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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA

COMARCA ARIQUEMES NO ESTADO DE RONDÔNIA.

Distribuído por dependência Nº 7012356-20.2017.8.22.0002

ITAMAR JOAQUIM DE OLIVEIRA, servidor público municipal (cargo: construtor


educacional), casado, portador da Cédula de Identidade Nº 982649 – SESDEC/RO,
inscrito no CPF sob o n. 408.575.652-49 Residindo na Rua Rio Branco, N° 4134, no
município de Machadinho D’Oeste/RO, vem através de seu advogado, infra-assinado,
com instrumento procuratório em anexo, com escritório localizado conforme endereço
rodapé, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 319 e
seguintes e 674 e seguintes, todos do Novo Código de Processo Civil, apresentar:

EMBARGOS DE TERCEIRO

Em face de CESUAR – CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE ARIQUEMES, MANTENEDORA DAS


FACULDADES INTEGRADAS DE ARIQUEMES – FIAR e IRINEU JOSÉ DO NASCIMENTO, ambos
já devidamente qualificado no processo N° 7012356-20.2017.8.22.0002, execução de
titulo extrajudicial, o que faz pelos motivos de fato e de direito a seguir exposto:
I - DAS PUBLICAÇÕES

Preliminarmente Requer que todas as publicações e notificações


referentes ao processo em epígrafe sejam realizadas em nome do Dr. Lucas Antunes
Gomes (procuração nos autos), email: Lucas_a.gomes@hotmail.com, podendo ser
contado no telefone (69)98419-1567(whatsapp), na forma dos artigos 370 e seguintes
do CPP e 272 DO CPC/2015, sob pena de nulidade.

II - DA HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA DO EXECUTADO

A carta magna determina que o estado será responsável pelo


custeio referente a assistência judiciária aqueles que por ventura não possuírem
recursos para tanto, artigo 5º, inciso LXXIV, in verbis:

“CF/88 – Art. 5º - LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica


integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos”.

O código de processo civil também regulamenta os ditames da


concessão da gratuidade da justiça aos que não possuem recursos suficientes para
arcar com os ônus da demanda, vejamos:

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,


com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado


na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.”

Desta forma, a Requerente declara, sob as penas da lei, que não


possui condições de arcar com os custos da demanda, sem o prejuízo do sustento
próprio e de sua família. Sendo assim, consoante artigo 99 do CPC, a parte autora
pugna que lhe sejam declinados os benefícios da gratuidade da justiça tendo em vista
que seu nítido e declarado estado de hipossuficiência financeira lhe impede de assumi-
las sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.

III. DA EXECUÇÃO
Tramitam por este R. Juízo os autos nº 7012356-20.2017.8.22.0002,
de Ação de Execução de Título Extrajudicial, em que é exequente a embargada CESUAR
– CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE ARIQUEMES, MANTENEDORA DAS FACULDADES
INTEGRADAS DE ARIQUEMES – FIAR e executado IRINEU JOSÉ DO NASCIMENTO. Vale
destacar, o bem nomeado a penhora não é de propriedade do executado daquele
feito.

IV. DA PENHORA
Conforme ID 20888941 dos mencionados autos, por iniciativa da
embargada, conforme pleito do dia 23 de Agosto de 2018 foi efetivado a penhora do
seguinte bem, por meio do RENANJUD e confirmado em 08/12/2018:
"149520-GM/CORSA CLASSIC(Nacional), Marca Chevrolet/GM, placa NCZ4600,
RENAVAM 819057886, ano 2003/2004, cor BRANCA”.

III. DA PROPRIEDADE DO BEM PENHORADO


Ocorre que o Embargante, muito embora não seja parte naquele
processo, é terceira pessoa de boa-fé, que adquiriu o veículo por intermédio do
Embargado Irineu, sendo o Embargante legítimo proprietário do bem penhorado,
conforme se comprova com a inclusa fotocópia autenticada do CONTRATO DE
COMPRA E VENDA, assinado e reconhecido firma no nome do Embargante, onde
consta, dentre outras coisas:
A Embargante fez negociou com o SR. IRINEU JOSE DO
NASCIMENTO, no em 26/02/2016, onde o embargante pagou o valor total de
R$11.000,00 (onze mil reais), sendo uma entrada de R$9.000,00 (nove mil reais), e
mais 04 (quatro) parcelas de R$500,00 (quinhentos reais), pagos todo dia 29 dos meses
subseqüentes.
Como o veículo estava e, ainda, está alienado fiduciariamente em
favor de BANCO PAN S.A (CNPJ:59.285.411/0001-13), a transferência do veículo foi
adiada, até que o embargado Sr Irineu providenciasse a quitação do financiamento do
veículo.
Entretanto, após a compra e venda efetivada o embargante perdeu
contato com o embargado e vice-versa.
Ressalta-se que o embargante tentou por diversas vezes manter
contato com o embargado, porém sem êxito.
O embargado Irineu ainda não quitou a dívida junto ao Banco Pan,
entretanto, informou recentemente ao embargante que por dificuldades financeiras
não pôde cumprir com o acordado, mas se comprometeu em pagar o pouco que ainda
resta para a quitação do financiamento.
A partir daí a posse passou a ser exercida pelo embargante, o qual
sempre pagou licenciamento e todos os gastos de manutenção do veículo, o qual
trafega na maior parte do tempo na cidade do embargante, Machadinho D’Oeste/RO.
Infelizmente caiu em uma blitz do DETRAN/RO, no dia 08/12/2018 e
por falta de pagamento do licenciamento, teve o veículo apreendido. Pagou todas as
taxas pertinentes e mesmo assim o veículo não fora liberado. Só então foi informado
que o veículo não seria liberado devido a restrição via BACEJUD.
O licenciamento do veículo é pago pelo embargante e retirado por
meio do DESPACHANTE SAURIFEL, sito a Av. Tancredo Neves, 2547, Centro -
Machadinho D´Oeste, RO, o qual pode ser contatado pelos telefones (69) 3581-2366
(69) 98441-0869, (69) 99228-0568. Conforme faz prova em anexo, o licenciamento
atual foi pago.
Desta feita, fica plenamente claro que, o Embargante está sofrendo
lesão grave em seu patrimônio e direito de propriedade. Portanto, provada a
propriedade e posse do bem penhorado, justa a pretensão da Embargante em ver a
mesma exonerada da constrição judicial.
Esses são os fatos tais como efetivamente ocorreram e da sua
análise, conclui-se que a penhora que ora grava o veículo é absolutamente ilegal e
deverá ser prontamente desconstituída por Vossa Excelência, ressaltando que a
Embargante sempre procedeu se com a mais lídima boa-fé.

V. DO DIREITO
Assim sendo, a embargante está correndo o risco de sofrer lesão
grave em seu patrimônio e direito de propriedade, o carro que a mesma usa para levar
as filhas para escola e trabalho, estando amparada pela legislação mencionada, em
especial o disposto no artigo 674, §1° do CPC/2015, que diz, in Verbis:
Art. 674 Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça
de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito
incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou
sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou
possuidor.

Portanto, provada a propriedade e posse do bem penhorado, justa


a pretensão do embargante em ver o mesmo exonerado da constrição judicial.
No mesmo sentido a súmula 84 STJ:
Súmula n. 84, STJ: É admissível a oposição de embargos de terceiro
fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e
venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.

Desta forma, ante o caso em concreto, tem-se:


A Embargante é senhora e possuidora do veículo ora penhorado, conforme
faz prova os documentos juntados, tendo adquirido referido veículo de boa-
fé e sem conhecimento algum ato ilícito que tenha motivado a penhora ora
guerreada.
A lesão à posse/domínio do veículo é o próprio decreto judicial, onde “o
simples existir do decreto judicial já é uma ofensa ao direito e oportuniza os
embargos” - in RUY ROSADO DE AGUIAR JUNIOR, Desembargador do TJRS -
Professor na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul;

O Embargante não é parte do processo, não guardando qualquer


relação com o Executado nos autos de Execução, o que por si só o qualifica como
terceiro.
Registre-se, por derradeiro que, tratando-se de bem móvel a
transferência de propriedade se dá com a TRADIÇÃO, ou seja, quando o bem ingressa
na POSSE do comprador, sendo a transferência de registro no DETRAN obrigação
administrativa que não altera a regra do direito civil.
Assim, considerando a particularidade do presente feito em que a
Embargante é terceira de boa-fé, senhor e possuidor, requer sejam os presentes
Embargos julgados tão logo seja possível.
VI. TEMPESTIVIDADE
Este embargo se encontra tempestivo conforme o artigo 675 do
CPC/2015, vejamos:
Art. 675 Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de
conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no
cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias
depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da
arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse
em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo pessoalmente.

Haja vista que a Embargante tomou ciência da execução no dia


08/12/2018, por meio de blitz e reboque ao pátio do DETRAN em Porto Velho/RO, ora
consultado pelo site do DETRAN/RO.

VII. DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA


O Código de Processo Civil de 2015 autoriza ao Juiz antecipar total
ou parcialmente os efeitos da tutela.
Vejamos:
O artigo Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar
adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas
referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.

No caso presente, pretende-se a antecipação de tutela para que


haja o desbloqueio e a imediata transferência do registro de propriedade do veículo a
Embargante.
O risco de lesão grave ou de difícil reparação está presente na
medida em que o veículo está atualmente registrado em nome de outra pessoa, bem
como encontrar-se com execução para apreensão e remoção do veiculo.
A prova inequívoca e a verossimilhança estão consubstanciadas nos
documentos que seguem inclusos, dando conta de que o veículo não pertence ao
acervo patrimonial do senhor Marcelo ora Embargado do ajuizamento da ação
executiva.
A reversibilidade está no fato de que, caso estes Embargos de
Terceiros sejam improcedentes, pouco importa estar o veículo em nome do
Embargante, pois que a penhora e o bloqueio se restabelecerão e o processo executivo
seguirá seu curso naturalmente. Afinal, a Embargante já esta com o recibo preenchido
em seu nome, só não teve tempo de fazer a transferência devida à execução, e não há
porque impedir que a Embargante transfira o veículo para o seu nome junto ao
DETRAN.
Portanto, requer desde logo a Vossa Excelência que defira
antecipação de tutela para determinar o imediato desbloqueio e transferência da
veículo para o nome da Embargante junto aos registros do DETRAN/RO.

VIII. DO PEDIDO
Diante do exposto, pede se que vossa excelência julgue procedente
todos os pedidos ventilados no presente embargo de terceiro, que acolha o pedido de
tutela antecipada. E posteriormente que seja:
a. Recebidos, autuados e processados o presente embargo de
terceiro, com o apensamento à mencionada execução;
b. Deferida liminarmente a manutenção da posse do bem
penhorado ao embargante, eis que provada a propriedade e posse do bem;
c. Decretada a indicação oportuna de testemunhas para justificação
prévia, se necessário;
d. Determinada a suspensão imediata do processo de execução
mencionado, até decisão final de mérito dos presentes embargos, eis que trata da
totalidade dos bens penhorados naquele feito (ou seja, determinada a suspensão
imediata, no processo de execução, dos atos executórios em relação ao bem objeto
dos embargos);
e. Citado os Embargados para responder aos termos da presente
ação;
f. Ao final, julgado procedente o presente pedido, condenando-se
os embargados nas custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações
legais;
g. A produção de toda prova que se fizer necessária, seja
documental e especialmente o depoimento pessoal do Embargante e a oitiva das
testemunhas a serem oportunamente arroladas.

À causa, para efeitos fiscais, dá-se o valor de R$ 954,00 (novecentos e cinqüenta e


quatro reais).

Nestes termos

Pede deferimento.

Ariquemes/RO, 13 de Dezembro de 2018.

Lucas Antunes Gomes


OAB/RO 9318
Assinado Digitalmente

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