Sei sulla pagina 1di 9

$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R

REVISÃO / REVIEW Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDVVmR(¿FD]HVQR
Tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

The Brazilian Medicinal Plants Are Effective In The Treatment


Of Systemic Lupus Erythematosus?

1
Douglas S. A. Chaves*

1
Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Química, Laboratório de Química de Bioativos Naturais (LQ-
%LR1 8QLYHUVLGDGH)HGHUDO5XUDOGR5LRGH-DQHLUR%5.P6HURSpGLFD5-%UDVLO

*Correspondência: HPDLO FKDYHVGVD#XIUUMEUFKDYHVGVD#\DKRRFRPEU

Palavras chave:
Lúpus; Produtos Naturais; Plantas medicinais; Medicina popular; Auto-anticorpos.

Keywords:
lupus; Natural Products; Medicinal plants; Folk medicine; Autoantibody.

Resumo
2REMHWLYRGHVWHWUDEDOKRIRLUHDOL]DUXPDUHYLVmRVLVWHPiWLFDGDOLWHUDWXUDVREUHDXWLOL]DomRGDVSODQWDVPHGLFL-
nais brasileiras no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico, uma doença que atinge aproximadamente cinco
PLOK}HVGHSHVVRDVHPWRGRR0XQGR2HVWXGRIRLUHDOL]DGRXWLOL]DQGRGDGRVREWLGRVDSDUWLUGDVEDVHVGHGD-
GRV3XEPHG:HERI6FLHQFH,6,H6FLHQFH'LUHFWHGHOLWHUDWXUDERWkQLFDEUDVLOHLUDHVSHFLDOL]DGD)RLSRVVtYHO
REVHUYDUTXHRWUDWDPHQWRFRPSODQWDVPHGLFLQDLVYrPVHLQWHQVL¿FDQGRHTXHIRUDPWRWDOL]DGDVHVSpFLHV
EUDVLOHLUDVSHUWHQFHQWHVDIDPtOLDVERWkQLFDVDVTXDLVSRGHPVHUFRQVLGHUDGDVH¿FD]HVQRWUDWDPHQWRGRO~SXV
UHGX]LQGRRVVLQWRPDVFDXVDGRVSRUHVWDGRHQoD&RQVLGHUDQGRVHTXHQR%UDVLODJUDQGHPDLRULDGDSRSXODomR
não tem acesso aos medicamentos, e estes apresentam um custo elevado e efeitos adversos indesejáveis, os
resultados alcançados até o momento com plantas e seus metabólitos constituem um estímulo à pesquisa de
QRYRVPHGLFDPHQWRV¿WRWHUiSLFRVQDWHUDSLDGRO~SXV

Abstract
7KH DLP RI WKLV VWXG\ ZDV WR FRQGXFW D V\VWHPDWLF UHYLHZ RI WKH OLWHUDWXUH RQ WKH XVH RI %UD]LOLDQ PHGLFLQDO
plants in the treatment of systemic lupus erythematosus, a disease that affects approximately 5 million people
worldwide. The study was conducted using data obtained from the databases PubMed, ISI Web of Science and
6FLHQFH'LUHFWDVZHOODVVSHFLDOL]HG%UD]LOLDQERWDQLFDOOLWHUDWXUH,WZDVREVHUYHGWKDWWUHDWPHQWZLWKPHGLFLQDO
SODQWVKDYHEHHQLQWHQVLI\LQJDQGZHUHYHUL¿HGDWRWDORIVSHFLHVGLVWULEXWHGLQERWDQLFDOIDPLOLHVZKLFKFDQ
be considered effective in the treatment of lupus reducing the symptoms caused by this disease. Considering that
LQ%UD]LOWKHPDMRULW\RIWKHSRSXODWLRQGRQRWKDYHWRPHGLFLQHVDQGWKHVHKDYHDKLJKFRVWDQGVHYHUDODGYHUVH
effects, the results achieved so far with plants and their metabolites constitute a stimulus for research of new
herbal medicines in therapy of lupus.

198 Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

Considerações Iniciais nucleossômicas. Presumivelmente, os linfócitos B es-


SHFt¿FRV SDUD '1$ SUySULR VH OLJDP DRV FRPSOH[RV
O sistema imune está envolvido principalmente e pri- proteína-DNA nucleossômicos, processam as proteí-
mariamente na proteção do indivíduo contra agentes nas e apresentam epítopos peptídicos aos linfócitos T
LQIHFFLRVRV LQYDVRUHV 8P JUXSR GH GRHQoDV FDXVD- auxiliares, logo os linfócitos B ativados liberam auto-
das por ativação crônica das células do sistema imu- -anticorpos imunoglobulinas G (IgG) para a circulação
QHSULQFLSDOPHQWHOLQIyFLWRV7HRX%QDDXVrQFLDGH onde eles formam complexos imunes na presença de
infecção, ou de outra causa aparente, são conhecidos ligantes (antígenos LES) (Abbas et al., 2008; Kaplan,
como doenças autoimunes. As doenças autoimunes 2004). Não se sabe se o defeito patogênico primá-
podem ser geradas por falhas no programa de morte ULR IDOKDQDWROHUkQFLDFHQWUDORXSHULIpULFD HVWiQRV
GHFpOXODV7TXHUHDJHPFRPVXEVWkQFLDVGRSUySULR linfócitos B, nos linfócitos T auxiliares ou em ambos.
organismo, ou mesmo após uma reação de defesa a Sugere-se que os antígenos que desencadeiam a
certos componentes externos muito semelhantes aos produção de auto-anticorpos são liberados de células
internos (Sun e Shi, 2001). DSRSWyWLFDVRTXHpXPDUD]mRSDUDDH[SRVLomRjOX]
ultravioleta, que promove apoptose, exacerbar a doen-
Dentre as diversas patologias relacionadas com fa- ça (Hess, 2002; Carroll, 2004).
lhas no sistema imunológico estão o lúpus, a psorí-
ase, vitiligo e a dermatite tópica que geram alguns Apesar dos mecanismos clássicos, como o sistema
VLQWRPDV FOtQLFRV REVHUYDGRV FRPR PDQFKDV FXWk- complemento, para a absorção e eliminação de com-
neas (Browing, 2006). O lúpus eritematoso sistêmico plexos imunes, os mesmos acumulam-se nos peque-
(LES) está entre as doenças autoimunes mais co- nos vasos sanguíneos de órgãos, como o rim, onde
muns no mundo, sendo estimado que esta patologia eles se tornam patogênicos. Desta forma, os com-
DIHWDDSUR[LPDGDPHQWH  PLOK}HV GH SHVVRDV QRV SOH[RVLPXQHVLQGX]HPDLQÀDPDomRORFDODSDUWLUGD
(VWDGRV 8QLGRV GD $PpULFD H FHUFD GH  PLOK}HV DWLYDomRGRVLVWHPDFRPSOHPHQWRHRXOLJDomRGHUH-
de pessoas no mundo (Hahn e Schur, 2012; Lupus ceptores de superfície celular (Fc) que leva a desgra-
Foundation America, 2012). A prevalência do LES na QXODomRGHPDVWyFLWRVHGDLQ¿OWUDomRGHQHXWUy¿ORVH
população mundial é de 20 a 150 casos por 100.000 macrófagos (Carroll, 2004).
habitantes (Hahn e Schur, 2012). Nas mulheres, as
taxas de prevalência variam de 164 (brancas) a 406 Estudos em humanos e camundongos indicam que
(afrodescendentes) por 100.000 habitantes (Hahn e vários lócus genéticos estão envolvidos no LES. De-
Schur, 2012). As taxas de incidência estimadas são ¿FLrQFLDVQDVSURWHtQDVGRVLVWHPDFRPSOHPHQWRQD
de 1 a 25 por 100.000 habitantes na América do Nor- via clássica, especialmente C2 ou C4, são vistas em
WH$PpULFDGR6XO(XURSDHÈVLD FHUFDGHGRVSDFLHQWHVFRP/(6 &DUUROO 
O Lúpus varia enormemente de um paciente para ou-
$SHVDU GHVWHV HVWXGRV D GL¿FXOGDGH QD GH¿QLomR WUR GH FDVRV VLPSOHV TXH H[LJHP LQWHUYHQo}HV Pp-
H QR GLDJQyVWLFR GR /(6 H D GH¿FLrQFLD GH HVWX- GLFDV PtQLPDV D FDVRV VLJQL¿FDWLYRV FRP GDQRV D
dos epidemiológicos, tornam a estimativa bastante órgãos vitais como pulmão, coração, rim e cérebro. A
GL¿FXOWDGDHGHEDL[DFRQ¿DQoDSDUDRVyUJmRVJR- GRHQoDpFDUDFWHUL]DGDSRUSHUtRGRVGHDWLYLGDGHLQ-
YHUQDPHQWDLVHDVVRFLDo}HVGHSRUWDGRUHVGR/(6 tercalados por períodos de remissão que podem durar
(Davies e Wentworth 2009). semanas, meses ou anos, no entanto, em alguns pa-
FLHQWHV QXQFD p GHVHQYROYLGD FRPSOLFDo}HV VHYHUDV
Patogênese do Lúpus Eritematoso Sistêmico (Sato et al., 2006).

O lúpus eritematoso sistêmico (Lúpus = lobo, eritema- Papel dos linfócitos na patogenia do LúpusErite-
toso = vermelhidão e sistêmico = todo) é uma doença matoso Sistêmico
LQÀDPDWyULDFU{QLFDPXOWLVVLVWrPLFDGHFDXVDGHVFR-
QKHFLGDHGHQDWXUH]DDXWRLPXQHFDUDFWHUL]DGDSHOD Os linfócitos B são componentes do sistema imune
presença de diversos auto-anticorpos (Ramsey-Gold- adaptativo. Eles surgem a partir de células-tronco
PDQ   (YROXL FRP PDQLIHVWDo}HV FOtQLFDV SROL- hematopoiéticas ao longo da vida, expressam um re-
PyU¿FDVFRPSHUtRGRVGHH[DFHUEDo}HVHUHPLVV}HV SHUWyULRGLYHUVL¿FDGRGHLPXQRJOREXOLQDVFRQWUDXPD
De etiologia não esclarecida, o desenvolvimento da ampla gama de patógenos e funcionam como células
doença está ligado à predisposição genética e aos fa- apresentadoras de antígenos (APCs) para os linfóci-
WRUHVDPELHQWDLVFRPROX]XOWUDYLROHWDHDOJXQVPHGL- tos T. (Mohan e Pathak, 2011; Abbas et al., 2008).
camentos (Mohan e Pathak, 2011; Harley et al., 2009).
Via estes processos, imunocomplexos são formados
A patogênese doLES envolve a produção de fator e o antígeno é removido através de reconhecimen-
DQWLQXFOHDUGHDOWDD¿QLGDGHTXHGHPRQVWURXGHSHQ- to de imunocomplexos por células que possuem re-
der dos linfócitos T auxiliares que são patogênicos e FHSWRU)F PDFUyIDJRVQHXWUy¿ORVHRXWUDV OHYDQGRD
HVSHFt¿FRV SDUD SHSWtGHRV GHULYDGRV GH SURWHtQDV ativação do sistema complemento, que ocorre conco-

Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012 199


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

mitantemente com o recrutamento de leucócitos efe- Além dos antimaláricos, os glicocorticoides são utili-
WRUHV UHVXOWDQGR HP XP SURFHVVR LQÀDPDWyULR 0RN ]DGRV QR WUDWDPHQWR SRGHQGR YDULDU GH DFRUGR FRP
2010; Mohan e Pathak, 2011). a gravidade do caso e dividida em dose baixa (0,125
PJNJGLD  PRGHUDGD  D  PJNJGLD  DOWD
2V OLQIyFLWRV % SURGX]HP DQWLFRUSRV QR /(6 TXH VR-  D  PJNJGLD  PXLWR DOWD  D  PJNJGLD  H
freram expansão clonal extensiva, sugerindo que os pulsoterapia (administração intravenosa de 1g de
DQWLFRUSRVVmRSURGX]LGRVHPUHVSRVWDjHVWLPXODomR prednisolona (3) por três dias consecutivos) (Andreu-
crônica dos linfócitos B por antígenos e co-estimulação ViQFKH]*LQ]OHUH6LOYD)HUQiQGH] 
autorreativa dos linfócitos T-CD4+, portanto, sugerindo
um papel importante para a célula T autorreativa além
dos linfócitos B. Outra função do linfócito B, que está
relacionado com a probabilidade de ser importante na
patogênese de LES, é a liberação de citocinas, particu-
ODUPHQWH SUyLQÀDPDWyULDV FRPR LQWHUOHXFLQD IDWRU
GHQHFURVHWXPRUDO 71) ĮHLQWHUOHXFLQD ,/ TXH
VmRSURGX]LGRVHPDOWRVQtYHLVQR/(6DOpPGRHVWLPX-
lador linfocitário B(BLyS) e fator de ativação do linfócito
B (BAFF), uma citocina da família TNF, que promove a Devido aos múltiplos efeitos colaterais, os glicocorti-
maturação dos linfócitos B e a diferenciação das célu- FRLGHV GHYHP VHU XWLOL]DGRV QD GRVH HIHWLYD SDUD R
las plasmáticas(Bhate e Radhakrishnan, 2007). controle da atividade da doença, e, assim que possí-
vel, promover a redução gradual de sua dose. Embora
O papel dos linfócitos B como uma APC também é haja grande variabilidade individual na sensibilidade
passível de ser essencial no desenvolvimento da au- aos glicocorticoides, está demonstrado que o uso de
toimunidade. Em modelos experimentais de artrite au- glicocorticoides de longa ação, como dexametaso-
toimune, a função de APC dos linfócitos B foi essen- na (4), é o mais deletério, devendo ser evitado dia-
cial para o desenvolvimento da doença, enquanto que riamente. Nos pacientes que não conseguem atingir
a função secretora de anticorpos não se mostra tão uma dose de manutenção de glicocorticoides aceitá-
importante (Bhate e Radhakrishnan,2007;Mok, 2010). YHOPHQRUTXHPJGLDHVWmRLQGLFDGDDDVVRFLD-
As citocinas possuem papel crucial no desenvolvi- omRGHRXWURVIiUPDFRVFRPRD]DWLRSULQD 5) e meto-
mento, diferenciação e regulação do sistema imune. trexato (6)(Sato et al., 2006).
Como resultado, uma desregulação na produção ou
ação de uma citocina pode representar um fator im-
portante no desenvolvimento de uma doença autoi-
mune. Citocinas comoIL-2, TNF-a e IFN-g possuem
papel fundamental na regulação da resposta autoimu-
ne. São tradicionalmente conhecidas como moléculas
SUyLQÀDPDWyULDV UHODFLRQDGDV DR DJUDYDPHQWR GD
doença (Elkon e Rönnblom, 2010).

Terapia tradicional
O tratamento do lúpus com ciclofosfamidas, como
O tratamento medicamentoso deve ser individuali- SRUH[HPSORDR[D]RIRULQD 7) também tem mostrado
]DGR SDUD FDGD SDFLHQWH H GHSHQGHUi GRV yUJmRV bons resultados, no entanto, mais direcionado para o
ou sistemas acometidos, assim como sua gravida- tratamento de pacientes com lúpus nefrites.
de. O tratamento de pacientes com comprometi-
mento de múltiplos sistemas deverá ser orientado Omicofenolatode mofetila (MMF) (8) é um inibidor
para o tratamento do comprometimento mais grave. UHYHUVtYHO GD IRVIRLRVLQDGHVLGURJHQDVH XPD HQ]LPD
Quando houver manifestação que não responda a necessária para a síntese de novo de purinas ativa-
um determinado fármaco, pode ser necessário fa- doras de linfócitos. Estudos recentes sugerem que o
]HU XVR FRQFRPLWDQWH GH GLYHUVRV PHGLFDPHQWRV tratamento com MMF possa ser uma alternativa no
(Sato et al., 2006). WUDWDPHQWR GR /(6 H D XWLOL]DomR GH FLFORIRVIDPLGDV
(Hahn e King et al., 2007).
Independentemente do órgão ou sistema afetado,
RXVRFRQWtQXRGHDQWLPDOiULFRVFRPRPJNJGLD
de difosfato de cloroquina (1  RX  PJNJGLD GH
sulfato de hidroxicloroquina (2), é indicado com a
ILQDOLGDGHGHUHGX]LUDWLYLGDGHGDGRHQoDHWHQWDU
poupar o uso de corticoides (Hahn e King, 2007;
Kreuter et al., 2009).

200 Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

Comprometimento cutâneo e, consequentemente, deixa de estimular o sistema


imune(Colombo, Murdaca e Puppo, 2011).
O tratamento vai depender do acometimento derma-
WROyJLFRHGDJUDYLGDGHGDVOHV}HV&RQVLGHUDQGRTXH (SUDWX]XPDE DWXDOPHQWHHPIDVH,,, DWXDFRPRDJR-
a radiação ultravioleta B é a principal causadora de fo- nista CD22, um marcador de superfície dos linfócitos
WRVVHQVLELOLGDGHHGHVHQFDGHDQWHGDVOHV}HVFXWkQH- %LQGX]LQGRXPDGHSOHomRWHPSRUiULDGRVOLQIyFLWRV%
DVpLQGLFDGRjXWLOL]DomRGHSURWHWRUHVVRODUHV IDWRU PHQRVH¿FLHQWHTXHRULWX[LPDEHWDPEpPpXPWUDWD-
protetor de 2 a 50) pela manhã e reaplicados durante mento promissor na terapia contra o lúpus (Colombo,
RGLD1DVOHV}HVFXWkQHDVORFDOL]DGDVHVWiLQGLFDGD Murdaca e Puppo, 2011; Mok, 2010).
WHUDSLD WySLFD FRP FRUWLFRLGH QmR ÀXRUDGR RV TXDLV
SURGX]HP PHQRV HIHLWRV FRODWHUDLV FRPR DWUR¿DV &RPRHVWLPXODGRUDQWLOLQIyFLWR%YHPVHQGRXWLOL]DGRR
GHVSLJPHQWDo}HVHVWULDVWHODQJLHFWDVLDVDFQHHIR- Belimubab (LymphoStat B™) que é um anticorpo mo-
OLFXOLWHV (P OHV}HV PDLV KLSHUWUy¿FDV LQGLFDVH FRU- noclonal que tem como alvo a proteína estimuladora de
WLFRLGH ÀXRUDGR SRGHQGR VHU DSOLFDGR VRE D IRUPD linfócito B(BlyS) (Colombo, Murdaca e Puppo, 2011).
RFOXVLYDRXGHLQ¿OWUDomR 5LEHLURHWDO 
Na terapia antilinfócitoT ouinibição da interação lin-
A talidomida (9  PRVWURXVH H¿FD] HP  GRV FD- fócito T é encontrada como tratamento Abatacept
sos, mas deve ser indicada somente para pacientes 2UHQFLDŠ XPDSURWHtQDGHIXVmRUHFHSWRUDGRDQWt-
do sexo masculino, ou para mulheres sem qualquer geno citotóxico linfocitário 4 (CTLA4) e Imunoglobuli-
ULVFRGHJUDYLGH]QDSyVPHQRSDXVDRXFRPDQWLFRQ- QD ,J TXHSUHYLQHDOLJDomRGH&' % VREUH
FHSomRGH¿QLWLYD 6DWRHWDO  a superfície de células apresentadoras de antígenos
(APCs), com o receptor CD28 do linfócito T. Os linfó-
citos T necessitam de um sinal coestimulatório para
LQGX]LUVXDDWLYDomR2EORTXHLRGHVWDLQWHUDomRHQWUH
$3&V H OLQIyFLWR7 UHGX] RV OLQIyFLWRV7 DWLYDGRV H D
SURGXomRGHFLWRFLQDVDTXDOUHGX]RFXUVRGHSURGX-
ção de linfócitos B e consecutivamente a diminuição
da produção de auto-anticorpos (Colombo, Murdaca
e Puppo, 2011).

Outro alvo bastante importante é a terapia antiCD40


Comprometimento articular ligante (CD40L). A interação entre CD40L e CD40 é
também uma importante via coestimulatória necessá-
As artrites agudas, quando não acompanhadas de ULDSDUDLQWHUDo}HVHDWLYDo}HVGDV$3&VOLQIyFLWR%
comprometimento sistêmico, podem ser tratadas com e T. Anticorpos monoclonais têm sido desenvolvidos
DQWLLQÀDPDWyULRV GHVGH TXH QmR VHMDP FRQWUDLQGL- e testados em pacientes com LES, no entanto, a re-
cados. Caso não haja melhora, pode-se substituir ou ODomRH¿FD]HVHJXUDQoDSDUDHVWDWHUDSLDDLQGDQmR
associar prednisona (Sato et al., 2006). está bem elucidada (Boumpas et al., 2003).

Nas artrites crônicas, está indicado o uso deantimalá- Fitoterapia


ricos (1ou 2), para controle da dor articular, ou asso-
FLDo}HVGHPHWRWUH[DWR 6)(Ribeiro et al., 2008). Fitoterápicos são medicamentos obtidos por pro-
cessos tecnologicamente adequados, empregando-
Terapia com agentes biológicos -se exclusivamente matérias-primas vegetais, como
SULQFtSLR DWLYR FRP ¿QDOLGDGH SUR¿OiWLFD FXUDWLYD
O sistema autoimune apresenta um repertório que po- SDOLDWLYDRXSDUD¿QVGHGLDJQyVWLFReFDUDFWHUL]DGR
deria estar relacionado com diversos alvos terapêuti- SHOR FRQKHFLPHQWR GD H¿FiFLD H GRV ULVFRV GH VHX
cos que levariam a alternativa para o tratamento de XVRDVVLPFRPRSHODUHSURGXWLELOLGDGHHFRQVWkQFLD
GRHQoD DXWRLPXQH 0XLWRV HQVDLRV FOtQLFRV XWLOL]DP de sua qualidade. Não se considera medicamento
DOYRV ELROyJLFRV HVSHFt¿FRV SDUD WUDWDPHQWR GH SD- ¿WRWHUiSLFR DTXHOH TXH QD VXD FRPSRVLomR LQFOXD
cientes com lúpus eritematoso. Atualmente são en- VXEVWkQFLDV DWLYDV LVRODGDV GH TXDOTXHU RULJHP
contrados anticorpos monoclonais como o rituximab QHP DV DVVRFLDo}HV GHVWDV FRP H[WUDWRV YHJHWDLV
TXHWHPFRPRDOYRXPDSURWHtQDORFDOL]DGDQDVXSHU- (ANVISA, 2004).
fície dos linfócitos B (CD20), mostrando que pacien-
tes com LES tiverem redução nos sintomas (Hahn e 3DUD D HODERUDomR GH XP ¿WRWHUiSLFR p QHFHVViULR
King et al., 2007; Colombo, Murdaca e Puppo, 2011; conhecer os marcadores químicos presentes na es-
Mok, 2010). No entanto, o tratamento com rituximab pécie vegetal. Estes marcadores são componentes
promove a depleção dos linfócitos B que deixa de presentes na matéria-prima vegetal, preferencialmen-
atuar como uma célula apresentadora de antígeno WHRSUySULRSULQFtSLRDWLYRXWLOL]DGRVFRPRUHIHUrQFLD

Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012 201


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

o controle de qualidade da matéria-prima vegetal e no interesse de produtos naturais tem-se observado


GRVPHGLFDPHQWRV¿WRWHUiSLFRV &DUYDOKR  H DWXDOPHQWH DSUR[LPDGDPHQWH  GRV SURGXWRV
naturais contribuem para o tratamento de diversas
O conhecimento da composição química de uma doenças em todo o mundo. Para a terapia antilúpica
espécie vegetal é fundamental para poder trabalhar 19 novas pequenas moléculas (imunossupressoras e
com um extrato padrão, onde os constituintes quími- imunomoduladora) foram descobertas nos últimos 30
FRV HVWHMDP SDGURQL]DGRV )DEULFDQW H )DUQVZRUWK DQRVPRVWUDQGRDLPSRUWkQFLDGR5HLQR9HJHWDO
2001). Dependendo de fatores ambientais como solo,
DOWLWXGHHYDULDo}HVVD]RQDLVFOLPiWLFDVRVQtYHLVGRV Materiais e Métodos
componentes de um determinado lote de plantas po-
GHP YDULDU FRQVLGHUDYHOPHQWH 6LP}HV  0X]L- 2HVWXGRIRLUHDOL]DGRXWLOL]DQGRGDGRVREWLGRVDSDUWLU
tano et al., 2006). Portanto, é desejável possuir uma das bases de dados Pubmed, Web of Science ISI e
SUHSDUDomR SDGURQL]DGD FRP XPD FRPSRVLomR GH 6FLHQFH'LUHFWHGHOLWHUDWXUDERWkQLFDEUDVLOHLUDHVSH-
FRQVWLWXLQWHVTXtPLFRVFRQKHFLGDSDUDD¿QDOLGDGHGH FLDOL]DGD &RUUrD  0DWRV H /RUHQ]L  0D-
consumo humano, para pesquisa e reprodutibilidade WRV0RUV5L]]LQLH3HUHLUD 
(Smith e Luo, 2004; Suk, 2005).

De acordo com Cragg e Newman (2012) os produtos Resultados e Discussão


naturais continuam a desempenhar um papel muito
importante na descoberta de medicamentos e proces- $OJXPDVSODQWDVPHGLFLQDLVYrPVHQGRXWLOL]DGDVQR
VRVGHGHVHQYROYLPHQWRSURYDQGRTXHDQDWXUH]DGH Brasil para o tratamento dos sintomas causados pelo
XPDIRUPDRXRXWUDFRQWLQXDDLQÀXHQFLDUQRGHVHQ- Lúpus, no entanto, estas ainda são em pequeno nú-
volvimento de pequenas moléculas para o tratamento mero. Ao todo foram repertoriadas 10 espécies per-
de várias doenças. Nos últimos 30 anos, um aumento WHQFHQWHVDIDPtOLDVERWkQLFDV Tabela1).

Tabela1:3ODQWDVPHGLFLQDLVEUDVLOHLUDVXWLOL]DGDVSHODSRSXODomRQRWUDWDPHQWRGRO~SXVHGRHQoDVDXWRLPXQHV

Nome popular Espécie Família Referência


0DWRVH/RUHQ]L
Babosa Aloe vera Burm. F. Aloaceae Matos, 2004

Miloma Cissampelos sympodialis Eichler. Menispermaceae 0DWRVH/RUHQ]L


0DWRVH/RUHQ]L
Mulungu Erythryna mulungu Mart. ExBenth. Fabaceae Lima et al., 2006

$OFDoX] Glycyrrhiza glabra L. Fabaceae Matos, 2004


0DWRVH/RUHQ]L
Trevo vermelho Justicia pectoralis Jacq. Acanthaceae Matos, 2004

0DWRVH/RUHQ]L
Alfavaca Ocimum grastissimum L. Labiatae Matos, 2004

0DWRVH/RUHQ]L
3DXG¶DUFR Tabebuia avellanedae Lor. ExGriseb. Bigoniaceae Matos, 2004

Matos, 2004;
Macela do reino Tanacetum parthenium (L.) Sch. Bip. Compositae Rosa et al., 2007

0DWRVH/RUHQ]L
8QKDGHJDWR Uncaria tomentosa (Willd.) DC. Rubiaceae
Machado e Rosa, 2007
0DWRVH/RUHQ]L
Gengibre =LQJLEHURI¿FLQDOH Roscoe =LQJLEHUDFHDH
Machado e Rosa, 2007

202 Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

A babosa (Aloe vera Burm. F.) é uma espécie brasilei- nofarmacológico por ser empregada no tratamento do
UDXWLOL]DGDSHODSRSXODomRSDUDRWUDWDPHQWRGDLQÀD- UHXPDWLVPRHLQÀDPDo}HVSXOPRQDUHV2VSULQFLSDLV
mação causada pelo lúpus. O extrato aquoso da ba- FRPSRQHQWHV ¿WRTXtPLFRV HQFRQWUDGRV VmR D FXPD-
bosa apresenta como componente ativo a aloína (10), rina umbeliferona (13 H DOJXQV ÀDYRQyLGHV 0DWRV H
um derivado antracênico, responsável pela atividade /RUHQ]L 
DQWLLQÀDPDWyULDHDQWLDOpUJLFD 0DWRV 

8PD HVSpFLH EDVWDQWH FRQKHFLGD QR %UDVLO p R SDX


d´arco (Tabebuia avellanedae Lor. ExGriseb.). A lite-
UDWXUD HWQRERWkQLFD FLWD R XVR GDV FDVFDV GD SODQWD
na medicina popular sob a forma de chá, como anti-
-infeccioso, antifúngico, diurético, adstringente e no
WUDWDPHQWR FRQWUD DOJXQV WLSRV GH FkQFHU GH O~SXV
A espécie Miloma (Cissampelos sympodialis Eich) é GRHQoDVGH3DUNLQVRQSVRUtDVHHDOHUJLDV /RUHQ]LHW
encontrada principalmente no Nordeste e no Sul do DO0DWRV $DQiOLVH¿WRTXtPLFDUHYHORX
Brasil, cujo chá é muito usado na medicina popular a presença de naftoquinonas, principalmente o lapa-
SDUDRWUDWDPHQWRGHGRHQoDVLQÀDPDWyULDV EURQTXLWH chol (14), a lapachona (15) e alguns de seus deriva-
e asma). Sabe-se que o componente majoritário desta GRV QRV H[WUDWRV GD SODQWD 0DWRV H /RUHQ]L 
espécie é o alcalóide warifteína (11). Estudos mos- Matos, 2004).
WUDPTXHHVWHDOFDOyLGHpFDSD]GHLQLELUDVIXQo}HV
das células B, modulando a resposta do sistema de
GHIHVD GR RUJDQLVPR KXPDQR H SRGH VHU XWLOL]DGD
para o tratamento de doenças autoimunes como: lú-
pus, esclerose múltipla, diabetes do tipo 1, tireoidite
e artrite, inibindo a proliferação dos linfócitos B e a
secreção de anticorpos (Moreira et al., 2003).

$ OLWHUDWXUD HWQRERWkQLFD UHJLVWUD R XVR PHGLFLQDO GH


ÀRUHVHIROKDVGHPDFHOD Tanacetum parthenium (L.)
6FK%LS SDUDGLYHUVRV¿QVWHUDSrXWLFRVSRUYLDRUDO
e tópico, compreendendo o tratamento de enxaque-
ca, desconforto gástrico, diarréia, reumatismo e anti-
LQÀDPDWyULR 0DWRVH/RUHQ]L 2WUDWDPHQWRGH
UHXPDWLVPRHDQWLLQÀDPDWyULRHVWiUHODFLRQDGRGLUH-
WDPHQWHFRPRO~SXVTXHOHYDDHVWDVPDQLIHVWDo}HV
clínicas, sendo assim, uma planta de interesse no es-
WXGRGHGRHQoDVDXWRLPXQHV 0DWRVH/RUHQ]L 

Mulungu (Erythryna mulungu Mart. ExBenth) é uma 8QKDGHJDWR Uncaria tomentosa (Willd.) DC.) é en-
espécie nativa da parte central do Brasil. Na medici- contrada principalmente na região Norte do Brasil e é
na tradicional brasileira a casca do mulungu tem sido XPDGDVHVSpFLHVPDLVXWLOL]DGDVQDPHGLFLQDWUDGL-
XVDGDSHODVSRSXODo}HVLQGtJHQDVFRPRVHGDWLYR1D FLRQDO EUDVLOHLUD 2V LQGtJHQDV GD$PD]{QLD HPSUH-
medicina herbária é largamente empregada contra gam esta planta no tratamento de diversas patologias,
DVPDEURQTXLWHKHSDWLWHJHQJLYLWHHLQÀDPDo}HVKH- WDLVFRPRDUWULWHUHXPDWLVPRLQIHFo}HVGRWUDWRXUL-
SiWLFDV 0DWRVH/RUHQ]L (VWDSODQWDFRQWpP QiULR ~OFHUDV JiVWULFDV FkQFHU H GRHQoDV DXWRLPX-
vários alcalóides, os quais estariam relacionados com QHV 0DWRVH/RUHQ]L0DWRV 
RFRQWUROHGHVWDVSDWRORJLDV 0DWRVH/RUHQ]L
Lima et al., 2006). O gengibre (=LQJLEHU RI¿FLQDOH Roscoe)é uma planta
HPSUHJDGDQDWHUDSLDSRSXODUFRPRDQWLLQÀDPDWyULD
De nome popular trevo-vermelho (Justicia pectoralis antirreumática, antialérgica, além de outras formas
Jacq.) estaespécie apresenta um importante papel et- SDWROyJLFDV2VUL]RPDVGRJHQJLEUHDSUHVHQWDPXPD

Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012 203


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

composição química bastante variada, com a presen- sos indesejáveis, os resultados alcançados até agora
ça de óleos essenciais, sesquiterpenos, além de óleo- com as plantas e seus metabólitos constituem um es-
UHVLQDULFRHPJLQJHURLV±VXEVWkQFLDVTXHVmRUHV- timulo adicional à pesquisa de novos medicamentos
SRQViYHLVSHORVDERUIRUWHHSLFDQWHGDUDL] /RUHQ]LHW ¿WRWHUiSLFRV¿WRIiUPDFRVRXDLQGDSURGXWRVREWLGRV
al., 2002; Matos, 2004). da síntese de moléculas estruturalmente similares
jV VXEVWkQFLDV QDWXUDLV DWLYDV  ~WHLV QD SUHYHQomR
Além das espécies brasileiras citadas acima e encon- e no combate às doenças autoimunes. Desta forma,
WUDGDVQDVEDVHVGHGDGRVHIRQWHVELEOLRJUi¿FDVFRQ- as plantas medicinais não podem ser consideradas
sultadas, algumas espécies exóticas foram relatadas mitos e sim bem úteis no tratamento sintomático do
como promissoras espécies geradoras de componen- lúpus eritematoso sistêmico, seja por mecanismos
tes químicos para o tratamento lúpico, como Acalypha DQWLLQÀDPDWyULRVHPRGXODGRUHVGRVOLQIyFLWRV
wilkesiana Müll. (Ajose, 2007), Aesculus hippocas-
tanum L. (BedieShenefeld, 2002), Alstonia boonei REFERÊNCIAS
De Wild. (Ajose, 2007), Caragana sinica %XF¶KR] 
Rehder (Meng et al., 2009), Cassia alata L. (Ajose, Abbas, A.K.; Lichtman, A.H. Pillai, S.H.I.V. 2008. Imuno-
2007), Fícus asperifólia Miq. (Ajose, 2007), Impatients logia celular e molecular. Editora Elsevier. Rio de janeiro.
capensis Meerb. (BedieShenefeld, 2002), Jatropha
gossypyfolia L. (Ajose, 2007), Larrea tridentata DC. Ajose, F.O.A. 2007 - Some Nigerian plants of derma-
(Arteaga, Andrade-Cetto e René, 2005), Potentilla se- tologic importance. International Journal of Dermato-
ricea/ /DWWpH7RPF]\N Ricinus communis L. logy, v.46, p.48-55.
(Ajose, 2007) e Tripterygium wilfordii Hook. F. (Brinke-
ret al., 2007). $JrQLFD 1DFLRQDO GH 9LJLOkQFLD 6DQLWiULD $19,6$ 
 5HVROXomR ± 5'& Qž  GH  GH PDUoR GH
3RXFDVGHVFULo}HVGHXVRHPHWQRPHGLFLQDVmRHQ- 2004; Disponível em <www.anvisa.gov.br> Acesso 31
contradas enfocando diretamente o lúpus, porém, ou- ago. 2012.
WUDVGRHQoDVGHSHOHSRGHPVHUXWLOL]DGDVQDEXVFD
de plantas com potencial uso no tratamento do lúpus. $UWHDJD6$QGUDGH&HWWR$5HQp$&±Lar-
Por exemplo, a dermatose e o edema que estão inti- rea tridentata (Creosote bush), an abundant plant of
mamente relacionados com o lúpus e atinge a popu- 0H[LFDQDQG86$PHULFDQGHVHUWVDQGLWVPHWDEROLWH
lação de maneira geral. As dermatoses, assim como nordihydroguaiaretic acid. Journal of Ethnopharmaco-
O~SXVVmRFDUDFWHUL]DGDVSRUXPTXDGURLQÀDPDWyULR logy, v.98, p.231-239.
crônico e em alguns casos pode estar associada a
quadros de morbidade, dependendo da severidade da Bedi, M.K.; Shenefelt, P.D. 2002 - Herbal Therapy in Der-
doença (Green et al., 2005). matology. Archives of Dermatology, v.138, p.232-242.

CONCLUSÕES Browning, J.L. 2006 -B cells move to center stage: no-


vel opportunities for autoimmune disease treatment.
1RV~OWLPRVGH]DQRVGHSHVTXLVDVSDUDRO~SXVHULWH- Nature Reviews Drug Discovery, v.5, p.564-576.
matoso sistêmico, têm-se observado que os esforços
na pesquisa básica e clínica estão gerando resultados Bhat, P.; Radhakrishnan, J. 2007 - B lymphocytes
positivos de grande interesse para o tratamento desta and lupus nephritis: New insights into pathogenesis
SDWRORJLDTXHDFRPHWHPLOK}HVGHSHVVRDVWRGRVRV and targeted therapies. Kidney International, v.73,
anos, visando à melhora da qualidade de vida e até p.261-268.
mesmo a cura, que pode estar próximo. Após uma
década de resultados fracassados nas terapias bioló- Brinker, A.M.; Ma, J.; Lipsky, P.E.; Raskin, I. 2007 - Me-
gicas do LES, sabe-se hoje que as vias do reconheci- dicinal chemistry and pharmacology of genus Triptery-
mento celular e a via das citocinas parecer ser o alvo gium (Celastraceae).Phytochemistry, v.68, p.732-766.
principal das futuras moléculas no tratamento desta
FRPSOH[DSDWRORJLD$SHVDUGDVIXQo}HVDFHLWDVSDUD %RXPSDV'7)XULH50DQ]L6,OOHL**:DOOD-
os linfócitos autorreativos na imunidade adaptativa, os ce, D.J.; Balow, J.E.; Vaishnaw, A. 2003 - BG9588 Lu-
pesquisadores estão apenas começando a compre- pus Nephritis Trial Group. A short course of BG9588
ender os acontecimentos iniciais da ativação da imu- (anti-CD40 ligand antibody) improves serologic activi-
nidade inata, iniciando assim, um período promissor ty and decreases hematuria in patients with prolifera-
de progressos para o tratamento e controle do lúpus tive lupus glomerulonephritis. Arthritis & Rheumatism,
eritematosos sistêmico. v.48, p.719-727.

Considerando-se que no Brasil a grande maioria da Carroll, M.C. 2004 - A protective role for innate immu-
população não tem acesso aos medicamentos e que nity in systemic lupus erythematosus. Nature Reviews
estes apresentam um custo elevado e efeitos adver- Immunology, v.4,p.825-831.

204 Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

&DUYDOKR -&7   &RQVLGHUDo}HV JHUDLV VREUH /RUHQ]L+0DWRV)-$Plantas medicinais no


¿WRWHUiSLFRV ,Q &DUYDOKR -&7 )LWRWHUiSLFRV DQWL- Brasil: nativas e exóticas cultivadas. EditoraInstituto
LQÀDPDWyULRV DVSHFWRV TXtPLFRV IDUPDFROyJLFRV H Plantarum. São Paulo.
aplicações terapêuticas. Editora Tecmedd, Ribeirão
Preto, SP. Matos, F.J.A. 2004 - Constituintes químicos ativos e
propriedades biológicas de plantas medicinais brasi-
Corrêa, M.P. 1984. Dicionário de plantas úteis do Bra- leiras(GLWRUD8)&)RUWDOH]D
sil e das exóticas cultivadas. EditoraImprensaNacio-
nal. Rio de Janeiro. Meng, Q.; Niu, Y.; Niu, X.; Roubin, R.H.H.; Jane, R.
2009 - Ethnobotany, phytochemistry and pharmacolo-
Davies C.; Wentworth J. 2009. Systemic lupus gy of the genus Caragana used in traditional Chinese
erythematosus.Nature Reviews Drug Discovery, v.8, medicine. Journal of Ethnopharmacology, v.124, n.3,
p.103-104 p.350-368.

Fabricant, D.S.; Farnsworth, N.R. 2001 - The Value Mok, M.Y. 2010 - The immunological basis of B-cell
RI3ODQWV8VHGLQ7UDGLWLRQDO0HGLFLQHIRU'UXJ'LV- therapy in systemic lupus erythematosus.International
covery.Environmental Health Perspectives, v.109, Journal of Rheumatic DiseasesYS±
p.69-75.
0RUV:%5L]]LQL&73HUHLUD1$Medici-
6LP}HV&026FKHQNHO(3*RVPDQ*3DOD- nal Plants of Brazil(GLWRUD'H)LOLSSV5$8QLWHG6WDWH
]]R GH 0HOR -0HQW] /$ H 3HWURYLFN 35 RUJ  of America.
2003. Farmacognosia: da Planta ao Medicamento.
(GLWRUD GD 8)5*6(GLWRUD GD 8)6& 3RUWR$OHJUH Moreira, M.S.A.; Piuvesan, M.R.; Peçanha, L.M.T.
Florianópolis. 2003 - Modulation of B lymphocyte function by an
aqueous fraction of the ethanol extract of Cissam-
Green, C.; Colquitt, J.L.; Kirby, J.; Davidson, P. 2005 - pelossympodialis Eichl (Menispermaceae). Brazilian
7RSLFDOFRUWLFRVWHURLGVIRUDWRSLFHF]HPDFOLQLFDODQG Journal of Medical and biological Research, v.36,
cost effectiveness of once-daily vs. more frequent use. p.1511-1522.
%ULWLVK-RXUQDORI'HUPDWRORJ\YS±
Murdaca, G.; Colombo, B.M.; Puppo, F. 2011 - Emer-
Harley, I.T.W.; Kaufman, K.M.; Langefeld, C.D.; Har- ging biological drugs: A new therapeutic approach
ley, J.B.; Kell, J.A. 2009 - Genetic susceptibility to for Systemic Lupus Erythematosus. An update upon
6/( QHZ LQVLJKWV IURP ¿QH PDSSLQJ DQG JHQRPH- HI¿FDF\ DQG DGYHUVH HYHQWVAutoimmunity Reviews,
-wide association studies.Nature reviews Genetics, Y±
v.10, 285-289.
0X]LWDQR 0) &UX] ($$OPHLGD$3 'D6LOYD
Hess, E.V. 2002 - Environmental chemicals A.G.S.; Kaiser, C.R.; Guette, C.; Rossi-Bergmann,
DQG DXWRLPPXQH GLVHDVH FDXVH DQG HIIHFW´ B.; Costa, S.S. 2006 - Quercitrin: ananti-leish-
Toxicology,v.181-182, p.65-70. manialflavonoidglycosidefromKalanchoepinnata.
PlantaMedica,v.72, p.81-83.
Kaplan, M.J. 2004 - Apoptosis in systemic lupus
erythematosus.Clinical Immunology, v.112, n.3, Newman, D.J.; Cragg, G.M. 2012 - Natural Products
p.210-218. As Sources of New Drugs over the 30 Years from 1981
to 2010. Journal of Natural Products, v.75, p.311-335.
King, J.K.; Hahn, B.H. 2007 - Systemic lupus erythe-
matosus: modern strategies for management - a mo- Pan, H.F.; Fang, X.H.; Li, W.X.; Ye, D.Q.; Wu, G.C.; Li,
ving target. Best Practice & Research Clinical Rheu- X.P. 2008 - Radix Astragali: A promising new treatment
matology, v.21, p.971-987. option for systemic lupus erythematosus. Medical Hy-
potheses, v.71, p.311-312.
Kreuter, A.; Gaifullina, R.; Tigges, C.; Kirschke, J.; Alt-
meyer, P.; Gambichler, T. 2009 - Lupus Erythemato- Pathak, S., Mohan, C. 2011 - Cellular and molecular
susTumidus: Response to Antimalarial Treatment in pathogenesis of systemic lupus erythematosus: les-
36 Patients With Emphasis on Smoking. Archives of sons from animal models. Arthritis Research & Thera-
Dermatology, v.145, p.244-248. py, v.13, 241-250.

/LPD 0)'; $]HYHGR (&3 -RVLDQH ( Ramsey-Goldman, R. 2010 - Fatigue in Systemic Lu-
6DQW¶DQD6*RXODUW$(7KHDQWLELRWLFDFWL- pus Erythematosus and Rheumatoid Arthritis. Ameri-
YLW\RIVRPH%UD]LOLDQPHGLFLQDOSODQWVBrazilian Jour- can Academy of Physical Medicineand Rehabilitation,
nalof Pharmacognosy, v.16, p.300-306. v.2, p.384-392.

Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012 205


$V3ODQWDV0HGLFLQDLV%UDVLOHLUDV6mR(¿FD]HV1R
Revisão / Review Tratamento Do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

Ribeiro, L.H.; Nunes, M.J.; Lomonte, A.B.V.; Lator- Smith, J.V.; Luo, Y. 2004 - Studies on molecular me-
UH/&$WXDOL]Do}HVQR7UDWDPHQWRGR/~SXV chanisms of Ginkgo biloba extract. Applied Microbiolo-
&XWkQHR Revista Brasileira de Reumatologia, v.48, gy and Biotechnology, v.64, p.465-472.
p. 283-290.
6XN .   5HJXODWLRQ RI 1HXURLQÀDPPDWLRQ E\
Rönnblom, L.; Elkon, K.B.2010 - Cytokines as thera- herbal medicine and its implications for neurodegene-
peutic targets in SLE. Nature Reviews Rheumatology, rative diseases. Neurosignals, v.14, p.23-33.
v.6, 339-347.
Sun, E.W.; Shi, Y.F. 2001 - Apoptosis: the quiet death
Rosa, C.; Machado, C.A. 2007 - Plantas medicinais silences the immune system. Pharmacology & Thera-
XWLOL]DGDV QR WUDWDPHQWR GH GRHQoDV UHXPiWLFDV UH- peutics, v.92, p.135-145.
visão. 5HYLVWD%UDVLOHLUDGH)DUPiFLD, v.88, p.26-32.
7RPF]\N0/DWWp.33RWHQWLOOD$UHYLHZRI
Sato, E.I.; Bonfa, E.D.; Costalat, L.T.L.; Silva, N.A.; LWVSK\WRFKHPLFDODQGSKDUPDFRORJLFDOSUR¿OHJournal
%UHQRO -&7 6DQWLDJR 0% 6]DMXERN -&0 of Ethnopharmacology, v.122, p.184-204.
Rachid-Filho, A.; Barros, R.T.; Vasconcelos, M. 2006
- Lúpus eritematoso sistêmico: Tratamento do acome- :DQJ=/L+;X+<XH;/&KHQJ;4+RX
WLPHQWRFXWkQHRDUWLFXODURevista da Associação Mé- :-=KDQJ<<&KHQ')%HQH¿FLDOHIIHFW
dica Brasileira, v.52, p.384-386. of Bupleurum polysaccharides on autoimmune disea-
VHLQGXFHGE\&DPS\OREDFWHUMHMXQLLQ%$/%FPLFH
Schur, P.H.; Hahn, B.H.M.Epidemiologyandpatho- Journal of Ethnopharmacology, v.124, p.481-487.
genesisofsystemiclupuserythematosus.Disponível
HPKWWSZZZXSWRGDWHFRPFRQWHQWVHSLGHPLRORJ\- Lupus Foundation America (LFA).Statistics on Lupus
-and-pathogenesis-of-systemic-lupus-erythemato- 'LVSRQtYHO HP KWWSZZZOXSXVRUJZHEPR-
sus>Acesso 31 ago. 2012. GXOHVZHEDUWLFOHVQHWWHPSODWHVQHZBQHZVURRPUH-
SRUWHUVDVS["DUWLFOHLG  ]RQHLG ! $FHVVR 
6LOYD)HUQiQGH] /$QGUHX6iQFKH] -/ *LQ]OHU ago. 2012.
(0   &XUUHQWWKHUDS\RÀXSXVQHSKULWLV :KLFK
LV WKH EHVW RSWLRQ" Revista Clínica Española,v.208, Recebido em agosto de 2012. Aceito em outubro
p.138-141. de 2012

206 Revista Fitos Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012

Potrebbero piacerti anche