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CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS EM UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

Robson Wilson de Oliveira (Acadêmico, Universidade Tiradentes)*


Karolina Freitas (Enfermeira, Universidade Tiradentes)
Maurício Araújo Nascimento (Enfermeiro, Hospital São Lucas)
Gessyk Karolaine Martins Sobrinho (Acadêmica, Universidade Tiradentes)
Carla Grasiela Santos de Oliveira. (Orientadora, Enfermeira, Prefeitura Municipal de Aracaju)
*e-mail: robson_wo@hotmail.com

RESUMO

A enfermagem é responsável pela administração de medicamentos, que se entende como o ato de dar ou aplicar um
fármaco previamente prescrito ao paciente, utilizando técnicas adequadas e específicas para essa atividade. As
unidades de pronto atendimento (UPA) atendem usuários com queixas diversificadas, logo, nesse setor, a rotatividade
de administração de fármacos é muito grande. A presente pesquisa busca identificar o conhecimento da equipe de
enfermagem sobre a administração de medicamentos na unidade de urgência. O estudo foi desenvolvido em três
momentos: aplicação de questionário fechado como pré-teste, educação em serviço e reaplicação do questionário como
pós-teste. A pesquisa foi realizada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município de Aracaju, Sergipe,
entre os anos de 2016 a 2017. O estudo identificou muitos erros durante a realização do pré-teste e observou-se uma
evolução significativa na grande maioria das respostas do pós-teste do questionário, exceto, em uma questão.

Palavras-chave: Enfermagem. Medicamentos. Conhecimento. Educação.

INTRODUÇÃO

A administração de medicamentos é conceituada como uma das atividades de


maior responsabilidade da equipe de enfermagem. O enfermeiro, por possuir
conhecimento específico sobre essa atividade é o profissional responsável por gerenciar e
conduzir sua equipe durante todo o processo da administração de medicamentos, porém,
apesar da preparação desse profissional, erros durante a execução desse procedimento
são frequentemente cometidos pela equipe de enfermagem (CAMERINI; SILVA; MIRA,
2014).
No Brasil, de acordo com o Instituto para Práticas Seguras do Medicamento (ISMP
BRASIL, 2011), os erros de medicação são a causa de morte de no mínimo oito mil
pessoas por ano. Os deslizes ou efeitos adversos ocasionados pela administração de
medicamentos correspondem a 7% das internações hospitalares, equivalente a oitocentos
e quarenta mil casos por ano.
Segundo a Portaria do MS nº 1.601/2011, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)
são estabelecimentos de saúde que funcionam 24h por dia e possuem complexidade
intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a Rede Hospitalar. As UPAs
fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência e devem ser implantadas em

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locais estratégicos, em conformidade com a lógica de acolhimento e de classificação de
risco, acolhendo os pacientes e seus familiares que necessitem de atendimento,
prestando assistência resolutiva e qualificada.
Para Filho et al. (2012), devido às características clínicas dos pacientes atendidos
em unidade de urgência, a intervenção medicamentosa com alto poder de ação é tida
frequentemente como aliada para o processo de recuperação de saúde dos pacientes.
Porém, na administração de medicamentos exige-se um cuidado intenso e necessita-se
de conhecimentos específicos, pois qualquer problema ou erro durante essa ação pode
acarretar danos para o paciente, os quais podem ser irreversíveis e/ou devastadores.
As unidades de pronto atendimento (UPA) atendem usuários com queixas
diversificadas, logo, nesse setor, a rotatividade de administração de fármacos é muito
grande. Dessa forma, a presente pesquisa visa identificar o conhecimento da equipe de
enfermagem sobre a administração de medicamentos na unidade de urgência, verificando
se os profissionais de enfermagem dessa unidade estão aptos a garantir a segurança dos
seus pacientes.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa-ação, com abordagem quantitativa. A pesquisa foi


realizada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município de Aracaju,
Sergipe. A UPA acolhe uma média de 200 pacientes por dia através de atendimento
clínico adulto e pediátrico. A amostra contou com enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem que trabalham no setor de observação adulta e pediátrica da unidade
descrita. Esses profissionais foram abordados durante o horário de trabalho, em
diferentes turnos, durante o mês de Agosto de 2016 à Julho 2017. A pesquisa foi
autorizada pelo comitê de ética mediante protocolo 1.519.805.
Para calcular a amostra foi utilizada a fórmula estatística de Barbetta (2010). Após
o cálculo foram acrescidos 10% ao resultado final para assegurar a quantidade da
amostra em caso de perdas de questões não preenchidas dos questionários ou possíveis
perdas na amostra, chegando a um total de 56 profissionais. Vale ressaltar que, apenas
funcionários efetivos da unidade, foram contabilizados para dados estatísticos. O estudo
foi desenvolvido em três momentos: aplicação do questionário fechado como pré-teste,

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educação em serviço e reaplicação do questionário como pós-teste. Os dados foram
tabulados e analisados com o auxílio do programa SPSS (Statistical Package for the
Social Sciences) versão 21.0. Após processamento, apresentados em porcentagem, a fim
de permitir a determinação do nível de conhecimento dos profissionais participantes da
pesquisa.

RESULTADOS

O estudo estava previsto a contemplar 100% (56) dos profissionais da equipe de


enfermagem, mas por motivos de greve, atestados, períodos de férias dos profissionais e
recursa em participar da pesquisa, obtiveram uma amostragem final de 91,07% (41)
participantes. Entre eles, 17,1% (7) eram enfermeiros, 17,1% (7) técnicos e 65,9% (27)
auxiliares de enfermagem.
Quando questionados sobre a administração de medicamentos por via oral, obteve-
se uma porcentagem de acertos no pré-teste equivalente a 75,6% (31) e no pós-teste
apresentou 87,9% (36) de acertos. A alternativa correta, que se refere a não tocar o
medicamento com as mãos, relaciona-se com o que afirma Ferreira (2012), que é de
responsabilidade do profissional de Enfermagem manter a segurança microbiológica,
evitando a contaminação através da manipulação errônea dos medicamentos. Em relação
à quantidade máxima de volume que pode ser administrado por via subcutânea, no pré-
teste obteve-se 41,5% (17) de acertos e no pós-teste 82,9% (34). A alternativa correta é o
equivalente a 1 ml, corroborando com Pinheiro et al. (2016), onde o mesmo ressalta que o
tecido subcutâneo é extremamente sensível por isso devem ser administradas doses
pequenas até 1 ml para que sejam absorvidas e não causem dano à derme. No tocante à
administração concomitante de drogas, inicialmente, a quantidade de acertos foi
equivalente a 46,3% (19) e no pós-teste 87,8% (36). A alternativa correta certifica que a
classe de medicamentos que não pode ser administrada concomitantemente com outra
droga da mesma classe é o antibiótico, sustentada pela ideia que o mesmo, quando
administrado juntos, pode anular ou potencializar o efeito do outro, por isso deve haver
um intervalo entre a administração dos antibióticos (QUEIROZ et al., 2014). Quanto à
interação medicamentosa com antibióticos, o percentual de acertos no pré-teste foi
correspondente a 17,1% (7), já no pós-teste, 87,8% (36). O antiácido administrado em

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conjunto com o antibiótico, ou em curto intervalo de tempo, reduz o efeito do antibiótico
em até 70%, pois interfere na sua absorção. O antiácido torna o meio alcalino, o que não
é viável para absorção de alguns antibióticos que necessitam de acidez para surtir efeito
(FARIA; CASSIANI, 2011). Em relação à quantidade máxima que pode ser administrada
no músculo deltoide, o quantitativo de acertos referente ao pré-teste foi de 48,8% (20) e
teve um aumento significativo passando a 95,1% (39) no pós-teste. Segundo Pinheiro et
al. (2016), a administração de medicamentos é de responsabilidade da equipe de
enfermagem e exige que o mesmo tenha habilidade, competência e conhecimento, bem
como, atualização contínua dos processos que envolvem tais cuidados. Quanto à posição
mais indicada para administração de medicamentos por via oral em pacientes acamados
apresentou um quantitativo de acertos no pré-teste equivalente a 53,7% (22) e no pós-
teste 70,7% (29). A alternativa correta está relacionada à administração de medicamentos
na posição de Fowler. De acordo com Oliveira (2016), pacientes acamados devem
receber medicamentos por via oral na posição de Fowler, como uma medida preventiva a
complicações como a broncoaspiração. Quanto aos locais de administração
intramuscular, técnica muito prevalente nas unidades de pronto atendimento, o percentual
de acertos no pré-teste foi 68,3% (28) e no pós-teste 95,1% (39). A alternativa correta
menciona a região anterior do braço como a única opção não utilizada para administração
intramuscular, visando que nesta região não possui músculo desenvolvido suficiente para
tal administração.

CONCLUSÃO

O estudo mostrou que, apesar de 100% dos participantes considerarem como


bom o seu nível individual de conhecimento, muitos erros foram identificados durante a
realização do pré-teste e observou-se uma evolução significativa na grande maioria das
respostas do pós-teste do questionário, excetuando-se uma única questão que obteve
maior índice de acertos no pré-teste. Conforme relato dos próprios participantes, a
atividade trouxe uma oportunidade de renovar e adquirir novos conhecimentos relevantes
à administração de medicamentos. Estes indicaram ainda que novas experiências como
essa devem ser realizadas constantemente, o que reforçou ainda mais a aceitação e
relevância do estudo.

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Em vista dos argumentos apresentados, evidenciou-se a importância de manter
os profissionais de enfermagem atualizados a cerca de todo o preparo e administração de
medicações, já que, essa é a atividade mais praticada durante a jornada de trabalho na
urgência e que se realizada com negligência pode acarretar em danos irredutíveis aos
pacientes.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO FILHO et al. Administração de medicamentos: conhecimento de enfermeiros do setor de


urgência e emergência. Enfermería Global, v. 26, p. 70-85, abr., 2012.

BARBETTA, P. A. Estatística aplicada às ciências Sociais. Florianópolis: Ed. Da UFSC. 7ª ed., 320p.,
2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Núcleo de Gestão do Sistema
Nacional de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária. Relatório Geral - Dados agrupados de
eventos adversos e queixas técnicas. Brasília, 2011

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 1.601, de 07 de julho de 2011. Estabelece diretrizes para a
implantação do componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de
urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política Nacional de Atenção
às Urgências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 jul., 2011.

CAMERINI, F. G.; SILVA, L. D.; MIRA, A. J. M. Ações de enfermagem para administração segura de
medicamentos: uma revisão integrativa. J. Res.: Fundam. Care. [online]. v. 6, n. 4, p. 1655-1665, out./dez.,
2014.

FARIA, M. C.; CASSIANI, P. M. Responsabilidade da enfermagem na administração de medicamentos:


Algumas reflexões para uma prática segura com qualidade de assistência. Rev Latino-am Enfermagem,
v.9, n. 2, p. 56 a 60, 2011.

FERREIRA, A. M. Técnicas de preparo de medicamentos parenterais: Tocar ou não o embôlo. Revista


Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v.15, n.1, p:20 a 26, 2012.

OLIVEIRA, A.S.A. Análise do processo de administração de medicamentos em um hospital público de


aracaju. Universidade Federal de Sergipe, 2016.

PINHEIRO, M. L. P., Administração de medicamentos por via parenteral: Uma revisão. Revista conexão
ciência, v.11, n.1, 2016.

QUEIROZ, K. C. B. Analise de interações medicamentosas identificadas em prescrições da UTI neonatal da


ICU-HGU. Revista UNOPAR ciências biológicas e da saúde, v.16, n. 3, p. 203 a 207, 2014.

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