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ERGONOMIA
1.1 - ERGONOMIA:
DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS:
DEFINIÇÕES GERAIS:
Outra definição de cárater geral e hoje em dia a mais aceita para Ergonomia é:
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O HOMEM:
Características físicas, fisiológicas e sociais dos trabalhadores, influências do
sexo, idade, treinamento e motivação.
A MÁQUINA:
Todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, como
equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações.
O AMBIENTE:
Características físicas do ambiente que envolve o homem durante o trabalho,
como: temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros.
A INFORMAÇÃO:
As comunicações entre os elementos de um sistema, a transmissão das
informações, o seu processamento e a tomada de decisões.
A ORGANIZAÇÃO:
Representa a conjugação dos elementos citados no sistema produtivo,
analisando aspectos como horários, turnos de trabalho, formação de equipes,
políticas de recursos humanos, etc.
CONSEQÜÊNCIAS DO TRABALHO:
Questões de controle, como tarefas de inspeção, estudo de erros e acidentes,
estudos sobre gastos energéticos, saúde, fadiga e stress.
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Podemos citar uma frase da Mercedes-Benz, que bem ilustra as posições
dessa linha da ergonomia:
“Se você não entender nossos conceitos de ergonomia, tudo bem, seu corpo
entenderá”.
Em princípio, o mesmo ergonomista poderá vir a ser chamado para atuar sobre
qualquer uma das duas linhas, porém com a especialização, a bibliografia
apenas excepcionalmente trata das duas abordagens.
b) Ergonomia do produto:
Concepção e “design” de produtos de consumo elevado, individual ou coletivo.
Métodos de análises das expectativas e necessidades do grande público.
Como conciliar os obstáculos comerciais e as exigências ergonômicas.
c) Transferência de tecnologia:
Metodologia e análises visando a superação das grandes diferenças sócio-
técnicas entre os países industrializados e os em via de industrialização, ou
entre regiões mais ou menos industrializadas dentro de um mesmo país.
d) Diálogo entre homem e computador:
Concepção de interfaces e apoios informáticos. Apresentação de resultados.
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g) Trabalho em condições extremas:
Trabalho em isolamento, ambientes muito restritivos, comportamento dos
operadores em situação de catástrofe.
h) Riscos no trabalho:
Incidências das transformações tecnológicas sobre a saúde e segurança.
Patologias e doenças profissionais, posições desconfortáveis, LER, efeitos a
longo prazo.
i) Trabalho e tempo:
Trabalho em turnos, trabalho de fim de semana, distribuição do tempo.
Feriados e repousos.
MEDICINA DO TRABALHO:
A ergonomia francesa e a britânica nasceram da medicina do trabalho. Existe
uma pequena linha de fronteira entre ambas
MEDICINA SAÚDE
DO DO
TRABALHO TRABALHADOR
ERGONOMIA
SAÚDE PRODUTIVIDADE
DO
TRABALHADOR
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FISIOLOGIA:
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL:
A psicologia experimental pode ser considerada a mãe da ergonomia. Atua
como valiosa fornecedora de dados com relação a teorias, modelos, métodos e
resultados.
LÓGICA E DIDÁTICA:
Lógica Refere-se a como as pessoas raciocinam e não como
deveriam raciocinar.
Didática Refere-se a como os alunos aprendem, para assim então
poder ensinar.
Permitem à ergonomia um melhor entendimento das compreensões e
incompreensões dos trabalhadores.
PSICOLOGIA DO TRABALHO:
Pode ser subdividida em três categorias:
ERGONOMIA
PSICOLOGIA ERGONÔMICA
(Métodos de análise do trabalho)
SOCIOLOGIA DO TRABALHO:
*Não objetiva a modificação das situações de trabalho
*Generalizações macro s/a evolução, relações profissionais, habilitações,
empregos e ideologias de trabalho.
1.2 - PRODUTIVIDADE:
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Dentro da visão de um gerente de produção Taylorista:
QUANTIDADE PRODUZIDA
PRODUTIVIDADE =
TEMPO GASTO PARA PRODUZIR
Na visão de um empresário:
LUCRO BRUTO
PRODUTIVIDADE =
INVESTIMENTO REALIZADO
TOTAL PRODUZIDO
PRODUTIVIDADE =
RECURSOS GASTOS NA PRODUÇÃO
QUANTIDADE PRODUZIDA
Pela OIT: PRODUTIVIDADE =
QUANTIDADE DE RECURSOS
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“Uma equipe trabalhará bem apenas se o mais alto desempenho for obtido dos
indivíduos que a compõe”.
Seguindo essa linha de raciocínio, é fácil perceber que os processos
participativos, por proporcionarem resultados que melhor representam o
coletivo, tem sido cada vez mais freqüentemente seguido pelas organizações,
a fim de atingirem níveis de produtividade que permitam ser competitivas.
***PROPORCIONALIDADE DIRETA***
QUALIDADE
DE
VIDA
TRABALHADORES
NA
DECISÃO
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* TRABALHO EM EQUIPE E COLABORAÇÃO
* TRABALHO DESAFIADOR E SIGNIFICATIVO
* SEGURANÇA E SAÚDE PARA O TRABALHADOR
* SEGURANÇA NO EMPREGO
***PROPORCIONALIDADE DIRETA***
PRODUTIVIDADE
QUALIDADE
DE
VIDA
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SITUAÇÃO NORMALMENTE ENCONTRADA:
Hb
Hb
empresa
Hb
Hb
sociedade
1.3 - TRABALHO:
DO LATIM POPULAR:
Trabalho vem de “TRIPALIUM”, que era um instrumento de tortura e
constrangimento.
Trabalhar vem de “TRIPALIARE”, que significa torturar com o “tripalium”.
CONTRADIÇÃO SECULAR:
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Segundo OMBREDANCE e FAVERGÉ (1955):
Segundo MARX:
“O trabalho é primeiramente um ato que se passa entre o homem e a natureza.
O homem desenvolve em relação à natureza o papel de uma potência natural.
As forças cujo seu corpo é dotado, braços e pernas, cabeças e mãos, ele as
coloca em movimento a fim de se apropriar das matérias, lhes dando uma
forma útil à sua vida”.
a) Relacionamento Homem-Trabalho:
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Século XIX: O operariado luta por sua sobrevivência. Sobreviver significa ao
operário, não morrer. Esta época é marcada na relação homem-trabalho, por
pesadíssimias jornadas de trabalho, de até 16 horas/dia, inserção no mercado
de trabalho de crianças de até 7 anos, salários irrisórios que não suprem as
necessidades básicas dos trabalhadores; gerando a subalimentação, a
moradia em pardieiros, a promiscuidade e a longevidade reduzida. A ameaça
do desemprego põe em risco toda a família. A luta pela saúde confunde-se
com a luta pela própria sobrevivência. O movimento operário torna-se muito
atuante, pois uma carga de trabalho elevada leva a uma incapacidade precoce
para o trabalho, condenando desta maneira o operário e sua família a morte. A
palavra de ordem nesta época é a “redução da jornada de trabalho”.
Do início do século até 1968: Esta fase é marcada por duas guerras
mundiais e pela implantação, no início do século, da “Organização Científica do
Trabalho”, concebida pelo engenheiro Frederick W. Taylor. A Organização
Científica do Trabalho, prega a sub-divisão do trabalho, o rígido controle para a
execução das tarefas, a separação do trabalho em sí; em quem planeja
(direção) e quem executa (operário), extraindo desta forma o saber do
trabalhador. A conseqüência mais nefasta do Taylorismo, entre tantas, pode
ser apontada como a neutralidade da atividade mental dos trabalhadores,
devido a “imbecilização” das tarefas e a grande repetição das mesmas,
transformando os operários em autômatos desprovidos de vontade, anseios e
necessidades. Com isto, o corpo do operário aparece como receptor do
primeiro dos prejuízos do trabalho.
Após 1968: inicia-se uma nova etapa, marcada em 1968 pelas lutas sociais
contra a alienação, contra a organização de trabalho neurotizante, sendo o
trabalho considerado como causa principal da alienação. Esta época também é
marcada pelo desmascaramento do Taylorismo no terreno econômico, através
de greves, operações-padrão, absenteísmo, “alergia ao trabalho”; e também no
terreno ideológico, tendo sido considerado desumanizante e fator principal da
alienação da classe operária. Surge nessa época a análise da organização do
trabalho, e a relação global de saúde-trabalho inclui a variável saúde mental.
Surge também a psicopatologia do trabalho, estudando as conseqüências
psíquicas e mentais advindas da organização do trabalho.
Podemos resumir assim as três etapas de lutas operárias em sua relação com
o trabalho:
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LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA - JORNADA DE TRABALHO
Na Construção Civil, por exemplo, face aos constantes perigos a que estão
expostos freqüentemente os trabalhadores, e às precárias condições e
equipamentos de segurança do trabalho, a categoria criou uma ideologia
defensiva coletiva, que é a de se ignorar e menosprezar os perigos da
profissão, assumindo uma postura de operários “sem medo”, os quais não
necessitam de quaisquer equipamentos de segurança para executar seu
trabalho. Essa ocultação voluntária e coletiva da angústia e do medo, faz com
que o indivíduo se supere pelo desafio, porém traz conseqüências marcantes
ao desgaste psicológico do trabalhador, sem contar o elevado número de
acidentes, com graves conseqüências, que essa “inconsciência voluntária”
acarreta.
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exagerado, da sensação de serem seres superiores com relação ao restante
dos homens. Essa ideologia defensiva porém, transforma os “operários da
aviação de caça” em seres anti-sociais, egocêntricos, narcisistas, manifestando
neles inclusive o homossexualismo latente.
b) Ergonomia:
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_ sua memória não funciona como a de um computador;
_ os riscos a que está submetido no trabalho não são análogos aos de um
dispositivo técnico, apesar de termos análogos aplicados ao Homem e à
máquina: fadiga, desgaste, envelhecimento, polias, válvulas, juntas, bombas,
tubos.
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No Renascimento, Ramazzini, 1777, estuda as doenças venéreas nas
parteiras, as úlceras de pernas e os desmaios nos mineiros provocados pelo
calor, a ruptura de vasos na garganta de cantores e os distúrbios visuais nos
ourives.
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Vaucanson (Jacques de Vaucanson – 1709/1782), na metade do século XVIII
projeta autômatos que encanta, inclusive, os reis. Os autômatos na época,
eram chamados de “patos mecânicos”.
A ergonomia
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Na Europa:
1949 Ergonomics Research Society (U.K)
1961 Associação Internacional de Ergonomia
Nos Estados Unidos houve muito ceticismo, porém esse panorama mudou
quando o Departamento de Defesa Americano começou a apoiar e incentivar
pesquisas na área, as quais se deram principalmente no aperfeiçoamento de
aeronaves, submarinos e pesquisa espacial. Só recentemente a “human
factors” começou a ser aplicada, em maior grau, na indústria não bélica.
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racionalização do processo produtivo, isto é, através da implantação de um
“método científico” de administração e direção das indústrias.
A partir dessas idéias centrais, Taylor publicou em 1911, seu principal livro,
“Principles of Scientific Management”, detalhando toda sua teoria, enfatizando
claramente a separação entre quem planeja e quem executa as tarefas, a
dominação da classe dominante sobre a operária, e todos os parâmetros
envolvidos na organização do trabalho.
Primeiro princípio:
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Desta forma, se extrai a capacidade criativa (cognitiva), do trabalhador,
fazendo-o executar mecanicamente as tarefas estipuladas e padronizadas,
sendo possível com isto, se calcular o tempo necessário para a execução de
cada tarefa e tornar este tempo totalmente controlável pelos superiores
hierárquicos (cronometragem). Assim, quem define o método de trabalho mais
conveniente e mais rentável da execução do trabalho é a direção da empresa,
confirmando assim a apropriação do saber operário pelo capital.
Segundo princípio:
Terceiro princípio:
Quarto princípio:
Taylor era consciente de que haveria muita resistência e reação com relação a
aplicação de sua teoria, e foi muito hábil na implantação de elementos que
tornariam o ambiente da fábrica favorável a suas idéias. Para isso, uma das
medidas implantadas foi a adoção de salários por peças e prêmios por
produtividade, instaurando nas fábricas a competitividade e acabando com a
“indolência” que havia anteriormente como mecanismo de defesa e
solidariedade. Outra medida foi a caracterização de sua teoria como “ciência”,
e assim sendo, não passível de contestação e refutação, sendo que isto
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forneceu grande legitimidade ao método Taylor. A criação da figura
estereotipada do “operário padrão” como modelo a ser seguido por todos para
se atingir o sucesso. A implantação de medidas compensatórias e
paternalistas por parte das direções, como locais de lazer para os operários,
moradias operárias e alimentação nas fábricas, também contribuíram para que
o operário se sentisse muito “grato” para com a empresa, e assim sendo, a
extração da “mais valia” por parte do capital e também o controle maior sobre o
operário, inclusive sobre sua vida privada, se tornaram muito facilitados.
Convém citar que estas medidas compensatórias alternativas foram muito
férteis na Itália fascista (Dopolavoro) e na Alemanha nazista (Departamento de
Beleza do Trabalho), tornando-se desde meados dos anos 20 em elementos
de extensão das fábricas que até hoje permanecem, sendo inclusive pontos
defendidos pelos Sindicatos e pela ergonomia contemporânea.
Alguns autores afirmam que Taylor foi o primeiro “ergonomista” deste século,
pois embora esta afirmação pareça, a primeira vista, uma verdadeira
aberração, notamos que quando se implanta algo novo, algo que altere
significativamente o relacionamento e comportamento humano em qualquer
área, os mecanismos de defesa se aprimoram, a solidariedade aumenta, os
estudos a respeito se incrementam, e as conquistas sociais acontecem.
Podemos comparar o ocorrido no Brasil durante o regime da ditadura militar
(1964-1985), onde foi a época em que a resistência em busca da liberdade
perdida deu ao país as pessoas mais preparadas, intelectualizadas e
politizadas que temos hoje em nosso meio.
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Podemos ilustrar algumas diferenças entre o Taylorismo e a ergonomia, pela
relação esquemática a seguir:
produtividade
TAYLORISMO ERGONOMIA
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Capítulo 2 - FISIOLOGIA E MECÂNICA DO TRABALHO:
FUNÇÃO NEUROMUSCULAR
COLUNA VERTEBRAL
METABOLISMO
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS QUE VISÃO
INFLUEM NO TRABALHO: AUDIÇÃO
SENSO CINESTÉSICO
FUNÇÃO NEUROMUSCULAR:
Músculos:
ESTRIADOS / ESQUELÉTICOS
DO CORAÇÃO
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Os músculos estriados são os responsáveis pela execução dos movimentos e
de trabalhos realizados conscientemente pelo homem.
CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA
MOVIMENTOS MUSCULARES
CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA
(DISTENSÃO)
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COLUNA VERTEBRAL:
Sendo a coluna vertebral uma peça muito delicada, ela está sujeita a diversas
deformações, que podem ser congênitas ou adquiridas.
Deformações adquiridas durante a vida: São devido a esforços físicos, má
postura no trabalho, deficiência da musculatura de sustentação e processos
infecciosos, e as principais são: Escoliose, Cifose e Lordose.
METABOLISMO:
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(transf. Calor
química) (oxidação)
ALIMENTAÇÃO COMBUSTÍVEL ENERGIA CO2
H2O
METABOLISMO
Essa energia produzida pelo organismo deve ser suficiente para fazer com que
a pessoa esteja apta a: Manter-se viva e
executar atividades.
SOBREVIVÊNCIA (Basal)
ENERGIA (ALIMENTAÇÃO)
ATIVIDADES (Trabalho)
VISÃO:
CÂMARA OLHO
Características da visão:
A visão apresenta algumas características particulares que são muito
importantes para o desempenho do trabalho humano,quais sejam: Acuidade
Visual, Acomodação e convergência e Percepção das cores.
Acuidade Visual:
É a capacidade para bem distinguir pequenos detalhes.
Depende principalmente da iluminação e do tempo de exposição.
Acomodação e convergência:
Acomodação: É a capacidade do olho em focalizar objetos à várias distâncias.
(Miopía e hipermetropia).
Convergência: É a capacidade dos olhos de se movimentarem
coordenadamente para focalizarem o objeto. (Strabismo). Dependem
principalmente da musculatura dos olhos.
Percepção de cores:
É a capacidade da visão em conseguir distinguir as cores, isto é, em enxergar
radiação de diferentes comprimentos de onda. (Daltônicos).
O olho humano é sensível à radiações que variam de 0,4 a 0,75 .
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Spectro eletromagnético para a luz visível:
AUDIÇÃO:
Características do som:
O som é caracterizado e identificado, por três variáveis: Freqüência,
Intensidade e Duração.
Freqüência:
É o número de oscilações ou vibrações por segundo (Hz), e subjetivamente
pode ser percebida como altura do som.
20 Hz
(sensível)
Ouvido Humano Voz = 1000 a 3000
20.000 Hz
Intensidade:
É a potência do som por unidade de área. Como a gama de intensidades
audíveis é muito grande, usa-se uma escala logarítmica (dB) para medir essa
intensidade.
Dessa forma é importante salientar que um aumento de 10 dB significa um
aumento de 10 vezes a pressão sonora sobre o ouvido, e cada vez que a
intensidade do som sobe 3 dB, a pressão no ouvido dobra, aumentando
100%.
20 dB
(sensível)
Ouvido Humano sons normais:50 a 80dB
120 dB
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Acima de 140 dB Dor.
SENSO CINESTÉSICO:
BIOMECÂNICA
Aplicações de forças
TRABALHO
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Com relação às posturas corporais, podemos classificá-las em três posturas
básicas:Deitada, Sentada e Em pé.
POSTURA DORES
*Em pé *Pernas e pés (varizes)
*Sentado sem encosto *Músculos extensores do dorso
*Assento muito alto *Parte inferior das pernas, joelhos e
pés
*Assento muito baixo *Dorso e pescoço
*Braços esticados *Ombros e braços
*Pega inadequada em ferramen. *Antebraços
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Para se tentar minimizar os efeitos ou dores causadas por problemas de
postura, é interessante inicialmente executar o registro da postura comum
adotada pelos trabalhadores para a atividade, bem como localizar os pontos
dolorosos no corpo dos mesmos, ouvindo suas queixas. Das análises desses
dados, se propõe medidas corretivas. Esses dados podem ser obtidos
utilizando-se o sistema OWAS, proposto por Karkun, Kansi e Kuorinka em
1977 e pelo diagrama de regiões doloridas proposto por Corlett e Manenica em
1980.
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APLICAÇÃO DE FORÇAS
Precisão:
Geralmente os movimentos de precisão são executados com as pontas dos
dedos. Se for necessária a aplicação de maior força para o movimento,
utilizando o punho, cotovelo e ombros, haverá prejuízo da precisão. Isso
geralmente ocorre em atividades altamente repetitivas, onde há maior chance
de fadiga nos dedos.
Ritmo:
Os movimentos devem ser suaves, harmônicos e rítmicos. Mudança brusca de
ritmo aumenta a fadiga porque exige maior contração muscular.
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Força para alcance vertical:
Quando o braço é mantido na posição elevada, acima dos ombros, os
músculos dos ombros e bíceps se fadigam rapidamente, podendo aparecer
dores.
Alcance horizontal:
Tendo-se um peso às mãos, é utilizado como referência a linha vertical que
passa pelos ombros, para se determinar o tempo máximo que se pode
agüentar o peso, em função da distância que esse peso se encontrar dessa
linha imaginária. Acima dos limites mostrados abaixo, começam a surgir dores
nos braços e nos ombros. Se for utilizado um apoio para o cotovelo, esses
tempos podem ser triplicados.
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LEVANTAMENTO E TRANSPORTE DE CARGAS:
O manuseio de cargas pesadas, tem sido uma das mais freqüentes causas de
traumas dos trabalhadores. Torna-se necessário conhecer a capacidade
humana máxima para levantar e transportar cargas.
Levantamento de cargas:
Resistência da coluna:
A musculatura das costas é a que mais sofre com o levantamento de peso.
Como a coluna vertebral é frágil, é importante sempre que possível que a
carga sobre a coluna seja feita no sentido vertical, evitando-se as cargas com
as costas curvadas.
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Distância (m) a partir do Capacidade de levantamento
CORPO PISO MULHERES HOMENS
(Horizontal) (Vertical) 50% 95% 50% 95%
0,3 23 7 51 45
0,3 0,9 19 11 44 39
1,5 11 5 47 29
0,3 9 0 24 9
0,6 0,9 6 1 28 15
1,5 5 0 21 11
0,3 0 0 5 0
0,9 0,9 1 0 10 1
1,5 0 0 7 0
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Capítulo 3 - CARACTERÍSTICAS E LIMITAÇÕES HUMANAS
RITMO CIRCADIANO:
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PESSOAS MATUTINAS
PESSOAS VESPERTINAS
Indivíduos Matutinos:
São mais ativos na parte da manhã do dia, acordam com mais facilidade e
costumam dormir cedo. Sua temperatura interna atinge um máximo por volta
das 12 horas. São mais eficientes para identificar falhas e problemas no
período da manhã.
Indivíduos Vespertinos:
São mais ativos no período da tarde. Tem menor disposição no período da
manhã, porém se adaptam melhor ao trabalho noturno. São mais eficientes
para identificar falhas e problemas à tarde e à noite.
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Ao se estudar a influência do ritmo circadiano sobre o trabalho, notou-se sua
clara correlação com o nível de alerta e desempenho. A maior freqüência de
acidentes, coincidentemente também ocorre entre 2 e 4 horas da manhã.
desempenho
Fase Positiva
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1/4 ciclo 3/4 ciclo dias
Fase Negativa
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INÍCIO DA ATIVIDADE:
Início da atividade:
No início da atividade, os músculos encontram-se em desvantagem orgânica,
trabalhando com um débito de oxigênio.
O desequilíbrio entre a demanda e o suprimento de oxigênio, é restabelecido
após decorrido de 2 a 3 minutos do início.
Terminando a atividade, o retorno aos níveis fisiológicos normais leva
aproximadamente 6 minutos.
A primeira vez que se realiza uma tarefa, geralmente é a mais difícil, e nesse
caso o trabalhador estará mais propenso a cometer erros, executar
movimentos bruscos e deselegantes, e se sentir mais fatigado. Com o passar
do tempo de prática, melhora sua coordenação muscular e seus movimentos
ficam mais harmoniosos. Desse maior costume, ou treinamento, provém um
menor gasto energético e um aumento da produtividade.
Durante o aprendizado da execução da tarefa, treinamento, ocorrem
alterações no organismo do trabalhador que o tornam cada vez mais hábil na
execução da tarefa, quais sejam:
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câmbio, executa essa mesma seqüência de maneira automática, praticamente
“às cegas” quanto mais experiência for obtendo. Neste caso temos o senso
cinestésico substituindo a visão.
USO DE ESTIMULANTES:
Cafeína:
Estimulante até certos níveis, variando de 0,3 a 0,5g, conforme a tolerância
individual. Psicologicamente aumenta a vigilância, reduz a inibição, alivia a
fadiga e provoca queda do apetite. Fisiologicamente eleva a temperatura
corporal, acelera o ritmo cardíaco e aumenta o consumo de oxigênio.
Fumo:
Contém monóxido de carbono à razão de 4% de seu volume. Esse gás
apresenta um poder de 200 a 300 vezes maior que o oxigênio para se
combinar com a hemoglobina do sangue, que serve como transporte de
oxigênio dos pulmões para os músculos.
1 carteira de cigarros por dia, representa uma perda de 5 a 10% da capacidade
física.
Álcool:
Benéfico se consumido em doses moderadas. Provoca um aumento do ritmo
cardíaco e uma aceleração da transmissão das informações, reduzindo o
tempo de resposta. A pessoa fica também mais desinibida e consegue exercer
maiores forças.
* Pequenas doses, até 25g tendem a aumentar a produtividade apenas
durante os primeiros 30 minutos, caindo aos níveis iniciais após 2 ou 3 horas.
* Experimento mostrou que doses superiores a 0,25g de álcool por kg de peso,
(para uma pessoa de 70 kg, 17,5g de álcool), começa a piorar o desempenho,
aumentando o tempo de reação e os erros.
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3.2 - MONOTONIA:
SINTOMAS:
SENSAÇÃO DE FADIGA
SONOLÊNCIA MONOTONIA
MOROSIDADE
FALTA DE ATENÇÃO
CAUSAS:
AGRAVANTES:
CONSEQÜÊNCIAS:
* Diminuição da atenção;
* Aumento do tempo de reação.
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A figura acima mostra também que após o intervalo do almoço (12 às 13 h) a
vigilância aumenta, porém não ocorre a redução no tempo de resposta.
(Estado letárgico)
tarefa monótona
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FATORES PSICOLÓGICOS DA MONOTONIA:
* Complexidade da tarefa;
* Objetivo de vida;
* Habilidade do trabalhador;
* Característica psicológica do trabalhador;
* Satisfação com o trabalho (organização do trabalho)
3.3 - FADIGA:
CAUSAS:
* Intensidade e duração do trabalho físico e mental;
* Monotonia sentida na execução do trabalho;
* Falta de motivação;
* Condições ambientais;
* Condições sociais no trabalho
CONSEQÜÊNCIAS:
* Menor aceitação de padrões de precisão e segurança;
* Aumento dos índices de erro;
* Maior desorganização das estratégias para atingir um objetivo.
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FATORES FISIOLÓGICOS DA FADIGA:
3.4 - MOTIVAÇÃO:
DECISÃO PESSOAL
MOTIVAÇÃO COM DE BEM REALIZAR
O TRABALHO ESSE TRABALHO
Dentro das linhas psicológicas, existem dois grupos de teorias que tentam
explicar o processo da motivação:
Teoria de processo e Teoria de conteúdos:
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* Estabelecimento claro das metas a serem alcançadas;
* Existência de um certo desafio na tarefa;
* Realimentação das informações relacionadas com as metas a serem
alcançadas;
* Certa dose de competitividade, através do conhecimento dos resultados
obtidos por outros.
Teorias de Conteúdo:
TEORIA DE MASLOW:
TEORIA DE ALDERFER:
ESTUDO DE HERZBERG:
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IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO:
Proporcionalidade Direta:
MOTIVAÇÃO PRODUTIVIDADE
Proporcionalidade inversa:
* Salário;
* Relacionamento de franqueza entre trabalhadores e administração da
empresa.
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Naturalmente a maioria das pessoas não se enquadram rigorosamente em
nenhum desses tipos básico, misturando-se.
INFLUÊNCIA DO SEXO:
Os homens costumam ser mais altos, mas as mulheres de mesma estatura
costumam ser mais gordas.
INFLUÊNCIA DA IDADE:
Durante as fases da vida, o corpo das pessoas sofre alterações e
principalmente nas proporções corporais. Essas alterações resultam de:
velocidade de crescimento diferenciada das partes do corpo e diferenças
individuais nas taxas de crescimento anual.
Da mesma maneira que ocorre com o crescimento, também há uma grande
diferença no processo de envelhecimento, o qual inicia-se de forma
pronunciada a partir dos 30 anos.
VARIAÇÕES EXTREMAS:
Verificadas dentro da mesma população entre: os mais altos e mais baixos,
mais gordos e mais magros, e devido a fatores biológicos como gravidez,
gigantismo, nanismo, subnutrição, etc.
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4.2 - ETNIAS E EVOLUÇÃO:
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INFLUÊNCIA DA ÉPOCA E DA EVOLUÇÃO:
Dentro de uma mesma população, nota-se variações nas medidas
antropométricas, devido à época, pois de acordo com a alimentação, saúde e
prática de esportes, as pessoas podem aumentar o seu crescimento e suas
medidas corporais.
Esse fato é muito sentido em povos sub-alimentados, que passam a ter maior
desenvolvimento e qualidade de vida.
Definição de objetivos:
Deve-se sempre ter em mente: “Medir o quê?”,”onde”?,”para quê?”
Dessa definição, decorre a idéia de antropometria estática e antropometria
dinâmica ou funcional.
Estática: Medidas se referem ao corpo parado.
Dinâmica: Se referem aos alcances dos movimentos
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Seleção da amostra:
A amostra deve ser a mais representativa possível, evidenciando-se suas
características como: sexo, idade, biótipo e deficiências físicas, profissão,
esportes, nível de renda, etc.
O tamanho da amostra varia de acordo com a precisão que se deseja e com a
variabilidade da medida. As forças armadas americanas, por exemplo, adotam
suas medidas antropométricas baseadas em pesquisas realizadas sobre
amostras de 3 a 5 mil indivíduos. Na maioria das aplicações em ergonomia, é
suficiente de 30 a 50 pessoas.
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4.4 - ANTROPOMETRIA ESTÁTICA:
TABELAS ESTRANGEIRAS:
As tabelas antropométricas estrangeiras mais utilizadas, são as alemãs e
americanas.
Alemanha: DIN 33402/1981 Mais completa
E.U.A. US Public Health Publication nº1000/1965
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2. CORPO SENTADO
2.1 Altura da cabeça, a partir
assento, ereto 80,5 85,7 91,4 84,9 90,7 96,2
2.2 Altura dos olhos, a partir
assento, ereto 68,0 73,5 78,5 73,9 79,0 84,4
2.3 Altura dos ombros, a partir
assento, ereto 53,8 58,5 63,1 56,1 61,0 65,5
3. CABEÇA
3.1 Comprimento vertical da
cabeça 19,5 21,9 24,0 21,3 22,8 24,4
3.2 Largura da cabeça, de
frente 13,8 14,9 15,9 14,6 15,6 16,7
3.3 Largura da cabeça de
perfil 16,5 18,0 19,4 18,7 19,3 20,5
51
TABELAS BRASILEIRAS:
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Segundo nota informatizada publicado pela ABNT, em 2002:
A crescente demanda por normas brasileiras para o uso da ergonomia, inclusive, modelagem de vestuário,
calçados, luvas, chapéus, adequação dos bancos dos carros, móveis, próteses etc, originou a criação de um
grupo de trabalho para estudar o assunto.
No próximo dia 23 de agosto, A ABNT e o Comitê Técnico do Censo Antropométrico Brasileiro se reunem na
Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) para a instalação da ABNT/CEET- 00:001.46 - Comissão de
Estudo Especial Temporária de Medições do Corpo Humano.
* pelo FIBGE em 1977, para duas regiões: Rio de Janeiro e Estados do Sul do
Brasil. Foram medidos pesos, estaturas e perímetro do pulso esquerdo.
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* Estudos de Ferreira em 1968, com 3.100 trabalhadores homens de 26
empresas do Rio de Janeiro:
2 CORPO SENTADO
REGISTRO DE MOVIMENTOS:
54
55
56
4.6 - CRITÉRIOS PARA A APLICAÇÃO DOS DADOS ANTROPOMÉTRICOS
Casos raros no meio industrial, devido aos custos, onde o produto é projetado
especificamente para um indivíduo. Exemplo: Roupas sob medida, calçados
com numeração superior ao tamanho 44, aparelhos ortopédicos, roupas de
astronautas e carros de fórmula 1.
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Medidas de antropometria Critério Mulheres Homens Med.
estática (cm) Min Máx 5% 95% 5% 95% Adot.
A. Estatura X 151, 172, 162, 184, 184,
B. Altura da cabeça, sentado X 0 5 9 1 1
C. Altura dos olhos, sentado X 80,5 91,4 84,9 96,2 96,2
D. Altura dos ombros, sentado X 68,0 78,5 73,9 84,4 68,0
E. Altura do cotovelo, sentado X 53,8 63,1 56,1 65,5 53,8
F. Largura das pernas X 19,1 27,8 19,3 28,0 28,0
G. Altura do assento (poplítea) X 11,8 17,3 11,7 15,7 17,3
H. Profundidade do tórax X 35,1 43,4 39,9 48,0 48,0
I Comprimento do antebraço X 23,8 35,7 23,3 31,8 35,7
J. Comprimento do braço X 29,2 36,4 32,7 38,9 29,2
61,6 76,2 66,2 78,7 61,6
POSTURA:
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TIPO DE ATIVIDADE MANUAL:
VESTUÁRIO:
O tipo de roupa tanto pode modificar o volume e a estatura das pessoas, como
limitar seus movimentos. Exemplo: mulheres com calçado de salto alto, podem
ficar até 7 cm mais altas.
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Além das áreas de alcance ótimo e máximo, também deve ser atentado para o
detalhe da altura da mesa ou bancada, que tanto para o trabalho sentado
como o executado em pé, depende da altura do cotovelo, considerada em
cada uma dessas posições.
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4.9 - O ASSENTO:
61
Os assentos devem ser dimensionados, levando-se em consideração os dois
tipos básicos de postura na posição sentada, quais sejam:
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Capítulo 5 - ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO
A fim de que se proceda uma correta Análise, sempre tem-se que ter em
mente que 3 perguntas fundamentais devem ser respondidas:
a)Em princípio temos uma idéia bastante vaga do que queremos analisar.
b)Nesta fase, geralmente não temos idéia de como abordar os problemas que,
normalmente nos são colocados de forma explícita, mas que trazem com eles
demandas implícitas, não diretamente formuladas.
ENTÃO:
O estudo ergonômico do trabalho é a atuação por parte de um profissional
(analista), junto ao uma situação ou ambiente de trabalho, que tem por objetivo
observar e sistematizar a interação do homem com o seu trabalho, levantando
os problemas e propondo soluções.
Para tal, este estudo, consiste, de maneira genérica, de duas partes
fundamentais: Análises e Síntese.
Através da Análise, é possível delimitar o objeto de estudo a um único aspecto,
partindo de uma realidade e ordenando os dados.
A Síntese consiste em uma abordagem global, inter-relacionando os aspectos
levantados na análise e recompondo a situação.
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Procedimento científico de
ESTUDO ERGONÔMICO DO pesquisa, que considere as
TRABALHO três etapas do conhecimento,
relacionando-o a uma situação
de trabalho.
CADERNO
CONTRATO DE PROJETO
ENCARGOS
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DEMANDA, é a origem da necessidade reconhecida pela empresa de se
realizar uma intervenção ergonômica para a correção de uma disfunção ou na
implantação de novas tecnologias.
A demando pode ser classificada, a partir de quem solicitou a ajuda, em seis
categorias:
Alta direção;
Demandas do interior da empresa Média gerência;
Trabalhadores diretos.
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A Primeira etapa exige do analista, um razoável conhecimento sobre o
homem em atividade de trabalho.
Para tanto, o analista deve recorrer a uma revisão bibliográfica, consultando
livros e revistas especializadas. Esse conhecimento é fundamental para a
abordagem e entendimento de qualquer situação de trabalho.
a.Levantamento de dados;
b.Pesquisa de soluções;
c.Levantamento e análise das hipóteses;
d.Identificação dos sintomas ergonômicos;
e.Dimensionamento da intervenção;
f.Proposição da intervenção.
a) LEVANTAMENTO DE DADOS:
Formular hipóteses;
Consiste em uma pesquisa sistemática
Testar hipóteses.
•Os dados levantados ao final de cada fase da A.E.T., deve permitir formular
hipótese de trabalho que delinearão os rumos a serem seguidos.
66
A primeira fase da A.E.T., é a Análise da Demanda, cujo objetivo é definir o
problema a ser estudado, a partir de uma negociação com os diversos
indivíduos envolvidos.
b) PESQUISAS DE SOLUÇÕES
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conhecimento completo da situação, sendo que cada fase conduz à posterior e
completa a anterior.
Convém lembrar que embora o analista faça recomendações ergonômicas e
proponha soluções, as decisões finais não são de sua exclusiva competência,
dependendo também de outras pessoas envolvidas e de outros fatores. Assim
sendo, visando uma maior eficiência da análise, deve-se:
As hipóteses são constituídas pelas perspectivas nas quais o analista espera
realizar seu trabalho. A partir da análise dos dados da demanda, é possível
formular hipóteses de trabalho, que permitem se aprofundar em vários
aspectos.
As hipóteses de trabalho permitem definir o campo de estudo, de acordo com
o objeto da demanda. Esta limitação do campo, define a especificidade da
ergonomia e os limites do estudo a ser realizado, indica os métodos de
trabalho, e prevê um cronograma da intervenção.
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e) DIMENSIONAMENTO DA INTERVENÇÃO
f) PROPOSIÇÃO DA INTERVENÇÃO
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A síntese ergonômica do trabalho (3ª etapa), consiste basicamente na
obtenção do diagnóstico em ergonomia e da elaboração de um caderno de
encargos.
DIAGNÓSTICO EM ERGONOMIA
Erros Humanos
Levam a um desvio com relação à norma pré-estabelecida, devido a um
comportamento de trabalho.
Erro de manipulação
De acionamento
PODEM SER: De dosagem
De leitura
De montagem
Incidente Crítico
Material
PODEM SER DEVIDO A: Ambiente
Tarefa
Pessoal
Acidente de Trabalho
•É caracterizado por apresentar uma situação privilegiada para a detecção de
disfunções no sistema homem-tarefa.
Panes no sistema
•Incidentes que afetam a componente material do sistema;
•Causam interrupções e paralisações no funcionamento do sistema.
Defeitos de produção
Baixa produtividade
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CADERNOS DE ENCARGOS E RECOMENDAÇÕES
NR 17 – Ergonomia
71
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de
cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer
sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1)
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular
de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções
satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com
vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 /
I2)
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de
cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens foram designados
para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas
deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para
não comprometer a sua saúde ou sua segurança. (117.003-1 / I1)
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou
tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro
aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço
físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade
de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança. (117.004-
0 / I1)
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com
equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de
forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível
com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua
segurança. (117.005-8 / I1)
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição
sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para
esta posição. (117.006-6 / I1)
72
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender
aos seguintes requisitos mínimos de conforto:
73
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com
altura ajustável. (117.022-8 / I2)
74
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem
observados nos locais de trabalho são os valores de
iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma
brasileira registrada no INMETRO. (117.027-9 / I2)
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
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a) o empregador não deve promover qualquer sistema
de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas
atividades de digitação, baseado no número individual
de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado,
para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie; (117.032-5 / I3)
76
comprovassem o papel decisivo desempenhado por ela na gênese de numerosos
comprometimentos à saúde do trabalhador que não se limitam às L.E.R.
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Cargas para levantamento
Adultos jovens Adolescentes aprendizes
Homem Mulher Homem Mulher
Raramente 50 20 20 15
Freqüentemente 18 12 11-16 7-11
Fonte: Grandjean (1980)
17.3.1. - Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de
trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
Este subitem foi mal redigido. Na verdade, os postos de trabalho devem ser
projetados de modo a permitir aos trabalhadores a alternância de postura. Toda
postura fixa ao ser mantida por longo período é desconfortável, mesmo a sentada.
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17.3.2 - Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas,
mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de
boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos
mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de
atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura
do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação
adequados dos segmentos corporais.
Este subitem com suas alíneas permite que o Agente possa exigir qualquer tipo de
mobiliário. A única dificuldade é ter que fazer um estudo antropométrico dos
trabalhadores e uma análise das exigências da tarefa para que o mobiliário seja o
mais confortável possível. Seria impossível detalhar as características de todo o
mobiliário encontrado nos setores produtivos. A consulta a manuais especializados em
mobiliário ou a consultoria a uma ergonomista podem ser de grande valia mas o
Agente tem grandes possibilidades de melhorar o conforto dos trabalhadores desde
que disponha a perder um pouco mais de tempo para estudar a situação.
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mudado de modo a permitir ao membro superior que volte à posição neutra entre um
acionamento e outro.
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