Sei sulla pagina 1di 3

V Seminário de Integração Acadêmica do IFMG – Campus São João Evangelista

26 a 30 de novembro de 2018
São João Evangelista - MG

O QUE É ANÁLISE COMBINATÓRIA: UM ESTUDO DE CASO NO ENSINO MÉDIO

<Retirado para avaliação> (1,*), <Retirado para avaliação> (2,**) e <Retirado para avaliação> (3)
1*
Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo-SP, <retirado para avaliação>
2**
Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG, São João Evangelista-MG
3
Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG, São João Evangelista-MG
**
Orientador(a) do trabalho

funcionalidades, o que contribui neste quadro


INTRODUÇÃO delicado.
Por se tratar de uma ciência viva, repleta de Neste contexto, a Resolução de Problemas
ramificações, a Matemática está presente em como metodologia de ensino vem sendo discutida
diversas áreas do conhecimento e, por em inúmeros estudos no campo da Educação
consequência, destaca-se em vários ramos de Matemática por sua relevância no processo de
pesquisa científica, inclusive no desenvolvimento ensino e aprendizagem.
tecnológico onde a Matemática Discreta se Sousa (2005) afirma que a Resolução de
sobressai. Problemas contribui no aprendizado ao
A Análise Combinatória, como conteúdo da “desenvolver o pensamento matemático, não se
Matemática Discreta, é um assunto permeado por restringindo a exercícios rotineiros
dúvidas e contradições a começar por sua desinteressantes que valorizam o aprendizado por
definição. reprodução ou imitação (SOUSA, 2005. p. 3)”.
A prática de descrever maneiras para organizar Nesta perspectiva, o presente estudo tem como
elementos em combinações seja de roupas para principal objetivo levantar dados a respeito da
montar um look, de números e letras para criar qualidade do entendimento proporcionado pelo
uma senha, ou até mesmo a quantificação de itens ensino regular de Análise Combinatória no
em uma compra, consiste no que chamamos de formato tradicionalmente usado na maioria das
raciocínio combinatório. escolas atualmente.
Jacques Bernoulli (1654 – 1705), em seu livro
MATERIAL E MÉTODOS
Ars Conjectandi, define Análise Combinatória
como “a arte de enumerar todas as possibilidades A presente pesquisa foi realizada com uma
de misturar e combinar um determinado número turma de 31 alunos do terceiro ano do Ensino
de objetos, de modo a se ter certeza que nenhum Médio do Curso Técnico Integrado em Nutrição e
dos resultados possíveis pudesse ser perdido Dietética do Instituto Federal de Educação,
(Santos, 2011)”. Ciência e Tecnologia – Campus São João
Morgado (2004) generaliza o conceito de Evangelista. Os estudantes haviam estudado o
Análise Combinatória como sendo “a parte da tema Análise Combinatória no bimestre anterior a
Matemática que analisa estruturas e relações aplicação deste estudo.
discretas”. Neste mesmo contexto Navarro- A partir das pesquisas feitas chegou-se a
Pelayo, Batanero e Godino (1996, p. 26) conclusão de que o melhor instrumento para
consideram que “a Análise Combinatória é um adquirir os dados seria um questionário. Este
componente essencial da Matemática Discreta, e constitui-se de duas questões: uma questão
como tal, tem um papel importante na matemática descritiva referente ao entendimento deles acerca
escolar”. da definição de Análise Combinatória e outra
Apesar de estar presente em nosso cotidiano, a objetiva em formato de problema:
Análise Combinatória, quando tratada em sala de
aula, tende a causar angústia e baixo rendimento. “O senhor Luiz é um professor de Biologia que
Por estarem interligadas, frequentemente a adora dinamizar as suas aulas. Pensando em suas
Análise Combinatória é confundida com a práticas educacionais, ele desenvolveu uma
Probabilidade, ou mesmo é considerada um brincadeira que consiste em distribuir algumas
instrumento de estudo probabilístico sem mais bases nitrogenadas, nem todas distintas, buscando
mostrar aos alunos que é possível misturar as Nesta resposta é possível perceber que o
bases nitrogenadas, com o objetivo de criar novas estudante não sabe o que é Análise Combinatória,
fitas simples de DNA, dependendo de como as porém conhece os termos referentes ao assunto.
bases nitrogenadas foram posicionadas. As bases Esta é uma realidade referente a diversos temas
foram representadas por A (Adenina), C matemáticos, não só sobre este tema. Reflexo este
(Citosina), G (Guanina) ou T (Timina). Ao aplicar da ausência de compreensão dos conteúdos no
a brincadeira numa de suas aulas, o professor Luiz processo de ensino e aprendizagem.
escolheu 5 bases nitrogenadas: duas A, uma C,
uma G e uma T. Os alunos ficaram inquietos com
a brincadeira, querendo descobrir o número de
fitas possíveis que poderiam ser formadas com
aquelas 4 bases nitrogenadas diferentes. Com base
nessa inquietação dos alunos, qual é o número de
sequências de fitas simples de DNA que podem
ser constituídas a partir dessas 5 bases
nitrogenadas escolhidas pelo professor?” Figura 2. Problema proposto. Estudante G.
SANTOS, R. H. 2011 (adaptado)
O estudante G foi o único entre os 31
O professor da turma cedeu uma aula de estudantes que encontrou a resposta correta do
cinquenta minutos ao qual foi aplicado o problema. Este utilizou de binômio e estruturou
questionário. Os estudantes resolveram a atividade seu raciocínio. Porém, também foi o único a não
individualmente e ao final houve uma breve responder a primeira questão sobre definição do
discussão a respeito da resolução do problema. que é Análise Combinatória. Seria muito
Os dados obtidos foram analisados e importante que este tivesse as duas habilidades:
organizados para a exposição neste estudo de resolver o problema e compreender o conceito.
acordo com a semelhança entre as repostas.
CONCLUSÕES
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao analisar as respostas obtidas no
Após a coleta de dados analisou-se as respostas questionário é possível identificar falhas
sobre a definição de Análise Combinatória e a referentes à aprendizagem dos estudantes. Muitos
resolução do problema apresentado na intenção de conceitos foram citados de forma desconexa e a
selecionar respostas significativas para discussão. Análise Combinatória foi confundida com
Dentre os 31 estudantes, apenas 3 estudantes, ou Probabilidade inúmeras vezes.
seja, 9,67% responderam a primeira questão de Os estudantes, muitas vezes, sabem resolver o
maneira a se aproximar da definição de Jacques exercício ou problema proposto, porém não
Bernoulli (1654 – 1705) que se pauta na compreende a estrutura da resolução, tão pouco
capacidade de enumerar as possibilidades de se desenvolvem o raciocínio combinatório.
combinar determinado número de objetos. Os resultados obtidos demonstram uma
Sobre esta definição observa-se certa aprendizagem voltada para a aplicação e resolução
dificuldade dos estudantes em articular de exercícios visto que todos conseguiram
pensamentos e descrições. A seguir alguns desenvolver algum tipo de cálculo na questão
exemplos: problema, mas poucos estruturaram um raciocínio
concreto a respeito do conceito de Análise
Combinatória.
A estrutura do conhecimento adquirido por
estes estudantes indicam um ensino feito para a
Resolução de Problemas e não através desta.
A Resolução de Problemas como metodologia
de ensino é um dos meios mais promissores na
busca por uma aprendizagem matemática
concreta. Utilizar desta metodologia como ponto
de chegada e não como meio de ensino desfigura
e empobrece seu uso impedindo a construção de
Figura 1. O que é Análise Combinatória? conhecimento de forma crítica e concreta.
Explique. Estudante A.
AGRADECIMENTOS PELAYO, V. N.; BATANERO, C.; GODINO, J. D.
Razionamiento combinatorio en alumnos de
Agradecemos ao professor <retirado para secundaria. Educación Matemática, México, v. 8, n.1,
avaliação> pelo carinho e paciência durante p. 26-39, abr. 1996.
supervisão desta pesquisa realizada na disciplina
de Resolução de Problemas e ao professor SANTOS, R. H. Uma abordagem do ensino da
<retirado para avaliação> por disponibilizar seu análise combinatória sob a ótica da resolução de
horário e classe para a aplicação do questionário. problemas. 2011. 231 f. Dissertação (Mestrado em
Ensino de Ciências e Matemática). Universidade
REFERÊNCIAS Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2011.
MORGADO, A. C. O. et al. Análise combinatória e
SOUSA, A. B. Resolução de problemas como
probabilidade. Rio de Janeiro: SBM, 2004.
estratégia didática para o ensino da Matemática.
2005. Acesso em: 20 de novembro de 2016.

Potrebbero piacerti anche