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Leonardo Pedroso
É de notar que na expressão para γ dada pela equação (3) o gradiente de subida é apenas
função de V . Sabendo que para ângulos γ com significado fı́sico a função sin γ é monótona
crescente, o máximo para γ corresponde ao máximo para sin γ. Desta forma, derivando a
equação (3) em ordem a V e igualando-a a zero, obtemos uma expressão para a velocidade
em relação ao ar, V , que maximiza o gradiente de subida
Pav ρSV 2W 2 dCD 2W
+ CD − =0. (4)
WV 2 W ρSV 2 V dCL ρSV 2
1
É de notar que esta é uma expressão implı́cita pelo que será necessário aplicar um método
numérico para a resolver. É possı́vel, ainda, escrever a expressão (4) para o caso particular
de uma polar parabólica, obtendo-se
Pav ρSV 1 4W
2
+ CD0 − =0, (5)
WV W πAe ρSV 3
sendo, mais uma vez, necessário usar um método iterativo para determinar V que maximiza
o gradiente de subida, dado o carácter implı́cito da equação acima.
Consideremos, por exemplo, uma aeronave com um peso W = 420 lbs, S = 155 ft2 , Pav = 310
bhp e polar dada por CD = 0.0350 + 0.051CL2 + 0.00138CL13.42 , voando em condições padrão
ao nı́vel do mar. Visto que dCD /dCL = 0.102CL + 13.42 × 0.00138CL12.42 , substituindo as
constantes e resolvendo a equação (4) obtém-se V = 82.843 kt e substituindo na equação (3)
vem que γmax = 11.042◦ .
ρSV 2
Pav 2W cos γ
sin γ = − CD . (8)
WV 2W ρSV 2
É de salientar que se não for empregada a aproximação de ângulos pequenos a expressão para
sin γ não depende apenas de V , incluindo também um termo cos γ. Desta forma é necessário
substituir, em cada caso particular, a equação da polar na equação (8), resolver em ordem a
sin γ ou cos γ e apenas seguidamente derivar.
Vejamos o caso particular para uma polar parabólica.