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Richardson Silva
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em 3. Causas de exclusão de ilicitude e culpabilidade.
contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de
3.1 As excludentes de culpabilidade, também
um a dois terços.
denominadas de dirimentes ou eximentes, são três:
a) causas que excluem a imputabilidade;
Nesse sentido, considera-se crime
b) causas que excluem a consciência da ilicitude e
consumado quando o fato praticado pelo agente
subsume-se (enquadra-se) no tipo penal abstrato. c) causas que excluem a exigibilidade de conduta
Exemplo: Quando Fulano saca uma arma e realiza diversa.
disparos contra seu desafeto, causando-lhe a
morte, quer dizer que a conduta do agente e o O Código Penal prevê causas que excluem a
resultado produzido encaixa-se na descrição do art. culpabilidade pela ausência de um de seus
121 do Código Penal, portanto, a conduta do elementos, ficando o sujeito isento de pena, ainda
agente é criminosa, ou seja, ele praticou um fato que tenha praticado um fato típico e antijurídico.
típico e antijurídico.
a) inimputabilidade:
Por outro lado, quando o agente inicia a
execução de uma conduta criminosa, mas é
impedido de consumá-la, estaremos diante de uma - doença mental, desenvolvimento mental
tentativa. Nessa trilha, o doutrinador Delmanto traz incompleto ou retardado (art. 26);
a baila os elementos da tentativa: "início da - desenvolvimento mental incompleto por presunção
execução da figura penal + dolo + falta de legal, do menor de 18 anos (art. 27);
consumação por circunstâncias alheias à vontade - embriaguez completa, proveniente de caso fortuito
do agente" 2. ou força maior (art. 28, § 1º).
Destaca-se ainda que o crime tentado, Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o
conforme disposto no parágrafo único do art. 14 do fato:
Código Penal atribui ao magistrado diminuir a pena I – em estado de necessidade;
de um a dois terços, diferentemente do que ocorre,
por exemplo, na França que pune a tentativa com a II – em legítima defesa;
mesma pena do crime consumado. Esse
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no
exercício regular de direito.
2 DELMANTO, Celso; et al. Código penal comentado. 8ª ed. São A culpabilidade é a possibilidade de se considerar
Paulo: Saraiva, 2011. p. 136. alguém culpado pela prática de uma infração penal.
Por essa razão, costuma ser definida como juízo de de reclusão ou detenção. Já a pena privativa de
censurabilidade e reprovação exercido sobre
alguém que praticou um fato típico e ilícito. liberdade para a contravenção penal é a prisão
simples.
Não se trata de elemento do crime, mas
O art. 28 da Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) prevê
pressuposto para imposição de pena, porque,
sendo um juízo de valor sobre o autor de uma penas de advertências, medidas educativas etc.,
infração penal, não se concebe possa, ao mesmo para o usuário de drogas. Por conta disso, alguns
tempo, estar dentro do crime, como seu elemento, e
fora, como juízo externo de valor do agente. Para doutrinadores, a exemplo do prof. Luiz Flávio
censurar quem cometeu um crime, a culpabilidade Gomes, crêem que este diploma traz, em verdade,
deve estar necessariamente fora dele. uma infração penal sui generis (adotando-se,
O Código Penal adotou a teoria limitada da assim, o sistema ternário). Atente: o STF já
culpabilidade, segundo a qual são seus requisitos: pacificou esta controvérsia: tal art. prevê uma
a) imputabilidade; b) potencial consciência da conduta criminosa.
ilicitude; c) exigibilidade de conduta diversa.
Convém lembrar os sinônimos comumente
A imputabilidade é a capacidade de entender o cobrados em concursos:
caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo
com esse entendimento.
Crime = delito.
As causas que excluem a imputabilidade são
quatro: a) doença mental; b) desenvolvimento Contravenção penal = crime/delito anão;
mental incompleto; e) desenvolvimento mental delito Liliputiano; crime vagabundo.
retardado; d) embriaguez completa proveniente de
caso fortuito ou força maior. O critério para nortear o fato como crime ou
especial ou seção especial de prisão comum, em Art. 21, LCP (vias de fato) à Ação penal pública
regime semi-aberto ou aberto. (Redação dada pela condicionada.
Lei nº 6.416, de 24.5.1977) Mas atente (crítica): para o STF, a vias de fato
continua sendo perseguida mediante ação penal
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica pública incondicionada. Argumenta o Supremo que
sempre separado dos condenados a pena de o tipo de ação penal não depende da gravidade do
reclusão ou de detenção. crime, mas do grau de lesão ao interesse da vítima
frente ao da sociedade (vide o crime de estupro).
§ 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada,
não excede a quinze dias.
Punibilidade da tentativa
Registre-se que prisão simples jamais é cumprida Em se tratando de crime, a tentativa é punível. Em
no regime fechado [é semi-aberto ou aberto], nem se tratando de contravenção penal, a tentativa não
mesmo por intermédio da regressão. é punível (art.,).4ºLCP
Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção.
função - ex.: Juiz Federal pratica uma contravenção Para ser imputável o agente deve ter capacidade
penal à Julgará o TRF). de: 1- entender o caráter ilícito do fato
(compreensão das coisas) e 2 – determinar-se de
Limite das penas (30 x 5) acordo com esse entendimento (capacidade de
No caso de crime, o limite de cumprimento de pena dirigir sua conduta considerando a compreensão
é de 30 anos. No caso de contravenção, o limite de que anteriormente teve).
cumprimento é de 5 anos (art. 10, LCP).
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não
A lei pressupõe a imputabilidade.
pode, em caso algum, ser superior a cinco anos,
Extraordinariamente, o legislador arrola as
nem a importância das multas ultrapassar cinquenta
contos. hipóteses de exclusão da imputabilidade. Assim,
em princípio todos são imputáveis.
Notamos, então, que, de acordo com tal dispositivo, Diante de tais dispositivos, podemos arrolar as
serão considerados inimputáveis: seguintes hipóteses de inimputabilidade:
1- O doente mental. 1- Doença mental.
2- Aquele que tem desenvolvimento mental 2- Desenvolvimento mental incompleto ou
incompleto. retardado.
3- Aquele que tem desenvolvimento mental 3- A menoridade.
retardado. 4- A embriaguez completa que decorre do fortuito
ou de força maior.
Observe, entretanto, o que dispõe o artigo 27 do CP
sobre os menores. A letra da lei segue abaixo. Trataremos de cada uma das hipóteses de
exclusão da imputabilidade.
Menores de dezoito anos
Art. 27 – Os menores de 18 (dezoito) anos são Primeiramente, vamos tratar da menoridade, onde,
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às diferentemente das demais, impera presunção
normas estabelecidas na legislação especial. absoluta.
Tanto o doente mental, como aquele que tem De acordo com o dispositivo, fica fora de dúvida
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, que pelo legislador o aspecto biológico não basta.
será considerado inimputável, desde que seu Necessário que a condição biológica dê causa à
aspecto biológico (o desenvolvimento mental retirada completa da capacidade de entender o
incompleto ou retardado e a doença mental) lhes caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
retire a capacidade plena de entender o caráter com esse entendimento.
ilícito do fato e de determinar-se diante de tal
situação.
Inimputável = aspecto biológico + aspecto psíquico. § 1º – É isento de pena o agente que, por
Inteira incapacidade de entender e de determinar- embriaguez completa, proveniente de caso fortuito
se. ou força maior, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o
Doença mental ou desenvolvimento mental caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
retardado ou incompleto. com esse entendimento.
Portanto, mais uma vez, há a conjugação de fator Art. 121. Matar alguem:
biológico com fato psíquico.
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Por enquanto, nos interessa somente fixar as Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
hipóteses de exclusão da imputabilidade. No
Homicídio culposo
próximo tópico vamos continuar nossa exposição
tratando da semi-imputabilidade e das § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº
4.611, de 1965)
conseqüências que advém da inimputabilidade.
Pena - detenção, de um a três anos.
Necessário que tenhamos, por ora, a certeza
Aumento de pena
absoluta de que ao inimputável não haverá a
o
aplicação de pena. § 4 No homicídio culposo, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou
Induzimento, instigação ou auxílio a Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos
suicídio anteriores são aumentadas de um terço, se, em
conseqüência do aborto ou dos meios empregados
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar- para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de
se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer
dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o
suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por
anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão médico: (Vide ADPF 54)
corporal de natureza grave.
Aborto necessário
Parágrafo único - A pena é duplicada:
I - se não há outro meio de salvar a vida da
Aumento de pena gestante;
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
outrem moléstia grave de que está contaminado,
ato capaz de produzir o contágio: § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de
natureza grave:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção, de um a três anos.
Perigo para a vida ou saúde de outrem
§ 2º - Se resulta a morte:
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a
perigo direto e iminente: Pena - detenção, de dois a seis anos.
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Aumento de pena
Parágrafo único. A pena é aumentada até o
dobro se da negativa de atendimento resulta lesão
§ 3º - As penas cominadas neste artigo
corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta
aumentam-se de um terço:
a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
Maus-tratos
II - se o agente é ascendente ou descendente,
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de
cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.
pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância,
para fim de educação, ensino, tratamento ou
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) custódia, quer privando-a de alimentação ou
anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a
trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando I - se, constituindo o fato imputado crime de
de meios de correção ou disciplina: ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou
multa. II - se o fato é imputado a qualquer das
pessoas indicadas no nº I do art. 141;
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de
natureza grave: III - se do crime imputado, embora de ação
pública, o ofendido foi absolvido por sentença
Pena - reclusão, de um a quatro anos. irrecorrível.
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato
ofensivo à sua reputação:
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o
crime é praticado contra pessoa menor de 14 Pena - detenção, de três meses a um ano, e
(catorze) anos. (Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990) multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo Pena - detenção, de três meses a um ano, e
falsa a imputação, a propala ou divulga. multa, além da pena correspondente à violência.
Aumento de pena
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da
causa, pela parte ou por seu procurador;
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e
em dobro, quando, para a execução do crime, se
II - a opinião desfavorável da crítica literária,
reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de
artística ou científica, salvo quando inequívoca a
armas.
intenção de injuriar ou difamar;
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra,
frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. de causar-lhe mal injusto e grave:
Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz,
não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. Pena - detenção, de um a seis meses, ou
multa.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo
somente se procede mediante queixa, salvo
Parágrafo único - Somente se procede retê-lo no local de trabalho; (Incluído pela Lei nº
mediante representação. 10.803, de 11.12.2003)
Redução a condição análoga à de escravo Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
além da pena correspondente à violência.
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o
de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
fato é cometido por funcionário público, fora dos
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o
casos legais, ou com inobservância das
a condições degradantes de trabalho, quer
formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em
do poder.
razão de dívida contraída com o empregador ou
preposto: (Redação dada pela Lei nº 10.803, de
11.12.2003) § 3º - Não constitui crime a entrada ou
permanência em casa alheia ou em suas
dependências:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa,
além da pena correspondente à violência. (Redação
dada pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) I - durante o dia, com observância das
formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência;
§ 1o Nas mesmas penas incorre
quem: (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando
algum crime está sendo ali praticado ou na
I – cerceia o uso de qualquer meio de
iminência de o ser.
transporte por parte do trabalhador, com o fim de
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, Art. 158 - Constranger alguém, mediante
ou multa. violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar
§ 1º - Somente se procede mediante
fazer alguma coisa:
representação.
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº § 1º - Na mesma pena incorre quem:
8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
Usurpação de águas
Pena - reclusão, de oito a quinze
anos.. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de I - desvia ou represa, em proveito próprio ou
25.7.1990) de outrem, águas alheias;
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente,
25.7.90 em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal
indicativo de propriedade:
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta
anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de Pena - detenção, de seis meses a três anos, e
25.7.1990) multa.
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de Pena - detenção, de um a seis meses, ou
dívida, abusando da situação de alguém, multa.
documento que pode dar causa a procedimento
criminal contra a vítima ou contra terceiro: Dano qualificado
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, III - contra o patrimônio da União, Estado,
ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, Município, empresa concessionária de serviços
para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa públicos ou sociedade de economia
imóvel alheia:
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa § 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar
tombada pela autoridade competente em virtude de de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
valor artístico, arqueológico ou histórico:
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e outra importância destinada à previdência social
multa. que tenha sido descontada de pagamento efetuado
a segurados, a terceiros ou arrecadada do
Alteração de local especialmente protegido público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a
de que tem a posse ou a detenção: pena ou aplicar somente a de multa se o agente for
primário e de bons antecedentes, desde
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta
apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí- coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde,
la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à ou agrava as conseqüências da lesão ou doença,
autoridade competente, dentro no prazo de quinze com o intuito de haver indenização ou valor de
dias. seguro;
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, Fraude no pagamento por meio de cheque
aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de
CAPÍTULO VI fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES pagamento.
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de
de quinhentos mil réis a dez contos de réis. venda que não corresponda à mercadoria vendida,
em quantidade ou qualidade, ou ao serviço
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de prestado. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena 27.12.1990)
conforme o disposto no art. 155, § 2º.
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos,
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem: e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990)
Disposição de coisa alheia como própria
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá
aquêle que falsificar ou adulterar a escrituração do
Livro de Registro de Duplicatas. (Incluído pela Lei Parágrafo único - Somente se procede
nº 5.474. de 1968) mediante representação, e o juiz pode, conforme as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
Abuso de incapazes
Fraudes e abusos na fundação ou
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou administração de sociedade por ações
alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de
menor, ou da alienação ou debilidade mental de Art. 177 - Promover a fundação de sociedade
outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato por ações, fazendo, em prospecto ou em
suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo comunicação ao público ou à assembléia,
próprio ou de terceiro: afirmação falsa sobre a constituição da sociedade,
ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa,
Induzimento à especulação se o fato não constitui crime contra a economia
popular.
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou
alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou § 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não
inferioridade mental de outrem, induzindo-o à constitui crime contra a economia popular: (Vide Lei
prática de jogo ou aposta, ou à especulação com nº 1.521, de 1951)
títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber
que a operação é ruinosa: I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade
por ações, que, em prospecto, relatório, parecer,
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. balanço ou comunicação ao público ou à
assembléia, faz afirmação falsa sobre as condições
Fraude no comércio econômicas da sociedade, ou oculta
fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas
relativo;
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade
comercial, o adquirente ou consumidor:
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que
promove, por qualquer artifício, falsa cotação das
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, ações ou de outros títulos da sociedade;
mercadoria falsificada ou deteriorada;
III - o diretor ou o gerente que toma
II - entregando uma mercadoria por outra: empréstimo à sociedade ou usa, em proveito
próprio ou de terceiro, dos bens ou haveres sociais,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, sem prévia autorização da assembléia geral;
ou multa.
IV - o diretor ou o gerente que compra ou
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada vende, por conta da sociedade, ações por ela
a qualidade ou o peso de metal ou substituir, no emitidas, salvo quando a lei o permite;
mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou por
outra de menor valor; vender pedra falsa por V - o diretor ou o gerente que, como garantia
verdadeira; vender, como precioso, metal de ou de crédito social, aceita em penhor ou em caução
outra qualidade: ações da própria sociedade;
pratica os atos mencionados nos ns. I e II, ou dá comércio irregular ou clandestino, inclusive o
falsa informação ao Governo. exercício em residência. (Redação dada pela Lei nº
9.426, de 1996)
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis
meses a dois anos, e multa, o acionista que, a fim § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua
de obter vantagem para si ou para outrem, negocia natureza ou pela desproporção entre o valor e o
o voto nas deliberações de assembléia geral. preço, ou pela condição de quem a oferece, deve
presumir-se obtida por meio criminoso: (Redação
Emissão irregular de conhecimento de dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
depósito ou "warrant"
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou multa, ou ambas as penas. (Redação dada pela Lei
warrant, em desacordo com disposição legal: nº 9.426, de 1996)
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois Violação sexual mediante fraude (Redação
artigos anteriores: dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar
em geral, quando haja emprego de grave ameaça outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
ou violência à pessoa; ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação de vontade da vítima: (Redação dada
II - ao estranho que participa do crime. pela Lei nº 12.015, de 2009)
III – se o crime é praticado contra pessoa com Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
Parágrafo único. Se o crime é cometido com
o fim de obter vantagem econômica, aplica-se
também multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015,
de 2009)
8. Dos crimes contra os costumes.
Art. 216. (Revogado pela Lei nº 12.015, de
2009)
o
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) § 2 A pena é aumentada em até um terço se
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de
CAPÍTULO II
natureza grave ou se a vítima é menor de 18
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Sedução
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de
2005)
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta)
anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar
outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
Art. 214 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
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Direito Penal Prof. Richardson Silva
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica enfermidade ou deficiência mental, não tem o
as ações descritas no caput com alguém que, por necessário discernimento para a prática do ato,
enfermidade ou deficiência mental, não tem o facilitá-la, impedir ou dificultar que a
necessário discernimento para a prática do ato, ou abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009) § 1o Se o crime é praticado com o fim de
obter vantagem econômica, aplica-se também
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009) § 2o Incorre nas mesmas penas: (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) I - quem pratica conjunção carnal ou outro
ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído maior de 14 (catorze) anos na situação descrita
pela Lei nº 12.015, de 2009) no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta)
anos.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) II - o proprietário, o gerente ou o responsável
pelo local em que se verifiquem as práticas
Corrupção de menores referidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
Art. 218. Induzir alguém menor de 14
(catorze) anos a satisfazer a lascívia de § 3o Na hipótese do inciso II do § 2 o,
outrem: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de constitui efeito obrigatório da condenação a
2009) cassação da licença de localização e de
funcionamento do estabelecimento.(Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
CAPÍTULO III
DO RAPTO
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Rapto violento ou mediante fraude
Satisfação de lascívia mediante presença
Art. 219 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de
de criança ou adolescente (Incluído pela Lei nº
2005)
12.015, de 2009)
Rapto consensual
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém
menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a
presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, Art. 220 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de
a fim de satisfazer lascívia própria ou de 2005)
outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Diminuição de pena
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos.” (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Art. 221 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de
2005)
Favorecimento da prostituição ou de
outra forma de exploração sexual de criança ou Concurso de rapto e outro crime
adolescente ou de vulnerável. (Redação dada
pela Lei nº 12.978, de 2014) Art. 222 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de
2005)
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à
prostituição ou outra forma de exploração sexual
alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por
Art. 223 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
2009)
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de
Art. 224 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de violência, grave ameaça ou fraude:
2009)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da
Ação penal pena correspondente à violência.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos § 3º - Se o crime é cometido com o fim de
I e II deste Título, procede-se mediante ação penal lucro, aplica-se também multa.
pública condicionada à representação. (Redação
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Favorecimento da prostituição ou outra
forma de exploração sexual (Redação dada pela
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, Lei nº 12.015, de 2009)
mediante ação penal pública incondicionada se a
vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa Art. 228. Induzir ou atrair alguém à
vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) prostituição ou outra forma de exploração sexual,
facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a
Aumento de pena abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
Art. 226. A pena é aumentada:(Redação dada
pela Lei nº 11.106, de 2005) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
I – de quarta parte, se o crime é cometido com 2009)
o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação
dada pela Lei nº 11.106, de 2005) § 1o Se o agente é ascendente, padrasto,
madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro,
II – de metade, se o agente é ascendente, tutor ou curador, preceptor ou empregador da
padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma,
companheiro, tutor, curador, preceptor ou obrigação de cuidado, proteção ou
empregador da vítima ou por qualquer outro título vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
tem autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei 2009)
nº 11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito)
III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e Tráfico interno de pessoa para fim de
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) exploração sexual (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
§ 2o Se o crime é cometido mediante
violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que Art. 231-A. Promover ou facilitar o
impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade deslocamento de alguém dentro do território
da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de nacional para o exercício da prostituição ou outra
2009) forma de exploração sexual: (Redação dada pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos,
sem prejuízo da pena correspondente à Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)
violência.(Redação dada pela Lei nº 12.015, de anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
2009)
§ 1o Incorre na mesma pena aquele que
Tráfico internacional de pessoa para fim agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa
de exploração sexual (Redação dada pela Lei nº traficada, assim como, tendo conhecimento dessa
12.015, de 2009) condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-
la. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no
território nacional, de alguém que nele venha a § 2o A pena é aumentada da metade
exercer a prostituição ou outra forma de exploração se: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no
estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
I - a vítima é menor de 18 (dezoito)
2009)
anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou Art. 234-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015,
multa. de 2009)
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a Parágrafo único - A pena é aumentada de um
pena é aumentada: (Incluído pela Lei nº 12.015, de terço, se o agente é funcionário da saúde pública
2009) ou exerce a profissão de médico, farmacêutico,
dentista ou enfermeiro.
I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
Modalidade culposa
Pena - reclusão, de dez a quinze
anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de
25.7.1990) § 2º - Se o crime é culposo: (Redação dada
pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem
entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e
de ser distribuída, a água ou a substância multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de
envenenada. 2.7.1998)
I - sem registro, quando exigível, no órgão de Produto ou substância nas condições dos
vigilância sanitária competente; (Incluído pela Lei nº dois artigos anteriores
9.677, de 2.7.1998)
Art. 276 - Vender, expor à venda, ter em
II - em desacordo com a fórmula constante do depósito para vender ou, de qualquer forma,
registro previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei entregar a consumo produto nas condições dos
nº 9.677, de 2.7.1998) arts. 274 e 275.
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 10. Dos crimes contra a fé pública.
Exercício ilegal da medicina, arte dentária Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
ou farmacêutica
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a conta própria ou alheia, importa ou exporta,
profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou
autorização legal ou excedendo-lhe os limites: introduz na circulação moeda falsa.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como
verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à
circulação, depois de conhecer a falsidade, é
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o
punido com detenção, de seis meses a dois anos, e
fim de lucro, aplica-se também multa.
multa.
Charlatanismo
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze
anos, e multa, o funcionário público ou diretor,
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica,
secreto ou infalível: emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e I - de moeda com título ou peso inferior ao
multa. determinado em lei;
Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos Parágrafo único - O máximo da reclusão é
crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido
definido no art. 267. por funcionário que trabalha na repartição onde o
dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como a) em que tenha sido aplicado selo que se
dinheiro qualquer dos documentos referidos neste destine a controle tributário, falsificado; (Incluído
artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias pela Lei nº 11.035, de 2004)
a três meses, ou multa.
b) sem selo oficial, nos casos em que a
CAPÍTULO II legislação tributária determina a obrigatoriedade de
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS sua aplicação. (Incluído pela Lei nº 11.035, de
PÚBLICOS 2004)
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de III – em documento contábil ou em qualquer
direito público, ou a autoridade, ou sinal público de outro documento relacionado com as obrigações da
tabelião: empresa perante a previdência social, declaração
falsa ou diversa da que deveria ter
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite,
nos documentos mencionados no § 3 o, nome do
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a
vigência do contrato de trabalho ou de prestação de
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito
próprio ou alheio. Falsificação de documento
particular (Redação dada pela Lei nº 12.737, de
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido 2012) Vigência
de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros
símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte,
entidades da Administração Pública. (Incluído pela documento particular ou alterar documento
Lei nº 9.983, de 2000) particular verdadeiro:
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou Parágrafo único - Se o crime é cometido com o
diversa da que devia ser escrita, com o fim de fim de lucro, aplica-se também multa.
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a
verdade sobre fato juridicamente relevante: Reprodução ou adulteração de selo ou
peça filatélica
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa,
se o documento é público, e reclusão de um a três Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça
anos, e multa, se o documento é particular. filatélica que tenha valor para coleção, salvo
quando a reprodução ou a alteração está
Parágrafo único - Se o agente é funcionário visivelmente anotada na face ou no verso do selo
público, e comete o crime prevalecendo-se do ou peça:
cargo, ou se a falsificação ou alteração é de
assentamento de registro civil, aumenta-se a pena Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
de sexta parte.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre
Falso reconhecimento de firma ou letra quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou
peça filatélica.
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no
exercício de função pública, firma ou letra que o Uso de documento falso
não seja:
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, falsificados ou alterados, a que se referem os arts.
se o documento é público; e de um a três anos, e 297 a 302:
multa, se o documento é particular.
Pena - a cominada à falsificação ou à
Certidão ou atestado ideologicamente falso alteração.
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário
o fato é cometido por funcionário público. (Incluído autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou
pela Lei 12.550. de 2011) excluir indevidamente dados corretos nos sistemas
informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter vantagem
indevida para si ou para outrem ou para causar
dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
11. Dos crimes contra a administração pública.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos,
e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
TÍTULO XI
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO Modificação ou alteração não autorizada de
PÚBLICA sistema de informações (Incluído pela Lei nº
CAPÍTULO I 9.983, de 2000)
DOS CRIMES PRATICADOS
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário,
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL sistema de informações ou programa de informática
sem autorização ou solicitação de autoridade
Peculato competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois)
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
público ou particular, de que tem a posse em razão
do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou Parágrafo único. As penas são aumentadas de
alheio: um terço até a metade se da modificação ou
alteração resulta dano para a Administração Pública
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o
funcionário público, embora não tendo a posse do Extravio, sonegação ou inutilização de livro
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para ou documento
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio,
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer
qualidade de funcionário. documento, de que tem a guarda em razão do
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou
Peculato culposo parcialmente:
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever Pena - detenção, de seis meses a três anos,
funcional, a prática de contrabando ou descaminho além da pena correspondente à violência.
(art. 334):
Abandono de função
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990) Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos
casos permitidos em lei:
Prevaricação
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou
multa.
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
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Direito Penal Prof. Richardson Silva
Resistência
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à
Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000) Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal,
mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
prestando auxílio:
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis
multa. sem prejuízo das correspondentes à violência.
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei III - vende, expõe à venda, mantém em
nº 9.127, de 1995) depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para comercial ou industrial, mercadoria de procedência
si ou para outrem, vantagem ou promessa de estrangeira que introduziu clandestinamente no
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser
funcionário público no exercício da produto de introdução clandestina no território
função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) nacional ou de importação fraudulenta por parte de
outrem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade
Parágrafo único - A pena é aumentada da
comercial ou industrial, mercadoria de procedência
metade, se o agente alega ou insinua que a
estrangeira, desacompanhada de documentação
vantagem é também destinada ao
legal ou acompanhada de documentos que sabe
funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de
serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008,
1995)
de 26.6.2014)
Corrupção ativa
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais,
para os efeitos deste artigo, qualquer forma de
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem comércio irregular ou clandestino de mercadorias
indevida a funcionário público, para determiná-lo a estrangeiras, inclusive o exercido em
praticar, omitir ou retardar ato de ofício: residências. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos,
e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de
12.11.2003)
descaminho é praticado em transporte aéreo,
marítimo ou fluvial. (Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único - A pena é aumentada de um 13.008, de 26.6.2014)
terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o
pratica infringindo dever funcional. Contrabando
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a empregado, por determinação legal ou por ordem
contrabando; (Incluído pela Lei nº 13.008, de de funcionário público, para identificar ou cerrar
26.6.2014) qualquer objeto:
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou
concorrência pública ou venda em hasta pública, lucros auferidos, remunerações pagas ou
promovida pela administração federal, estadual ou creditadas e demais fatos geradores de
municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela
procurar afastar concorrente ou licitante, por meio Lei nº 9.983, de 2000)
de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento
de vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
ou multa, além da pena correspondente à violência. § 1o É extinta a punibilidade se o agente,
espontaneamente, declara e confessa as
Parágrafo único - Incorre na mesma pena contribuições, importâncias ou valores e presta as
quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão informações devidas à previdência social, na forma
da vantagem oferecida. definida em lei ou regulamento, antes do início da
ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Inutilização de edital ou de sinal
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, pena ou aplicar somente a de multa se o agente for
inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de primário e de bons antecedentes, desde
funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos § 2º - Se há emprego de violência contra
de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a pessoa, aplica-se também a pena correspondente à
tornar seguro o proveito do crime: violência.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, Desobediência a decisão judicial sobre
além da pena correspondente à violência. perda ou suspensão de direito
último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a
não possa ser paga no mesmo exercício financeiro oferta pública ou a colocação no mercado financeiro
ou, caso reste parcela a ser paga no exercício de títulos da dívida pública sem que tenham sido
seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de criados por lei ou sem que estejam registrados em
disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº sistema centralizado de liquidação e de
10.028, de 2000) custódia: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) a) com o fim de obter informação, declaração
ano. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define
oito a dezesseis anos. crimes e dá outras providências.
Art. 32. As plantações ilícitas serão III - utiliza local ou bem de qualquer natureza
imediatamente destruídas pelo delegado de polícia de que tem a propriedade, posse, administração,
na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele
suficiente para exame pericial, de tudo lavrando se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização
auto de levantamento das condições encontradas, ou em desacordo com determinação legal ou
com a delimitação do local, asseguradas as regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
medidas necessárias para a preservação da
prova. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) § 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao
uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e prática de qualquer dos crimes previstos nos arts.
multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave
transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a após o consumo de drogas, expondo a dano
qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda potencial a incolumidade de outrem:
que gratuitamente, maquinário, aparelho,
instrumento ou qualquer objeto destinado à
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três)
fabricação, preparação, produção ou transformação anos, além da apreensão do veículo, cassação da
de drogas, sem autorização ou em desacordo com habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo
determinação legal ou regulamentar: mesmo prazo da pena privativa de liberdade
aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, (quatrocentos) dias-multa.
e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000
(dois mil) dias-multa. Parágrafo único. As penas de prisão e multa,
aplicadas cumulativamente com as demais, serão
Art. 35. Associarem-se duas ou mais de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400
pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, veículo referido no caput deste artigo for de
o
caput e § 1 , e 34 desta Lei: transporte coletivo de passageiros.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37
e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
duzentos) dias-multa. terços, se:
reinserção social, de unidades militares ou policiais Art. 45. É isento de pena o agente que, em
ou em transportes públicos; razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente
de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao
IV - o crime tiver sido praticado com tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha
violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, sido a infração penal praticada, inteiramente
ou qualquer processo de intimidação difusa ou incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
coletiva; determinar-se de acordo com esse entendimento.
art. 7º recebida a representação em que for b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas
solicitada a aplicação de sanção administrativa, a antes da audiência de instrução e julgamento, a
autoridade civil ou militar competente determinará a designação de um perito para fazer as verificações
instauração de inquérito para apurar o fato. necessárias.
Art. 9º Simultaneamente com a representação Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não
dirigida à autoridade administrativa ou oferecer a denúncia no prazo fixado nesta lei, será
independentemente dela, poderá ser promovida admitida ação privada. O órgão do Ministério
pela vítima do abuso, a responsabilidade civil ou Público poderá, porém, aditar a queixa, repudiá-la e
penal ou ambas, da autoridade culpada. oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos os
termos do processo, interpor recursos e, a todo
Art. 10. Vetado tempo, no caso de negligência do querelante,
retomar a ação como parte principal.
Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as
normas do Código de Processo Civil. Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do
prazo de quarenta e oito horas, proferirá despacho,
recebendo ou rejeitando a denúncia.
Art. 12. A ação penal será iniciada,
independentemente de inquérito policial ou
justificação por denúncia do Ministério Público, § 1º No despacho em que receber a
instruída com a representação da vítima do abuso. denúncia, o Juiz designará, desde logo, dia e hora
para a audiência de instrução e julgamento, que
deverá ser realizada, improrrogavelmente. dentro
Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a
de cinco dias.
representação da vítima, aquele, no prazo de
quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que
o fato narrado constitua abuso de autoridade, e § 2º A citação do réu para se ver processar,
requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a até julgamento final e para comparecer à audiência
designação de audiência de instrução e julgamento. de instrução e julgamento, será feita por mandado
sucinto que, será acompanhado da segunda via da
representação e da denúncia.
Art. 20. Se até meia hora depois da hora Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144º da
marcada o Juiz não houver comparecido, os Independência e 77º da República.
presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido
constar do livro de termos de audiência. H. CASTELLO BRANCO
Juracy Magalhães
Art. 21. A audiência de instrução e julgamento
será pública, se contrariamente não dispuser o Juiz,
e realizar-se-á em dia útil, entre dez (10) e dezoito
15. Sistema Nacional de Armas (Lei 10.826/03).
(18) horas, na sede do Juízo ou, excepcionalmente,
no local que o Juiz designar.
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a armas de fogo e munição, sobre o Sistema
qualificação e o interrogatório do réu, se estiver Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá
presente. outras providências.
I – identificar as características e a
Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão
propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
lavrará no livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que
conterá, em resumo, os depoimentos e as
alegações da acusação e da defesa, os II – cadastrar as armas de fogo produzidas,
requerimentos e, por extenso, os despachos e a importadas e vendidas no País;
sentença.
III – cadastrar as autorizações de porte de Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso
arma de fogo e as renovações expedidas pela permitido o interessado deverá, além de declarar a
Polícia Federal; efetiva necessidade, atender aos seguintes
requisitos:
IV – cadastrar as transferências de
propriedade, extravio, furto, roubo e outras I - comprovação de idoneidade, com a
ocorrências suscetíveis de alterar os dados apresentação de certidões negativas de
cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
de empresas de segurança privada e de transporte Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
de valores; respondendo a inquérito policial ou a processo
criminal, que poderão ser fornecidas por meios
V – identificar as modificações que alterem as eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
características ou o funcionamento de arma de 2008)
fogo;
II – apresentação de documento
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já comprobatório de ocupação lícita e de residência
existentes; certa;
Tributário. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de regulamento desta Lei, observada a supervisão do
2007) Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº
10.867, de 2004)
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos
no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios § 4o Os integrantes das Forças Armadas, das
Públicos da União e dos Estados, para uso polícias federais e estaduais e do Distrito Federal,
exclusivo de servidores de seus quadros pessoais bem como os militares dos Estados e do Distrito
que efetivamente estejam no exercício de funções Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4 o,
de segurança, na forma de regulamento a ser ficam dispensados do cumprimento do disposto nos
emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do
pelo Conselho Nacional do Ministério Público - regulamento desta Lei.
CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores
o
§ 1 As pessoas previstas nos incisos I, II, III, de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
V e VI do caput deste artigo terão direito de portar depender do emprego de arma de fogo para prover
arma de fogo de propriedade particular ou fornecida sua subsistência alimentar familiar será concedido
pela respectiva corporação ou instituição, mesmo pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
fora de serviço, nos termos do regulamento desta categoria caçador para subsistência, de uma arma
Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2
constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou
pela Lei nº 11.706, de 2008) inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado
comprove a efetiva necessidade em requerimento
§ 1o-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008) ao qual deverão ser anexados os seguintes
documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008)
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de
agentes e guardas prisionais poderão portar arma
de fogo de propriedade particular ou fornecida pela I - documento de identificação
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
serviço, desde que estejam: (Incluído pela Lei nº
12.993, de 2014) II - comprovante de residência em área rural;
e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
I - submetidos a regime de dedicação
exclusiva; (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) III - atestado de bons antecedentes. (Incluído
pela Lei nº 11.706, de 2008)
II - sujeitos à formação funcional, nos termos
do regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, § 6o O caçador para subsistência que der
de 2014) outro uso à sua arma de fogo, independentemente
de outras tipificações penais, responderá, conforme
o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de
III - subordinados a mecanismos de fogo de uso permitido.(Redação dada pela Lei nº
fiscalização e de controle interno. (Incluído pela 11.706, de 2008)
Lei nº 12.993, de 2014)
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais
§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº dos Municípios que integram regiões metropolitanas
12.993, de 2014) será autorizado porte de arma de fogo, quando em
serviço. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 2o A autorização para o porte de arma de
fogo aos integrantes das instituições descritas nos Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos
incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo está empregados das empresas de segurança privada e
condicionada à comprovação do requisito a que se de transporte de valores, constituídas na forma da
refere o inciso III do caputdo art. 4o desta Lei nas lei, serão de propriedade, responsabilidade e
condições estabelecidas no regulamento desta guarda das respectivas empresas, somente
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo
essas observar as condições de uso e de
§ 3o A autorização para o porte de arma de armazenagem estabelecidas pelo órgão
fogo das guardas municipais está condicionada à competente, sendo o certificado de registro e a
formação funcional de seus integrantes em autorização de porte expedidos pela Polícia Federal
estabelecimentos de ensino de atividade policial e à em nome da empresa.
existência de mecanismos de fiscalização e de
controle interno, nas condições estabelecidas no
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, Posse irregular de arma de fogo de uso
nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela permitido
prestação de serviços relativos:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda
I – ao registro de arma de fogo; arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal
II – à renovação de registro de arma de fogo; ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
III – à expedição de segunda via de registro de
legal do estabelecimento ou empresa:
arma de fogo;
Omissão de cautela
V – à renovação de porte de arma de fogo;
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
é inafiançável. (Vide Adin 3.112-1) e multa.
II – modificar as características de arma de Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15,
fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se
fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de forem praticados por integrante dos órgãos e
dificultar ou de qualquer modo induzir a erro empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.
autoridade policial, perito ou juiz;
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide
artefato explosivo ou incendiário, sem autorização Adin 3.112-1)
ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar; CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou
fornecer arma de fogo com numeração, marca ou Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar
qualquer outro sinal de identificação raspado, convênios com os Estados e o Distrito Federal para
suprimido ou adulterado; o cumprimento do disposto nesta Lei.
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que Art. 23. A classificação legal, técnica e geral
gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou bem como a definição das armas de fogo e demais
explosivo a criança ou adolescente; e produtos controlados, de usos proibidos, restritos,
permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo
autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, Federal, mediante proposta do Comando do
munição ou explosivo. Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008)
Comércio ilegal de arma de fogo
§ 1o Todas as munições comercializadas no
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, País deverão estar acondicionadas em embalagens
conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, com sistema de código de barras, gravado na caixa,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, visando possibilitar a identificação do fabricante e
ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio do adquirente, entre outras informações definidas
ou alheio, no exercício de atividade comercial ou pelo regulamento desta Lei.
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem
ESPAÇO HEBER VIEIRA
Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Página 58
F.: 3314-4071 – www.espacohebervieira.com.br
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Direito Penal Prof. Richardson Silva