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Coleta de Material para Exame de

Citologia Oncótica

Tatiana da Silva Vaz Paterra


Enfermeira da Estratégia de Saúde da Família - ESF II Batatais/SP
Mestranda do Programa de Pós-Graduação de Enfermagem em Saúde Pública (USP - EERP)

Esta aula foi inicialmente elaborada pelas Enfermeiras do DEMISP da EERP/USP Patricia Abrahão e Daniela R.
Pimentel
Modificações realizadas por Tatiana
Docente Responsável: Profª Drª Marislei S. Panobianco
Quem pode coletar?
No âmbito da enfermagem, a coleta de material para colpocitologia
oncótica pelo método de Papanicolaou, é privativa do Enfermeiro*.
Este procedimento deve ser executado no contexto da Consulta de
Enfermagem - SAE.

*Resolução do COFEn 381/2011(jul/2011) e 385/2011 (out/2011)


RASTREAMENTO (SCREENING)

Oportunístico x Organizado
Quando começar?

Quem rastrear?

Ministério da Saúde: mulheres com 25 anos que já iniciaram atividade sexual.

Quando encerrar?
Os exames devem seguir até os 64 anos e interromper quando as mulheres
tiverem dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.

Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame


citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se
ambos forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames
adicionais.
Periodicidade

Após dois exames consecutivos normais


com intervalo de um ano entre eles,
próximo exame em 3 anos.
Rastreamento: Casos especiais
Sem história de atividade sexual: não há indicação para rastreamento do
câncer de colo do útero e seus precursores

Gestantes: seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como


para as demais mulheres.
Pós PN ou PC (aguardar 3 a 6m – mín 1 máx. 3 anos)
Pós Aborto (aguardar primeiro ciclo)

Climatério e pós-menopausa: seguir as recomendaçõesde acordo para as


demais mulheres.

Imunossuprimidas: realizar após o início da atividade sexual, com intervalo


semestral no primeiro ano e se normais, manter seguimento anual enquanto
se mantiver o fator de imunossupressão.

Não Recomendado para Mulheres virgens


Rastreamento: Casos especiais

HISTERECTOMIA

Histerectomia total: por lesões benignas, sem história prévia de lesões cervicais de
alto grau, podem ser excluídas do rastreamento- desde que apresentem exames
anteriores normais.

Histerectomia parcial: colher normalmente na rotina.

Histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero: acompanhar de


acordo com a lesão tratada (lesões precursoras – controle cito/colposcópio semestrais
até dois exames consecutivos normais; câncer invasor- controle por cinco anos, sendo
trimestral nos primeiros dois anos e semestral nos três anos seguintes; se controle
SINAIS DE ALERTA

Outras indicações para realização do exame preventivo:

 Período menstrual prolongado, além do habitual

 Sangramentos vaginais entre dois períodos menstruais

 Sangramentos após relações sexuais ou lavagens vaginais


EXAME PREVENTIVO – PAPANICOLAOU

Consultório: adequadamente equipado para a coleta*


Os profissionais da saúde envolvidos: humanização do
atendimento, criando um ambiente acolhedor,
comportando-se com cortesia esclarecendo a mulher
sobre o procedimento a ser realizado e respeitando sua
privacidade.
O enfermeiro pode ser um desses profissionais e deve
conhecer e saber executar, detalhadamente, os passos
para a coleta.
*Anvisa
Para coleta
Orientação à paciente:

Nas 48 horas que antecedem o exame:

• Não utilizar medicações intravaginais;


• Não utilizar duchas vaginais;
• Não manter relações sexuais;
• Não ter realizado exames como: USG TV, toque vaginal
• Não estar menstruada, aguardar o 5° dia após o término
da menstruação;

Presença de pequeno sangramento


não menstrual: secar o sangramento
com gaze e proceder a coleta
Organização prévia do material

Lâmina fosca
Lápis preto nº2
Espéculo
Espátula de Ayre
Escova cervical
Luvas
Fixador celular
Caixa para acondicionar as lâminas
Pinça Cheron
Gaze
Avental ou lençol
Solução salina
Antes de iniciar a coleta

Fazer a Anamnese e preencher os dados na requisição do Exame

 Uso de ACO
 Tto hormonal
 Submeteu a radioterapia pélvica
 Situações adversas após as relações sexuais
 DUM

Verificar se está
grávida ou suspeita
estar: Nesse caso
não utilizar a
escova. Não colher
material
endocervical.
Identificação da Lâmina (1)

• Identificar a lâmina, na parte fosca, com lápis preto nº 2, contemplando :


- O código da unidade (CNES);
- O número de registro da mulher na unidade;
- As iniciais do nome da paciente.

• Após a identificação, limpar a lâmina com gaze seca para remover


oleosidade, talco, poeira etc.
Introdução do Espéculo

 Escolha do espéculo (P, M, G).

 Introduza o espéculo em
posição vertical e com
pequena inclinação de 15
graus. Faça uma rotação
deixando-o transverso.

 Abra o espéculo
delicadamente e inspecione
as paredes vaginais.
Recomendação

1- Não lubrificar o espéculo com óleo, glicerina, creme ou vaselina;

2- Vagina ressecada: recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico.


É permitido molhar com soro (algumas gotas) o especulo, espátula e a
escovinha.
COLO UTERINO

Endocérvice: canal cervical, que


comunica a cavidade uterina com a
vagina. É formado por uma camada de
células cilíndricas e que em alguns pontos
formam as criptas cervicais produ-
toras de muco (colunar ou glandular).
Ectocérvice: a parte visível na vagina e é Junção escamo-colunar
constituído de várias camadas de células (JEC): é a junção entre
planas, formando um epitélio estes dois epitélios
escamoso e estratificado.
JEC
Junção escamo-colunar
JEC – Junção Escamo - Colunar
Período Fértil
Infância (nível óstio cervical)
Sem partos

Epitélio Evertido  Epitélio Escamoso


Puberdade
JEC
Gravidez
Pós-menopausa
JEC

Metaplasia escamosa  Zona de Transformação


Adequabilidade do Material – SISCOLO

0%

1%

20%
80%
Inspeção do Colo do Útero
Objetivo: verificar se o colo uterino é

1. Normal;
2. Ausente ou colo não visualizado;
3. Alterado – ectopia, pólipo endocervical e outras alterações;
4. Presença de leucorréia, aspecto, quantidade, cheiro.

Obs. Fazer anotações na Requisição de Exame Citopatológico.


Inspeção do Colo do Útero

DIU Prolapso

Pólipo
Muco
Colo com achados normais:

Ectopia
Cistos de Naboth

Partos
vaginais Colo
Sem partos vaginais Atrófico
Inspeção do Colo do Útero

Candidíase Inflamatório

Tricomoníase
Coleta Dupla

(2) (3)
Ectocérvice Endocérvice
Coleta Dupla – (2) Ectocervical

• Se houver grande quantidade de muco ou secreção, secar com a pinça e


gaze.
►Não esfregar a gaze.
►Não usar algodão.

• Utilize a espátula de Ayre, do lado da reentrância, girando-a energicamente


no orifício externo do colo em 360°;

• Faça um raspado celular na mucosa ectocervical.


Coleta Dupla – (3)Endocervical

• Gire a escova no canal cervical (360°) de 2 a 3 vezes, delicadamente.

https://www.youtube.com/watch?v=EjTfYbJFJ80

0:32 a 0:50
Confecção do Esfregaço Ectocervical
• Faça o esfregaço fino e homogêneo , com suave pressão, em sentido
único.
• Repita o procedimento se for necessário, tomando o cuidado para não
sobrepor o esfregaço, até que seja coberto 2/3 da lâmina com material
ectocérvice.

IMPORTANTE: Não sobrepor o esfregaço, para evitar destruir as células.


Confecção do Esfregaço Endocervical
• Estenda o material rolando a escova de cima para baixo, no 1/3 restante da
lâmina .

• Fixar o esfregaço imediatamente após a coleta.

Não sobrepor o material para evitar destruir as células.


Fixador

Propriedade: Conservar, tornar estável.


Preservar a morfologia celular.

Cuidados básicos Fixação Úmida


1. Observar o prazo de validade do fixador; Etanol 95%
2. Homogeneizar o fixador antes do uso;
3. Não expor ao sol;
4. Manter o frasco sempre tampado. Cuidado com a evaporação!
5. Fixar imediatamente
6. Cobrir totalmente o esfregaço.

De cobertura
Polietilenoglicol
Conclusão do Procedimento

Feche o espéculo ligeiramente e comece a retirar


delicadamente.

1. Quando sangrar durante a coleta, avisar a paciente


que cessará sozinho.

2. Pape e inspecione a vulva e períneo.


Inspeção da Vulva e Períneo
Objetivo: verificar a presença de lesões, verrugas ou feridas. Retirar as luvas.

Obs.
1. Orientar a paciente à retirar o resultado conforme rotina da Unidade.

Vitiligo

Condiloma Acuminado
LIMITAÇÕES

Alcance limitado

Erros na coleta

Erros na fixação

Erros de interpretação

Erro no acompanhamento

Sistemas de Informação (SISCOLO, SISCAN, Hg-Web)


Sistematização de Assistência de Enfermagem SAE
CONSULTA DE ENFERMAGEM
Nome:_____________________________________________________________________
Profissão:_________________________________ Data de Nascimento:_____/_____/___
Endereço:______________________________________Bairro:_______________________
CEP:__________________Telefone:______________ Prontuário:______________________
I-Antecedentes ginecológicos/ obstétricos
Menarca aos_________anos Início da atividade sexual _______anos
Gestações ______ Nascidos Vivos _________ Nascidos Mortos ______
Abortos Naturais ( ) Abortos Induzidos ( )
Tipo de parto: Cesárea ( ) Normal ( ) Fórceps ( )
Menopausa aos __________ anos

DST ( ) Sim ( ) Não Qual:___________________Quando?_______________

Tratamento:______________________________________________________________
Tem ou teve sangramento após relações sexuais? ( ) Sim ( ) Não / Não sabe
Tem ou teve sangramento após a menopausa? ( ) Sim ( ) Não / Não sabe
Consulta de Enfermagem

II-Exame Ginecológico
Exame Clínico das Mamas
Inspeção Estática / Dinâmica
Mamas são simétricas ( ) Sim ( ) Não
Área de vermelhidão ( ) Sim ( ) Não
Alterações da pele ou mamilo ( ) Sim ( ) Não
(Ulcerações / retrações)
Edema generalizado ( ) Sim ( ) Não
Movimentação das mamas são simétricas ( ) Sim ( ) Não
Consulta de Enfermagem

Palpação das Mamas e Axilas


Área com endurecimento/ nódulo ( ) Sim ( ) Não

(tamanho, forma, consistência, localização e mobilidade________________


Gânglios axilares ( ) Sim ( ) Não
Gânglios supraclavicular / região cervical ( ) Sim ( ) Não

Manobra da Expressão Papilar


Descarga papilar: ( ) Sim ( ) Não

( ) Unilateral ( ) Bilateral
( ) Único ducto ( ) Vários ductos
Aspecto: ( ) Sanguinolento Outros:_______
Consulta de Enfermagem

Inspeção da Vulva Colo do útero

1- Prepúcio do Clitóris
2- Clitóris
3- Meato uretral
4- Lábio maior
5- Orifício vaginal
6- Fossa navicular
7- Fúrcula

Alteração do colo:__________________________________________________
Consulta de Enfermagem

III- Papanicolaou
Resultado anterior : Data:______/_______/______
______________________________________________________________
Resultado Atual : Data: ______/_______/_______
______________________________________________________________
Microbiologia : _________________________________________________
Queixa ( ) Sim ( ) Não
IV- Diagnóstico / Prescrição de enfermagem
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
__________________________________________________

Data:_____/_______/_______ Assinatura/ Carimbo ___________________


RESULTADO DE EXAMES
Sistema Sistema Sistema NIC Sistema Bethesda
Clássico (1941) OMS (1952) (Richart 1967) (2006)

Classe I ------ ------ ------

Classe II Inflamação Inflamação Alterações benignas

----- ------ ------ ASC1 ou ASCUS

Classe III Displasia Leve NIC 1 SIL baixo grau (LSIL)

Displasia Moderada NIC 2 e SIL alto grau (HSIL)


Displasia Severa NIC 3
Classe IV Carcinoma in situ NIC 3 HSIL
AIS
Classe V Carcinoma invasor Carcinoma invasor Carcinoma invasor

Legenda:
NIC: Neoplasia Intraepitelial Cervical
SIL: Lesão IntraepiteliaL Escamosa
AIS: Adenocarcinoma In Situ
ASC1 ou ASCUS : Atipias de Significado Indeterminado em Células Escamosas

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Referências
1- BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Coordenação
geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção
Oncológica. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo
do Útero / Instituto Nacional do Câncer. Coordenação Geral de Ações
estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Rio de
Janeiro: INCA, 2016.
2- SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Fundação Oncocentro De São
Paulo. Instituto Adolfo Lutz. Coleta do Papanicolaou e Ensino do Auto-Exame
da Mama: Manual de Procedimentos Técnicos e Administrativos. / Ministério
da Saúde – Instituto Nacional do Câncer e Secretaria de Estado da Saúde - São
Paulo: SES/SP, 2004. 2ª ed. 94p.
3- Protocolos de Atenção Básica. Saúde das Mulheres. Brasília-DF. 2016,
pág 173-184.
4- Cadernos de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e
da mama. Brasília-DF. 2013, pág 41-73.

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