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Noções básicas de como montar a fauna

Escolher a fauna do aquário por vezes é a tarefa mais difícil para se


fazer. São tantos os peixes e invertebrados de tantos tamanhos,
cores, formas, comportamentos... mas que nem sempre se dão bem
no aquário ou um com os outros.

Nesse artigo colocarei algumas dicas gerais, comentários, exemplos


e métodos sobre possíveis faunas para um aquário.

Mas, antes de tudo, é importante fazer uma consideração muito


importante:
- Nunca coloque peixes ou invertebrados em aquários onde a
“ciclagem” não tem sido completada.

Consideração feita, hora de começar!

Os tipos de aquário em relação a fauna:


O aquário pode ser classificado em 3 tipos levando em consideração
a fauna.

Aquários comunitários:
São aqueles que misturam animais que podem coexistir
harmoniosamente, tanto no quesito parâmetros de água quanto no
quesito comportamento, e que não habitam o mesmo ambiente
natural.
Por exemplo: um aquário com Betta (Betta splendens) e Corydoras
(Corydoras spp.) , que é possível já que ambos necessitam dos
mesmos parâmetros de água e tem comportamento pacifico entre
si.

Aquários temáticos:
São aqueles onde se coloca apenas animais de um local distinto.
Por exemplo: um aquário com tetra neons (Paracheirodon axelrodi)
e tetra negro (Hyphessobrycon herbertaxelrodi ), que é possível já
que ambos são nativos dos mesmos rios e tem comportamento
pacífico entre si.

Aquários mono espécie:


São aqueles que apenas tem uma espécie de animal.
Por exemplo: um aquário apenas com kinguios.

Montar a fauna antes ou depois de montar o aquário?


Sempre o melhor a fazer é planejar. Pesquisar sobre a fauna antes
de montar o aquário te dará um leque de possibilidades
infinitamente maior de peixes, pois você poderá fazer as mudanças
necessárias para acomodar os animais que quer. Deixar para
escolher a fauna depois que o aquário ficar pronto limitará suas
opções, pois você só poderá colocar o que se adaptar ao aquário.

É como construir uma casa. Se escolher antes que móveis quer, dá


para construir a casa de modo a tudo se encaixar em seu devido
lugar. Se deixar para escolher os móveis depois, vai ter de se
contentar com o que caber.

Compatibilidade entre os animais:


Nem todos os peixes podem viver juntos. Alguns porque necessitam
de diferentes condições outros por serem agressivos... Aqui alguns
dos aspectos a se prestar atenção sobre a compatibilidade dos
animais.

pH - Todo os peixes vivem em uma faixa de pH especifica, mas essa


faixa varia de peixe para peixe. Logo, para que o aquário fique
confortável para todos, nós temos que escolher animais que vivam
em faixas de pH que tenham pontos em comum.

Por exemplo:
Temos o matogrosso(Hyphessobrycon eques) com uma faixa de pH
que varia entre 5,5 e 7,2.
5,0----5,5----6,0----6,5----7,0----7,5
Temos o acará bandeira(Pterophyllum scalare) com um a faixa de
pH que varia entre 6.0 e 6.8.
5,0----5,5----6,0----6,5----7,0----7,5

As faixas se encontram em valores entre 6,0 e 7,2. Logo, os peixes


serão compatíveis
em um aquário que tenha pH entre 6,0 e 6,8.

Dureza geral - todos os peixes vivem em uma faixa de dureza


específica, mas essa faixa varia de peixe para peixe. Logo, para que
o aquário fique confortável para todos, nós temos que escolher
animais que vivam em faixas de dureza geral que tenham pontos
em comum..
Por exemplo:
Temos o jack dempsey (Rocio octofasciata) com uma faixa de
dureza geral que varia entre 9 e 20dH
7-9-11-13-15-17-19-21

Temos o acará zebra (Amatitlania nigrofasciata) com uma faixa de


dureza geral que varia entre 9 e 20 dH
7-9-11-13-15-17-19-21

As faixas se encontram em valores entre 9 e 20dH. Logo, os peixes


serão compatíveis em um aquário com dureza entre 9 e 20dH

Temperatura - todos os peixes vivem em uma faixa de temperatura


específica, mas essa faixa varia de peixe para peixe. Logo, para que
o aquário fique confortável para todos, nós temos que escolher
animais que vivam em faixas de temperatura que tenha pontos em
comum.
Por exemplo:
Temos o dojô (Ussuria lepocephala) com uma faixa de temperatura
que varia entre 10°C e 25°C
5°C----10°C----15°C-----20°C----25°C----30°C
Temos o acará disco (Symphysodon sp.) com uma faixa de
temperatura que varia de 26°C a 30°C
5°C----10°C----15°C----20°C----25°C----30°C

As faixas não se encontram. Logo são incompatíveis.

Sociabilidade - é a atitude demonstrada pelo peixe para com peixes


da mesma espécie. Podemos classificar em 3 grupos básicos:
Gregário
São peixes que necessitam obrigatoriamente de companhia da
mesma espécie, como bótias e neons. Mantenha sempre em grupos
de 6 ou mais

Indiferentes
São peixes que são indiferentes quanto à presença ou a ausência de
outros da mesma espécie no aquário, como lebistes (Poecilia
reticulata) e platys (Xiphophorus maculatus).

Territorial
São peixes que demarcam um território e não permitem a entrada
de outros da mesma espécie, como bettas (Betta splendens) e
labeos (Epalzeorhynchos bicolor). Para te-los é necessário um
aquário muito grande e com muitas tocas e barreiras visuais.
Também é importante não mistura-los com espécies muito
parecidas com eles mesmo, pois podem confundir-se e acabar
atacando.

Agressividade - é a atitude demonstrada pelo peixe para com peixes


de espécies diferentes. Podemos classificar como:
Pacíficos
Aqueles que não atacam outras espécies, como rodóstomus
(Hemigrammus rhodostomus).

Aqueles que atacam outras espécies, como o apaiari (Astronotus


ocellatus). Nesse caso é só é possível a adição de companheiros em
aquário bem grandes, sendo melhor montar um aquário mono
espécie.

Predatismo - é a atitude demonstrada pelo peixe de caçar, matar e


comer ativamente outro animal. Ou seja, se o peixe é, ou não é
predador. Entretanto, como regra geral, se um animal for muito
menor que o outro, o peixe maior pode comer o outro animal. No
caso de ser:
Predador
Temos que mantê-lo sozinho ou com peixes de porte avantajado,
como arraias (Potamotrygon sp.) e aruanãs (Scleropages spp.).

Não predador
Podemos mantê-los com espécies menores, contanto que não
caibam fácil em sua boca. O acará bandeira (Pterophyllum scalare)
é um exemplo, pois pode ser mantido com vários peixes pequenos,
mas se mantido com neons (Paracheirodon axelrodi) muito
pequenos, pode predá-los.

Compatibilidade dos animais com o aquário


Além de deixar a água com parâmetros fisio-químicos ajustados
para cada grupo de peixes, nós temos que ajustar o aquário para
poder atender a algumas preferências e necessidades dos peixes e
invertebrados, tais quais:

Luz - nem todos os peixes e invertebrados gostam da luz forte que


muitas vezes é colocada em nossos aquários. Quando esse é o caso,
nós temos que tentar propiciar áreas sombreadas, usando plantas
de folhas largas (Anubia spp., Nymphaea spp., Echinodorus spp....),
troncos, pedras e objetos de decoração em geral.

Correnteza - algumas espécies de peixes (como a família dos


Cobítideos/Bótias) necessitam de fortes correntezas dentro do
aquário, outras (como o gênero Betta) não suportam correnteza no
aquário. Você deve suprir essas preferências utilizando bombas,
para aumentar a correnteza, ou pedras e plantas, para acalmar a
água.
Tocas - algumas espécies de peixes preferem ficar entocadas ou se
sentem mais seguras quando tem uma toca para o qual fugir em
situação de estresse. São assim espécies como lábeos e alguns
ciclídeos. Mas lembrem-se que toca não precisa ser
necessariamente uma “caverninha”. Podem ser um conjunto de
troncos, pedras, enfeites... enfim, algo que proporcione segurança
ao peixe

Plantas - algumas espécies de peixes necessitam de plantas no


aquário. É o caso de vários peixes de superfície, como a borboleta
(Carnegiella strigata ), que são famosos pelos seus pulos para fora
do aquário, mas que tem essas “aventuras no seco” reduzidas
quando há plantas de superfície para lhes proporcionar a sensação
de segurança.

Troncos - algumas espécies de peixes, em principal loricarídeos


(cascudos) herbívoros, tem o hábito de se “alimentar” de madeira, e
necessitam de troncos no aquário.

Filtragem - algumas espécies de peixes são especialmente “sujões”.


Nesses casos, a clássica regra que diz que o filtro externo deve
movimentar 5 vezes o volume do aquário por hora é inválida. É
exemplo o kinguio (Carassius auratus) que necessita de filtragens
super-dimensionadas para processar todos os seus excrementos!

Tamanho do aquário
Embora seja uma subdivisão de “Compatibilidade dos animais com o
aquário”, esse item ganha um tópico simplesmente por ser o
parâmetro essencial, inalienável e limitante na hora da escolha da
fauna. Em um aquário pode haver todos os parâmetros
anteriormente descritos corretos, mas se o aquário for muito
pequeno todos os peixes sofrerão graves consequências. Entre as
consequências a principal é a atrofia, processo irreversível onde o
organismo do animal se deforma interna e externamente.
Sempre pesquise muito e em várias fontes sobre o tamanho de
aquário mínimo para cada espécie.
E sempre que houver informações conflitantes tome como correto o
que indicar um tamanho maior de aquário. Um aquário bonito não é
aquele entupido de peixinhos, é o aquário onde os animais estão
saudáveis e, portanto apresentando o máximo de suas cores.
Lembre-se quanto maior o aquário, melhor para o peixe.

Distribuindo os peixes pela altura do aquário


É importante na hora da escolha da fauna é importante escolher
peixes que nadem em diferentes alturas do aquário, para, assim,
não deixarmos o aquário com um aspecto vazio e para permitir aos
peixes terem uma zona livre de natação.
Podemos observar as diferentes alturas do aquário, ou zonas de
natação, nessa foto:

Nota-se 3 divisões:
Superior - próximo à superfície da água. Peixes que vivem nessa
zona tendem a ter a boca voltada para cima e as “costas” baixas,
como a Borboleta (Carnegiella strigata ) e a Molinésia Preta (Poecilia
sphenops)

Meio - na altura média entre a superfície e o substrato, como


rásboras (rigonostigma sp.; Boraras sp.; Rasbora sp;)

Fundo - próximo à superfície do substrato. Em aquários com altura


baixa tende a se fundir com a zona do meio, como o Neon
Verdadeiro (Paracheirodon innesi).

Além dessas é possível classificar também como:


Associado ao substrato, ou demersal, que são peixes que vivem em
contato direto com o substrato, como dojos (Misgurnus
anguillicaudatus ) e coridoras (Coydoras sp.). Esses peixes tendem a
ter a boca virada para baixo e a apresentar barbilhões.

Eu aconselho a ter apenas uma espécie por zona em aquários até


100l, para não haver super-lotação e concorrência por espaço para
natação.

Quantidade de peixes por aquário


Esse é um ponto difícil de explicar, mas me deparei com uma
“regrinha” que pode ser tida como base.
Segundo li é uma sugestão dada pela empresa alemã Sera, que diz:

peixes de 2 à 5cm: 1,5 litros/cm


peixes de 5 à 9cm: 3 litros/cm
peixes de 9 à 20cm: 4 litros/cm
peixes acima de 20cm: 8 litros/cm

Funciona bem para peixes cardumeiros, como caracídeos (tetras) e


ciprinídeos (barbus e rásboras), mas cuidado com peixes agressivos!
Mantenha apenas um por aquário ou segundo a recomendação
encontrada nas fichas de manutenção da espécie.
Mas sempre preste atenção ao tamanho mínimo de aquário
necessário para cada espécie, e nunca as mantenha em volume
menor.

E prefira manter a população abaixo do limite. Ao contrário do que


muitos pensam, não é desperdício, é investimento na qualidade de
vida dos animais que ali estão.

Colocando a fauna no aquário


Nunca coloque a fauna toda de uma vez! Isso pode sobrecarregar o
sistema de filtragem que não está preparado para tanta matéria
orgânica (cocô e excretas dos peixes).
Planeje para colocar a fauna aos poucos, ao longo de meses.

Por exemplo:
Em um aquário de 100l terei como fauna 8 neons (Paracheirodon
axelrodi) e um apistograma (Apistogramma sp.).
Após a ciclagem feita, os parâmetros de água ajustados e o aquário
ajustado inicio colocando 4 neons.
Aproximadamente 4 semanas depois, com a filtragem já ajustada á
carga biológica aos peixes que estão no aquário, coloco mais 4
neons.
Mais 4 semanas depois coloco, por fim, o apistograma e assim
completo a fauna.

E lembre-se de sempre fazer o aclimatização do animal no aquário e


de fazer a quarentena nos animais que forem adquiridos depois!

Espero que esse artigo possa ser útil a todos os iniciantes que
precisarem de uma base na hora da escolha da fauna.
Na dúvida, consulte sempre o fórum.

Foto: Eliziário Alexandrino


Fonte: Era de Aquários, Aquaflux, AqOl
Autor: Gabriel Freitas (13/01/2011)

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