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TERMODINÂMICA E ONDAS Ano: 2019/1

Prof ª Maria Eulália Pinto Tarragó

NOTAS DE AULAS: HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA

IMPORTANTE: Esta apostila contém apenas anotações de salas de aula e um número pequeno de exercícios.
Sugere-se fortemente que o aluno estude os livros recomendados nas referências bibliográficas da disciplina.

I. NOÇÕES DE HIDROSTÁTICA
A hidrostática trata dos fluidos em repouso. Como sabemos, uma massa fluida toma a forma do
recipiente que o contém, pois suas moléculas não apresentam posições relativas definidas, tal qual
ocorre em sólidos. Vamo-nos restringir ao estudo dos fluidos ideais, onde os fenômenos de tensão
superficial, capilaridade e viscosidade podem ser desprezados, e, além disso, quando tratarmos de
líquidos, estes serão considerados incompressíveis.

1. Massa específica  (lê-se rô) de uma substância ou densidade é a razão entre a massa m e o volume
m
V que ela ocupa:   ; unidades S.I [kg / m3 ]
V
A massa específica é característica da substância (a uma dada pressão e temperatura). Por exemplo, a
massa específica do ar, do gelo, da água, do ferro e do mercúrio apresentam os seguintes valores:
ar = 0,0013g/cm3=1,3kg/m3
gelo = 0,92g/cm3
água = 1,00g/cm3=1,00x103kg/m3
ferro = 7,6g/cm3
mercúrio = 13,6g/cm3

A Figura abaixo mostra um densímetro, instrumento que mede a densidade de líquidos.

Figura de http://www.tecnoferramentas.com.br

2. A Pressão (P) é uma grandeza importante no estudo de fluidos, pois, diferentemente dos sólidos que
suportam uma força F diretamente aplicada sobre eles, os fluidos só podem sofrer a ação de uma força
por meio de uma superfície, ou seja, por meio da pressão exercida sobre eles. Defini-se pressão (P)
como a razão entre o módulo da força normal aplicada em uma superfície pela área da mesma:
F
P  ; unidades S.I [ N / m 2  Pa ]
A

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Unidades usuais de pressão:
1 Bar = 105 Pa
1 mBar (milibar) = 102 Pa
1 hPa (hectopascal)= 102 Pa
1,00 atm = 1,01x105 Pa = 101kPa = 1025mBar = 1kgf/cm2
1 psi (psi=libra força por polegada quadrada) = 0,068 atm
1,00 atm = 760 mmHg
1 Torr = 1mmHg

Q1) Estimar o valor da pressão do ar no interior dos pneus:


a) de um carro

b) de uma bicicleta.

3. Pressão Hidrostática ou Pressão exercida por uma coluna de líquido


Q2) Qual é a pressão que uma coluna de líquido de altura h e densidade  exerce na sua base?

Obs.: Na expressão P=gh, h deve ser entendido como a profundidade, pois é a distância na vertical
desde a superfície livre do líquido até o ponto de interesse.

4. Princípio de Stevin: No século XVI, Stevin publicou um livro enunciando um princípio que hoje
leva seu nome o qual diz: “A força (F) exercida por um líquido sobre a base de um recipiente que o
contém independe da forma do recipiente, dependendo somente da altura (h) de líquido, da área (A)
dessa base, da densidade do líquido () e da aceleração da gravidade (g); isto é F  ghA .”
Na maioria dos casos em que se aplica o Princípio de Stevin é mais conveniente enunciá-lo da
seguinte forma: ‘duas regiões de um mesmo fluido em repouso (conectadas entre si) que estão na
mesma altura, estarão sob a mesma pressão’.

Q3) Para nivelar dois pontos de uma construção, de uma parede, por exemplo, os pedreiros usam
uma mangueira transparente com água. Explique a razão disso, ou o princípio em que tal
procedimento se baseia.

Adaptado da apostila eletrônica da UFSM/GEF,


de ANTONIO V. L. PORTO e colaboradores,
http://www.scribd.com/doc/13281234/GEF-
Fluidos.

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Paradoxo Hidrostático A pressão depende da profundidade

Quando os efeitos de capilaridade não podem ser desprezados (tubos com diâmetros na ordem
de milímetros), as alturas das colunas de fluido sob a mesma pressão dependem também do diâmetro
do tubo e da tensão superficial, como ilustrado a seguir.

O mercúrio sofre depressão capilar.

5. Pressão Atmosférica: A Terra está envolvida por uma camada de ar, a atmosfera. A pressão
atmosférica (PATM) sobre a superfície da Terra é igual, numericamente, à razão entre o peso de uma
coluna de atmosfera (cuja altura vai desde o solo até o limite superior da atmosfera) e a área desta
coluna.

Um modo de medir a pressão atmosférica é o procedimento conhecido como a Experiência de


Torricelli. Conta-se que Torricelli (século XVII) usou um tubo de vidro com cerca de 1m de
comprimento fechado em uma das extremidades, e cheio de mercúrio, emborcando-o em um recipiente
contendo também mercúrio (observando que ao emborcar o tubo não entrasse ar), como ilustrado
abaixo. De acordo com o princípio de Stevin, pode-se dizer que a pressão atmosférica é numericamente
igual a “h”, em mm de Hg.

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A pressão atmosférica padrão é equivalente à pressão de uma coluna de mercúrio de 760 mm de
altura, no nível do mar, a 0oC e em um local onde a aceleração gravitacional g = 9,81m/s2. Escrevemos
simbolicamente PATM  760 mmHg  1atm .

Q4) Demonstre que 760mmHg é equivalente à 1,01xl05Pa.

6. Variação da Pressão com a Profundidade


O Princípio de Stevin estabelece que a pressão em um fluido (com densidade constante) varia
linearmente com a profundidade. Assim, quando mergulhamos no mar, a pressão resultante em uma
determinada profundidade h será p(h) = patm + gh, onde  é a densidade da água do mar.

Q5)
a) Qual deverá ser a profundidade do nosso mergulho para que a pressão aumente de 1,0 atm?

b) As bombas aspirantes são dispositivos que por meio do movimento ascendente do êmbolo
reduzem a pressão dentro do cilindro (criando vácuo), permitindo que a água entre no cilindro.
Ao fazer-se o movimento descendente do êmbolo, a válvula inferior fecha e a superior abre,
então a água escoa pela torneira, conforme ilustrado abaixo.

Figura adaptada de http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/experiencia-torricelli.htm; acesso março 2017.

Por que ao bombear água de poços com bombas aspirantes a água só pode subir dentro do tubo
por uma altura aproximadamente igual a 10 metros e não mais que isso?

Sugestão de leitura: ver o artigo “E quando a água não subiu mais que dez metros?...” de Luciano
Denardin de Oliveira e Paulo Machado Mors em http://www1.fisica.org.br/fne/phocadownload/Vol11-
Num2/a021.pdf , o qual relata experiências com colunas de fluidos.

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7. Variação da Pressão Atmosférica com a Altitude

De acordo com um modelo simplificado, a pressão atmosférica a uma determinada altura, P(h),
decresce exponencialmente na medida que a altura h aumenta, de tal forma que P(h)  P0 e  ch , na qual
P0 é a pressão atmosférica ao nível do mar.

A constante C depende de vários fatores; iremos assumir que ela vale aproximadamente
0,12km1. Por exemplo, no topo do Aconcágua (7,0km de altitude), a pressão atmosférica é
aproximadamente 43% da pressão ao nível do mar.

Q6) O tubo em "U" mostrado na aula contém dois líquidos não miscíveis: água e óleo. Através das
medidas de interesse feitas com uma régua e sabendo-se que a densidade da água é 1,0 g/cm3,
determinar a densidade do óleo.

8. Chamam-se manômetros os instrumentos que medem pressão nos reservatórios de gases,


usando como referência a pressão atmosférica, portanto a pressão que os manômetros indicam
diretamente – chamada pressão manométrica – é uma pressão relativa. A figura abaixo ilustra um
manômetro usado comercialmente; também existem “manômetros” que indicam diretamente a pressão
absoluta, chamados “manômetros para pressão absoluta”.

Foto de um manômetro comercial; imagem de http://www.google.com.br/search?q


Os primeiros manômetros eram do tipo “tubo em U”, tal qual o mostrado na questão 7 a seguir.

Q7) Qual a pressão manométrica e a pressão absoluta no reservatório de gás da figura abaixo? Sabe-se
que a altura h=400mm, que a substância manométrica é o mercúrio e que a pressão atmosférica é 755
mmHg.

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Q8) Considere um tanque contendo mercúrio, água, benzeno (0,876g/cm3) e ar (gás), conforme
mostrado abaixo.

a) Qual é a pressão manométrica do ar (gás)?

b) Qual é a pressão absoluta do ar (gás) se a pressão atmosférica for 765mmHg?

8. Teorema de Pascal (século XVII): A diferença de pressão entre dois pontos de um líquido
homogêneo em repouso é constante, dependendo apenas do desnível entre esses pontos. Portanto, uma
variação de pressão produzida em um ponto do fluido em repouso deve se transmitir a todos os outros
pontos. Este resultado constitui o teorema de Pascal.

Na Figura seguinte, ao se aplicar uma força F1 no êmbolo do cilindro de menor diâmetro, cuja
área de seção reta é A1, transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido a variação da pressão
F1/A1. Como resultado, o fluido exercerá sobre o êmbolo de maior diâmetro, cuja área é A2, uma força
F2 de tal forma que:

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F1 F2
 .
A1 A2

Figura: A prensa hidráulica como aplicação do teorema de Pascal; adaptada de


http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrostatica/pressao.html, acesso 14//7/2014.

9. Princípio de Arquimedes: “Todo corpo mergulhado em um fluido sofre uma força de baixo para
cima, cujo módulo é igual ao peso do fluido deslocado”. Tal força chama-se empuxo (E). O módulo da
força de empuxo é E=gV, onde  é a densidade do fluido e V é o volume do fluido deslocado.

Demonstração:

QUESTÕES

Q9) Um carro de 1,2x104N está sobre um elevador hidráulico. A área do cilindro que suporta o carro
(em equilíbrio) é 4 vezes maior do que a área do cilindro no outro lado do elevador hidráulico onde
uma força é aplicada. Qual o valor da força aplicada?

Q10) Um objeto flutua na água com 1/4 de seu volume abaixo do nível da água (cuja densidade é
1,00x103 kg/m3). Se este objeto estivesse flutuando num óleo, de densidade igual à 0,80x103 kg/m3,
qual a fração de seu volume que ficaria acima do nível do óleo?

Q11) (Halliday, v.2, 4 ed) Membros da tripulação tentam escapar de um submarino danificado, 100 m
abaixo da superfície. Que força eles têm de aplicar no alçapão, de l ,2 m por 0,60 m, para empurrá-lo
para fora? Considere a densidade da água do oceano 1025 kg/m3.

7
Q12) (Halliday, v.2, 4 ed, cap.16, 17E) Um simples tubo aberto em U contém mercúrio. Quando 11,2
cm de água forem colocados no braço direito do tubo, quanto subirá a coluna de mercúrio no braço
esquerdo, em relação ao seu nível inicial?

Q13) Um carro de 1,2.104N está apoiado em seus pneus. Se a pressão em cada pneu for de 200kPa,
qual a área de cada pneu em contato com o chão?

Q14) [Halliday, vol.2, 8ed]

Q15) A massa de um bloco de alumínio é 35,0 g. a) Qual é o seu volume? b) Qual será a tensão numa
corda da qual está suspenso se o bloco estiver totalmente submerso em água? A massa específica do
alumínio é 2700 kg/m3.

Q16) De Halliday, Vol.2, 8ed.

Q17) De Halliday, Vol.2, 8ed.

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RESPOSTAS:
Q8) (respostas parciais: pressão hidrostática da coluna de benzeno é 859 Pa e da coluna de água é 981 Pa) a) 186 mmHg ≡
0,245 atm ≡ 24,7kPa; b) 126kPa ≡ 94,8 mmHg Q9) 3,0x103N. Q10) 0,69 Q11) 7,2X105N. Q12) 0,412 cm. Q13)0,015 m2.
Q14) Praticamente a pressão dentro do recipiente era a própria pressão atmosférica, pois a diferença de pressão 6,2Pa é
desprezível frente à pressão atmosférica (1,0x105Pa). Q15) a) 13,0cm3; b) 0,216N

II. NOÇÕES DE HIDRODINÂMICA


A Hidrodinâmica estuda os fluidos em movimento. Vamos, inicialmente, estudar os líquidos em
movimento por meio de fenômenos que podem ser descritos apenas com os princípios de conservação
da massa e da energia, o primeiro levando à equação da continuidade e o segundo, à equação de
Bernoulli.

1. Equação da Continuidade

Dizemos que um fluido escoa em regime estacionário ou laminar se uma camada de fluido
desliza sobre a outra sem se misturar.

Nessa seção iremos trabalhar com fluidos ideais, para os quais a viscosidade é nula e o perfil de
velocidade é constante, ou seja, em cada ponto de uma mesma seção reta o fluido apresentará as
mesmas velocidades e pressões.

Vamos considerar um fluido de massa específica  em escoamento estacionário numa tubulação


sem derivações, como se ilustra abaixo.

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Defini-se vazão Q a razão entre o volume V de um fluido que escoa através de uma seção reta
pela unidade de tempo ∆t; no S.I. a unidade é [m3/s].

Independente do tipo de escoamento, se a tubulação não tem derivações e o fluido é


incompressível, a vazão permanece constante; então para a Figura acima:

V1 V
 2 , Q
 t1  t 2
na qual V1 é o volume ocupado pela massa m1 de fluido e V2, a ocupada por essa mesma massa na
outra parte da tubulação, indicada na figura por m2.

Porém, o volume pode ser calculado por V  A x , na qual x é a distância ao longo da


x
tubulação. Porém  v , sendo v a velocidade do fluido. Dessa forma, reescrevendo a equação da
t
vazão constante, tem-se a conhecida Equação da Continuidade: A1v1  A2 v2 .

A equação da continuidade expressa, na hidrodinâmica, o princípio de conservação da massa.

Q1) Por que a área da seção reta do jato de água, que cai verticalmente de uma torneira, diminui à
medida que se aproxima do solo?

2. Equação de Bernoulli: Considere um fluido em escoamento estacionário em uma tubulação, como


listrado abaixo, na qual y é a altura da tubulação em relação a um referencial, v é a velocidade do fluido
e P é a pressão dinâmica do fluido.

Figura adaptada da apostila eletrônica da UFSM/GEF, de ANTONIO V. L. PORTO e colaboradores, http://www.scribd.com/doc/13281234/GEF-Fluidos.

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A lei da conservação de energia por unidade de volume permite-nos escrever que a soma das
densidades volumétricas das energias cinética e potencial, mais a densidade volumétrica de trabalho é
constante:

EC EP W
   const
V V V

2
1 mv mgy Fx
Reescrevendo:    const
2 V V V

Fx
Porém, a força pode ser escrita como o produto da pressão P pela área A, portanto  P.
V
Após pequenas simplificações obtemos a equação de Bernoulli:

1
2
v12  gy1  P1  12 v22  gy2  P2

Observa-se que [J/m3=Pa].

3. Medidor de Venturi: (Adpatado da apostila eletrônica da UFSM/GEF, de ANTONIO V. L.


PORTO e colaboradores, http://www.scribd.com/doc/13281234/GEF-Fluidos.) Considere um líquido
de massa específica  escoando em regime laminar por uma tubulação de seção reta de área A1 com um
estrangulamento de seção reta de área A2, como mostrado abaixo. Entre duas porções da tubulação,
com áreas diferentes, está conectado um tubo manométrico, cuja diferença de pressão é P. No
estrangulamento, o módulo da velocidade do fluido aumenta (pela equação da continuidade) e a
pressão diminui (pela equação de Bernoulli). Este é o esquema do Tubo (ou medidor) de Venturi,
aparato que permite medir o módulo da velocidade de escoamento de um fluido.

Figura adaptada da apostila eletrônica da UFSM/GEF, de ANTONIO V. L. PORTO e colaboradores, http://www.scribd.com/doc/13281234/GEF-Fluidos.

Q2) Demonstrar que a velocidade de escoamento do fluido na posição 1 (da Figura anterior) é dada por
2( P2  P1 ) 2( P1  P2 )
v1  ou, o que é equivalente, v1  .
A12
A12
 [1  2 ]  [ 2  1]
A2 A2

Q3) Uma mangueira de diâmetro de 2,0cm é usada para encher um balde de 20 litros. (a) Se leva 1,0
min para encher o balde, qual a velocidade que a água passa pela mangueira? (b) Um brincalhão aperta
a saída da mangueira até ela ficar com um diâmetro de 5,0mm e acerta o vizinho com água. Qual a
velocidade com que a água sai da mangueira?

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Q4) Considere a água escoando em regime lamelar na longa tubulação mostrada na Figura do item 1,
onde a pressão na região 2 é P2 = 1,8x105 Pa e a velocidade do fluido é v2= 2,0m/s. Sabe-se que o raio
da tubulação em 1 é 2,0cm e em 2 é 6,0cm. Determinar a pressão do fluido na região 1.

Q5) Considere que a água está escoando em regime lamelar pela tubulação mostrada na Figura do item
2, a qual está aberta para a atmosfera logo após a região 2; ou seja P2 = pressão atmosférica. Sabe-se
que a diferença das alturas da tubulação y2- y1= 10,0m e que a velocidade na região 2 é v2 =10,0m/s.
Sabe-se também que A2= 2A1. Determinar a pressão do fluido na região 1.

Q6) (Halliday, v.2, 4 ed, cap.16, 67E) Se a velocidade do escoamento, passando debaixo de uma asa, é
110 m/s, que velocidade do escoamento na parte de cima criará uma diferença de pressão de 900 Pa
entre as superfícies de cima e de baixo? Considere a densidade do ar ar = 1,23 kg/m3.

Para resolver essa questão, deve-se saber o seguinte:


As linhas brancas na Figura seguinte ilustram o escoamento laminar do ar sobre a parte superior da asa
de um avião. Tudo ocorre como se as partículas de ar que seguem a trajetória que passa pela parte
superior da asa e as que seguem a trajetória que passa pela parte inferior da asa, levassem o mesmo
tempo para tal. Devido ao formato da asa, o trajeto superior é maior do que o inferior,
consequentemente a velocidade do ar na parte superior da asa é maior do que na parte inferior. Isto
gera uma diferença de pressão P. Esta diferença de pressão atuando na área A da asa, gera uma força
F (para cima) de sustentação dinâmica do avião.

Adaptado de: http://4.bp.blogspot.com/-xPSvmog8suU/T7g4CLEC2iI/AAAAAAAAADg/Q4niirpryhU/s1600/aviao+asa.jpg

O esboço abaixo destaca o perfil transversal da asa.

Q7) (Halliday, v.2, 4 ed, cap.16, 73P) As janelas de um prédio de escritórios têm dimensões de 4,00 m
por 5,00 m. Em um dia tempestuoso, o ar passa pela janela do 53° andar, paralelo à janela, a uma
velocidade de 30,0 m/s. Calcule a força resultante aplicada na janela. A densidade do ar é 1,23 kg/m3.

Q8) (Adaptado de Serway e Jewtt, Princípios de Física, v.2, 3 ed, cap.15, questão 36) Um tubo de
Venturi pode ser utilizado como medidor de escoamento de fluido. Considere que o raio da tubulação
na região de entrada (1) é 2,00 cm e na região de estrangulamento (2) é 1,0 cm, sendo gasolina o

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líquido que escoa (cuja densidade é 700 kg/m3), conforme Figura do item 3. Se a diferença de pressão
P1 − P2 = 21,0kPa, encontre a taxa de escoamento do fluido, em metros cúbicos por segundo.

Q9) Abre-se um buraco circular de 4,5cm de diâmetro no lado de um grande reservatório, a h=8,0m
abaixo do nível superior da água, como ilustrado abaixo. Sabe-se que a parte superior do reservatório é
aberta para a atmosfera e que a área do reservatório é muito maior do que a área do buraco na lateral.
Qual o volume de água que jorra pelo buraco na unidade de tempo? Demonstrar a dedução de seu
raciocínio e calcular. Observa-se que a figura abaixo é fora de escala.

Q10) Por um orifício circular de 3,0cm de diâmetro, localizado na lateral de um grande reservatório, a
uma “altura” h abaixo do nível superior da água (conforme ilustração da questão anterior), a vazão de
água que jorra é 7,67 litros/s. Se a parte superior do reservatório está aberta para a atmosfera e a área
do reservatório é muito maior do que a área do orifício, qual o valor de h?

Q11) [Halliday, vol.2, 8 ed]

RESPOSTAS
Q3) (a) 1,1x102cm/s e (b) 1,7x103cm/s Q4) 2,0x104Pa Q5) 4,9x104 Pa Q6) 116 m/s Q7) 1,11x104 N Q8) 2,5litros/segundo
Q9) 20litros/s Q10) 6,00m Q11) Pentrada − Psaída= − 1,76x106Pa

III. FLUIDOS REIAS


Os fluidos reais apresentam viscosidade, grandeza física responsável por oferecer dificuldade ao
escoamento. Quanto mais intensa for a força de interação entre as moléculas do fluido, maior será essa
dificuldade, pois as moléculas que pertencem às camadas adjacentes (que deslizam umas sobre as
outras) atraem-se mutuamente, originando dissipação de energia mecânica.

O vídeo disponível em https://www.youtube.com/watch?v=eizOEZKRbaU (aproximadamente


no minuto 13) mostra o escoamento de óleos que apresentam diferentes viscosidades.

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Para apresentarmos a definição de viscosidade, vamos imaginar o seguinte experimento.
Considere uma piscina preenchida com um fluido líquido e sobre ele, uma placa móvel de área A
(flutuando) sendo puxada com velocidade constante v por uma força F, conforme ilustrado na figura
(a) abaixo. Define-se tensão de cisalhamento  a razão entre essa força F e a área da placa A, observa-
se que a unidade S.I. de tesão de cisalhamento é Pascal. Se mantivermos a tensão de cisalhamento
constante e variamos a profundidade L da piscina, vamos verificar que a profundidade L=y é
diretamente proporcional à velocidade constante v com que a placa deslizará sobre o fluido, conforme
ilustrado na figura (b) abaixo.

Av
Matematicamente, pode-se escrever F   , sendo  (lê-se eta) o coeficiente de viscosidade do
L
fluido; essa relação é chamada lei de Newton da viscosidade e os fluidos que a obedecem são
chamados fluidos newtonianos. Em outras palavras, fluidos newtonianos são aqueles para os quais a
tensão de cisalhamento é diretamente proporcional ao gradiente de velocidade (dv/dy). Os fluidos que
não obedecem a lei de Newton da viscosidade são chamados fluidos não-newtonianos e cada qual
comporta-se de uma maneira; como exemplo a mistura amido-água.

Observe que as dimensões da viscosidade são [F][L]2[s]. No sistema cgs, a unidade


correspondente é o poise e no SI, o Pa.s, de modo que 1 poise  10 1 Pa  s .
 depende do fluido e da temperatura; a água a 0oC apresenta viscosidade 1,79.10-3 Pa.s e a
100oC, 2,8.10-4Pa.s; a Glicerina é considerada um fluido com viscosidade alta, sendo = 8,310-1Pa.s a
20oC. Abaixo apresentam-se alguns valores de coeficiente de viscosidade, para líquidos e gases.

2. Lei de Stokes: Consideremos uma esfera de raio R movendo-se através de  um fluido com uma
velocidade constante. Então, sobre esta esfera existe uma força de resistência F , exercida pelo fluido,
cujo módulo depende do coeficiente de viscosidade  do fluido, do raio R da esfera e do módulo v de

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sua velocidade (se este for pequeno). Pela análise física deste problema, Stokes descobriu que o
módulo da força de resistência do fluido sobre a esfera (lei de Stokes) é: F  6 Rv .

É interessante notar que se as gotas de chuva provenientes de nuvens situadas a alguns


quilômetros de altura não encontrassem a resistência do ar, elas seriam extremamente danosas ao
atingir qualquer corpo na superfície da Terra. Isto não acontece porque elas alcançam uma velocidade
terminal pequena. Para gotas de 1 mm de diâmetro, esta velocidade é cerca de 4,3 m/s e para gotas de
2mm de diâmetro, esta velocidade é cerca de 5,8 m/s.

IV. AULA EXPERIMENTAL 3: Determinação do coeficiente de viscosidade

Objetivos: Determinar o coeficiente de viscosidade de um óleo pelo método de Stokes.

Material: Suporte com tubo de vidro contendo óleo e uma pequena esfera de aço (ρaço=7,85g/cm³) com
diâmetro conhecido, cronômetro, imã, régua e caneta.

Procedimentos
1. Nesta experiência você vai analisar o movimento de uma esfera no interior de um tubo de vidro
contendo óleo.

2. Marcar duas alturas (posições) no tubo. A primeira (marca zero) afastada, no mínimo, de uns 10cm
abaixo do estreitamento do tubo; a segunda, mais próxima da base do tubo. Medir a distância entre
elas.

3. Posicionar a esfera no estreitamento do tubo, com o auxílio do ímã e deixar a esfera cair.

4. Cronometrar o tempo que a esfera leva para percorrer a distância estre as duas marcas.

5. Repetir 10 vezes os procedimentos (3) e (4).

6. Desprezar a medida quando a esfera descer rente a parede interna do tubo.

7. Completar a tabela abaixo com os dados coletados:


v
Raio da Distância t1 (s) t2 (s) t3 (s) t4 (s) t5 (s) t6 (s) t7 (s) t8 (s) t9 (s) t10 (s) tmédio (s) média
(m/s)
esfera (m) percorrida (m)

8. Como as dimensões transversais do tubo que contém o fluido não são infinitas, a força viscosa é
afetada devido ao movimento da esfera. Para contemplar esse efeito, introduz-se a chamada correção
de Ladenburg na determinação da velocidade terminal da esfera. Assim sendo, a equação é expressa da
seguinte forma:

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Onde: r é o raio da esfera;
R é o raio do tubo.
Calcular a velocidade corrigida para cada esfera.

9. Considerando que a esfera de metal ao se deslocar sofre uma força de arrasto devido a viscosidade
do óleo, represente as forças que atuam na esfera durante o deslocamento no fluido.

10. Calcule o peso da esfera.

11. Calcule o empuxo que age na esfera.

12. Calcule o módulo da força de arrasto, Fv, tendo em mente as forças que atuam na esfera e a
Primeira Lei de Newton.

13. Considerando a lei de Stokes, na qual a força de arrasto que atua na esfera imersa em um fluido é
dada por , onde  é a viscosidade do fluido, que no S.I tem unidade [Pa.s], r é o raio da
esfera e v é a velocidade corrigida da esfera, calcular a viscosidade do fluido (use os dados de uma
esfera e depois o da outra; fazer uma média).

14. (Optativo) Deduzir a expressão para o coeficiente de viscosidade , em função da massa específica
da esfera, da massa específica do óleo, do raio da esfera, da velocidade média da esfera (que na
prática usaremos a corrigida) e da aceleração da gravidade.

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