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JOHN STOTT E F.F.

BRUCE COMENTAM LC 23:43 E AP 20:10

Não é estranho ver ou ouvir os adeptos da teoria do Aniquilacionismo ou do


Sono da Alma, citando os já falecidos escritores John Stott e F.F. Bruce, como “reforço”
de que essas crenças foram absorvidas por gente de grande fama no meio evangélico.
Todavia após pesquisas em minha singela biblioteca, notei que isso não procede, já que
os citados autores tinham uma visão oposta. Por quê? Porque os adeptos do
Aniquilacionismo não acreditam que o ex-ladrão da cruz tenha ido no dia em que
morreu para o Paraíso, mas que está nesse momento exterminado ou na inexistência.
Mas, vejamos o que realmente Stott e Bruce disseram acerca da imortalidade do ladrão
arrependido e do sofrimento dos ímpios no Lago de fogo que para os aniquilacionistas
não é um sofrimento literal. Assim disse Stott:

“Jesus lhe respondeu: “Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso”. (Lucas
23.43)

Todos os quatro evangelistas mencionam que três cruzes foram erguidas no Gólgota
(“lugar chamado Caveira” [v. 33]) naquela manhã fatídica. Eles deixam claro que Jesus
estava na cruz do meio, enquanto os dois ladrões (“criminosos”, de acordo com Lucas)
foram crucificados um de cada lado de Jesus.

A princípio os dois ladrões juntaram-se ao coro de ódio a que Jesus foi submetido (Mt
27.44). No entanto, apenas um continuou, lançando-lhe insultos e desafiando-o a salvar
a si mesmo e a eles. O segundo ladrão repreendeu o primeiro dizendo: “Você não teme a
Deus nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça…
Mas este homem não cometeu nenhum mal” (Lc 23.40-41). Então, voltando-se para
Jesus, disse: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (v. 42).

Esse reconhecimento da realeza de Jesus é extraordinário. Sem dúvida o ladrão


arrependido ouvira os sacerdotes zombando da declaração de Jesus de que era rei de
Israel, e provavelmente lera a inscrição sobre a sua cabeça: “Este é Jesus de Nazaré, o
Rei dos Judeus”. Certamente também observara a dignidade silenciosa e régia de Jesus.
Diante de tudo isso, ele passara a acreditar que Jesus era rei. Ele também ouvira a
oração de Jesus por perdão para os seus executores, e sabia que precisava de perdão
uma vez que confessara estar sendo punido com justiça.
Jesus respondeu ao ladrão penitente com esta afirmação memorável: “Eu lhe
garanto: Hoje você estará comigo no paraíso” (v. 43). Não houve recriminações. Ele não
foi censurado por haver se arrependido somente na décima primeira hora. A
autenticidade de seu arrependimento não foi questionada. Jesus simplesmente deu a esse
crente arrependido a certeza que ele tanto ansiava ter. Prometeu-lhe não somente a
entrada no paraíso, que envolvia a alegria da presença de Cristo, como também uma
entrada imediata, naquele mesmo dia. Ele lhe assegurou essas coisas dizendo: “Eu lhe
garanto” — a última vez em que usou essa expressão familiar. Imagino que, durante as
longas horas de dor que se seguiram, o ladrão perdoado aconchegou o coração e a mente
na promessa segura e salvadora de Jesus.” (A Bíblia Toda, o Ano Todo. p. 257, grifo
nosso).

Contudo, mesmo defendendo o que os imortalistas defendem, Stott, parece que andava
coxeando entre dois pensamentos, pois, segundo Norman Geisler, ele andou defendendo
também a não existência do homem. Norman escreveu:

“Primeiro, dada a crença de Stott de que os ímpios serão aniquilados e não suportarão a
separação eterna de Deus, o uso que ele faz desta linguagem bíblica é enganador e mal
empregado; ele parece estar confirmando os ensinamentos das Escrituras, mas, na
realidade, os está questionando.

Segundo, Stott, de modo significativo, usa equivocadamente a linguagem ao falar da


“realidade” da não-existência. A não-existência é nada, e nada não tem realidade — por
definição, é a não-realidade. Falar sobre a suposta não-realidade do inferno como algo
real e terrível é inexpressivo e sem sentido.

Terceiro, embora Stott declare ser um “evangélico comprometido” (ibid., 315), a sua
visão do inferno não é compatível com as declarações das Escrituras. Tampouco ele, por
suas próprias palavras, está comprometido com “a ortodoxia tradicional” (ibid., 314-
15); além de ser condenada por outros credos, a sua posição foi condenada pelo Quinto
Concilio de Latrão da igreja. (A sua própria Igreja Anglicana é uma derivação católica.)
As visões aniquilacionistas de Stott não são católicas ortodoxas nem protestantes
ortodoxas. (Norman. Teologia Sistemática. pp. 805-806, 816-817. CPAD).
Contudo, mesmo tendo pensado nisso em um momento da sua vida, Stott não pode ser
usado pelos aniquilacionistas, sobretudo os adventistas do sétimo dia, pois ele não cria
na Dupla Aniquilação, pois, como foi mostrado anteriormente, ele defendia a ida
consciente dos mortos salvos em Cristo ao Paraíso. Além disso, há quem diga que Stott
não fazia apologia ao morte dos ímpios no lago de fogo, mas que tal pensamento estava
mais ligado ao lado emocional do que o exegético.

Convido-vos agora a lerem como F.F. Bruce interpretou os versículos que, para os
aniquilacionistas, provam sua teoria.

“5) O Quinto selo: O clamor dos mártires (6. 9-11)

v. 9. vi debaixo do altar: João ainda está no céu “em espírito”; o “altar” é portanto o
altar de incenso no templo celestial, no qual as orações dos santos são oferecidas a Deus
(8.3,4). As almas dos mártires que oraram são adequadamente retratadas como estando
debaixo do altar de onde sobem sua orações.

v.10. Soberano (gr. despotes): Sua oração por vindicação é dirigida a Deus, que está no
seu trono (cf Lc 18.7). os habitantes da terra: V. comentário de 3:10. v 11. uma veste
branca: Um símbolo das suas benção (cf .7.9,13,14). que esperassem um pouco mais,
até que se completasse o número: A perseguição, iniciada em g4 d.C.; precisa completar
seu ciclo. Mas, quando toda a história dos mártires for concluída, as orações dos santos
no altar caem como juízo sobre a terra (8.5).” (Comentário NVI. p. 2232).

“ O Diabo, que as enganava foi, lançado no lago de fogo que arde com enxofre. Isso
dever ser “o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos” de Mt 25:41. As
“correntes inquebráveis e o fogo do castigo” que Milton vislumbra como o calabouço de
Satanás na sua queda primeva são destinados a ele por João no fim dos tempos. Onde já
haviam sido lançados a besta e o falso profeta: Cf 19:20. Os dois prisioneiros anteriores
evidentemente ainda estão aí, pois, junto com seu novo companheiro, serão
atormentados dia e noite, para todo o sempre. Visto que a besta e o falso profeta são
figuras representativas de sistemas, e não de indivíduos, está em vista aqui
evidentemente a destruição definitiva do mal". (Ibid p. 2255 ,grifo nosso). Ora, se
crermos que a besta, o falso profeta e o diabo são sistemas, logo teremos que discordar
dos textos bíblicos que dizem que o diabo é um ser angelical caído.
Vejamos ainda como F.F. Bruce interpretou o “estar com Cristo” dito por Paulo em (Fp
1:23):

“Estar com Cristo, imediatamente após morrer, é a implicação de Paulo. Contra este
pensamento O. Cullman nega que o NT apoie a “ideia de que os mortos estejam vivendo
antes da época da volta e, assim, gozando já o fruto do cumprimento final das coisas”
(The Early Church p. 165). É possível que esses crentes que, quando morreram, estavam
com Cristo, estejam esperando a ressurreição, como Paulo enfatiza (cf 3:21); entretanto
esse autor não faz justiça suficiente a Paulo.” (Novo Comentário Bíblico
Contemporâneo. Filipenses. p.63).

“3:21/ Quando o Salvador vier, transformará o nosso corpo de humilhação. Em 1Co


15:42-53 há uma declaração mais completa. Quer os crentes tenham morrido, quer ainda
estejam vivos por ocasião o segundo advento, deverão passar por uma transformação, a
fim de herdar o reino eterno de Deus. Os mortos receberão um “corpo espiritual” que
substituirá o “corpo natual” que desintegrou; a mortalidade dos que ainda estiverem
vivos “será revestida de imortalidade”. (Ibid . p. 144).

Vale salientar que os que creem na doutrina bíblica da Imortalidade da Alma acreditam
que todos os salvos que estão nesse momento na Presença do Senhor, estão aguardando
a ressurreição do corpo.

Bom, eu acho complicado afirmar que Bruce era adepto do aniquilacionismo, pois em
nenhuma das obras oficiais supracitadas ele afirma que o salvo ou o pecador são
aniquilados logo após morrerem. Contudo, diz que diabo será atormentado para todo o
sempre.

E por que não recitar mais uma vez John Stott e sua interpretação acerca do
mesmo texto em que F.F.Bruce comentou, isto é Ap 20:10?

“ Segundo, quando os mil anos se passarem, Satanás será liberto da prisão por um curto
período e enganará as nações novamente. Ou seja, o esforço missionário da igreja será
combatido e restringido. Satanás reunirá povos hostis para um último ataque contra a
igreja. No entanto, Cristo, o cavaleiro sobre o cavalo branco, impedirá o conflito. Então
o dragão será lançado no lago de fogo, onde encontrará as duas bestas e permanecerá
para sempre” (Ibid .p. 424, grifo nosso).
Porém, mas, todavia, entretanto, resolvi complementar esse artigo mostrando que
a verdadeira crença da Igreja do Senhor, sempre foi a de que todo aquele que morre
servindo ao Todo-Poderoso, ia imediatamente à Sua Presença.

Em sua epístola aos crentes de Corinto, Clemente de Roma os informa que os


heróis espirituais, Pedro e Paulo, após sofrerem perseguições, apedrejamento, cárcere,
partiram para o lugar de Glória ou Santuário, ou seja, para a Presença de Deus:

“Clemente, por exemplo, fala que Pedro e Paulo partiram diretamente para “o lugar
santo”, encontrando ali um grande grupo de mártires e santos “aperfeiçoados na
caridade”. (Patrística. p. 352, grifo nosso).

Policarpo ao escrever aos crentes de Filipos, mostrou que concordava com


Clemente, ao dizer que Paulo, Rufo Inácio e Zózimo, já estão nos seus devidos lugares,
isto é, junto ao Senhor:

“ Exorto-vos pois todos a obedecer e exercitar toda a paciência, a que vistes com vossos
olhos não somente nos bem-aventurados Inácio, Rufo e Zózimo, mas também em outros
dos vossos, e no próprio Paulo e nos demais apóstolos, persuadidos que não correram
em vão, mas na fé e na justiça, e que já estão no lugar que lhes é devido, junto ao
Senhor, com a qual padeceram”. (História Eclesiástica. p. 72, grifo nosso).

Inácio foi amigo de Policarpo, conheceu o apóstolo João e foi bispo em


Antioquia ao suceder o apóstolo Pedro conforme nos diz Eusébio de Cesaréia:

“Ao mesmo tempo adquiriram notoriedade Papias, bispo da igreja em Hierápolis,


Inácio, o homem mais celebre para muitos ainda hoje, segundo a obter a sucessão de
Pedro no episcopado de Antioquia.” (História Eclesiática. p. 71).
Inácio ao escrever aos crentes de Trales, mostrou que cria que após sua morte ele
continuaria a se sacrificar pelos trálios:

“Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a
Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender
minha oração e a vossa. Que sejais encontrados nele sem reprovação.”1

Ora, como alguém que acreditava em uma sã consciência ao chegar à Presença


de Deus poderia não crer na imortalidade da alma e não discordar duramente do sono da
alma e do aniquilacionismo? Impossível, não é?

Vale ressaltar que Clemente, Policarpo e Inácio foram discípulos diretos dos
apóstolos, e se eles defendiam o acesso direto e consciente a Deus, é porque foram
instruídos dessa forma, pois esse é o ensino bíblico (Gn 5:24; 2Rs 2:1-11; Lc 23:43; Fp
1:21-23; Ap 6:9). Dessa forma, fica externada a verdadeira crença desses homens que
muito contribuíram para a Verdade.

Primeiro a Verdade, depois as nossas opiniões.

Bibliografia:

STOTT, John. A Bíblia Toda, o Ano Todo. 8ª impressão. 2007. ULTIMATO.

BRUCE,F.F. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo. Filipenses. VIDA.

Comentário Bíblico NVI. Org. F. F. Bruce. 1ª edição 2008. 1ª reimpressão 2009. Vida.

KELLY, J.N.D. Patrística. 2009. Vida Nova.

Eusébio de Cesaréia. História Ecleciástica. 2002. Novo Século

1Biblieworks9 –Software.

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