença
ocupacional.

Ocorre, entretanto, que o reclamante jamais sofreu qualquer acidente de


trabalho ou adquiriu qualquer doença profissional, logo improcede o pleito obreiro.

A reclamada informa que a reclamante ficou afastada pelo órgão


Previdenciário, seja mediante percepção de benefício B-31, tão somente pelo período de
31/07/2013 a 31/01/2014, conforme confesso na exordial, sendo certo que a dispensa somente
se operou em 05/01/2015, ou seja, após cerca de 01 ano da alta obreira.

Destaca-se ainda que o exame demissional em anexo atesta que a


reclamante estava apta para o trabalho no momento da dispensa. Tanto é assim, que a
reclamante alega, mas não prova. Logo, não há de se falar em estabilidade provisória
decorrente de doença profissional.

Lado outro, mister se faz destacar que conforme artigo 143 do Decreto
611/1992, art. 135 do Decreto 2.172/1997, bem como art. 337 do Decreto nº 3.048/99,
compete ao INSS detectar a existência de acidente de trabalho, tanto na esfera administrativa,
quanto em relação ao aspecto técnico por intermédio de perícia médica:

Art. 143. O acidente de trabalho deverá ser caracterizado:


I - administrativamente, através do setor de benefícios do INSS, que
estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o acidente;

2
II - tecnicamente, através da Perícia Médica do INSS, que estabelecerá o
nexo de causa e efeito entre:
a) o acidente e a lesão;
b) a doença e o trabalho;
c) a causa mortis e o acidente.

Art. 135. O acidente do trabalho deverá ser caracterizado:


I - administrativamente, pelo setor de benefícios do Instituto Nacional do
Seguro Social-INSS, que estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o
acidente;
II - tecnicamente, pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro
Social-INSS, que estabelecerá o nexo de causa e efeito entre:
a) o acidente e a lesão;
b) a doença e o trabalho;
c) a causa mortis e o acidente.

Art.337. O acidente de que trata o artigo anterior será caracterizado


tecnicamente pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social,
que fará o reconhecimento técnico do nexo causal entre:
I - o acidente e a lesão;
II - a doença e o trabalho; e
III - a causa mortis e o acidente.
§ 1º O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social
reconhecerá o direito do segurado à habilitação do benefício acidentário.
§ 2º Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo
acidentado quando estiver sob a responsabilidade da reabilitação
profissional.

Assim, como o próprio órgão competente, qual seja INSS, jamais afastou a
reclamante de suas atividades, em razão de acidente de trabalho e/ou doença ocupacional, não
há de se falar em doença profissional, tampouco em estabilidade do art. 118 da Lei 8.213/91.

Neste sentido o entendimento jurisprudencial:

EMENTA - ESTABILIDADE PROVISÓRIA - DOENÇA PROFISSIONAL


Somente faz jus à estabilidade prevista no artigo 118, da Lei n.
8.213/91, o empregado que tenha sofrido acidente do trabalho ou doença
profissional a ele equiparável e percebido o benefício do
auxílio-doença acidentário (devido ao segurado que ficar
incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos). O
fato da autora ser portadora de doença profissional não assegura, por si só,
o direito à estabilidade acidentária, sendo necessário também o afastamento

3
do serviço por mais de 15 dias e o
consequente recebimento do auxílio-doença acidentário. (TRT 3ª R. – 5ª T -
RO - 1157/01 - JUIZ REL. Eduardo Augusto Lobato – PUBL. EM
21/04/2001 NO DJMG, P. 38)

Ademais, o artigo 118 da Lei nº 8.213/91 é claro ao dispor que o afastamento


do trabalho por mais de 15 dias e o recebimento do “auxílio-doença acidentário” são
pressupostos para que o trabalhador tenha direito à estabilidade no emprego pelo período de
12 meses após o fim do benefício concedido pelo INSS.

Ocorre que a reclamante não colacionou aos autos qualquer prova de que
tenha sido afastado mediante o Benefício B-91 (auxilio doença acidentário).

Assim, a Reclamada requer seja acolhida a presente preliminar para


consequentemente extinguir o feito sem julgamento do mérito, na forma do artigo 267 do
CPC.

2 – Do mérito.
2.1 - Da Inexistência de Doença Ocupacional/Acidente de
Trabalho.

Aduz a reclamante que “trabalhou durante aproximadamente 06 anos


exercendo a mesma função. Ocorre que, com tempo e a repetição dos movimentos no trabalho
gerou a reclamante grave lesão à sua saúde, pois trabalhava como operadora de máquina
bobinadora, que implicava no movimento repetitivo de apertar com os pés manualmente os
pedais da máquina, durante aproximadamente 7h a 8h por dia, sem parar e sem uma
ginástica laboral, o que desencadeou em nódulo na fáscia plantar do pé direito”. Aponta,
ainda, que “ficou afastada pelo INSS desde 31/07/2013 a 31/01/2014, tendo em vista que o
benefício foi concedido pela incapacidade para o trabalho”.

Afirma, ainda, que “como se não bastasse à nodulação na fáscia plantar do


pé direito, a reclamante em decorrência do trabalho com exposição ao ruído excessivo foi
diagnosticada com perda auditiva moderada nas frequências altas e médias da audição do
lado direito” e que em novo exame foi diagnosticada com curva audimétrica de grau severo,
tipo mista e configuração ascendente.

Fundada nessas premissas requer o reconhecimento da doença ocupacional.

4
Ocorre que razão algum assiste a obreira, nos termos que restará
demonstrado a seguir.

De início, cumpre à reclamada esclarecer que a reclamante jamais foi


afastada pelo Órgão Previdenciário mediante percepção de benefício B-91 (auxilio acidente de
trabalho). O único afastamento obreiro ocorreu tão somente pelo período de 31/07/2013 a
31/01/2014 mediante percepção de benefício B-31 (auxilio doença comum), conforme
apontado pela própria reclamante.

Nesse sentido, são inclusive os próprios documentos colacionados aos autos


pela própria reclamante (ID 3755728). Frisa-se que a alta previdenciária da reclamante,
ocorrida em 31/01/2014 se deu sem qualquer restrição, em razão da inexistência de
incapacidade laboral da reclamante.

Assim, de plano restam impugnadas todas as ilações da exordial, haja vista a


inexistência de doença ocupacional e/ou acidente de trabalho quando do labor do reclamante
para a reclamada.

Restam impugnadas as ilações no sentido de que a reclamante “trabalhou


durante aproximadamente 06 anos exercendo a mesma função. Ocorre que, com tempo e a
repetição dos movimentos no trabalho gerou a reclamante grave lesão à sua saúde, pois
trabalhava como operadora de máquina bobinadora, que implicava no movimento repetitivo
de apertar com os pés manualmente os pedais da máquina, durante aproximadamente 7h a 8h
por dia, sem parar e sem uma ginástica laboral, o que desencadeou em nódulo na fáscia
plantar do pé direito”. Aponta, ainda, que “ficou afastada pelo INSS desde 31/07/2013 a
31/01/2014, tendo em vista que o benefício foi concedido pela incapacidade para o trabalho”.

No mesmo sentido restam impugnadas as ilações obreiras de que “como se


não bastasse à nodulação na fáscia plantar do pé direito, a reclamante em decorrência do
trabalho com exposição ao ruído excessivo foi diagnosticada com perda auditiva moderada
nas frequências altas e médias da audição do lado direito” e que em novo exame foi
diagnosticada com curva audimétrica de grau severo, tipo mista e configuração ascendente.

Por fim, restam expressamente impugnadas e são objeto de expressa


negativa por parte desta defendente, as ilações obreiras de que a reclamante tenha se
submetido a tratamento cirúrgico em 15/08/2013, eis que inexiste prova nesse sentido nos
autos, ou mesmo que tenha a obreira sofrido qualquer perda, quiçá redução de sua capacidade
laboral.

Isto porque, se tratam de fantasiosas ilações obreiras e não correspondem à


realidade laboral da reclamante, mesmo porque, conforme restara comprovado no momento
processual oportuno e com a documentação ora colacionada aos autos, a reclamada sempre

5
cumpriu as medidas de segurança e medicina do trabalho e sempre emitiu CAT quando
realmente haviam razões.

Logo, é certo que a reclamada não descumpriu qualquer norma prevista pela
legislação trabalhista, não havendo que se falar em nexo causal entre as patologias que
acometem a reclamante e o trabalho desempenhado na reclamada.

Logo, não há de se falar em doença ocupacional, tampouco em acidente de


trabalho. Também não há de se falar em incapacidade laboral.

Assim, se a reclamante realmente estivesse acometido por qualquer doença


ocupacional durante o pacto laboral, o mesmo teria sido oportunamente afastado pelo INSS,
mediante percepção do auxílio doença acidentário (B-91).Desta feita, se tal fato não ocorreu,
resta claro e evidente que o autor é litigante de má-fé e está se valendo da presente ação para
enriquecer ilicitamente as expensas da reclamada.

Frisa-se: a alta previdenciária, incontroversamente ocorreu em 31/01/2014,


sendo certo que após a reclamante continuou a laborar para a reclamada por quase cerca de 01
ano....LOGO, RESTA CLARO QUE INEXISTE QUALQUER INCAPACIDADE LABORAL
DA RECLAMANTE.

Logo, restam expressamente impugnados os laudos médicos e exames


colacionados aos autos pela reclamante através dos ID’s 66caa64, 1227049, 50d89a2, 6cca9c4
e d0e5048.

Ora resta claro e evidente que citados documentos foram realizados


exclusivamente com o objetivo de instruir a presente demanda, o que não se pode aceitar, eis
que o reclamante busca imputar à reclamada a causa de suas enfermidades.

Tanto é assim, que a empregada jamais foi afastada em razão de doença


comum e/ou acidente de trabalho/doença ocupacional devidamente atestada por intermédio de
perícia médica realizada pelo INSS quando da concessão do benefício.

Não evidenciado o nexo causal entre a atividade laborativa e a doença que


acomete a obreira, impossível falar-se em acidente de trabalho ou doença ocupacional, já que a
empregadora não pode ser responsabilizada por danos à saúde do trabalhador aos quais
não deu causa.

Repita-se: A RECLAMANTE NUNCA RECEBEU O BENEFÍCIO


AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO (B-91), CONFORME FARTA PROVA
DOCUMENTAL EM ANEXO.

6
Registra-se que os documentos colacionados aos autos pela obreira, não são
aptos a comprovar suas ilações, quiçá de estabelecer nexo causal entre as doenças que a
acomete ou mesmo de comprovar eventual perda da sua capacidade laboral , razão pela qual
restam expressamente impugnados em teor e forma, eis que produzidos unilateralmente pela
reclamante.

Cumpre lembrar que a reclamada sempre deu a devida importância às formas


de prevenção aos acidentes do trabalho e às doenças profissionais, através de treinamentos,
fornecimento de EPI’s e EPC’s e através do fiel cumprimento de todas as NR’s. Tanto é assim,
que a reclamada ora colaciona aos autos todas as fichas de EPI’s da reclamante, assim como os
treinamentos realizados pela mesmo durante o pacto laboral.

Outrossim, mister se faz destacar que conforme artigo 143 do Decreto


611/1992, art. 135 do Decreto 2.172/1997, bem como art. 337 do Decreto nº 3.048/99,
compete ao INSS detectar a existência de acidente de trabalho, tanto na esfera administrativa,
quanto em relação ao aspecto técnico por intermédio de perícia médica:

Art. 143. O acidente de trabalho deverá ser caracterizado:


I - administrativamente, através do setor de benefícios do INSS, que
estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o acidente;
II - tecnicamente, através da Perícia Médica do INSS, que estabelecerá o
nexo de causa e efeito entre:
a) o acidente e a lesão;
b) a doença e o trabalho;
c) a causa mortis e o acidente.

Art. 135. O acidente do trabalho deverá ser caracterizado:


I - administrativamente, pelo setor de benefícios do Instituto Nacional do
Seguro Social-INSS, que estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o
acidente;
II - tecnicamente, pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro
Social-INSS, que estabelecerá o nexo de causa e efeito entre:
a) o acidente e a lesão;
b) a doença e o trabalho;
c) a causa mortis e o acidente.

Art.337. O acidente de que trata o artigo anterior será caracterizado


tecnicamente pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro
Social, que fará o reconhecimento técnico do nexo causal entre:
I - o acidente e a lesão;
II - a doença e o trabalho; e
III - a causa mortis e o acidente.

7
§ 1º O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social
reconhecerá o direito do segurado à habilitação do benefício
acidentário.
§ 2º Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo
acidentado quando estiver sob a responsabilidade da reabilitação
profissional.

Assim, como o próprio órgão competente, qual seja INSS, não detectou a
existência de acidente de trabalho/doença ocupacional não há de se falar em acidente de
trabalho/doença ocupacional.

Necessário mencionar, ainda, que a alta previdenciária ocorreu sem qualquer


restrição, sendo incontroverso que o reclamante se encontra perfeitamente apto ao trabalho,
sendo nesse sentido inclusive o ASO demissional.

Frisa-se: A RECLAMANTE APÓS A ALTA PREVIDENCIÁRIA, continuou


a laborar normalmente para a reclamada, sem qualquer restrição, exercendo as mesmas
funções que exercia antes do seu afastamento previdenciário.

Logo, resta patente a aptidão ao trabalho do reclamante, sendo incontroversa


a ausência de incapacidade laboral atestada pelo próprio INSS.

Desta feita, não tendo sofrido a autora qualquer acidente de trabalho e não
estando a mesma acometida por qualquer doença ocupacional, improcede a alegação de
doença ocupacional.

Noutro giro, destaca-se que com é sabido, nos exatos termos do artigo 333, I,
o ônus da prova compete ao autor quanto ao fato constitutivo de seu direito.

Desta forma, certo é que as afirmações contidas na exordial são infundadas e


descabidas, vez que não estão amparadas por provas acostadas aos autos.

Diante do exposto, a Reclamada requer seja declarada a inexistência de


doença ocupacional e/ou acidente de trabalho com a reclamante, bem como a inexistência de
incapacidade laborativa da autora.

2.2 – Da legitimidade da dispensa. Da improcedência do


pedido de reintegração da reclamante.

Alega a autora que “foi admitida em 12/02/2008 para exercer a função de


operadora de máquinas, sendo que a reclamante lesionou o pé direito em virtude da repetição

8
dos movimentos no trabalho que perduraram por aproximadamente 6 anos de trabalho,
traduzindo incontestável doença ocupacional, além da perda auditiva do ouvido direito, que
passou a refletir em sua saúde e no desempenho das atividades exercidas ao longo dos anos e
até hoje”. Aponta que a dispensa da reclamante não se deu por corte de gastos da empresa, e
sim em razão de discriminação, apontando que “a reclamada desconsiderou totalmente
qualquer capacidade laborativa da reclamante, tendo em vista apenas seus interesses
patrimoniais resumidos no lucro, atuando de forma diametralmente oposta à função social do
contrato”.

Por fim, ressalta que ao “empregado acometido por alguma doença


relacionada ao trabalho também tem a prerrogativa do gozo da estabilidade mínima de 12
meses, após cessação de seu auxilio-doença acidentário”. E, afirma que “há vedação
expressa para a dispensa imotivada realizada pela reclamada em 05/01/2015, tendo em vista
a doença ocupacional decorrente da perda de audição da Reclamante”.

Fundado nessas ilações requer a condenação da reclamada a reintegrar a


obreira aos seus quadros e nele permanecer até o término do prazo de estabilidade e,
sucessivamente, caso não seja possível a reintegração, pugna para que seja condenada a
reclamada a pagar justa indenização pelo tempo equivalente a sua estabilidade provisória.

Ocorre, entretanto, que conforme restará demonstrado a seguir razão


nenhuma assiste a reclamante.

Primeiramente, a reclamada impugna expressamente todas as alegações


lançadas na peça de ingresso, haja vista que não condizem com a verdade, o que a reclamada
nega veemente, nos termos do artigo 818 da CLT c/c artigo 333, inciso I da CLT.

É certo que a estabilidade prevista no art. 118 da Lei 8.213/91, exige para
sua caracterização dois requisitos concomitantes: o afastamento por mais de 15 (quinze) dias
e o recebimento do auxilio doença acidentário, vejamos alguns julgados nesse sentido:

“EMENTA: GARANTIA NO EMPREGO REQUISITOS - PROVA. O artigo


118 da Lei n. 8.213/91 estabelece como requisitos para a garantia
empregatícia acidentária o afastamento do trabalho pelo período de quinze
dias e a obtenção do auxílio doença
acidentário. O reclamante não logrou comprovar a ocorrência
de acidente do trabalho ou de doença profissional, o que
inviabiliza o reconhecimento da estabilidade provisória”
(TRT 3ª R., 1ª Turma, Processo 01643-2009-039-03-00-0 RO – Relator
Maria Laura Franco Lima de Faria – Data da Publicação: 27/08/2010.

9
“EMENTA: ACIDENTE DO TRABALHO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
REQUISITOS - A estabilidade acidentária de que trata o artigo 118 da Lei
8.213/91 exige a comprovação de dois requisitos, concomitantemente, a
saber: acidente do trabalho ou doença ocupacional a ele equiparada e
afastamento previdenciário por mais de 15 dias com percepção do auxílio-
doença acidentário. Ausente o segundo requisito, incabível a
estabilidade pretendida”.
(TRT 3ª Região – 5ª Turma Processo 00950-2009-033-03-00-5 RO Relator
Convocado Rogério Valle Ferreira – Data da Publicação: 02/08/2010)

Cumpre esclarecer que a reclamante ficou afastada tão somente pelo período
de 31/07/2013 a 31/01/2014 (benefício n.º 6021117488).

É de se registrar que o afastamento foi por doença comum, espécie B-31,


conforme documentação do INSS juntado pela própria reclamante. Ou seja, durante o período
de afastamento o reclamante recebeu auxílio doença comum (B-31).

Assim, de plano restam impugnadas todas as ilações da exordial, haja vista a


inexistência de doença ocupacional e/ou acidente de trabalho quando do labor da reclamante
para a reclamada.

Logo, não há de se falar em doença ocupacional, tampouco em acidente de


trabalho, não existindo qualquer estabilidade nem direito a indenização substitutiva, o que
resta expressamente impugnado.

Assim, se a reclamante realmente estivesse acometida por qualquer doença


ocupacional durante o pacto laboral, o mesmo teria sido oportunamente afastado pelo INSS,
mediante percepção do auxílio doença acidentário (B-91). Desta feita, se tal fato não ocorreu,
resta claro e evidente que a representante do autor está se valendo da presente ação para
enriquecer ilicitamente as expensas da reclamada.

No mesmo sentido, a Reclamada impugna ainda os documentos e exames


médicos acostados aos autos pela obreira em teor e forma inclusive o conteúdo, posto que não
serve como prova da alegada garantia de emprego.

Apenas para ressalvar, na tentativa de uma nova prorrogação no benefício


concedido pelo INSS, como auxílio doença, a reclamante não obteve êxito, uma vez que não
foi constatada pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho ou atividade
habitual, permanecendo completamente apta ao trabalho.

Desta feita, não há de se falar em incapacidade laboral, tampouco em


estabilidade, haja vista que benefício foi concedido na modalidade B-31, que é o auxílio

10
doença comum e houve negativa do INSS em manter o benefício. E mais, a alta previdenciária
da reclamante se deu sem qualquer restrição.

Dessa feita, restou incontroverso nos autos que a reclamante JAMAIS SE


AFASTOU PELO INSS mediante benefício B-91, bem como NÃO FOI ACOMETIDA POR
DOENÇA OCUPACIONAL, logo não existem fundamentos que respaldam o pleito obreiro de
reconhecimento quanto à estabilidade.

Ademais, com relação a alegação de que “há vedação expressa para a


dispensa imotivada realizada pela reclamada em 05/01/2015, tendo em vista a doença
ocupacional decorrente da perda de audição da Reclamante”, a reclamada impugna veemente
e nega para todos os fins, sendo certo que a inexistiu qualquer perda auditiva da reclamante
durante o labor pela reclamada, tanto é assim, que sequer a reclamante foi afastada pelo INSS
sob tal alegação.

Da mesma forma, restam expressamente impugnadas as ilações obreiras


relacionadas à eventual dispensa discriminatória, o que não se pode admitir, eis que a
reclamante foi emotivamente dispensada em 05/01/2015, sendo certo que a sua dispensa não
tem qualquer relação com as ilações obreiras.

Acrescenta-se que é ônus da reclamante comprovar suas alegações, nos


termos do art. 818 da CLT e art. 333 do CPC, sendo certo que compete à reclamante a
demonstração de que sua dispensa se deu de maneira discriminatória. Logo, não há que se
falar em juntada pela empresa do seu CAGED, eis que compete exclusivamente a reclamante
o ônus de comprovar suas alegações.

Dessa feita, resta expressamente impugnada a alegação de doença


ocupacional. Isto porque a reclamante jamais esteve acometido por qualquer doença em
decorrência das atividades exercidas nas dependências da reclamada. Razão pela qual resta
totalmente legal a dispensa obreira operada em 05/01/2015.

Por conseguinte, improcedem os pedidos de reintegração e/ou indenização


compensatória em razão da alegada doença ocupacional (pedido ‘1’ da exordial).

Na remota hipótese de procedência do pedido de reintegração e/ou


pagamento das parcelas decorrentes, o que somente se admite por argumentar, pugna a
reclaamda para que sejam compensados todos os valores pagos à reclamante, principalmente
quando da sua rescisão contratual (verbas rescisórias).

Da mesma forma, pugna para que seja a reclamante intimada à devolver aos
cofres públicos todos os valores percebidos à titulo de seguro desemprego, conforme
documento de ID da3c950.

11
2.3 – Da improcedência do pedido de condenação ao
pagamento de danos morais e estéticos.

Aduz a reclamante que em razão da doença ocupacional que o acomente


sofreu perda da capacidade laborativa, o que acarretou não só a redução de seu físico, mas
também de seu patrimônio, eis que não consegue desempenhar as mesmas atividades laborais
que vinha executando.

Baseado em tais premissas pleiteia as seguintes indenizações:

o Dano Moral: em valor a ser estipulado por este d. juizo.

o Dano Estético: em valor a ser estipulado por este d. juizo..

Primeiramente a reclamada impugna as afirmativas obreiras para os fins do


artigo 818 da CLT c/c 333, inciso I do CPC, esclarecendo que não assiste razão alguma ao
trabalhador conforme restará comprovado a seguir quanto a alegada doença profissional.

Também improcede as alegações obreiras de que a reclamante que exercia


esforços físicos excessivos, como movimentos repetitivos e carregamento de peso em excesso,
assertivas estas que a reclamada nega veemente.

Da mesma forma impugna veemente as ilações obreiras quanto a


“incapacidade parcial dos movimentos no pé direito e da perda auditiva do ouvido direito”. O
que é objeto de expressa negativa por parte desta defendente.

É de se registrar que a reclamada sempre cumpriu com as normas legais


referentes as normas de segurança para com seus empregados, não havendo que se falar em
nexo de causalidade entre as atividades exercidas pela obreira e as supostas doenças
adquiridas.

Isto porque, a farta documentação em anexo, comprova cabalmente que a


reclamada sempre cumpriu rigorosamente todas as normas atinentes à saúde e segurança do
trabalho, através de treinamentos, da correta dotação de EPI’s e de realização de exames,
conforme se extrai dos documentos em anexo.

É de se frisar que o reclamante foi submetido a diversos exames


(admissional, periódicos e demissional), sendo certo que em todos eles foi constatada a
aptidão para o trabalho. Pontua-se que o obreiro foi afastado pelo órgão previdenciário
mediante a percepção do benefício B-31, jamais mediante a percepção do benefício B-91.

12
Ademais, como pode se observar não há qualquer documento juntado aos
autos pelo reclamante que comprova qualquer nexo de causalidade entre a suposta doença
ocupacional e as atividades exercidas pelo obreiro.

Logo, as alegações autorais não condizem com a verdade, razão pela qual
restam impugnadas para todos os efeitos, restando expressamente impugnados os documentos
de fls. dos autos, eis que unilateralmente produzidos e que não tem o condão de comprovar
qualquer nexo causal entre as patologias e o trabalho desempenhado junto a reclamada.

Sendo assim, improcede o pleito obreiro de indenização por danos morais e


estéticos fundados nas premissas de doença ocupacional, acidente de trabalho.

ORA, EXA., NA VERDADE, O QUE PARECE É QUE O


RECLAMANTE PRETENDE ENRIQUECER-SE ILICITAMENTE ÀS EXPENSAS DA
RECLAMADA EM CLARA AFRONTA AO ARTIGO 884 DO CÓDIGO CIVIL.

Lado outro, convém destacar que toda e qualquer responsabilidade


reparatória de qualquer empresa é SUBJETIVA, OU SEJA, DEPENDE DE PROVA
CABAL DA EXISTÊNCIA DE CULPA OU DOLO, NOS TERMOS DO ATIGO 7º,
XXVIII DA CF/88 E DO ARTIGO 186 DO CÓDIGO CIVIL:

“ Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social:
...
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa;
...”
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Desta forma, não há de se falar em responsabilidade objetiva da empresa,


mas tão somente em responsabilidade SUBJETIVA, e para fazer jus a pretensão indenizatória,
todos os requisitos têm que estar presentes, quais sejam, a culpa ou dolo, o dano e o nexo
causal, conforma disciplinam os artigos acima transcritos.

Logo, como no caso dos autos não está provado o dano, o nexo causal,
tampouco qualquer comportamento culposo ou doloso, não há de se falar em indenização por
dano moral ou material.

Neste sentido o entendimento jurisprudencial:

13
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR.
INDENIZAÇÃO POR
DANOS MATERIAIS E MORAIS. O dever de reparar os danos causados
por acidente do trabalho ou doença profissional pressupõe, além do
prejuízo, a ação ou omissão dolosa ou culposa por parte do
agente (conduta ilícita) e o nexo de causalidade com o labor. A
responsabilidade civil do empregador, prevista no art. 7o.,
XXVIII da Constituição, vincula expressamente a obrigação de
indenizar aos casos em que aquele "incorrer em dolo ou culpa". A única
inferência lógica é a de que essa responsabilidade não é
objetiva, vinculando-se à conduta do empregador. Não se trata de
transferir ao empregado os riscos da atividade econômica, mas de aplicar
a norma civil (art. 186 do CC/2002), com respaldo
constitucional, segundo a qual ninguém será obrigado a fazer
alguma coisa senão em virtude de lei (art. 5o., II CF/88) ou a
reparar o dano para o qual não deu causa. O simples fato de a
empregada encontrar- se afastada em gozo de auxílio-doença
acidentário não é suficiente para a reparabilidade.
(TRT 3ª R. – 6ª T. - 00452-2005-143-03-00-4 RO – REL. Desembargador
Ricardo Antônio Mohallem – PUBL. NO DJMG EM 10/11/2006, P. 3)

EMENTA: DANO MORAL - CULPA DA RECLAMADA NÃO


PROVADA -
DESCARACTERIZAÇÃO - O dano moral restou especificamente tratado
pelo legislador constituinte, elencando, entre os direitos e
deveres individuais e coletivos dos cidadãos, o direito de
resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano
moral ou à imagem e, ainda, a proteção à intimidade, à vida
privada, à honra e à imagem das pessoas, assegurando o direito à
indenização pelo dano moral decorrente de sua violação (inciso X do
artigo 5-o da CF/88). A obrigação de indenizar decorre de
culpa grave ou dolo pelo empregador. A culpa grave ocorre quando,
dolosamente, houver negligência extrema do agente, não prevendo
aquilo que é previsível ao comum dos homens. Para que se configure o
dano moral necessária, pois, a presença concomitante de três fatores: o
dano efetivo, culpa do agente e nexo causal
entre eles (artigos 186 e 942 do novo CCB). Ausente,
efetivamente, qualquer culpa da reclamada no acidente ocorrido,
não há que se falar em danos morais devidos.
(TRT 3ª R. – 4ª T. - 01599-2004-044-03-00-9 RO – REL. Antônio Álvares
da Silva – PUBL. NO DJMG EM 21/05/05, P. 11)

14
Relativamente à ausência de nexo causal, cabe lembrar que na
responsabilidade civil, busca-se tão e somente a reparação de um dano e não a obtenção de
uma vantagem, por isso a necessidade de se verificar se a vítima suportou um dano em
decorrência de conduta (omissiva ou comisssiva) da outra parte (nexo causal).

A prova do nexo causal exige a demonstração de que o dano não teria


ocorrido sem a conduta geradora do fato causador da ofensa, o que a Reclamante não cuidou
de fazer.

Ora, só há obrigação de indenizar quando houver uma ação e um nexo causal


entre esta ação e o dano, não havendo que se falar em indenização caso a conduta do agente
não resulte em dano para a vítima. Além do já exposto, deve o dano ser atual e certo, não
sendo indenizáveis, a princípio, danos hipotéticos.

A jurisprudência nos ampara:

“DANO MORAL (Pressupostos. Nexo de causalidade) - Pressupostos


indispensáveis à configuração do dano moral é a comprovada existência
do nexo de causalidade, entre o apontado ilícito trabalhista atribuído ao
empregador e o prejuízo dele decorrente à honra e/ou à boa fama do
empregado (Recursos Ordinário e Adesivo improvidos)”.
(Ac. nº 1914/02 - Julg.: 29.05.02. TRT nº 974/02 - Publ. DOJT/7ªRG:
21.06.02. Rel. Juiz: Francisco Tarcísio Guedes Lima Verde –
UNANIMIDADE)
negritamos

Também é necessário para a configuração do dano moral ou estético que a


conduta tenha causado prejuízos consumados, o que deve restar robustamente comprovado nos
autos, cuja prova incumbe ao Reclamante, à inteligência do previsto no art. 818 da CLT, c/c o
art. 333, I do CPC, por se tratar de fato constitutivo do seu direito.

Ocorre, que a Reclamante não fez prova efetiva dos prejuízos que alega estar
suportando. Dessa forma, não há que se falar em condenação em danos morais e estéticos,
posto que a Reclamante não se incumbiu de provar suas alegações.

Não há comprovação do dano alegado, e ainda que houvesse, o que se


admite apenas hipoteticamente, não há nexo causal entre o suposto dano e o ambiente
laborativo e ou os supostos atos ou omissões da Reclamada.

15
Assim, não ficando demonstrado o dano, o nexo causal, nem a culpa ou dolo
da Reclamada ou de seus prepostos, por ação ou omissão do ato ensejador do alegado
infortúnio, não há como responsabilizá-la pelo pagamento do alegado dano moral, quiçá
material.

A jurisprudência ressalta a importância da prova dos elementos necessários


ao reconhecimento do dano moral, sem a qual não há que se falar em ressarcimento:

“DANO MORAL. EXIGÊNCIA DE PROVA SEGURA. Para a


configuração do dano moral é imprescindível que exista nos autos prova
segura, não servindo apenas indícios de ofensa à imagem ou à honra da
pessoa.”
(PROCESSO TRT Nº RO. 0497/2003. NUMERAÇÃO ÚNICA:
00436.2003.001.14.00-0 ORIGEM: 1.ª VARA DO TRABALHO DE PORTO
VELHO/RO)

“DANO MORAL - AUSÊNCIA DE PROVA


O dano moral ocorre na esfera da subjetividade, traduzindo-se em
sentimento de pesar íntimo do ofendido, capaz de gerar prejuízo ao
aspecto afetivo ou social do seu patrimônio moral. Os Tribunais pátrios,
igualmente, se têm manifestado no sentido de que, diferentemente do que
ocorre com o dano material, para que se configure o dano moral, não há
se cogitar da prova do prejuízo. Entretanto, para o deferimento da
indenização, deve ficar provado o nexo de causalidade entre o dano e a
conduta do ofensor. Ausência de provas impede a reparação, mesmo que
se evidenciem as aflições da alma humana e as dores provocadas pelas
mágoas produzidas em decorrência das lesões que considerou íntimas.”
(TRT-10ª R. - Ac. unân. da 1ª T., publ. em 8-11-2002 - RO 2.995/2002 - Rel.
Juiz Pedro Luís Vicentin - Mary Hellen Teixeira Rocha X Paulo Octávio
Investimentos Imobiliários Ltda - Advs. Nildon Cezar dos Santos e Aquiles
Rodrigues de Oliveira).

“DANO MORAL E MATERIAL. RESPONSABILIDADE.


Para que o empregado tenha o dano ressarcido, seja ele de orem material
ou moral, é imprescindível a prova não só da existência do prejuízo, como
também que este decorreu de conduta ilícita do empregador e a este possa
ser imputada a responsabilidade pela indenização. Recurso desprovido.”
(TRT 13ª R - Acórdão num. 59408 - RO 684/2000 - Relator: Juiz Francisco
de Assis Carvalho e Silva - DJPB 22/11/2000).

“DANO MORAL. RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO.


PUBLICIZAÇÃO. Não havendo nos autos prova cabal da relação de

16
causa e efeito entre a despedida por justa causa e qualquer dano moral
sofrido pelo obreiro não há falar-se em indenização respectiva. Por outro
lado a lesão à honra assenta-se com raiz funda na publicização da
ofensa, circunstância que tampouco restou provada uma vez que sequer
alegada, além do que os fatos narrados, segundo o contexto dos autos,
não extravasaram o âmbito do conhecimento das poucas pessoas
envolvidas.”
(TRT 10 - Ac. 3ª T.: TRT-RO: 0383-2002-001-10-00-8. Publ.DJ: 09.05.03.
Rel. Juiz Bertholdo Satyro)

A reclamada impugna para os fins de lei (art.818) as alegações deduzidas na


inicial e que configuram fatos constitutivos do direito postulado pelo autor.

Ressalte-se, ainda, que todas as pretensões indenizatórias da reclamante


estão baseadas na responsabilidade subjetiva, e para tanto, deve existir a culpa o dano e o nexo
causal, conforma disciplina o art. 186 do Código Civil que trata da reparação do dano
praticado por meio de ato ilícito.

Conhecidos são os elementos para que um ato gere a responsabilidade civil.


De início, a pretensão indenizatória pressupõe, necessariamente, uma ação ou omissão ilícita.
No caso dos autos não está provado qualquer comportamento culposo ou doloso. Aliás, tal fato
sequer foi demonstrado na petição inicial. Portanto não há falar em indenização por dano
moral.

Cumpre registrar ainda que a indenização por dano estético pleiteada pela
autora nada mais é do que uma espécie do gênero dano moral. Logo no presente caso deve ser
utilizado o principio da razoabilidade pelos Ilmos Julgadores, tendo em vista que tal
condenação cumulada com a indenização por danos morais pleiteadas pelo autor representa
“bis in idem”.

Dessa feita, devem ser julgados improcedentes os pedidos de indenização


por danos morais e estéticos pleiteados no rol de pedidos da peça de ingresso (pedidos ‘3’
e ‘6’ da exordial).

Ad argumentandum, caso este d. Juízo entenda que faz jus o autor a qualquer
das indenizações ora contestadas, o que só se admite em respeito ao princípio da
eventualidade, tem-se que os montantes pleiteados são absurdos e abusivos e restam
expressamente impugnados .

Logo, a reclamada requer sejam observados os princípios da razoabilidade e


da proporcionalidade, bem como o caráter pedagógico da punição para arbitramento do valor
da condenação, evitando-se o enriquecimento sem causa do autor.

17
Neste sentido, inclusive, têm decidido as Cortes Cíveis de Minas Gerais.
Confira:

“DANO MORAL. NEGATIVAÇÃO FALTA DE AMPARO JURÍDICO


MATERIAL. ILICITUDE. CABIMENTO DE INDENIZAÇÃO. FIXAÇÃO DO
VALOR DO DANO. CARÁTER PEDAGÓGICO DA CONDENAÇÃO.
VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. A simples inscrição em
cadastro de proteção ao crédito realizada sem amparo jurídico material,
enseja indenização moral. A fixação do dano deve ser feita em medida
capaz de incutir ao agente do ato ilícito lição de cunho pedagógico, mas
sem propiciar o enriquecimento ilícito da vítima e com fulcro nas
especificidades de cada caso. Recurso não provido. VV.: 'In casu' deve ser
reduzido o valor da indenização por dano moral, observando-se o grau da
gravidade da dor sofrida. (Desª. Electra Benevides)” (TJMG – 10ª Câmara
Cível. 1.0145.08.473447-7/001(1). Desembargador Relator Cabral da Silva.
Pub no DJMG de 29/05/2009 – negritos nossos)

“EMENTA: INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - DEMONSTRAÇÃO DA


RESPONSABILIDADE - REQUISITOS - CRITÉRIOS. Se os autos trazem
dados concretos, completos e a convencer da existência de ato ilícito,
moldado em ação/omissão, com tais requisitos e caracterização, levam à
responsabilidade indenizatória. Essa parcela, entretanto, não tem efeito de
compensação pecuniária, mas de pena e deve ser arbitrada a prudente
arbítrio do Julgador, sempre com moderação, tendo em vista a dor moral,
não podendo se constituir em enriquecimento do beneficiário. Diante
desta finalidade da reparação civil pelo dano moral, o Juiz deve estar
atento e ponderar as circunstâncias de cada caso, de forma que a
indenização tenha a eficácia desejada.” (TAMG – 7ª Câmara Cível.
2.0000.00.323861-7/000(1). Desembargador Relator Geraldo Augusto. Pub.
no DJMG de 14/03/2001 – negritos nossos).

2.4 – Da improcedência do pedido de “pagamento de


adicional de insalubridade em grau máximo” ou em grau a ser
apurado por perícia técnica e reflexos.

Sustenta a trabalhadora “que trabalhava sob condições insalubres tais como


ruído, vibrações, agentes químicos, físicos, biológicos”. Fundada nessas premissas requer a
condenação da reclamada ao pagamento do adicional de insalubridade, em grau a ser apurado

18
por pericia técnica, com os respectivos reflexos sobre o aviso prévio, s/ as férias + 1/3, sobre
os 13º salários e sobre o FGTS/40%.

A reclamada impugna as afirmativas obreiras para os fins do artigo 818 da


CLT c/c 333, inciso I do CPC, esclarecendo que não assiste razão alguma à trabalhadora, resta
impugnado também o percentual de 40% pleiteado visto que conforme restará demonstrado o
reclamante não trabalhava em condições insalubres.

Consideram-se insalubres as atividades ou operações que exponham a pessoa


humana a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Sendo certo que a obreira jamais laborou em condições que justificassem o


pagamento do adicional pleiteado, restam impugnadas as fantasiosas afirmações de que o
obreiro manteve contanto e estava exposto a qualquer agente insalubre.

De toda sorte, assegura a reclamada que durante todo o contrato de trabalho


foram disponibilizados a reclamante e demais empregados os equipamentos de proteção
individual indispensáveis ao exercício das funções desempenhadas, com aprovação técnica e
indicação dos órgãos competentes, conforme se infere das Fichas de Controle de EPI´s em
anexo, com as avaliações técnicas e de segurança devida.

Logo, eventual exposição sempre foi devidamente neutralizada.

Lembra-se que é cediço pelos Tribunais pátrios que o fornecimento de EPI´s


desonera o empregador do pagamento do adicional de insalubridade não sendo lícito ao
obreiro postular tal direito, sequer fundado na não utilização daquele equipamento.

Ademais, a reclamada sempre manteve o controle do uso dos equipamentos


fornecidos para proteção do trabalhador, não obstante a assunção do compromisso de uso
constante firmada pelo próprio reclamante na sua ficha individual de controle de recebimento
dos equipamentos.

Nesse sentido, corroboram os Tribunais pátrios, conforme arestos abaixo


transcritos, cuja matéria tratada, encontra-se inclusive sumulada:

“EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - DESCABIMENTO -


PERÍCIA. É indevido o pagamento do adicional de insalubridade nos
casos em que a prova pericial comprova a não exposição do trabalhador a
agente agressivo à saúde ou, então, a neutralização dorisco mediante o
uso efetivo de adequados EPI's, sendo essas as hipóteses destes autos.”

19
(TRT 3ª R – 10ª T - 01315-2009-107-03-00-7 RO – Rel. Deoclecia Amorelli
Dias – DEJT 22/03/2011)

Site: www.trt3.jus.br
Endereço do respectivo conteúdo na rede (URL):
http://as1.trt3.jus.br/jurisprudencia/ementa.do?
evento=Detalhe&idAcordao=837337&codProcesso=831284&datPublicaca
o=22/03/2011&index=5

“EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - INDEVIDO -


Evidenciado pela prova técnica que os agentes agressores presentes no
ambiente de trabalho do autor foram neutralizados pelo correto
fornecimento dos EPI's pela reclamada que também treinou seus
empregados quanto às normas de segurança e fiscalizou a correta
utilização dos equipamentos, indevido o adicional de insalubridade
pleiteado.”
(TRT 3ª R – 9ª T - 00753-2009-131-03-00-1 RO – Rel. Maria Lúcia Cardoso
de Magalhães – DEJT 18/02/2011)

Site: www.trt3.jus.br
Endereço do respectivo conteúdo na rede (URL):
http://as1.trt3.jus.br/jurisprudencia/ementa.do?
evento=Detalhe&idAcordao=830629&codProcesso=824613&datPublicaca
o=18/02/2011&index=10

“EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EPI. Restando


demonstrado no feito o fornecimento dos equipamentos de proteção
suficientes para elidir a condição insalubre no ambiente de trabalho do
autor, bem como a fiscalização quanto ao uso deles pela empregadora,
tem-se que é incabível a percepção ao adicional de insalubridade.”
(TRT 3ª R – 3ª T - 01305-2009-075-03-00-1 RO – Rel. Bolívar Viégas
Peixoto – DEJT 19/07/2010)

Site: www.trt3.jus.br
Endereço do respectivo conteúdo na rede (URL):
http://as1.trt3.jus.br/jurisprudencia/ementa.do?
evento=Detalhe&idAcordao=786378&codProcesso=780065&datPublicaca
o=19/07/2010&index=52

“TST súmula 80.

20
A eliminação da insalubridade pelo fornecimento de aparelhos protetores
aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo, exclui a percepção
do adicional respectivo.”

Ainda que houvesse a colimada insalubridade, afastados estariam seus


efeitos em razão da proteção adequada, neutralizando os agentes nocivos supostamente
existentes.

Assim, não restam dúvidas de que a reclamada sempre adotou todas as


medidas de proteção e neutralização de eventuais agentes insalubres. De se considerar também
que esta contestante sempre ministrou cursos ensinando seus funcionários sobre o correto uso
de EPI´s, a importância de sua utilização para neutralizar eventuais agentes e proteção contra
acidentes de trabalho, sendo certo que o reclamante foi devidamente instruído e encontrava-se,
durante todo o pacto laboral protegido.

Face ao exposto, não há que se falar em pagamento do adicional de


insalubridade postulados, improcedendo o pedido de “Adicional de insalubridade, em grau
ser apurado por perícia técnica, com os espectivos reflexos sobre o aviso prévio, s/ as férias +
1/3, sobre os 13º salários e sobre o FGTS + 40%) – pedido ‘2’ da exordial.

E ainda, só por argumentar, a reclamada requer sejam observados os


períodos de efetivo labor, excluindo-se os dias de afastamento e de ausência de prestação de
serviços devido a faltas, férias, feriados, etc. em caso de eventual condenação.

2.4.1 - Ad argumentandum. Do salário mínimo como base


de cálculo do adicional de insalubridade.

Ad argumentandum, na eventualidade de uma improvável condenação ao


pagamento de adicional de insalubridade, o que só se admite por absurdo, tem-se que a base de
cálculo do referido adicional é o salário mínimo, não havendo que se cogitar em seu
pagamento pela remuneração, tal como requerido pelo trabalhador.

De se observar, neste particular, o disposto expressamente no artigo 192 da


CLT:

“Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos


limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a
percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%
(vinte por cento) e 10% )dez por cento) do salário mínimo da região,
segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.”

21
Destaque-se, inclusive, que, a teor da Súmula Vinculante nº. 4 do C. STF, o
salário mínimo, fixado por lei como base de cálculo de parcelas salariais, tal como ocorre com
o adicional de insalubridade, não pode ser substituído por decisão judicial.

A matéria é pacífica tanto no Eg. TRT 3ª Região, bem como no C. TST,


senão veja-se:

“BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – Até que


se edite norma legal sobre a matéria, permanecerá o salário mínimo como
elemento de composição da base de cálculo do adicional de insalubridade,
medida que preserva, inclusive, a segurança jurídica das relações que se
firmaram antes da edição da aludida Súmula Vinculante nº 04 pelo Excelso
Supremo Tribunal Federal.” (TRT 3ª Região – 10ª T. - 00255-2009-082-03-
00-3 RO – Rel. Desembargador Márcio Flávio Salem Vidigal – Pub no DEJT
18/11/2009 – negritos nossos).

“ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. Embora a


Súmula Vinculante nº 04 do STF impeça a adoção do salário mínimo
como base de cálculo para qualquer outra relação jurídica de caráter
pecuniário, em observância ao art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal,
adota-se na hipótese dos autos o recente entendimento proferido pela
Ministra Cármem Lúcia, expendido no julgamento da liminar impetrada
pelo Instituto Nacional de Administração Prisional Ltda (INAP) na
Reclamação (Rcl) 6830, que o adicional de insalubridade é calculado
sobre o salário mínimo legal.” (TRT 3ª Região – 9ª T. - 00724-2009-129-
03-00-3 RO – Rel. Desembargador Antônio Fernando Guimarães – Pub no
DEJT 18/11/2009 – negritos nossos).

“ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. SALÁRIO


MÍNIMO. Tendo em vista o teor da decisão proferida pelo presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, nos autos da
Reclamação nº 6266-0, até que se defina a questão da base de cálculo do
adicional de insalubridade nos moldes impostos pela Súmula Vinculante nº
4, deve ser utilizado o salário mínimo para esta finalidade.” (TRT 3ª Região
– 6ª T. - 01102-2008-087-03-00-4 RO – Rel. Desembargador Anemar Pereira
Amaral – Pub DEJT 16/11/2009).

“RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE


DE CÁLCULO. SÚMULA N° 228 DO TST. SÚMULA VINCULANTE Nº
4 DO STF. CONTROVÉRSIAS. INAPLICABILIDADE DE PISO
SALARIAL OU SALÁRIO NORMATIVO. Em face da controvérsia
existente acerca da base de cálculo do adicional de insalubridade, bem

22
como diante da edição, pelo Supremo Tribunal Federal, da Súmula
Vinculante n° 4, o Pleno desta Corte Superior Trabalhista, na sessão
realizada em 26/6/08, aprovou a nova redação da Súmula n° 228, segundo a
qual, a partir de 9/5/2008, data da publicação da Súmula Vinculante
supramencionada, o adicional de insalubridade será calculado sobre o
salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.
Na oportunidade, o Pleno cancelou, ainda, a Súmula nº 17 e a OJ nº 2 da
SBDI-1 desta Corte. Contudo, no dia 15/7/2008, o Ministro Presidente do
Supremo Tribunal Federal concedeu liminar nos autos da Reclamação nº
6.266/DF, ajuizada pela CNI, suspendendo a aplicação da nova redação
da Súmula nº 228, na parte em que permite a utilização do salário básico
para calcular o adicional de insalubridade. Em decisões recentes,
proferidas monocraticamente, a Corte Suprema também concluiu ser
inaplicável a incidência do adicional de insalubridade sobre o salário
profissional ou o piso normativo, consoante diversas liminares concedidas
entre as quais se destaca a do Ministro Relator Carlos Ayres Brito, na Rcl
7802/MC/PR, publicada em 11/3/2009, na qual, de forma concisa, ele
assere que -...à primeira vista, a nova redação estabelecida para a Súmula
n° 228/TST revela aplicação indevida da Súmula Vinculante n° 4,
porquanto permite a substituição do salário-mínimo pelo salário básico no
cálculo do adicional de insalubridade sem base normativa.'. Em palavras
outras, as convenções coletivas de trabalho, ao estabelecer o piso salarial
da categoria, devem explicitar que este será utilizado para o cálculo do
adicional de insalubridade. Requisito que não consta de decisão reclamada.
Pelo que defiro a liminar, o que faço tão somente para determinar a
suspensão do acórdão reclamado, na parte que diz respeito ao adicional de
insalubridade fixado com base no piso salarial da categoria profissional-.
Diante dessas premissas, é incabível a adoção da remuneração ou do
salário contratual para a base de cálculo do adicional de insalubridade,
como também não cabe a utilização de piso salarial, salário normativo ou
qualquer salário estipulado por norma coletiva da categoria profissional,
salvo expressa previsão em norma coletiva estipulando que o piso fixado
será considerado base de cálculo do adicional e, reconhecida a
inconstitucionalidade da utilização do salário-mínimo como indexador de
base de cálculo de vantagem de servidor público ou empregado,
considerando que a Súmula Vinculante nº 4 do STF não elegeu o
parâmetro a ser utilizado como base de cálculo, tem-se pela permanência
da utilização do salário-mínimo como base de cálculo do adicional de
insalubridade. Recurso de revista conhecido e provido.”
(Processo: RR - 556/2006-511-04-00.2 Data de Julgamento: 24/06/2009,
Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Divulgação:
DEJT 26/06/2009 – negritos nossos).

23
Destarte, na absurda hipótese de condenação desta demandada ao pagamento
do adicional de insalubridade postulado, requer seja o mesmo calculado sobre o salário
mínimo, conforme melhor exegese ao conteúdo constante da Súmula Vinculante nº. 4 do C.
STF.

Caso, por absurdo, este d. Juízo entenda que o adicional em questão deva
incidir sobre o salário efetivamente recebido, tal como requerido pelo obreiro, o que só se
admite por argumentar, observa a reclamada que ainda assim não há que se falar em reflexos
no repouso semanal remunerado, haja vista que este já se encontra incluído na base de cálculo
salário efetivamente recebido.
3 – Da impugnação aos documentos acostados à inicial e
aos valores constantes na mesma.

A Reclamada impugna todos os documentos acostados à inicial vez que


inaptos à comprovação dos direitos que a Reclamante pretende ver reconhecidos com a
presente reclamatória trabalhista, eis que inaptos a comprovarem as alegações autorais.

Tanto é assim que todas as alegações são infundadas e descabidas, posto que
o Reclamante alega mas não prova.

Ficam impugnados todos os números, valores, e cálculos da inicial, já que


são excessivos, e inverídicos, e seu deferimento implicaria em enriquecimento ilícito do Autor.
Resta expressamente impugnada a liquidação total de R$ 50.000,00, apontados pela
reclamante.

Ex positis, a Reclamada pugna pelo acolhimento da preliminar supra


arguida e no mérito pugna pela decretação de total improcedência dos pedidos da Reclamante.

Caso, per absurdum, se reconheça qualquer dos pedidos da Reclamante,


requer sejam decotadas de eventual crédito, inclusive salariais, todas as verbas pagas a mesmo
no curso do contrato de trabalho e em sede de acerto rescisório (TRCT’s dos autos).

Na hipótese de alguma condenação, o que só se admite em respeito ao


princípio da eventualidade, requer a reclamada sejam compensados todos os valores pagos ao
reclamante, decorrentes do contrato de trabalho firmado entre as partes, nos termos das
Súmulas 18 e 48 do TST. Devem ser permitidos também eventuais descontos previdenciários e
fiscais, por imposição legal.

Pondera que eventual correção monetária só poderá incidir a partir do mês


subseqüente ao mês de referência, pois só então as obrigações trabalhistas se tornavam
exigíveis.

24
Não se encontrando devida e formalmente demonstrado o cumprimento dos
requisitos da Lei 1060/50, 5584/70 e da 7115/83, impossível conceder-se ao autor os
benefícios da assistência judiciária.

E mais, tendo a autora desprezado a assistência judiciária prestada


obrigatória e gratuitamente pelo Sindicato, bem como pelo setor próprio desse tribunal,
optando por firmar contrato oneroso com advogado particular, é de se presumir possa pagar
também as custas judiciais. Improcede o pedido de gratuidade de justiça.

Na oportunidade, os procuradores signatários declaram sob responsabilidade


pessoal, nos termos do artigo 830 da CLT (com a nova redação conferida pela Lei nº.
11.925/2009), a autenticidade das cópias dos documentos ora acostadas à presente defesa.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos,


notadamente a documental, testemunhal e depoimento pessoal da reclamante.

Termos em que pede


e espera deferimento.

Belo Horizonte, 17 de março de 2015.

Marco Antônio Corrêa Ferreira Helda Carla Andrade Alves


OAB/MG nº.1445-A OAB/MG nº. 101.728

Bruna Gonçalves de Magalhães Fabiola Garilbaldi Albuquerque Bahia


OAB/MG nº. 102.248 OAB/MG nº. 108.712

25

Potrebbero piacerti anche