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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE DIREITO
DEPATAMENTO DE DIREITO

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO VIDA PARA CONSUMO: a transformação das pessoas


em mercadorias -Zygmunt Bauman.

Bonfim - acrescente o restante do


seu nome
Discente do 4º período.
Professor:
Disciplina:

MOSSORÓ-RN
2017
No trabalho do sociólogo Polonês Zygmunt Bauman-“Vida para o Consumo”, o
autor aborda como a sociedade Contemporânea passa pelo processo de transformações,
seguindo a lógica dos ditames do capital, de sujeitos de direitos para cidadãos (ãs)
consumidores (as). Debates instigantes, de como as implicações do consumo desenfreado
afeta as relações sociais, o comportamento efêmero, mudando a forma de ser e viver em
sociabilidade. É construído uma valorização não pelo que somos, mas pelos bens matérias que
possuímos. Para assim entender o funcionamento do sistema capitalista, e suas metamorfoses
de lucrar e explorar a força de trabalho, gerar mais valia, o fetiche da mercadoria e etc.
No primeiro capítulo intitulado: “Consumismo versus Consumo” é apresentada no
decorrer da análise como a sociedade lida de maneira natural o processo do consumismo
exarcebado, que acaba transformando os seres humanos em escravos, da constante
necessidade de sempre buscar bens de consumo para se sentir valorizado, criando um padrão
comportamental, de encontro aos interesses do capital. A intenção dos donos dos meios de
produção, no caso os capitalistas é lucrar, obter a extração da mais-valia, seguindo a lógica:
força de trabalho, meios de produção, mercadoria e o consumo.
O consumismo é algo intrínseco ao capitalismo; já diria Marx, por isso não nos
reconhecemos, como seres que precisam atender de fato, suas reais necessidades sociais, mas
acabamos sendo transformados em consumidores, não se percebe no outro, mas
transformados em individualistas, pelo processo de alienação. Tendo comportamentos
padronizados, desejos, vontades, necessidades de ostentar e exibir para sentir útil através da
economia consumista.
Com base no pensamento de Bauman (2008) na “sociedade líquido-moderna de
consumidores” a felicidade tende a ser medida pelo poder de compra, status, portanto se
distinguindo do modo de produção primitiva, feudal e escravista. Portanto ocorrendo o
processo de transformação das pessoas em “mercadorias ou coisificação”. A felicidade está
diretamente relacionada à ideia de consumo. Porém o autor, traz visões diferentes do que
pensam estudiosos sobre o consumo, que não necessariamente é sinônimo de plena felicidade.
Tendo causa e efeitos negativos, como infelicidade, objetos produzidos para serem logo
descartados, estresse, jornadas de trabalho prolongadas, dentre outras consequências, típica do
consumo desenfreado, que no leva acreditar, só seremos felizes se possuir x produto.
Portanto o mercado do consumo, nos leva ao individualismo e egoísmo. É fundamental
construir outra forma de relações sociais, em meio há caminhos, escolhas e possibilidades.
Para que, possamos nos reconhecer de fato, como seres humanos, livres, em totalidade e
desenvolver nossas verdadeiras necessidades para além do capital.
No segundo capítulo, o escritor conveniou chamar de “Sociedade de Consumidores”,
pois as pessoas não conseguem separar o sujeito do produto, acreditando que seja o objetivo
das suas vidas, trabalhar-consumir-comprar, criando a sociedade do descartável, e uma massa
de grandes consumidores, nas palavras de Bauman (2008, p. 71) [...] “a probabilidade de que
a maioria dos homens e mulheres venha abarcar a cultura consumista em vez de qualquer
outra, e que a maior parte do tempo obedeçam aos preceitos dela com máxima dedicação”.
Todo um fetiche é criado através da imagem, propaganda, da mídia, no intuito de persuadir os
consumidores a comprar cada vez mais. Tendo um estilo de vida consumista a seguir, um
paradigma, da qual a classe dominante dita às regras, excluindo quem não segue ou pensa e
age diferente.
Cresce significativamente a geração do “shopping centers”, verdadeiros templos de
vendas, consumos, exibicionismos, criando uma submissão a rotinas, tarefas, produzido por
um sistema que oprime-explora os trabalhadores que se tornam consumidores. É como se
sempre essa forma de viver existisse, algo inato ao homem e mulher. Você é o que consome,
não somos vistos enquanto cidadãos iguais, por exemplo, quantos jovens são vitimas da
desigualdade social, econômica, cultural, educacional, pois a sociedade capitalista não os
oferece as mesmas possibilidades, e ainda os culpabilizam pelo seu não poder de compra, e
ainda não os enxergam enquanto seres humanos.
Consumir é investir na auto imagem, de acordo com Marx, a mercadoria gera mais
mercadoria, elevando o poder de compra em função do consumo e do capital. Portanto é
fundamental levar os indivíduos a criarem necessidades, para fazer o sistema se auto-
reproduzir. As práticas, comportamentos e forma de viver na sociedade líquido-moderna,
caminham para uma suposta liberdade de escolha, formal e burguesa, porém indagamos, será
que somos de fato livres? Pois o capitalismo e sua base ideológica nos faz ter essa falsa
impressão, de acreditar, que pelo poder de compra, de consumir, chegará a isso.
Em suma, conforme Bauman (2008, p. 105-106) “é a capacidade como consumidor,
não como produtor, que define o status do cidadão”. Endentemos com essa reflexão que as
classes trabalhadoras jamais serão donos dos meios de produção, capitalistas e empresários,
possui apenas a força de trabalho, poder de compra e consumo. Embora as relações sociais
sejam construídas historicamente e culturalmente, assim passiveis de mudança, a ordem
dominante nos leva a um conformismo, impede a capacidade das pessoas de questionar ou
não aceitar tal condição imposta, limitando as reais possibilidades dos indivíduos de ter suas
liberdades, igualdades de fato exercida, enquanto seres humanos com reais direitos, superando
visões, padrões de consumo tidos por normais e aceitáveis.
No terceiro capítulo, a abordagem é sobre “Cultura Consumista”, vem relatar como
acontece a “vida do consumo” na Sociedade Contemporânea na expressão do autor. Ser visto,
destacado é fazer parte de determinados grupos sociais, que ditam a moda, tendência, daí você
ser responsável pelo sucesso ou fracasso, a vida consumista deixa implícito, para ser alguém
use determinada marca, gerando mais valia, lucro para o grande capital internacional. As
interações humana tende a reduzir os vínculos sociais a bens de consumo duráveis e não
duráveis. O processo de auto-identificação dois indivíduos tendem a se restringir as marcas,
modelos, tendências da moda em seguir, de explorar o consumo exarcebado, pois não há
tempo para perder.
Como denomina Bauman (2008) “a síndrome cultural consumista” levou as pessoas a
efemeridade, a satisfação imediata, o produtivismo dos desejos e satisfações buscando o
agora, que envolve velocidade da mudança, excesso e desperdício provocados pelos seres
humanos, antes nas sociedades primitivas e comunal, a produção destinava a atender uma
determinada necessidade social dos grupos, finalidade, usada para uma determinada
teleologia, mas com a mudança do modo de produção, as necessidades foram sendo
modificada e criadas outras, para a tender e satisfazer ao mercado de consumo.
Portanto, as coisas já são feitas com prazo de validade, tempo de vida útil curto, é a
lógica que o capital encontrou para lucrar, deste modo os indivíduos sofre uma espécie de
coerção social, os bens de consumo, se relaciona diretamente com a vida social, causando
grande aflição na vida líquido moderna, amparada entre o fracasso e a ausência de dinheiro e
poder de compra. Há um sofrimento em consumir e ter as chamadas “novas necessidades”
criadas para preencher determinados interesses.
Com a expansão da tecnologia, os internautas entram no jogo da fantasia, aceitação
social, de substituir o “mundo real pelo virtual”. Em síntese, todos os capítulos discorridos,
geram agregados de fatores que nos levam a pensar e refletir, na totalidade de como a
sociedade em que vivemos se estrutura, enxerga os seres humanos, simplesmente como fieis
consumidores vorazes, necessitando cada vez mais, da suposta felicidade, desejo e prazer.

REFENRÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BAUMAN, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadorias.


Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

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