processo seletivo

001. Prova Objetiva

professor substituto de educação infantil

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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

30.06.2019
 CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 05.
No Brasil, mais garotas do que garotos expressam desejo
de seguir uma profissão em Ciências – cerca de 43% delas
demonstraram o interesse, contra 34% dos meninos. Os dados
são do último Programa Internacional de Avaliação de Estudan-
tes (Pisa, na sigla em inglês) e colocam o Brasil como parte de
um pequeno grupo de países onde isso acontece. O exame é
feito com adolescentes na faixa etária de 15 anos.
A estudante Millena Borba, de Porto Alegre, conta que,
na escola, a contribuição das mulheres em pesquisas e des-
cobertas não é destacada. “Não tem a presença feminina nos
exemplos dos professores. É como se tudo tivesse sido cria-
do por homens”, afirma Millena.
Para Carolina Brito, coordenadora do projeto Meninas na
Ciência, “muitas meninas não se enxergam nas profissões
de Ciências e Exatas porque não têm em quem se espelhar.”
Apesar do maior interesse em Ciências, as meninas têm,
na média, desempenho inferior ao dos meninos na matéria.
Foram quatro pontos a menos no Pisa. O fato de elas tirarem
notas piores, mesmo dizendo gostar mais, está ligado a fato-
res culturais, segundo a professora da Universidade Tecnoló-
gica Federal do Paraná (UTFPR) e doutora em antropologia
social, Marília Gomes. “Várias pesquisas vêm demonstran-
do, especialmente nas aulas de Ciências e Matemática, que
os meninos são muito mais estimulados a desenvolver seus
trabalhos e a participar de atividades em grupo do que as
meninas.”
As meninas, no entanto, tiveram desempenho considera-
velmente superior em Leitura, com média de 23 pontos a mais.
(Bianca Gomes, Leonardo Zvarick e Pedro Prata. Meninas nos laboratórios?
Sim, elas podem. https://arte.estadao.com.br, 17.04.2019. Adaptado)
01. Depreende-se da notícia que
(A) o maior índice de garotas interessadas em Ciências é
inédito no Brasil, embora seja algo comum no cenário
mundial.
(B) o desempenho inferior de garotas em Ciências pode
ser atribuído à contribuição nula de mulheres nessa
área.
(C) há um incentivo maior para que garotos se desenvol-
vam em Ciências, o que fica comprovado pelo desem-
penho desses no Pisa.
(D) há, de acordo com pesquisas, um movimento por
parte dos professores de incentivar garotas a se
­interessarem por Ciências e Matemática.
(E) o melhor desempenho de garotas em Leitura revela
que é natural que essas tenham desempenho pífio
em Ciências.
PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil
02. Encontra-se destacada expressão empregada em senti-
do figurado no seguinte trecho:
(A) No Brasil, mais garotas do que garotos expressam
desejo de seguir uma profissão em Ciências…
(1o parágrafo)
(B) … a contribuição das mulheres em pesquisas e
descobertas não é destacada. (2o parágrafo)
(C) … “muitas meninas não se enxergam nas profissões
de Ciências e Exatas porque não têm em quem se
espelhar.” (3o parágrafo)
(D) O fato de elas tirarem notas piores, mesmo dizen-
do gostar mais, está ligado a fatores culturais…
(4o parágrafo)
(E) As meninas, no entanto, tiveram desempenho con-
sideravelmente superior em Leitura, com média de
23 pontos a mais. (5o parágrafo)
03. Assinale a alternativa em que a circunstância indicada
nos parênteses é a mesma que se lê no vocábulo des-
tacado.
(A) … mais garotas do que garotos expressam desejo
de seguir uma profissão em Ciências… (modo)
(B) O exame é feito com adolescentes na faixa etária de
15 anos. (companhia)
(C) Não tem a presença feminina nos exemplos dos
professores. (tempo)
(D) É como se tudo tivesse sido criado por homens…
(dependência)
(E) Para Carolina Brito, coordenadora do projeto Meni-
nas na Ciência… (conformidade)
04. Assinale a alternativa que apresenta frase cujas ideias
estão em conformidade com o que se afirma no 4o pará-
grafo e com a norma-padrão da língua.
(A) Em comparação com as meninas, os meninos
­demonstram mais interesse por Ciências e Matemáti-
ca, apesar de serem mais estimulados.
(B) Porquanto as meninas gostem mais de Ciências, há
uma maior necessidade de incentivá-las a seguirem
essa área.
(C) Ainda que seja doutora em antropologia social,
­Marília Gomes é professora em uma universidade
no Distrito Federal.
(D) Não obstante o interesse das meninas por Ciências
ser maior que o dos meninos, o desempenho deles
nessa área é melhor.
(E) Os resultados do Pisa respaldam o maior interesse
das meninas por Ciências, já que são elas que gos-
tam mais dessa área.
2
05. No trecho – … os meninos são muito mais estimula- 07. A atitude da esposa diante do pedido da filha pode ser
dos a desenvolver seus trabalhos… (4o parágrafo) –, a definida como
­expressão em destaque pode ser substituída, no contex-
to em que se encontra, por (A) decidida.

(A) provocados para (B) duvidosa.

(B) impelidos com
(C) equivocada.
(C) instigados em
(D) receosa.
(D) incentivados de
(E) motivados sobre (E) suspeita.

Leia o texto para responder às questões de números 06 a 11.

08. O vocábulo demover, em destaque no 2o parágrafo, apre-
Este ano, no aniversário de cinco anos da minha filha senta como sinônimo no contexto em que se encontra:
Aurora, ela chegou decidida e nos informou que desta vez
(A) persuadir.
a festa seria indígena. Foi essa a palavra que usou: “indí-
gena”, do jeito que havia aprendido num projeto da escola. (B) destituir.
Ela e os colegas haviam recebido a tarefa de convocar os
pais para ajudá-los numa pesquisa sobre os povos nativos do (C) convencer.
Brasil. Coube a nós ler sobre os Ticuna, da Amazônia. Assim,
aprendi que se trata da etnia mais numerosa do país, e que (D) dissuadir.
são músicos e artistas plásticos originais. Pesquisando jun-
tos, compreendemos o significado de uma estatueta ticuna, (E) instigar.
trazida de uma viagem a Manaus.
Por um momento, a escolha dela nos deixou um pouco
preocupados. Minha esposa cogitou demover nossa filha da 09. Dois vocábulos no texto empregados com sentidos que
ideia: “nesses tempos de hoje, não é ofensivo vestir crianças se opõem são:
de índio?”, ela perguntou. “Indígenas”, corrigi, do jeito que
nossa filha a corrigiria. (A) decidida – aprendido (1o parágrafo)
Aurora amou tanto o cocar de penas sintéticas coloridas
comprado na rua 25 de Março que não o tirou da testa o dia (B) convocar – ler (1o parágrafo)
todo, e foi para a escola com ele. Claro que de jeito nenhum o
cocar caricatural reverteu em renda para etnia nenhuma des- (C) demover – vestir (2o parágrafo)
te meu Brasil. Mas, se tem uma coisa que nós aprendemos (D) alimentados – reprimidos (3o parágrafo)
sendo pais é que interesses precisam ser alimentados, não
reprimidos, ao custo de matá-los. É assim que uma criança (E) entender – perceber (4o parágrafo)
cresce.
Eu acho que consigo entender por que soa tão irritante,
para uma pessoa de origem indígena, que por ser indígena
não viu oportunidades se abrirem à sua frente, de repente 10. No trecho – Pesquisando juntos, compreendemos o
perceber que o crescimento do interesse nas coisas nativas significado de uma estatueta ticuna, trazida de uma via-
do Brasil só reverta em lucros para as lojas da 25 de março, gem a Manaus. (1o parágrafo) – as formas verbais em
nunca para ela. destaque podem ser substituídas, sem prejudicar o sen-
(Denis R. Burgierman. Minha filha de cocar. www.nexojornal.com.br, tido original e de acordo com a norma-padrão da língua
20.06.2018. Adaptado) portuguesa, respectivamente, por:

(A) Ao pesquisarmos … passamos a compreender …

06. Para o autor do texto, que havíamos trazido
(A) é mais importante respeitar as tradições indígenas (B) Quando tínhamos pesquisado … acabamos compre-
sem as caricaturar do que satisfazer a vontade da endendo … que trazíamos
filha de ter uma festa com esse tema.
(B) ainda que um cocar de pena sintética não contribua (C) Se pesquisarmos … chegamos a compreender …
financeiramente com as necessidades dos Ticuna, que trouxemos
ele cumpre a função de alegrar a sua filha.
(D) Toda vez que pesquisamos … podemos compreen-
(C) a difusão da cultura indígena abre oportunidades der … que trazemos
para essa população, uma vez que ela recebe mais
atenção do poder público e dos próprios brasileiros. (E) Assim que pesquisamos … acabávamos compreen-
dendo … que fora trazida
(D) o termo correto para se referir à população nativa
do Brasil é “indígena” e não “índio”, visto que esse
último ganhou conotações pejorativas.
(E) ao incentivar a filha a se interessar pelos indígenas,
concedendo-lhe uma festa com tema indígena, ele
está contribuindo economicamente com esse povo.
3 PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil
11. Assinale a alternativa em que a frase se apresenta de 13. Considerando-se exclusivamente as falas das persona-
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa quan- gens só é possível afirmar que o peixe
to à colocação pronominal e ao emprego dos pronomes:
(A) reflete sobre a possibilidade de um dia colonizarmos
(A) Ela e os colegas haviam recebido a tarefa de con- o planeta Marte como uma forma de termos mais
vocar os pais para ajudá-los numa pesquisa sobre tempo para não fazermos nada.
os povos nativos do Brasil. Nos coube ler sobre os
(B) investiga, preocupado, os calendários da Terra e de
Ticuna, da Amazônia.
Marte, dada a quantidade diferente de dias em um
(B) Assim, aprendi que trata-se da etnia mais numero- ano, nos dois planetas.
sa do país, e que são músicos e artistas plásticos
(C) mostra sua preocupação quanto ao tempo em Marte,
originais.
uma vez que os que para lá fossem viveriam mais
(C) Minha esposa cogitou demover nossa filha da ideia: que os que ficariam na Terra.
“nesses tempos de hoje, não é ofensivo vestir crian-
(D) quer se programar devidamente para ir a Marte e,
ças de índio?”, ela perguntou. “Indígenas”, corrigi, do
por essa razão, precisa saber quantos dias de dife-
jeito que nossa filha corrigiria-a.
rença há entre o ano em Marte e o ano na Terra.
(D) Aurora amou tanto o cocar de penas sintéticas colo-
(E) propõe uma reflexão aleatória a outra personagem
ridas comprado na rua 25 de Março que não tirou-o
que não vê motivos para que alguém se programe
da testa o dia todo
diante da possibilidade de se visitar Marte.
(E) Eu acho que consigo entender por que soa tão irri-
tante, para uma pessoa de origem indígena, que por
ser indígena não viu oportunidades abrirem-se à sua 14. Com base nas falas da tira, os sinais de pontuação foram
frente… corretamente empregados em:

(A) O peixe afirma que “no planeta vermelho, um ano

corresponde ao período de 687 dias.”
12. Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase
foi empregado corretamente: (B) Reticente e reflexivo, o peixe reflete sobre uma pos-
sível colonização do planeta Marte.
(A) O confronto entre tribos indígena teve uma vítima
que foi morta à flechadas. (C) O peixe pergunta para seu interlocutor como ficariam
os calendários entre os planetas?
(B) Muitos índios se dispuseram à trabalhar nas grandes
cidades por necessidade. (D) A outra personagem, questiona sem perguntar, por
que aquilo seria importante.
(C) O interesse pela cultura indígena reflete à necessi-
dade de busca das raízes. (E) A necessidade de se programar, é a justificativa do
peixe para ter sido levado à reflexão.
(D) Muitos indígenas estão à mercê da ajuda governa-
mental por falta de oportunidades.

(E) Os produtos da 25 de março também estão à serviço 15. Está em conformidade com as regras de concordância
da difusão da cultura indígena. verbal ou nominal da língua, a alternativa:

(A) Na tira, um peixe chamado Oswaldo Augusto e um

verme que vive sobre a planta é quem mais fala.
Leia a tira para responder às questões de números 13 a 15.
(B) Para uma viagem interplanetária, as pessoas que
quiserem realizá-la deve estar devidamente prepa-
rada.

(C) A busca por novos planetas e a colonização dos já

conhecidos são objetivos de muitos países.

(D) Na iminência da colonização de outros planetas,

haverão conflitos de ordem econômica e política
­
­envolvidas.
(Daniel Pinheiro Lima. Marte, Urgente! https://oswaldoaugusto.com,
19.01.2019) (E) Foi os cristãos, mais especificamente o Papa
­Gregório XIII, quem estabeleceram o calendário que
usamos hoje.

PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil 4
 Matemática r a s c u n h o

16. Participaram de uma atividade esportiva do número

total de alunos da turma A, e 25 alunos da turma B, que

juntos, totalizaram 49 alunos participantes. O número to-
tal de alunos da turma A é
(A) 20.
(B) 24.
(C) 28.
(D) 32.
(E) 36.

17. Em uma sala de aula há 40 alunos, dos quais 60% são

meninas. Certo dia, no qual todos os alunos dessa sala
estavam presentes, 75% das meninas e 50% dos meni-
nos estavam corretamente uniformizados. Em relação ao
número total de alunos dessa sala, aqueles que estavam
corretamente uniformizados, representavam
(A) 45%.
(B) 50%.
(C) 55%.
(D) 60%.
(E) 65%.

18. Um professor precisa preencher determinado número de

relatórios. Se ele preencher 8 relatórios por dia, levará 2
dias a mais do que levaria se preenchesse 10 relatórios
por dia. O número de relatórios que esse professor pre-
cisa preencher é
(A) 85.
(B) 80.
(C) 75.
(D) 70.
(E) 65.

19. A tabela mostra algumas informações sobre a massa cor-

poral, em quilogramas (kg), dos 5 alunos mais jovens de
uma sala.
Aluno Massa corporal (kg)
A 32
B 30
C 28
D ?
E 35
Sabendo que a média das massas corporais desses 5
alunos é 30 kg, então, a diferença entre a maior e a me-
nor massa corporal é de
(A) 10 kg.
(B) 9 kg.
(C) 8 kg.
(D) 7 kg.
(E) 6 kg.
5 PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil
20. Um professor tem 120 roteiros de estudo para corrigir. r a s c u n h o
Após alguns dias de trabalho, a razão entre o número de
roteiros não corrigidos e o número de roteiros corrigidos
era , logo o número de roteiros de estudo que ainda não

haviam sido corrigidos era

(A) 64.

(B) 56.

(C) 48.

(D) 40.

(E) 32.

21. Uma empresa recebeu 180 currículos de candidatos às

vagas de emprego oferecidas. O funcionário encarrega-
do de analisar esses currículos, analisa em média, 8 cur-
rículos a cada 30 minutos. Mantendo sempre essa mes-
ma média, o tempo necessário para que esse funcionário
analise todos esses currículos será de

(A) 12 horas e 20 minutos.

(B) 12 horas e 5 minutos.

(C) 11 horas e 40 minutos.

(D) 11 horas e 25 minutos.

(E) 11 horas e 15 minutos.

22. Na cantina de um colégio, onde todos os salgados têm o

mesmo preço, dois salgados mais um copo de suco custa
R$ 7,00. Sabendo que a diferença entre o preço de um
salgado e o preço de um copo de suco é R$ 0,50, então,
o preço a ser pago na compra de um salgado mais um
copo de suco é

(A) R$ 4,50.

(B) R$ 4,75.

(C) R$ 5,00.

(D) R$ 5,25.

(E) R$ 5,50.

PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil 6
23. A figura mostra duas salas, A e B, que possuem o mesmo 24. Uma caixa tem a forma de um prisma reto de base retan-
perímetro. gular, com 35 cm comprimento e 15 cm de altura, con-
forme mostra a figura, onde a largura está indicada pela
letra L.

Sabendo que a sala A é quadrada, com 36 m2 de área, e

sala B é retangular, então, a área da sala B é

(A) 24 m2. Sabendo que o volume dessa caixa é 10500 cm3, então,
a diferença entre a medida do comprimento e a medida
(B) 27 m2. da largura, é
(C) 31 m2. (A) 10 cm.
2
(D) 35 m . (B) 15 cm.
2
(E) 38 m . (C) 20 cm.

(D) 25 cm.

(E) 30 cm.

25. Para decorar a sala de aula, os alunos confeccionaram bandeirinhas nas cores azul (Az), amarela (Am), verde (Vd), la-
ranja (L) e vermelha (Vm). Essas bandeirinhas foram coladas em um fio de barbante, seguindo sempre a mesma ordem
de cores, conforme mostra a figura.

Sabendo que a primeira bandeirinha desse fio era da cor azul, e que foram coladas nesse fio um total de 48 bandeirinhas,
a cor da última bandeirinha colada era

(A) Azul.

(B) Amarela.

(C) Verde.

(D) Laranja.

(E) Vermelha.

RASCUN H O

7 PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil
 CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS E LEGISLAÇÃO
26. A professora Fátima, ao iniciar o trabalho em uma escola
municipal de educação infantil, foi orientada pela coorde-
nadora pedagógica com relação à documentação peda-
gógica. Fátima então decidiu ler a respeito do tema na
obra Projetos pedagógicos na educação infantil (2008).
De acordo com essa obra, é correto afirmar que a docu-
mentação pedagógica
(A) deve ser construída pelo professor e precisa ser rea-
lizada obrigatoriamente em forma de texto dissertati-
vo ou descritivo, atendendo à norma culta da língua
portuguesa. Cabe ao docente apresentá-la ao coor-
denador, semanalmente; e, ao diretor, mensalmente.
(B) diz respeito aos conteúdos definidos pelos profes-
sores, antes do início das aulas, e que devem ser
trabalhados e seguidos durante o ano letivo. As ativi-
dades devem ser impressas e idênticas, e precisam
ser aplicadas, sem alterações, para todos os grupos.
(C) é construída a partir da observação, dos registros e
das interpretações acerca daquilo que acontece em
sala de aula, pois é documentando o que o grupo
realiza conjuntamente que professores e crianças
desenvolvem a consciência e as consequências de
seus atos.
(D) refere-se exclusivamente aos documentos adminis-
trativos produzidos nos momentos de reuniões da
equipe da escola como: as atas de reuniões peda-
gógicas, as listas de tarefas de cada funcionário, os
formulários administrativos e os diários de classe.
(E) deve ser escolhida pelo diretor e pelo coordenador
pedagógico da escola. Após a decisão da equipe
gestora, serão elaboradas apostilas ou adquiridos
livros didáticos que deverão ser seguidos pelos pro-
fessores e seus respectivos grupos de crianças.
PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil
27. Na obra Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação
(Kishimoto, 2009), Bomtempo discorre a respeito da im-
portância da brincadeira de faz de conta para as crianças
pré-escolares e afirma que a brincadeira de super-herói
pode ser considerada uma forma especializada de jogo
de papéis ou sociodramático. A autora cita Levinzon, que
afirma que brincando a criança coloca-se num papel de
poder, em que ela pode dominar vilões ou situações. De
acordo com Levinzon, a brincadeira de super-herói
(A) valoriza os personagens da mídia e da cultura de
massa em detrimento de personagens folclóricos e
da cultura local. Por isso, impede a aprendizagem
das crianças.
(B) ajuda a criança a construir a autoconfiança, leva-a a
superar obstáculos da vida real, como vestir-se, co-
mer um alimento sem deixar cair, fazer amigos, entre
outros benefícios.
(C) incentiva a violência, a agressividade e a intolerância
entre as crianças. É uma brincadeira má e por isso
deve ser eliminada do contexto da escola.
(D) amplia o interesse dos meninos por esportes de lu-
tas, e ao mesmo tempo, imprime na personalidade
das crianças padrões sociais e de comportamentos
estereotipados.
(E) mostra-se prejudicial e caótica, além de influenciar
negativamente na construção da identidade das
crianças pequenas, que ainda confundem a fantasia
e a realidade.
28. Zabalza (1998) afirma que, quando entramos em uma
escola, as paredes, os móveis e a sua distribuição, os
espaços mortos, as pessoas, a decoração, entre outros
elementos, tudo nos fala do tipo de atividades que se re-
alizam, da comunicação entre os alunos dos diferentes
grupos, das relações com o mundo externo, dos interes-
ses dos alunos e dos professores. Ao referir-se ao espa-
ço na escola, esse autor apresenta e diferencia dois ter-
mos: o espaço e o ambiente. Segundo Zabalza, o termo
ambiente refere-se
(A) ao conjunto do espaço físico e do mobiliário, ou seja,
aos locais para a atividade caracterizados por obje-
tos, materiais didáticos, móveis e decoração. Signifi-
ca uma sala de aula vazia, depois que os alunos vão
embora.
(B) aos espaços físicos vazios que compõem a escola.
Equivale ao croqui do prédio. Na sala de aula, seria
composto somente por paredes, portas e janelas,
sem a presença de material ou mobiliário.
(C) exclusivamente à decoração dos espaços da escola:
cores quentes ou frias e suas tonalidades nas pare-
des, objetos e cartazes de decoração, desenhos de
personagens infantis nas paredes das salas e nos
muros da escola.
(D) ao conjunto do espaço físico e às relações que se
estabelecem nele (afetos, as relações interpessoais
entre as crianças, entre crianças e adultos, entre
crianças e sociedade em seu conjunto).
(E) apenas aos locais de uso administrativo ou específi-
cos para alimentação e higiene na escola: a sala do
diretor, a sala dos professores, a secretaria e tam-
bém a cozinha, os banheiros e o refeitório.
8
29. De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento do pensa-
mento é determinado pela linguagem, ou seja, pelos ins-
trumentos linguísticos construídos na experiência social.
Sendo assim, Oliveira (In: Oliveira, et alii, 2015) afirma
que na medida em que a educação infantil amplia as ex-
periências linguísticas da criança, ela cria melhores con-
dições para a ampliação também de seu pensamento.
Por isso, a educação infantil deve prever um trabalho
sistemático de exploração da linguagem verbal a fim de
garantir experiências de narrativas e convívio com di-
ferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos. A
autora apresenta e defende algumas possibilidades para
realizar esse trabalho com crianças de três a cinco anos.
Entre as possibilidades de trabalho mencionadas pela
autora, é correto citar:
(A) brincar com parlendas, cantigas e brincadeiras tra-
dicionais; conversar; ouvir e recontar histórias; ler e
escrever.
(B) apresentar as letras do alfabeto para as crianças a
partir dos três anos, uma letra por vez; fazer roda de
conversa; ensinar a escrever o próprio nome com-
pleto.
(C) alfabetizar utilizando-se de métodos de prontidão,
com exercícios repetitivos e atividades de coordena-
ção motora; escutar histórias.
(D) ensinar a memorizar o nome das letras com canti-
gas, brincadeiras e treino de escrita, após o amadu-
recimento psicológico e biológico das crianças.
(E) conversar com as crianças utilizando palavras no di-
minutivo; cantar e adotar a prática diária de escrita
das famílias silábicas.
30. Smole (1996), ao discorrer sobre o trabalho com a mate-
mática e apresentar os princípios do trabalho com a geo-
metria, afirma que a abordagem da geometria na educa-
ção infantil deveria estar voltada para o desenvolvimento
de capacidades espaciais das crianças. Nesse contexto,
faz-se necessário, segundo a autora, pensar uma propos-
ta que contemple, simultaneamente, três aspectos para
o pleno desenvolvimento das crianças, os quais são: a
orientação e percepção espacial; o desenvolvimento de
noções geométricas propriamente ditas e a
(A) identificação dos numerais de um até o dez.
(B) prática de uma geometria estática do lápis e do
papel.
(C) memorização do nome das figuras geométricas.
(D) organização do esquema corporal.
(E) realização esporádica de atividades de geometria.
9 PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil
31. Aguiar et alii (2006) afirma que um projeto educacional
que possibilita a articulação de todos os segmentos, que
estimula práticas coletivas de solidariedade e que pro-
porciona as condições de desenvolvimento de práticas
pedagógicas inovadoras é portador de uma mensagem
de mudança da sociedade, que se revela na superação
dos preconceitos e de todos os fatores que têm contribu-
ído historicamente para a negação do direito do acesso e
da permanência na educação escolar. Segundo a autora,
participar da construção de um projeto educacional des-
sa magnitude requer do Conselho Escolar a
(A) escuta, aceitação e concordância com as informa-
ções e opiniões apresentadas pelo diretor de escola
e pelos professores, já que esses profissionais co-
nhecem a rotina da escola e têm formação específi-
ca na área da educação.
(B) organização de situações de debate e de estudos
que permitam a todos os segmentos da comunidade
escolar avançar na compreensão das vinculações do
fazer pedagógico com as demais práticas sociais.
(C) realização de reuniões para discutir, exclusivamente,
problemas e ações de indisciplina dos alunos, tendo
como objetivo a garantia de um ambiente de estudo
tranquilo e harmônico, que possibilite o bom desem-
penho dos estudantes.
(D) prestação de serviço voluntário na escola. Os mem-
bros do Conselho, em todos os segmentos, devem
atuar como conselheiros e, ao mesmo tempo, reali-
zar diariamente serviços gratuitos na escola visando
à qualidade da educação.
(E) realização de reuniões quinzenais para criação de
regras, de projetos de leis e documentos que devem
ser encaminhados aos prefeitos e câmaras de verea-
dores locais, exigindo alteração das leis e melhorias
nos bairros.
32. Celina Alves Arêas, em A função social da escola, conclui
e defende que a função social da escola é o compromis-
so com a formação do cidadão e da cidadã com
(A) foco na transmissão de competências e habilidades
necessárias para que as pessoas atuem competiti-
vamente no mercado de trabalho.
(B) o objetivo de garantir a alfabetização, de todos os
estudantes brasileiros, até o quarto ano do Ensino
Fundamental.
(C) a finalidade de selecionar os estudantes, que apre-
sentam melhores desempenho, para seguirem car-
reiras acadêmicas e atuarem em cargos de liderança.
(D) a implementação de um currículo voltado para as ne-
cessidades do mercado de trabalho regional, o que
reduzirá a migração e incentivará o desenvolvimento
local.
(E) fortalecimento dos valores de solidariedade e com-
promisso com a transformação dessa sociedade.
33. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), nas últimas décadas, vem se consolidando na
Educação Infantil a concepção que vincula educar e
­cuidar, entendendo o cuidado como
(A) um meio de desqualificar e desvalorizar o trabalho
do professor, pois há o compartilhamento de respon-
sabilidades entre a instituição e a família.
(B) ação que deve estar restrita às crianças de até três
anos; as crianças de quatro e cinco anos devem
apresentar total autonomia.
(C) algo indissociável do processo educativo. Ou seja,
educar e cuidar devem ser considerados elementos
inseparáveis na educação infantil.
(D) o ato do professor, exclusivamente no primeiro se-
mestre, de orientar as crianças a limparem o nariz e
a lavarem as mãos.
(E) elemento que deve ser realizado unicamente pelos
profissionais responsáveis pela limpeza da escola.
34. Ao refletir sobre o trabalho pedagógico e a organização
dos conteúdos na educação infantil, Oliveira (2002) argu-
menta e sugere o trabalho com propostas de atividades
culturalmente significativas e afirma que, na educação
infantil, deve-se trabalhar, entre outras, com
(A) a cartilha e a memorização e, ainda, com uma peda-
gogia focada no produto e na produtividade.
(B) as linguagens verbais, musicais, dramáticas, plásti-
cas, corporais, entre outras. Ou seja, com as múlti-
plas linguagens.
(C) as tarefas ritualizadas de colorir desenhos mimeo-
grafados ou fotocopiados e de colar bolinhas de pa-
pel em folhas.
(D) tarefas iguais para todos, a serem realizadas no
mesmo ritmo, especialmente com trabalhos à mesa
e cuja metodologia é centrada no professor.
(E) os rituais, as filas, as formaturas, as suspensões por
mau comportamento e o abaixar a cabeça na mesa.
Além de escolher entre as áreas do conhecimento.
35. Fonseca (2008) afirma que, para Piaget, a inteligência
é resultado da experiência do indivíduo. Segundo ele,
é através da experiência como ação e, portanto, como
motricidade, que o indivíduo simultaneamente integra e
incorpora o mundo exterior e o vai transformando. Con-
forme Piaget, a inteligência humana concretiza-se na
adaptação do homem ao mundo exterior, adaptação essa
que tem na sua perspectiva dois componentes:
(A) a assimilação e a acomodação.
(B) a linguagem e o pensamento.
(C) a zona de desenvolvimento real e a zona de desen-
volvimento potencial.
(D) a leitura e a escrita.
(E) a brincadeira e o brinquedo.
PMPR1901/001-ProfessorSubstitutoEducaçãoInfantil
36. De acordo com o artigo 208 da Constituição Federal de
1988, o dever do Estado com a educação será efetivado,
entre outras, mediante a garantia de
(A) progressiva universalização do ensino superior gra-
tuito.
(B) atendimento ao educando, apenas no Ensino Fun-
damental, por meio de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência odontológica. 
(C) atendimento educacional especializado aos portado-
res de deficiência, exclusivamente na rede regular
de ensino.
(D) educação básica obrigatória e gratuita de zero aos
dezoito anos de idade.
(E) educação infantil, em creche e pré-escola às crian-
ças até cinco anos de idade.
37. Andressa, professora de educação infantil, observou que
uma de suas alunas de quatro anos apresentava gran-
des lesões pelo corpo. A criança relatou à professora que
apanhava constantemente de seus pais. A docente resol-
veu consultar a Lei Federal no 8.069/1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente) e leu que, conforme o artigo
18-A: A criança e o adolescente têm o direito de
(A) ser respeitado e o direito à liberdade como pessoas
humanas, e como sujeitos de direitos civis garanti-
dos na Lei Orgânica do Município. O direito à liberda-
de compreende, especificamente, a crença e o culto
religioso, autorizados pelo Estado.
(B) denunciar à autoridade judiciária os casos de agres-
são, exploração, abusos, negligência, extrema po-
breza e a falta de atendimento médico adequado,
devendo receber imediato acolhimento institucional,
em abrigos, sempre que houver suspeita de violação
de direitos ou de violência contra crianças ou ado-
lescentes.
(C) ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico
ou de tratamento cruel ou degradante, como formas
de correção, disciplina, educação ou qualquer outro
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família am-
pliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou por qual-
quer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los. 
(D) questionar toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão e serem
ressarcidos, na forma da lei, por qualquer atentado,
por ação ou omissão do Estado, aos seus direitos
fundamentais.
(E) receber como formas de correção disciplinar as se-
guintes medidas, que serão aplicadas de acordo com
a gravidade do caso: encaminhamento a tratamento
psicológico ou psiquiátrico, advertência e acesso a
cursos de orientação.
10
38. De acordo com o artigo 31, da Lei Federal no 9.394/1996, 40. Assinale a alternativa que preenche corretamente a la-
que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Na- cuna.
cional, a educação infantil será organizada, entre outras,
A Lei no 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pes-
de acordo com a seguinte regra comum:
soa com Deficiência, afirma no artigo 27: “A educação
(A) avaliação mediante acompanhamento, provas e re- constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados
gistro do desenvolvimento das crianças, com o ob- sistema educacional             e apren-
jetivo de promoção para o acesso ao ensino funda- dizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o
mental. máximo desenvolvimento possível de seus talentos e
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, se-
(B) controle de frequência pela instituição de educação
gundo suas características, interesses e necessidades
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60%
de aprendizagem”.
(sessenta por cento) do total de horas.
(C) carga horária mínima anual de 700 (setecentas) ho- (A) exclusivo em todas as modalidades de ensino
ras, distribuída por um mínimo de 180 (cento e oiten- (B) especial apenas no ensino fundamental
ta) dias de trabalho educacional.
(C) inclusivo em todos os níveis
(D) atendimento à criança de, no mínimo, 5 (cinco) horas
diárias para o turno parcial e de 10 (dez) horas para (D) em tempo integral na educação básica
a jornada integral.
(E) especializado e seletivo no ensino superior
(E) expedição de histórico escolar (com conceitos ou
notas) que permita atestar a fase de escrita na qual
a criança se encontra e, ainda, o seu bom ou mau
comportamento.

39. Conforme o Parecer CNE/CEB no 20/2009, Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, uma
atividade muito importante para a criança pequena é a
brincadeira. Brincar dá à criança oportunidade para imitar
o conhecido e para construir o novo, conforme ela re-
constrói o cenário necessário para que sua fantasia se
aproxime ou se distancie da realidade vivida, assumindo
personagens e transformando objetos pelo uso que deles
faz. Na história cotidiana das interações com diferentes
parceiros, vão sendo construídas significações comparti-
lhadas, a partir das quais a criança aprende como agir ou
resistir aos valores e normas da cultura de seu ambiente.
Nesse processo, é preciso considerar que as crianças
(A) são egoístas e apresentam dificuldade de interagir
com outras crianças. Por isso, é fundamental que a
creche ou a escola de educação infantil possua
grande quantidade de brinquedos, para que cada
criança possa brincar com o seu brinquedo.
(B) são naturalmente falantes e brincantes. Desse modo,
cabe ao educador apenas oferecer brinquedos e ma-
teriais às crianças e deixá-las livres, para que meni-
nos e meninas se desenvolvam espontaneamente,
sem intervenção dos adultos.
(C) ao brincarem juntas, ficam agitadas e criam confli-
tos. Portanto, o horário da brincadeira na sala deve
limitar-se a uma hora, e o tempo de brincadeira no
parque ou espaço externo deve ser, no máximo, de
quarenta minutos.
(D) apreciam brinquedos que veem nos comerciais. As-
sim, para evitar a propaganda na escola ou o con-
sumismo, deve-se abolir do contexto educativo os
brinquedos, desenhos, comemorações ou imagens
de personagens que circulam na mídia.
(E) aprendem coisas que lhes são muito significativas
quando interagem com companheiros da infância.
Além disso, à medida que o grupo de crianças inte-
rage, são construídas as culturas infantis.

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