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GENOCÍDIO NO CAMBOJA

Disciplina: Geografia C
Ano letivo: 2018/2019
Docente: Profª Conceição Guerra

Trabalho realizado por:


Daniela Magalhães Nº11
Diogo Brás Nº13
Márcia Silva Nº 21
Miguel Araújo Nº26
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
2. Localização do Reino de Camboja ......................................................................................... 4
3. Contextualização do conflito ................................................................................................. 4
2
3.1. Principais acontecimentos ............................................................................................ 4
3.2. Situação atual do conflito.............................................................................................. 5
3.3. Consequências do conflito aos níveis económico, social, demográfico e político........ 6
4. Importância da atuação das ONG na ajuda às populações do Camboja e na denúncia de
problemas relacionados com os atentados aos direitos humanos ............................................... 7
4.1. O papel das ONGS no Conselho de Direitos Humanos da ONU ................................ 8
5. Conclusão ............................................................................................................................ 10
6. Webgrafia ............................................................................................................................ 11
Introdução

No âmbito da disciplina de Geografia C foi proposta a elaboração de um trabalho


concernente aos Direitos Humanos.
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Este trabalho pretende fundamentalmente delinear os aspetos centrais do genocídio
no Camboja entre 1975 e 1979. Depois deste acontecimento, os líderes do Khmer
Vermelho estiveram em prisão perpétua.
Celebra-se, no corrente ano, os 40 anos do fim de um regime que causou uma intensa
repressão, tortura, massacres e milhares de mortos.
Localização do Reino de Camboja

https://www.google.pt/maps/place/Cambodja/data=!4m2!3m1!1s0x310787bfd4dc3743:0xe4b7bfe089f41253?sa=X&ved=2ahUKEwif0LDl -PjhAhWaThUIHV8aAJgQ8gEwAHoECAkQAQ (consultado em abril de 2019)

O Reino do Camboja localiza-se no sul da Península da Indochina, no Sudeste Asiático

Faz fronteira com a Tailândia, Laos, Vietname, e com o Golfo da Tailândia.


Tem cerca de 15 milhões de habitantes, e o budismo é a religião oficial, praticado por
cerca de 95% da população cambojana.
A capital é Phnom Penh, que é o principal centro político, económico e cultural do
país.
O reino é uma monarquia constitucional, tendo Norodom Sihamoni como
representante. O chefe de governo é Hun Sen, que governa o Camboja há mais de 25
anos.

Contextualização do conflito
Principais acontecimentos

De 17 de abril de 1975 a 7 de janeiro de 1979, o Khmer Vermelho perpetrou um dos


maiores crimes do século XX.
O Khmer Vermelho foi um partido que sucedeu ao antigo Partido Comunista da
Indochina. Desde as eleições de 1955 que garantiram o governo a Norodum Sihanouk,
Pol Pot, membro do Khmer Vermelho, que defendia a tomada do poder no Camboja
através da luta armada.
Ao tornar-se líder desse partido em 1960, Pol Pot, reuniu apoio, clandestinamente,
para organizar uma guerrilha, com o objetivo de implementar a sua ideologia no
Camboja. Durante essa época, iniciou-se uma rebelião contra o governo de Sihanouk.
No entanto, foi a ocorrência de outros dois acontecimentos determinantes que
possibilitou levar o Khmer Vermelho ao poder do Camboja.
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O primeiro acontecimento foi o golpe militar, liderado por Lon Nol e apoiado pelos
Estados Unidos, contra o governo de Sihanouk em 1970. Esse golpe fez com que
Sihanouk formasse uma coligação com o Khmer Vermelho para que, juntos,
derrubassem o governo de Lon Nol. O outro acontecimento foi marcado pelos
bombardeamentos levados a cabo pelos Estados Unidos no Camboja, na sequência da
Guerra do Vietname.
O fortalecimento do Khmer Vermelho a partir desses dois acontecimentos
intensificou a guerra civil no país e permitiu a este partido tomar o poder em 1975,
quando foi conquistada a capital, Phnom Penh. Deste modo, Pol Pot assumiu o governo
e pôs em prática a sua utopia agrária, iniciando assim um período de repressão, torturas
e execuções no Camboja.
Durante os anos em que Pol Pot esteve no poder, deu-se o êxodo urbano, ou seja,
as pessoas saíram das cidades para fazendas coletivas, onde eram submetidas a um
regime de trabalho forçado. Para além disso, foram encerradas muitas infraestruturas,
desde hospitais, escolas, bibliotecas, entre outros. Também foram abolidos a
propriedade privada e os salários.
As forças armadas do Khmer vermelho, vestidos de negro, obrigaram milhões de
pessoas a trabalhar nos campos como escravos, e qualquer forma de autoexpressão era
proibida. As famílias eram separadas e obrigadas a trabalhar em condições desumanas.
As minorias étnicas eram alvo de perseguições, assim como os suspeitos de traição ao
regime imposto.

Situação atual do conflito

Em 1978, Pol Pot, temendo um ataque vietnamita, ordenou uma invasão


preventiva do Vietname. No final do mesmo ano, as forças armadas vietnamitas,
juntamente com a Frente Unida Kampuchean para a Salvação Nacional, uma
organização que incluía muitos membros do Khmer Vermelho insatisfeitos, invadiram o
Camboja e capturaram Phnom Penh em janeiro de 1979.
O Khmer Vermelho sobreviveu na década de 1990, como um movimento de
resistência operando no oeste do Camboja a partir de bases na Tailândia.
Em 1996, após um acordo de paz, Pol Pot dissolveu formalmente a organização,
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morreu em 1998, nunca tendo sido levado a julgamento.
Hoje, o Camboja é oficialmente uma democracia multipartidária, mas, na
realidade, é um estado do partido comunista dominado pelo primeiro-ministro Hun Sen,
que se encontra no poder desde 1985.
Em 2006, com a ajuda das Nações Unidas, o governo cambojano inaugurou um
tribunal conhecido como Câmaras Extraordinárias nos Tribunais do Camboja (ECCC).
Foi a primeira vez que o genocídio foi reconhecido como crime pelo direito
internacional. Durante o processo das Câmaras Extraordinárias nos Tribunais do
Camboja, patrocinada pela ONU, milhares de pessoas denunciaram as decapitações, as
violações, os casamentos forçados e episódios de canibalismo. Todavia, os dois
principais dirigentes do Khmer vermelho negaram as acusações que lhes foram feitas.
Noun Chea, de 92 anos, vice-líder durante o atroz regime extremista de Pol Pot,
e o ex-chefe de estado Khieu Samphan, de 87 anos, foram condenados a prisão
perpétua. Ambos foram condenados pelas câmaras Extraordinárias dos Tribunais do
Camboja devido à violação das Convenções de Genebra de 1949, e pelos crimes
perpetrados contra a humanidade: assassínio, extermínio, escravatura, deportação,
prisão, tortura, perseguição por motivos políticos, religiosos e raciais contra civis no
Camboja entre 1975 e 1979.

Consequências do conflito aos níveis económico, social, demográfico e político

Podem ser elencadas algumas consequências do conflito no Camboja, a saber:


❖ Prática da uma utopia agrária, onde as pessoas eram obrigadas a trabalhar e
eram torturadas;
❖ Desocupação das cidades, através da migração da população para fazendas
coletivas, onde as pessoas eram submetidas a um trabalho forçado;
❖ Abolição da propriedade privada;
❖ Deixaram de ser concedidos salários;
❖ Foram encerradas infraestruturas, desde hospitais, escolas e bibliotecas;
❖ Intensa perseguição contra minorias étnicas e grupos intelectualizados da
sociedade;
❖ Estima-se que com o governo de Pol Pot morreram, pelo menos, 1.5 milhões de
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pessoas;
❖ Não havia liberdade de expressão, opinião, reunião. Todos os membros que
discordassem do governo, eram presos e torturados.

Importância da atuação das ONG na ajuda às populações do Camboja e na


denúncia de problemas relacionados com os atentados aos direitos humanos

As ONG, são Organizações Não Governamentais (sem fins lucrativos) que atuam no
setor terciário da sociedade. Estas organizações têm uma finalidade pública e atuam em
diversas áreas como o ambiente, o combate à pobreza, assistência social, saúde,
educação, entre outras.
Algumas das organizações mais reconhecidas são a Greenpeace, que atua
internacionalmente em questões relacionadas à preservação do meio
ambiente e desenvolvimento sustentável, com campanhas dedicadas às áreas
de florestas, clima, nuclear, oceanos, engenharia genética, substâncias
tóxicas, transgênicos, agrotóxicos e energia renovável. A organização procura
sensibilizar a opinião pública através de atos, publicidades e outros meios. A sua
atuação baseia-se nos pilares filosófico-morais da desobediência civil e tem, como
princípio básico, a ação direta pacífica.
A Amnistia internacional é também uma organização não governamental
extremamente importante, e que tem como baluarte a defesa dos direitos humanos. O
objetivo declarado da organização é realizar pesquisas e gerar ações para prevenir e
acabar com graves abusos contra os direitos humanos e exigir justiça para aqueles cujos
direitos foram violados. “A visão que nos move é a de um mundo em que cada pessoa
usufrua de todos os direitos plasmados na Declaração Universal dos Direitos Humanos
e outros padrões internacionais de direitos humanos. Não importa quem seja, ou onde
estiver.”1

O papel das ONGS no Conselho de Direitos Humanos da ONU

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Em abril de 2006, a Assembleia Geral da ONU aprovou a criação do Conselho de
Direitos Humanos (Conselho ou CDH) atribuindo a esse órgão o papel de promover o
respeito universal pela proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
No mesmo documento que dá vida ao CDH, ressalta-se que paz, desenvolvimento e
direitos humanos constituem os três pilares fundamentais da Organização das Nações
Unidas. Reconhece-se, ainda, a necessidade do novo Conselho de Direitos Humanos
guiar os seus trabalhos pelos princípios de universalidade, imparcialidade, objetividade
e não-seletividade – em clara referência às críticas tecidas à Comissão de Direitos
Humanos (Comissão, órgão que o precedeu).
Na extinta Comissão, as Organizações Não-Governamentais (ONGs) tiveram papel
ativo e importante. Não há dúvidas de que, no novo Conselho, a participação das ONGs
continuará essencial, buscando aproximá-lo das realidades locais de violações aos
direitos humanos e monitorando os posicionamentos dos países que o compõem. Não
há dúvidas, também, que o fortalecimento da participação das ONG dos países em
desenvolvimento, o chamado Sul Global, torna-se mais do que nunca necessária dado,
entre outros, à composição geográfica do CDH.
O CDH é hoje o principal órgão internacional de promoção e proteção dos direitos
humanos, sendo responsável por “promover o respeito universal pela proteção de todos
os direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de qualquer
tipo e de maneira justa e igualitária”.
A ação das ONG junto ao Conselho é considerada importante para aproximá-lo das
realidades locais onde acontecem as violações aos direitos humanos e contribuir com
distintas expertises aos seus trabalhos. Além disso, é de vital importância que as ONG
acompanhem o posicionamento dos países-membros e dos observadores do CDH,
procurando influenciá-los sempre que necessário.

1
https://www.amnistia.pt/visao-e-missao/
O fortalecimento da participação de ONGs de países do Sul Global demonstra-se
essencial não somente porque a maior parte das grandes violações aos direitos
fundamentais acontece nesses países, mas também porque a composição geográfica do
CDH lhes dá a maioria numérica. 2

O Camboja passou por uma longa fase de destruição e guerra, que afetou fortemente
9
o equilíbrio social e económico do país. Existem alguns programas de voluntariado,
como, por exemplo, a A Volunteering Solutions, em associação com ONG locais na
cidade de Phnom Penh, que visa ajudar os setores mais vulneráveis da sociedade,
fornecendo-lhes apoio para terem uma vida melhor.

2
https://sur.conectas.org/o-papel-das-ongs-no-conselho-de-direitos-humanos-da-onu/
Conclusão

Face ao exposto podem ser aduzidas três asserções essenciais. Em primeiro lugar, o
genocídio foi um processo de assassinato em massa, promovido no Camboja pelo
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regime do Khmer vermelho, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979. Em segundo lugar,
foram cometidas atrocidades contra a população do Camboja, em que quase dois
milhões de pessoas, ou um quarto da população do país, morreu de fome, doenças e
execuções durante o governo do partido comunista Khmer Vermelho. Em terceiro lugar,
para que nunca mais se repita na História da Humanidade horrores como este, existem
Organizações Governamentais (a título de exemplo, a Organização das Nações Unidas),
e Organizações Não Governamentais (como por exemplo, a Amnistia Internacional), que
se dedicam à proteção dos Direitos Humanos.
Webgrafia

https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/genocidio-
cambojano.htm
https://www.ushmm.org/confront-genocide/cases/cambodia/introduction/cambodia-
11
1975
https://aulazen.com/historia/regime-do-khmer-vermelho-no-camboja/
http://ardinadarede.blogspot.com/2018/04/genocidio-cambojano.html
https://pt.euronews.com/2018/11/16/khmer-vermelho-primeira-condenacao-por-
genocidio
https://nacoesunidas.org/onu-elogia-condenacao-de-ex-lideres-do-khmer-vermelho-
por-genocidio/
https://www.publico.pt/2018/11/16/mundo/noticia/veredicto-lideres-khmer-
vermelho-reconhece-primeira-genocidio-camboja-1851433
https://www.amnistia.pt/declaracao-universal-dos-direitos-humanos/

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