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O poema descreve a essência da poesia através de várias metáforas e comparações. Ser poeta é ser maior do que os homens e ter dentro de si um astro que inflama. Significa também ter fome de infinito e condensar o mundo num só grito poético, declarando o amor cantando para todos.
O poema descreve a essência da poesia através de várias metáforas e comparações. Ser poeta é ser maior do que os homens e ter dentro de si um astro que inflama. Significa também ter fome de infinito e condensar o mundo num só grito poético, declarando o amor cantando para todos.
O poema descreve a essência da poesia através de várias metáforas e comparações. Ser poeta é ser maior do que os homens e ter dentro de si um astro que inflama. Significa também ter fome de infinito e condensar o mundo num só grito poético, declarando o amor cantando para todos.
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa») Recurso Exemplo Justificação Expressivo O exagero surge para «é ser maior do que destacar a superioridade do Hipérbole os homens» poeta através da sua escrita. Comparação de um gesto Comparação «Morder como quem agressivo, com outro, que é beija» suplantado pela ternura de um beijo apenas porque se é poetisa. Recurso Exemplo Justificação Expressivo «É ter cá Os sentimentos dentro do peito do dentro um poeta surgem como um astro que o Metáfora astro que inflama. flameja»
Enumeração «É seres alma Apresentação daquilo que o
e sangue e objecto amado significa para a vida em poetisa. mim»
Anáfora «É…É…É…» Ajuda a apresentação da
definição. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior a Do que os homens! Morder como quem beija! b É ser mendigo e dar como quem seja b Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! a
É ter de mil desejos o esplendor a
E não saber sequer que se deseja! b É ter cá dentro um astro que flameja, b É ter garras e asas de condor! a
É ter fome, é ter sede de Infinito! c
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… d É condensar o mundo num só grito! c
E é amar-te, assim, perdidamente… e
É seres alma e sangue e vida em mim d E dizê-lo cantando a toda a gente! e Ser poeta é ser mais alto, é ser maior a Do que os homens! Morder como quem beija! b É ser mendigo e dar como quem seja b a- Interpolada Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! a
É ter de mil desejos o esplendor a
E não saber sequer que se deseja! b É ter cá dentro um astro que flameja, b b - Emparelhada É ter garras e asas de condor! a
É ter fome, é ter sede de Infinito! c
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… d c /e - cruzadas É condensar o mundo num só grito! c
E é amar-te, assim, perdidamente… e
É seres alma e sangue e vida em mim d d - Interpolada E dizê-lo cantando a toda a gente! e - Susana Anjo - Tiago Ferreira - Yana