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João – Jesus, o Logos

“A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a
revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai.” (Jo 1.14 -
NTLH)
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai” (Jo 1.14 - RA)

Objetivo
Apresentar Jesus com o Logos e o que o conceito implica no ministério de Jesus.

Introdução
O evangelho de João possui características bem diferentes dos demais. O evangelista propõe-
se produzir fé e com este objetivo e as necessidades de seus leitores em mente, ele dá forma ao seu
testemunho. Como acontece com muitos outros aspectos do evangelho de João, a sua estrutura básica
parece bastante simples até que se comece a pensar com maior profundidade a respeito. Numa
primeira olhada o quarto evangelho apresenta um prólogo (1:1-18) e um epílogo, ou apêndice (21:1-
25), entre os quais acham-se as duas seções centrais, 1:19-12:50 e 13:1-20:31. Estas seções são
separadas pela certeza de que o tempo tinha chegado ou não. Na primeira seção veremos Jesus com
a consciência que o tempo não havia chegado. Na segunda seção, a certeza de que o tempo havia
chegado.

1. O Λόγος (Logos – 1.1-19):


João destaca a nota cristológica, em sua introdução, ao chamar Jesus de Logos. Ele apropriou-
se de um termo amplamente conhecido, tanto no mundo helenístico como no judaico, com a finalidade
de postular a importância de Cristo. A idéia remonta aos tempos do filósofo Heráclito. Ele ensinou
que todas as coisas estavam em um determinado curso, e que nada permanece da mesma maneira. O
Logos, por trás de qualquer mudança duradoura, é que faz com que o mundo se torne um “cosmos”
em todo ordenado.
O Logos, também, era um dos elementos mais importantes na teologia estóica. Ele fornece a
ordem racional do universo e provê o padrão para a conduta e para a adequada ordenação da vida
para o homem racional.
Filo, um judeu Alexandrino (20 a. C. – 42 d. C.), assumiu a responsabilidade de unir a religião
judaica com a filosofia helenística. O conceito é utilizado por Filo em aplicações diversas, a fim de
prover um conceito de um mediador entre o Deus transcendente e o universo, um poder imanente
ativo na criação e revelação.
O Logos desempenhou também um papel na literatura Hermética. Da luz veio um Logos
divino, como um poder criador e formativo, que separava o elemento inferior do superior. O Logos
Hermético é a expressão ativa da mente de Deus.
A palavra de Deus proferida na criação, expressa por intermédio dos lábios dos profetas e na
lei, tem um certo número de funções que podem muito bem ser comparadas com aquelas atribuídas
ao “Logos” de João. O conceito de sabedoria personificada também fornece um contexto judaico para
o conceito de Logos. A sabedoria emanou de Deus para habitar em Israel e torná-la o povo de Deus.
A questão importante é o uso teológico que João faz do conceito de Logos, e esse uso, por ser
peculiar, não encontra paralelos, quer na filosofia helenística quer no pensamento judaico.
O primeiro e o mais importante significado é a preexistência de Jesus, que é o Logos. “No princípio”.
A preexistência de Jesus é refletida em várias passagens de seu próprio ensino (8:58; 17:5). Em
segundo lugar, João utiliza a ideia para afirmar a divindade de Jesus Cristo. O Logos estava com
Deus, e o Verbo era Deus. Da forma como está, ele está declarando que tudo o que o Verbo é, Deus
é; porém ele implica em que Deus seja mais do que o Verbo. Em terceiro lugar, João afirma que o
Logos foi o agente da criação. Em quarto lugar, termos a surpreendente declaração de que “o Verbo
se fez carne” (1:14). A palavra traduzida como habitar (“eskēnōsen”), ou “tabernacular”, é uma
metáfora bíblica para indicar a presença de Deus. O quinto significado do vocábulo “Logos” é que
Ele veio em carne como o revelador.
Mesmo sendo usado apenas no epílogo, o conceito está em todo o evangelho.

2. O Logos nos Sinais:


Outro aspecto peculiar de João é a estreita relação que ele tem uma metodologia. O evangelista
não está preocupado em contar uma história cronologicamente fiel, mas em apresentar uma
cristologia. Para que isto seja evidente, ele apresenta sete sinais e Jesus sete vezes falando “Eu sou”.
Usamos a expressão sinais e não milagres em João porque eles apontam para algo maior. Os milagres
não possuem fim em si mesmo, eles apontam para as afirmações de Jesus e para o grande sinal da
ressurreição.
2.1. Jesus, o Logos senhor da religião (2.1-11):
O primeiro sinal é feito em uma festa de casamento. Jesus é convidado à socorrer a festa que
iria acabar por falta de vinho. O vinho em uma festa judaica é símbolo da alegria; sem ele não há
festa. O grande segredo deste sinal está no v. 6. A água usada para o sinal é a água da purificação, um
ato fundamental para o cumprimento da cerimônia religiosa judaica (Mc 7.1-4). Jesus usa esta água
e a transforma em um vinho melhor (v. 10). Temos o primeiro sinal: Ele é o senhor da religião.
2.2. Jesus, o Logos senhor da fé (4.46-54):
Jesus volta a Caná e se depara com um oficial do rei. Seu filho está doente, a beira da morte.
Ele roga a Jesus para que curasse o seu filho e Jesus diz: “Teu filho vive”. O segredo está no v. 50 e
53 quando João escreve “O homem creu na palavra” e ele “reconheceu ser precisamente a hora em
que Jesus lhe dissera”. O sinal não está ligado ao toque, ao que se faz, mas a fé. Ele é o senhor da fé!
2.3. Jesus, o Logos senhor dos dias (5.1-18):
Agora estamos no tanque de Betesda, que significa casa de graça, junto a porta das ovelhas.
Diversas ovelhas, sem pastor, estão no aguardo de um ato de graça: um anjo que desce e move as
águas e o primeiro que se joga recebe um milagre. É sábado, dia sagrado dos judeus, e Jesus se depara
com um homem que está há 38 anos aguardando um milagre. Jesus o cura e gera uma grande revolta.
Temos dois segredos: o sábado e os 38 anos, tempo que levou para toda uma geração morrer no
deserto (Dt 2.14,15). Jesus está dizendo a eles que ele é o Senhor dos dias!
2.4. Jesus, o Logos senhor dos pães (6.1-15):
Diante de uma multidão faminta, Jesus multiplica poucos pães e peixes, e todos saem saciados
e ainda sobram doze cestos. O sinal faz com que aquela multidão reconheça que ele “é,
verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo” (v. 14). Este é claramente um comparativo com
o maná do deserto. Ele assim mostra que é o Senhor dos pães!
2.5. Jesus, o Logos senhor do tempo (6.16-21):
Uma tempestade assola o barco, gerando temor no coração dos discípulos ao ver Jesus no
meio do mar. Mas ao ouvirem a sua voz, receberam em seu barco e ele chegou ao destino. Homens
assustados com o mar, se acalmam diante do controle que Jesus tinha sobre as adversidades. Ele é o
senhor do tempo!
2.6. Jesus, o Logos senhor das enfermidades (9.1-12):
O sexto sinal acontece diante do questionamento dos discípulos: quem pecou? Havia uma
ideia de responsabilidade coletiva pelos pecados. Cria-se que o que ficava oculto um dia apareceria,
mesmo que nos seus filhos. Jesus, então, diz que era uma grande oportunidade de as obras de Deus
serem manifestas. Uma enfermidade “incurável”, de nascença, curada pelo Mestre. Ele é o senhor das
enfermidades!
2.7. Jesus, o Logos senhor da morte (11.1-44):
O último sinal mostra o poder de Jesus sobre a vida e a morte. As afirmações de Marta e Maria
ao encontrar Jesus “Senhor, se estiveras aqui” (v. 21 e 32) e depois da ordem de remover a pedra, “já
cheira mal, porque já é de quatro dias” (v. 39), demonstram a falta de esperança. A morte já tinha
estabelecido um fim, já eram 4 dias, mas Jesus é o Senhor da morte!
Esse sinal resulta na perseguição contra Jesus (11.46-53), dando razão ao que Jesus temeu quando
sua mãe lhe pediu para fazer o primeiro sinal: realizar sinais atrairia para si ódio e ele seria morto. A
história de Lázaro levava outras pessoas a crerem em Jesus, o que fazia com que o próprio Lázaro
fosse perseguido (12.9-11).

3. O Logos nas Palavras:


Ao dizer “Eu sou”, Jesus trouxe para si a expressão usada por Deus para se apresentar a Moisés na
sarça ardente: “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). A cada apresentação sua como Eu Sou, mais os
conspiradores se enfureciam contra Ele. Ele é o Logos, o verbo; Ele é!
3.1. Eu sou o Pão da Vida (6.35):
O maná (Dt 8.3) do deserto e os pães da multiplicação saciavam a necessidade física pelo
alimento, mas não supriam a necessidade espiritual. Jesus é o pão que desce do céu; é o alimento que
preenche o interior.
3.2. Eu sou a Luz do Mundo (8.12):
Na festa dos tabernáculos, quatro enormes candelabros com lâmpadas de azeite iluminavam
a área do templo, que simbolizavam a coluna de foto com que Deus guiou o povo pelo deserto (Êx
13.21). Jesus não é a luz passageira do deserto, Ele é a luz da vida.
3.3. Eu sou a Porta para as Ovelhas (10.7):
Quando em meio ao deserto o pastor encontrava um lugar de descanso, como uma caverna,
ele levava as ovelhas para dentro e se colocava como porta para protege-las. Nada entrava e nem saia
sem a sua autorização. Jesus é a porta por onde todo aquele que desejar salvação precisará passar.
3.4. Eu sou o Bom Pastor (10.14):
O pastor enfrentava qualquer desafio para proteção das suas ovelhas, o seu maior bem. Ser
pastor não era uma profissão muito reconhecida, eles ficavam relegados aos campos, sem que
ninguém visse o trabalho para manter as ovelhas vivas. Jesus é o bom pastor que, além de nos
proteger, morre para que suas ovelhas possam viver.
3.5. Eu sou a Ressurreição e a Vida (11.25):
Esta afirmação é dada antes da ressurreição de Lázaro. No sinal, ela tem a conotação para
aquele momento e para a eternidade. Marta compreende isto e diz: “Eu sei que ele há de ressurgir na
ressurreição, no último dia” (v. 24). Mas Jesus tem poder tanto sobre a morte física como sobre a
morte espiritual.
3.6. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (14.6):
Os discípulos ficaram entristecidos após as palavras de Jesus sobre a traição e sua morte.
Diante disto, o Mestre os encoraja dizendo que é o caminho que leva à Deus, a verdade que liberta e
Ele dá a vida eterna a todos que o receberem. A história não acaba ali, ele já tem preparado um lugar
para os seus discípulos.
3.7. Eu sou a Videira Verdadeira (15.1):
A sua última declaração de identidade vem cheia de significado. A ceia estava no fim e Jesus
tem sua última mensagem aos discípulos. Israel é retratado no Antigo Testamento como a videira que
Deus tirou do Egito e plantou na terra prometida, mas que em muitos momentos deixou de dar o fruto
esperado. Agora, Jesus explica que na verdade Ele é a videira que cumpriu o propósito de dar fruto e
que agora há um novo Israel, os ramos.

Conclusão
João é um evangelho cheio de segredos a serem explorados. Estas são apenas algumas dicas
para que você vá a fundo e descubra Jesus como o Logos, o verbo, a palavra de Deus!

Aplicação Prática
Explore os segredos do evangelho de João e a resposta filosófica de João por meio do Logos.

Vocabulário
Bibliografia
BROWN, Colin; COENEN, Lothar (org.). Dicionário Internacional de Teologia do Novo
Testamento: Volumes I e II. São Paulo: Vida Nova, 2000.
CHAMPLIN, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 8a. Edição, São Paulo:
Editora Hagnos, 2006.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Volume V,
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Bíblia de Estudo Almeida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento interpretado: versículo por versículo: Volume
I . 1a. Edição, São Paulo: Editora Milenium, 1983.
Manual Bíblico SBB. Tradução de Lailah de Noronha. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
2a. edição revisada, 2010.
HASEL, Gerhard. Teologia do Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Academia Cristã, 2007.
LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2003.

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