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DECLARAÇÃO DE AUTORIA
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5
1.1 TEMA ESTUDO: ........................................................................................................................ 7
1.2 Delimitação do Tema .................................................................................................................. 7
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .......................................................................................... 7
1.4 JUSTIFICATIVA DO TEMA.................................................................................................... 7
1.5 OBJETIVOS................................................................................................................................ 8
1.5.1 Objectivo geral ............................................................................................................................. 8
1.5.2 Objectivos específicos.................................................................................................................. 8
1.5.3 HIPÓTESES .................................................................................................................................... 8
CAPITULO II: EQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUAL ................................. 9
2.1 Organização ........................................................................................................................................ 9
2.2 Clima organizacional .......................................................................................................................... 9
3.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO .................................................................................... 11
2.6 Motivação e desmotivação humana ................................................................................................. 18
2.7 Teoria dos 2 factores ......................................................................................................................... 20
2.8 Os desafios da moderna gestão de pessoas ....................................................................................... 23
2.9 O Treinamento nas organizações ..................................................................................................... 26
3.8 Satisfação no trabalho ....................................................................................................................... 29
3.2 Técnicas para colecta de dados ......................................................................................................... 31
3.3 Fontes para colecta de dados ............................................................................................................. 32
3.4 Caracterização da amostra pesquisada .............................................................................................. 32
3.5 Instrumentos de colecta de dados...................................................................................................... 32
3.6 Possibilidade de tratamento e análise de dados................................................................................. 32
4.2 Apresentação dos dados da pesquisa ................................................................................................ 35
CAPÍTULO IV: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ................................................ 42
6. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 44
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INTRODUÇÃO
Actualmente verifica-se que o mercado moderno, tem se apresentado cada vez mais exigente,
diante dessa realidade as organizações têm sido forçadas a buscar inúmeras alternativas para
acompanhar as eventualidades.
Nota-se que o sucesso de uma organização pode ser avaliado pelo ambiente de trabalho que é
oferecido pelo empregador aos seus trabalhadores. Entretanto, não é assim o tempo todo.
Segundo DUTRA (2002) há momentos de conflitos, momentos nos quais os trabalhadores ficam
irritados sem condições de externar as frustrações e há momentos em que apresentam resistência
às mudanças, de maneira a aumentar as tensões no trabalho ocasionando prejuízos ao
desenvolvimento das organizações.
Este trabalho propõe-se a versar sobre o tema importância da motivação nas empresas, Foi
desenvolvido um estudo de caso os trabalhadores da empresa Coca-Cola. Nota-se que a
motivação é um estado que impulsiona a pessoa a assumir determinados tipos de
comportamentos como direcção, intensidade e persistência ao longo do tempo e o desafio maior
será dispor de indivíduos para gerir de forma mais afectiva as questões pessoais e profissionais
ao mesmo tempo, equilibrando as necessidades de ambas as partes.
Opresente trabalhoaborda como tema a motivação dos trabalhadores como factor importante para
o sucesso de uma empresa. Entende-se por sucesso a excelência na prestação de serviços, e um
dos factores que possivelmente contribuem, pode ser o comprometimento do trabalhador com a
organização. Segundo CHIAVENATO (2005), a motivação dos funcionários impulsiona suas
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Acredita-se que a motivação deve ser integrada na cultura organizacional, ou seja, um estímulo
praticado quotidianamente nas relações com as pessoas envolvidas no processo. Em outros casos,
observa-se empresas que defendem a motivação atrelada, exclusivamente, à oferta de benefícios
financeiros ou materiais. Todavia, esta estratégia deve ser cautelosa, pois se mal empregada pode
promover o desempenho em curto prazo em detrimento ao alcance dos resultados a longo prazo,
além de favorecer a extinção das equipes de cooperação, alimentando a rivalidade entre
colaboradores e, ainda, permitindo que o ambiente de trabalho torne um local de competições
pessoais, sem considerar os objectivos que norteiam a organização.
Assim, o estabelecimento da Cola - Cola de Cabo Delgado contribui para o aumento da oferta e
da procura local de serviços na área de venda e desenvolvimento de competências do sector
público, sector privado e da sociedade civil, o que faz com que os funcionários que trabalham
naquele Centro comercial se sentam motivados a realizar eficazmente as suas actividades, no
desenvolvimento de conteúdos e aplicações, para acesso da maioria da população.
Os aspectos motivacionais têm sido um facto de grande referência com relação à realização de
trabalhos pelos colaboradores de uma organização e o seu consequente desenvolvimento.
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A escolha do tema justifica-se pela necessidade de compreender os factores que contribuem para
a motivação dos recursos humanos de uma Organização, neste caso, da Coca-cola de Cabo
Delgado.
1.5 OBJETIVOS
1.5.3 HIPÓTESES
Segundo CHIAVENATO (2000, p. 348), a organização é “uma unidade social dentro da qual as
pessoas alcançam relações estáveis entre si, no sentido de facilitar o alcance de um conjunto de
objectivos e metas”. Uma organização consiste num grupo de pessoas, tanto formal ou informal
que se agrupam com um objectivo e passam assim, a buscar, incessantemente, a realização
destes.
Para CURY (2000, p.115), uma organização é definida como “um tipo de associação em que os
indivíduos se dedicam a tarefas complexas e estão entre si relacionadas por um consciente e
sistemático estabelecimento e consecução de objectivos, mutuamente aceitos”. Qualquer grupo
que se associa com a intenção de concretizar um objectivo proposto denomina-se organização. O
conceito de organização abrange um amplo contexto, pois, afinal, uma faculdade, um time, um
grupo de música ou qualquer outro grupo se estende a esse conceito, onde pessoas se reúnem
para atingir o mesmo objectivo.
Percebe-se então que, para que a organização alcance o sucesso almejado é muito importante que
as pessoas estejam engajadas nesse propósito e que se esforcem ao máximo para conseguir
atingir os objectivos propostos.
De acordo com ROBBINS (2005) com a definição mais usada de Clima Organizacional é a de
um conjunto de propriedades mensuráveis do ambiente de trabalho percebido, directa ou
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indirectamente pelos indivíduos que vivem e trabalham neste ambiente e que influencia a
motivação. Para DUTRA (2002) o Clima Organizacional é o indicador de satisfação dos
membros de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da
organização, tais como: políticas de RH, modelo de gestão, processo de comunicação,
valorização profissional e identificação com a empresa.
A pesquisa de clima é uma ferramenta que mede a percepção das pessoas em relação ao seu
ambiente de trabalho. É importante conhecer esta percepção, pois o sentimento que as pessoas
têm sobre a empresa tem um impacto profundo sobre como e quanto trabalham. Ao responder
uma pesquisa de clima, os colaboradores têm a possibilidade de reflectir esta interacção entre as
características pessoais e organizacionais. O clima não é determinado nem pelo colaborador, nem
pela empresa, nem pela liderança, mas cada um é responsável pelo seu espaço, com o tamanho
da influência.
GRAÇA (1999) afirma que sete variáveis são apresentadas na concepção das dimensões do
clima organizacional: conformismo, responsabilidade, padrões, recompensa, clareza
organizacional, calor e apoio, e liderança. Essas variáveis interferem no comportamento dos
grupos de pessoas que compõem a organização, pois cada um deles possui seu particular padrão
de motivos. Assim, as interacções dos padrões de motivos dos membros de uma organização são
agregadas aos estilos de liderança das pessoas-chave da organização, incluindo as suas normas,
seus valores em acordo com a estrutura organizacional, de modo a criar nela um clima
psicológico. Neste sentido, pode-se dizer que o clima organizacional é o reflexo das motivações,
comportamentos e relações estabelecidas dentro das organizações.
Para se falar de qualidade de vida, temos de entrar no campo da motivação humana, buscando
descobrir quais as necessidades do homem e o que aspira como realização de vida. Entende-se
por qualidade de vida (QV) um “conjunto harmonioso e equilibrado de realização em todos os
níveis, como: saúde, trabalho, lazer, sexo, família, desenvolvimento espiritual” (RAMOS, 1995,
p. 55).
Este conceito, como podemos perceber, é amplo e genérico. Definido neste plano
de generalizações abstractas, QV nos reporta, queiramos ou não, ao
desenvolvimento científico, tecnológico e social contemporâneo, no qual vimos
alterados os valores e conceitos do Homem moderno e, como consequência, a
QV tornou-se uma preocupação crescente. Se, por um lado, um maior
desenvolvimento leva algumas pessoas a formas mais confortáveis devida, por
outro, a constatação do empobrecimento e a busca de uma sociedade mais justa e
equilibrada se faz presente, nos fazendo constatar que este ideal ainda não foi
atingido (RAMOS, 1995).
silenciosas, a curto, médio e longo prazo. Caso quiséssemos nos aprofundar nesse ponto,
teríamos que caminhar por aspectos como a manutenção do poder, do controle social, da
tentativa de obtenção do poder político, de valores e/ou da participação social, que não é nosso
objectivo. Porém, não podemos ignorar que estas mesmas condições podem ser observadas em
uma situação de trabalho, na qual as pessoas envolvidas, diante da perspectiva constante, por
exemplo, de desemprego, também utilizam desses mecanismos para com seus companheiros.
Conforme RÉGIS FILHO e LOPES (1997) o trabalho é a actividade humana por excelência. É a
resposta do homem aos desafios da natureza, na luta pela sobrevivência. Para os autores, o
trabalho provê os recursos necessários para o sustento do trabalhador e de sua família,
desenvolve habilidades e enriquece a afectividade, como resultado do relacionamento humano.
No entanto, assim como traz benefícios, também pode causar sofrimento físico e mental,
podendo também afectar a família do trabalhador, dependendo das condições e da forma como é
organizado.
Segundo SPECTOR (2006) há mais de uma década, as empresas compreenderam que devem
investir na saúde integral do trabalhador, desde então, tem surgido muitas melhorias na relação
homem e trabalho por meio de programas de promoção da saúde com o objectivo de melhorar a
qualidade de vida dos empregados. Para KANAANE (1999) o termo qualidade de vida depende
da relação existente entre vários factores de natureza biológica, psicológica e sociocultural, tais
como: saúde física, saúde mental, longevidade, satisfação no trabalho, relações familiares,
disposição, produtividade, dignidade e até mesmo a espiritualidade.
Portanto, não depende somente de factores que estão relacionados à saúde, mas envolve outros
como, trabalho, família, amigos, e outras circunstâncias da vida. Assim, fica evidente a
importância do bem-estar e saúde do indivíduo no trabalho, pois é nele que se passa a maior
parte do tempo. Pois, a qualidade de vida está directamente relacionada com as necessidades e
expectativas humanas e com a respectiva satisfação dessas, correspondendo ao bem-estar do
indivíduo no ambiente de trabalho, expresso por meio de relações saudáveis e harmónicas. Neste
sentido, a Qualidade de Vida importa consciência individual e social sobre o significado da vida
para que o homem coloque sua força transformadora em sua realização plena.
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Segundo SAMPAIO (2004) o tema Qualidade de Vida no Trabalho foi representado, no passado,
pela busca de satisfação do trabalhador e pela tentativa de redução do mal-estar e do excessivo
esforço físico no trabalho. Pode-se dizer que das primeiras civilizações já se tem notícia de que
teorias e métodos eram desenvolvidos com vista a alcançar tais objectivos. Entretanto, foi apenas
a partir da sistematização dos métodos de produção, nos séculos XVIII e XIX, que as condições
de trabalho passaram a ser estudadas de forma científica, primeiramente pelos economistas
liberais, depois pelos teóricos da Administração Científica e posteriormente pela Escola de
Relações Humanas.
Ainda segundo SAMPAIO (2004) a Escola de Relações Humanas, cuja preocupação era com os
aspectos psicossociais do trabalho, foi a que maior identificação apresentou com o movimento de
Qualidade de Vida no Trabalho. Elton Mayo, o iniciador da Escola de Relações Humanas
descobriu a importância das relações sociais do trabalhador, observando que a produtividade
aumenta quando isto acontece em determinados fenómenos de grupo. Estamos diante, então, de
forças que actuam na mudança social e que se fazem de forma endógena, ou seja, dentro da
própria sociedade. Daí a presença constante de movimentos sociais que nada mais é do que
tentativas do homem em resistir às mudanças, o que tende a fragilizar e muitas vezes
desestruturar sua vida não só profissional como também pessoal.
KANAANE (1999) nos coloca que, os estudos de Maslow e de Herzberg sobre a motivação
humana apresentaram uma fundamentação teórica para o tema. O primeiro desses desenvolveu
uma teoria sobre a hierarquia das motivações, segundo a qual uma vez estejam satisfeitos os
motivos primários ou fisiológicos aparecem os motivos secundários ou psicossociais. Herzberg,
por sua vez, apresentou uma teoria segundo a qual os motivos se agrupavam em dois blocos: os
factores higiénicos, indispensáveis para manter o estado de equilíbrio necessário ao trabalho e
aos factores motivacionais, que tendem a aumentar o interesse das pessoas pelo trabalho.
Para CHIAVENATO (1991) os estudos de Dinâmica de Grupo iniciados por Kurt Lewin e
desenvolvidos por seus discípulos e seguidores focalizaram os fenómenos de grupo, mostrando
que a convivência e a participação tendem a aumentar a rentabilidade no trabalho. Apesar de tais
estudos tangenciarem a questão, a expressão Qualidade de Vida no Trabalho só apareceu na
literatura especializada no início da década de 50 de nosso século, na Inglaterra, quando Eric
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Trist e seus colaboradores estudavam um modelo macro para tratar o trinómio Indivíduo
Trabalho - Organização. A partir de então, surge uma abordagem sócio - técnica da organização
do trabalho, que tem como base a satisfação do trabalhador no trabalho e com o trabalho.
Huse & Cummings (apud CHIAVENATTO, 1991) citam estudos desenvolvidos em 1957,
quando Davis e outros realizavam pesquisas para modificar as linhas de montagem nos Estados
Unidos, com o objectivo de tornar o trabalho mais agradável. Os autores consideram, entretanto,
que foi na década de 60 que realmente ganhou impulso o movimento de melhoria de qualidade
de vida dos trabalhadores, graças, principalmente, à influência que a conscientização dos
trabalhadores e o aumento das responsabilidades sociais exerceu sobre cientistas e dirigentes
organizacionais, levando-os a pesquisar o assunto.
Nadler et al. (apud SAMPAIO, 2004, p.56) consideram que, inicialmente, a qualidade de vida no
trabalho foi tratada como uma reacção individual ao trabalho e só mais tarde foi relacionada aos
projectos cooperativos de trabalho. Segundo esses autores, a QVT evoluiu, depois, para tornar-se
um meio de engrandecimento do ambiente de trabalho e para o alcance de maior produtividade e
satisfação, ligando-se a expressões como “gerenciamento participativo” e “democracia
industrial”, que passaram a constituir seu alvo.
De acordo com Huse & Cummings e Nadler (apud SAMPAIO, 2004, p. 74), foi na década de 70
que realmente emergiu o grande desenvolvimento da Qualidade de Vida no Trabalho,
principalmente devido à criação de centros de estudos de QVT nos Estados Unidos. Para isto,
contribui também o sucesso dos modelos gerenciais japoneses, que estão geralmente
preocupados em promover a satisfação do trabalhador e, visando tal objectivo, procuram
desenvolver estudos e pesquisas de QVT.
Baseando-se em SPECTOR (2006), pode-se dizer que, embora haja avanços significativos,
muitas têm sido as perdas para a maioria das pessoas, já que a complexidade das organizações e
o advento de métodos de produção em massa trouxeram como consequência uma maior
desumanização do trabalho.
Pode-se dizer assim, que um programa de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), deve atingir
todos os níveis, direccionando esforços para a canalização da energia disponível para o
comprometimento humano. A necessidade de tornar nossas empresas competitivas colocou-nos
de frente com a busca pela qualidade, que deixou de ser um diferencial competitivo, para se
tornar condição de sobrevivência. Para tanto, é necessário canalizar esforços para alcançar
qualidade mas sem esquecer o comprometimento humano e que elas são a peça mais importante
da organização. Com isso haverá qualidade e qualidade de vida no trabalho.
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Sendo assim, a empresa interessada deve criar uma cultura de qualidade, envolvendo as pessoas
com desenvolvimento e criatividade, iniciativa, para que eles aceitem as mudanças,
desenvolvendo algumas acções educativas, tais como:
Pesquisa de clima organizacional: a empresa necessita saber como está o seu público
interno (colaboradores) se está motivado, se o clima está bom. Isto é feito através de
mensuração das atitudes dos funcionários em relação às políticas e práticas empresariais
(questionário), compreensão da gerência à opinião do colaborador, estudar a eficiência
organizacional e demonstrar interesse pela opinião de cada funcionário (GIL, 2001).
Avaliação de desempenho: é a realização do feedback, avaliar o que foi feito e o que pode
melhorar. Do ponto de vista de Gil (2001, p. 273): A avaliação deve ser entendida menos
como um mecanismo de controlo e mais como um meio de aumentar a competência.
Como um processo que irá permitir aos gerentes orientar, corrigir e incentivar seus
subordinados. Será o caso mesmo de implantar a avaliação para qualidade.
Empowerment: é um sistema na qual os empregados impulsionam suas ideias até a
conclusão, dando razão ao espírito criativo, liberando a capacidade de todos para
melhoria contínua (GIL, 2001).
Porém, os QVTs apresentam dificuldades para serem implantados, como envolve os empregados
somente e custos, é difícil aderi-los junto à alta administração. Contudo, através destes
programas permite reconciliar objectivos dos indivíduos com os das organizações. Como
caracteriza Gil (2001, p. 276):
Os programas de QVT têm como objectivo criar uma organização mais humanizada, mediante
maior grau de responsabilidade e de autonomia no trabalho, recebimento mais constante de
feedback sobre o desempenho, maior variedade e adequação de tarefas e ênfase no
desenvolvimento pessoal do indivíduo. Nesse sentido, esses programas constituem uma das mais
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Devido às mudanças ocorridas nas organizações e com a nova perspectiva económica advinda
com a industrialização e a tecnologia, fez com que as empresas se preocupassem mais com o
comportamento das pessoas dentro das organizações.
O conceito de motivação é muito extenso e complexo, pois não existe uma regra geral, como
uma receita de doce, na qual os ingredientes são misturados na medida certa e com tempo de
preparo definido. São acções diversas, que contemplam um universo de inúmeros factores, que
têm que serem dirigidos especificamente para cada caso, conforme a actividade empresarial, o
perfil dos colaboradores, que podem produzir o desempenho positivo ou negativo (ROSE, 2005).
Dentro deste contexto surge a necessidade de se saber o comportamento dos indivíduos dentro da
organização a fim de conhecer os motivos e factores que fazem com que eles estejam motivados
a continuarem trabalhando e desempenhando suas tarefas com sucesso. A motivação humana
então passa a ser um tema de ordem essencial da empresa na busca por melhores resultados
organizacionais, onde que por meio de pessoas satisfeitas no que fazem elevam seus
desempenhos, colaborando com o desenvolvimento pessoal e organizacional.
As empresas então buscam desvendar o que levam seus funcionários a estarem motivados e o
que vem a ser de fato motivação. E, segundo PINHEIRO (2006, p.24 e 25) motivação é:
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Diante dessa definição podemos ver que motivação é muito mais do que estar motivado está
intimamente ligado ao estado, situação ou actividade que uma pessoa se encontra.
De acordo com BUONO (1992) os efeitos da desmotivação no trabalho podem gerar graves
problemas tanto para as organizações quanto para as pessoas. Do lado das organizações, podem
sofrer perdas de seus padrões de qualidade e produtividade. Da parte das pessoas, as
consequências negativas estão ligadas à saúde física e mental, ao stress, ao absenteísmo, à baixa
produtividade e desempenho no trabalho, sem contar a falta de comprometimento com sua
organização.
Um dos problemas mais desafiadores para as organizações é como motivar indivíduos que
ganham salários baixos e com poucas oportunidades de aumentar significativamente a sua
remuneração, quer em seus empregos actuais, quer por meio de promoções. Essas posições são
normalmente preenchidas com pessoas que têm ensino e habilidades limitadas e cujos níveis de
remuneração são pouco superiores ao salário mínimo (ROBBINS, 2003).
Percebe-se que são muitas as teorias sobre a motivação das pessoas no trabalho e com o trabalho.
Isto, por si só, já demonstra a complexidade do assunto.
Outra visão que nos parece adequada para o estudo da motivação no trabalho do conhecimento é
a que define o "contrato psicológico". Não se trata de um contrato convencional, já que a sua
maior parte não pode ser escrita e nem falada.
Conclui-se assim, que nas organizações do conhecimento, onde o trabalho intelectual será cada
vez mais predominante, mais os contratos de trabalho serão psicológicos. Organizações e pessoas
estarão mais envolvidas na identificação das expectativas dos outros. Reter talentos dependerá
fundamentalmente disso.
Essa experiência trouxe a tona por volta de 1950, vários estudos sobre o processo motivacional,
dando início a vários argumentos e teorias como os apresentados por Abraham Harold Maslow
que fala da motivação segundo hierarquia de necessidades, Frederick Herzberg que demonstra a
motivação segundo factores motivacionais e higiênicos e David McClelland que apresenta que as
pessoas aprendem com a vida quais suas necessidades (MARRAS, 2002).
Abraham Harold Maslow (apud MARRAS, 2002), apresentou uma teoria para explicar as razões
da motivação, segundo a qual organiza as necessidades humanas num modelo piramidal e
disposto em níveis de acordo com a importância e influência. Na base da pirâmide estão as
necessidades mais primitivas (necessidades fisiológicas) que dominam o comportamento da
pessoa até que sejam satisfeitas, em seguida o próximo nível torna-se preponderante até que seja
satisfeito, e nesta ordem até chegar ao topo da pirâmide, onde estão as necessidades mais
refinadas (de auto-realização).
As necessidades de auto realização (no vértice das necessidades do homem) são as de dar vida às
nossas potencialidades, de nos desenvolvermos ou aperfeiçoarmo-nos continuamente, de sermos
criativos, de realizarmos um projecto pessoal de vida, de realizar aquilo que de melhor há em
nós. O termo auto-realização foi empregado por Maslow e refere-se ao pleno potencial do ser
humano. Para Maslow o termo auto-realização equivalia a saúde ou doença psicológica,
exemplo, se uma pessoa tivesse preenchido todas as necessidades e chegado ao último nível, ela
seria considerada uma pessoa saudável. No caso da doença ele sugeriu que falasse de
“interrupção ou diminuição humana”. Quais as características de uma pessoa auto-realizada?
Bem, segundo suas observações, Maslow identificou um certo número de características e elas
são: Percepção eficiente da realidade, aceitação, espontaneidade, centradas nos problemas,
necessidade de privacidade, independência da cultura e do meio, frescor da apreciação,
experiências supremas, afinidade com os seres humanos, humildade e respeito, relacionamentos
interpessoais, ética e valores, discriminação entre meios e fins, senso de humor, criatividade,
resistência à aculturação e resolução da dicotomia (MARRAS, 2002).
De acordo com CHIAVENATO (2000, p. 395) “as necessidades humanas assumem formas e
expressões que variam conforme o indivíduo. Sua intensidade ou manifestação também são
variadas, obedecendo às diferenças individuais entre as pessoas. [...]”
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Diante dos novos e constantes desafios impostos pelo fluxo de mudanças globais, percebe-se que
a perspectiva da moderna gestão de pessoas tende cada vez mais a valorização das pessoas, numa
óptica que o capital humano tem potenciais e contribui significativamente aos negócios
empresariais. Este estudo propõe a ideia de que a organização tradicional - hierárquica – está em
extinção, demandando da organização contemporânea atitudes ágeis, inteligentes, flexíveis a
modo garantir acções preventivas ao invés de acções correctivas, visto como, estas são posturas
exigidas para sua permanência no mercado. Os principais desafios para a gestão de pessoas (GP)
são segundo GIL (2002, p. 17):
Ambientais: as grandes revoluções tecnológicas e de comunicação, globalização,
ampliação do sector de serviços, diversificação da força de trabalho e a
ampliação do nível de exigência do mercado;
Organizacionais: competitividade, integração dos empregados à cadeia de valor,
descentralização, terciarização, cultura organizacional, entre outros;
Individuais: identificação do funcionário com a empresa, conduta ética,
produtividade, segurança no emprego, qualidade de vida e manutenção dos
talentos.
Nota-se que a cada instante surge diversos desafios para GP, cujos autores acima citam os
principais dentre muitos, compondo este cenário cada vez mais competitivo. No entanto a GP
tem adquirido grandes méritos, uma vez que a mesma tornou-se uma das partes estratégicas da
organização, que acolhe a grande responsabilidade, tal como, administrar seres tão complexos e
diferentes em termos de personalidade, cultura, aptidões, habilidades e conhecimentos
adequando-os às exigências organizacionais.
Nota-se ainda que este modelo de GP destacou-se através da busca contínua pela eficácia
organizacional, levando em consideração os aspectos individuais do activo intelectual humano,
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afim de que se cultive uma relação de parceria, proporcionando assim um ambiente propício para
desenvolver melhores formas, de fazer determinada actividade, além de perceber-se que é por
intermédio das pessoas com suas competências, e potencialidades que a organização poderá
obter vantagens em relação ao concorrente, alcançando assim um melhor posicionamento.
Esse novo contexto exigirá uma gestão de pessoas que leve em conta a
existência, na organização, de um acervo intelectual constituídos pelas
experiências Know-how acumulados pelos trabalhadores. [...] Com essa maior
valorização do conhecimento, a gestão de pessoas deve criar um clima
organizacional propício, promovendo educação contínua e programas de
incentivos para retenção do acervo intelectual (a saída de uma pessoa da
organização provoca a perda de conhecimento e, portanto, de valor e de resultado
económico em potencial para a organização) (TACHIZAWA; FERREIRA e
FORTUNA, 2006, p. 25).
Para RIBEIRO (2005), a gestão de pessoas deve estar voltada, permanentemente, em auxiliar a
organização a alcançar seus objectivos e realizar suas missões tornando-a competitiva. Alem
disso tem de prover funcionários bem treinados e bem motivados, ao mesmo tempo em que
desenvolve e mantém a qualidade de vida no trabalho, buscando administrar as mudanças.
Percebe-se este modelo gestão busca agir baseada na actualidade, promovendo o conhecimento
das fortes tendências, visando continuamente apresentar acções pró-activas, cooperando assim na
superação das expectativas da empresa.
Segundo CHIAVENATO (2000, p. 34). “De uma área fechada, hermética, monopolística e
centralizadora que a caracterizavam no passado, a moderna ARH está se tornando aberta,
amigável, compartilhadora e descentralizadora”.
Para RIBEIRO (2005) As novas atribuições da GP, podem ser descritas das seguintes forma:
Propor, definir e garantir um conjunto de normas e procedimentos alinhados com os
princípios empresariais e de acordo com a legislação trabalhista;
Criar e operar sistemas que permitam que as oportunidades de emprego e
desenvolvimento de carreira estejam disponíveis a todos integrantes da organização;
Dar suporte às demais unidades da empresa prestadora de serviços ou funcionar como
facilitador nos processos de administração de pessoas;
Dar suporte as demais unidades da empresa no recrutamento e desenvolvimento;
Criar, propor e administrar instrumentos que possibilitem uma remuneração competitiva
a todos os funcionários;
Buscar sempre a diversidade, com o objectivo principal de aumentar o capital intelectual,
de modo a garantir a capacidade de actualização e inovação da empresa;
Ver as pessoas e a organização como seres espirituais e ajuda-las a dar o próximo passo
em seu processo de desenvolvimento;
Ter no treinamento a principal ferramenta para retenção do capital humano, e
desenvolver novas competências para a actual era empresarial;
Dignificar o trabalho e o ser humano;
No entanto, percebe-se que desempenhar o papel de gerir pessoas é uma tarefa árdua, somente
fará a diferença e em termos individuais e organizacionais o profissional de GP voltado ao
processo continuo de aprendizagem, conhecimento, desenvolvimento a fim de manter-se nesta
turbulenta onda de evolução global.
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Têm-se observado nos últimos anos que as pessoas capacitadas e motivadas são as molas
propulsoras para alavancar resultados plausíveis nas organizações. Mas ter pessoas e não buscar
desenvolver suas potencialidades é como ter um equipamento de alta tecnologia e não ter pessoas
qualificadas para manuseá-lo.
Pessoas representam o potencial individual e constituem o capital intelectual das
organizações. Aprende continuamente por meio de dados e troca de informações.
Através de seus talentos proporcionam maior valor agregado, na medida em que
são estimuladas e reconhecidas em seus respectivos ambientes de trabalho.
(PACHECO; ET AL, 2005 p. 26)
Conforme BOOG (2004, p. 74) “as organizações que vem investindo em treinamento e
desenvolvimento vem aumentando significativamente nos últimos anos criando novas
perspectivas para função de T&D”. A motivação do treinamento pode ser caracterizada, sendo
uma força capaz de levar alguém a determinada forma de comportamento. A motivação no
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treinamento lança novos desafios e objectivos a serem desenvolvidos pelos treinados, pode-se
notar que os mesmos assimilam com muita eficiência e empenho quando motivados, pois lhe
serão dadas novas responsabilidades após o treinamento, no desenvolver de suas actividades
(BOOG, 2004).
Na concepção de Gil (1994, p. 157) “a motivação tem sido vista como uma saída para melhorar o
desempenho profissional no que diz respeito tanto à produtividade quanto à saúde organizacional
à satisfação dos trabalhadores”.
Nota-se que a motivação é um conceito que se invoca para explicar as variações de determinados
comportamentos e, sem dúvida, apresenta uma grande importância para a compreensão do
comportamento humano. Uma pessoa faz o uso de suas capacidades dependendo da sua
motivação, seus desejos, suas carências, ambições. A pessoa vive em função da razão e emoção,
vida pessoal e profissional.
Percebe-se que a motivação, portanto, é algo intrínseca do ser humano. O que pode ser feito
externamente é criar condições que despertem o interesse das pessoas para alguma finalidade. A
Motivação envolve sentimentos de realização e de reconhecimento profissional.
Nota-se assim, que a motivação é um estado que impulsiona a pessoa a assumir determinados
tipos de comportamentos como direcção, intensidade e persistência ao longo do tempo e o
desafio maior será dispor de indivíduos para gerir de forma mais afectiva as questões pessoais e
profissionais ao mesmo tempo, equilibrando as necessidades de ambas as partes.
Mediante as contribuições dos autores acima descritos, treinamento nada mais é do que uma
acção voltada a mudanças, seja ela no campo cultural, comportamental, funcional, ou seja,
adquirir novas habilidades, conhecimentos necessário para sustentar uma carreira promissora.
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Para o treinamento são atribuídos dois tipos de objectivos, para ser alcançado por meio dele, a
saber: Os objectivos específicos e os genéricos: Segundo MARRAS (2003) entre os objectivos
específicos principaisda área de treinamento, são os seguintes:
Formação profissional: tem como meta alcançar um grau ideal de capacidade para
determinada profissão, repassando todos os conhecimentos e práticas necessárias ao bom
desempenho de uma função.
Especialização: oferece ao treinando um campo de conhecimento ou práticas específicas
dentro de uma área de trabalho para optimização dos resultados.
Reciclagem: tem como finalidade básica rever conceitos, conhecimentos ou práticas de
trabalho, renovando-os ou actualizando-os de acordo com as necessidades.
Deste modo percebe-se que o treinamento deve atender os seguintes aspectos, enfatizando as
necessidades do colaborador, de modo que garanta um trabalho voltado ao conhecimento
independente em qual estágio o colaborador se encontre.
O autor MARRAS (2002) ainda enfatiza que entre os objectivos genéricos mais importantes,
destacam-se os seguintes:
Aumento directo da produtividade: na medida em que o treinamento propicia a
realização das acções mais precisas e correctas evitando trabalhos. Havendo redução de
tempo no processo produtivo.
Aumento directo da qualidade: a qualidade tende a serem optimizadas
proporcionalmente ao conhecimento do trabalhador, suas actividades assegurará
melhores resultados.
Incentivo motivacional: treinar o trabalhador é oferecer a ele a possibilidade de ser
eficiente e eficaz isto faz com que o colaborador sinta-se motivado a fazer o que faz e
fazê-lo bem feito para sua própria satisfação.
Optimização pessoal e organizacional: é através do treinamento que o homem se
desenvolve profissionalmente, alavancando melhorias económicas conseguindo como
resultado sua ascensão profissional. Trabalhador em ascensão, satisfeitos e motivados
permite atingir a excelência em termos de desenvolvimento organizacional.
29
Observa-se que nos objectivos genéricos a acção de treinamento visa acertos, e melhorias na
rotina organizacional em prol de uma postura preventiva ao invés de reactiva, almejando obter
maior competitividade garantindo assim sucesso em sua actuação no mercado.
Empregados na sua maioria preferem trabalhos onde possam usar suas habilidades, capacidades
e ofereçam uma variedade de tarefas e feedback de seu desempenho, se preocupam com o
conforto pessoal, no ambiente de trabalho preferem instalações modernas com ferramentas e
equipamentos adequados, bem como ambientes limpos. Para o empregado, o grande factor de
satisfação é a compreensão e reconhecimento de seu bom desempenho, através de elogios de
seus superiores ou líderes (ROBBINS, 2005).
CAPITULOIII: METODOLOGIA
O tipo de estudo usado pelo presente trabalhofoi pesquisa descritiva que, segundo Marconi e
Lakatos (2002), consistiu em realizar investigação empírica cuja finalidade é o delineamento ou
análise das características de factos ou fenómenos, avaliação de programas, ou estabelecimento
de relações entre variáveis.
Esta também é uma pesquisa de carácter quantitativa que, segundo Artur (2010), nos estudos
quantitativos você conclui a colecta de dados quando atingir a amostra determinada.
Normalmente os estudos quantitativos envolvem questionários e cada resposta deve ser tratada
separadamente.
Foi igualmente usada a pesquisa do campo, porque realizou-se uma observação dos factos tal
como ocorrem espontaneamente, durante a colecta de dados e no registo de variáveis relevantes
para subsequente análise.
Neste trabalho foram empregadas como técnicas de pesquisa a pesquisa bibliográfica, o estudo
de caso e a observação, para obter as informações desejadas.
A pesquisa bibliográfica, segundo VERGARA (2000, p. 49): É o estudo com base em material
publicado em livros, revistas, jornais, redes electrónicas, isto é, material acessível ao público em
geral “que é” circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma
família, um produto, uma empresa, um órgão público ou mesmo país.
Para GIL (2002, p.54) “o estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamenteutilizada nas
ciências sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um oupoucos objectos”.Ainda
conforme Gil (2002, p. 56) “a observação nada mais é que o uso dos sentidoscom vistas a
adquirir os conhecimentos necessários para o quotidiano”.
Neste trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica, tendo em vista a necessidade deobter
informações sobre o tema abordado, buscando assim dar fundamentaçãoteórica como técnica
32
para a colecta dos dados e como fundamentação do temaproposto. Quanto ao estudo de caso e a
observação foram realizados na empresa Coca-Cola.
Segundo FERRÃO (2005, p. 107) a colecta de dados é realizada pelas técnicas depesquisa, cujo
tipo depende do objectivo do trabalho. É uma tarefa que demandatempo, paciência, esforço
pessoal, disciplina quanto ao tempo e local, treinamento,critério e atenção no registo da
informação.Os tipos de dados são classificados em dois grandes grupos: primários esecundários.
Sendo que os dados primários são aqueles que não foram colectados com o propósito de atender
as necessidades específicas dapesquisa em andamento (...). Os dados secundários são aqueles
queforam colectados, tabulados, ordenados e às vezes, até analisados e queestão catalogados à
disposição dos interessados (FERRÃO, 2005, p. 48).Neste estudo foram usadas as fontes
primárias e secundárias.
Neste estudo, para a colecta de dados foram utilizou-se o questionário com perguntasfechadas
junto aos trabalhadores. Segundo VERGARA (2000, p. 71), nos questionários de perguntas
fechadas ascategorias ou alternativas de respostas são fixas e preestabelecidas, tendo
oentrevistado que responder às alternativas que mais ajustar a sua característica, ideia ou
sentimento.
Segundo FERRÃO, (2005, p. 104), “uma vez que os dados foram colectados precisamser
organizados e posteriormente analisados e interpretados”. Sendo assim, após acolecta de dados,
os mesmos foram seleccionados e apresentados, em seguida foifeita análise e as informações
serviram de base para proceder à elaboração doparecer conclusivo, sobre o tema abordado.
A Empresa Coca – Cola de Cabo Delgado, situado na Cidade de Pemba, conta com um universo
de 40 colaboradores, sendo que para o presente trabalho todos constituirão a amostra necessária e
considerados como sujeitos da pesquisa.
Durante a realização deste trabalho, foram combinadas várias técnicas de pesquisa, tais como:
3.9 Pesquisabibliográfica
É a utilização das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A vantagem
deste tipo de pesquisa reside no facto de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar directamente (Gil, 1995).
3.10 Questionário
Segundo Gil (1995), questionário define-se como sendo a técnica de investigação composta por
um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por
objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, expectativas, situações vivenciadas,
etc.
3.11 Observação
Marconi e Lakatos (2002) definem a observação como sendo uma técnica de colecta de dados
para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Para estes autores, a observação ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a
respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam o seu
comportamento.
34
Para Vergara (2010), o tratamento de dados refere-se àquela parte na qual se explica para o leitor
como se pretende analisar os dados colectados, justificando por que tal tratamento é adequado
aos propósitos do trabalho. Segundo esta autora, os dados podem ser tratados com procedimento
estatísticos (por exemplo, testando as hipóteses), como também podem ser tratados de forma não
estatística (por exemplo, apresentando de forma não estruturada e analisando os dados).
35
Em função da extensão do universo, será definida uma amostra. Sobre a amostra, LAKATOS e
MARCONI (2002:18),” afirmam que a amostragem ocorre quando a pesquisa não é censitária,
isto é, não abrange a totalidade de componentes da população, surgindo a necessidade de
investigar apenas uma parte dessa população”.
Passa-se agora para a apresentação da pesquisa realizada nos períodos de Outubro a Novembro
de 2014 com os 40 (quarenta) trabalhadores afim de que se possa apontar os factores que
ocasionam a motivação e a desmotivação destes na empresa.
Com relação ao perfil dos entrevistados, 8 do total dos trabalhadores inquiridos são do sexo
feminino e os restantes 32 são homens, conforme observado na tabela 1.
TABELA 2 – IDADE
Idade Frequência Frequência
Absoluta Relativa
Entre 18-28 anos - -
Entre 29-37 anos 12 30
Entre 38-48 anos 22 55
Acima de 48 anos 6 15
Total 40 100
Fonte: Autora / Trabalho de campo
Quanto ao estado civil dos trabalhadores 55% dos entrevistados são solteiros, 40% casados
oficialmente e apenas 5% divorciados.
A tabela 4 nos mostra que a maioria dos trabalhadores, 55%, estão na faixa etária entre 38 a 48
anos, 15% estão acima dos 48 anos e, 30% têm entre 29 a 37 anos.
Em relação ao tempo de trabalho, nenhum dos pesquisados está na empresa há menos de 1 ano,
5% estão de 1 a 5 anos, 25% trabalham entre 5 à10 anos 70% estão acima de 10 anos a
exercerem as suas funções.
Quanto ao grau de escolaridade dos entrevistados, notou-se que: 60% dos entrevistados possuem
o ensino médio completo (2º grau), 30% possuem o superior incompleto e, 10% possuem o
ensino superior completo.
Em relação à motivação em seu ambiente de trabalho 5% acreditam que o que mais os motiva é a
equipe, 90% a perspectiva de crescimento e 2,5% o treinamento e os elogios e reconhecimentos.
38
Conforme a tabela 8, 90% dos trabalhadores quando estão motivados enfrentam desafios, e, 10%
tem mais facilidade em trabalhar em equipa.
Para 100% dos funcionários, a empresa investe em cursos de capacitação etreinamento, o que
pode ser verificado na tabela 9.
Na tabela 12 observa-se que, 2,5% dos trabalhadores afirmam que sentem-se muito motivados no
trabalho, 10% que sentem-se motivados com o trabalho, 80% sentem-se poucos motivados com
o trabalho e apenas 3 dos pesquisados afirmam que se encontram desmotivados.
Na tabela 13 observou-se que, 10% dos trabalhadores afirmam que seu relacionamento com os
colegas de trabalho é excelente, 30% é bom, 40% se necessários e 20% afirmaram que seu
relacionamento é péssimo.
40
O presente trabalho tinha como objectivo geral analisar a contribuição dos factores motivacionais
na qualidade do trabalho dos recursos humanos na Empresa Coca - Colada Província de Cabo
Delgado em Pemba, e o problema era de saber como é que a Coca - Cola de Cabo Delgado cria
motivação aos funcionários no seu ambiente de trabalho para prestarem melhores serviços da
Instituição.
Isto significa que os gestores do topo se têm preocupado em criar condições para que os outros
funcionários executem convenientemente o seu trabalho, admitindo que os mesmos apresentem
ideias ou sugestões para obtenção de resultados preferíveis e a melhoria do ambiente do trabalho.
Considera-se que esta forma de actuação proporcionada pela Empresa Coca - Cola de Cabo
Delgado em Pemba concorre significativamente para a motivação dos funcionários da
instituição. Pode-se dizer que o reconhecimento é um factor de motivação que contribui na
qualidade do trabalho.
No que diz respeito ao relacionamento com os colegas, verificou-se uma diversidade nas
respostas, contudo, quando se fez a conferência das mesmas a tendência foi de que as relações de
trabalho entre colegas são boas. Na verdade, mais da metade dos inqueridos respondeu que a
cultura da instituição e o relacionamento entre colegas favorecem a execução das actividades por
todos os funcionários, apesar de uma diminuta parte ter ficado no indiferente.
Assim, pode-se perceber que naquela instituição as pessoas estabelecem relações de trabalho,
buscando amizade e cooperação frequentemente, o que lhes permite criar um ambiente favorável
entre si. Os relacionamentos interpessoais saudáveis no ambiente do trabalho constituem factores
importantes da motivação.
Com relação às questões abertas, cujas respostas pediam uma elaboração, pretendendo-se obter
dos respondentes sentimento sobre o assunto em pesquisa, constatou-se que quase todos os
respondentes concordaram que a instituição tem feito encontros frequentes, através de reuniões e
convívios entre os funcionários.
Esta prática que a Coca - Cola de Cabo Delgado em Pemba tem levado a cabo, permite um
constante relacionamento, troca de experiências e criação de ambientes que facilitam a liberdade
de expressão entre os funcionários, este que constituem factores importantes para a motivação e
consequente empenhamento de todos ao trabalho.
42
Este estudo teve por objectivo discutir sobre o tema motivação afim de que se possa apontar os
factores que ocasionam a motivação e a desmotivação dos trabalhadores. Para se chegar a este
objectivo foi utilizada a metodologia de pesquisa exploratória e descritiva com técnicas de
colecta de dados bibliográficos e estudo de caso que ajudaram a melhor compreender e conduzir
as informações que deram suporte na elaboração do pensamento científico sobre a motivação dos
trabalhadores da Coca-Cola. Foram entrevistados 40 (quarenta) trabalhadores. Neste sentido, os
objectivos do trabalho foram explorados e aprofundados neste estudo.
O objectivo geral deste estudo era identificar os factores motivacionais edesmotivacionais que
levavam os trabalhadoresa desempenhar melhor suas funções. Assim, o mesmo foi respondido.
Entre os motivos que mais motiva os entrevistados atrabalhar na empresa está o crescimento, e o
que mais desmotiva está o salário. Esta resposta também responde o problema deste estudoque
buscou responder quais os factores que ocasionam a motivação e adesmotivação dos
trabalhadores.
O primeiro objectivo específico era identificar a relação da motivação com odesempenho dos
trabalhadores, o mesmo foi respondido no capítulo 4.O segundo objectivo específico buscou
observar a motivação, suas causas e arelação com o desempenho profissional, sendo assim, o
mesmo foi apresentadodentro dos capítulos 3, ou seja, no referencial teórico deste estudo.Já o
terceiro objectivo buscou apresentar o perfil dos colaboradores e levantar os factores
motivacionais existentes na Empresa, sendo assim, os mesmos foramapresentados no capítulo 4
deste estudo.
Ficou evidenciado também que a hipótese levantada, afirmava que a motivação as pessoas
satisfeitas consigo mesmas,são mais motivadas, produtivas e criativas e; as pessoas motivadas
envolvem-semais na solução de problemas, aproveitam as oportunidades, enfrentam desafios
etem maior facilidade em trabalhar em equipe.
Pode-se dizer ao final deste estudo que, motivar, dentro das organizações no mundoglobalizado,
é uma tarefa muito difícil de se implementar, de se por em prática, vistoque os trabalhadores
apresentam desejos diferentes, carências diferentes, objectivos diferentes e necessidades
43
Recomendações
Para a empresa Coca - Cola de Cabo Delgado em Pemba continuar a melhorar a eficácia e
eficiência no desenvolvimento da Instituição são indicadas as seguintes recomendações:
Que a Coca - Cola de Cabo Delgado reforce os recursos humanos existentes e realize
capacitação e formação dos novos funcionários;
Que o cumprimento integral por parte da Coca - Cola de Cabo Delgado em Pemba em
relação aos princípios, objectivos, políticas e actividades planificadas dinamize todos os
funcionários na gestão dos recursos pertencentes à Instituição, de acordo com os
instrumentos orientadores.
Que aos funcionários da Coca - Colade Cabo Delgado sejam proporcionados cada vez
mais ambientes que lhes favoreça reconhecimento, valorização e motivação,
influenciando no desenvolvimento das actividades da Instituição.
44
6. BIBLIOGRAFIA
CASTRO, Alfredo Pires de. Motivação. IN: VÁRIOS AUTORES. Manual degestão de
pessoas e equipes: estratégias e tendências. São Paulo: Gente,2002.
GIL, António Carlos. Projetos de pesquisa. 3. ed., São Paulo: Atlas, 1994.
______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SAMPAIO, Jader dos Reis (Org.). Qualidade de vida e psicologia social. SãoPaulo: Casa
do Psicólogo, 2004.
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