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ESCOLA POLITÉCNICA
POLI/UFRJ
Alexandre Epelbaum
2010
DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Alexandre Epelbaum
Orientadora:
Vanessa Janni Epelbaum
Rio de Janeiro
Maio de 2010
Alexandre Epelbaum
Orientadora
Vanessa Janni Epelbaum
Aprovado por:
________________________________________
Eduardo Linhares Qualharini D.Sc
________________________________________
Isabeth da Silva Mello. M.Sc
________________________________________
Vanessa Janni Epelbaum. M.Sc
Rio de Janeiro
Maio 2010
ii
EPELBAUM, Alexandre.
Fatores relevantes da terceirização de serviços de
tecnologia da informação / EPELBAUM, A. – Rio de
Janeiro: UFRJ/EP, 2010.
vii, 52f; il.29,7 cm.
Orientador: Vanessa J. Epelbaum
Monografia (especialização) – UFRJ / Escola
Politécnica / Curso de Especialização em
Gerenciamento de Projetos, 2010.
Referências bibliográficas: f. 48-52
1. Terceirização. 2. Subcontratação. 3. Estratégia.
4. Recursos. I. EPELBAUM, V. J. II. Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Pós-
Graduação. III. Especialista
iii
RESUMO
Alexandre Epelbaum
Rio de Janeiro
Maio 2010
iv
Agradecimentos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.1. Objetivo..........................................................................................................................1
1.2. Justificativa ....................................................................................................................1
1.3. Metodologia utilizada .....................................................................................................1
1.4. Conteúdo dos capítulos .................................................................................................1
2. DEFINIÇÃO E HISTÓRICO DA TERCEIRIZAÇÃO ............................................ 3
2.1. Definição ........................................................................................................................3
2.2. Histórico .........................................................................................................................6
3. TERCEIRIZAÇÃO NA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO............................... 10
3.1. Por que as empresas terceirizam suas atividades? ....................................................10
3.2 Tipos de Terceirização .................................................................................................18
4. FATORES POSITIVOS E NEGATIVOS DA TERCEIRIZAÇÃO ....................... 26
5. TERCEIRIZAR OU NÃO AS ATIVIDADES?..................................................... 34
6. A TERCEIRIZAÇÃO E O GERENCIAMENTO DE PROJETOS ....................... 38
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 48
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS .............................................................................. 50
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
vii
1. INTRODUÇÃO
1.1. Objetivo
1.2. Justificativa
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2.1. Definição
Hitt (2008, p.85) define terceirização como a compra de uma atividade que
cria valor a partir de um fornecedor externo.
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2.2. Histórico
Ainda segundo Saad (2006, p.1), no século XX, na década de 30, o gangster
Al Capone terceirizou o seu serviço ilegal de transporte e distribuição de bebidas
fazendo alianças estratégicas com ambiciosos provedores de serviços para
minimizar os riscos de roubo e sequestro que eram comuns nas remessas do
Canadá para os Estados Unidos.
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3. Porque agiliza: voltada para sua missão básica, a empresa irá estar
presente em todas as operações que a levem a se adequar ao novo
modelo organizacional. Ao se dedicar exclusivamente ao seu negócio
principal, as empresas tornam-se mais competitivas, ágeis em suas
operações e mais rápidas ao tomar decisões voltadas para novos
objetivos.
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prazo. A tendência é que a empresa passe a ser mais criativa e mais inovadora em
seus produtos e serviços. Inácio (2008).
Para Ferreira (2004, p.48) as razões financeiras são o maior motivo para a
busca da terceirização em tecnologia da informação: cortes e reduções no
orçamento, queda na arrecadação, etc. Aponta-se para uma economia de 15 a 40
%, principalmente por meio de economia de escala, e da melhoria da qualidade da
mão de obra e demais recursos. Algumas outras razões podem ser consideradas:
melhorar o desempenho, reduzir as dimensões do departamento de tecnologia da
informação, diminuir o prazo de implantação e adquirir conhecimento, ou
simplesmente voltar o foco para seu negócio principal. A experiência aponta que as
empresas buscam realmente o controle da situação, podendo ter maior influência
nas decisões de como será o sistema e exigindo mais em termos de prazo e
qualidade. O objetivo, mesmo, é conseguir, em curto prazo, sistemas de informação
funcionais. E a intenção de poder contar com uma maior habilidade, a preocupação
com a excelência dos sistemas de informação e, acima de tudo, uma busca
incessante de aderência e focalização da informática às prioridades do negócio.
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Segundo Garcia (2005, p.72) existe alguns tipos de terceirização que podem
ser encontrados na área de tecnologia da informação. A terceirização interna ocorre
quando há a alocação de profissionais da empresa contratada que atuam
internamente sob o comando de um funcionário da empresa contratante. A
terceirização externa caracteriza-se quando a execução de aplicações e o
desenvolvimento ocorrem fora da empresa contratante através de uma consultoria
contratada que se responsabiliza pelos resultados. A terceirização do tipo fábrica de
software ocorre quando desenvolve e vende-se software em larga escala. Neste
tipo, a empresa contratante e a empresa que produz o software trabalham lado a
lado, para garantir a credibilidade e o sucesso do projeto. Usualmente, as
especificações técnicas e todo o projeto são homologados pelo cliente. A
terceirização de processamento é mais rara atualmente e consiste na alocação de
equipamentos para processar informações na sede da empresa contratada.
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1. Má escolha de parceiros;
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Para Ireland (2006, p.97), existem histórias para ilustrar fatores positivos da
terceirização em tecnologia da informação. Uma dessas histórias diz respeito a
empresa Relativity Technologies. Tal empresa empregava cinquenta programadores
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russos Caso ela não pudesse empregar a função de programação, o CEO Vivek
Wadhwa argumentava que a empresa, com cem empregados nos Estados Unidos
com um salário anual médio igual a cem mil dólares, não existiria. Adicionalmente,
CEOs como Samuel Palmisano da IBM, argumentam que a terceirização traz
grandes benefícios para as empresas. Além disso as empresas que terceirizam
algumas atividades podem ficar focadas no que elas fazem de melhor e, por outro
lado, as empresas terceirizadas podem prover seus serviços com qualidade.
Recentemente, a IBM obteve lucros significativos através da terceirização de
algumas das suas atividades, tais como tarefas de processamento de dados. Por
outro lado, ainda de acordo com IRELAND, a terceirização pode ter fatores
negativos. Por exemplo: a terceirização provocou uma explosão nos empregos
temporários (também chamados de emprego casual) mesmo para profissões que
requerem alta qualificação. Infelizmente, estes tipos de empregos não são
regulamentados pelas leis norte-americanas. Adicionalmente, algumas empresas
aprenderam que a terceirização pode produzir uma “fuga de cérebros”, pois através
da terceirização as empresas podem perder sua capacidade de criar valor para os
clientes. Um exemplo disto foi a empresa AM Communications, que terceirizou
algumas de suas atividades. Em seguida passou a ter dificuldades devido a uma
economia em recessão. Quando os proprietários da empresa buscaram investidores
para reavivá-la, eles tiveram problemas, pois os investidores sentiram que o
conhecimento nos setores de manufatura, desenvolvimento de serviços, engenharia
e software estavam em provedores externos (nos quais a AM Communications
.terceirizou suas atividades). Desta forma, os investidores não quiseram mais
investir na empresa, o que contribuiu a levá-la a falência.
Saad (2006, p.31) considera que não existem fórmulas genéricas que
garantam que a organização esteja retendo toda a capacidade e os recursos
humanos necessários para manter intactas suas potencialidades diferenciais, nem
que esteja maximizando os benefícios potenciais das atividades que decidiu
terceirizar. Duas consequências possíveis podem resultar de decisões equivocadas
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Para Ferreira (2004, p. 49), dentro de uma análise contextual pode-se elencar
fatores positivos e negativos da terceirização. Além das razões financeiras, a
concentração de atividades, direcionamento do foco para o principal negócio da
empresa, a otimização da competência, a economia de mão de obra, através da
redução ou reestruturação do departamento de Sistemas de Informação, a
eliminação de atividades rotineiras, tal como manutenção de sistemas, os incentivos
fiscais e redução de carga tributária despontam como vantagens da terceirização.
Como fatores negativos, o autor cita a dificuldade de retomada em situações
complexas, a perda do controle, a adoção de direcionamento estratégico alheio, o
dilema entre dependência e diversidade excessiva, os problemas de interface (ao
terceirizar a empresa pode-se ter que abrir mão de alguns padrões) e a burocracia
são dificuldades a serem consideradas.
De acordo com o Gartner Group (2008), oitenta por cento das organizações
que tentam implementar um serviço de atendimento ao cliente terceirizado com o
objetivo de minimizar custos, irão fracassar. Se a empresa está fazendo uma
terceirização offshore ou no seu próprio país, há limites para erros durante o
processo e existem aspectos a observar. O mesmo grupo observou que sessenta
por cento das organizações que terceirizam processos voltados para o cliente terão
imperfeições do cliente e outros custos escondidos que ao menos irão exceder em
algum grau, as economias realizadas com a terceirização. Com certeza, há riscos
associados com a terceirização do serviço de atendimento ao cliente, e não abordar
a terceirização sob uma perspectiva estratégica, muitas vezes resulta em fracasso.
Um dos maiores erros é abordá-la com um conjunto de metas que são mal definidas.
Sem as informações corretas para fazer uma boa análise custo/benefício, a empresa
pode partir para um contrato de terceirização com serviços e objetivos de custos que
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não podem ser medidos facilmente. Por outro lado, se implementada corretamente,
a terceirização pode melhorar os serviços e gerar uma economia de vinte e cinco
por cento ou mais. Entretanto, a chave para se economizar com a terceirização é
não esperar resultados imediatos (BLACHARSKY, 2006, p. 136),
Para Bragg (2006, p. 8-10) há uma série de fatores negativos associados com
a terceirização. Estes podem variar de pequenas questões envolvendo preços até a
não execução de funções chave por parte do fornecedor de serviços. De um modo
geral, algumas funções podem ser terceirizados em situação de risco
consideravelmente menor para uma empresa do que outras. Por exemplo,
administração de benefícios, manutenção e telemarketing são consideradas de
baixo risco porque não são áreas essenciais e geralmente podem ser mudadas para
um novo fornecedor de forma bastante rápida. Em contraste, atendimento ao cliente,
operações de contabilidade e serviços de informática exigem mais esforços para
uma eventual mudança de fornecedor e podem impactar severamente as operações
da empresa, se forem manuseados incorretamente. Assim, estas áreas são, pelo
menos de médio risco. Finalmente, a terceirização de áreas como análise de
investimentos, previsão de fluxo de caixa e preço do produto poderia ter resultados
catastróficos rapidamente se manuseados incorretamente, por isso são
consideradas funções de alto risco para terceirização.
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Para Drezet (2009) uma vez que a empresa decide terceirizar suas
atividades, não há garantias de que tal decisão trará benefícios. Não há regra para o
sucesso, O autor cita algumas atitudes que podem aumentar as chances de êxito:
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bem definidos na empresa contratante e que haja uma interação significativa entre
os seus membros e os componentes da empresa terceirizada. Isto ajuda o gerente
de projetos da empresa contratante a planejar sua equipe.
1. Raciocínio estratégico;
2. Negociação;
3. Governança de parceiros;
4. Gerenciamento de mudanças.
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Ainda na visão de SAAD (2006, p. 242) há, entretanto, muito ainda a investir
na área de gestão de relacionamento entre provedor e cliente, área vital para a real
obtenção dos benefícios potenciais de um projeto de terceirização, por sua
responsabilidade no direcionamento e priorização dos serviços, na supervisão dos
resultados e na busca de oportunidades de melhoria e inovação. A maioria dos
processos de gerenciamento de serviços terceirizados enfatiza apenas as questões
operacionais, principalmente aquelas relativas à gestão burocrática do contrato, e
tem sido construída como uma extensão dos mecanismos de controle de orçamento
do contratante. Tais processos são primariamente exercitados pós-ocorrências dos
fatos e orientados à mera verificação do cumprimento dos deveres e obrigações do
provedor. Embora normalmente eficazes para o fim que se destinam, já que
possibilitam a tomada de ações corretivas visando ajustes operacionais, esses
processos ignoram as dimensões relativas ao gerenciamento proativo dos riscos
envolvidos. À medida que os projetos de terceirização assumem características
estratégicas e revolucionárias, seus processos de gestão de relacionamento devem
não apenas tratar das questões administrativas e operacionais, como também
antecipar e prevenir a ocorrência de eventos de risco.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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50
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