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1Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

2Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Contents

Como veio o desemprego para Portugal?


Les Candidats à L’Union : défis et opportunités
La libéralisation des visas dans les Balkans : l’antichambre de
l’intégration à l’Union Européenne ?
Zoom sur … l’Albanie.

REACH for something better

Immigration clandestine: Le passage grec : Autre Odyssée


REFLECTIONS SUR L’ENERGIE

KiTa und Karriere

Mai 68 quarante ans plus tard: Acquis et limites d’une utopie –

Représentation fictionnelle de biographies caractéristiques

de soixante-huitards dans Nés en 68

Contact

Colophon
3Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Como veio o desemprego para Portugal?

Segundo Eurostat, a taxa do desemprego português hoje atinge 10,6%. Significa isto que Portugal faz
parte das dez economias europeias cujos níveis de desemprego são acima da média europeia. O que
aconteceu com as análises da OCDE de 2001, previndo que o desemprego português estabilizar-se-á
por volta dos 4%?

De Jannis BURGER

Até parece uma boa notícia: o desemprego português


corresponde quase à metade do desemprego espanhol. Só
que a situação é muito problemática em ambos os países.
Segundo uma publicação de Eurostat do dia 29.10.2010
relativo ao desemprego europeu no mês de setembro, esse
desemprego atingiu 20,8% em Espanha (19,74% segundo um
relatório espanhol publicado no mesmo dia, relativo ao
desemprego trimestrial – que grande diferença psicológica
entre esses dois dados!). Portugal segue com 10,7%, depois
dos países bálticos, a Eslováquia, a Irlanda, a Grécia e a
Hungria.

Embora a situação em Portugal não seja a mais drámatica da Europa, a taxa ainda fica acima da
média da União europeia (9,6%), e a média da Zona Euro (10,1%). A situação é grave, mais também é
interessante anotar que Portugal, frequentemente considerado um país particularmente
“problématico”, tenha quase a mesma taxa de desemprego que a França (10,0%), geralmente
percebida como um dos maiores líderes europeus.

No entanto, Angel Gurría, o secretário geral da OCDE, se disse confiante que Portugal vai resolver os
seus problemas do mercado do trabalho. Durante uma visita a Lisboa em setembro, ele realçou a
necessidade de Portugal tomar certas medidas afim de reduzir a dívida externa, e de reformar o
sistema fiscal, o mercado de trabalho e a educação da mão-de-obra.

Contudo, a mesma OCDE previu ainda em 2001 que o desemprego português se estabilizará por volta
dos 4%. Como podemos explicar que isso não aconteceu?

Claro que OCDE não podia incluir o impacto da crise económica mundial no seu relatório de 2001.

Também, já nesse relatório, a OCDE recomendou muitas reformas para o mercado de trabalho
português. Então a OCDE poderia, hoje, responder que a sua previsão de 2001 não se concretizou por
falta de vontade política de reformar o país.
4Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Mas também é verdade que a base económica parecia óptima ao final dos anos 90: a taxa de
desemprego tinha evoluida de forma muito satisfactória, sobretudo em comparação com a Espanha,
mas até em comparação com a União dos 15.

Fonte : Royo, Sebastián – Portugal, Espanha e a Integração Europeia.

Visto assim, até poderíamos acreditar que Portugal possuia um mercado de trabalho utopicamente
perfeito durante muito tempo: alta protecção dos trabalhadores, bons sistemas de apoio aos
desempregados e taxas de desemprego muito baixas... nem o modelo muito invejado da Dinamarqua
conseguiu reunir esses tres factores!

Será que a maliciosa OCDE destruiu com as suas recomendações essa felicidade celestial do
Portugal?

Infelizmente, o assunto não é tão simples. É verdade que apesar da elevada protecção do emprego
em Portugal, a taxa de desemprego era muito baixa durante os anos 90. Mas isso não se deve a um
milagre, nem só ao progresso da economia portuguesa. Uma razão principal é a má aplicação prática
das regulamentações de trabalho em todos os sectores de trabalho – além do sector público e das
grandes empresas. Pois, em Portugal durante os anos 90, essa protecção forte é apenas teorética
para a grande maioria dos trabalhadores. As pessoas são frequentemente obrigadas a mostrar uma
grande flexibilidade e a aceitar salários muito baixos. Também importa realçar que os subsídios de
desemprego abrangiam só uma pequena percentagem do desemprego real. Então, na verdade, a
situação não era um paraiso para a maioria dos trabalhadores portugueses. A protecção social real
era muito mais fraca do que parecia.

Qual era o papel da política monetária e financeira de Portugal nessa evolução?

No âmbito da adesão de Portugal à CEE, as autoridades portuguesas substituíram a taxa variável do


Escudo por taxas de câmbio estáveis, direitamente ligadas às moedas do Sistema Monetário Europeu
(SME) afim de combater a inflação com uma moeda portuguesa fortificada pela Europa.

Até a adesão ao MTC (Mecanismo de Taxas de Câmbio; do SME) em 1992, a convertibilidade plena do
Escudo foi progressivamente estabelicida. Durante as crises do MTC entre 1992 e 1995, o Escudo
5Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

manteve-se a um nível mais ou menos estável em comparação com a Peseta, graças à sua ligação ao
Marco alemão. Em geral, a adesão ao MTC e ao seu “código de conduta” resultavam numa maior
estabilidade da economia portuguesa.

Mas em resultado, os preços dos bens transaccionáveis, que tinham uma ligação bastante forte com
o exterior, orientaram-se aos preços europeus. Porém, os salários e os preços dos bens não
transaccionáveis também aumentaram, deixando problemático o valor do Escudo.

Em resultado, nos anos 90, a inflação e os salários aumentavam em Portugal, enquanto a


produtividade não aumentava suficientemente. Isso baixou a competitividade portuguesa e resultou
num défice na balança de mercadorias e serviços, que crescia cada vez mais ao longo dos anos 90.
Para financiar os gastos públicos e o consumo, a economia recorria às remessas dos emigrantes
portugueses, aos fundos estruturais da UE e sobretudo a um aumento drástico de influxos de capital
estrangeiro, geralmente sob a forma de empréstimos. O resultado disso era uma maior dependência
ao estrangeiro, e uma falta persistente de competitividade. Assim, embora exigissem uma
modernização, as regras da globalização e da UE conduziam a uma dissimulação do atraso
económico.

Muitas vezes, também foi criticado que os fundos europeus não fossem utilizados inteiramente para
criar melhores estrúturas no mercado de trabalho, mas igualmente para financiar empregos que
dependiam completamente das ajudas europeias. Ainda na década de 2000, segundo alguns
analistas, esses empregos representaram
3,7% dos empregos portugueses, contra 2,7%
na Grécia, 1,3% na Espanha e 0,5% na
Irlanda. Segundo essas análises, as despesas
públicas financiando empregos também eram
muito elevadas em Portugal, em comparação
com esses outros países.

Fonte: Beutel, Jörg – The economic impact of objective 1 interventions for the period 2000-2006

Qual conclusão tirar disso? Sobretudo aquela: na Europa de hoje, não existem soluções “mágicas” e
simples para resolver o atraso económico dos novos membros. As divergências estruturais são
dicíficeis a combater – e os “milagres económicos” são, em geral, quer uma ilusão (como o mercado
de trabalho “perfeito” de Portugal nos anos 90), quer o resultado de muito trabalho muito duro.

E é verdade que Portugal trabalhou muito duramente durante décadas para convergir com o resto da
Europa – e não devemos esquecer que isso é um objetivo muito ambicioso. Não devemos acreditar
em estereotipos simplistas. O caso de Portugal é muito complexo e não merece ser reduzido a uma
certa utilização dos fundos europeus, nem a um certo típo de administração ou de atitude de
trabalho.
6Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

No entanto, podemos ver que a transição portuguesa não era dirigida de maneira óptima pela UE e
por Portugal. Não corresponde ao interesse de Portugal, nem da Europa, que o preço pago para
manter um certo grau de competitividade da economia portuguesa no âmbito da UE, sejam gastos
públicos imensos, uma alta dependência externa e uma situação precária para muitos trabalhadores.

Fontes principais

Beutel, Jörg – The economic impact of objective 1 interventions for the period 2000-2006. European
Commission, Konstanz, 2002.

( http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/studies/pdf/objective1/final_report.pdf )

Royo, Sebastián (Organizador) – Portugal, Espanha e a Integração Europeia. Um Balanço. Imprensa de Ciências
Sociais, Lisboa, 2005.

http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/3-29102010-AP/DE/3-29102010-AP-DE.PDF

http://www.oecd.org/document/51/0,3343,en_2649_34569_46084979_1_1_1_37443,00.html

http://www.ine.es/daco/daco42/daco4211/epa0310.pdf

http://www.oecd.org/document/18/0,3343,en_33873108_33873764_1916434_1_1_1_1,00.html

Outras fontes

Simões, Vitor Corado / Godinho, Manuel Mira (2006) – Strategic Evaluation on Innovation and the Knowledge

Based Economy in relation to the Structural and Cohesion Funds, for the programming period 2007-2013

( http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/evaluation/pdf/evalstrat_innov/portugal.pdf )

CIDEC (2003) – Ex-post evaluation of objective 1, 1994-1999

(sob: http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/evaluation/doc/obj1/portugal.pdf )

http://www.oecd.org/document/59/0,3343,en_2649_34569_46057467_1_1_1_1,00.html
7Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Les Candidats à L’Union : défis et opportunités

Après la tenue de la première Gay Pride à Belgrade le 10 octobre dernier qui fut pour le moins
mouvementée (sept heures d’affrontements entre policiers et groupes d’extrémistes qui voulaient
bloquer la manifestation) force est de constater que le mouvement homophobe est toujours virulent
en Serbie, et ce malgré la tentative du gouvernement serbe de plaire à l’Union européenne en ayant
condamné au préalable toute violence. De plus, le ministère serbe de la Justice a demandé
l’interdiction des groupes d’extrême-droite qui ont mis le centre-ville de Belgrade à feu et à sang. La
plupart de ces groupes sont eurosceptiques et craignent que la Bruxelles n’impose l’homosexualité
dans leur pays. Cependant, la Serbie est potentiellement candidate à l’entrée dans l’Union et le
gouvernement est conscient que la tolérance est une valeur clé dans les négociations de
préadhésion. L’occasion de revenir le processus d’adhésion à l’Union européenne.

Par Lise Boucher

Elargissement : ce que disent les textes

Selon l’article 49 du Traité sur l’Union européenne (Traité de Maastricht) : « Tout État européen
qui respecte les principes énoncés à l'article 6, paragraphe 1, [L’Union est fondée sur les principes de
la liberté, de la démocratie, du respect des droits de l'homme et des libertés fondamentales, ainsi que
de l'État de droit, principes qui sont communs aux États
membres.] et s’engage à les promouvoir peut demander à
devenir membre de l'Union. Il adresse sa demande au Conseil,
lequel se prononce à l'unanimité après avoir consulté la
Commission et après avis conforme du Parlement européen qui
se prononce à la majorité absolue des membres qui le
composent. Les conditions de l'admission et les adaptations que
cette admission entraîne en ce qui concerne les traités sur
lesquels est fondée l'Union, font l'objet d'un accord entre les
États membres et l'État demandeur. Ledit accord est soumis à la
Flick
ratification par tous les États contractants, conformément à leurs
règles constitutionnelles respectives. » Pour devenir membre de l’Union, un Etat doit donc recueillir
l’accord de tous les autres Etats membres. Cependant pour adhérer à l'UE, il doit également remplir
trois critères qui ont été dégagés lors du Conseil européen de Copenhague en 1993 : un critère
politique : la présence d'institutions stables garantissant la démocratie, l'État de droit, les droits de
l'homme, le respect des minorités et leur protection ; un critère économique : l'existence d'une
économie de marché viable et la capacité à faire face aux forces du marché et à la pression
concurrentielle à l'intérieur de l'Union et enfin le critère de l'acquis communautaire : l'aptitude à
assumer les obligations découlant de l'adhésion, et notamment à souscrire aux objectifs de l'Union
politique, économique et monétaire. L’UE travaille en collaboration avec l’Etat candidat pour que ces
trois critères soient respectés au moment de l’adhésion mais pour que le Conseil européen décide
d’ouvrir les négociations, il faut impérativement que le critère politique soit rempli.

Les négociations visent donc à soutenir les pays candidats dans leur préparation mais elles
permettent également à l'Union européenne de se préparer à l'élargissement. Les négociations
portent sur l'adoption et la mise en œuvre de l'acquis communautaire qui fait l'objet d'un suivi de la
Commission. L'acquis est divisé en chapitres suivant le nombre de domaines pour lesquels des
progrès doivent être réalisés. Chaque chapitre est négocié individuellement et des critères de
référence mesurables sont définis pour l’ouverture et la clôture de chaque chapitre. Les négociations
ont lieu au sein de conférences intergouvernementales bilatérales, réunissant les États membres et
chaque pays candidat. Des positions communes de négociation sont établies pour chacun des
8Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

chapitres de compétence communautaire. Les résultats des négociations sont incorporés dans un
projet de traité d'adhésion lorsque les négociations sur l'ensemble des chapitres sont clôturées. Le
système des mesures transitoires permet de conclure les négociations même si la reprise de l'acquis
n'est pas achevée. [1]

La situation actuelle

L'ancienne République yougoslave de Macédoine, la Croatie et la Turquie ont le statut de pays


candidat. Les négociations d'adhésion avec la Croatie et la Turquie ont été ouvertes le 3 octobre
2005. L'Albanie, la Bosnie-Herzégovine, le Monténégro et la Serbie, y compris le Kosovo, tel que défini
par la résolution 1244 du Conseil de sécurité des Nations unies, ont le statut de candidats potentiels.
L’Islande quant à elle a soumis une demande d’adhésion à l’UE en juillet 2009, le Conseil doit
maintenant décider d’ouvrir ou non les négociations d’adhésion. Il faut cependant rappeler que le
statut de pays candidat ne donne pas un droit à l'adhésion automatique à l'Union.

A travers l’aide de préadhésion, l’UE soutient les pays candidats pour qu’ils remplissent les
critères d’adhésion. Pour la période 2007-2013, l'instrument d'aide de préadhésion (IAP) constitue le
cadre unique de financement, il remplace les instruments de préadhésion de la période précédente
(Phare, Sapard pour les actions structurelles dans le domaine agricole, Ispa pour les infrastructures
dans les domaines de l'environnement et des transports, l’instrument de préadhésion spécifique pour
la Turquie), ainsi que le programme CARDS en faveur des pays des Balkans occidentaux. Au total, le
montant du financement de préadhésion s'élève à 11,5 milliards d'euros pour le cadre financier
actuel (2007-2013). Cette assistance financière se traduit en programmes, composés d'un ou
plusieurs projets, qui sont des actions concrètes entreprises par l'Union européenne afin d'assister les
pays candidats et candidats potentiels dans leurs préparatifs d'adhésion. Des centaines de projets
sont ainsi actuellement en cours dans tous les secteurs.

L’IAP est constitué de six volets : aide à la transition et renforcement des institutions,
coopération transfrontalière, développement régional, développement des ressources humaines et
développement rural. Les trois premiers volets concernent les pays candidats et les pays candidats
potentiels. En revanche, les trois derniers volets concernent exclusivement les pays candidats dans le
but de les préparer à adopter et à mettre en œuvre la politique de cohésion et à gérer les fonds

structurels. Après l’adhésion les nouveaux États membres bénéficient également d'une aide
financière temporaire, la facilité transitoire. Il faut également savoir que le traité de Lisbonne (art. 50)
a instauré un droit de retrait de l’Union (cela semble cependant très difficile voire impossible à réaliser
en pratique).

A suivre dans les prochains numéros de Barbarie, un état des lieux de l’avancée des
négociations avec chaque pays candidat.

1
Source : http://europa.eu/legislation_summaries/glossary/accession_negotiations_fr.htm
9Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

La libéralisation des visas dans les Balkans :


l’antichambre de l’intégration à l’Union
Européenne ?
Caroline SOUESME

Les pays des Balkans peuvent-ils espérer intégrer l’Union Européenne prochainement ? Au
regard des conclusions émises lors du dernier conseil des ministres des affaires étrangères
de l’Union Européenne, le chemin semble s’éclaircir pour les pays de la péninsule balkanique.

Le Parlement européen approuve la libéralisation des visas en Albanie et Bosnie Herzégovine.

En 2009, les ressortissants de Serbie, de l’ancienne République yougoslave de Macédoine


(ARYM) et du Monténégro avaient pu bénéficier de la politique de libéralisation des visas afin
qu’ils puissent voyager sur le territoire de l’Union avec un seul passeport biométrique. Depuis,
la Commission Européenne avait engagé des négociations en vue d’appliquer le même
traitement aux ressortissants d’Albanie et de Bosnie-Herzégovine.

Le 7 octobre dernier, le Parlement Européen a approuvé la dernière phase de libéralisation


des visas dans les Balkans. Elle pourrait constituer un premier pas dans le processus
d’adhésion des pays des Balkans à l’Union. Car, selon la Commission Européenne « tous les
pays des Balkans ont vocation à intégrer l’Union Européenne ». Cette libéralisation des visas
annonce-t-elle l’intégration de ces pays à l’Union Européenne ? Quelles sont les conséquences
de cette libéralisation ?

Quasi victoire pour la Serbie.

Le 25 octobre dernier, le Conseil des ministres des Affaires Etrangères de l’UE, réuni à
Luxembourg, a rendu un avis positif quant à la candidature serbe à l’Union Européenne 2. Le
pays, dont les ressortissants peuvent voyager sans visa dans l’Union Européenne depuis le
mois de décembre dernier, avait déposé sa candidature officielle le 22 décembre 2009.
Moins d’un an après, la situation a grandement évolué. Cette déclaration constitue une
avancée inouïe pour le pays. Malgré un contexte délicat au nord du Kosovo, et son refus de
reconnaitre l’indépendance de son ancienne province, la Serbie peut espérer son adhésion
future à l’Union Européenne. Cependant, il est demandé au pays de poursuivre sa coopération
avec le tribunal international pour l’ex Yougoslavie. Les Pays Bas se sont montrés tout
particulièrement exigeants sur la question des criminels de guerre, estimant que les
dirigeants serbes étaient réticents à coopérer pleinement avec le tribunal. Suite au Conseil
des ministres, c’est la Commission Européenne qui devra rendre son avis au sujet de la
candidature de la Serbie. Son avis est attendu au cours du second semestre 2011.

2
http://www.lemonde.fr/europe/article/2010/10/25/la-serbie-franchit-une-etape-cle-vers-son-adhesion-a-l-
ue_1431075_3214.html
10Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Le Monténégro pourrait acquérir le statut de candidat à l’Union Européenne.

Le Monténégro, quant à lui, avait déposé sa candidature à l’UE le 15 décembre 2008, un an


avant la libéralisation des visas pour ses ressortissants, et seulement deux ans après son
indépendance de la Serbie. L’avis de la Commission Européenne sur l’éventuel statut de
candidat à l’Union Européenne pour le Monténégro devrait être connu le 9 novembre
prochain, jour de publication de son rapport annuel sur les avancées des réformes dans les
Balkans. Certaines sources estiment que le pays devrait se voir octroyer le statut de candidat
officiel. Cependant, l’Union Européenne considère que le pays prend du retard en matière de
réformes et de lutte contre la criminalité organisée.3

Poursuite de la libéralisation.

La libéralisation des visas pourrait bien être un prélude à l’entrée des pays des Balkans dans
l’Union Européenne… ou bien une manière de les faire patienter.

La Commission cherche à éviter à tout prix que la situation de la Roumanie et de la Bulgarie


ne se répète. Les deux états membres avaient intégré l’Union Européenne le 1er janvier 2007
sous réserve de réformes structurelles dans le cadre d’un mécanisme de coopération et de
vérification (MCV). En juillet dernier, la Commission Européenne avait publié son rapport
annuel sur les avancées de réformes dans ces deux pays, s’alarmant tout particulièrement de
la mauvaise volonté de la Roumanie à accomplir ces réformes.

Certains estiment cependant que les visas pour les ressortissants albanais et bosniens
pourraient être levés dès le 9 novembre prochain.4

Craintes de certains États membres.

Cependant, certains États membres pourraient retarder la politique de libéralisation des


visas. Il semblerait en effet que cette politique ait provoqué une augmentation significative
des demandes d’asiles. Face à un défi migratoire croissant, et l’arrivée massive de
ressortissants, l’Union Européenne, pressée par certains États membres, pourrait ralentir le
rythme de libéralisation5.

Néanmoins, la libéralisation des visas dans la zone balkanique comporte aussi une portée
symbolique : les habitants de Yougoslavie pouvaient, du temps de la république, transiter
sans visa dans la zone. Suite au conflit qui a meurtri la péninsule, la libéralisation des visas
pourrait permettre la stabilisation de la région, avant une éventuelle entrée des pays de l’ex-
Yougoslavie et de l’Albanie dans l’Union Européenne.

3
http://www.euractiv.com/fr/elargissement/lue-prepare-un-message-mitige-pour-le-montenegro-news-499284
4
http://balkans.courriers.info/article16101.html
5
http://balkans.courriers.info/article16140.html
11Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Zoom sur … l’Albanie.


Caroline SOUESME

Cette rubrique « ZOOM SUR » a pour but de vous faire découvrir les pays candidats à l’Union
Européenne.

Petit pays méconnu de la péninsule Balkanique, l’Albanie n’en mérite pas moins un (grand)
détour. Voyage en Illyrie.

L’homme qui se vante de n’avoir jamais pleuré n’est pas le plus grand des hommes mais le
plus grand des imbéciles. Proverbe albanais.

L’Albanie est la terre des Illyriens, peuple indo-européen qui se serait installé dans la région
au 2ème millénaire avant J-C, et qui est considéré par beaucoup d’historiens comme le
premier peuple d’Europe.

Republika e Shqipërisë: la République d’Albanie

Terre qui a vu naître le très célèbre écrivain Ismaïl Kadaré, l’Albanie est née du
démantèlement de l’Empire Ottoman le 28 novembre 1912. Ce petit pays est encore inconnu
d’un grand nombre de personnes. C’est le seul État des Balkans à ne pas être issu de
l’éclatement de l’ex Yougoslavie, mais son histoire n’en demeure pas moins tragique. Ainsi,
après quelques tentatives de démocratisation, et le bref règne du roi Zog 1 er, l’Albanie rejoint
la doctrine communiste stalinienne sous le joug d’Enver Hoxha en 1945. Il y installera une
dictature sans commune mesure en Europe et ce jusqu’à sa mort, en 1985. En 1990, alors
que les anciennes démocraties populaires chutent les unes à la suite des autres, l’Albanie
s’ouvre après un demi-siècle d’autarcie dans la plus grande indifférence. La crise des
pyramides financières, en 1997, partiellement fomentée par l’actuel premier ministre (alors
président de la République), le leader anti communiste Sali Berisha, fait connaitre l’Albanie
12Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

au monde entier et entraine la faillite de l’économie albanaise. De fait, l’Albanie a souvent


été décrite comme étant le pays le plus pauvre d’Europe, et l’économie informelle
représenterait 50 à 60% du PIB. Si les clichés véhiculés sur le pays sont nombreux – tout
particulièrement ceux portant sur la criminalité organisée, souvent décrite dans les films
hollywoodiens – les voyageurs, qui se font de plus en plus nombreux sur la côte adriatique du
pays, encore épargnée par le tourisme de masse, ne tarissent pas d’éloges sur l’hospitalité du
pays et de ses habitants.

L’ALBANIE
Capitale Tirana
Population 3 619 778 habitants, dont
20% concentrés à Tirana
Densité de population 109,8 habitants au km²
PIB 7,6 milliards de $ (2004)
Croissance 6% (2006)
Taux de chômage 13,8% (2008)
IDH 0,784 (ONU, 2002)
Taux de fécondité 2,1 enfants par femme
Religion 70% de musulmans, 18%
d’orthodoxes, 12% de
catholiques (1970)
Espérance de vie 80,8 ans pour les femmes,
75 ans pour les hommes.
Taux d’alphabétisation 98,7%
Données Eurostat.

Pays peuplé de 3,6 millions d’habitants, un quart de sa population (près d’un million) vit en
dehors de l’Albanie, principalement en Italie et en Grèce. Cependant, une partie non
négligeable de la diaspora albanaise aurait élu domicile en Suisse, au Benelux et aux Etats
Unis. C’est le seul pays européen, avec la Bosnie-Herzégovine, à être majoritairement
musulman, du moins dans les chiffres. La politique anticléricale menée par Enver Hoxha, qui
mènera à la destruction de la quasi-totalité des lieux de culte du pays (toutes religions
confondues) en 1967, a participé au détachement que ressentent les albanais face à la
religion. Bien que la population soit majoritairement musulmane, la société albanaise est
réputée pour sa tolérance religieuse.

C’est la langue bien plus que la religion qui donne son unité et sa particularité au peuple
albanais. La langue albanaise, bien que de souche indo européenne, diffère de toutes les
langues du continent. Elle appartient en effet à une souche particulière des langues indo
européennes, et constitue à elle seule une famille linguistique.

Si l’indépendance du Kosovo, le 17 février 2008, a fait trembler le voisin serbe, craignant


l’émergence de la « Grande Albanie » (terme qui entend la réunification du peuple albanais,
séparé après l’indépendance du pays en 1912), le gouvernement albanais a fait taire toutes
les rumeurs en la matière : « Nous décourageons, sans aucune hésitation, toute volonté en
Albanie ou au Kosovo qui aspirerait à l’unification du Kosovo avec l’Albanie ou à l’intégration
du Kosovo à l’intérieur du territoire albanais »6. L’Albanie aspire avant tout à intégrer l’Union

6
Ministre des Affaires Etrangères Albanais.
13Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Européenne. En 2009, le pays a intégré l’Organisation du Traité de l’Atlantique Nord (OTAN),


après avoir quitté le pacte de Varsovie en 1968 : c’est une réelle avancée pour le peuple
albanais et un pas de plus vers l’Occident et l’Union Européenne.

L’Albanie a signé un Accord de Stabilisation et d’Association (ASA) avec l’UE en 2006, après
3 ans de négociation, en vue d’assurer sa transition vers une économie de marché et de
rendre ses institutions plus démocratiques. Il est rentré en vigueur en 2009. L’Albanie a
officiellement déposé sa candidature à l’Union Européenne la même année, sous présidence
tchèque, et a depuis le statut de « candidat potentiel ». Si les progrès restant à accomplir sont
importants (lutte contre la corruption, indépendance du système judiciaire, respect du droit
de propriété, viabilité de l’économie de marché), globalement, la situation en Albanie s’est
améliorée depuis la signature de l’ASA. Bien que la réélection contestée de Sali Berisha en
2009 ait plongé le pays dans une crise politique, la situation pourrait s’améliorer : la
Commission Européenne souhaite, en effet, poursuivre sa politique de libéralisation des visas
dans les Balkans et l’étendre aux ressortissants albanais, après une première étape de
libéralisation menée en Serbie, en ancienne république yougoslave de Macédoine (ARYM) et
au Monténégro en décembre dernier.

Tous les pays des Balkans ont vocation à intégrer l’Union Européenne, selon la Commission
Européenne. L’Albanie également. Le pays est un atout pour l’Union Européenne, et ce à plus
d’un titre : le pays participe déjà grandement à la stabilité dans la région. Les perspectives
économiques sont nombreuses car le pays dispose de nombreuses ressources naturelles
ainsi que de sites touristiques. Enfin, sa population jeune (67,1% de la population a entre 15
et 64 ans) démontre le dynamisme du pays. Sa position géostratégique, non négligeable,
permettrait à l’Union Européenne d’améliorer la surveillance de ses frontières et de son
espace maritime.

« Ce que veulent les Albanais, c’est que l’Europe s’intéresse à leur sort, mais sans exercer de
critiques. Être un ami de l’Albanie, c’est être un ami inconditionnel »7.

7
Passions albanaises, de Berisha au Kosovo : Bruno et Pierre Cabanes.
14Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Le lac de Shkodra, au nord du pays.

Lorsque le pays a quitté le pacte de Varsovie, en 1968, le dirigeant communiste, Enver Hoxha,
a décidé de parsemer le pays de « bunkers » afin de le protéger d’une éventuelle attaque. Au
nombre de 600 000, on en rencontre un peu partout, tout particulièrement sur les plages. Si
la plupart font aujourd’hui office de cabines de plage ou même de boîtes de nuit, un grand
nombre de ces bunkers devraient être détruits.
15Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Ville de Berat, surnommée la ville aux mille fenêtres, au sud du pays.

Pour en savoir plus :

 Le Courrier des Balkans, source d’information francophone sur l’actualité des Balkans.

 Ismail Kadaré, auteur albanais qui a écrit de nombreux ouvrages sur son pays : on
retiendra le superbe « Hiver de la grande solitude » qui décrit la rupture entre l’Albanie
et l’Union Soviétique en 1960.

 Passions albanaises, De Berisha au Kosovo, Bruno et Pierre Cabanes.

 Les Balkans et l’Europe, n°23 Janvier-Février 2007. Questions internationales. La


Documentation Française.
16Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

REACH for something better

La bureaucratie fait partie des défauts que l’on reproche le plus fréquemment à l’Union européenne.
Toutefois, quand il s’agit de concilier la quête de compétitivité de l’économie avec le souci
environnemental et de la sûreté des travailleurs et consommateurs, les réglementations ont tendance
à devenir compliquées. C’est un dilemme entre deux idéaux auquel l’Union européenne est
fréquemment confrontée. La réglementation REACH et CLP en est un exemple révélateur.

De Jannis BURGER

L’Europe et son dioxyde d’azote troposphérique - selon l’Institut Max-Planck pour la Chimie, à Mayence
(Allemagne)

C’est quoi?

Depuis 2006, le règlement européen concernant l'enregistrement, l'évaluation et l'autorisation des


substances chimiques, ainsi que les restrictions applicables à ces substances (REACH) est en vigueur.
Le règlement CLP (Classification, Labelling, Packaging) l’est depuis 2009. Néanmoins, cette
réglementation ne fait pas partie des préoccupations centrales de l’opinion publique européenne. Et
ceci alors que la date d’échéance pour leur application est le 30.11.2010!

Plus exactement : cette date butoir ne concerne que certains cas de REACH – pour d’autres, la date
limite est fixée pour 2013 ou 2018. Et en effet, pour CLP, les délais importants à retenir ne sont pas
uniquement le 1.12.2010, mais aussi le 3.1.2011 et le 1.6.2015 (CLP).

Tout n’est donc pas si simple – rien que les dates de l’applicabilité de ces réglementations sont
échelonnée de façon complexe dans le temps.
17Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

En ce qui concerne REACH, il s’agit tout de même d’une petite révolution : la charge de la preuve de
l’innocuité chimique des produits utilisés relève désormais de la responsabilité des entreprises. De
plus, ces dernières doivent remplacer les substances très toxiques par des substituts, dans la mesure
du possible.

On comprend que les détails d’une telle réforme des réglementations des 27 Etats-membres de l’UE
aient suscité de grandes controverses et l’influence de nombreux groupes de pression. Certes, le
résultat final a parfois été dénoncé par des écologistes comme trop édulcoré. Mais le simple fait de
l’existence de ce projet ambitieux d’encadrement de l’industrie peut constituer un argument pour
l’Union Européenne : selon certains, dans un monde multipolar, elle est mieux placée qu’un seul Etat
national pour défendre certains standards de qualité et sûreté au niveau national et international.

Le règlement CLP, quant à lui, vise l’harmonisation des standards européens de signalisation
des dangers des produits avec les standards conclus au sein de l’ONU. Ces derniers ont été
élaborés avec le Globally Harmonised System of Classification and Labelling of Chemicals
(GHS), lors du sommet de l’ONU pour le développement durable à Johannesburg en 2002.

Ça fonctionne ?

Take second best


Put me to the test
Things on your chest
You need to confess I
will deliver
You know I'm a forgiver
Reach out and touch faith

Depeche Mode – Personal Jesus Immeuble de l’ECHA, Helsinki

(Copyright European Chemicals Agency)

Contrairement à ce que croient certains milieux économiques, il ne faut pas compter sur l’éternelle
indulgence d’ECHA – elle ne pardonnera pas tous les péchés.

En effet, beaucoup d’entreprises sont encore trop peu soucieuses des enjeux que signifient ces
réglementations. Sans doute, le fait que tout ce qui provient de l’UE semble si lointain et abstrait
contribue à cette insouciance. Mais aussi s’agit-il d’un long processus d’autorisation par lequel il faut
passer, afin d’obtenir une autorisation pour une substance chimique donnée, utilisée d’une certaine
façon. REACH n’est donc pas un sujet accrocheur.
18Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

D’ailleurs, les chercheurs de l’ECHA sont eux-mêmes conscients de ce manque de visibilité. A titre
d’exemple, dans un entretien publié sur le site de l’ECHA, Dr. Tony Musu, membre de l’agence,
s’inquiète sur le besoin d’avertissement des entreprises.

En conséquence, la communication sur ce sujet a été renforcée par les parties prenantes
européennes. Par exemple, en octobre, le huitième Forum for Exchange of Information on
Enforcement a eu lieu à Helsinki. Entre autres, de nouveaux outils d’inspection et de promotion ont
été approuvés, afin d’assurer l’application effective des réglementations REACH et CLP.

Mais la chimie européenne ne bouge pas uniquement à Helsinki. Avec European Trade Union
Confederation (ETUC) et European Chemical Workers’ Federation (EMCEF), deux grandes fédérations
syndicales ont appelés leurs membres à être attentifs à la bonne application de ces réglementation,
et de souligner, le cas échéant, auprès de leurs directeurs les problèmes qu’une mauvaise
transposition pourrait engendrer.

C’est utile ?

The chemicals between us


The army of achievers
Lying in this bed
The chemicals displaced
There is no lonelier state
Than lying in this bed

Bush – The Chemicals Between Us

L’intimité intacte chez van Gogh, mais sous attaque dans la chanson de Bush.
L’impacte de la chimie sur notre vie est considérable : telle une « armée de faiseurs », elle s’introduit
dans la sphère la plus privée, à savoir notre corps.

Effectivement, une entreprise qui néglige les obligations qui lui incombent de par REACH et CLP
risquera de payer des amendes financières.

Mais l’intérêt de bien appliquer ces réglementations n’est pas seulement financier. Comme le
rappelle Dr. Musu de l’ECHA, certaines études ont montré qu’en Europe, une maladie professionnelle
sur trois est causée par des substances chimiques. Le chercheur souligne également que selon
d’autres études, chaque année près de 74000 employés meurent en Europe, du fait de l’utilisation de
substances chimiques dangereuses au sein de leur lieu de travail.

Qui plus est, le progrès de l’industrie chimique se maintient à un rythme très élevé. Souvent, il est
difficile pour le législateur de prédire tous les risques potentiels, liés aux nouvelles technologies et aux
enjeux environnementaux qui ne sont pris en compte que depuis peu de temps (par exemple
notamment la biodiversité, et l’impacte des produits chimiques sur les fonctions vitales de certains
espèces).
19Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Si les législateurs veulent donc encadrer le dynamisme de l’industrie chimique, afin d’assurer la santé
et le bien-être des citoyens et de l’environnement, ils doivent se doter de mécanismes ambitieux.

Sources

http://www.umweltbundesamt.at/umweltschutz/chemikalien/clp_kennzeichnung/ghs_clp/

http://echa.europa.eu/doc/etuc_emcef/etuc_emcef_interview_tmusu_en.pdf

http://www.etuc.org/a/7620

http://echa.europa.eu/news/pr/201010/pr_10_22_forum_20101015_en.asp

http://www.mpch-mainz.mpg.de/mpg/deutsch/pri0706.htm

http://echa.europa.eu/doc/press/pr_10_17/pr_10_17_clp_press_kit_20100913_de.pdf
20Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Immigration clandestine: Le passage grec : Autre Odyssée

Le voyage d’Odyssée se reproduit aujourd’hui au propre et au figuré. D’un côté, chaque année des
milliers des personnes commencent un voyage dangereux et incertain afin de rencontrer un futur
prospère sur le territoire européenne. De l’autre, la Grèce, qui traverse déjà une période difficile à
cause de la crise financière, doit combattre l’afflux des migrants clandestins tout en assurant le
respect aux droits des immigrés et à la législation européenne. Ainsi, le sort des migrants en situation
irrégulière en Grèce et les enjeux d’efficacité du contrôle aux frontières sont fortement posés au
niveau Européen.

Par Nadia Antoniou

Les chiffres :
La Grèce, avec la plus grande frontière extérieure de l'Union européenne, est devenue ces
dernières années l'une des principales voies d'accès des immigrés clandestins à l'espace Schengen.
Après avoir franchi illégalement la frontière, principalement avec la Turquie, les migrants cherchent à
se rendre via la Grèce dans les autres pays européens. Les chiffres sont inquiétants d’autant plus que
les autorités du pays se sentent démunies face au problème. Selon Frontex, l’agence européenne de
contrôle des frontières, de janvier à septembre 2010, 90%8 des entrées illégales aux frontières de
l’Union européenne ont eu lieu en Grèce tandis qu’en 2009 le taux s’élevait à 80%. Sur les 9 premiers

8
Sources des chiffres mentionnés dans l’article : 1) Frontex ; 2) La Police Grecque
http://www.frontex.europa.eu/download/Z2Z4L2Zyb250ZXgvZW4vZGVmYXVsdF9tdWx0aWxpc3RhX3BsaWtvdy8xMz
Y/situation_of_irregular_migration_in_greece.pdf
http://www.astynomia.gr/images/stories/2010/9mhno2010-lath-met.pdf
21Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

mois de l’année 2010, 96.398 immigrants clandestins ont été arrêtés par les autorités grecques, ce
qui montre une hausse de 0.33% par rapport à la même période de 2009.

Cependant, les données statistiques de la Police Grecque montrent qu’après une forte hausse
des flux migratoires clandestins en Grèce ces dernières années, on note une baisse globale depuis
2009 : de 112.364 en 2007 et 146.337 en 2008, on passe à, 126.145 en 2009 et 96.398 entre
janvier et septembre 2010. Comme le constate le Frontex, cette baisse s’inscrit à la tendance
générale au niveau européen et peut s’expliquer par plusieurs facteurs : la dégradation de l’économie
européenne qui réduit le besoin en main d’œuvre ; l’amélioration relative de la sécurité dans certains
pays en guerre, grands pourvoyeurs de réfugiés, comme l’Irak ou la Somalie ; le renforcement de la
surveillance côtière et la collaboration plus étroite avec les pays de transit9.

Déplacement des flux


Quant à la Grèce, la plupart des immigrants clandestins passent en Grèce par la Turquie. Avec
les multiples îles grecques dans la mer Égée qui sont à proximité des frontières turques (Samos n’est
qu’à 1,2 km des côtés turques), la voie maritime était privilégiée pour ceux qui tentaient de rallier
l’Europe par des voies clandestines. Pourtant, l’Europe renforçant la surveillance en mer Egée en
2009, la quasi-totalité des migrants emprunte désormais la route terrestre : le chiffre des détections
des passages irréguliers aux frontières terrestres gréco-turques a presque quadruplé par rapport à
l’année dernière (31.200 en 2010 contre 6.600 en 2009). Au même moment, les îles de l’est de
l’Egée (Samos, Chios, Lesbos) et de la Dodécanèse enregistrent une baisse d’autour de 76 %.

Autour d’Orestiada, une ville aux frontières nord-est gréco-turques, le nombre des migrants en
situation irrégulière a atteint des proportions alarmantes : 120 minimum et 350 maximum
d’arrestations par jour entre mi-septembre et mi-octobre 2010. Ce territoire, pour des raisons
géographiques évidentes, servait de corridor naturel aux masses orientales marchant vers l’occident.
Pourtant, Evros, le fleuve qui sépare la Grèce et la Turquie, constitue un passage parfois mortel pour
les candidates à l’immigration clandestine.

L’Odyssée des voyageurs clandestins et l’Odyssée de la Grèce de maitriser la situation


Pour ceux qui fuient les guerres et la misère de leurs pays, la Grèce est aperçue comme le lien
pour atteindre un hypothétique eldorado européen. La majorité des ces personnes ne veut pas rester
en Grèce, elle espère atteindre d’autres pays de l’UE, tout particulièrement en Europe centrale ou
nordique. Ainsi, des Afghans, des Somaliens, des Palestiniens, des Pakistanais ou encore des
Algériens envisagent leur périple en passant par la Grèce.

Et c’est là l’étape la plus difficile: un voyage éprouvant, souvent effectué de nuit, accompagné
de la peur de l’inconnu, afin de ne pas être arrêté par les autorités, qui veillent. Le voyage est
coûteux, tant financièrement que moralement : il faut rémunérer les passeurs, s’attendre à un
détérioration de sa santé, courir le risque de mourir en mer lors de la traversée. Les immigrés
illégaux, parqués parfois dans des bateaux pneumatiques, prennent le risque de se faire intercepter
par la police aux frontières et d’être discrètement repoussés vers les côtes turques, au mépris du droit
international. Mais, dans nombreux cas, ils tentent à nouveau leur chance. S’ils sont interpellés dans
les eaux territoriales grecques, ils sont soumis à la procédure d’enregistrement : leurs empreintes
digitales sont relevées, puis ils sont placés dans des centres de rétention administrative. Malgré tout,
désormais ils se trouvent sur le territoire de l’Union.

9
http://www.eurosduvillage.eu/Grece-les-nouvelles-routes-de-l,4033.html?lang=fr
22Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Dès lors qu’un étranger a franchi la frontière,


la police ne peut pas l’expulser. Elle est tenue
d’observer les règles relatives à l’entrée irrégulière
sur le territoire grec. Celles-ci autorisent le maintien
des illégaux en détention administrative pour six
mois maximum, le double en cas de dépôt d’une
demande d’asile. Par conséquent, le système d’asile
grec est au bord de l’explosion. Souvent sans aucun
papier d’identité ni aucun moyen de
communication, il n’est pas étonnant que le taux
d’acceptation des demandes en première instance
soit de 0.05%. Or, la surpopulation et les conditions
Un groupe de jeunes migrants retenus au inhumaines des centres de rétention ont été
centre de détention de Pagani, en 2009 maintes fois dénoncées par les ONG et les services
photo : UNHRC - http://www.flickr.com/photos/unhcr/... sociaux. Egalement, on a soupçonné des actes de
torture. Ceci étant, les autorités locales sont en désarroi complet face à l’ampleur du phénomène. Les
policiers se sont donc résignés à délivrer directement aux nouveaux arrivants une injonction à quitter
le territoire avant un mois. Avec ce document, ils peuvent tranquillement poursuivre leur voyage à
travers le pays et tenter de rallier l’ouest du continent, en embarquant pour l’Italie ou en prenant la
route des Balkans.

Patras, grand port de la Grèce occidentale, où transitent chaque jour entre 500 et 900
camions vers l’Italie, est devenu un haut lieu de l’immigration clandestine. « Les immigrés se cachent
n’importe où dans les voitures, les camions, les taxis…, entre les roues s’il le faut, c’est très
dangereux. Ceux qui ont les moyens s’installent dans des box aménagés. Nous essayons d’arrêter les
passeurs, organisés en puissants réseaux » , raconte le capitaine du port, Liourdis Apostolos10.

L’état grec éprouve de réelles difficultés à gérer les effets du phénomène. En vertu du
règlement Dublin II (2003), les Etats appartenant à l’espace Schengen doivent transférer vers la Grèce
tout clandestin qui aurait transité par ce pays. Or, les problèmes sont si nombreux qu’en 2008 le
commissaire aux droits de l’homme du Conseil de l’Europe demandait à ses partenaires de suspendre
leurs transferts au motif que le droit d’asile n’y était pas respecté. Donc, dans plusieurs pays
européens, en Norvège, en Finlande et aux Pays Bas, des juges s’opposent désormais aux retours vers
la Grèce pour la même raison. L’Allemagne et la Suède ont suspendu l’application de la procédure de
Dublin du fait de la déficience du système d’asile grecque.

De surcroît, les Turcs sont souvent accusés de laxisme ou manque de coopération ; ils laissent
filer ces milliers d’étrangers qui, après tout, ne font que traverser son territoire. Lors d’une visite en
Grèce l’été dernier, Jacques Barrot, alors en charge du portefeuille Justice et Affaires Intérieures à la
Commission, est allé jusqu’à évoquer des « complicités » entre passeurs et autorités locales. Au
commissariat d’Orestiada, on accuse la Turquie de ne pas honorer le protocole de réadmission conclu
il y a neuf ans entre les deux pays. Selon les chiffres fournis à Human Rights Watch par la police
grecque, Ankara n’aurait accepté que 2 000 retours sur les 38 000 demandes présentées depuis
l’entrée entre 2002 et 2008. Elle disait que la plupart des dossiers transmis n’offraient pas les
garanties suffisantes. Comme souvent dans les affaires transfrontalières, chaque pays essaie de
reporter sur l’autre la responsabilité des difficultés du moment.

10
http://acturca.wordpress.com/2008/01/07/la-grece-porte-dentree-des-clandestins-en-europe/
23Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Face à tout cela, la Grèce fait appel aux partenaires


européens. Frontex a inauguré le 1er octobre le premier Frontex
Operational Office (FOO) en Pireus, un bureau opérationnel pilote,
afin de renforcer la présence régionale de Frontex et l’efficacité des
opérations contre l’immigration clandestine. En plus, après l’appel
du Ministre grec de la Protection des Citoyens le 24 octobre,
l’Agence a conclu pour la première fois le déploiement des équipes
frontalières d’intervention rapide (Rapid Border Intervention Teams), avec l’avis conforme de la
Commissaire des Affaires Intérieures, Cecilia Malmström. Ces groupes de mandat temporaire sont
constitués des gardes frontières aptes à gérer des situations d’urgence aux frontières extérieures de
l’UE. Le Déploiement PABIT 2010-Grèce va agir notamment à la frontière terrestre avec la Turquie
(Orestiada, Alexandroupolis). D’autres opérations Frontex sont déjà actives dans la région : le
Poseidon 2010 couvrant à la fois des opérations maritimes et terrestres, et le Projet Attica soutenant
les autorités grecques aux opérations de renvois.

Evidemment, l'immigration clandestine est un problème qui a des répercussions importantes


dans toute l’Europe et pas uniquement en Grèce. Aussi a-t-on mis l’accent sur les efforts déployés
pour augmenter l’efficacité des opérations, sur les discours pour des solutions durables et sur la
solidarité au niveau européen. Mais, l’Odyssée est loin d’être finie pour les autorités grecques: la
nécessité d’une réforme du droit d’asile prévue par la Grèce (d’ailleurs soutenue par le Haut
Commissaire des Nations Unies pour les réfugiés), l’impératif de moderniser les centres de rétention,
le besoin de confronter cette vague disproportionnelle d’immigration clandestine et donc de renforcer
les systèmes de contrôle, l’urgence d’approfondir la collaboration entre la Grèce et la Turquie en
matière de contrôles migratoires, sont tous des défis majeurs pour ce pays déjà ballotté par la crise
financière. Entretemps, pour les immigrés irréguliers, la Grèce reste la porte principale d’entrée dans
l’Union Européenne… Bon courage!
24Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

REFLECTIONS SUR L’ENERGIE

Par Angelica Giacomino

La problématique
énergétique est donc
La question énergétique est aujourd’hui
absolument primordiale.
au centre de la géopolitique internationale. En
Les dirigeants mondiaux en ont de plus en plus
effet, les tensions internationales (guerre en
conscience comme le témoigne les multiples
Irak, crises du gaz russe et biélorusse, tension
initiatives lancées de part et d’autre : George
sur les cours des matières premières), la
Bush décide d’ouvrir les ressources
nationalisation des ressources pétrolières
stratégiques nationales américaines et
boliviennes et vénézuéliennes, l’appétit
reconnaît progressivement l’utilité du protocole
toujours croissant de la Chine et de l’Inde pour
de Kyoto, de nombreux dirigeants tentent de
l’énergie, la baisse des réserves
nouer des accords bilatéraux pour sécuriser
internationales, le réchauffement climatique,
leur approvisionnement énergétique, la Chine
sont des facteurs déstabilisants de l’ordre
investit dans les pays africains détenteurs de
mondial. Ces déséquilibres sont d’autant plus
pétrole, les dirigeants internationaux
importants que les économies occidentales
s’accordent pour construire ensemble le
sont toutes fortement basées sur l’énergie,
réacteur ITER (International Thermonuclear
notamment électrique. La hausse des prix de
Experimental Reactor) pour développer une
l’énergie (et surtout du pétrole qui a atteint
énergie nouvelle issue de la fission atomique…
puis dépassé la barre des 75$ par baril en
2010 après des records aux cours des années Le cas de l’Europe est différent :
précédents), laquelle entraîne presque puisqu’elle est dépourvue de stocks d’énergie
automatiquement une hausse des prix des fossile (ceux de la mer du Nord étant très
transports, et donc des matières premières est faibles), l’Europe ne peut compter sur ses
le premier facteur le plus visible de ces ressources propres. Pour cela, de nombreuses
déséquilibres, en attendant de percevoir initiatives ont été lancées par la Commission
visiblement les effets du réchauffement européenne : le Livre vert pour « une énergie
climatique, et de la pénurie annoncée de sûre, compétitive et durable », les initiatives
ressources énergétiques fossiles. Pour le lancées en faveur de l’énergie de la biomasse,
moment, la crise est encore limitée mais celle- les projets lancés pour promouvoir les énergies
ci s’annonce beaucoup plus durable : les renouvelables (CONCERTO)… Cependant, si
réserves diminuent inexorablement pendant l’importance de la question énergétique est
que la demande croît exponentiellement. maintenant avérée pour tous, les décisions
sont encore difficiles à prendre, chacun ayant
une vision différente des initiatives à prendre
25Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

dans le domaine et aucune solution alternative le projet même d’Union européenne : les
réellement viable n’existant pour le moment, différentes stratégies nationales sont trop
malgré les espoirs suscités par le futur différentes pour être aisément mises en
réacteur ITER. La Commission a donc décidé commun, et, l’Europe est encore trop morcelée
de prendre l’initiative en lançant une grande pour arriver à peser de tout son poids sur le
consultation pour développer de nouvelles système mondial. L’Europe doit donc d’abord
idées dans ce domaine. faire face à ses difficultés, qu’elles soient
internes ou externes. Les politiques existantes
Cependant, comme dans d’autres
sont une première réponse mais il existe
domaines, la spécificité européenne tient dans
encore d’autres pistes de développement.

La consommation mondiale d’énergie est en hausse constante depuis environ


25 ans et celle-ci devrait continuer à augmenter d’environ 2% par an jusqu’en
2030, hausse largement tirée par la Chine dont l’augmentation de la
consommation sera de 4,7% annuels.

En 2005 la consommation mondiale a été de 11 milliards de tep , composée


pour plus de 80% d’énergies fossiles.

Les principaux consommateurs d’énergie sont les Etats-Unis, devant l’Asie en


développement et l’Europe.

L’Europe est dépendante à plus de 80% de ses importations d’hydrocarbures


du Moyen-Orient et de Russie.

On a consommé dans le monde autant d’énergie entre 1980 et 2000 qu’entre


1850 et 1980.
26 Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

KiTa und Karriere


Was deutsche Mütter neben der Babypause sonst noch dringend bräuchten…

Die EU-Abgeordneten drängen darauf, den vollbezahlten Mutterschaftsurlaub in allen EU-Staaten


von 14 auf 20 Wochen auszuweiten, um entsprechend einer Initiative der Kommission aus dem
Jahr 2008, die Vereinbarung von Beruf und Familie in Europa weiter voranzutreiben.
Am Mittwoch, den 20. Oktober 2010, stimmten die Abgeordneten trotz des Drucks der
Mitgliedsstaaten, die sich aus finanziellen Gründen gegen diese Reform wehren, für den
Gesetzesentwurf. Das Parlament sieht die Reform nicht als Bürde für das Sozialsystem, sondern
viel mehr als wichtige Investition in die Zukunft.
Für Länder, die Familien bereits die Möglichkeit geben, für eine bestimmte Dauer
familienbezogenen Urlaub zu nehmen, sollen flexiblere Vorschriften gelten. Der ursprüngliche
Vorschlag der Kommission sah einen Mutterschaftsurlaub von 18 Wochen vor, wovon 6 voll
bezahlt werden sollten und in dem für die verbleibende Zeit lediglich eine volle Bezahlung
empfohlen wurde.
Die Abgeordneten sehen in dem Gesetzesentwurf neben der Ausweitung des Mutterschutzes
außerdem eine Verbesserung des Kündigungsschutzes vor, sowie die Garantie, nach dem
Mutterschaftsurlaub in der gleichen oder einer gleichwertigen Position die Arbeit wieder
aufzunehmen. Ebenso sollen Bestimmungen gelten, die den Schutz der Gesundheit von Mutter
und Kind betreffen, wie beispielsweise das Verbot von Überstunden und Nachtarbeit innerhalb
einer bestimmten Zeitspanne vor der Entbindung.

Tatsächlich sind legislative Maßnahmen, die die Geburtenrate ansteigen lassen und es Müttern
ermöglichen, einer Erwerbstätigkeit nachzugehen, dringend notwendig. Zwei Drittel des
Bevölkerungswachstums der EU sind laut des Statistikamts Eurostat auf die Einwanderung aus
Ländern wie Marokko und der Türkei zurückzuführen. Deutschland liegt mit einer Geburtenrate
von 7,9 Kindern pro 1000 Einwohner im Jahr 2009 weit hinter den anderen EU-Mitgliedsstaaten
zurück. Im Vergleich zum Vorjahr ist die deutsche Bevölkerung um 200.000 Einwohner
geschrumpft. Demzufolge liegt das Rentenalter in Deutschland bereits bei 67 Jahren und die
Debatte um die Einwanderung qualifizierter Arbeitskräfte ist von höchster Aktualität. Doch
reicht es tatsächlich, den bezahlten Mutterschaftsurlaub auszuweiten, um Frauen den Spagat
zwischen Beruf und Familie zu erleichtern und der Bevölkerungspyramide wieder auf die Beine
zu helfen?

In der Bundesrepublik sucht man bereits nach effizienten Lösungen, um die Geburtenrate zu
fördern, ohne qualifizierte Mütter vor die Wahl zwischen Karriere und Kindern zu stellen. So hat
das Bundesfamilienministerium vor kurzem eine Initiative für die Verbreitung
familienfreundlicher Arbeitszeiten gestartet. In einer Datenbank können rund hundert
Arbeitszeitmodelle abgerufen werden, von der sowohl die Wirtschaft, als auch Familien
profitieren können.
Die gesetzliche Babypause in Deutschland liegt bei 14 Wochen und entspricht so im Moment
dem Mindeststandard der EU. Was allerdings nötig wäre, um die Situation von berufstätigen
Müttern zu verbessern, sind nicht nur die Ausweitung des Mutterschutzes und das
Entgegenkommen der Arbeitgeber hinsichtlich flexibler Arbeitszeiten, sondern vor allem die
Schaffung neuer Krippen, Tagesstätten und Kindergärten, denn hier herrscht größter Mangel.
Wenn alle KiTa-Plätze schon vergeben sind, bleibt der Mutter nur wenig Spielraum für
Flexibilität.
27 Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Im Jahr 2005 hatte das Deutsche Jugendinstitut (DJI) einen Bedarf an KiTa-Plätzen für 35% aller
Kleinkinder ermittelt. Die Bunderegierung sieht vor, diesen Bedarf bis 2013 zu decken, doch
mittlerweile habe sich laut dem DJI die Nachfrage stark vergrößert, was einen erneuten Mangel
an Betreuungsstätten ankündigt.
Im europaweiten Vergleich liegt Deutschland also nicht nur bei der Geburtenrate ganz hinten,
sondern auch bei der Kinderbetreuung. Frankreich beispielsweise liegt nicht nur im Hinblick auf
die Geburtenrate weit vorne, sondern auch hinsichtlich des Angebots zu Kinderbetreuung. Hier
gehört man nicht zur Ausnahme, wenn man sein Kind schon im Alter von wenigen Monaten in
eine Betreuungsstätte gibt, weil die Mutter berufstätig ist, sondern eher, wenn man es nicht tut.
Häufig scheinen die Deutschen gerade in den alten Bundesländern zu konservativ. Das Bild der
Rabenmutter, die ihr Kind in fremde Betreuung gibt, ist hier noch sehr lebendig, was häufig dazu
führt, dass Frauen sich tatsächlich zwischen Beruf und Familie entscheiden müssen. Unsere
europäischen Nachbarn können darüber nur den Kopf schütteln. Das sonst so fortschrittliche
Deutschland wird bei diesem Thema als rückständig bezeichnet.
Die Ausweitung des Mutterschutzes und die Aussicht auf einen sicheren Wiedereinstieg nach
der Babypause sichert Familien besser ab und könnte sich durchaus positiv auf die
Geburtenrate auswirken, doch ohne ein funktionierendes Netz an Kindertagesstätten ist
tatsächlich anzunehmen, dass die finanzielle Belastung des Staates stark ansteigt und der
Mangel an qualifizierten Arbeitskräften größer wird, da viele qualifizierte Frauen gezwungen
wären, zu Hause zu bleiben. Ein Ausbau der Betreuungsstätten hingegen würde sich auf lange
Sicht sicher auszahlen: Familien hätten ein sicheres und ausreichendes Einkommen, Frauen
müssten sich nicht mehr zwischen Beruf und Karriere entscheiden und der deutsche Staat
würde nicht nur von höheren Geburtenraten profitieren, sondern auch von den vielen gut
ausgebildeten Müttern.

Im Hinblick auf die EU-Gesetzgebung hoffen Mitgliedsstaaten und Wirtschaft nun auf die
Stellungnahme des Rates, um einen Kompromiss zu finden und so weder die Unternehmen,
noch die Sozialversicherungen mit weiteren Kosten zu belasten. Vor allem Deutschland,
Österreich und das Vereinigte Königreich stehen den Reformvorschlägen des Parlaments
abweisend gegenüber. EU-Justizkommissarin Viviane Reding kündigte im Namen der
Kommission an, man wolle eine Lösung finden, die sowohl Müttern ihre Rechte gewähre und sie
nicht vom Arbeitsmarkt verdränge, die aber auch wirtschaftliche Aspekte berücksichtige, um die
Staaten, die sich bereits finanziell in einer prekären Situation befinden, nicht zu stark zu
belasten.

Katharina Triebner
28 Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

Mai 68 quarante ans plus tard: Acquis et limites d’une utopie –

Représentation fictionnelle de biographies caractéristiques

de soixante-huitards dans Nés en 68

rédigé par :

Thilo Werle

Mai 68 quarante ans plus tard: Acquis et limites d’une utopie – Représen-

tation fictionnelle de biographies caractéristiques de soixante-huitards


dans Nés en 68

1) Introduction

Simultanément avec toute une vague de commémorations médiatiques et littéraires faisant


surface à l’occasion du 40e anniversaire du phénomène culturel et social que représente le Mai
68, Nés en 68 sort au cinéma le 21 mai 2008. Dans cette saga originairement conçue pour la
télévision qui parviendra à sa destination finale par sa diffusion sur Arte le 24 oc-tobre 2008, les
réalisateurs Jacques Martineau et Olivier Ducastel qui, pour la première fois de leur carrière, ont
accepté de mettre en scène un projet de commande (pour Arte France), revisitent quatre
décennies d’histoire nationale politique et sociale à travers le des-tin d’une famille de gauche
française, dans lequel se reflètent les événements ainsi que les idéaux de l’époque et traitent
ainsi pleinement les acquis et les limites de l’utopie soixante-huitarde au long du passage du
temps :

À l’aube des années 70, Catherine, une étudiante militante d’origine bourgeoise, et ses deux
amants et compagnons de lutte révolutionnaire Hervé et Yves partent refaire le mon-de et vivre
l’amour libre dans une communauté du Lot. Dans la décennie suivante (années 80), Boris, le fils
de Catherine et Yves, vit sa jeunesse dans une réalité désillu-sionnée et plus sombre. Il est
homosexuel et sa séropositivité le conduira à découvrir une nouvelle forme plus ciblée et
29 Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

efficace du militantisme libertaire dans les rangs d’Act Up-Paris, asso-ciation activiste de lutte
contre le sida. Leur fille Ludmilla, née en 68, est pourtant celle qui contestera le plus l’héritage
de ses parents en choisissant l’éloignement géographique et un mode de vie différent.

Le film représentant l’expression artistique subjective des réalisateurs à propos des


acquis et retombées culturels et sociaux que comprend la notion de l’héritage 68, le but a-
nalytique de ce mémoire consistera désormais à déterminer à quel degré peut être considé-ré
comme réaliste et représentatif le bilan que dressent ces derniers, pour qui le processus
créateur s’est avéré l’occasion de « reprendre possession d’une partie de [leur] existence qui
appartient déjà à l’Histoire »11, concernant cette révolution culturelle.
Dans ce but, ce travail tentera de comparer la représentation cinématographique de
certains jalons historiques et motifs culturels devenus symboliques du mouvement de révo-
lution culturelle, et celle de leurs effets sociaux et culturels à long terme, aux sources histo-
riographiques / scientifiques et aux témoignages portant sur ces sujets, afin de pouvoir tirer de
l’analyse comparative des conclusions sur la pertinence et qualité représentative de l’œuvre
filmique.
Avant de passer à une analyse détaillée du film, il est important de rappeler, tout
d’abord, quelle importance décisive l’événement de Mai 68 a eu en ce qui concerne l’évo-lution
sociale et culturelle de la nation française : Marquant « la fin d’une vie sociale qui remontait au
XIXe siècle »12 et donnant le « signal de l’entrée dans l’âge adulte d’une géné-ration pléthorique
de baby-boomers, avides de trouver leur espace social et leur place au soleil en bousculant
l’ordre établi par leurs pères »13, les événements de Mai 68 ont fonda-mentalement remis en
cause les valeurs et mécanismes d’une société de « modèle autori-taire »14 et bourgeois. À la
fois « révolte étudiante, mouvement ouvrier, crise politique, ré-volution culturelle »15, Mai 68
incarne, jusqu’à ce jour, la revendication catégorique d’une libération individuelle ainsi que
l’aspiration à une liberté collective prônant l’émancipa-tion vis-à-vis de « toutes les formes
d’autorité imposées. »16 Ainsi, les révoltés de l’époque se sont opposés à ce qui aurait pu
représenter une « modernisation [purement] technocra-tique »17 vers la « société post-

11
Ducastel / Martineau, 2008, Interview, dossier de presse d’ARTE (fourni par les réalisateurs), sans page.
12
Capdeville, Jacques (dir.) / Rey, Henri (dir.), Dictionnaire de Mai 68, Paris : Larousse 2008, p.10.
13
Capdeville / Rey, 2008, p.12.
14
Winock, Michel, La Fièvre hexagonale : Les grandes crises politiques de 1871 à 1968, Paris : Éditions du
Seuil 1995, p.359.
15
Capdeville / Rey, 2008, p.17.
16
Capdeville / Rey, 2008, p.13.
17
Capdeville / Rey, 2008, p.15.
30 Barbarie : Revue des civilisations et actualités européennes

industrielle »18 s’opérant loin des citoyens et ont formulé leurs propres valeurs et pratiques de
liberté maximale.
Dans la partie d’analyse, cinq thèmes principaux évoquant ces événements histori-ques
et illustrant, via les biographies des personnages, les processus sociaux et culturels
emblématiques et quasi symptomatiques du phénomène 68 seront analysés sous l’approche
comparative décrite ci-dessus.

Dans l’analyse, partie 2.1) aura pour sujet le phénomène de subculture que représente la vie en
communauté et le retour à la campagne pour lesquels opteront Catherine et ses amis militants
à un moment donné. La partie suivante, partie 2.2), traitera le sujet de la condition féminine à
travers le destin du personnage principal de Catherine, son engagement pour les revendications
du Féminisme radical, ainsi que son auto-réflexion concernant sa lutte. Parties 2.3) et 2.4)
s’intéresseront désormais à la génération suivante, celle des enfants. Ici, partie 2.3) analysera,
à travers le personnage de Ludmilla, le profil d’une nouvelle généra-tion nouvelle manifestant,
par rapport à sa génération parentale, un certain décalage de va-leurs et partie 2.4) sera
consacrée au bilan de la revendication homosexuelle représentée par le personnage de Boris.
Dans partie 2.5), l’analyse traitera, à travers le personnage d’Y-ves, l’auto-réflexion d’une
génération d’anciens soixante-huitards qui semble avoir aban-donné tout combat
révolutionnaire en optant pour un pur repli individualiste.

Finalement, la partie conclusive, partie 3), tentera d’évaluer le bilan final que dressent les
réalisateurs de l’héritage 68 en résumant les résultats des parties d’analyse et en commentant
la façon de procéder qu’utilisent les cinéastes afin de constituer leur propre bilan subjectif.

Retrouvez la suite de ce dossier ici : http://www.cosmopolitburo.com/wp-


content/uploads/2010/11/TRUC-THILO.docx

18
Winock, 1995, p.359.
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