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Superior Tribunal de Justiça

EDcl no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.497.346 - MS (2014/0300286-0)

RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES


EMBARGANTE : ANTONIO LEVINO DOS SANTOS
ADVOGADOS : HERMENEGILDO VIEIRA DA SILVA
NEUSA MARIA FARIA DA SILVA E OUTRO(S)
EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO
SUL
RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator):


Antônio Levino dos Santos opõe embargos de declaração contra o acórdão assim ementado:
ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
EDIFICAÇÃO EM ÁREA DE PROTEÇÃO PERMANENTE. PROXIMIDADE A
LEITO DE RIO. CONSTATAÇÃO DE ATIVIDADE CAUSADORA DE
IMPACTO AMBIENTAL. CASAS DE VERANEIO. IMPOSSIBILIDADE DE
ALEGAÇÃO DE FATO CONSUMADO EM MATÉRIA AMBIENTAL.
INEXISTÊNCIA DE AQUISIÇÃO DE DIREITO DE POLUIR.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. PROVIMENTO DO RECURSO ESPECIAL.
SUPOSTA VIOLAÇÃO AO ART. 557 DO CPC. CONTROVÉRSIA IDÊNTICA
A OUTRAS JULGADAS COLEGIADAMENTE PELA TURMA. ALEGAÇÃO DE
INCIDÊNCIA SUPERVENIENTE DA NOVA CODIFICAÇÃO FLORESTAL.
FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. PRECLUSÃO DO DIREITO.
AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE CONTRARRAZÕES EM RECURSO
ESPECIAL.
1. O art. 557, "caput", do CPC, autoriza o julgamento monocrático de recurso na
hipótese de confronto com jurisprudência de Tribunal Superior, o caso concreto
amoldando-se com perfeição a esse normativo por tratar de demanda símile a
outras sobre a edificação em área de proteção ambiental no Estado do Mato
Grosso do Sul (Ivinhema).
2. A invocação da revogação do antigo Código Florestal pela Lei 12.651/2012 e da
eventual influência na resolução da controvérsia constitui tese não prequestionada
na origem, tampouco aludida a tempo e modo próprios pelo agravante, que deixou
transcorrer "in albis" o prazo para as contrarrazões de recurso especial.
3. Agravo regimental não provido.

Pede o prequestionamento dos arts. 5.º, "caput", e 93, inciso IX, da Constituição da
República, e aduz omissão quanto à aplicabilidade de preceitos normativos da Lei 12.651/2012.

Impugnação do Ministério Público Federal em e-STJ fls. 1172/1174.

É o relatório.

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Superior Tribunal de Justiça
EDcl no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.497.346 - MS (2014/0300286-0)

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. HIPÓTESE DE
CABIMENTO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. MERA PRETENSÃO DE
REJULGAMENTO DA CAUSA. VIA IMPUGNATIVA INADEQUADA.
RECURSO ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE
NORMATIVO CONSTITUCIONAL.
1. Os embargos de declaração representam recurso de fundamentação vinculada ao
saneamento de omissão, contradição, obscuridade ou erro material, não se prestando,
contudo, ao mero reexame da causa.
2. Não compete ao Superior Tribunal de Justiça interpretar pela via do recurso
especial preceito normativo constitucional.
3. Embargos de declaração rejeitados.

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): As


razões dos embargos de declaração são improcedentes.

Primeiramente, cumpre salientar que a tese supostamente não debatida foi, na verdade,
enfrentada no acórdão embargado, ocasião em que se disse que o embargante tanto não a havia
aduzido a tempo e modo próprios, porque não apresentou contrarrazões, quanto porque o Tribunal
"a quo" não a examinou, disso surgindo a carência de prequestionamento.

Assim, concluiu-se no acórdão embargado que não era devida a aludida prestação
jurisdicional por responsabilidade do próprio embargante, que não atuara processualmente de
modo adequado a que, em sede recursal especial, tivesse analisado o mérito de determinada
pretensão.

Portanto, ao dizer que esse ponto foi omisso, o embargante não esconde a finalidade de
que isso seja reexaminado quando, contudo, o acórdão embargado foi bastante claro ao declinar a
impossibilidade, de sorte que não se avia a presente via impugnativa com tal finalidade por não se
amoldar ao disposto no art. 535 do CPC.

Por outro lado, o Superior Tribunal de Justiça não tem competência para examinar a
contrariedade nem para interpretar, em sede recursal especial, normativo de índole constitucional,

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isso em razão de competência prevista nesse tocante ao Supremo Tribunal Federal, conforme
dispõe o art. 102 da nossa Lei Fundamental.

Assim, rejeito os embargos de declaração.

É o voto.

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