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ORGANIZADORES
MARCELLE BORGES MELO [et al.]

Anais da III semana da engenharia florestal e I encontro de


egressos da engenharia florestal

1º edição

Santarém - Pará
UFOPA
2017
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBI/UFOPA

S471s Semana da Engenharia Florestal e I Encontro de Egressos da Engenharia Flo


restal: desafios e perspectivas rumo a novos horizontes (3. : 2017 : Santarém,
Pa.)
Anais da III Semana da Engenharia Florestal e I Encontro de Egressos da
Engenharia Florestal, 06 a 12 de julho de 2017. / Organizadores Marcelle
Borges Melo; Evelly Amanda Bernardo de Sousa; Girlene da Silva Cruz e
Victor Hugo Pereira Moutinho. – Santarém, Pará, 2017.
113 p. il.

ISBN: 978-85-65791-28-1

1. Engenharia florestal. 2. Silvicultura. 3. Sistemas agroflorestais. 4. Manejo flo-


restal. I. Melo, Marcelle Borges [et al.], org. II.Título.

CDD: 23 ed. 634.9

Bibliotecário - Documentalista: Eliete Sousa – CRB/2 1101


FICHA DE EXPEDIENTE

ORGANIZADORES ARTE GRÁFICA


Marcelle Borges Melo Jheime Will de Oliveira de Paula
Evelly Amanda Bernardo de Sousa
Girlene da Silva Cruz
Victor Hugo Pereira Moutinho

COMISSÃO ORGANIZADORA
Alessandra Silva Batista (UFOPA) Juliane da Silva Sampaio (UFOPA)
Bruno de Almeida Lima (UFOPA) Letícia da Silva Moreira (UFOPA)
Bruno Rafael Silva de Almeida (UFOPA) Marcelle Borges Melo (UFOPA)
Cezarina do Socorro de S. Carvalho (UFOPA) Saulo Ranon de Souza Coelho (UFOPA)
Evelly Amanda Bernardo de Sousa (UFOPA) Victor Hugo Pereira Moutinho (UFOPA)
Girlene da Silva Cruz (UFOPA) Waldeir dos Santos Pereira (UFOPA)

COMISSÃO CIENTÍFICA
Prof. Dr. Adenomar Neves de Carvalho (UFOPA) Prof. Dr. João Ricardo V. Gama (UFOPA)
Prof. Bel. Bruno Monteiro Balboni (UFOPA) Prof. Dr. João Thiago Rodrigues de Sousa (UFOPA)
Prof. Dr. Carlos Ivan Aguilar Vildoso (UFOPA) Eng. Florestal Juliano José Mota da Rocha (UFOPA)
Profª. MSc. Daniela Pauletto (UFOPA) Mestranda Karla Mayara Almada Gomes (UFRA)
Profª. Drª. Danielle Wagner Silva (UFOPA) Profª. Drª. Lia de Oliveira Melo (UFOPA)
Prof. MSc. Darlisson Bentes dos Santos (ULBRA) Mestranda Lizandra Elizeário dos Santos (UFRA)
MSc. Denise de Lima Dias Delarica (UNESP) Doutorando Lucas Cunha Ximenes (UFOPA)
Eng. Florestal Diego Lima Aguiar (UFOPA) Eng. Florestal Lucas Geovane M. Santana (UFOPA)
Prof. MSc. Fernando Wallase C. Andrade (UFOPA) Profª. MSc. Kêzia L. de M. Guerreiro (UFOPA)
Prof. Dr. Gabriel Brito Costa (UFOPA) Prof. Dr. Rafael Rode (UFOPA)
Engª. Florestal Gleice Helen L. Machado (UFOPA) Prof. MSc. Renato B. da Silva Ribeiro (UFOPA)
Engª. Florestal Ianna Bizerra Barros (UFOPA) Prof. Dr. Rommel Noce (UFOPA)
Profª. Drª. Iolanda Maria Soares Reis (UFOPA) Mestranda Talita Godinho Bezerra (UFRA)
Prof. Esp. Jonatas Monteiro Guimarães Cruz (IFPA) Profª. Drª. Vanessa Holanda R. de Abreu (UFOPA)
Prof. Dr. José Augusto A. S. Sacramento (UFOPA) Prof. Dr. Victor Hugo Pereira Moutinho (UFOPA)
Apresentação

A III Semana da Engenharia Florestal e I Encontro de Egressos da Engenharia


Florestal, com o tema “Desafios e Perspectivas: Rumo a Novos Horizontes”, ocorreu
entre os dias 06 e 12 de julho de 2017, nas dependências da Universidade Federal do
Oeste do Pará (UFOPA), Santarém/PA.
O curso de Engenharia Florestal da UFOPA, está inserido no Oeste do Estado do
Pará, sob a perspectiva de desenvolver alternativas inovadoras e sustentáveis para o setor
florestal na região e contemplar suas necessidades, através do desenvolvimento de
capacidades tecnológicas, possibilitando produção de novos conhecimentos, aliando
agregação de valores aos produtos das comunidades e conservação da biodiversidade.
O evento foi uma organização de acadêmicos do curso de Engenharia florestal em
período de conclusão de curso, com intuito de contribuir com o intercâmbio de
informações técnico-científicas entre pesquisadores, graduandos, pós-graduandos e
profissionais das ciências agrárias e sociedade em geral, além de proporcionar
aperfeiçoamento e ampliação dos conhecimentos com diversos minicursos e palestras
importantes para a área.
Contamos com participantes de diversas localidades e palestrantes de outras
instituições, contribuindo muito para troca de experiências, como opção para discussões
sobre o futuro e importância da Engenharia Florestal para o país. Tal fator resultou no
aceite de 91 trabalhos de pesquisa e experiências práticas que terão seus resumos
apresentados a seguir.
Estes anais reúnem os trabalhos em formato de resumo simples nos seus diversos
eixos temáticos. O conteúdo e revisão dos textos publicados são de responsabilidade dos
autores.

Organizadores
Resumo

A III Semana da Engenharia Florestal e I Encontro de Egressos da Engenharia Florestal


foi realizada no período de 06 a 12 de julho de 2017 no Campus Tapajós da Universidade
Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Santarém-Pará. O evento teve como tema "Desafios
e perspectivas: Rumo à novos horizontes", nesse contexto, foram abordadas temáticas
acerca das perspectivas de mercado, inovações e desafios para o futuro no setor florestal
e o papel como profissional diante desses aspectos. Para enriquecer e aprimorar os
conhecimentos inerentes às diversas áreas da Engenharia Florestal, foram realizadas
palestras e minicursos com diversas atividades práticas, além de apresentação de
trabalhos científicos, onde, nesta obra, serão apresentados 91 resumos submetidos ao
evento. Os resumos estão divididos em 9 eixos temáticos: agroecologia, ecologia,
recursos florestais, sementes e viveiros, silvicultura, solos, tecnologia de produtos
florestais e outros, além do patrocinador.
Palavras-chave: engenharia florestal; silvicultura; sistemas agroflorestais; manejo
florestal.
SUMÁRIO
I. PATROCINADOR
IMPACTO DA EMPRESA JÚNIOR CONSFLOR NO MEIO FLORESTAL NO OESTE
PARAENSE ................................................................................................................... 14
II. AGROECOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO DA AMÊNDOA DE CUMARU EM
SANTARÉM, PARÁ ..................................................................................................... 16
FEIRA LIVRE: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE SANTARÉM, PARÁ ........... 17
QUANTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES VEGETAIS E UTILIZAÇÃO NOS
QUINTAIS AGROFLORESTAIS EM COMUNIDADE LOCALIZADA NA FLONA
DO TAPAJÓS ................................................................................................................ 18
USO DE PLANTAS MEDICINAIS EM QUINTAIS AGROFLORESTAIS NA ZONA
RURAL DE SANTARÉM, BELTERRA E MOJUÍ DOS CAMPOS – PA .................. 19
III. ECOLOGIA
ACÚMULO DE SERAPILHEIRA NO CINTURÃO VERDE DA ESCOLA DE
AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GO ........ 21
APORTE DE SERAPILHEIRA EM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL
SEMIDECIDUAL SOB FORTE EFEITO DE BORDA ................................................ 22
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES ECOLÓGICAS DO RIBEIRÃO DO INFERNO EM
GRÃO MOGOL - MG ................................................................................................... 23
DECOMPOSIÇÃO DE SERAPILHEIRA EM TRÊS DIFERENTES SISTEMAS
AGROFLORESTAIS ..................................................................................................... 24
ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA O ACÚMULO DE
BIOMASSA DE PROGÊNIES DE FAVEIRA-ORELHA-DE-MACACO (Enterolobium
schomburgkii (Benth.) Benth.) ....................................................................................... 25
IV. RECURSOS FLORESTAIS
AJUSTE VOLUMÉTRICO PARA Manilkara huberi (Ducke) Chevalier NA
FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS ..................................................................... 27
ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE UMA ÁREA MANEJADA NA
FLONA TAPAJÓS ......................................................................................................... 28
COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE ARBÓREA DE UM
FRAGMENTO FLORESTAL NA RESERVA EXTRATIVISTA TAPAJÓS-
ARAPIUNS .................................................................................................................... 29
EQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS PARA Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols. NA
FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS ..................................................................... 30
ESTRUTURA DE FRAGMENTO FLORESTAL URBANO EM SANTARÉM, PARÁ
........................................................................................................................................ 31
ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE Carapa guianensis Aubl. EM
UMA ÁREA MANEJADA NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS ................. 32
ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE Lecythis lurida (Miers) S. A.
Mori EM ÁREA DE MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO ................................. 33
ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE ITAÚBA NA RESEX TAPAJÓS
ARAPIUNS .................................................................................................................... 34
ESTRUTURA HORIZONTAL DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA
ESTACIONAL SEMIDECIDUAL EM VIÇOSA, MINAS GERAIS ........................... 35
ESTRUTURA POPULACIONAL DE Handroanthus sp. NA RESEX TAPAJÓS
ARAPIUNS .................................................................................................................... 36
ESTRUTURA POPULACIONAL DE Manilkara huberi (Ducke) Chevalier
(SAPOTACEAE) NA ZONA DE MANEJO FLORESTAL NÃO MADEIREIRO DA
FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, PARÁ, BRASIL ........................................ 37
PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.
Lewis & M.P. Lima e Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth EM UMA FLORESTA
ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, VIÇOSA-MG ....................................................... 38
V. SEMENTES E VIVEIROS
AVALIAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE Tabebuia pentaphylla EM
DIFERENTES RECIPIENTES ...................................................................................... 40
DERIVA SIMULADA DE GLYPHOSATE EM MUDAS DE ANGICO VERMELHO
(Anadenanthera peregrina) ............................................................................................ 41
INFLUÊNCIA DA INOCULAÇÃO E ADUBAÇÃO FOSFATADA NO
CRESCIMENTO INICIAL DE VARIEDADES DE FEIJÃO-CAUPI ......................... 42
POTENCIAL DE ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE CUMARU (Dipteryx odorata)
........................................................................................................................................ 43
QUEBRA DE DORMÊNCIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Hymenaea
courbaril L...................................................................................................................... 44
TAXA DE CRESCIMENTO DE MUDAS DE Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill &
L.A.S. Johnson EM DIFERENTES COMPOSIÇÕES DE SUBSTRATOS .................. 45
UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE
CACAU .......................................................................................................................... 46
VI. SILVICULTURA
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
EM ASSENTAMENTO RURAL NO MUNICÍPIO DE JANDAIA, GOIÁS............... 48
ASPECTOS SILVICULTURAIS DO CUMARU (Dipteryx spp.) EM SISTEMAS
AGROFLORESTAIS NA REGIÃO OESTE DO PARÁ .............................................. 49
CARACTERIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO BAIRRO DO MAPIRÍ,
SANTARÉM, PARÁ ..................................................................................................... 50
CARACTERIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO BAIRRO SANTA
CLARA, SANTARÉM, PARÁ ...................................................................................... 51
DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO BAIRRO CENTRO DE
SANTARÉM, PARÁ ..................................................................................................... 52
ESPÉCIES PARA REFLORESTAMENTO EM SISTEMA AGROFLORESTAL NO
MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ ......................................................................... 53
ESTIMATIVA DO VOLUME DE ÁRVORES DE MOGNO (Swietenia macrophylla)
UTILIZANDO DIFERENTES MÉTODOS .................................................................. 54
FREQUÊNCIA E USO DE ESSÊNCIAS FLORESTAIS EM CINCO SISTEMAS
AGROFLORESTAIS, SANTARÉM, PARÁ ................................................................ 55
INVENTÁRIO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BAIRRO
CRIMEIA LESTE, GOIÂNIA, GO ............................................................................... 56
INVENTÁRIO FLORESTAL E ANÁLISE FITOSSOCIOLÓGICA NO PARQUE
FLAMBOYANT EM GOIÂNIA, GOIÁS ..................................................................... 57
MODELAGEM DE ALTURA TOTAL DE MOGNO (Swietenia macrophylla) EM
SISTEMA SILVIPASTORIL ......................................................................................... 58
SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO UMA ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO
DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PROVENIENTES DA PECUÁRIA ....................... 59
TAXA DE SOBREVIVÊNCIA E DE CRESCIMENTO DO MOGNO BRASILEIRO
(Swietenia macrophylla King) EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL COM
DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO .................................................................... 60
TAXA DE SOBREVIVÊNCIA E DE CRESCIMENTO DO PARICÁ (Schizolobium
parahyba (Vell.) EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL COM DIFERENTES
SISTEMAS DE MANEJO ............................................................................................. 61
VII. SOLOS
ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE LAGOA DE
REJEITOS ...................................................................................................................... 63
ANÁLISE DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INDIVIDUAL DE
TRATAMENTO DE ESGOTO DE FORMA PRÍSMÁTICA NO BAIRRO NOVA
REPÚBLICA, EM SANTARÉM - PA .......................................................................... 64
AVALIAÇÃO DA ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO EM ÁREA DE QUEIMADA DO
PARQUE MUNICIPAL DE SANTARÉM – PA .......................................................... 65
AVALIAÇÃO DE UM COMPOSTO CONSTITUÍDO POR CINZAS, SERRAGENS E
LODOS DE EFLUENTES: CRITÉRIOS PARA A DISPOSIÇÃO EM SOLOS
FLORESTAIS ................................................................................................................ 66
CARACTERÍSTICAS EDAFOCLIMÁTICAS DO SOLO SOB DOIS TIPOS DE
MANEJO EM SISTEMA AGROFLORESTAL ............................................................ 67
CARACTERIZAÇÃO SIMPLES DO SOLO NO BAIRRO CENTRO, EM
SANTARÉM, PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INDIVIDUAL DE
TRATAMENTO DE ESGOTO DE FORMA CILÍNDRICA ........................................ 68
COMPARATIVO DAS TAXAS DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E INFLUÊNCIA NO
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA INDIVIDUAL DE TRATAMENTO DE
ESGOTO NOS BAIRROS CENTRO E NOVA REPÚBLICA EM SANTARÉM - PA
........................................................................................................................................ 69
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE LAGOAS DE
REJEITOS, EM SANTARÉM – PA .............................................................................. 70
ENSAIO SPT (STANDARD PENETRATION TEST) E APLICAÇÃO DOS
RESULTADOS NA IMPLANTAÇÃO DE LAGOA DE REJEITOS, EM SANTARÉM
........................................................................................................................................ 71
MACRONUTRIENTES DA SERAPILHEIRA ACUMULADA EM DOIS SISTEMAS
AGROFLORESTAIS ..................................................................................................... 72
PROPRIEDADES FISICAS NO SOLO DE ÁREAS DE MANEJO FLORESTAL
SUSTENTÁVEL DA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, BELTERRA-PA .... 73
TEMPERATURA E UMIDADE DO SOLO EM SISTEMA SILVIPASTORIL EM
BELTERRA, PARÁ ....................................................................................................... 74
VERIFICAÇÃO DE ÍNDICES FÍSICOS DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE
LAGOA DE REJEITOS, EM SANTARÉM .................................................................. 75
VIII. TECNOLOGIA DE PRODUTOS FLORESTAIS
ANÁLISE DA SOLUBILIDADE DE EXTRATIVOS QUÍMICOS DE Hymenolobium
petraeum Ducke E SUAS PROPRIEDADES PARA PRODUÇÃO DE CARVÃO
VEGETAL ...................................................................................................................... 77
ANÁLISE DO TEOR DE EXTRATIVOS DA ESPÉCIE Protium heptaphyllum ........ 78
ANÁLISE QUÍMICA DO CARVÃO VEGETAL COMERCIAL EM SANTARÉM-PA
........................................................................................................................................ 79
ANÁLISE QUÍMICA IMEDIATA DA MADEIRA DE Cassia ramiflora Vogel ........ 80
ANÁLISE QUÍMICA IMEDIATA DO CARVÃO VEGETAL DE RESÍDUOS DE
CASTANHA-DO-PARÁ (Bertholletia excelsa Bonpl.) ................................................ 81
ANÁLISE SENSORIAL DO SABOR DE VODKA ENVELHECIDA COM Aniba
parviflora ........................................................................................................................ 82
APLICAÇÃO DA DENDROCRONOLOGIA PARA ESTIMATIVA DE CORTE DA
ESPÉCIE Hymenaea courbaril L. .................................................................................. 83
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE SECAGEM CONVENCIONAL DA
MADEIRA EM UMA INDÚSTRIA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ 84
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA IMEDIATA DA BIOMASSA DE Alexa grandiflora
........................................................................................................................................ 85
DEGRADAÇÃO LINEAR DA MADEIRA DE Alexa grandiflora EM DIFERENTES
TEMPERATURAS FINAIS DE CARBONIZAÇÃO ................................................... 86
DENSIDADE RELATIVA APARENTE E RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO EM
CARVÃO DO PIXÍDIO DE CASTANHA-SAPUCAIA (Lecythis pisonis Camb.) ..... 87
DIÂMETRO X RESISTÊNCIA À TRAÇÃO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS
FEIXES DE FIBRAS DE DUAS VARIEDADES DE CURAUÁ ................................ 88
EFEITO DE DIFERENTES TAXAS DE AQUECIMENTO NO RENDIMENTO EM
GASES NÃO CONDESÁVEIS NA CARBONIZAÇÃO DE Rinorea guianensis ....... 89
ENSAIO DE CISALHAMENTO PARALELOS ÀS FIBRAS EM MADEIRA DE
GALHOS DA ESPÉCIE Astronium lecointei ................................................................ 90
ENSAIO DE CISALHAMENTO PARALELOS ÀS FIBRAS EM MADEIRA DE
GALHOS DA ESPÉCIE Manilkara huberi (Ducke) A. Chev. ...................................... 91
ESTUDO ENERGÉTICO DE RESÍDUOS DE GALHO DA ESPÉCIE Dipteryx odorata
(Aublet.) Wild................................................................................................................. 92
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA FINAL DE CARBONIZAÇÃO NO
RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO EM CARVÃO DE Alexa grandiflora ................. 93
PODER CALORÍFICO DA MADEIRA DE Cassia Ramiflora Vogel ......................... 94
RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA DE Manilkara huberi EM UMA
SERRARIA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ ............................................. 95
RENDIMENTO EM LÍQUIDO PIROLENHOSO PARA Rinorea guianensis............. 96
RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO DO CARVÃO VEGETAL DE Swartzia laurifolia
EM DIFERENTES TEMPERATURAS ........................................................................ 97
RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO EM CARVÃO E PODER CALORÍFICO DE
OURIÇOS DE CASTANHA-DO-PARÁ (Bertholletia excelsa Bonpl.) ....................... 98
TEOR DE LIGNINA DE RESÍDUOS DE Cedrela odorata PARA FINS
ENERGÉTICOS ............................................................................................................. 99
IX. OUTROS
ANÁLISE DO CONHECIMENTO TRADICIONAL A CERCA DO EXTRATIVISMO
VEGETAL NA AMAZÔNIA POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...... 101
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU EM RELAÇÃO À PRECIPITAÇÃO
TOTAL NO MUNICÍPIO MEDICILÂNDIA-PA ....................................................... 102
CARACTERIZAÇÃO DAS AREAS DE EMBARGO AMBIENTAL NO ESTADO DO
PARÁ NOS ANOS DE 2006 A 2016 .......................................................................... 103
CARACTERIZAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
NA RESERVA BIOLÓGICA DO LAGO PIRATUBA (AMAPÁ – BRASIL) .......... 104
DIAGNOSE DE MANCHA ALVO NA FOLHA DE MAMOEIRO NO MUNICÍPIO DE
SANTARÉM, PARÁ ................................................................................................... 105
EFEITO DA LUZ SOBRE AS TROCAS GASOSAS EM MUDAS DE PAU ROSA 106
ESPAÇOS DE SOCIABILIDADE EM UMA COMUNIDADE DA RESERVA
EXTRATIVISTA TAPAJÓS-ARAPIUNS: BREVES NOTAS SOBRE O PUXIRUM
...................................................................................................................................... 107
NITIDULIDAE (COLEOPTERA) EM FRAGMENTO DE CERRADÃO NO
MUNICÍPIO DE CUIABÁ, MATO GROSSO ............................................................ 108
OBJETOS DE EMBARGO PASSIVEIS DE REPOSIÇÃO FLORESTAL NO
MUNICIPIO DE SANTARÉM .................................................................................... 109
REFLEXÕES SOBRE PRINCÍPIOS DE DIREITO AMBIENTAL ........................... 110
TAXA TRANSPIRATÓRIA E QUANTIA DE ESTÔMATOS EM TRÊS ESPÉCIES
FLORESTAIS NO INTERIOR DE SÃO PAULO ...................................................... 111
VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA CONSTRUTIVO EM
MADEIRA DE REFLORESTAMENTO PARA UMA HABITAÇÃO RURAL NO
MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA ............................................................................. 112
PATROCINADOR
IMPACTO DA EMPRESA JÚNIOR CONSFLOR NO MEIO FLORESTAL NO
OESTE PARAENSE

SOUSA, E.A.B.¹; LOPES, L.S.S.1; RODRIGUES, L.B.¹; ALMEIDA, R.F.¹; LOBATO,


L.F.L.¹

¹Diretoria CONSFLOR JR - Consultoria e Serviço Florestal

A Consflor Jr., da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) foi a primeira


empresa júnior (EJ) de engenharia florestal do estado do Pará, fundada em 2009 e com
atividades iniciadas em 2010, surgiu a partir da necessidade de maior vivência dos alunos
do curso na área de exercício profissional. Diante disso, este resumo objetivou avaliar
quantitativamente os principais projetos desenvolvidos pela empresa júnior Consflor ao
longo da sua trajetória e seu impacto dentro do meio florestal no Oeste do Pará. Os dados
para construção do presente trabalho foram obtidos a partir da base de dados da empresa
e relatórios de gestão, entre os anos de 2011 e 2017. Desde a sua fundação, a Consflor Jr
prospectou 12 grandes projetos de maior relevância, sendo que durante o ano de 2016
houve o maior ápice de realizações de projetos. A principal área de execução dos projetos
da empresa é o manejo florestal, com atividades como realização de inventários florestais
e fortalecimento da gestão florestal na BR-163, em parceria com o Laboratório de
Ecossistemas Florestais (LAMEF) e Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Destacam-se
também as atividades desenvolvidas na área de tecnologia da madeira, caracterizadas
principalmente por consultorias e elaboração de laudos técnicos, realizadas em parceria
com o Laboratório de Tecnologia da Madeira da UFOPA. As consultorias são os tipos de
projeto mais recorrentes dentro da Consflor Jr., tendência comum nas empresas juniores
de outras universidades. No que se refere às atividades voltadas ao público discente, entre
2015 e 2016, foram realizados cursos a baixo custo visando a capacitação dos discentes.
Estima-se que ao longo dos seis anos de atividades, a empresa impactou de forma direta
com a execução de seus projetos, aproximadamente 600 pessoas. Diante do exposto,
conclui-se que a Consflor Jr contribui de forma significativa para atividade florestal no
Oeste do Pará, prospectando grandes projetos e impactando grande número de pessoas,
bem como, contribuindo positivamente na vivência dos discentes do curso.
Palavras-chave: empreendedorismo; vivência profissional; setor florestal.

14
AGROECOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO DA AMÊNDOA DE CUMARU EM
SANTARÉM, PARÁ

CAPUCHO, H.L.V.1; REBÊLO, A.G.M.1; PAULETTO, D.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Av. Vera Paz, Salé. Santarém/PA. laisrick21@gmail.com

A comercialização de produtos florestais, em plantios, proporciona de forma mútua


retornos econômicos ao produtor, região e consumidor, contribuindo com a conservação
dos produtos nativos. O cumaru (Dipteryx spp.) é usado por várias indústrias de beleza e
saúde nos mercados regionais, nacionais e internacionais. O objetivo deste estudo é
caracterizar a comercialização da amêndoa de cumaru e o perfil dos envolvidos neste
cenário em Santarém–PA. Os dados foram coletados em nov/2015, por meio de entrevista
estruturada, aplicada a quatro feirantes e um atacadista responsáveis pela comercialização
do cumaru. Os empreendimentos indicam tempo médio entre 6 a 10 anos de
funcionamento, sendo que não há funcionários contratados nos locais. Levando em
consideração a safra de 2014, 100% dos entrevistados afirmam comprar as amêndoas
apenas na safra, sendo que na entressafra estas são armazenadas em suas residências em
sacos de sarrapilha. E 75% afirmam ter comercio para a amêndoa durante todas as
semanas do ano. Dentre os principais entraves 25% afirmam problemas quanto a
manutenção e quantidade de estoque em função da sazonalidade das sementes. Há uma
grande variação no preço de compra do quilo da amêndoa nos quais são vendidas apenas
secas, com preço médio de R$ 32,5 ± 13,2. Os feirantes declararam obter lucro líquido de
R$ 100,00 a R$ 200,00 por semana. A quantidade adquirida e vendida no ano de 2014
pelos feirantes foi de 167 ± 116 kg. Essa variação pode ser atribuída a falta de organização
e preço entre feirantes. Sobre a origem do produto os locais mencionados foram as
comunidades de São Braz e Cucurunã em Santarém, além dos municípios de Alenquer e
Belterra. O único atacadista entrevistado, possui funcionamento de seu empreendimento
superior a 30 anos e conta com 5 funcionários. A compra da amêndoa ocorre apenas na
safra. O principal entrave, diz respeito a sazonalidade da produção. As sementes são
comercializadas com baixo grau de beneficiamento além do valor de R$ 10,00 pago pelo
volume transportado (sacos de 20 kg). De acordo com o atacadista no ano de 2014 foram
comercializadas 200 t de sementes aos países Alemanha, França, EUA e Japão. A
principal origem do produto é de comunidades quilombolas, ribeirinhos, indígenas,
associações e cooperativas de municípios próximos a Santarém. Percebe-se que há
necessidade de melhoria nas técnicas de beneficiamento e agregação de valor as
amêndoas de cumaru comercializadas em Santarém.
Palavras-chave: Dipteryx; mercado; produto florestal; sistemas agroflorestais.

16
FEIRA LIVRE: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE SANTARÉM, PARÁ

CASTRO, M.S.A.¹; PEREIRA, A.J.G.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. sorayaaguiar.stm@hotmail.com; ² Universidade Federal do


Oeste do Pará, anaj.guima@gmail.com

A feira livre caracteriza-se como um importante espaço para a comercialização de


produtos, geração de renda e expressão cultural. Desse modo, a pesquisa foi estruturada
a partir do estudo de caso da feira livre Mercadão 2000 no munícipio de Santarém Pará,
e teve como objetivo identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos feirantes no
local, que de certa forma implicam nas vendas. Aplicou-se um questionário previamente
elaborado com 30 feirantes, incluídos aleatoriamente na pesquisa, de acordo com o
consenso e disponibilidade dos mesmos. Segundo o atual presidente da associação, há
cerca de 927 feirantes cadastrados junto à Associação dos Produtores Rurais de Santarém
–APRUSAN, que fazem parte da Feira da Cohab, Feira do Mercadão 2000 e Feira do
Aeroporto Velho. Contudo, o Mercadão 2000 é a feira de grande referência na cidade e
possui um maior fluxo de clientes, motivos pelos quais influenciaram na escolha do local
para a realização da pesquisa. Dentre os entrevistados no espaço, 53,33% são homens e
46,66% são mulheres, com faixa etária de 22 a 72 anos. Conforme o resultado, cerca de
99,9% dos feirantes afirmaram nunca ter participado de cursos de capacitação para a
produção e comercialização de seus produtos, assim como não tiveram nenhuma
assistência técnica de órgãos competentes. Portanto, segundo os próprios relatos, muito
do que os feirantes sabem sobre agricultura, deve-se ao conhecimento tradicional,
repassado de pais para filhos. Além disto, existe o problema relacionado à falta de higiene
no ambiente, em função do acúmulo de restos de produtos comercializados e, bem como
pelas limpezas que não são rotineiras por parte da própria Associação, fatores que
contribuem para a presença de insetos no recinto. Os feirantes alegam que tentam manter o
espaço limpo, mas reclamam da falta de locais adequados para o descarte de lixo. O acesso
à água também é um problema na feira, uma vez que o ambiente possui somente uma
torneira para suprir as necessidades de todas as bancas. Diante disso, ao entender que o
Mercadão 2000 é um canal de comercialização de grande influência na cidade, os
feirantes se preocupam com as consequências que os problemas podem ocasionar, quer
seja através do afastamento dos clientes como pela diminuição da renda gerada. Destarte,
diante desse cenário, aponta-se a necessidade de criação de projetos em parceria com os
órgãos competentes da cidade, a fim de viabilizar melhorias no espaço e qualidade no
trabalho.
Palavras-chave: atividade comercial; feirantes; condições de trabalho.

17
QUANTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES VEGETAIS E UTILIZAÇÃO
NOS QUINTAIS AGROFLORESTAIS EM COMUNIDADE LOCALIZADA NA
FLONA DO TAPAJÓS

PIMENTEL, M.L.¹; SANTOS, A.S.¹; COELHO, L.L.C.¹; ALVES, D.M.R.¹; SOUSA,


E.A.B.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará- UFOPA. Avenida Mendonça Furtado, nº2946, Bairro: Fátima.
marcelopimentel53@hotmail.com

Os quintais agroflorestais são sistemas que possuem grande biodiversidade, tanto de


espécies florestais quanto agrícolas, além da criação de animais. Assim, o objetivo deste
trabalho foi quantificar as espécies vegetais e sua utilização pelos moradores em uma
comunidade localizada na Flona do tapajós. O trabalho foi realizado na comunidade de
Tauari no período de fevereiro a abril de 2017, sendo estudados 20 quintais de forma
aleatória, o levantamento das informações em campo foi obtido através da técnica Turnê-
Guiada e questionários aplicados aos moradores do local, buscou-se observar somente as
espécies mais cultivadas pelos comunitários, seu uso, e tamanho médio dos quintais. Os
resultados obtidos demonstraram que o tamanho médio dos quintais é de 1,0 ha, e o uso
das espécies vegetais se dá por 5 categorias: Alimentar, econômica, medicinal, produção
de sombra e madeireira, visto que entre estas, as que fazem parte da dieta alimentar
(85,71%) são as que apresentam maior preferência dos comunitários, seguida das
produtoras de sombra (42,85%), econômica (28,57%), medicinal (14,28%) e madeireira
(7,14%), quanto as principais espécies, foram totalizadas 14: Açaí (Euterpe oleraceae
Martius), banana (musa spp.), boldo (Plectranthus barbatus Andrews), caju (Anacardium
occidentale L.), cupu (Theobroma grandiflorum), goiaba (Psidium guajava L.), ingá
(Inga edulis Mart.), limão (Citrus limonum), manga (Mangifera indica L.), murici
(Byrsonima chrysophylla Kunth), pajurá (Couepia bracteosa Benth.), pupunha (Bactris
gasipaes), seringueira (Hevea brasiliensis) e tucumã (Astrocaryum aculeatum). Dentre
estas, a mais presente na totalidade dos quintais foi a seringueira (H. brasilensis) em 95%
do total, seguida do caju (A. occidentale L.) com 85%, e limão (C. limonum) com 80%.
A seringueira (H. brasiliensis) está na maioria dos quintais devido ao seu valor econômico
que complementa a renda dos comunitários, através da extração do látex e venda, além
da produção de sombra. Já o caju (A. occidentale L.) é bastante plantado devido às
condições do solo que são propícias, sendo empregado principalmente na alimentação,
economia e de forma medicinal. A única espécie com fim madeireiro foi o Murici (B.
chrysophylla Kunth) usado para fazer carvão. Conclui-se que os moradores da
comunidade plantam espécies que irão trazer retorno econômico, com ênfase na
seringueira, as que serão utilizadas na produção de sombra e principalmente na
alimentação, com destaque para as frutíferas.
Palavras-chave: biodiversidade; sistema agroflorestal; conservação.

18
USO DE PLANTAS MEDICINAIS EM QUINTAIS AGROFLORESTAIS NA
ZONA RURAL DE SANTARÉM, BELTERRA E MOJUÍ DOS CAMPOS – PA

COELHO, S.R.S.¹; LIMA, B.A.¹; BRITO, O.S.¹; DILL, S.¹; PAULETTO, D.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Rua Vera Paz, s/n, Bairro Salé, Santarém, Pará;
saulocoelho27@gmail.com; ²Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA.

Um quintal agroflorestal é uma área de produção, localizada às proximidades da casa,


onde é cultivada uma mistura de espécies agrícolas e florestais, envolvendo também a
criação de pequenos animais. Além disso os quintais agroflorestais são utilizados para a
complementação de alimentos e outros recursos necessários à subsistência do agricultor,
sendo comum dentro desses espaços, locais destinados ao cultivo de hortaliças e plantas
medicinais. Objetivou-se com a pesquisa realizar um levantamento das principais
espécies de uso medicinal cultivadas em Quintais Agroflorestais (QAFs) na zona rural de
Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos além de verificar se há alguma correlação quanto
às idades dos quintais, seus mantenedores e o número de espécies utilizadas. A pesquisa
consistiu no levantamento de informações a respeito dos quintais através de entrevista
semiestruturada e da técnica de turnê-guiada. Foram selecionados ao acaso 20 quintais
agroflorestais na zona rural desses municípios distribuídos em 5 comunidades. Para
determinar se houve correlação entre as idades dos quintais, seus mantenedores e o
número de espécies medicinais utilizadas utilizou-se o coeficiente de correlação de
Pearson com o auxílio do software Microsoft Excel 2013. Nesses QAFs o uso de plantas
medicinais em relação aos outros tipos de usos foi o terceiro mais frequente alcançando
2,35%. Foram inventariados 18 indivíduos considerados de uso medicinal de 11 espécies
pertencentes a 10 famílias. Nos QAFs visitados as espécies medicinais mais frequentes
são: Dipteryx odorata (Cumarú), Costus spicatus (Cana Mansa), Hyptis crenata (Arruda)
e Chenopodium ambrosioides L. (Mastruz). Nenhuma das espécies ocorreu em todos os
quintais pesquisados. Verificou-se que não houve nenhuma correlação entre as variáveis
analisadas sendo considerada desprezível ou negativa. O uso de plantas medicinais nos
quintais nestes QAFs foi considerado baixo em relação a outros estudos realizados na
região em meados de 2009 bem como o número destas espécies nos quintais, no entanto
estes baixos índices podem ser explicados pelo fato de que a necessidade de uma
determinada planta medicinal, não cultivada no espaço do quintal, pode ser
temporariamente suprida por vizinhos e/ou parentes, ou ainda, pela facilidade de
locomoção até os centros urbanos que por conseguinte facilita o acesso a medicamentos.
Palavras-chave: fitoterápicos; agrofloresta; quintais agroflorestais.

19
ECOLOGIA
ACÚMULO DE SERAPILHEIRA NO CINTURÃO VERDE DA ESCOLA DE
AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GO

RIBEIRO, C.V.G.1; CAIXETA, D.T.1; SANTOS, C.P.1; CALIL, F.N.1


1
Universidade Federal de Goiás. Rodovia Goiânia - Nova Veneza, Km 0, s/n, Campus Samambaia,
Goiânia- GO. carlos.vgr@hotmail.com

Em ecossistemas florestais, a serapilheira é a responsável pelo constante equilíbrio da


produtividade florestal, pois permite o retorno ao solo de uma significativa quantidade de
nutrientes absorvidos pelas plantas. O estudo da serapilheira permite conhecer o quanto
a floresta está produzindo de matéria, e através desta informação tem-se uma base da
situação futura, podendo, assim, buscar soluções para melhorar as suas condições. Dessa
maneira, este trabalho teve por objetivo quantificar o acúmulo de serapilheira e suas
compartimentalizações no Cinturão Verde, uma área composta por espécies nativas do
Cerrado, localizada na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG),
Goiânia-GO. Em 14 de junho de 2014, no outono, com o auxílio de uma moldura de
madeira de 25 cm x 25 cm (0,0625 m2), realizou-se 8 coletas aleatórias no interior da área
de estudo. Neste local de amostragem, a camada de serapilheira foi coletada até o solo
mineral ficar exposto. Os materiais coletados foram armazenados e identificados em
sacos de papel, e posteriormente levados ao Laboratório de Alometria e Inventário
Florestal da UFG. No laboratório, os materiais foram colocados em estufa de circulação
e renovação de ar, a 70ºC, até atingir peso constante. Após a completa secagem realizou-
se a separação das amostras em folhas, galhos, cascas e miscelânea, e, em seguida, a
pesagem individual destes materiais. Para análise dos dados foi calculando a porcentagem
de cada fração da serapilheira. A estimativa por unidade de área (hectare) foi realizada
por extrapolação da massa seca, com base na área da moldura. A fração de folhas é a que
mais contribui para a formação da serapilheira, isso pode estar relacionado ao déficit
hídrico, característico do bioma Cerrado, em que a derrubada de folhas reduz a perda de
água por transpiração. A quantidade média total de serapilheira acumulada na área foi de
3486 kg ha-1, sendo composta por: 53,2% de folhas (1858 kg ha-1), 34,7% de galhos (1212
kg ha-1), 6,4% de miscelâneas (222 kg ha-1), e 5,7% de casca (194 kg ha-1). Diante disso,
conclui-se que, o aporte total de serapilheira apresentou a seguinte magnitude: folhas >
galhos > miscelânea > casca, e, todas estas frações contribuem para a manutenção e
equilíbrio da floresta, devido à ciclagem de nutrientes.
Palavras-chave: biomassa; cerrado; ciclagem de nutrientes.

21
APORTE DE SERAPILHEIRA EM FRAGMENTO DE FLORESTA
ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SOB FORTE EFEITO DE BORDA

FURQUIM, G.A.1; BARBOSA JUNIOR, P.H.1; BRITO, F.C. 1; PIRATELLI, A.J.²

¹Universidade Federal de São Carlos – campus Sorocaba. Rodovia João Leme dos Santos, km 110,
Sorocaba - SP. Gaf.florestal@gmail.com; ²Departamento de Ciências Ambientais, Universidade Federal
de São Carlos – campus Sorocaba. Rodovia João Leme dos Santos, km 110, Sorocaba - SP.

A serapilheira influi nos ecossistemas terrestres, favorecendo o fluxo energético pela


ciclagem de nutrientes. É formada por fezes, restos animais e fração vegetal, abriga micro
e mesofauna decompositoras e fertilizadoras, influenciada ainda por fatores
edafoclimáticos como solo, precipitação e temperatura. A Mata Atlântica sofre forte
pressão antrópica para conversão em pastos, culturas agrícolas e outros fins de interesse
econômico. O trabalho avaliou aporte de serapilheira na borda e interior de fragmento de
Floresta Estacional Semidecidual sob forte efeito de borda em Sorocaba – SP. Para tanto
houve reconhecimento da área, demarcação dos locais de instalação dos coletores nos
dois locais, sendo 4 coletores na borda e 4 no interior, de modo que ficassem a 4 m de
distância cada dentro dos locais e mínimo de 100 m entre locais. Os coletores foram
confeccionados com aros de 30 cm de diâmetro e malha porosa. Estes foram instalados à
1,30 m do solo, a altura do DAP. Cada coletor foi utilizado como repetição (4) e os locais
como tratamentos (2). As coletas foram realizadas quinzenalmente entre setembro e
novembro de 2015, divididas e identificadas em folhas, galhos e outros para secagem em
estufa à 65ºC por 24 h e pesados para avaliar a biomassa seca. Os resultados foram
avaliados no software Past (p>0,5) e teste t-Student realizado. Identificou-se presença de
material das famílias Bignoniaceae, Fabaceae e Myrtaceae principalmente. Pesos totais
médios/coletor das frações em g/m² e respectivas porcentagens de massa seca na borda
foram F=7,825 (60,3%), G=1,623 (12,5%) e O=3,531 (27,2%), relativos às 12,979
coletadas e para interior de F=18,114 (66,1%), G=3,035 (11,1%) e O=6,271 (22,9%),
relativos às 27,42 coletadas. Médias totais em g/m² calculadas pelo Past 3 foram de
F=17,699, G=3,6705, O=7,9867 e 29,356 para o total da borda e F=40,972, G=6,8645,
O=14,185 e 62,046 para o total no interior. Apenas frações F, G e total diferem na média
(Teste t), ao contrário da O. Valores médios entre borda e interior para F, G, O e total
foram significativos, e médias diferem por Test t, exceção da fração O. Total de
serapilheira coletado no interior do fragmento totalizou mais que o dobro da borda, onde
a fração mais expressiva é a F com 66,03% e 60,25% dos totais do interior e borda
respectivamente.
Palavras-chave: ciclo biogeoquímico; antropização; área natural.

22
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES ECOLÓGICAS DO RIBEIRÃO DO INFERNO
EM GRÃO MOGOL - MG

LIMA, P.A.C.1; FERREIRA, R.A.2; DIAS, O.A.1; AGUIAR, F.S.1


1
Estudante de graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Faculdade Santo Agostinho - FASA.
Avenida Osmane Barbosa, 937, JK - Montes Claros – Minas Gerais, CEP 39404-3600.
pauloadrianocatule@gmail.com; 2 Estudante de graduação em Biomedicina pela Faculdade Integrada do
norte de Minas – FUNORTE. Avenida Osmane Barbosa, 11111, JK - Montes Claros – Minas Gerais.

Os recursos hídricos são ecossistemas que vêm sofrendo grandes consequências


ambientais decorrentes das ações humanas, principalmente devido à urbanização
desordenada. Diante desta realidade, tem-se observado a necessidade do monitoramento
ambiental desses recursos hídricos, a fim de planejar e executar ações que garantam a
conservação e recuperação dos mesmos, caso necessário. Nesse contexto se inserem os
protocolos de avaliação rápida de rios (PARs), que são compostos por check lists que
avaliam determinados parâmetros ecológicos, sendo os principais deles, tipo de ocupação
das margens, alterações antrópicas, odor da água, transparência da água, oleosidade do
fundo, extensão de rápidos, alterações no canal do rio, presença de mata ciliar e presença
de plantas aquáticas. Ao final irá obter uma pontuação onde classificará o estado de
conservação em que os rios se encontram. Sendo assim, objetivou-se nesse trabalho
analisar qualitativamente os aspectos ambientais do Ribeirão do Inferno, localizado em
Grão Mogol – MG. Para tanto, foram determinados 4 trechos no decorrer do curso hídrico
com intuito de avaliar as condições ecológica do mesmo. Através dos resultados
verificou-se que o Ribeirão do inferno se encontra em condições naturais nos trechos 1 e
2, onde estão inseridos dentro do Parque Estadual de Grão Mogol, localizado à montante
da urbanização. Diante disso, nota-se a importância da unidade de conservação para
manutenção dos recursos naturais, garantindo maior qualidade ambiental aos recursos
hídricos. No entanto, quando o Ribeirão do Inferno percorre a área urbana até desaguar
no rio Itacambiruçu, em virtude das atividades advindas da urbanização e possivelmente
da estação de tratamento de esgoto que fica à jusante da cidade, houve o decaimento da
qualidade ambiental dos trechos 3 e 4. Percebe-se que os impactos decorrentes das ações
antrópicas e da urbanização causam ao ribeirão à perda de qualidade e dificultam a
manutenção da integridade ecológica desse ecossistema. De acordo com os resultados,
verifica-se a importância da implantação de projetos de conscientização ambiental e de
programas de monitoramento dos recursos hídricos. Além disso, torna-se fundamental a
continuação desse estudo, utilizando-se métodos analíticos físico-químicos da qualidade
da água, a fim de verificar se a estação de tratamento de esgoto realmente está
contribuindo para a depreciação da qualidade ambiental do curso hídrico.
Palavras-chave: análise; PARs; recursos hídricos.

23
DECOMPOSIÇÃO DE SERAPILHEIRA EM TRÊS DIFERENTES SISTEMAS
AGROFLORESTAIS

REBELO, A.G.M.1; CAPUCHO, H.L.V.1; PAULETTO, D.1

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. gabrielle_matos1@hotmail.com

O objetivo desse estudo foi avaliar a dinâmica de decomposição da camada de serapilheira


em três diferentes sistemas agroflorestais no município de Belterra, Pará. Os três arranjos
agroflorestais estudados são compostos pelas seguintes espécies: SAF 1: Cumaru
(Dipteryx spp.) + Pimenta do Reino (Piper nigrum L.) + Banana (Musa spp.) + Cupuaçu
(Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum) + Açaí (Euterpe oleracea
Mart.); SAF 2: Taperebá (Spondias mombin L.) + Pimenta do Reino + Feijão Guandu
(Cajanus cajan L. Millsp.); e SAF 3: Pimenta do Reino + Moringa (Moringa oleifera
Lam.) + Cumaru. A coleta de serapilheira aportada foi realizada mensalmente durante um
ano (setembro de 2015 a agosto de 2016) através de quatro coletores com dimensão de
0,5 x 0,5 m em cada área, enquanto que para a serapilheira estocada sobre o solo foram
coletadas quatro amostras em cada sistema através de um molde vazado, em três períodos
(agosto/2015, janeiro/2016 e junho/2016). O material aportado e estocado foi seco em
estufa (70ºC) até peso constante. A estimativa da taxa de decomposição de 50% e 95%
da serapilheira foi estimada a partir do método proposto por Olson (1963) que toma como
suposição uma condição de equilíbrio dinâmico, considerando ser nula a taxa instantânea
de variação da serapilheira acumulada. O tempo necessário para decompor 50 e 95% da
serapilheira foi, respectivamente, 149 e 643 dias para o SAF 1, 213 e 921 dias para o SAF
2 e 81 a 352 dias para o SAF 3. Essas diferenças na taxa de decomposição da serapilheira
podem ser atribuídas ao tipo de cobertura vegetal, à qualidade do material, à atividade da
fauna do solo e às condições ambientais. O SAF 3 obteve o menor tempo necessário para
decomposição de serapilheira, por conter em seu arranjo a presença da leguminosa
Moringa. No SAF 2 observou-se o maior tempo médio de residência da serapilheira. Esse
fato pode ser influenciado pela presença de espécie caducifólia no sistema (taperebá) que
acumula um grande estoque de serapilheira sobre a superfície do solo. Este
comportamento provavelmente pode estar associado a características morfofisiológicas
da espécie as quais podem dificultar o processo de decomposição. A partir dessas
informações cresce a possibilidade para que possam ser tomadas decisões mais adequadas
para implantação de sistemas agroflorestais, pois o retorno da matéria orgânica e de
nutrientes para o solo é um mecanismo que contribui para o êxito dessa modalidade de
sistema de cultivo.
Palavras-chave: agroecossistemas; biomassa; taxa de decomposição.

24
ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA O ACÚMULO DE
BIOMASSA DE PROGÊNIES DE FAVEIRA-ORELHA-DE-MACACO
(Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth.)

MACIEL, J.L.M.1; SANTOS, R.L. 1; OLIVEIRA, D.V. 1; PALOMINO, E.C.2

¹UFOPA. Rua Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós). jhuanlucas@outlook.com; ² UFOPA. Rua Vera Paz, s/n
(Unidade Tapajós).

Um dos objetivos do melhoramento de plantas é criar e manter variabilidade genética para


obter indivíduos ou populações mais produtivas. Enterolobium schomburgkii, conhecida
popularmente como faveira-orelha-de-macaco, é uma espécie florestal natural da região
amazônica e bastante utilizada em reflorestamento. O objetivo deste estudo foi o de
estimar parâmetros genéticos ao nível individual e de progênies de cinco famílias de
meios-irmãos de faveira-orelha-de-macaco em função do acúmulo de peso da massa seca
aérea, massa seca radicular e massa seca total. O experimento foi conduzido no viveiro
experimental de produção de mudas do Instituto de Biodiversidade e Florestas da
Universidade Federal do Oeste do Pará, num delineamento inteiramente ao acaso, com
cinco famílias de meios-irmãos (tratamentos), cinco repetições e cinco plantas por parcela
obtidas através de sementes, sendo 125 plantas em todo o experimento. Com o software
genético estatístico SELEGEN (REML/BLUP), a partir dos dados das massas,
estimaram-se os seguintes parâmetros genéticos: herdabilidade no sentindo restrito,
coeficiente de variação genética do indivíduo (CVgi%) e coeficiente de variação genética
das progênies. O coeficiente de variação genético ao nível individual foi de 19,18; 18,74
e 21,34% e herdabilidade de 0,61; 0,58 e 0,64 para a matéria seca total, aérea e radicular
respectivamente. Houve uma pequena variação genética nestas famílias para as
características avaliadas, onde o acumulo de massa seca acontece de forma semelhante
na condição de mudas, independente da origem das mesmas. As variâncias genéticas entre
as progênies apresentaram valores de 9,59% para a MST, 9,37% para MSA e 10,67%
para a MSR. Detectou-se a superioridade da progênie dois, quanto ao ganho genético de
matéria seca em gramas da parte aérea (0,65), radicular (1,00) e total (1,65), entre todas
as variáveis os indivíduos 3 e 6 da progênie dois apresentaram se com as maiores
estimativas, destacando se como indivíduos superiores aos demais. Com isso, pode-se
afirmar que na presença da variação genética associada a herdabilidade, há chances de se
obter ganhos genéticos. A população de E. schomburgkii apresentou alta variabilidade
genética para o parâmetro estudado, sendo que a massas apresentaram se de caráter
importante para o estabelecimento em campo.
Palavras-chave: massa seca; herdabilidade; coeficiente de variação genética.

25
RECURSOS FLORESTAIS
AJUSTE VOLUMÉTRICO PARA Manilkara huberi (Ducke) Chevalier NA
FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS

CRUZ, G. da S.¹; SILVA RIBEIRO, R.B. da.1


1
Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas – IBEF, Rua
Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós), Bairro Salé, Santarém, Pará, Brasil. E-mail:
girlene.lenecruz@gmail.com; florestalrenatoribeiro@gmail.com

O manejo florestal comunitário, necessita de ferramentas que forneçam informações


confiáveis sobre a volumetria existente na área. Porém, como essa informação não é
facilmente mensurável através da cubagem rigorosa, o ajuste de equações tornou-se
fundamental para estimar o estoque de madeira para essas áreas de manejo. Diante disto,
objetivou-se testar seis modelos de ajuste volumétricos para Manilkara huberi (Ducke)
Chevalier com base em dados de romaneio na Flona do Tapajós. Os dados são
provenientes de inventário 100% e romaneio das espécies na UPA 9, que foi manejada
em 2014 pela COOMFLONA. Foram selecionados 721 indivíduos com DAP ≥ 50 cm e
ajustados 6 modelos volumétricos para a espécie, sendo Schumacher hall logarítmizado,
Meyer, Stoate, Spurr logarítmizado, Dissescu-Meyer e Husch. Para a escolha do melhor
modelo foi analisado o coeficiente de determinação ajustado (R² ajustado%), erro padrão
da estimativa (Sy.x%), análise gráfica dos resíduos, significância dos parâmetros pelo
teste “t”, normalidade dos resíduos através do teste de Kolmogorov Smirnov a 5% de
probabilidade e fator de inflação da variância para verificar situações de
multicolinearidade. Dos modelos ajustados, apenas Husch, Schumacher hall e Spurr
ambos logarítmizado apresentaram significância de todos os coeficientes pelo teste t. Em
relação ao R² ajustado e Sy.x % os modelos de Schumacher hall e Spurr ambos na forma
logarítmica apresentaram os melhores resultados sendo que Schumacher hall apresentou
R² ajustado de 81,84% e erro padrão da estimativa de 19,02% e Spurr logarítmizado
apresentou resultados de 81,85 % e 19,05% respectivamente. Apenas o modelo de
Schumacher hall não apresentou multicolinearidade nos dados com valores de VIF =
1,053 para ambas variáveis independentes. Após a retirada de outliers os modelos de
Schumacher hall e Spurr apresentaram normalidade pelo teste de Kolmogorov Smirnov
com valores de p de 0,07 e 0,14 respectivamente. Apesar das análises dos parâmetros de
precisão fornecerem requisitos importantes para a escolha do melhor modelo, foi
necessário analisar a distribuição gráfica dos resíduos, onde foi possível observar que os
modelos de Schumacher Hall e Spurr ambos logarítmizado apresentaram resíduos bem
distribuídos em torno da linha média. Os modelos de Schumacher Hall e Spurr ambos
logarítmizado atenderam a todos os critérios de escolha do melhor modelo e desta forma,
apresentaram as melhores equações para a estimativa do volume de Manilkara huberi na
Floresta Nacional do Tapajós.
Palavras-chave: análise de regressão; Maçaranduba; manejo florestal.

Agradecimentos: A UFOPA pela concessão da bolsa PIBIC/UFOPA ao primeiro autor


e a COOMFLONA por ceder os bancos de dados.

27
ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE UMA ÁREA MANEJADA NA
FLONA TAPAJÓS

ANJOS, R.K.F.1; SANTOS, B.L.G.1; SILVA, A.F.1; CAMPOS, R.J.C.1; SOUSA, V.S.1;
MELO, L.O.2

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós) Bairro Salé CEP 68035-
110, Santarém, Pará, Brasil. rosekelly.fa@gmail.com; ²Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera
Paz, s/n (Unidade Tapajós) Bairro Salé CEP 68035-110, Santarém, Pará, Brasil.

O estudo da composição florística é de grande importância para avaliação da vegetação


existente em uma área. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição florística do
estrato arbóreo e da regeneração natural de uma área de manejo na Floresta Nacional do
Tapajós, município de Belterra, Pará. Os dados foram coletados em uma área de 70
hectares da Flona Tapajós, Km 72 da BR 163. Foram alocadas de forma sistemática 67
parcelas de 20 x 100 m (2000 m²), sendo divididas em subparcelas de 20 x 10 m (CT1),
20 x 50 m (CT2) e 20 x 100 m (CT3). Os indivíduos foram mensurados de acordo com
as classes de tamanho: CT1 (5 ≥ DAP <10 cm), CT2 (10 ≤ DAP < 50,0 cm) e CT3 (DAP
≥ 50,0 cm). Para análise de similaridade e diversidade foram estimados os índices de
Sorensen, de equabilidade de Pielou e Shannon-Weaver. Na população total foram
amostradas 291 espécies, divididas em 110 gêneros e em 46 famílias botânicas. No
componente arbóreo DAP ≥ 10 cm, identificaram-se 317,91 ind.ha-1, em 270 espécies,
108 gêneros e 46 famílias botânicas. As famílias Fabaceae (43), Burseraceae (28) e
Lecythidaceae (24) apresentam os maiores números de espécies. Na regeneração natural
foram estimados 341,79 ind.ha-1, distribuídos em 115 espécies, 54 gêneros e 25 famílias
botânicas. As famílias mais representativas em número de indivíduos foram Burseraceae
(71), Fabaceae (50) e Sapotaceae (39). O índice de Sorensen obtido foi de 0,95,
demostrando alta similaridade florística entre os estratos de regeneração e arbóreo. O
índice de equabilidade de Pielou (J) apresentou valor de 0,81, sugerindo elevada
diversidade florística dentro da comunidade vegetal. O índice de Shannon-Weaver foi de
4,22 para o estrato de regeneração, e de 4,69 para o estrato adulto, os quais são
considerados valores altos de diversidade para florestas amazônicas. A área manejada,
portanto, apresentou similaridade e diversidade alta para os dois estratos, apresentando
elevada diversidade florística, indicando a permanência das espécies na comunidade.
Palavras-chave: fitossociologia; Amazônia; diversidade; estratos.

28
COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE ARBÓREA DE UM
FRAGMENTO FLORESTAL NA RESERVA EXTRATIVISTA TAPAJÓS-
ARAPIUNS

SILVA, E.C.1; ¹SOUSA, P.S.¹; REGO MATOS, J.F.¹; SILVA, S.M.F.S.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Rua Vera Paz, s/n, 68035-110, Santarém-PA, Brasil.
erickoelho@hotmail.com; ²Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental, Centro de
Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental. Avenida Mendonça Furtado - de 2312/2313 a
3738/3739 Aldeia 68040050 - Santarém, PA, Brasil.

A biodiversidade florestal amazônica abriga 2500 espécies de árvores do mundo. Logo,


conhecer os recursos naturais provenientes da floresta é essencial para tomada de decisão
no planejamento de atividades que envolvam o uso dos recursos florestais. Assim, o
objetivo deste trabalho foi determinar a composição e estrutura da comunidade arbórea
de um fragmento florestal na Reserva Extrativista (RESEX) Tapajós-Arapiuns. A
pesquisa foi desenvolvida na comunidade do Carão, dentro da RESEX, no Centro
Experimental Floresta Ativa (CEFA), coordenadas 02º33'39,3"S e 55º09'11,4"W,
próximo aos municípios de Santarém e Aveiro. Em uma área de 30000m² de fragmento
de floresta nativa, foi instalada parcela única de 100 x 300 m para a execução do
inventário 100%. O critério mínimo de inclusão dos indivíduos foi DAP ≥30 cm,
posteriormente identificados com placas de alumínio inoxidável (2 x 7 cm) por número e
nome vulgar da espécie. Foram registrados 133 indivíduos adultos pertencentes a 16
famílias e 29 espécies. A espécie com maior número de indivíduos foi Eschweilera sp.,
com abundância relativa de (0,17%), seguida de Mezilaurus itauba (0,09%), Swartzia
aptera (0,08%), Hymenaea parvifolia (0,06%), e Maytenus guianensis (0,06%). As
famílias mais numerosas em termos de indivíduos foram Fabaceae (36), Lecythidaceae
(25), Lauraceae (16) e Sapotaceae (12). O Índice de Simpson apresentou valor igual a
0,92. Valores próximos a 1(um) indicam alta diversidade de espécies. Assim, quanto mais
diversa for a comunidade, menor será a dominância de algumas espécies sobre outras. Da
mesma forma, o Índice de Diversidade de Shannon (H’) apresentou o valor de 2,97. Na
Amazônia, geralmente, são encontrados valores acima de 3,11, expressando riqueza e
uniformidade das espécies, sendo que a diversidade tende a ser mais alta quanto maior o
valor do índice. A predominância de Fabaceae e Lecythidaceae pode ser atribuída a seus
hábitos variáveis que vão desde arbustos até árvores de grande porte. Nas lecitidáceas,
morcegos e abelhas são importantes agentes polinizadores, auxiliando na dispersão e
adaptação a diferentes habitats. Ambas possuem potencialidades de uso no comércio
madeireiro e não madeireiro. Os resultados obtidos neste estudo mostram que a área do
CEFA possui boa diversidade e abundância de espécies arbóreas com potencial
capacidade de uso em seus empreendimentos e sistemas produtivos agroecológicos e
florestais de forma integrada, sustentável e permanente junto à comunidade.
Palavras-chave: biodiversidade; árvores; conservação; extrativismo; Amazônia.

Agradecimentos: PROJETO SAÚDE E ALEGRIA.

29
EQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS PARA Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols. NA
FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS

CRUZ, G. da S.¹; RIBEIRO, R.B. da S.1; GAMA, J.R.V.1; ALMEIDA, B.R.S.1; MELO,
M.B.1
1
Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas – IBEF, Rua
Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós), Bairro Salé, Santarém, Pará, Brasil. E-mail:
girlene.lenecruz@gmail.com; florestalrenatoribeiro@gmail.com; jrvgama@gmail.com;
brunoaxl.r15@gmail.com; marcelleborges_@hotmail.com

Modelos volumétricos vem sendo desenvolvidos e aplicados em diversas regiões do


Brasil atualmente, porém é recomendável sempre testar diversos modelos, e através de
análise estatística escolher o modelo que melhor se adapta ao conjunto de dados.
Considerando a diversidade de espécies que compõem os biomas brasileiros, bem como
a diversidade de tamanhos das árvores, equações de volume devem ser ajustadas para
espécies individualmente ou para grupos de espécies com características semelhantes para
aumentar a exatidão das estimativas volumétricas. Diante deste contexto, o objetivo do
presente estudo foi avaliar a eficiência de ajuste volumétricos para Tabebuia serratifolia
(Vahl) Nichols. na Floresta Nacional do Tapajós. Os dados utilizados são provenientes
do inventário 100% e romaneio de toras na UPA 8, que é composta por 9 unidades de
trabalho de 100ha, que foram manejadas pela COOMFLONA no ano de 2013. Foram
ajustados seis modelos volumétricos, sendo: Schumacher Hall (ln V = β0+β1.ln(D) +
β2.ln(H) +ɛ), Spurr logarítmizado (ln V = β0+ β1.ln(D²H) +ɛ), Meyer (V = β0 + β1.D +
β2.D² + β3.D.H + β4.D².H + β5.H +ɛ), Hohenadl Krenm (V= β0+ β1*D + β2.D²+ɛ),
Brenac (ln V= β0+ β1*ln DAP+ β2. 1/ DAP+ɛ) e Näslund (V = β1.D²+ β2.D².H + β3.D.H²
+ β4.H² +ɛ). Para a escolha do melhor modelo foi analisado o coeficiente de determinação
ajustado (R² aj. %), erro padrão da estimativa (Sy.x %), análise gráfica dos resíduos e
significância dos parâmetros pelo teste “t”. Os modelos Schumacher hall, Spurr,
Hohenadl e Brenac apresentaram significância em todos os coeficientes estimados. Em
relação aos parâmetros de precisão os modelos de Schumacher e Spurr apresentaram os
maiores valores de R² ajustado e menores valor de Sy.x, sendo que Schumacher
apresentou R² ajustado e Sy.x de 74,7 e 24,2 respectivamente e o modelo de Spurr
apresentou valores de 73,5 e 22,23 para R² ajustado e Sy.x respectivamente. No que diz
respeito à normalidade dos dados apenas Schumacher Hall e Brenac apresentaram
normalidade de acordo com o teste de Kolmogorov Smirnov a 5% de probabilidade.
Analisando a distribuição dos resíduos percentuais, Schumacher-Hall apresentou
resultados satisfatórios, sendo possível assegurar que o modelo não apresentou nenhum
tipo de tendenciosidade, ou seja, os resíduos da equação estão uniformemente
distribuídos. O modelo de Schumacher Hall logarítmizado pode ser selecionado para
estimar a volumetria de Tabebuia serratifolia na UPA 8 da Flona Tapajós.
Palavras-chave: Amazônia; equações de volume; volumetria.

Agradecimentos: A UFOPA pela concessão da bolsa PIBIC/UFOPA ao primeiro autor


e a COOMFLONA por ceder os bancos de dados.

30
ESTRUTURA DE FRAGMENTO FLORESTAL URBANO EM SANTARÉM,
PARÁ

LIMA, B.A.1; COELHO, S.R.S.1; SANTOS, M.F.¹; COSTA, D.L.1; ANJOS, R.K.F.¹;
GAMA, J.R.V.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n, Salé, 68010-460, Santarém, Pará, Brasil.
bruno.lima.stm@hotmail.com; saulocoelho27@gmail.com; misael02freitas@gmail.com;
danielelimadacosta@gmail.com; rosekellyfernandes@hotmail.com; jrvgama@gmail.com

A fragmentação florestal consiste numa área onde a vegetação é interrompida por


barreiras antrópicas ou naturais, que podem ser estradas, povoados, culturas agrícolas e
florestais, pastagens, montanhas, lagos ou represas, diminuindo a biodiversidade da área.
A expansão da urbanização influencia na perda da biodiversidade, e as áreas com
vegetação nativa no meio urbano sevem como refúgios para plantas e animais. Pouca
atenção tem sido dada a preservação dos fragmentos e o resultado disso é a ausência de
manejo e o abandono dessas áreas, acelerando o processo de degradação dos mesmos. O
presente trabalho teve o objetivo de analisar a estrutura e a composição florística de um
fragmento florestal localizado na área urbana do município de Santarém, Pará. O estudo
foi realizado em fragmento florestal, localizado dentro da área do Campus Tapajós da
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Nessa área de 0,75 ha, foram
distribuídas sistematicamente oito unidades amostrais de 5 m x 40 m. Em cada unidade
foram mensuradas as seguintes variáveis: circunferência do tronco à altura de 1,30m do
solo (CAP), altura total (Ht), altura comercial (Hc) e anotado o nome regional das arvores
com o auxílio de um identificador botânico. Em cada parcela foram consideradas as
seguintes classes de tamanho (CT) e subparcelas: CT1: 0,3m ≤ Ht <1,5m em subparcelas
de 5m x 5m; CT2: Ht ≥ 1,5m até DAP < 5cm em subparcelas de 5m x 10m; CT3: 5cm ≤
DAP < 10 cm em subparcelas de 20m x 5m; CT4: DAP ≥ 10cm em subparcelas de 40m
x 5m. Nas classes de tamanho 1 e 2 foram feitas somente contagem dos indivíduos e nas
classes 3 e 4 foram mensurados a altura total e o CAP.Os dados foram processados no
Software Microsoft Excel 2013. Foram contabilizados 453 indivíduos distribuídos em 29
espécies e 19 famílias botânicas. Fabaceae (5), Anacardiaceae (4) e Burseraceae (2) foram
as famílias que apresentaram o maior número de espécies, representado 37,92% do total.
A área estudada apresentou uma estrutura diamétrica com tendência a J-invertido. O
índice de Shannon-Weaver foi 2,65 e em outras pesquisas na mesma área de estudo
encontrou-se valor semelhante (H’ = 2,72), valores estes considerados baixos. A
densidade total foi de 13300 individuos.ha-1 e área basal de 13,03 m².ha-1. O volume total
correspondeu a 57,17 m³.ha-1. O fragmento florestal encontra-se em estágio de sucessão
florestal.
Palavras-chave: composição florística; fragmento florestal; biodiversidade.

Agradecimentos: Os autores agradecem ao LAMEF (Laboratório de Manejo de


Ecossistemas Florestais) pelo apoio logístico na coleta de campo e ao professor Drª João
Ricardo Vasconcellos Gama pelo apoio e orientação.

31
ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE Carapa guianensis Aubl.
EM UMA ÁREA MANEJADA NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS

ALMEIDA, B.R.S.¹; LIMA, B.A.¹; CRUZ, G.S.¹; MELO, M.B.¹; MELO, L.O.¹; CRUZ,
E.J.S.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA. Campus Tapajós. Rua Vera Paz, s/n Salé, 68035-110 -
Santarém, PA, Brasil. Email: almeida.bruno.r.s@gmail.com; ²Universidade federal do Recôncavo da
Bahia – UFRB. Campus Cruz das Almas, Cruz das Almas, BA, Brasil.

A região amazônica apresenta composição florística rica e variada, possuindo alto grau
de endemismo. Devido essa grande diversidade e a existência de muitas espécies
potencialmente comerciais torna-se frequente a exploração desordenada de algumas
espécies. A Carapa guianensis Aubl. é uma espécie com grande potencial de exploração
madeireira e não madeireira na Amazônia, pertencente à família Meliaceae, ocorrente na
bacia amazônica em áreas de várzeas e terra firme. A espécie pode atingir até 30 m de
altura e 1,20 m de diâmetro. Estudos sobre a estrutura dos remanescentes florestais e dos
indivíduos podem suprir a escassez de informações no setor florestal e contribuir para sua
conservação e para o uso múltiplo sustentável da floresta. O objetivo do estudo foi
analisar a estrutura populacional e a distribuição diamétrica da Carapa guianensis Aubl.,
em uma área manejada de 70 ha na Floresta Nacional do Tapajós. Os dados foram obtidos
pelo inventario florestal em 67 parcelas (20m x 100m) alocadas de forma sistemática, as
parcelas foram inventariadas com base nas seguintes classes de diâmetro das árvores: CD-
1 = 20 m x 10 m com CAP ≥ 15,8 cm; CD-2 = 20 m x 50 m com CAP ≥ 31,5 cm; e CD-
3 = 20 m x 100 m com CAP ≥ 157,5cm. Foram analisados a estrutura horizontal e
distribuição diamétrica por classe de diâmetro com amplitude de 10 cm, o processamento
dos dados foi realizado com auxílio do software Microsoft Excel 2016. Foram
inventariados 88 indivíduos de Carapa guianensis Aubl., correspondendo a uma
densidade absoluta de 10,08 ind.ha-1 a dominância da espécie em área basal foi de 1,4269
m².ha-1. Avaliou-se a distribuição dos indivíduos por classes de diâmetro e a espécie
apresentou distribuição diamétrica irregular, ocorrendo maior concentração de indivíduos
nas classes intermediárias e uma menor frequência de indivíduos nas maiores classes este
aspecto é atribuído ao sistema fisiológico das árvores tropicais. Em relação distribuição
de indivíduos por classe de tamanho, observou-se que na 56,8% dos indivíduos situam-
se na CD2, correspondendo a 50 indivíduos, seguido de 39,8% (35 indiv.) na CD3 e com
3,4% (3 indiv.) na CD1. A espécie Carapa guianensis Aubl. não possui estoque de
colheita (DAP ≥ 50 cm) para uso madeireiro, porém como suas sementes podem ser
aproveitadas para produzir óleo, que possui grande aceitação no mercado, indica-se o uso
da espécie para uso não madeireiro.
Palavras-chave: produto florestal não madeireiro; manejo florestal comunitário;
Amazônia.

32
ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE Lecythis lurida (Miers) S. A.
Mori EM ÁREA DE MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO

MELO, M.B.¹; SOUSA, E.A.B.¹; CRUZ, G.S.¹; SILVA, B.R.S. de¹; SILVA, U.S.C.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA. Campus Tapajós. Rua Vera Paz, s/n Salé, 68035-110 -
Santarém, PA, Brasil. Email: marcelleborges_@hotmail.com

Na Amazônia, o estudo da estrutura de espécies florestais tem demonstrado grande


importância para o planejamento da exploração de madeira, pois o manejo florestal visa
garantir que a floresta seja capaz de suprir, de forma contínua, um determinado produto
ou serviço. A espécie Lecythis lurida (Miers) S. A. Mori pertence à família Lecythidaceae
e é comumente chamada de Jarana ou Inhaíba. Sua madeira é considerada muito pesada
(densidade 0,85 a 0,95 g.cm-3), dura e de elevada resistência mecânica. A espécie foi
selecionada para este estudo por ser frequente em florestas de terra firme na Amazônia e
devido à escassez de informação acerca da estrutura desta espécie. Dessa forma, o
objetivo desta pesquisa foi de avaliar a estrutura populacional e a distribuição diamétrica
da espécie Lecythis lurida (Miers) S. A. Mori, em uma área de manejo florestal
comunitário na Floresta Nacional do Tapajós, localizada no Estado do Pará. Os dados
coletados são provenientes do inventário florestal 100% da Unidade de Produção Anual
11 (1.600 ha) e pertencem a Cooperativa Mista da FLONA do Tapajós (COOMFLONA).
No inventário foram coletadas informações das árvores a partir de DAP ≥ 35cm. Foram
calculados os parâmetros fitossociológicos de densidade e dominância (área basal), o
volume foi calculado pela fórmula V = ((DAP² ∗ π)/4) ∗ H ∗ f) e a distribuição
diamétrica foi obtida por classes de diâmetro com amplitude de 10 cm. A tabulação e
processamento dos dados foram realizados por meio da planilha eletrônica do Excel 2013.
Foram inventariados 2.361 indivíduos de Jarana, correspondendo a uma densidade
absoluta de 1,48 ind.ha-1. A dominância da espécie em área basal foi de 0,4545 m².ha-1 e
o volume da espécie foi de 5,9539 m³.ha-1. Avaliou-se a distribuição dos indivíduos por
classes de diâmetro e a espécie apresentou concentração de indivíduos entre os diâmetros
40 cm ≤ DAP < 70 cm, o equivalente a aproximadamente 83% do total de indivíduos e o
pico populacional foi na classe de diâmetro de 50 cm. Foi observado também que 73,09%
dos indivíduos apresentaram DAP superior ao diâmetro mínimo de corte (DMC)
estabelecido em 50 cm pela legislação. A espécie Lecythis lurida tem densidade, área
basal e volume no estoque de colheita (DAP ≥ 50 cm) sendo indicada para a exploração
na área de manejo florestal comunitário da Floresta Nacional do Tapajós.
Palavras-chave: estrutura horizontal; Floresta Nacional do Tapajós; Amazônia.

Agradecimentos: Cooperativa Mista da FLONA Tapajós (COOMFLONA).

33
ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE ITAÚBA NA RESEX
TAPAJÓS ARAPIUNS

SANTOS, M.F.1; COSTA, D.L.1; LIMA, B.A.1; RIBEIRO, R.B.S.1

¹Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas – IBEF, Rua
Vera Paz, s/n, Bairro Salé, Santarém, Pará, Brasil, misael02freitas@gmail.com;
danielelimadacosta@gmail.com; bruno.lima.stm@hotmail.com; florestalrenatoribeiro@gmail.com

Analisar a estrutura da vegetação e a distribuição espacial é essencial para o conhecimento


das florestas e de seus potenciais e para o embasamento de planos de manejo que
viabilizem a exploração dos produtos florestais de forma planejada e racional, garantindo
a manutenção da biodiversidade. Mezilaurus itauba Taubert ex Mez. pertence à família
Lauraceae e caracteriza-se pela sua madeira muito pesada e dura, com alta resistência
mecânica e baixa retratibilidade, além de elevada resistência natural ao apodrecimento e
ao ataque de insetos, sendo largamente usada em construções externas e internas.
Portanto, este trabalho objetivou analisar a estrutura e a distribuição espacial de itaúba na
Resex Tapajós Arapiuns. Os dados foram coletados em uma Área de Manejo Florestal de
61.908,28 ha, na referida Resex. Inventariou-se 202 unidades amostrais de 30 m x 250 m,
com 500 m de distância entre elas, totalizando uma amostra de 151,50 ha. O método usado
para coleta de dados foi a amostragem estratificada com seleção sistemática das parcelas.
Foram inventariados todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm e anotados o nome regional
e altura, considerando as seguintes classes de tamanho: CT1 (30 m x 50 m): 10 cm ≤ DAP
< 25 cm; CT2 (30 m x 100 m): 25 cm ≤ DAP < 50 cm; e CT3 (30 m x 250 m): DAP ≥ 50
cm. Os dados foram processados no Software Microsoft Excel 2013. Foram identificados
180 indivíduos, o que representou uma densidade de 2,26 árv.ha-1 e uma dominância em
área basal de 0,45 m².ha-1, com presença em 53,96% das unidades amostrais. A
distribuição diamétrica dos indivíduos mostrou-se irregular, com maior concentração de
indivíduos nos centros de classe de diâmetro intermediários, resultado comum quando
uma espécie é analisada individualmente. O volume observado para a espécie foi de 5,37
m³.ha-1. A estratificação vertical dos indivíduos mostrou que 19,4% estavam no estrato
inferior da floresta, 56,7% no estrado médio e 23,9% no estrato superior. Quanto à
distribuição espacial, o índice de Payandeh mostrou que os indivíduos estão aleatórios,
provavelmente devido à influência de fatores abióticos como relevo, disponibilidade de
nutrientes e água, e bióticos como dispersão de sementes, competição e herbivoria. Com
isso, a população estudada apresentou densidade característica da espécie e, apesar de
estar distribuída aleatoriamente, o estoque de indivíduos jovens e adultos e o elevado
volume podem favorecer o manejo madeireiro da mesma na área.
Palavras-chave: Amazônia; fitossociologia; produto florestal madeireiro; reserva
extrativista.

34
ESTRUTURA HORIZONTAL DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA
ESTACIONAL SEMIDECIDUAL EM VIÇOSA, MINAS GERAIS

VIANA, A.B.T.1; TORRES, C.M.M.E.1, ROCHA, S.J.S.S. da1; ANDRADE, C.G.C.1

¹Universidade Federal de Viçosa. Avenida Peter Henry Rolfs, s/n, Centro, Viçosa -
MG.aguida.vianaufv@gmail.com

Nos últimos anos o bioma Mata Atlântica sofreu intensa degradação dos remanescentes
florestais, afetando de forma considerável o Estado de Minas Gerais. Em razão deste
cenário preocupante, estudos voltados para o conhecimento da estrutura da floresta são
fundamentais para a garantia da sua sustentabilidade. Nesse contexto, esse estudo
objetivou analisar a florística e a estrutura horizontal de espécies arbóreas presentes em
um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, em Viçosa, MG. Por isso, foram
dispostas aleatoriamente sobre uma área total de 17 hectares, 10 parcelas permanentes de
0,1 ha (20x50m) cada, nas quais foram mensurados o diâmetro e a altura do fuste (início
da copa) de todas as árvores com Diâmetro a altura do peito (DAP) ≥ 5,0 cm e
identificados o nome botânico. Posteriormente, foram avaliados os parâmetros
fitossociológicos: frequência, densidade, dominância, os índices de Valor de Importância
(IVI), diversidade de Shannon-Weaver (H') e Equabilidade de Pielou (J’) e também foi
realizada a distribuição diamétrica da floresta. Foram inventariadas 161 árvores, 136
espécies, 21 gêneros e 5 famílias botânicas. As famílias mais ricas em espécies foram
Fabaceae, Meliaceae, Melastomataceae, Lauraceae e Annonaceae. O índice de
diversidade de Shannon-Weaver (3,93) e equabilidade de Pielou (0,77) apontaram
elevada diversidade florística. As espécies que se destacaram em ordem decrescente de
IVI (%) foram Anadenanthera peregrina, Bathysa nicholsonii e Siparuna arianeae. A
estrutura diamétrica do fragmento estudado seguiu o formato de J-invertido, padrão
comum encontrado em florestas ineqüiâneas, com maior quantidade de indivíduos na
classe diamétrica de 5,0 a 10,0 cm. Conclui-se que o fragmento avaliado apresenta alta
diversidade florística, evidenciando sua importância na provisão de serviços ecológicos
e conservação da biodiversidade.
Palavras-chave: estrutura horizontal; estrutura diamétrica, índice de valor de
importância; Mata Atlântica.

35
ESTRUTURA POPULACIONAL DE Handroanthus sp. NA RESEX TAPAJÓS
ARAPIUNS

COSTA, D.L.1; SANTOS, M.F.1; RIBEIRO, R.B.S.1

¹Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas – IBEF,


Santarém/PA, Brasil, danielelimadacosta@gmail.com; misael02freitas@gmail.com;
florestalrenatoribeiro@gmail.com

A floresta amazônica deve ser manejada com aplicação de métodos que visem a
sustentabilidade, evitando a perda de diversidade das espécies. Nesse sentido, conhecer a
estrutura das espécies madeireiras mais comercializadas numa determinada região é
essencial para se fazer um bom plano de manejo. Dentre as espécies mais apreciadas no
mercado madeireiro estar Handroanthus sp. conhecida popularmente como ipê amarelo,
tem sua madeira bastante valorizada, devido sua alta densidade e cerne escuro, tornando
esta, muito procurada pela indústria madeireira. Objetivou-se assim, analisar a estrutura
populacional de Handroanthus sp. afim de verificar a viabilidade de seu manejo
madeireiro na Resex Tapajós Arapiuns, no Estado do Pará. Para coleta de dados foram
alocadas 202 parcelas (30 m x 250 m) de forma sistemática e mensuradas todas as árvores
com diâmetro à altura de 1,30m (DAP) ≥ 10 cm nas classes de tamanho (CT) e tamanhos
de parcelas: CT 1 – 10 cm ≤ DAP < 25 cm, 30 m x 50 m; CT 2 – 25 cm≤ DAP <50 cm,
30 m x 100 m; e CT 3 - DAP ≥50 m, 30 m x 250 m. Foram avaliados os parâmetros de
densidade, área basal e distribuição diamétrica por centros de classe de DAP com
amplitude de 10 cm. Para verificar o potencial madeireiro e volumetria, foram observados
indivíduos com DAP ≥50 cm para uma unidade de trabalho (UT) (100 ha) e para o estudo
das árvores em crescimento avaliou-se indivíduos com 10 cm≤ DAP <50 cm. Foram
encontrados 29 indivíduos de Handroanthus sp., correspondendo a uma densidade de
0,34 ind.ha-1, sendo que a espécie esteve presente em apenas 13,37% das parcelas,
apresentando dominância em área basal de 0,0622 m². ha-1. A densidade de indivíduos
comerciais (DAP ≥50cm) foi de 0,7 ind.100 ha-1, que demonstrou volumetria de 64,24
m³. Quanto a distribuição diamétrica da população, esta não teve formato de “j invertido”,
apresentando-se de forma irregular, revelando que sua distribuição por diâmetro se
encontra com certo desequilíbrio. Os indivíduos em fase de crescimento para o estoque
de colheita (10 cm≤ DAP <50cm) também apresentaram distribuição irregular, além de
baixa densidade. Mantendo esta estrutura populacional, é inviável sugerir Handroanthus
sp. como espécie promissora para o manejo madeireiro. Apesar da valorização da espécie
para o comércio madeireiro e seu alto valor de mercado, a baixa densidade tanto de
indivíduos no estoque de colheita, como em fase de crescimento, demonstraram que não
é indicado o manejo madeireiro desta espécie na Resex Tapajós Arapiuns.
Palavras-chave: Amazônia; distribuição diamétrica; produto florestal madeireiro.

36
ESTRUTURA POPULACIONAL DE Manilkara huberi (Ducke) Chevalier
(SAPOTACEAE) NA ZONA DE MANEJO FLORESTAL NÃO MADEIREIRO
DA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, PARÁ, BRASIL

ANDRADE, C.G.C.¹, GAMA, J.R.V.¹, MELO, L.O.¹, ANDRADE, D.F.C de¹, VIANA,
A.B.T.²
1
Eng. (a) Florestal. UFOPA, Santarém, PA, Brasil. Rua Vera Paz, s/n, Salé. E-mail:
grazy_stm@hotmail.com; ¹Eng. florestal pela UFV. Av.PH Rolfs, s/n, Viçosa –MG.

O conhecimento da estrutura populacional das espécies florestais é essencial para a


implantação de planos de manejo florestais. A espécie Manilkara huberi, (Sapoteceae)
popularmente conhecida como maçaranduba, ocorre em toda região amazônica, e na
maioria dos empreendimentos florestais é a principal espécie a ser extraída em florestas
manejadas. É utilizada na construção civil e naval, para a confecção de dormentes,
vigamentos, mourões, dentre outras. Neste estudo, analisou-se a estrutura populacional
de Manilkara huberi e sua posição fitossociológica na estrutura horizontal de uma floresta
não explorada na FLONA do Tapajós-Pará. A pesquisa foi realizada em uma área
amostral de 70,5 ha, na qual foram instaladas, sistematicamente, 94 parcelas de 30 x 250
m cada. A estrutura horizontal foi calculada com base na densidade relativa (DR),
dominância relativa (DoR), frequência relativa (FR) e valor de importância (VI), e a
distribuição espacial (PDE), por meio do índice de Payandeh. Posteriormente, verificou-
se a qualidade do fuste: fuste reto (1); fuste com pequenas tortuosidades (2); fuste não
aproveitável (3). A espécie apresentou 196 indivíduos, o que representou uma DR, DoR
e FR de 1,75%, 5,42%, e 75%, respectivamente. O valor de importância foi de 9,22%;
ficando entre as 5 espécies mais importantes da área amostrada. O PDE indicou padrão
agrupado (2,02) e maior quantidade de árvores com DAP ≥ 50 cm (43%). Quanto à
qualidade do fuste, 31% das árvores apresentaram fuste reto, com excelente característica
para serem utilizados na indústria madeireira; 65% fuste com pequenas tortuosidades; e
3% fuste não aproveitável. A espécie apesar de largamente explorada, parece ter uma
regeneração que não favorece a rápida recomposição de árvores em classes de tamanho
maiores, indicando que pode se tornar vulnerável em termos de conservação, em razão da
elevada exploração que ela sofre.
Palavras-chave: Maçaranduba; fitossociologia; manejo florestal; Amazônia

37
PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE Pseudopiptadenia contorta (DC.)
G.P. Lewis & M.P. Lima e Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth EM UMA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, VIÇOSA-MG

VIANA, A.B.T.1; TORRES, C.M.M.E. 1; SILVA, L.F. da2; ROCHA, S.J.S.S. da1;
ANDRADE, C.G.C.1

¹Universidade Federal de Viçosa. Avenida Peter Henry Rolfs, s/n, Viçosa -MG. E-mail:
aguida.vianaufv@gmail.com; ²Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Rua Rui Barbosa, 710,
Centro, Cruz das Almas –BA.

A implementação de planos de manejo sustentáveis tem sido assunto de diversos estudos.


No entanto, para que sejam executados de forma a viabilizar a conservação da floresta,
torna-se importante conhecer alguns dos parâmetros quantitativos desta, como a
distribuição espacial das espécies arbóreas. Objetivou-se com este estudo avaliar a
distribuição espacial de Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima e
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. por meio de diferentes índices em diferentes
tamanhos de parcelas instaladas em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual.
Os dados utilizados foram coletados em um inventário 100% realizado na Mata da
Silvicultura, localizada no Campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa–MG,
na qual todas as árvores com DAP ≥ 20 cm foram medidas e georreferenciadas.
Posteriormente, os dados provenientes do censo foram agrupados em parcelas de 10 x 10
m, 10 x 30 m, 10x50 m, 20x10 m, 20x30 m, 20x50 m. As espécies avaliadas tiveram seu
padrão de distribuição espacial identificado por meio dos índices de Payandeh (Pi),
MacGuinnes (IGAi), Frackere e Brischle (Ki) e de Morisita (IMi). Foram realizadas, para
cada tamanho de unidade amostral supracitado, 10 repetições com intensidade de 10% do
total de parcelas. Obteve-se a média de cada índice nas 10 repetições. Os resultados
indicaram que as árvores de Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima
e Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. apresentaram distribuição espacial tendendo
ao agrupamento ou agregado para todos os métodos e tamanhos amostrais. Conclui-se
que o tamanho amostral não influenciou na qualificação e nos índices de distribuição
espacial das espécies avaliadas.
Palavras-chave: manejo florestal, agregação, análise espacial

Agradecimentos: À CAPES e ao CNPq pelo apoio financeiro. Ao Departamento de


Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa pela contribuição na pesquisa.

38
SEMENTES E VIVEIROS
AVALIAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE Tabebuia pentaphylla EM
DIFERENTES RECIPIENTES

FERNANDES, P.S.¹; LIMA, D.S.1; SILVA, H.D.1; OLIVEIRA, T.M.1; MILHOMENS,


G.C.¹; DUARTE, V.B.R.¹

¹Universidade Federal do Tocantins. Gurupi - TO, Brasil. pauloricardosenna07@gmail.com

As ações antrópicas afetam de forma direta e indireta o ecossistema natural, provocando


a degradação da biodiversidade, com isso há uma necessidade de reverter esta
consequência através de projetos de recuperação de áreas com plantio de mudas florestais.
Para a produção de mudas a uma exigência quanto ao substrato e aos recipientes. A
Tabebuia pentaphylla (Ipê rosa) é uma espécie de crescimento rápido, sendo utilizada
para arborização e recuperação de áreas degradadas. Neste experimento houve o emprego
de um recipiente alternativo, pois há uma facilidade em seu acesso, sendo a garrafa pet
como alternativa na produção de mudas. O objetivo deste estudo foi avaliar o
desenvolvimento da Tabebuia pentaphylla em diferentes recipientes para produção de
mudas. O experimento foi conduzido no viveiro do Campus da Universidade Federal do
Tocantins – UFT de Gurupi – TO. Localizado na latitude - 11º 43’ S e longitude - 49º 04’
W, este experimento foi realizado no período de 60 dias. O delineamento foi em Blocos
Casualizados (DBC), com 4 tratamentos (recipientes): T1 - garrafa pet de 500 ml; T2 -
saco plástico com 90 cm³; T3 - saco plástico com 120 cm³ e T4 - tubetes de 187 cm³, com
4 blocos, sendo que cada recipiente comportava 4 mudas, ou seja, com um modelo de
4x4x4, resultando em 128 sementes. Os dados foram coletados entre 30 e 60 dias, após o
plantio para o diâmetro do colo e altura, já o comprimento da raiz primária, números de
raízes secundárias e os números de folhas foram coletados após 60 dias. O software
ASSISTAT versão 7.7 beta processou os dados com uma significância 5% de
probabilidade, pelo teste de Tukey. Os resultados para altura média para 30 dias o T4 –
4,83 cm, obteve maior significância entre os tratamentos, para 60 dias o T2- 5,14 cm,
sobressaiu sobre os demais tratamentos. No diâmetro médio para 30 dias entre os
tratamentos T1 - 0,17mm; T2 - 0,16 mm; T3 - 0,14 mm e T4 - 0,13 mm, não foram
significativos entre si, para 60 dias os tratamentos T1 - 0,21 mm; T2 - 0,22 mm; T3 - 0,21
mm e T4 - 0,20 mm, não diferenciaram entre si. Os números de raízes secundárias,
números de folhas e o comprimento da raiz principal, não foi significativo entre os
tratamentos para os 60 dias, após sua coleta de dados. Para a produção de mudas de
Tabebuia pentaphylla, observou-se que os tratamentos em sacos plásticos de 90 cm³ e
tubetes de 187 cm³ apresentou melhor desenvolvimento e foi superior aos recipientes de
garrafa pet e sacos de 120 cm³.
Palavras-chave: recipiente alternativo; produção de mudas; desenvolvimento das raízes.

40
DERIVA SIMULADA DE GLYPHOSATE EM MUDAS DE ANGICO
VERMELHO (Anadenanthera peregrina)

DUARTE, V.B.R.1; AMORIM, M.V.M.1; ALMEIDA, B.S.¹; REIS, A.O.1; SILVA, R.S.¹;
FERNANDES, P.S.¹

¹Universidade Federal do Tocantins. Gurupi - TO, Brasil. victorbrduarte@mail.uft.edu.br

O manejo das plantas infestantes é realizado em diversas etapas de produção florestal,


sendo o método químico amplamente utilizado atualmente pelas empresas. O controle
químico com herbicidas não-seletivos pode afetar o plantio através da deriva acidental do
produto, causando redução do crescimento e até a morte das plantas. Neste contexto, o
objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da deriva simulada de doses de glyphosate
em mudas de angico vermelho. As atividades experimentais foram realizadas no viveiro
da Universidade Federal do Tocantins, campus Universitário de Gurupi, localizado na
região sul do estado do Tocantins. Foram testadas quatro doses de glyphosate, sendo elas
de: 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 L.ha-1 e.a., e um tratamento sem dosagem, para fins comparativos.
As diferentes doses foram aplicadas com pulverizador costal pressurizado a CO2 70 dias
após semeadura em sacos plásticos contendo areia lavada. Aos 5, 10, 15, 20 e 25 dias
após aplicação (DAA) foram determinadas as porcentagens de intoxicação das plantas
em relação à testemunha, realizadas através de uma escala de percentual de notas visuais.
Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro
repetições cada, sendo cada planta uma parcela experimental. Os resultados foram
submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias dos tratamentos foram
comparadas pelo teste de Tukey (p>0,05). O percentual de intoxicação variou de acordo
com as doses testadas, sendo o aumento da porcentagem de intoxicação das mudas de
angico vermelho equivalente ao aumento das doses de glyphosate. A deriva simulada de
glyphosate apresentou menor intoxicação na dose de 0,5 L.ha-1. O herbicida causou danos
severos às mudas com dosagem de 1,0 L.ha-1 e a morte das plantas que receberam as
doses de 1,5 e 2,0 L.ha-1.
Palavras-chave: herbicida; nativa; infestantes; controle-químico.

41
INFLUÊNCIA DA INOCULAÇÃO E ADUBAÇÃO FOSFATADA NO
CRESCIMENTO INICIAL DE VARIEDADES DE FEIJÃO-CAUPI

BRITO, N.F.1; SOUSA, W.N.1; SANTOS, F.C.¹; BARROS, E.C.²; SACRAMENTO,


J.A.A.S.²; SOUSA, J.T.R.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará - (UFOPA). E-mail: nayamebrito4@gmail.com. 2Professor


adjunto do Instituto de Biodiversidade e Florestas - (IBEF) da UFOPA. Endereço: Rua Raimundo Fona,
bairro Salé, Santarém-PA.

O feijão-caupi Vigna unguiculata (L). Walp é cultivado em toda a Amazônia, onde grande
parte dos solos são classificados como Latossolos, caracterizados pela acidez e baixa
concentração de fósforo lábil. Entre as tecnologias que permitem incremento no
rendimento de grãos, destaca-se a fixação biológica de nitrogênio (FBN), que pode
reduzir o custo da produção, ao minimizar a quantidade empregada de fertilizantes
nitrogenados. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito da FBN, associada a
diferentes doses fósforo, sobre o crescimento inicial de variedades de feijão-caupi. O
experimento foi realizado em casa de vegetação, com delineamento em blocos
casualizados em esquema fatorial (2x3). Os tratamentos consistiram em: não inoculação
e inoculação com a estirpe (Bradyrhizobium japonicum BR 3262), 3 variedades de feijão-
caupi (Manteiguinha, Leite e Vinagre), 5 doses de fósforo (0, 40, 80, 120, 160 kg ha-1 de
P2O5, em 5 blocos ao acaso totalizando 150 parcelas, que corresponderam a um vaso de
5 litros. A adubação potássica e nitrogenada consistiu na utilização de 60 kg ha-1 de K2O,
na forma de KCl e 40 kg ha-1 de N na forma de ureia. No 13° dia após a emergência,
foram avaliadas as seguintes variáveis: diâmetro do caule (DC), altura da planta (AP), e
área foliar (AF). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade. Não houve diferença significativa para DC, AP e AF sem e
com inoculação. Ao comparar as variedades de feijão-caupi, independente da utilização
do inoculante, a variedade leite apresentou maiores valores de DC diferindo-se
estatisticamente em relação às variedades, manteiguinha e vinagre. Em relação à altura
da planta, as variedades leite e vinagre obtiveram maiores valores de AP, diferindo-se
estatisticamente da variedade manteiguinha. AF das variedades leite e vinagre diferiram
estatisticamente da variedade manteiguinha, com valores de 12.352, 12.302 e 7.807 mm2
respectivamente. Ao comparar as doses de fósforo, independente da utilização do
inoculante, verificou-se que a dose de 160 kg ha-1 apresentou os maiores valores de DC,
diferindo estatisticamente das outras doses empregadas. Para as variáveis de crescimento
AP e AF as doses de fósforo não representaram diferenças estatísticas. Diante do exposto,
conclui-se que a inoculação associada à adubação fosfatada não exerce efeito sobre o
crescimento inicial de feijão.
Palavras-chave: fósforo; Bradyrhizobium; Vigna unguiculata.

42
POTENCIAL DE ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE CUMARU (Dipteryx
odorata)

MACIEL, J.L.M.1; SANTOS, R.L.1; PALOMINO, E.C.2

¹UFOPA. Rua Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós). jhuanlucas@outlook.com; ² UFOPA. Rua Vera Paz, s/n
(Unidade Tapajós).

A floresta amazônica possui uma alta diversidade e riqueza quanto à fauna e flora. O
cumaru (Dipteryx odorata (Aublet) Willd) é uma leguminosa pertencente à família
Fabaceae, é uma árvore que pode atingir 20 m de altura. Na propagação vegetativa um
novo indivíduo se origina a partir de estacas, células ou tecidos vegetais. O objetivo deste
trabalho foi de determinar o potencial de enraizamento de diferentes tipos de estacas do
cumaru, estimulados pelo regulador de crescimento AIB. O experimento foi montado em
Casa de Sombra do Viveiro Experimental do Instituto de Biodiversidades e Florestas da
Universidade Federal do Oeste do Pará. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente ao acaso, em um esquema fatorial 3x2, e três repetições. As parcelas foram
constituídas por nove estacas num total de 27 estacas por tratamento e 162 no
experimento. No esquema fatorial 3x2 foram considerados três níveis do Regulador de
Crescimento Ácido Indolbutílico (AIB), 0, 1000 e 5000 ppm’s e foram levados em
consideração dois tipos de estacas retiradas de mudas jovens (Caulinar Basal e Caulinar
Apical) e os tratamentos foram formados pela combinação dos fatores. As estacas de
cumaru apresentaram potencial de enraizamento, contudo, apenas estacas basais com
mais de três gemas apresentaram maiores níveis de sobrevivência ao final dos 120 dias
de avaliação. O experimento como um todo, apresentou 38,27% de sobrevivência de
estacas, com pouca contribuição das estacas apicais, apresentando maior a taxa de
mortalidade (61,73%). Em relação a interação dos fatores não houve influência dos
mesmos, sendo que somente o fator estacas foi significativo. A aplicação de AIB não
apresentou efeito significativo, sendo que a sobrevivência das estacas caulinar basais
foram de 20 quando utilizado 5000 ppm's, 18 para 1000 ppm's e 19 na ausência do
regulador, verificando-se que estacas caulinares basais apresentaram maior potencial de
enraizamento traduzindo-se em maiores valores de sobrevivência no final do
experimento. Podemos concluir que, Dipteryx odorata possui potencial de enraizamento
quando utilizado estacas basais provenientes de tecidos jovens e o uso do AIB pode ser
dispensado quando se pretende multiplicar via propagação assexuada.
Palavras-chave: propagação vegetativa; regulador de crescimento; sistema radicular.

43
QUEBRA DE DORMÊNCIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Hymenaea
courbaril L.

ANDRADE, C.G.C.1, NASCIMENTO, G.S.P.1, VIEIRA, L.S.1, ELLY, M.P.1, VIANA,


A.B.T.1

1Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Santarém, PA, Brasil. Rua Vera Paz, s/n (Unidade
Tapajós) Bairro Salé. E-mail: grazy_stm@hotmail.com; ¹Engenheira florestal pela Universidade Federal
de Viçosa. Avenida Peter Henry Rolfs, s/n, Viçosa -MG.

O jatobá (Hymenae courbaril L.) pertence à família Leguminosae (Caesalpinoideae) e


desenvolve-se em florestas semideciduas, apresentando importância ecológica,
agronômico, medicinal e econômica. A madeira é utilizada na construção civil e os frutos
são comestíveis. As suas sementes apresentam dormência por impermeabilidade do
tegumento à água. Nesse sentido, este trabalho objetivou avaliar a eficiência de
tratamentos pré-germinativos para superar a dormência das sementes de Hymenae
courbaril, visando acelerar o processo de germinação. Os testes foram desenvolvidos no
Laboratório de Sementes Florestais da UFOPA. As sementes foram distribuídas em 4
tratamentos com 5 repetições: T0: testemunha; T1: escarificação manual, na qual as
sementes foram atritadas sobre uma lixa para remoção de parte do tegumento; T2: imersão
em água quente por 4 minutos; e T3: imersão em água por 24 horas. Após a aplicação dos
tratamentos, as sementes foram semeadas a uma profundidade de 1,0 cm em gerbox,
contendo o substrato areia. O delineamento experimental utilizado foi o completamente
ao acaso, e os dados analisados por meio do percentual e o tempo médio de germinação.
As avaliações foram realizadas diariamente, considerando-se como germinadas as
sementes que apresentavam cotilédones inteiramente visíveis, acima da superfície do
solo. Foi realizada a análise de comparação de médias pelo teste Tukey (5% de
probabilidade de erro). As sementes que permaneceram imersas em água por 24 horas
foram as que apresentaram menor índice de germinação, seguida pela testemunha, que
não diferiram estatisticamente das escarificadas. Após 20 dias os tratamentos com
imersão em água quente por 4 minutos (51%) e escarificação manual (46%), mostraram-
se eficientes na superação da dormência de sementes de jatobá em relação ao tratamento
com imersão em água por 24 horas (26%) e a testemunha (29%).
Palavras-chave: protusão radicular; superação de dormência; jatobá

44
TAXA DE CRESCIMENTO DE MUDAS DE Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill
& L.A.S. Johnson EM DIFERENTES COMPOSIÇÕES DE SUBSTRATOS

NERES, D.F.1; CAIXETA, D.T.1; RIBEIRO, C.V.G.1; CARVALHO, A.L.S.1; FERREIRA,


F.G.1
1
Universidade Federal de Goiás. Rodovia Goiânia - Nova Veneza, Km 0, s/n, Campus Samambaia,
Goiânia- GO. deys.ferreira@hotmail.com

A formação de mudas florestais de boa qualidade envolve os processos de germinação de


sementes, iniciação e formação do sistema radicular e da parte aérea, que estão
diretamente relacionados a eficiência dos substratos. Assim, a escolha correta de um
substrato é primordial na produção de mudas. Este deve proporcionar boa formação de
raízes, apresentarem boa disponibilidade de nutrientes, alta retenção de água e ser isento
de sementes de plantas daninhas, entre outras características. É nesta perspectiva que, o
presente trabalho teve como objetivo identificar o substrato que propiciou uma maior taxa
de crescimento das sementes desta espécie. O experimento foi conduzido no Viveiro-
Escola da Universidade Federal de Goiás em Goiânia/GO, no período de Abril a Junho
de 2015, utilizando sementes de C. citriodora. O delineamento estatístico adotado foi o
de blocos casualizados, constituído por 3 tratamentos, 4 repetições/blocos totalizando 15
sementes por bloco, semeando 3 sementes, a 3 cm de profundidade em sacos plásticos,
completando um total de 180 sementes, com os substratos: cama de frango, areia,
substrato comercial (terra mais composto húmico), preparados na proporção de 1:1. Em
seguida, prosseguiu-se com a irrigação. Após a emergência, o excesso de plântulas em
cada saco plástico foi desbastado, objetivando eliminar a competição. A avaliação da taxa
de crescimento do experimento foi realizada por meio do acompanhado semanal, a partir
do vigésimo sexto dia (26°) após a semeadura, fazendo-se a medição em altura das
plântulas (cujos cotilédones não tocavam o substrato). A partir da coleta dos dados
prosseguiu-se com as análises estatísticas (ANOVA) e realização do teste F. Os
tratamentos não apresentaram diferenças significativas sobre a emergência e a taxa de
crescimento das plântulas. Conclui- se que o uso dos substratos proposto neste
experimento assegurou um ambiente favorável às mesmas. Contudo, uma análise por um
período mais prolongado poderia influenciar nestes resultados.
Palavras-chave: composto orgânico; Eucalipto; sementes.

45
UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE
CACAU

SOUSA, W.N.1; BRITO, N.F.1; REIS, I.M.S.²


1
Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém. Email willianifty@hotmail.com; ²Universidade
Federal do Oeste do Pará. Santarém.

O êxito no sistema de plantio de cacau é obtido no decorrer da eficiência na realização de


várias etapas do processo de produção, que vai desde a obtenção de mudas saudáveis e
vigorosas, sendo esta uma etapa crucial para o bom crescimento e desenvolvimento da
cultura. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da utilização
de resíduos orgânicos adicionados ao solo na produção de mudas de cacau. O experimento
foi instalado em viveiro com tela tipo sombrite, o delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com sete tratamentos e cinco repetições, o solo utilizado foi o
Latossolo Amarelo coletado na fazenda experimental da Universidade Federal do Oeste
do Pará. Os resíduos utilizados na formação dos tratamentos consistiram em: três porções
de solo para uma do resíduo orgânico que foram; casca de cacau curtida, casca de cacau
diluída em água, palha de arroz, serragem de madeira, esterco bovino e terra preta, este
último foi utilizado apenas à terra preta como substrato. As mudas foram retiradas aos
quatro meses após o semeio na qual foram feitas medidas de comprimento da planta,
diâmetro do caule e massa do caule. As plantas que receberam o tratamento constituído
de palha de arroz foi o que apresentou maior comprimento de plantas e diâmetro do caule
e massa do caule, no entanto não foi significativa quanto submetida a análise estatística,
segundo a literatura, a casca de arroz apresenta em sua composição 0,7% de nitrogênio,
0,2% de fósforo e 0,32% de potássio sendo muito utilizada em hortas. O tratamento
constituído de serragem de madeira foi o que apresentou resultados inferiores de
comprimento, diâmetro e massa do caule, quando comparado aos demais tratamentos,
diferindo estatisticamente quando aplicado o teste de média Tukey a 5% de probabilidade,
a serragem de madeira muitas vezes pode ser prejudicial às plantas quando não manejada
de forma adequada, podendo trazer consigo patógenos, resíduos de óleos do processo de
serragem que pode entre outros. O tratamento constituído de casca de arroz e casca de
cacau foram os que apresentaram melhores resultados dentre as variáveis analisadas
apesar de não serem estatisticamente diferentes, sendo necessário analise de custo
benefício e disponibilidade desses materiais para sua utilização na produção de mudas de
cacau.
Palavras-chave: Theobroma cacao; substrato; crescimento.

46
SILVICULTURA
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA
AGROFLORESTAL EM ASSENTAMENTO RURAL NO MUNICÍPIO DE
JANDAIA, GOIÁS

CAIXETA, D.T.¹; RIBEIRO, C.V.G.¹; SOUZA, S.O.¹; SOUZA, D.S.¹; SANTANA, G.M.¹;
MELO, N.B.¹
1
Universidade Federal de Goiás, Rodovia Goiânia- Nova Veneza, Km 0, s/n, Campus Samambaia,
Goiânia- GO. dcaixeta.engflorestal@gmail.com

Os Sistemas Agroflorestais (SAF) são vistos como alternativa promissora para os


assentamentos, pois oferecem possibilidades para superar a baixa produtividade, a
escassez de alimentos e a degradação ambiental. A integração entre espécies arbóreas e
culturas agrícolas não visa somente à produção, mas também a melhoria na qualidade dos
recursos ambientais, graças às interações ecológicas e econômicas que acontecem nesse
processo. Assim, este trabalho visa à análise da viabilidade econômica para implantação
de um SAF no assentamento rural Cachoeirinha, localizado no município de Jandaia,
Goiás. O SAF será implantado sob um Sistema Silviagrícola, cultivado em renques, em
que espécies agrícolas são consorciadas nas ruas entre as linhas plantadas com espécies
florestais arbóreas. As espécies sugeridas para este projeto pertencem ao grupo de nativas
(aroeira, baru, cagaita, gueroba, jatobá, mangaba), e ao grupo agrícola/hortaliças
(mandioca, cebolinha, salsa, coentro, alface). Os produtos oriundos deste sistema
apresentam ampla aceitação em Goiás, onde poderão ser comercializados pelos próprios
produtores em feiras livres ou repassados para pequenas fábricas nas cidades vizinhas.
Foi realizada uma simulação da viabilidade econômica do SAF com duração de sete anos,
para o uso de 30% da gleba da área de cada assentado (7 hectares), utilizando dois
indicadores: Valor Presente Líquido (VPL), que resultou em R$ 136.802,47 e Taxa
Interna de Retorno (TIR), que indicou 160% de retorno. Nas análises realizadas,
observou-se que para todos os indicadores de viabilidade econômica estudados, os
resultados foram considerados satisfatórios, o que demonstra que este SAF, proporcionará
uma rentabilidade aos produtores do assentamento de Cachoeirinha, além de contribuir
para as questões ambientais da região.
Palavras-chave: agricultura familiar; cerrado; sistema silviagrícola.

48
ASPECTOS SILVICULTURAIS DO CUMARU (Dipteryx spp.) EM SISTEMAS
AGROFLORESTAIS NA REGIÃO OESTE DO PARÁ

CAPUCHO, H.L.V.1; REBÊLO, A.G.M.1; PAULETTO, D.¹ SILVA, A.R.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Av. Vera Paz, Salé. Santarém/PA. laisrick21@gmail.com.²
Embrapa Amazônia Oriental. Av. Vera Paz, Salé. Santarém/PA.

Em função da constante exploração de florestas nativas e suas influências em diversos


âmbitos sociais, é ampliado estudos com sistemas agroflorestais. Contudo, um dos
entraves para manutenção dos arranjos, refere-se ao tipo de componente florestal mais
adequado, a oferta de recursos ao longo do ano e manejo da espécie. O cumaru (Dipteryx
spp.), árvore de grande porte, é indicada para plantios por sua rápida germinação e
frutificação. O objetivo do estudo é avaliar de forma qualitativa as árvores de cumaru
inseridas em arranjos agroflorestais a fim de estabelecer base científica para intervenções
silviculturais. As medições foram realizadas em quatro sistemas implantados nos
municípios de Belterra e Mojuí dos Campos. No período de agosto/2016 foram avaliadas
45 árvores/sistema, totalizando 180 indivíduos. Os dados foram obtidos avaliando a
qualidade do fuste (1-fuste reto sem defeitos; 2-fuste reto a levemente tortuoso; 3-fuste
com tortuosidade acentuada e com defeitos; 4-fuste inaproveitável, podre, oco) e
características gerais (1-copa quebrada, 2-galhos quebrados, 3-bifurcada abaixo de 1,30
m, 4-bifurcada acima de 1,30 m, 5-tronco quebrado, 6-inclinada, 7-morta, 8-
pragas/doenças). O levantamento indicou que 35,6% (Saf1) e 46,7% (Saf2) apresentaram
fuste reto que permite obtenção de madeira de boa qualidade. Fustes levemente tortuosos,
foram encontrados nos Saf 1, 2 e 4, respectivamente com valores de 46,7%, 48,9% e
35,6%. Fustes com tortuosidades inaproveitáveis encontrou-se 17,8% (Saf1) e 64,4%
(Saf4) dos indivíduos. Em relação as características gerais das árvores o Saf3 obteve
86,7% dos indivíduos bifurcados abaixo de 1,30 m. Nos Safs 1 e 2, 8,9% e 11,1%,
respectivamente, estão inclinadas. Atacados por ervas-de-passarinho registrou-se 13,3%
(Saf1) e 2,2% (Saf3). É possível concluir que os sistemas 1, 2 e 4 apresentaram boa forma
de fuste para o cumaru, resultado do manejo de podas e tratos silviculturais iniciais e
periódicas o que pode dar indicativos de bons retornos econômicos caso a finalidade do
plantio se destine a produção de madeira. O sistema 3, objetiva produção de frutos e
apresenta o componente com bifurcação muito baixa o que pode facilitar a coleta. É
caracterizado como um sistema sem aproveitamento de madeira, visto que a falta inicial
de podas ou tratos silviculturais levaram as plantas a essa situação de forma não
intencional. Podas iniciais no cumaru é primordial para definir a finalidade do plantio e
resultados econômicos futuros.
Palavras-chave: caracterização; qualidade; manejo; intervenções; baru.

49
CARACTERIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO BAIRRO DO
MAPIRÍ, SANTARÉM, PARÁ

ALMEIDA, B.R.S.1; MELO, M.B.1; SOUSA, E.A.B.¹; BATISTA, A.S.¹; SAMPAIO,


M.J.S.¹; ALMEIDA, E.C.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA. Campus Tapajós. Rua Vera Paz, s/n Salé, 68035-110 -
Santarém, PA, Brasil. Email: almeida.bruno.r.s@gmail.com

A arborização urbana possui uma estreita relação com a qualidade de vida dos moradores
de centros urbanos, pois com as mudanças climáticas e altas temperaturas, a arborização
se torna um caminho para a diminuição destes efeitos. Devido ao aumento da urbanização
e diminuição de árvores nas vias públicas, praças e residências, observa-se uma
desarmonia entre os centros urbanos e sua arborização, devido à deficiência ou ausência
de planos adequados às peculiaridades de cada município. Com base neste contexto, o
objetivo desta pesquisa foi de caracterizar a arborização no bairro Mapiri, em Santarém,
Pará. Os dados foram obtidos por meio de inventario amostral realizado no bairro do
Mapirí situado no município de Santarém-PA. Foram distribuídos três conglomerados (4
subunidades) ao longo da área do bairro, onde cada subunidade correspondia a um
quarteirão e foram coletadas as seguintes informações: nome popular, DAP, tipo de
manejo, presença ou não de possíveis riscos a fiação elétrica e sanidade do sistema
radicular aparente de todos os indivíduos que compunham arborização do local. As
análises dos dados foram realizadas no software Microsoft Excel 2016. Foram
encontrados 60 indivíduos distribuídos em 16 espécies e 11 famílias, onde as duas mais
frequentes foram Fabaceae e a Bignoniaceae. A mangueira (Mangifera indica) foi a
espécie mais abundante com 25 indivíduos e a de maior área basal com 3,421 m².ha-1. As
duas espécies mais frequentes foram o jambeiro (Syzygium sp.) e mangueira (Mangifera
indica) com 67%, apesar de não serem indicadas para a arborização pois são espécies que
produzem frutos grandes e carnosos. Foi observado se há necessidade de algum tipo de
manejo como poda, substituição ou até mesmo remoção, 77% dos indivíduos não
necessitam de algum tipo de manejo e 23% necessitam somente de poda. Quanto a fiação
elétrica, 82% não apresentam nenhum risco à fiação e 18% apresentam possíveis danos à
fiação. Na avaliação da sanidade do sistema radicular superficial das árvores foi
observado a presença ou não de qualquer dano à essa estrutura e 100% dos indivíduos
estavam em perfeito estado, o que garante sua melhor sustentação, reduzindo os riscos de
tombamento e consequentemente reduzindo danos nas estruturas próximas. A arborização
no bairro do Mapiri apresenta falhas em sua execução, principalmente em relação a
escolha de espécies apropriadas para esse fim e na execução do plantio.
Palavras-chave: áreas verdes; silvicultura urbana; manejo.

50
CARACTERIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO BAIRRO SANTA
CLARA, SANTARÉM, PARÁ

SANTOS, M.F.1; SOUSA, I.R.L.1; COSTA, D.L.1; CUNHA, E.L.1; FREITAS, B.B.1;
GOMES, M.S.1
1
Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas – IBEF, Rua
Vera Paz, s/n, Bairro Salé, Santarém, Pará, Brasil, misael02freitas@gmail.com;
rayana.lealgirl@hotmail.com; danielelimadacosta@gmail.com; cunha.eduardolopes@gmail.com; bruna-
bandeira@hotmail.com; maurivan_gomes@hotmail.com

A arborização urbana tem como benefícios conceder aos moradores, as aves e ao próprio
meio ambiente de uma cidade conforto térmico e sensação de bem-estar. Desta forma, a
caracterização da arborização é fundamental para o ordenamento desses ambientes, pois
é base para planejamentos e auxilia os gestores na tomada de decisões. Neste sentido, este
trabalho objetivou caracterizar a arborização urbana do Bairro Santa Clara, em Santarém,
PA. O bairro localiza-se na região norte da cidade, com 22 ruas e uma área aproximada
de 1.050.428,36 m², abrigando cerca de 2.972 habitantes. Para coleta de dados foram
distribuídos sistematicamente 9 pontos amostrais e inventariadas todas as árvores
presentes nas calçadas e canteiros centrais. Coletou-se: nome popular de cada espécie;
altura total; circunferência à altura do peito; diâmetro, posição e sanidade da copa;
posição da raiz; presença ou ausência de fiação elétrica; e tipo de manejo. Coletou-se a
coordenada de cada ponto amostral com GPS. Para processamento e análise dos dados
usou-se o Software Microsoft Excel 2013. Observou-se 305 indivíduos, distribuídos em
28 espécies. A densidade total foi de 2,90 árv.ha-1, onde o a mangueira (Mangifera indica)
foi a espécie que apresentou maior densidade. Em relação à área basal, verificou-se um
total de 21,81 m².ha-1, sendo o fícus (Ficus benjamina) a espécie com maior área basal,
além de ser também a mais frequente no bairro. No que se refere à cobertura, a mangueira
se destacou com 447,4 m² de copa, seguida pelo ipê-amarelo (Handroanthus sp.) com
332,9 m². Foi observado que 67% dos indivíduos apresentaram copa normal, e a maioria
(87%) estava com a copa sem problemas. Quanto às raízes, 72% dos indivíduos estavam
com afloramento e apenas 28% sem afloramento. Em 26% das árvores observou-se fiação
elétrica presente, em 11% a fiação estava próxima e em 63% estava ausente. Verificou-
se a realização de manejo, principalmente poda, em 85% das árvores. Com isso, destaca-
se que a arborização do bairro em estudo é insuficiente devido a baixa densidade
apresentada, além de apresentar alguns problemas relacionados às árvores existentes
como saneamento deficiente, localização inadequada e presença de fiação elétrica.
Ressalta-se que as árvores observadas com maior frequência no bairro são consideradas
inadequadas para arborização urbana devido algumas de suas características. Logo, faz-
se necessário intervenções planejadas que visem melhorar a arborização do bairro.
Palavras-chave: áreas verdes; gestão do espaço urbano; meio urbano; paisagismo.

51
DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO BAIRRO CENTRO DE
SANTARÉM, PARÁ

SILVA, E.C.¹; SILVA, T.S. da¹; SOUSA, E.V.¹; SOUZA, R.M.¹; ALMEIDA, E.C.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Rua Vera Paz, s/n, 68035-110, Santarém-PA, Brasil.
erickoelho@hotmail.com

A arborização urbana tem importante papel ecológico na redução da poluição


atmosférica, além de melhorar a paisagem, logo, é necessário que se mantenha o
equilíbrio entre as populações de árvores e outros elementos existentes nos centros
urbanos. O objetivo deste trabalho foi realizar o diagnóstico da arborização urbana do
bairro centro de Santarém, Pará. A zona urbana engloba 48 bairros, sendo que a região
central ocupa área de 48,2 ha. A coleta de dados (mortalidade, presença de patógenos,
podridão, injúrias, proximidade de fiação elétrica/telefônica, e qualidade de fuste e copa),
foi feita através de inventario 100% devido o pequeno porte da área, a fim de obter ótimo
grau de precisão, abordando as condições de todas as árvores. Como material, foi
utilizado: ficha de campo e GPS Essentials para georreferenciamento de cada árvore. A
identificação das espécies e as condições fitossociológicas foram registradas em fichas de
campo. Foram registradas 117 árvores de 15 espécies. As 5 espécies mais encontradas
foram: Mangifera indica, Coccoloba uvifera, Acacia sp., Cocos nucifera e Licania
tomentosa. Das 117 árvores analisadas, 14% têm estado ótimo, 67% em bom estado (com
necessidade de reparos como poda e tratamento contra patógenos), 18% em estado regular
(ataque de patógenos já iniciados) e 1% em péssimo estado. Árvores nesse estado estão
em declínio irreversível, com ataques severos de insetos, líquens e injúrias. Não foram
encontradas árvores mortas. Do total de indivíduos estudados, 63% foram localizados em
calçadas, próximos a construções, interferindo no bom fluxo de pedestres, além de 73%
destes, estarem em potencial proximidade da fiação elétrica e telefônica, proporcionando
maior risco de in/acidentes. Mais da metade (52%) dos indivíduos necessitam de podas
leves. Resultados similares foram encontrados em cidades da região norte, onde também
foi percebida a proximidade das árvores com fiação elétrica e telefônica como um dos
maiores problemas. Assim, a arborização do bairro centro de Santarém apresentou
indivíduos com necessidade de intervenções urgentes quanto aos tratos silviculturais a
fim de garantir o desenvolvimento das espécies arbóreas aliado a segurança das pessoas,
bens e patrimônio.
Palavras-chave: distritos; silvicultura urbana; inventário.

52
ESPÉCIES PARA REFLORESTAMENTO EM SISTEMA AGROFLORESTAL
NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ

FREITAS, B.B.1; SOUSA, I.R.L.1; PAULETTO, D.1


1
Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas – IBEF, Rua
Vera Paz, s/n, Bairro Salé, Santarém, Pará, Brasil, bruna-bandeira@hotmail.com

Os sistemas agroflorestais representam uma forma de uso da terra onde espécies lenhosas
são cultivadas juntamente com espécies herbáceas (cultivos anuais e ou pastagens),
obtendo-se benefícios da combinação entre elas. Os SAFs são considerados pela
legislação como atividade de baixo impacto ao ambiente. Desta forma, uma das principais
vantagens dos SAFs em relação a outros sistemas de uso do solo é o aproveitamento mais
eficiente dos recursos naturais por meio da ciclagem de nutrientes, pela manutenção da
umidade do solo e pela proteção do solo contra a erosão e a lixiviação. Assim este trabalho
objetivou verificar uso de espécies com o objetivo de reflorestamento em sistema
silvipastoril temporário. A coleta de dados foi realizada na Fazenda Diamantino, PA 370
Rodovia Santarém/Curuá-Una km 11, cuja área total é de 240 ha, sendo que a área usada
para reflorestamento do sistema corresponde a 24 ha implantado em 2010. A coleta de
dados foi realizada por meio de entrevistas e visitas técnicas à propriedade onde utilizou-
se uma abordagem participativa para a posterior tabulação das espécies que compunham
o sistema e seus usos. A área do sistema encontra-se subdividida em parcelas de 1 ha
cada, onde as parcelas foram organizadas em 14 fileiras lineares constituídas por 14
indivíduos distribuídos de forma casualizada com espaçamento de 7 x 7 m e com 240
indivíduos. O pasto localizado nas entrelinhas está dividido em dois blocos com idades
diferentes (6 e 8 anos). O sistema apresentou o elemento animal (bovino) em caráter
temporário desde o ano 2013 junto as 6 espécies implantadas para reflorestamento.
Destacam-se o Ipê-amarelo (Tabebuia alba), Freijó (Cordia goeldiana Huber) e Mogno
africano (Khaya ivorensis) para produção de madeira que representam 50% das espécies
implantadas. A andiroba e cumaru são priorizados para produção de sementes ocupando
33,3 % da área. Já o Nim indiano foi implantado para funcionar como repelente natural,
representado por 16,6% da área. Por fim como espécie forrageira, para alimento do gado,
encontra-se o capim colonião (Panium maximum) inserido nas entrelinhas dos dois
sistemas que é alugado para os produtores rurais nas épocas de cheia dos rios. Com isso
observa-se que o sistema silvipastoril temporário, que inicialmente foi criado com o
objetivo de reflorestamento, hoje também gera lucros com a produção de sementes quanto
com o pasto alugado em determinadas épocas do ano, além da produção madeireira e não
madeireira.
Palavras-chave: silvipastoril; espécies florestais; gado.

53
ESTIMATIVA DO VOLUME DE ÁRVORES DE MOGNO (Swietenia
macrophylla) UTILIZANDO DIFERENTES MÉTODOS

LOPES, L.S.S.1; RODE, R.1; BALONEQUE, D.D.¹; PAULETTO, D.1

¹Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, correspondência: lucaasergio@gmail.com

O presente estudo objetivou comparar as estimativas de volume comercial obtidas por


meio de fator de forma, regressão linear e redes neurais artificiais (RNAs) para árvores
de Mogno brasileiro (Swietenia macrophylla King) em Santarém, Pará. Os dados foram
coletados em um sistema silvipastoril, os indivíduos deste sistema possuíam espaçamento
de 7 x 7 m e 5 anos de idade. Foram cubadas 100 árvores em pé e o volume do fuste foi
obtido por meio do método de Smalian. Dividiu-se a amostragem em um conjunto de 80
indivíduos para ajuste do modelo, treinamento das redes neurais artificiais (RNAs) e
obtenção do fator de forma (ff) utilizando o DAP, e um conjunto de aplicação dos
métodos, com os demais indivíduos. Para as estimativas de volume, ajustou-se o modelo
de Schumacher & Hall linearizado (S&H), treinou-se 100 RNAs do tipo Multilayer
perceptron com entrada de diâmetro a altura do peito (DAP), altura comercial e centro de
classe de DAP e obteve-se o ff da espécie. Para avaliação das estimativas, utilizou-se o
desvio padrão (SD), erro médio (EM%) e análise gráfica dos resíduos. Dentre os métodos
analisados, o ff (igual a 0,93) gerou estimativas com maior EM (5,14%) e SD de ±0,0211
m³, o que pode ser atribuído a simplicidade desta técnica. Quanto as estimativas obtidas
através do modelo de S&H e pelas RNAs, observou-se boa precisão, com EM de 2,53%
e 2,88% e SD de ± 0,010 e 0,012 m³, respectivamente. A distribuição dos resíduos
percentuais para o ff demonstrou tendência a subestimativa do volume das árvores. Os
resíduos gerados pelo modelo e pela RNA comportaram-se de forma semelhante, com
ausência de tendências nas estimativas. Diante disso, pode-se concluir que as estimativas
do volume comercial de árvores de mogno brasileiro podem ser realizadas com boa
precisão por meio do modelo de S&H e de redes neurais artificiais, no entanto, a utilização
do ff é desaconselhada, devido às tendências de subestimação deste método, que
acarretam em estimativas com menor precisão.
Palavras-chave: inteligência artificial; SAF; silvicultura de precisão.

Agradecimentos: À Fundação Paraense de Amparo à Pesquisa (FAPESPA) e a Pró-


Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica – PROPPIT pela concessão
da bolsa de iniciação cientifica.

54
FREQUÊNCIA E USO DE ESSÊNCIAS FLORESTAIS EM CINCO SISTEMAS
AGROFLORESTAIS, SANTARÉM, PARÁ

SOUSA, I.R.L.1; FREITAS, B.B.1; PAULETTO, D.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas – IBEF, Rua
Vera Paz, s/n, bairro Salé, Santarém, Pará, Brasil, rayana.lealgirl@hotmail.com

Os sistemas agroflorestais (SAFs) são alternativas de plantios que envolvem culturas


alimentares agrícolas – permanentes e de ciclo curto - e espécies florestais de fins
madeireiros ou não-madeireiros. Esses sistemas são considerados uma nova forma de
produção para pequenos e médios produtores, da mesma forma que podem ser utilizados
para recuperar áreas degradadas e reconstituição de reserva legal. Essa realidade vem
sendo cada vez mais encontrada nas comunidades tradicionais amazônicas,
principalmente por permitirem retorno econômico desde os primeiros anos de
implantação. Com isso, o objetivo deste trabalho é relacionar a frequência e o uso de
espécies florestais perenes inseridas em cinco sistemas agroflorestais em propriedades de
agricultores familiares em Santarém, Pará. As entrevistas foram realizadas através de
visitas técnicas às propriedades, onde utilizou-se uma abordagem participativa, com
observação direta dos arranjos e tabulação das espécies que compunham os sistemas e
seus respectivos usos. Dentre os SAFs visitados, um é do tipo silvipastoril, três do tipo
silviagrícola e um do tipo agrossilvipastoril, neste último o componente animal é uma
inserção temporária, permanecendo apenas durante seis meses do ano. Foram
identificadas 11 espécies florestais, onde as espécies mais frequentes foram o cumaru
(Dipteryx odorata), cedro (Cedrela odorata) e andiroba (Carapa guianensis), com
19,0%, 14,3% e 14,3%, respectivamente. A escolha do cumaru e da andiroba pode ser
explicada pelo fato de estas espécies possuírem importância de mercado no que tange a
produção de sementes, uma vez que o mercado e a região possuem demanda para esses
produtos por conta de seus valores medicinais e industriais. O cedro, por sua vez produz
madeira de qualidade bastante utilizada na movelaria local, principalmente por possuir
cheiro característico. Assim, percebe-se que as espécies florestais utilizadas para compor
os arranjos desses sistemas agroflorestais foram escolhidas por conta do potencial de
retorno econômico que cada uma poderia proporcionar ao agricultor, tanto para produção
madeireira quanto não-madeireira o que pode gerar resultados satisfatórios aos mesmos,
além de proporcionar sombreamento para os demais componentes do sistema.
Palavras-chave: silvicultura; produção madeireira; silviagrícola; agricultura familiar.

Agradecimentos: Aos agricultores/ proprietários dos sistemas agroflorestais visitados,


pela disponibilidade em fornecer as informações que subsidiaram este trabalho.

55
INVENTÁRIO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BAIRRO
CRIMEIA LESTE, GOIÂNIA, GO

RIBEIRO, C.V.G.1; SOUZA, S.O.1; CAIXETA, D.T.1; ANDRÉ, J.L.1; CALIL, F.N1.
1
Universidade Federal de Goiás. Rodovia Goiânia - Nova Veneza, Km 0, s/n, Campus Samambaia,
Goiânia- GO. carlos.vgr@hotmail.com

A vegetação nas cidades traz inúmeras melhorias ao ambiente urbano, através da


capacidade de produzir sombra, filtrar ruídos, melhorar a qualidade do ar, além de
contribuir para redução da temperatura local. O planejamento da arborização é
indispensável para o desenvolvimento urbano, para não trazer prejuízos no local onde as
árvores serão inseridas. Porém, muitas espécies inadequadas, para determinado ambiente,
já foram implantadas em diversos espaços urbanos, e a ausência da sua manutenção, traz
diversos prejuízos, sendo importante uma análise dessa arborização. Dessa forma, para
que a presença da árvore na via pública não seja inconveniente, é necessário conhecer as
suas características e seu comportamento, fazendo, assim, a escolha das espécies mais
adequadas para determinada localidade. É nesta perspectiva que o presente estudo teve
como objetivo realizar o inventário arbóreo-urbano no bairro Crimeia Leste, Goiânia, GO,
por meio da avaliação quali-quantitativa. Para tanto, foram obtidas informações
relacionadas à qualidade da copa e do tronco, à fitossanidade, influência do sistema
radicular sobre as ruas e calçadas, inclinação e a compatibilidade com o local de plantio.
Encontrou-se 64 indivíduos, pertencentes a 17 espécies, quatro destas representam 47%
das plantas levantadas (jambo vermelho, fícus, oiti e quaresmeira). No local de estudo,
seis espécies possuem apenas um indivíduo, provavelmente seja proveniente de plantios
aleatórios, realizados pela própria população local. Em relação aos parâmetros analisados,
62% dos indivíduos apresentam tronco sadio, 55% possuem uma poda inadequada, 45%
foram classificados como não sadios, tendo presença de cupim, formiga e/ou doença, mais
de 40% das árvores dispõem de uma inclinação acentuada, e 34% causam uma influência
severa as calçadas, decorrente da restrição da área livre para a planta ou pelo uso de
espécies inadequadas. Além disso, foram encontrados alguns indivíduos mortos, o que
pode colocar a população em risco, visto que essas árvores podem cair sobre carros, casas
e ferir moradores. O descaso da população com a arborização urbana é evidente, sendo
possível encontrar árvores utilizadas para apoiar entulhos e lixos. Concluiu-se que a
arborização é considerada insatisfatória do ponto de vista qualitativo, e as técnicas
utilizadas para a manutenção devem ser revistas e melhoradas, além disso, a diversidade
das espécies necessita ser ampliada, principalmente por nativas do Cerrado.
Palavras-chave: análise qualitativa; planejamento; riqueza de espécies.

56
INVENTÁRIO FLORESTAL E ANÁLISE FITOSSOCIOLÓGICA NO PARQUE
FLAMBOYANT EM GOIÂNIA, GOIÁS

NERES, D.F.1; CAIXETA, D.T.1; RIBEIRO, C.V.G.1; VENTUROLI, F.1


1
Universidade Federal de Goiás, Rodovia Goiânia- Nova Veneza, Km 0, s/n, Campus Samambaia,
Goiânia- GO. deys.ferreira@hotmail.com

Para a conservação e uso de forma sustentável dos fragmentos florestais do bioma


Cerrado são necessários levantamentos florestais e estudos fitossociológicos. O
inventário florestal consiste em uma atividade que visa obter informações qualitativas
e/ou quantitativas dos recursos florestais existentes em uma área. E o estudo
fitossociológico de uma determinada área, tem como finalidade avaliar a dinâmica ou a
estrutura das comunidades vegetais. Portanto, este estudo teve como objetivo estimar o
volume, identificar as famílias botânicas e determinar a diversidade florística e
abundância de espécies de uma população arbórea presente do Parque Flamboyant,
localizado no Bairro Jardim Goiás, em Goiânia-GO. Foi realizada uma amostragem
aleatória simples em 14 parcelas de 10 m x 15 m distribuídas aleatoriamente. O limite de
inclusão na amostragem foi DAP ≥ 5,0 cm, mensurando-se as alturas totais das árvores.
O volume individual foi encontrado a partir da equação adaptada por Scolforo (1993),
resultando na equação: Ln(Vt) = -9,6538492902 + 2,36297275 * Ln(DAP) +
0,4861316887 * Ln(Ht), posteriormente encontrou-se o volume médio estimado em 2,
014049 m³. 0,015 ha. Encontraram-se 42 indivíduos, pertencentes a 29 espécies, 22
gêneros e 12 famílias identificadas. As famílias botânicas Fabaceae, Anacardiaceae,
Bignoniaceae totalizaram 60,71% as espécies amostradas. As espécies com maior Valor
de Importância foram em ordem decrescente: Ceiba speciosa, Croton urucurana,
Handroanthus impetiginosus, Caesalpinia peltophoroides, Anadenanthera pavonina e
Psidium guajava. O índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) foi de 3,18 nat.ind-1,
indicando elevada diversidade florística. O mesmo ocorreu para a Equabilidade de Pielou,
que resultou em um valor de 0,94, indicando que as espécies estão quase que igualmente
abundantes. Embora a arborização do parque avaliado cumpra suas funções ambientais,
propiciando uma melhor qualidade de vida para os habitantes da região, pode-se inferir
que o mesmo demonstra uma falta de planejamento, principalmente em relação à
manutenção e a escolha das espécies mais adaptadas à região.
Palavras-chave: arborização urbana; bioma cerrado; levantamento florístico.

57
MODELAGEM DE ALTURA TOTAL DE MOGNO (Swietenia macrophylla) EM
SISTEMA SILVIPASTORIL

LOPES, L.S.S.1; RODE, R.1; BALONEQUE, D.D.¹; PAULETTO, D.1

¹Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, correspondência: lucaasergio@gmail.com

Este trabalho objetivou comparar as estimativas de altura total obtidas por meio de
regressão linear e redes neurais artificiais para árvores de Mogno brasileiro (Swietenia
macrophylla King) no município de Santarém, Pará A coleta de dados foi realizada em
um sistema silvipastoril, com espaçamento de 7 m x 7 m. Foi estimado a altura total (Ht)
de 144 indivíduos de mogno, utilizando hipsômetro Vertex IV, também foram aferidos os
diâmetros a altura de 1,3 m (DAP). O processamento de dados consistiu na separação das
árvores em dois conjuntos de dados, para ajuste dos modelos e treinamento das redes
neurais artificiais (RNAs), contendo 100 árvores e um banco de validação, contendo 44
árvores. Foram ajustados 3 modelos hipsômetricos, utilizando DAP como variável
independente e treinadas 300 RNAs, com 3 arquiteturas distintas, todas do tipo multilayer
perceptron, com DAP como neurônio de entrada variação de 3; 8 e 11 neurônios na
camada oculta. A avaliação dos métodos consistiu na comparação do desvio padrão (SD),
erro médio (EM%) e correlação entre alturas observadas e estimadas (r). Ambos os
métodos utilizados apresentaram estatísticas de ajuste similares, demonstrando boa
precisão nas estimativas das alturas, com SD inferiores a 1 m e r superiores a 0,90. O
modelo de regressão (𝐿𝑛(𝐻𝑡) = 0,80 + 0,47 ∗ 𝐿𝑛(𝐷𝐴𝑃) + 𝜀) apresentou o menor EM
(10,5%). No entanto, quanto a distribuição dos resíduos, não se constatou diferença entre
as estimativas geradas pelos dois métodos, onde ambos apresentaram tendências a
superestimava das alturas das árvores com menores diâmetros. Diante disso, pode-se
concluir que a modelagem da altura total de árvores de mogno brasileiro pode ser
realizada por modelos de regressão ou por RNAs, pois ambos os métodos apresentam
desempenho semelhante, gerando estimativas com boa precisão, com tendência a
superestimativa de árvores com menores DAP.
Palavras-chave: inteligência artificial; relação hipsométrica; SAF; silvicultura de
precisão.

Agradecimentos: À Fundação Paraense de Amparo à Pesquisa (FAPESPA) e a Pró-


Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica – PROPPIT pela concessão
da bolsa de iniciação cientifica.

58
SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO UMA ALTERNATIVA PARA
REDUÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS PROVENIENTES DA PECUÁRIA

PIMENTEL, M.L.¹; GODINHO, A.S.¹; GALVÃO, A.T.¹; ANDRADE, K.L.M.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará- UFOPA. Avenida Mendonça Furtado, nº2946, Bairro: Fátima.
marcelopimentel53@hotmail.com

O setor agropecuário brasileiro tem buscado atender a demanda por alimento à medida
que aumenta a população mundial e as restrições para expansão de áreas destinadas a
bovinocultura, o que leva a intensificação de áreas com pastagens cultivadas.
Paralelamente nota-se a uma maior preocupação ambiental com a necessidade de
utilização dos recursos de forma mais eficiente, buscando atender a demanda da geração
atual e futura. Com a intensificação da busca por alternativas que reduzam os impactos
ambientais, sem prejudicar a produtividade, o objetivo deste trabalho foi o estudo sobre
“Sistemas agroflorestais” como uma alternativa para diminuição dos impactos ambientais
provenientes da pecuária. Os dados foram obtidos através de revisão bibliográfica, em
revistas científicas, anais, sites eletrônicos e posteriormente foram analisados e
comparados para o estudo. Os resultados mostraram que os bovinos, classificados como
herbívoros ruminantes, são considerados os maiores emissores de metano no planeta, com
emissão de 80 milhões de T/ano. Solos sob pastagens bem manejadas e sob sistemas de
ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) podem acumular carbono em níveis
semelhantes ou superiores à vegetação nativa e a degradação das pastagens promove
perda do carbono acumulado. Os sistemas agroflorestais são classificados em:
agrossilvipastoril, silvipastoril, silviagrícola. Os sistemas silvipastoris fornecem conforto
térmico aos animais devido à sombra natural proporcionada pelas árvores, o que promove
redução na frequência respiratória e aumento na produção, o que estar relacionado a
ambiência do animal; o sistema agrossilvipastoril envolve agricultura, floresta e pecuária;
o sistema silviagícola promove a interação de espécies florestais com agrícolas. Em
ambos os sistemas há a presença de espécies florestais, sendo que estudos realizados com
eucalipto apresentam que após 16 meses de idade cada árvore sequestra 4,3Kg de C, e um
sistema com 250 a 350 árvores de 8 a 12 anos realiza o sequestro de 5 t/ha/ano de C. Um
exemplo utilizado para favorecer a implantação de SAFs é o conceito “carne carbono
Neutro” criado pela EMBRAPA e se refere à produção de bovinos de corte sob sistema
de integração com o componente arbóreo capaz de neutralizar o metano. Logo, a interação
promovida pelos sistemas agroflorestais é eficiente para redução dos gases de efeito
estufa provenientte das áreas exploradas pela bovinoculura, além de aumentar a
produtividade por área para o produtor.
Palavras-chave: bovino; metano; iLPF.

59
TAXA DE SOBREVIVÊNCIA E DE CRESCIMENTO DO MOGNO
BRASILEIRO (Swietenia macrophylla King) EM UM SISTEMA
AGROFLORESTAL COM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO

PIMENTEL, C.R.1; CARVALHO, C.S.S.1; PAULETTO, D.1; LOPES, L.S.S.1;


BALONEQUE, D.D.1; RODE, R.1

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós), bairro Salé.
cleiserebelopimentel@gmail.com

O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de sobrevivência e de crescimento do Mogno


Brasileiro (Swietenia macrophylla King) em um sistema agroflorestal com diferentes
sistemas de manejo. O presente estudo foi desenvolvido na Fazenda Experimental da
UFOPA, localizada às margens da rodovia PA 370 – Curuá Una, no Município de
Santarém-Pará, no período de novembro de 2016 a maio de 2017 em um sistema
agroflorestal de 13 meses de idade que compara dois tipos de manejo e preparo de área
no experimento (mecanizado e semi-mecanizado), com área de 25m x 25m e espaçamento
de 8.3m x 5m. Foram feitas duas medições em 84 indivíduos sendo a primeira aos sete
meses e segunda aos treze meses. Para monitorar o crescimento do mogno foi feita a
mensuração de duas variáveis (altura total e diâmetro do caule medido à altura do solo)
utilizando paquímetro digital e trena. Para obtenção da Taxa de Crescimento Relativo
(TCR) aplicou-se a fórmula TCR = (ln p2 – ln p1) / (T2 – T1) onde TCR é a taxa de
crescimento relativo (cm por mês); p1 e p2 é a altura ou diâmetro acumulado nos tempos
T1 e T2. Para obtenção da taxa de sobrevivência fez-se regra de três simples em seguida
foi feita a média para os dois tratamentos. Para as análises estatísticas foi feito o teste T
ao nível de 5% de probabilidade. A taxa de sobrevivência do mogno foi de 96% no bloco
mecanizado e de 92% no bloco semi-mecanizado. Aos setes meses, a média de altura do
mogno no bloco mecanizado foi de 2,6 m já no bloco semi-mecanizado foi de 3,0 m, no
entanto, aos treze meses de idade observa-se que há uma inversão nessa média nesses
blocos, quando a espécie apresenta 5,3 m no mecanizado e 4,9 m no semi-mecanizado.
Com isso, observa-se que após seis meses no bloco mecanizado, a espécie teve um ganho
de 50,3% em altura média e 39,2% no semi-mecanizado. Para o diâmetro médio no
tratamento mecanizado apresentou ganho de 44,7% e 33,2% no semi-mecanizado. Assim,
o mogno apresenta melhor desenvolvimento no tratamento mecanizado. Observou-se
diferença significativa entre as médias para a taxa de crescimento relativo, sendo 1,0m
para altura e para diâmetro 3,0cm. As análises realizadas indicam que o bloco mecanizado
apresenta melhores condições para o desenvolvimento do mogno, uma vez que nele a
espécie apresenta maiores índices na taxa de sobrevivência e de crescimento.
Palavras-chave: agrossilvicultura; crescimento inicial; estabelecimento.

60
TAXA DE SOBREVIVÊNCIA E DE CRESCIMENTO DO PARICÁ (Schizolobium
parahyba (Vell.) EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL COM DIFERENTES
SISTEMAS DE MANEJO

PIMENTEL, C.R.1; CARVALHO, C.S.S.1; PAULETTO, D.1; LOPES, L.S.S.1;


BALONEQUE, D.D.1; RODE, R.1

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós), bairro Salé.
cleiserebelopimentel@gmail.com

O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de sobrevivência e de crescimento relativo do


Paricá (Schizolobium parahyba Vell.) em um sistema agroflorestal com diferentes
sistemas de manejo. O presente estudo foi desenvolvido na Fazenda Experimental da
UFOPA, localizada às margens da rodovia PA 370 – Curuá Una, no Município de
Santarém-Pará, no período de novembro de 2016 a maio de 2017 em um sistema
agroflorestal de 13 meses de idade que compara dois tipos de manejo e preparo de área
no experimento (mecanizado e semi-mecanizado), com área de 25m x 25m e espaçamento
de 8.3m x 5m. Foram feitas duas medições em 63 indivíduos sendo a primeira aos sete
meses e segunda aos treze meses de implantação das espécies perenes. Para monitorar o
crescimento do mogno foi feita a mensuração de duas variáveis (altura total e diâmetro
do caule medido à altura do solo) utilizando paquímetro digital e trena. Para obtenção da
Taxa de Crescimento Relativo (TCR) aplicou-se a fórmula TCR = (ln p2 – ln p1) / (T2 –
T1), onde TCR é a taxa de crescimento relativo (cm por mês); p1 e p2 é a altura ou
diâmetro acumulado nos tempos T1 e T2. Para obtenção da taxa de sobrevivência fez-se
regra de três simples em seguida foi feita a média para os dois tratamentos. Para as
análises estatísticas foi utilizado o teste T ao nível de 5% de probabilidade. Com isso,
96,9% do paricá sobreviveu no bloco mecanizado e 93,7% no bloco semi-mecanizado.
Aos setes meses de plantio a média de altura do paricá no bloco mecanizado era de 3,3m
e no bloco semi-mecanizado de 3,2m. Com 13 meses de estabelecimento a espécie
apresentou ganho de 49,2% em altura no bloco mecanizado e 38,7% no semi-mecanizado,
retratando um acréscimo médio de 3,2m no mecanizado e 2,0m no semi-mecanizado. Para
o diâmetro médio o tratamento mecanizado apresentou ganho de 49,4% e 44,1% no semi-
mecanizado. No período das mensurações, destaca-se o bloco mecanizado por retratar
maiores índices de crescimento médio em altura e diâmetro. Para TCR, nota-se que houve
diferença significativa entre as médias de altura com 3,2m e diâmetro 4,5cm. Dos
resultados obtidos, infere-se que o bloco mecanizado apresenta melhores condições para
o desenvolvimento do paricá, visto que a espécie apresenta maiores índices nas taxas de
sobrevivência e de crescimento. No entanto, o acompanhamento em longo período poderá
fornecer melhores inferências sobre o desenvolvimento da espécie.
Palavras-chave: agrossilvicultura; crescimento inicial; estabelecimento, agrofloresta.

61
SOLOS
ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE LAGOA
DE REJEITOS

BORGES, M.J.S. 1; SOARES, L.M.2; PRADO, M.R.2; SOUSA, K.K.A.2; SOUSA, E.A.B.3;
PONTES, K.A.P.4
1
Pós-graduando de Engenharia Elétrica, UCAM, Santarém-PA; silveira-borges@hotmail.com; 2Estudante
de Engenharia Civil; Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA; Santarém,PA;
3
Estudante de Engenharia Florestal; Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA; Santarém, PA; 4Pos-
graduando Proj. exec. e desemp. de estruturas, IPOG, Santarém-PA.

O Brasil teve a mineração como uma das principais responsáveis pelo seu
desenvolvimento, mesmo com todos os benefícios, a acomodação de materiais
provenientes de tal atividade, torna-se um desafio ambiental e geotécnico. A barragem de
contenção é aplicada como solução para esse problema, fazendo-se necessária a
investigação geotécnica, entre estas a análise de consistência do solo. O objetivo desse
estudo é salientar a importância de se conhecer os índices de consistência de um solo para
a construção da barragem de rejeitos, utilizando como exemplo, três amostras de solo.
Para realização do estudo, foram realizadas análises no laboratório de materiais de
construção e solos do CEULS/ULBRA – Santarém. Com base nas amostras de solos
coletados foram realizados ensaios de granulometria, índices de consistência (limite de
Atterberg) do solo em questão. Com base na análise granulométrica contendo as
porcentagens das frações constituintes de cada amostra solo, foram: Pedregulho 11,07 %
para amostra 1 (A1); 4,81% para amostra 2 (A2) e 9,48% para amostra 3 (A3); Areia
52,44 % para A1, 66,12 % para A2 e 55,58 para A3. Os índices de consistência, também
chamados “limites de Atterberg”, dos três solos amostrados são: Limite de liquidez LL
(%) de 68 para A1, 56 para A2 e 71 para A3; Limite de plasticidade LP (%) de 30 para
A1, 38 para A2 e 20 para A3; Índice de plasticidade IP (%), respectivamente para
amostras A1 de 38 , A2 de 18 e A3 de 51. Pinto (2002) apresenta resultados típicos de
alguns solos brasileiros, entre eles o solo residual de basalto, que possui LL entre 45 – 70
% e IP entre 20 – 30 %. Identifica-se que dentre os valores de LL das três amostras de
solo, estão entre 44,1% e 81%, ou seja, se encaixam nas características de solo residual
argiloso. Contudo, o solo apresenta características físicas adequadas para a implantação,
sem grandes custos de adequação do material disponível no local, quando analisado
somente a consistência. Assim dependendo da proximidade da coleta das amostras é
possível adotar a média como padrão do projeto. Relacionando os valores do LL, as
amostras se mantiveram dentro dos padrões esperados, já nos resultados de LP, as três
amostras não se mantiveram entre os limites esperados. As amostras dos resultados de IP
que tiveram variações fora dos desvios foram as amostras A1 e A2.
Palavras-chave: mineração; acomodação; geotecnia.

63
ANÁLISE DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INDIVIDUAL DE
TRATAMENTO DE ESGOTO DE FORMA PRÍSMÁTICA NO BAIRRO NOVA
REPÚBLICA, EM SANTARÉM - PA

SOUSA, E.A.B.1; SOARES, L.M.2; LAZARINI, I.S.2; PRADO, M.R.2; SOUSA, K.K.A.2;
BORGES, M.J.S.3

¹Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA; Santarém, PA; evellybernardo20@gmail.com; 2


Estudante de Engenharia Civil; Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA;
Santarém, PA; 3 Pós-graduando de Engenharia Elétrica, UCAM, Santarém-PA

Os serviços de saneamento básico nas áreas urbanas ainda apresentam grandes falhas,
principalmente em áreas periféricas que necessitam da implantação de um sistema
alternativo para disposição dos resíduos líquidos (esgotos) locais, com a finalidade de
evitar a contaminação do solo e da água. O objetivo desse estudo é principalmente
demonstrar a importância da análise simples do solo, como taxa de infiltração e Ensaio
SPT (Standart Penetration Test), para dimensionar um sistema simplificado, composto
por Tanque Séptico, Filtro Anaeróbio e Sumidouro para o tratamento de esgoto sanitário
de uma residência com cinco pessoas. Utilizou-se a análise dos laudos de sondagens, além
da execução e análise dos resultados do ensaio de infiltração “in loco”, no bairro Nova
República, baseados nas NBR’s 7229/1993 e 13969/1997, onde através da escavação do
solo e aplicação de determinada quantidade de água, observa-se o tempo que a mesma
leva para infiltrar no solo, possibilitando de acordo com a análise dos resultados o
dimensionamento de um sistema individual de tratamento de esgoto sanitário. Para uma
residência com cinco pessoas, considerou-se uma contribuição diária (Q) de 500 Litros.
Através do cálculo simples de dimensionamento do sistema de tratamento de esgoto
composto por tanque séptico, obtêm-se as dimensões do tanque de forma prismática
retangular de câmara única: Largura interna (W) = 0,80 m; Profundidade útil (h) = 1,50
m; Comprimento (L) = 1,60 m. As dimensões utilizadas para o filtro de forma prismática
(quadrado) são os seguintes: Lados = 0,84 m, Profundidade útil = 1,80 m, Altura do leito
filtrante (a) = 1,20 m. Para determinação do coeficiente de infiltração foi realizado ensaio
de infiltração segundo a norma 7229 (1993), chegando ao valor de 59,0 l/m².dia e área de
infiltração de A = 8,62 m para o bairro Nova República. Portanto, as dimensões a serem
utilizadas para sumidouro de forma prismática retangular são: Largura interna (L) = 1,00
m; Comprimento (B) = 2,00 m; Profundidade útil (h) = 2,00 m. As análises objetivadas
nesse estudo, compreende a real importância da análise do solo. Através dos cálculos foi
possível dimensionar um sistema de tratamento individual de esgoto para uma residência
unifamiliar de cinco habitantes. Possibilitando assim, mostrar o volume diário de efluente
gerado em uma residência, definindo assim a capacidade que cada solo de absorver o
esgoto tratado.
Palavras-chave: ensaio de infiltração; saneamento básico; solos; permeabilidade.

64
AVALIAÇÃO DA ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO EM ÁREA DE QUEIMADA
DO PARQUE MUNICIPAL DE SANTARÉM – PA

POMPEU, J.C.M.1; TAGLIEBER, A.R.1; ANANDA, G.M.R.1; CAPUCHO, H.L.V.1;


RODRIGUES, B.L.2; MORAES, G.C.3

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, S/N, Salé. pompeu.joao123@gmail.com;
²Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Rodovia MGT 367, nº 5000. 3 Universidade
do Estado de Santa Catarina. Avenida Luiz de Camões, 2090.

As queimadas reduzem as propriedades químicas do solo, perdendo nutrientes e


diminuindo a fertilidade. Com isso, surge a necessidade de realizar medidas mitigadoras
capazes de reverter esse cenário, permitindo que o solo esteja apto para implantação de
atividades que visem a sua recuperação. A recomendação de calagem e adubação por
meio de técnicas adequadas são capazes de melhorar a qualidade do solo. O objetivo desse
estudo foi realizar a análise química do solo em área do Parque Municipal da cidade de
Santarém, após as queimadas ocorrentes no período de seca, para recomendar adubação
e propiciar aumento da fertilidade do solo. A coleta de solo foi realizada em área amostral
de 3 hectares de floresta atingidas por queimadas, sendo coletadas 15 amostras simples,
na profundidade de 0-20 cm, com o auxílio de um trado holandês. As amostras simples
foram reunidas compondo uma amostra composta. A análise química abrangeu resultados
de pH, P, K, Na, Ca + Mg, Al, H + Al, CTC (Total e Efetiva) e Saturação (Bases e
Alumínio), de acordo com o método compilado e descrito pela Embrapa. A necessidade
de calagem foi calculada pelo método de neutralização do alumínio trocável e elevação
de cálcio e magnésio. Enquanto a quantidade de calcário a ser usada com base no tamanho
da área a ser corrigida foi calculada através da fórmula que utiliza a profundidade de
incorporação do calcário (20 cm), a porcentagem da superfície que será coberto pela
calagem (100%) e o PRNT do calcário a ser utilizado (95%). Os resultados demonstram
que o pH do solo apresentou ácido e a saturação por bases foi de 3,75%, dessa forma, o
resultado mostrou que a necessidade de calagem da área é de 4,2 t ha-1 e a quantidade de
calcário que será utilizada é de 4,41 t ha-1. O nível de P de 20 mg/dm³ do solo encontra-
se na classe de teor médio e o nível de K no solo de 11 mg/dm³, está em uma classe de
teor extremamente baixa. Levando em consideração esses aspectos, o Manual de
Adubação para o Estado do Pará, recomenda a aplicação de 40 kg de N, 20 kg de P e 34
kg de K, porém a relação básica foi de 2:1:2, não existindo formulação de NPK no estado
para esta relação, por isso, visando a relação custo benefício, optou-se por utilizar uma
mistura de fertilizantes simples. Sendo assim, serão necessários 90,9 kg de ureia, 111,11
kg de super fosfato simples e 58,62 kg de cloreto de potássio por hectare (ha) para suprir
a recomendação de adubação para a área, totalizando um valor de 260,63 kg de mistura
de fertilizantes por ha e a necessidade de um total de 782 kg para a área total.
Palavras-chave: calcário; adubação; fertilidade.

65
AVALIAÇÃO DE UM COMPOSTO CONSTITUÍDO POR CINZAS,
SERRAGENS E LODOS DE EFLUENTES: CRITÉRIOS PARA A DISPOSIÇÃO
EM SOLOS FLORESTAIS

LIMA, P.A.C.¹; AGUIAR, F.S.¹; DIAS, O.A.¹

1
Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Faculdade Santo Agostinho – FASA, Avenida
Osmane Barbosa, 937, JK, Montes Claros, Minas Gerais, CEP 39404-3600.

A crescente produção de lodos de esgotos nas estações de tratamento tem levado ao


desenvolvimento de novas alternativas de disposição final desse resíduo. Entre essas
alternativas tem-se a reutilização em solos agrícolas e florestais como fonte de nutrientes
e condicionador do solo. Apesar disso, os lodos de esgotos podem apresentar em sua
composição diversos poluentes. Diante disso, objetivou-se nesse trabalho caracterizar um
composto orgânico que atualmente é disposto em solo de plantios florestais de eucaliptos.
Sendo o composto constituído por cinzas, serragens e predominantemente por lodos de
estações de tratamento de efluentes industriais e sanitários de duas empresas de laticínios.
No desenvolvimento do trabalho, as avaliações ocorreram nos anos de 2008 a 2011,
realizando-se anualmente a análise laboratorial de 01 (uma) amostra composta originária
de 10 (dez) sub-amostras. Sendo os parâmetros analisados, indicadores microbiológicos,
estabilidade e todas as substâncias inorgânicas listadas na Resolução CONAMA n°
375/2006. Os resultados não indicaram nenhuma restrição quanto às substâncias
inorgânicas, permitindo a aplicação desse resíduo no solo do plantio florestal, uma vez
que as análises não excederam os limites estabelecidos na Resolução CONAMA n°
375/2006. Quanto aos agentes patogênicos, somente no ano de 2009 o composto orgânico
atendeu a legislação, quando avaliado conjuntamente os parâmetros, tendo em vista a
conformidade com as exigências do lodo tipo B. Analisando individualmente cada
parâmetro, 50% dos resultados das análises de coliformes termotolerantes e ovos viáveis
de helmintos estavam acima do limite para o lodo tipo B. Os resultados de coliformes
termotolerantes oscilaram entre 644,0 a 19.709.391,0 NMP/g de ST, os de ovos viáveis
de helmintos variaram entre <0,1 a 19,0 ovos/g de ST e os de Salmonella entre ausente e
presente. Na avaliação da estabilidade, apenas no ano de 2011 o composto orgânico
apresentou-se como não estável não permitindo seu uso em solo florestal. Para fins de
utilização florestal, o lodo ou produto derivado deverá estar estável, sendo a relação entre
sólidos voláteis e sólidos totais inferiores a 0,70. Conclui-se que o composto orgânico
avaliado não possui restrições quanto às substâncias inorgânicas, contudo, não atende os
requisitos microbiológicos e de estabilidade fixados na Resolução CONAMA n°
375/2006.
Palavras-chave: lodo, substâncias inorgânicas, patógeno.

66
CARACTERÍSTICAS EDAFOCLIMÁTICAS DO SOLO SOB DOIS TIPOS DE
MANEJO EM SISTEMA AGROFLORESTAL

SOUSA, V.S.¹; SILVA, G.R.¹; PAULETTO, D.², CAMPOS, R.C.¹; SILVA, A.F.¹

¹Estudante de graduação. UFOPA, Santarém, PA. verena-ssousa@hotmail.com; ²Professora;


Universidade Federal do Oeste do Para/UFOPA; Santarém, PA.

Os sistemas agroflorestais (SAFs) constituem uma prática agroecológica que considera o


papel dos processos ecológicos na promoção de solos que permitem a produção agrícola
sustentável, porém, a intervenção antrópica, em um ecossistema natural e a sua
consequente transformação em um ambiente agrícola, requer a intervenção de máquinas,
implementos e ferramentas que atuam no solo proporcionando alterações nas
propriedades determinantes da capacidade produtiva de uma gleba. O presente trabalho
buscou analisar os atributos umidade e temperatura do solo, bem como, a luminosidade
durante três meses dentro de um SAF de um hectare exposto a dois diferentes sistemas
de manejo (manual e mecânico) do solo durante o preparo de área e durante a manutenção
dos plantios. A área de estudo localiza-se na Fazenda Experimental da Universidade
Federal do Oeste do Pará (UFOPA) na comunidade de Curupira situado na Rodovia
Santarém-Curuá-una, no município de Santarém-Pará. A coleta de dados foi realizada no
mês de abril a junho de 2017. A umidade e temperatura do solo foi mensurada com
Termo-Higrômetro ITHT 2250 e a luminosidade foi mensurada através do aparelho
densiômetro. Todas as medições foram realizadas em seis pontos nas linhas e entre linhas
dos plantios perenes. Os valores médios de umidade não apresentaram diferença
significativa entre os tratamentos no primeiro e segundo mês analisado, porém, o terceiro
mês apresentou diferença significativa a nível de 5%, sendo os valores de 65,46% para o
bloco mecanizado e 61,00% para bloco manual. As diferenças nas médias para
temperatura do solo foram significativas entre os tratamentos nos diferentes meses onde
obteve-se valores de 29,7°c a 35°c para a área mecanizada e 27,8°c a 31,9°c para a área
com preparo manual. Os valores de luminosidade não apresentaram diferença
significativa entre os blocos em nenhum mês analisado. O bloco com tratamento
mecanizado apresentou maior umidade e maiores temperaturas em comparação com o
bloco de manejo manual. Acredita-se que a diferença não significativa dos dados de
luminosidade pode ser devido ao tamanho ainda incipiente das árvores da área amostrada
visto que o plantio tem apenas 13 meses.
Palavras-chave: manejo de solo; agrossistemas; qualidade do solo.

Agradecimentos: Ao Centro de Estudos em Manejo e Sistemas Florestais Integrados-


CEMI.

67
CARACTERIZAÇÃO SIMPLES DO SOLO NO BAIRRO CENTRO, EM
SANTARÉM, PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INDIVIDUAL DE
TRATAMENTO DE ESGOTO DE FORMA CILÍNDRICA

SOARES, L.M.¹; SOUSA, E.A.B.2; LAZARINI, I.S.1; PRADO, M.R.1; SOUSA, K.K.A.1;
BORGES, M.J.S.3

Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA; Santarém, PA; luana-


1

anapu@hotmail.com; 2 Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA; Santarém, PA; 3 Pós-graduando


de Engenharia Elétrica, UCAM, Santarém-PA.

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a cidade de


Santarém encontra-se entre as dez piores cidades brasileiras quando o assunto é
saneamento básico. A realização desse trabalho objetiva demonstrar a importância de um
estudo prévio de análise e caracterização do solo, através de ensaios específicos, bem
como análise dos laudos de sondagem SPT (Standard Penetration Test) e o índice de
infiltração, logo que tal dado serve de alicerce para a determinação das dimensões de um
sistema individual de tratamento de esgoto para uma residência unifamiliar com cinco
pessoas. Os métodos utilizados foram divididos nas seguintes etapas: análise dos laudos
de sondagens, execução e análise dos resultados do ensaio de infiltração “in loco”
baseados nas normativas 7229 (1993) e 13969 (1997) e dimensionamento de um sistema
individual de tratamento de esgoto sanitário. Como a atividade é residencial, calcula-se
uma contribuição diária (Q) de 500 Litros por dia. Através do cálculo simples de
dimensionamento do sistema de tratamento de esgoto composto por tanque séptico,
obtêm-se as dimensões do tanque séptico de forma cilíndrica de câmara única, são elas:
Área = 1,48 m²; Volume útil = 1,78 m³; Profundidade útil adotada = 1,20 m; Diâmetro =
1,40 m. As dimensões a serem utilizadas para o filtro anaeróbio de forma cilíndrica são
as seguintes: Diâmetro interno (D) = 0,95 m; Profundidade útil (h) = 1,80 m e Altura do
leito filtrante (a) = 1,20 m. O coeficiente de infiltração encontrado para o solo do tipo
areia siltosa no bairro Centro: 79 l/m².dia, onde a área de infiltração necessária é de A =
6,34 m². Logo, as dimensões do sumidouro cilíndrico serão: Diâmetro (D): 2,00 m e
Profundidade (h): 3,20 m. Tais valores se dão devido a alta taxa de permeabilidade do
solo do bairro Centro. As análises desenvolvidas demonstram a simplicidade e
importância de execução dos ensaios e aplicação dos calculos de dimensionamento.
Alcançando o objetivo almejado diante das análises desenvolvidas nesse estudo, pois o
mesmo permite afirmar a total importância da necessidade de um estudo prévio do solo
para a implantação de um sistema individual de tratamento de esgoto, a fim de minimizar
problemas relacionados à ausência de uma intervenção adequada aos dejetos nas áreas
desprovidas de rede coletora.
Palavras-chave: taxa de infiltração do solo; caracterização do solo; permeabilidade.

68
COMPARATIVO DAS TAXAS DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E INFLUÊNCIA
NO DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA INDIVIDUAL DE TRATAMENTO
DE ESGOTO NOS BAIRROS CENTRO E NOVA REPÚBLICA EM
SANTARÉM - PA

BORGES, M.J.S.1; SOARES, L.M.2; SOUSA, E.A.B.3; LAZARINI, I.S.2; PRADO, M.R.2;
SOUSA, K.K.A.2
1
Pós-graduando de Engenharia Elétrica, UCAM, Santarém-PA; silveira-borges@hotmail.com; 2Estudante
de Engenharia Civil; Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA; Santarém, PA;
3
Estudante de Engenharia Florestal; Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA; Santarém, PA.

A cidade de Santarém encontra-se entre as dez piores cidades brasileiras quando o assunto
é saneamento básico. A ausência de esgotamento sanitário público, sujeita a população a
tomar medidas quanto a destinação final dos efluentes produzidos em suas residências.
Com o intuito de comparar a taxa de infiltração do solo dos dois bairros estudados, a partir
de uma simples e indispensável estudo de suas características, esse trabalho pretende
através do simples processo de dimensionamento de um sistema individual de tratamento
de esgoto, verificar qual bairro apresenta maior viabilidade de aplicação do mesmo. Como
metologia de construção desse estudo, utilizou-se: laudos de sondagem, execução e
interpretação dos valores do ensaio de infiltração, realizado em cada bairro, baseados nas
normativas 7229/93 e 13969/97 e dimensionamento de um sistema individual de
tratamento de esgoto sanitário de forma prismática. Utilizou-se para o cálculo a taxa de
contribuição diária em 500 L/dia. Portanto, as dimensões a serem utilizadas para o tanque
séptico de forma cilídrica, são: Área = 1,48 m²; Volume útil = 1,78 m³; Profundidade útil
adotada = 1,20 m; D= 1,40 m. As áreas de infiltração do solo para o bairro Centro foi de
A = 6,34 m² e de 8,62 m² para o bairro Nova República. As dimensões do tanque séptico,
são: Área = 1,48 m²; Volume útil = 1,78 m³; Profundidade útil adotada = 1,20 m; D=
1,40 m. Os coeficientes de infiltração (Ci) e áreas (A) encontrados para os dois tipos de
solos foram os seguintes: para o bairro Centro: Ci = 79 l/m².dia e A= 6,34 m² e para o
bairro Nova República: 59,0 l/m².dia e A = 8,62 m². Logo, as dimensões do sumidouro
cilíndrico serão: Diâmetro (D): 2,00 m para os dois bairros, alterando somente a
profundidade de acordo com a permeabilidade, sendo de 3,20 m para o bairro Centro e
2,80 m para o bairro Nova República. É fundamental investigar o solo a fim de estabelecer
comparativos baseado nas suas características. A partir da execução e análise dos
resultados, percebe-se que o solo no bairro Centro detém uma absorção maior do que o
solo ensaiado no bairro Nova República, influenciando diretamente no dimensionamento
do sumidouro cilíndrico.
Palavras-chave: permeabilidade do solo; esgoto sanitário; sumidouro.

69
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE
LAGOAS DE REJEITOS, EM SANTARÉM – PA

SOARES, L.M.1; SOUSA, E.A.B.2; LAZARINI, I.S.1; PRADO, M.R.1; SOUSA, K.K.A.1;
BORGES, M.J.S.3
1
Estudante de Engenharia Civil; Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA;
Santarém,PA; luana-anapu@hotmail.com; 2 Estudante de Engenharia Florestal; Universidade Federal do
Oeste do Pará/UFOPA; Santarém, PA; 3 Pós-graduando de Engenharia Elétrica, UCAM, Santarém-PA.

Entende-se por compactação de um solo, o processo manual ou mecânico que visa reduzir
o volume de seus vazios e, assim, aumentar sua resistência, tornando o mais estável.
Trata-se de uma operação simples e de grande importância pelos seus consideráveis
efeitos sobre a estabilização de maciços terrosos, relacionando-se, intimamente, com os
problemas de pavimentação e barragens de terra. O objetivo desse trabalho é de forma
suscinta demonstrar a importância do ensaio de compactação na viabilidade de aplicação
da lagoa de rejeitos, provenientes da atividade de mineração. Os métodos utilizados
foram: Análises físicas no laboratório de materiais de construção e solos do
CEULS/ULBRA – Santarém. Com base em três amostras de solo devidamente, coletadas
e preparadas, posteriormente realizou-se o ensaio de Compactação – Determina a
umidade ótima e densidade através do proctor, descrito na NBR 7182:2016. Os
parâmetros de compactação, a saber, umidade ótima (hot) e massa específica aparente seca
máxima (γdmáx) determinados por meio das curvas traçadas manualmente (de acordo
NBR 7182/86) são: 26,5 %, 27,0% e 30,0 % para as amostras A, B e C, respectivamente.
Massa espec. apar. seca máxima de 15,07 kN/m3 para a amostra A, 14,78 kN/m3 para
amostra B e 14,20 kN/m3 para a amostra C. Observando os valores de hot e γdmáx, é
possível perceber que há variações nas características dos três solos, na média γdmáx
14,68 kN/m3 e hot 27,84% e desvio padrão de 3,83 e 5,27 para os parâmentros de
análisados, nesta ordem. Alcançando um coeficiente de variação de cada parâmetro de
26,09% para e 18, 93 Kn/m³. Caso seja necessária a remoção do solo em seu estado “in
situ” para fins de reaterro deve-se considerar que o solo da área de implantação tem
características bem variadas, sendo que as amostras apresentam boa compactação na
relação de umidade ótima e densidade, nas outras oito amostras houve similaridades entre
elas, por isso aconselha-se que seja realizado um ensaio com proctor de maior energia ou
reforço com cal ou cimento no solo, pois o ensaio realizado no trabalho apresenta uma
alta umidade e valores baixos para densidade ótima com exceção das covas citadas acima.
Palavras-chave: solos; resistência; mineração.

70
ENSAIO SPT (STANDARD PENETRATION TEST) E APLICAÇÃO DOS
RESULTADOS NA IMPLANTAÇÃO DE LAGOA DE REJEITOS, EM
SANTARÉM

LAZARINI, I.S.2; SOUSA, E.A.B.1; SOARES, L.M.2; PRADO, M.R.2; SOUSA, K.K.A.2;
BORGES, M.J.S.3
1
Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA; 3Universidade Federal do Oeste do
Pará/UFOPA; Santarém, PA; ²Pós-graduando de Engenharia Elétrica, UCAM, Santarém-PA.

Apesar das grandes evoluções que ocorreram nos ensaios de campo in situ, o SPT,
Standard Penetration Test, constitui-se em uma medida de resistência dinâmica
conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento. Além disso, permite uma
indicação de densidade em solos granulares e aplicados à identificação da consistência de
solos coesivos e mesmo rochas brandas. O principal resultado do ensaio SPT é o índice
de resistência à penetração (NSPT). Esse estudo tem como objetivo a determinação da
profundidade da lagoa de rejeitos, através do ensaio SPT, de modo que seja possível o
dimensionamento para que a mesma não entre em colapso. Utilizou-se a análise de laudos
fornecidos por uma empresa especializada, para a realização desse estudo. Através da
análise tátil-visual foi possível verificar nas três primeiras amostras de um total de dez, a
presença das seguintes características: Para a amostra 1 e 2, verificou-se um solo silte
arenoso com pedregulho de cor vermelha e para a 3 camada uma argila arenosa com
pedregulho de cor variegada. Verifica-se que as predominâncias dos solos encontrados
nos pontos de SPT e argila arenosa e silto arenoso, sendo que em nenhum dos laudos foi
encontrado o nível da água, e todos os pontos coletados atenderam os critérios de
paralização do ensaio, a maioria dos ensaios tiveram profundidade inferior a 11 m. O solo
encontrado é predominantemente areia e silte arenoso, todas as camadas foram analisadas
segundo seu NSPT médio onde tivera em sua maioria designação acima de mediamente
compactada (NSPT de 9-18). Pode-se observar que a profundidade em que se atingiu os
critérios de paralização dos ensaios são similares, sendo que em todos os pontos da área
estudada, no entorno da lagoa, pode-se ter uma profundidade aproximada, além da
capacidade de suporte na camada mais profunda, permitindo assim que as futuras
ampliações tenham coeficientes de segurança mais elevados, minimizando o risco de
colapso da base.
Palavras-chave: ensaio de SPT; colapso; solos.

71
MACRONUTRIENTES DA SERAPILHEIRA ACUMULADA EM DOIS
SISTEMAS AGROFLORESTAIS

REBÊLO, A.G.M.1; CAPUCHO, H.L.V.1; PAULETTO, D.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. gabrielle_matos1@hotmail.com.

O objetivo do estudo foi avaliar o teor de macronutrientes da serapilheira estocada sobre


o solo em diferentes sistemas agroflorestais. Foram amostrados dois arranjos
agroflorestais conduzidos por agricultores familiares os quais estão localizados no
município de Belterra/PA. O SAF 1 é composto por Cumaru (Dipteryx spp.) + Pimenta
do Reino (Piper nigrum L.) + Banana (Musa spp.) + Cupuaçu (Theobroma grandiflorum
(Willd. ex Spreng.) K. Schum) + Açaí (Euterpe oleracea Mart.) e o SAF 2 por Pimenta
do Reino + Moringa (Moringa oleifera Lam.) + Cumaru. Para avaliar o teor de
macronutrientes contido na serapilheira estocada, coletou-se quatro amostras aleatórias
em cada sistema colocando sobre o solo um molde vazado de madeira. Foram realizadas
coletas em três períodos: agosto/15, janeiro/16 e junho/16. O material foi seco em estufa
(70ºC), triado, separando a fração foliar, no qual foi moído e enviado para análise de
tecido vegetal no laboratório de solos da Embrapa. O retorno de macronutrientes ao solo,
através da serapilheira, encontra-se na seguinte ordem: N > Ca > Mg > K > P para o SAF
1 e N > Ca > K > Mg > P para o SAF 2. Para os dois sistemas o nitrogênio foi encontrado
em maior quantidade, sendo que o SAF 2 obteve o maior teor, com 15,7 g/kg, devido a
presença da leguminosa moringa, espécie esta com capacidade de formar associações com
bactéria fixadoras de nitrogênio. O cálcio foi o segundo macronutriente com maior teor
nos dois sistemas, por apresentar baixa redistribuição nos tecidos vegetais, acumulando-
se em tecidos mais velhos e retornando ao solo em grande quantidade com a queda de
folhas. O magnésio e potássio apresentaram teores intermediários nos dois sistemas, o
que pode estar associado à média redistribuição desses nutrientes na planta. O fósforo foi
o macronutriente que apresentou os menores teores, pois a planta aproveita menos de 40%
deste e o restante é absorvido pela acidez do solo. De forma geral, as serapilheiras nos
dois sistemas são quimicamente muito semelhantes. Uma alternativa para favorecer a
fertilidade ao solo seria inserir espécies nutricionalmente mais favoráveis ou aumentar a
produção de serapilheira com podas ou a implantação de mais indivíduos no sistema. O
entendimento da dinâmica da ciclagem de nutrientes via serapilheira, em sistema
agroflorestal propicia subsídios para conhecer o comportamento da vegetação diante da
melhor escolha das espécies no arranjo, para adoção de tratamento silvicultural e manejo
adequado.
Palavras-chave: agroecossistemas; fração foliar; ciclagem de nutrientes.

72
PROPRIEDADES FISICAS NO SOLO DE ÁREAS DE MANEJO FLORESTAL
SUSTENTÁVEL DA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, BELTERRA-PA

POMPEU, J.C.M.1; SACRAMENTO, J.A.A.S.1; SOUSA FILHO, M.¹; TAGLIEBER,


A.R.1; SOUSA, E.A.B.1; DANTAS, E.F.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, S/N, Salé. pompeu.joao123@gmail.com;
²Universidade de São Paulo. Av. Trabalhador São-carlense, 400, Arnold Schimidt.

As propriedades físicas do solo são modificadas pela atuação de máquinas nas atividades
de manejo florestal, tais modificações podem ser observadas na formação de sulcos e
trilhas no solo decorrentes do processo de compactação, aumentando a densidade do solo
(Ds) e diminuindo a porosidade total (Pt). O objetivo do trabalho foi de verificar como
que a atividade florestal afeta a densidade e a porosidade total do solo de áreas de pátios
secundários na FLONA do Tapajós. Foram selecionados 4 pátios secundários em que
ocorreram diferentes anos de exploração (2009, 2011, 2014 e 2015) e 1 área sem manejo
(AT). As amostras de solo foram coletadas nas profundidades (m) de 0,00-0,05, 0,05-
0,10, 0,10-0,20, 0,20-0,40 e 0,40-0,60. Para a análise de Ds foi realizada o método do
anel volumétrico e a análise de Pt foi calculada com base na Ds e na densidade de
partículas (Dp), sendo que a Dp foi obtida pelo método do balão volumétrico. O maior
valor de Ds foi na área de pátio que ocorreu a exploração no ano de 2015, com 1,25 Mg
m-3, enquanto que o menor valor foi na AT, com 0,97 Mg m-3. Foi possível observar que
o maior valor de Ds foi na profundidade de 0,05-0,10 m, com 1,23 Mg m-3. Esses
resultados mostram que a Ds é modificada pelo efeito do tráfego de máquinas, porém os
valores apontam uma recuperação do solo com o passar dos anos, por conta das práticas
sustentáveis adotadas na Flona do Tapajós e pelos processos sucessionais da floresta. Para
a profundidade o maior valor foi na de 0,05-0,10 m, 1,20 Mg m-3, devido o maior impacto
da exploração nas camadas mais superficiais e pela atuação da matéria orgânica, uma vez
que ela é mais atuante na de 0,00-0,05 m. O menor valor de Pt foi na área que ocorreu a
exploração no ano de 2014, com 52,99%, e o maior valor foi na AT com 62,70%. Na de
0,05-0,10 m foi a que apresentou a maior redução, com 52,93%, devido o maior impacto
nessa profundidade. Essa redução na porosidade é explicada pela alteração na estrutura
do solo proveniente do tráfego, vale ressaltar que o maior valor encontrado na área de
2014 ocorre por conta da intensidade exploração dessa área ter sido maior do que nas
outras, pois quando observado de forma individual os resultados das profundidades são
menores nessa área. Os atributos sofreram alterações ao longo das áreas por conta da
intensidade de exploração, porém os impactos do manejo florestal no solo são os menores
possíveis, pois a prática adotada na Flona do Tapajós permite que ocorra um ciclo de
recuperação com o passar dos anos.
Palavras-chave: pátios; densidade; porosidade; solos florestais.

73
TEMPERATURA E UMIDADE DO SOLO EM SISTEMA SILVIPASTORIL EM
BELTERRA, PARÁ

PINHEIRO, S.O.¹; PAULETTO, D.¹; BALONEQUE, D.D.¹; LOPES, L.S.S.¹; SOUSA,


V.S.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Rua Vera Paz, s/n, Salé, Santarém, PA.
samilly23@hotmial.com

A temperatura do solo é de fundamental importância na agricultura, por influenciar o


desenvolvimento e a atividade das raízes em absorver água e nutrientes do solo. A
umidade do solo possui elevado grau de variabilidade no espaço e no tempo, controlada
por fatores como tempo, textura do solo, vegetação. O objetivo foi avaliar a variação
espacial da temperatura e umidade do solo de um sistema silvipastoril na Fazenda Boa
Safra, situada no km 62 da Rodovia Santarém-Cuiabá, no município de Belterra, Pará. Os
dados foram coletados no mês de outubro de 2016, por se caracterizar como o mês mais
típico do período seco, em diferentes ambientes do sistema silvipastoril (AF: Solo sob
cobertura de forrageira e AP: solo sob plantação arbórea). Para tal estudo considerou-se
quatro espécies (Andiroba, Mogno Africano, Teca e Cumaru) onde coletou-se quatro
amostras para cada ambiente e cada horário de aferição. A temperatura e umidade do solo
foram medidas na profundidade de 5 cm por meio da inserção de hastes metálicas
(Termopar) com 5 repetições ao longo do dia. Entre as espécies, tanto na plantação
arbórea quanto na pastagem, temperatura e umidade do solo não variaram sob as espécies
andiroba, cumaru e teca. Na área com plantio de mogno africano obteve-se a menor média
de temperatura (28,0 °C) e umidade do solo (66,5%) entre as espécies avaliadas. As
médias de temperatura e umidade do solo, ao longo do dia, nas 4 áreas de plantação
arbórea foram: 26,22 °C e 69,4%; 26,7 °C e 70,8%; 29,5 °C e 56,2%; 27,1 °C e 69,0%,
respectivamente para andiroba, cumaru, mogno africano e teca. A média de temperatura
no solo de 54,8% a 71,4%. Na pastagem a temperatura varia 10 °C ao longo do dia, mas
nas áreas de mogno africano e cumaru varia somente 4 °C, andiroba 5 °C e teca 6 °C.
Conclui-se que o comportamento da temperatura do solo foi semelhante nas diferentes
áreas avaliadas no sistema silvipastoril enquanto que a umidade do solo apresentou a
maior variação entre solo com e sem inserção do componente arbóreo. Os resultados
indicam que a inserção de árvore em áreas de criação animal pode criar condições
edafoclimaticas que favorecem o conforto animal.
Palavras-chave: pastagem, plantação arbórea, áreas.

74
VERIFICAÇÃO DE ÍNDICES FÍSICOS DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO DE
LAGOA DE REJEITOS, EM SANTARÉM

PRADO, M.R.1; BORGES, M.J.S.²; SOARES, L.M.1; SOUSA, K.K.A.¹; SOUSA, E.A.B.3;
PONTES, K.A.P.4
1
Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA; maycon_prado@hotmail.com;
Santarém, PA; 2 Pós-graduando de Engenharia Elétrica, UCAM, Santarém-PA; silveira-
borges@hotmail.com; 3 Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA; Santarém, PA; 4 Pós-graduando
Proj. exec. e desemp. de estruturas, IPOG, Santarém-PA.

A estrutura de lagoas de rejeitos é um grande desafio para a geotecnia, por possuírem


grande variabilidade de características mineralógicas, físicas e químicas, fato que confere
distinção em relação aos geo-materiais de disposição natural. A barragem tem o intuito
de armazenar resíduos de mineração, os quais são definidos como a fração estéril
produzida pelo beneficiamento de minérios, em um processo mecânico e ou químico que
divide o mineral bruto em concentrado e rejeito. Esse estudo objetiva compreender os
índices físicos do solo, através da realização e análise dos ensaios de massa específica e
umidade higroscópica, além da importância desses na implantação de uma barragem de
rejeitos. Com base nas três amostras de solos coletadas, foram realizados ensaios de
Massa específica real, em laboratório de acordo com as recomendações da NBR 6457/86
– Preparação para ensaios de compactação e caracterização e da NBR 6508/84 – Grãos
de solo que passam na peneira de 4,8 mm – Determinação da massa específica (Método
de ensaio) e Umidade higroscópica, do solo estudado. Os resultados obtidos dos ensaios
de massa específica real expressa em KN/m³, dos solos estudados, são: 20,57 para amostra
I, 28,00 para amostra II e 22,72 para amostra III, com uma média de 23,77. Desvio padrão
de 4,87 e alto coeficiente de variação de 20,48%. Quando aplicado ao cálculo de
dimensionamento de obras de terra, o valor de massa específica real pode ser adotado
entre 18,9 e 28, 64 KN/m³. Os resultados obtidos dos ensaios de umidade higroscópica
(%), solos estudados, são 11,06 na amostra I, 10,35 na amostra II e 6,40 na amostra III.
Com uma média de 9,27%. Analisando os resultados da umidade higroscópica, estes
apontaram maiores variações, tornando as amostras extremamente heterogêneas, por isso
é recomendado o acompanhamento constante deste parâmetro na execução do projeto.
Contudo o material, atende aos critérios para implantação da lagoa de rejeitos, pois
alcançam valores satisfatórios nos parâmetros analisados, entretanto, é recomendável a
setorização das áreas de implantação devido algumas variações entre os resultados.
Existem ainda alguns cuidados necessários nas futuras ampliações devido a massa
específica de todas as amostras estarem acima de 20 kN/m³, tais critérios devem ser
analisados de acordo com o método utilizado no dimensionamento e implantação da obra.
Palavras-chave: lagoa de rejeitos; solos; índices físicos.

75
TECNOLOGIA DE PRODUTOS FLORESTAIS
ANÁLISE DA SOLUBILIDADE DE EXTRATIVOS QUÍMICOS DE
Hymenolobium petraeum Ducke E SUAS PROPRIEDADES PARA PRODUÇÃO
DE CARVÃO VEGETAL

QUEIROZ, K.H.S.¹; SILVA, M.F.¹; PEREIRA, A.J.G.¹; SOUZA, A.S.S.¹; CARDOSO,


G.S.S.¹; MOUTINHO, V.H.P.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n. katiusciane@gmail.com

A utilização da madeira para a produção de energia está historicamente relacionada à


produção de carvão vegetal. Atualmente, a madeira tem importante participação na matriz
energética mundial, com muita ou pouca intensidade, de acordo com a região. Diante
disso torna-se importante o desenvolvimento de estudos que mostrem as relações
existentes entre as particularidades da madeira e do produto obtido, o carvão. Este
trabalho teve como objetivo correlacionar as propriedades químicas da espécie Angelim
Pedra (Hymenolobium petraeum Ducke) com as propriedades obtidas pelo seu processo
de carbonização. Resíduos de galho da espécie foram utilizados a fim de obter dados de
carbono fixo, extrativos e densidade da espécie utilizada. Três processos foram realizados
para obter os extrativos: água fria, água quente e extração total (álcool-tolueno) e por fim,
o processo de carbonização em velocidades baixa e alta. Na análise estatística foi
utilizado o teste Tukey para a comparação de médias. E para analisar o grau de associação
entre as características avaliadas, aplicou-se o coeficiente de correlação de Pearson.
Observou-se que a extração total foi eficaz na retirada de elementos ocasionais da
madeira, onde apresentou um resultado total de 15,4251%, seguido da extração em água
quente que teve uma média de 9,93%. Utilizando o coeficiente de correlação de Pearson,
as propriedades da madeira com as propriedades do carvão vegetal foram analisadas,
constatando correlação muito forte (valor 0,9) entre o teor de voláteis e de cinzas na
espécie. Ao correlacionar a densidade aparente com o teor de cinzas e com o carbono
fixo, o valor apresentado é igual a zero, ou seja, desprezível. O teor de carbono fixo (%)
apresentou melhor relação com a agua.
Palavras chave: propriedades químicas; resíduos; carbonização.

77
ANÁLISE DO TEOR DE EXTRATIVOS DA ESPÉCIE Protium heptaphyllum

LOBATO, L.F. de L.¹, SOUZA, K. de A.¹, SOUSA, E.A.R. ¹, ROCHA, J.S. da¹,
OLIVEIRA, D.V. de¹, MOUTINHO, V.H.P.²

¹Graduando em Engenharia Florestal. Instituto de Biodiversidade e Florestas. Universidade Federal do


Oeste do Pará/Santarém-Pará; ² Professor. Laboratório de Tecnologia da Madeira – Universidade Federal
do Oeste do Pará

Os extrativos são substâncias químicas presentes na madeira que podem ser extraídos,
por diferentes tipos de solventes e que tem grande importância como por exemplo, na
indústria de perfumaria. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo determinar
o teor de extrativos de galhos da espécie Protium heptaphyllum, conhecida popularmente
como Breu-amescla, através do procedimento de extração em água fria, água quente e
álcool-tolueno. Para tal, amostras foram retiradas de galhos de três árvores distintas com
mais de 50cm de DAP, provenientes de floresta nativa, da espécie Protium heptaphyllum,
obtendo-se amostras a 1,5 metros da primeira bifurcação. As amostras foram
transformadas em serragem e peneiradas, para posterior aclimatação e estabilização de
massa. As análises de extração em água fria, água quente e álcool-tolueno ocorreram em
triplicata, obedecendo-se as diretrizes preconizadas pela American Society for Testing
and Materials. Obteve-se valores de 5,48; 9,27 e 10,0% para as extrações em água fria,
quente e álcool tolueno respectivamente. Conclui-se que o teor de extrativo da espécie
em questão foi acima dos valores conhecidos na literatura.
Palavras-chave: extração; química; solubilidade; solvente.

Agradecimentos: Ao professor Victor Moutinho pela orientação e disponibilização das


amostras.

78
ANÁLISE QUÍMICA DO CARVÃO VEGETAL COMERCIAL EM
SANTARÉM-PA

DA LUZ, P.A.S.A.1; CARMONA, I.N.1; SAMPAIO, J.S.1; ANDRADE, F.W.C.1


1
Laboratório de Tecnologia da Madeira, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, Brasil.
pdaluz19@gmail.com

O carvão vegetal é uma importante fonte de energia para o Brasil, tendo parcela primária
de sua produção destinada a indústria. Em segundo lugar, tem-se a sua utilização na
cocção de alimentos, seja para o uso doméstico em residências, restaurantes, bares,
padarias etc., porém, atualmente, no Brasil, o carvão vegetal ainda possui uma produção
com baixo nível tecnológico o que afeta diretamente a qualidade do produto, para o qual
deseja-se um alto teor de carbono fixo; alto poder calorífico; baixa umidade; baixo teor
de materiais voláteis e cinzas. Dessa forma, este estudo objetivou caracterizar o carvão
vegetal comercial quanto aos valores de umidade, teores de materiais voláteis, cinzas e
carbono fixo no município de Santarém-PA. As amostras foram coletadas em
estabelecimentos comerciais de forma aleatória, sendo denominadas A, B, C e D.
Realizou-se a análise química imediata em triplicata para as quatro amostras. Para
verificar as diferenças entre as amostras avaliadas, os resultados foram submetidos à
análise de variância e quando verificadas diferenças significativas foi aplicado o teste
Scott-knott, ao nível de 95% de probabilidade. Em relação a umidade, as amostras que
apresentaram os menores valores foram aquelas provenientes da A e C, respectivamente,
4,43 % e 4,70 %. A amostra A obteve o maior teor de carbono fixo médio (80,59 %) e
menor teor de materiais voláteis (17,34%). Em relação ao teor de cinzas, verificou-se um
menor teor médio para a amostra C (0,56 %). Dessa forma, o carvão que apresentou os
melhores resultados foi a amostra A.
Palavras-chave: carvão vegetal; cocção de alimentos; teor de carbono fixo.

79
ANÁLISE QUÍMICA IMEDIATA DA MADEIRA DE Cassia ramiflora Vogel

FERREIRA, J.S. da S.1; RODRIGUES R. de A.1; de SOUZA C.V.V.¹; MOUTINHO


V.H.P.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém - PA. sabrina8060@gmail.com; ²Universidade Federal


do Oeste do Pará. Santarém - PA.

O estímulo da utilização de biomassa florestal para geração de energia nos últimos anos
vem crescendo consideravelmente, pelo fato de ser uma fonte de energia renovável, além
de também ser sequestradora de gás carbônico atmosférico. Como madeira, a utilização
da biomassa para fonte energética se dá através de lenha ou carvão vegetal. Desta
maneira, fazem-se necessários estudos acerca das propriedades energéticas para a melhor
utilização desta biomassa para finalidade energética. Pensando nisso, o objetivo deste
trabalho foi através da análise química imediata, analisar o seu teor de voláteis, carbono
fixo e cinzas da madeira de Cassia ramiflora Vogel, espécie com pouca informação
científica acerca das suas propriedades. Foram retiradas amostras de 3 diferentes árvores,
e de cada amostra foram feitas triplicatas para os ensaios. Os teores de materiais voláteis,
cinzas e carbono fixo foram respectivamente 78.2%, 0.6% e 21.2%. Os valores de
carbono fixo se mostraram mais altos do que Eucalypus grandis (9.6%) e E. saligna
(16.7%), espécies cultivadas majoritariamente para fins produção de polpa celulósica e
energética. Em contrapartida, os teores de cinzas das duas espécies de Eucalipto (0.31%
e 0.41%) foram mais baixos que o de Cassia (0.6%). Quanto aos materiais voláteis,
Cassia obteve um valor de 78.2%, ficando pouco acima de E. saligna (77.5%) e abaixo
de E. grandis (89.9%). Desse modo, a utilização desta madeira como lenha torna-se
viável, visto que a lenha desta espécie tende a queimar por um tempo maior, em função
do seu alto teor de carbono fixo quando comparado com as do gênero Eucalyptus, mesmo
que estas tenham um teor de cinzas mais baixo e um teor de materiais voláteis semelhante,
ou maior (fazendo com que a lenha atinja o ponto de ignição mais rápido).
Palavras-chave: carbono fixo; propriedades energéticas; biomassa.

80
ANÁLISE QUÍMICA IMEDIATA DO CARVÃO VEGETAL DE RESÍDUOS DE
CASTANHA-DO-PARÁ (Bertholletia excelsa Bonpl.)

CARMONA, I.N.1; SAMPAIO, J.S.1; MOREIRA, L.S.1; BATISTA, A.S.1; DA LUZ,


P.A.S.1; ANDRADE, F.W.C.1
1
Laboratório de Tecnologia da Madeira, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém,
Brasil. iaranobrecarmona@gmail.com

Na prática extrativista da Castanha-do-Pará para obtenção de suas amêndoas, cerca de


90% do fruto (maior parte ouriço) é descartado. Dessa forma, o aproveitamento
energético do ouriço da castanha, por meio da carbonização, surge como um processo de
agregação de valor a esse resíduo. Mas, para isso, é necessário conhecer as propriedades
químico-energéticas do produto final. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo
avaliar a composição química imediata do carvão vegetal de resíduos (ouriços)
produzidos a partir da extração comercial das amêndoas de Bertholletia excelsa Bonpl.
Os ouriços, coletados em comunidades próximas à cidade de Santarém, foram misturados
a fim de homogeneizar o material e, logo após, divididos em 3 amostras. Estas foram
carbonizadas em forno do tipo mufla por meio de um reator em aço inoxidável a uma taxa
de aquecimento de 1,67 °C/min e temperatura final de 450 °C por 60 minutos. Para a
análise imediata, as amostras carbonizadas foram trituradas e classificadas em frações
intermediárias entre 40 e 60 mesh. Foram obtidos teores de umidade, materiais voláteis,
cinzas e carbono fixo através de análises realizadas conforme a norma D1762 da ASTM.
As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do programa Assistat versão 7.7,
aplicando-se o teste de Tukey ao nível de 95% de significância. Foram encontrados
valores médios de 2,9% de umidade, 18,3% de materiais voláteis, 2,6% de cinzas e 79,2%
de carbono fixo. Esses resultados mostram que o teor de cinzas do carvão de ouriço da
castanha está próximo aos valores médios encontrados nos carvões vegetais obtidos a
partir de outros resíduos e possui umidade relativamente baixa, considerando-se que um
carvão de qualidade não deve ultrapassar 8% de umidade. Conclui-se, portanto, que o
ouriço da Castanha-do-Pará transformado em carvão vegetal possui potencial para ser
usado com finalidades energéticas. Tal resíduo apresenta características favoráveis para
este fim, sendo algumas delas, inclusive, semelhantes ou superiores às apresentadas por
madeiras de outras espécies.
Palavras-chave: ouriço, castanha-do-Brasil, potencial energético.

81
ANÁLISE SENSORIAL DO SABOR DE VODKA ENVELHECIDA COM Aniba
parviflora

BRAGA, B.A.1; SALES. D.F. das1; LOPES, D.S. de1; MOTA, J.S.1; CRUZ, M.B.S. dos1;
MOUTINHO, V.H.P.1
1
Instituto de Biodiversidade e Florestas – Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n,
Bairro Salé. brunaaraujo.1046@hotmail.com

O envelhecimento de bebidas alcoólicas visa a melhoria na qualidade destas, uma vez que
há ocorrência de inúmeras reações químicas que influenciam em suas características
sensoriais proporcionando, também, a agregação de valores devido a esta prática.
Mundialmente, a madeira de Carvalho (Quercus sp.) vem sendo utilizada para este fim,
no entanto, o estudo de novas espécies se faz importante devido ao grande potencial
existente na floresta amazônica. Deste modo, este estudo visa avaliar a atribuição de
novas propriedades à Vodka envelhecida com chips de uma espécie amazônica, Aniba
parviflora (Meisn.) Mez. Utilizou-se o tratamento in natura, além da testemunha, para
efeito de comparação, onde foram adicionados aproximadamente 9,6 gramas de chips à
uma garrafa de vodka de 0,96 L, para envelhecer durante um período de três meses. A
garrafa foi mexida, manualmente, de forma em que girava 180 graus em torno do seu eixo
em uma sequência de cinco vezes, em três dias da semana. Após esse período, os chips
foram retirados, restando apenas a solução com os compostos extraídos da madeira. A
análise sensorial contou com a participação de onze provadores não treinados, onde estes
foram vendados e responderam ao questionário relacionado as características do sabor da
vodka in natura e da testemunha, atribuindo assim, notas em uma escala de 0 a 10, onde
a pontuação de 1 a 4 significou que a amostra foi qualitativamente inferior à testemunha,
5 quando a amostra se igualou à testemunha e notas de 6 a 10 quando mostrou-se superior.
Em média, os participantes atribuíram notas 7 para o quesito de sabor amadeirado, notas
4 para sabor amargo e notas 5 para sabor alcoólico, sendo que a bebida presentou sabores
levemente frutais, florais e salgado, quando comparados à testemunha. Nota-se, assim,
que o envelhecimento de vodka com chips de Aniba parviflora atribuiu novas
características sensoriais ao destilado, onde estas caracterizaram uma boa aceitação
sensorial.
Palavras-chaves: envelhecimento; chips; madeira Amazônica.

82
APLICAÇÃO DA DENDROCRONOLOGIA PARA ESTIMATIVA DE CORTE
DA ESPÉCIE Hymenaea courbaril L.

PINTO, T.I.1; PASSOS, C.T.S.1; AGUIAR, D.L.¹; CHAIBE I.S.1; ALMEIDA, M.C.¹;
MOUTINHO, V.H.P.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. tatianepintostm@gmail.com; Universidade Federal do


Oeste do Pará – UFOPA

A dendrocronologia é uma importante ferramenta visto que, fornece dados de longos


períodos e estimativas mais acuradas da idade das árvores extraídas nos seus anéis de
crescimento. Os estudos dendrocronológicos representam um dos métodos científicos
mais utilizados no que se refere a datações aplicadas a madeira, reconstrução de eventos
climáticos e outros. Dessa forma, o estudo objetivou determinar a intensidade e ciclo de
corte para a espécie Hymenaea courbaril L. com base em estudos dendrocronológicos.
Para isso foram coletadas cinco árvores nativas de Jatobá oriundas da Floresta Nacional
do Tapajós, a partir desses indivíduos foi retirado um disco de cada a uma altura de 4m
do solo, evitando a presença de sapopema nas amostras. Em seguida os discos foram
polidos com o auxílio de uma lixadeira orbital de diferentes granulometrias visando
homogeneizar a superfície dos discos. Foram demarcados em cada árvore três raios
(séries) e por meio de contagem direta no sentido casca-medula foram delimitados os
anéis. Posteriormente os raios foram digitalizados e as imagens foram submetidas ao
software Image Pro-Plus para a mensuração da largura dos anéis de crescimento de todas
as séries. E a partir disso, foi realizado o estudo do crescimento em diâmetro das árvores,
foram derivadas as taxas do incremento corrente anual e o incremento médio anual. Foi
utilizado o software COFECHA, ao nível de 99% de confiança, a fim de verificar a
precisão datada dos anéis de crescimento. Os resultados obtidos foram significativos
segundo o COFECHA para os cinco discos amostrados com uma correlação de 0.329. O
(ICA) médio encontrado foi de 0,44 cm/ano, valor este considerado baixo, visto que, com
esse ritmo de crescimento a espécie levaria no mínimo 88 anos para que estar apta para
corte, estando muito acima do que é permitido pela legislação, que estabelece um ciclo
de 35 anos que segundo o estudo não garante estoque de madeira na floresta não sendo,
portanto, sustentável. Recomendamos, uma alteração na instrução Normativa No. 5
(MMA) para que o plano de manejo a ser elaborado seja especifico para a espécie e que
o diâmetro mínimo de corte e ciclo de corte seja definido com base no seu ritmo de
crescimento. Recomenda-se ainda, estudos a respeito da estrutura populacional e
regeneração de espécies tropicais para subsidiar planos de manejo, visto que fatores
ambientais e aspectos silviculturas e genéticos podem influenciar no crescimento dos
indivíduos em uma determinada área.
Palavras-chave: anéis de crescimento; jatobá; ciclo de corte.

83
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE SECAGEM CONVENCIONAL
DA MADEIRA EM UMA INDÚSTRIA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM,
PARÁ

SOUSA, M.C.1; GOMES, V.S.1; SOUSA, S.S.¹

¹Instituto de Biodiversidade e Florestas, Universidade Federal do Oeste do Pará, Rua Vera Paz, s/n, Salé,
68010-460. mariane.c.sousa@hotmail.com

A indústria madeireira cresce e aprimora-se a cada dia para melhorar o


aproveitamento de seus produtos e atender as demandas de mercado, dessa forma
faz-se necessário o entendimento de como ocorre a secagem industrial, processo
este, que visa garantir a qualidade do produto madeireiro. Portanto o objetivo deste
trabalho foi caracterizar o método de secagem convencional da madeira com
espécies nativas da Amazônia em uma indústria madeireira localizada no município
de Santarém-Pará. Para a obtenção dos dados foi realiza da visita técnica a empresa
bem como a aplicação de questionário estruturado qualitativo e quantitativo, junto
aos responsáveis pelo processo de secagem. O processo de secagem da madeira
acontece em 18 estufas da marca Ekitherm com capacidade para 70 m³ de madeira
cada uma, construída em alvenaria e alumínio e começa com o desdobro da madeira
em tábuas com espessuras que variam de 1 a 2,5 polegadas, depois a mesma é
empilhada pelo método de gradeamento, sendo que as principais espécies submetidas
à secagem convencional na respectiva indústria madeireira são maçaranduba, jatobá,
cumaru e muiracatiara, dura em torno de 8 a 30 dias e varia em função da espécie.
Durante a secagem a temperatura média inicia com 48º C e termina com 60ºC e as
principais falhas verificadas depois da secagem são: empenamentos, encurvamento,
encanoamento e rachaduras de topo e superfície O processo de secagem da madeira
realizado na empresa Rancho da Cabocla necessita de melhorias, principalmente, se
tratando da pré-secagem, onde é observado falhas na instalação dos pátios de
secagem ao ar livre e no preparo do empilhamento, sendo essas medidas, entretanto,
de fácil correção. Contudo a secagem da madeira no município de Santarém ainda é
bastante arcaica, haja vista que somente três empresas trabalham nesse ramo, devido
ao fato de que estas empresas possuem um custo muito elevado para a implantação
e manutenção das câmaras de secagem.
Palavras-chave: beneficiamento da madeira; industrialização florestal; secagem
industrial.

84
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA IMEDIATA DA BIOMASSA DE Alexa
grandiflora

SAMPAIO, J.S.1; CARMONA, I.N.1; DA LUZ, P.A.S.1; MOUTINHO, V.H.P.1;


ANDRADE, F.W.C.1
1
Universidade Federal do Oeste do Pará, Laboratório de Tecnologia da Madeira,
julianesampaio22@gmail.com

A biomassa, principalmente a madeira, é a forma mais antiga de energia utilizada pelos


seres humanos e a principal forma de aproveitamento deste material é a combustão direta,
sendo esse processo largamente usado em muitas partes do mundo. A composição
química imediata (teores de materiais voláteis, carbono fixo e cinzas) afeta diretamente a
biomassa como fonte energética, exercendo influência direta sobre as características de
queima do combustível. Diante disto, o objetivo deste estudo foi realizar a análise química
imediata da biomassa da espécie Alexa grandiflora. Para a realização das análises,
coletou-se serragem do cerne de discos da base de três árvores da espécie de onde foram
obtidos teores percentuais de materiais voláteis, cinzas e carbono fixo da madeira
utilizando-se metodologia adaptada da norma D7582 – 15 da ASTM. Para a avaliação e
comparação dos resultados, foi realizada análise de variância (ANAVA) ao nível de 5%
de probabilidade (p<0,05), seguida pelo teste Skott-Knott realizado no software Action
Stat versão 3.1. A espécie Alexa grandiflora apresentou teores percentuais de materiais
voláteis, carbono fixo e cinzas de 82,81%, 16,73% e 0,47% respectivamente. Os valores
encontrados neste trabalho estão de acordo com os dados encontrados em literatura que
citam que os teores de voláteis, carbono fixo e cinzas da madeira se encontram entre 75%
a 85%; 15% a 25% e inferiores a 5%, respectivamente. Tais características avaliadas são
importantes quando se pretende dar fim energético, como carvão vegetal e briquetes, ao
material. Para se escolher madeiras para obtenção de carvão, por exemplo, deve-se levar
em consideração aquelas com melhores propriedades químicas (maiores teores em
carbono fixo e menores teores em substâncias voláteis e cinzas). Conclui-se, portanto,
que a espécie Alexa grandiflora possui alto teor de materiais voláteis e baixo teor de
carbono fixo, o que dificulta a utilização desta madeira para fins energéticos.
Palavras-chave: Melancieira, Amazônia, energia da biomassa.

85
DEGRADAÇÃO LINEAR DA MADEIRA DE Alexa grandiflora EM
DIFERENTES TEMPERATURAS FINAIS DE CARBONIZAÇÃO

MOREIRA, L.S.1; CARMONA, I.N.1; SAMPAIO, J.S.1; MOUTINHO, V.H.P.1


1
Instituto de Biodiversidade e Floresta - Universidade Federal do Oeste do Pará,
moreira.leticia94@gmail.com.

A pirólise da madeira é um processo físico-químico complexo e geralmente é constituída


por uma série de reações químicas, acompanhadas por processos de transferência de calor
e massa e também pode ser considerada como a sobreposição da degradação de seus três
componentes principais: hemiceluloses, celulose e ligninas, além da perda de água. A
degradação linear do material, ou seja, a perda discrepante de área nos três planos da
madeira quando submetida à carbonização, pouco foi discutida na literatura. Torna-se
necessária a melhor compreensão do comportamento da madeira durante a carbonização
pois é um aspecto importante para tomada de decisões no intuito de otimizar o processo
de produção e a melhorar a qualidade do carvão vegetal. Diante disto, o objetivo do
presente trabalho foi verificar a degradação linear da madeira de melancieira (Alexa
grandiflora Ducke) em diferentes temperaturas finais de carbonização. Foi utilizado
material proveniente do segundo ciclo de corte na Floresta Nacional do Tapajós. Coletou-
se seções da base de indivíduos de Alexa grandiflora (melancieira), com dimensões de 5
cm x 5 cm x 150 cm das quais foram obtidas amostras medindo 2 cm x 2 cm x 4 cm nos
sentidos tangencial, radial e axial, respectivamente, as quais foram provenientes de três
diferentes árvores, amostrados em triplicata para cada carbonização, a qual foi realizada
em mufla elétrica. Foram testadas as temperaturas finais de 300, 400 e 500ºC. A taxa de
carbonização foi de 1,6ºC/min, sendo mantida a temperatura máxima durante 60 minutos.
As amostras foram marcadas com grafite onde foram medidos com paquímetro digital
antes da carbonização a fim de assegurar a correta mensuração na mesma posição após
carbonizadas. A análise estatística foi realizada no programa Assistat, aplicando-se o teste
Tukey ao nível de 95% de significância. Os valores médios percentuais de degradação
foram diferentes estatisticamente, os quais foram maiores à medida que a temperatura
máxima aumentou. Nas três temperaturas finais, o percentual degradado foi maior no
plano axial seguido pelo radial e tangencial, sendo um comportamento inverso ao
observado em degradação em madeira de clones de Eucalyptus. Constata-se que a
madeira da espécie estudada se degrada linearmente em menor grau que aquelas mais
utilizadas na produção de carvão vegetal.
Palavras-chave: melancieira; carvão vegetal; pirólise.

86
DENSIDADE RELATIVA APARENTE E RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO
EM CARVÃO DO PIXÍDIO DE CASTANHA-SAPUCAIA (Lecythis pisonis
Camb.)

DA LUZ, P.A.S.A.1; CARMONA, I.N.1; SAMPAIO, J.S.1; ANDRADE, F.W.C.1


1
Laboratório de Tecnologia da Madeira, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, Brasil.
pdaluz19@gmail.com

A região amazônica possui uma grande diversidade de fontes renováveis naturais, como,
por exemplo, os caroços de açaí, tucumã e bacuri; os ouriços de castanha-do-brasil e
sapucaia entre outros, no entanto, muitos desses resíduos são descartados no meio
ambiente tendo pouco ou nenhum aproveitamento. Uma das alternativas para este entrave
é a reutilização da biomassa florestal. A castanha sapucaia é um exemplo de biomassa
florestal que possui um grande potencial como insumo energético. Nesse sentido, o
presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial energético do carvão vegetal do
pixídio (pericarpo e mesocarpo) da castanha-sapucaia (Lecythis pisonis Camb.). Foram
coletadas amostras do pixídio da castanha-sapucaia provenientes da safra 2016/2017
comercializada no perímetro urbano da cidade de Santarém. As amostras foram
conduzidas ao Laboratório de Tecnologia da Madeira (LTM), na Universidade Federal
do Oeste do Pará (UFOPA) onde foram secas em estufa a 105 ºC. Após isso, para cálculo
do rendimento gravimétrico em carvão, as amostras passaram por carbonização em forno
do tipo mufla à uma taxa de 1,67°C/min-1 e temperatura final de 450°C por 60 min. Para
cada amostra carbonizada, foi determinada a densidade relativa aparente pelo método de
imersão em mercúrio. Para a análise estatística dos dados realizou-se análise de variância
ao nível de 5% de probabilidade, em seguida, aplicou-se o teste Tukey, tendo em vista
dois tratamentos: o ouriço (pericarpo) e as cascas das amêndoas (mesocarpo) de castanha-
sapucaia. A avaliação dos dados coletados demonstrou valores médios de densidade
aparente para o carvão produzido a partir de pericarpo e mesocarpo, (0,58 g.cm-3) e (0,44
g.cm-3), respectivamente, valores próximos aos encontrados para Eucalyptus microcorys
(0,445 g.cm-3) e E. triantha (0,446 g.cm-3). Para o rendimento gravimétrico, o pericarpo
obteve maior valor médio (65,02%), uma diferença de 16% de carvão em relação ao
mesocarpo (48,82%), contudo, ambos apresentaram valores superiores aos encontrados
na literatura para espécies como Bertholletia excelsa H.B.K (25,92%), Cocos nucifera L.
(32,75%) e E. grandis (35%). De acordo com os resultados observados e dados da
literatura, os valores encontrados neste estudo demonstraram que ambas as amostras do
pixídio de castanha-sapucaia (pericarpo e mesocarpo) possuem potencial para serem
utilizadas como insumo energético.
Palavras-chave: castanha-sapucaia; carvão vegetal; pixídio.

87
DIÂMETRO X RESISTÊNCIA À TRAÇÃO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA
DOS FEIXES DE FIBRAS DE DUAS VARIEDADES DE CURAUÁ

PIRES, O.V.¹; BONFIM, M.C.S.¹; ALMEIDA, L.F.¹; MOREIRA, T.A.S.¹;


MOUTINHO, V.H.P.¹; BALBONI, B.M.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, Salé, s/n, CEP 68035-110.
odayannepires85@gmail.com.

Os feixes de fibras vegetais são cada vez mais estudados e utilizados na produção de
compósitos, por serem biodegradáveis, sustentáveis, leves e abundantes na natureza. O
curauá (Ananas comosus var. erectifolius) é uma planta nativa da Amazônia e possui
grande destaque entre os feixes de fibras vegetais, podendo substituir diversas fibras
sintéticas. O objetivo deste trabalho é entender a relação entre o diâmetro e a resistência
à tração dos feixes de fibras de curauá. Foram selecionados 50 feixes de fibras de curauá
branco e 50 de curauá roxo, seus diâmetros foram mensurados com o uso do software
ImageJ. Foi testada a resistência à tração de todos os 100 feixes em máquina de ensaios
universal e estes dados correlacionados com a resistência à tração pelo Teste de Pearson.
Para o curauá roxo, os resultados foram R = -0,494, com valor p < 0,001, sendo, portanto,
significativo. Já para o curauá branco, a correlação resultou em R menor, de -0,231, e
valor p = 0,089, evidenciando sua não significância a 5% de probabilidade. Um maior
número amostral pode trazer melhores resultados, já que, o valor p do teste foi bastante
próximo do nível de significância adotado. O coeficiente de correlação (R) negativo
indicou que as variáveis são inversamente proporcionais em ambas as variedades, ainda
que para o curauá branco esta seja baixa e a confiança próxima de 90%. Pode-se concluir
que os feixes de fibras de menor diâmetro, suportam mais tensão quando submetidos à
tração, quando comparados aos de maior diâmetro. Esta informação é de grande interesse
para a indústria, já que, podem ser produzidos compósitos para diversas aplicações
estruturais no campo da engenharia por serem materiais mais leves e finos em comparação
às fibras espessas.
Palavras-chave: Ananas comosus; fibras naturais; compósitos.

Agradecimentos: Aos estagiários do Laboratório de Tecnologia da Madeira, Rafael de


Aguiar Rodrigues e Savio Dill e ao Engº Ftal. Raimundo Solano Alves Dourado.

88
EFEITO DE DIFERENTES TAXAS DE AQUECIMENTO NO RENDIMENTO
EM GASES NÃO CONDESÁVEIS NA CARBONIZAÇÃO DE Rinorea guianensis

CARDOSO JÚNIOR, C.D.1; ANDRADE, F.W.C.2

Laboratório de Tecnologia da Madeira – Discente da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA.


1

Rua Vera Paz, s/n, Cep. 68.035-110, Bairro Salé, Santarém-Pará, Brasil. Email:
cezar.cardosojr@gmail.com. ²Laboratório de Tecnologia da Madeira – Docente da Universidade Federal
do Oeste do Pará – UFOPA. Rua Vera Paz, s/n, Cep. 68.035-110, Bairro Salé, Santarém-Pará, Brasil.

Os produtos obtidos no processo de carbonização da madeira são: carvão vegetal, gases


condensáveis e gases não condensáveis (GNC), entretanto os rendimentos de cada um
destes produtos podem variar conforme o processo empregado. Os GNC são constituídos
de hidrogênio (H2), monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4),
etano (C2H6O), dentre outros, sendo que o CO2 corresponde cerca de 62% da composição
total. Este gás pode ser aproveitado em culturas, auxiliando no crescimento de plantas
cultivadas em casas de vegetação, diminuindo assim a emissão deste na atmosfera. O
objetivo dessa pesquisa foi analisar a produção de gases não-condensáveis a partir do uso
de diferentes taxas de aquecimento para a espécie Acariquarana (Rinorea guianensis).
Para isto foram coletadas amostras de 3 árvores de Rinorea guianensis, sem diferenciação
de posicionamento e confeccionados corpos-de-prova de 2x2x6cm (tangencial x radial x
axial). O material foi carbonizado em forno de resistência elétrica (mufla), sendo este
acoplado a um condensador com resfriamento em água controlado. No processo de
carbonização foi empregada temperatura máxima de 450°C com tempo de residência de
30 minutos na temperatura máxima, empregando-se duas taxas de aquecimento, sendo
1.6°C.min-1 e 5.0°C.min-1. Os dados obtidos foram tabulados e analisados no software R
v.3.3.3, pacote agricolae com auxílio do teste não-Paramétrico Kruskal-Wallis, a 5% de
significância. Foram obtidos valores médios do rendimento em gases não-condensáveis
e coeficiente de variação para cada taxa de aquecimento. A taxa de 1.6°C.min-1 teve um
rendimento em GNC de 32,73%, com coeficiente de variação de 10,82%. Já a taxa de
5.0°C.min-1, obteve rendimento em GNC de 25,75%, com coeficiente de variação de
21,82%, com diferenças significativas para as duas taxas avaliadas. Quando o objetivo é
a obtenção de maior quantidade GNC para a espécie avaliada, é interessante a utilização
de taxa de aquecimento mais baixa.
Palavras-chave: pirólise; acariquarana; GNC; madeiras amazônicas; energia da
biomassa.

Agradecimentos: Ao Laboratório de Tecnologia da Madeira – LTM, pela contribuição


essencial nessa pesquisa.

89
ENSAIO DE CISALHAMENTO PARALELOS ÀS FIBRAS EM MADEIRA DE
GALHOS DA ESPÉCIE Astronium lecointei

SOUZA, C.V.V.1; FERREIRA, M.A.1; DOURADO, R.S.A.²; MOUTINHO, V.H.P.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém, Pará, Brasil. cvinicius.vvs@gmail; ²Laboratório de


Tecnologia da Madeira. Santarém, Pará, Brasil.

Os ensaios de caracterização, em corpos de prova sem defeitos, têm como objetivo determinar o
potencial de usos das espécies de madeiras, seja por meio de análise destas propriedades ou pela
comparação com espécies já tradicionalmente utilizadas no mercado. A madeira de Astronium
lecointei, popularmente conhecida como Muiracatiára é muito durável, de forma que dificilmente
sofre ataques de organismos xilófagos. Em ambiente natural a madeira demonstra uma
durabilidade média de sete anos. Este trabalho teve o objetivo de determinar a resistência
mecânica ao cisalhamento da madeira de galhos da espécie Astronium leicontei. Utilizando
material de três indivíduos diferentes, com o auxílio de uma serra circular de mesa, foram
confeccionados 4 corpos de prova por arvore com dimensões estabelecidas pela NBR
7190/97. Após o preparo, os mesmos foram aclimatados afim de obter a estabilidade em
sua umidade. O ensaio foi realizado na Máquina de Ensaios Universal EMIC, modelo DL
– 300kN. O valor médio do Modulo de Ruptura à 12% de umidade das doze amostras
ensaiadas foi de 10,60MPa, inferior em comparação aos valores encontrados para o fuste
da mesma espécie sendo de 23,9MPa na condição verde. A discrepância do resultado é
explicada por se tratar de um material proveniente de galhos que possuem diferenças
anatômicas em seu lenho que influenciam diretamente a resistência mecânica da madeira.
Dessa forma foi constatado uma menor resistência nos galhos da espécie quando
comparadas com madeira do tronco, impossibilitando assim o seu uso para atividades que
envolvem o esforço de cisalhamento. No entanto, a madeira dos galhos da espécie
apresenta potencial para confecção de artigos como móveis, cabos, caixas, artigos de
decoração e etc pois sua resistência é próxima à resistência do Eucalyptus saligna que é
de 12,98 MPa sendo essa uma das espécies bastante utilizada para movelaria e carpintaria.
Palavras-chave: cisalhamento; muiracatiara; amazônia; resíduos.

Agradecimentos: A Deus e ao Laboratório de Tecnologia da Madeira junto ao Grupo de


Pesquisa em Madeiras Amazônicas por todo o apoio prestado durante a realização deste
trabalho.

90
ENSAIO DE CISALHAMENTO PARALELOS ÀS FIBRAS EM MADEIRA DE
GALHOS DA ESPÉCIE Manilkara huberi (Ducke) A. Chev.

SOUZA, C.V.V.1; FERREIRA, M.A.1; DOURADO, R.S.A.²; MOUTINHO, V.H.P.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém, Pará, Brasil. cvinicius.vvs@gmail; ²Laboratório de


Tecnologia da Madeira. Santarém, Pará, Brasil.

A madeira é um material biológico, heterogêneo e bastante complexo, com elevada


variabilidade em relação às suas características e propriedades, desta forma o estudo de
suas propriedades físicas e mecânicas se faz necessário para aumentar o conhecimento a
respeito do seu potencial de utilização, adequando seu uso, onde uma das formas mais
comuns para conhecer as características do material é realizando ensaios mecânicos em
laboratório. Os ensaios mecânicos são, normalmente, regidos por normas técnicas, de
modo que haja uma uniformização e acúmulo de informação intercambiável referente às
diferentes espécies de madeira do mundo. A madeira de Manilkara sp., popularmente
conhecida como maçaranduba ou paraju, é uma das mais empregadas em estruturas de
madeira, principalmente, nas regiões Centro Oeste, Sudeste e Sul do Brasil além de ser
uma das madeiras mais comercializadas no Pará. O objetivo deste trabalho é determinar
a resistência mecânicas ao cisalhamento da madeira de galhos da espécie Manilkara sp.,
resíduo que é quase sempre descartado durante a extração madeireira na Amazônia.
Foram utilizados três indivíduos para obtenção de material, foram confeccionados, com
o auxílio de uma serra circular de mesa, 12 corpos de prova de acordo com a NBR
7190/97. Após o preparo destes, os mesmos foram aclimatados até atingir umidade
próxima à 12%. A ocorrência dos ensaios se deu através da Máquina de Ensaios Universal
EMIC, modelo DL – 300kN. O valor médio do Módulo de Ruptura foi de 13,75MPa,
comente na literatura podemos encontrar valores como 14,90 e 16,3 MPa, para o fuste de
espécies desse gênero. Desta forma, fica claro que mesmo possuindo menor média de
resistência ao cisalhamento o uso desse material continua sendo recomendado para os
mesmos fins, pois, no esforço de cisalhamento paralelo às fibras, a resistência máxima
não se distancia de forma gritante do valor encontrado para o fuste. Apesar de exibir
diferenças quanto a composição do lenho a madeira de galhos desse gênero, continua
apresentando elevada massa específica e ótima durabilidade quando exposta a
intempéries.
Palavras-chave: cisalhamento; maçaranduba; Amazônia; resíduos.

Agradecimentos: A Deus e ao Laboratório de Tecnologia da Madeira junto ao Grupo de


Pesquisa em Madeiras Amazônicas por todo o apoio prestado durante a realização deste
trabalho.

91
ESTUDO ENERGÉTICO DE RESÍDUOS DE GALHO DA ESPÉCIE Dipteryx
odorata (Aublet.) Wild.

RODRIGUES, T.A.F.¹; VIEIRA, J.S.¹; MOUTINHO, V.H.P.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém - PA. tthaizarodrigues@gmail.com; ² Universidade


Federal do Oeste do Pará. Santarém – PA.

Para o uso racional e adequado dos resíduos florestais, torna-se necessário o


conhecimento de suas propriedades tecnológicas. Diante disso o trabalho teve como
objetivo verificar o potencial energético do resíduo da madeira de galho da espécie
Dipteryx odorata através de comparação com o material do tronco. Para tanto, coletou-se
material na área de floresta pública da Gleba Nova Olinda, onde foram selecionados
galhos provenientes de três árvores, e para comparação o material do fuste de outro
individuo, seguindo o critério de diâmetro ≥ 50 cm, dos quais foram obtidos pranchões
centrais de onde foram retirados serragem para realização do trabalho. As análises foram
realizadas no Laboratório de Tecnologia da Madeira, vinculado a Universidade Federal
do Oeste do Pará. Utilizaram-se as posições do galho e do fuste como tratamento, para
cada repetição realizou-se a triplicata do material. A composição química imediata da
madeira foi determinada de acordo com a ASTM D-1762-82, com determinação do teor
de matérias voláteis, cinzas e carbono fixo, em base seca. Os dados foram analisados
através do software RStudio. Os valores médios para matérias voláteis, carbono fixo e
cinzas, a citar 75,03%, 0,24% e 24,61% respectivamente, são estatisticamente
semelhantes ao material do tronco para a espécie. A madeira de resíduo de Dipteryx
odorata galho apresenta o mesmo desempenho que a madeira do fuste quando usada para
fins energéticos.
Palavras-chave: análise imediata; resíduo florestal; espécie amazônica.

92
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA FINAL DE CARBONIZAÇÃO NO
RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO EM CARVÃO DE Alexa grandiflora

MOREIRA, L.S.1; SAMPAIO, J.S.1; CARMONA, I.N.1; DILL, S.1; MOUTINHO, V.H.P.1
1
Instituto de Biodiversidade e Floresta - Universidade Federal do Oeste do Pará,
moreira.leticia94@gmail.com.

No Brasil, entre as diversos fontes de energia renovável, encontra-se o carvão vegetal, o


qual é um dos principais insumos da indústria siderúrgica. No processo de obtenção do
carvão vegetal, diferentes produtos são gerados e as características do produto final são
influenciadas, principalmente, pela temperatura final do processo de carbonização. O
presente estudo visa verificar a influência da temperatura final de carbonização no
rendimento em carvão vegetal de melancieira (Alexa grandiflora Ducke). O material
utilizado foi composto por amostragem em triplicata de três indivíduos para cada
temperatura. As amostras foram secas e submetidas ao processo de carbonização, o foi
realizado em mufla elétrica acoplada à um reator e condensador, aplicando-se a taxa de
aquecimento com aumento de 1,6ºC/min, sendo mantida a temperatura máxima durante
60 minutos. As temperaturas finais de carbonização foram de 300, 400 e 500ºC. As
análises estatísticas foram realizadas com auxílio do programa RStudio, aplicando-se o
teste Tukey ao nível de 95% de significância. Foram encontrados valores médios de
rendimento de 47,25% em 300ºC, 36,47% para 400ºC e 32,94% em 500ºC, constatando-
se diferença estatisticamente significativa entre os tratamentos. Observou-se significativo
decréscimo no rendimento gravimétrico à medida em que a temperatura final de
carbonização foi elevada. Tal fenômeno pode ocorrer devido às características inerentes
à cada espécie madeireira em que quanto maior o valor de temperatura máxima, menor
será o rendimento gravimétrico em carvão, devido à maior exposição aos efeitos da
degradação térmica de seus componentes.
Palavras-chave: melancieira; rendimento gravimétrico; energia da madeira.

93
PODER CALORÍFICO DA MADEIRA DE Cassia Ramiflora Vogel

FERREIRA, J.S. da S.1; RODRIGUES R. de A.1; de SOUZA C.V.V.¹; MOUTINHO


V.H.P.²

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém - PA. sabrina8060@gmail.com; ² Universidade


Federal do Oeste do Pará. Santarém - PA.

Entre as fontes de produção de energia no Brasil, o petróleo é a principal fonte energética,


entretanto, o país possui outras alternativas, tais como a biomassa, considerada fonte
renovável para produção de energia e uma alternativa viável para a diversificação da
matriz energética em substituição aos combustíveis fósseis. Diante disso, faz-se
necessário a caracterização energética de espécies madeireiras, visto que o processo de
produção de desdobro primário gera uma quantidade significativa de resíduos. Neste
contexto, insere-se a Cassia ramiflora Vogel, espécie pouco estudada, mas com grande
potencial madeireiro, por possuir madeira muito pesada e de alta densidade. Tendo em
vista a importância de estudos acerca das propriedades energéticas para a melhor
utilização da biomassa para produção de energia, objetivou-se avaliar o poder calorífico
superior (PCS), através da análise química imediata, da madeira de Cassia ramiflora
Vogel. O valor de PCS encontrado (4.444kcal/kg-1) foi similar com o PCS obtido pelas
literaturas de Eucalyptus saligna Sm. (4.580), uma das espécies mais utilizadas para a
produção de carvão vegetal. Além disso, houve semelhança com os valores de PCS
encontrados em literaturas das espécies Hymenaea courbaril L. (4.792kcal/kg-1) e
Manilkara huberi (Ducke) Chevalier (4.793 kcal/kg-1), que estão entre as mais
comercializadas na cidade de Santarém-PA.
Palavras-chave: biomassa; propriedades energéticas; análise imediata.

94
RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA DE Manilkara huberi EM UMA
SERRARIA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ

SOUSA, M.C.1; GOMES, V.S.1; SOUSA, S.S.¹; CAMPOS, B.F.¹; COSTA, M.K.S.¹

¹Instituto de Biodiversidade e Florestas, Universidade Federal do Oeste do Pará, Rua Vera Paz, s/n, Salé,
68010-460. mariane.c.sousa@hotmail.com

O setor madeireiro tem uma grande importância para a Amazônia, assim como para outras
regiões do país por se tratar de um importante gerador de renda, além disso, a Amazônia
por ter uma extensa área florestal mostra o enorme potencial do país para a fabricação de
produtos de madeira, como a madeira serrada. Entre as estratégias para produção de
madeira serrada, podemos destacar como fator fundamental o rendimento da mesma.
Além deste fator, o tratamento que é dado às toras ainda no pátio da serraria e outras
decisões de como as técnicas de desdobro são fundamentais para que se obtenha um alto
rendimento. Com isso, este trabalho teve por objetivo avaliar o rendimento em madeira
serrada no processo de desdobro de seis toras de maçaranduba com diâmetros diferentes
em uma serraria localizada no município de Santarém, Pará. Para a obtenção dos volumes,
foram selecionadas aleatoriamente seis toras da espécie Manilkara huberi, e medidos o
comprimento e o diâmetro das duas extremidades com o auxílio de uma fita diamétrica.
Para realizar a determinação do volume com casca em m³ de cada tora utilizou-se a
πD2 L
formula VT = 40000 .O volume foi calculado pela formula Vp = E * L* C e o rendimento
ΣVms
volumétrico em madeira serrada pela formula RVT% = ×100%. A obtenção do
VTora
volume de resíduos de costareiras foi efetuada utilizando se a equação VR = VT - VS.
Com isso, os maiores volumes em metro cubico de madeira foram encontrados nas toras
5, 3 e 1 respectivamente (1.9623, 1.8666, 1.6559 m³) e isso se deu devido as mesmas
apresentarem maior diâmetro e comprimento. De forma geral as toras de maçaranduba
apresentaram um rendimento médio de 32,57% e uma amplitude que varia de 29,37% a
35,66%. O rendimento em madeira serrada para a espécie maçaranduba na serraria
estudada, embora apresentando valores aceitáveis para a Amazônia é considerado baixo,
dado a grande importância econômica da espécie.
Palavras-chave: Maçaranduba; resíduos, desdobro, volume.

95
RENDIMENTO EM LÍQUIDO PIROLENHOSO PARA Rinorea guianensis

CARDOSO JÚNIOR, C.D.1; ANDRADE, F.W.C.2

Laboratório de Tecnologia da Madeira – Discente da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA.


1

Rua Vera Paz, s/n, Cep. 68.035-110, Bairro Salé, Santarém-Pará, Brasil. Email:
cezar.cardosojr@gmail.com. ²Laboratório de Tecnologia da Madeira – Docente da Universidade Federal
do Oeste do Pará – UFOPA. Rua Vera Paz, s/n, Cep. 68.035-110, Bairro Salé, Santarém-Pará, Brasil.

A carbonização da madeira tem como finalidade a produção de carvão vegetal, além


disso, produz coprodutos como os gases condensáveis e não condensáveis. Os gases
condensáveis, conhecidos como líquido pirolenhoso, são compostos químicos formados
por água, ácido acético, ácido fórmico, álcool metílico, álcool etílico, acetona, alcatrão,
éter, entre outros, tendo diversas finalidades comerciais uso na forma de fertilizantes na
agricultura. Outros compostos presentes neste coproduto, por exemplo, o alcatrão, pode
ser usado de forma isolada, como combustível e preservativos de madeira, podendo ser
matéria-prima nas indústrias química e farmacêutica, já o ácido acético, é utilizando, de
maneira diluída, como controle de pragas e doenças. O objetivo deste estudo foi avaliar a
influência de diferentes taxas de aquecimento no rendimento em líquido pirolenhoso da
espécie Acariquarana (Rinorea guianensis). Para isto foram coletadas amostras de 3
árvores de Rinorea guianensis, sem diferenciação de posicionamento e confeccionados
corpos-de-prova de 2x2x6cm (tangencial x radial x axial). O material foi carbonizado em
forno de resistência elétrica (mufla), sendo este acoplado a um condensador com
resfriamento em água controlado. No processo de carbonização foi empregada
temperatura máxima de 450°C com tempo de residência de 30 minutos na temperatura
máxima, empregando-se duas taxas de aquecimento, sendo 1.6°C.min-1 e 5.0°C.min-1. Os
dados obtidos foram tabulados e analisados no software R v.3.3.3, pacote agricolae com
auxílio do teste Paramétrico ANOVA, a 5% de significância. Para taxa de 1.6°C.min -1
obteve-se rendimento em liquido de 35,79% com 7,60% de coeficiente de variação. Já
para taxa de 5.0°C.min-1 foram observados rendimentos em liquido de 46,35% com
coeficiente de variação de 12,16%, com diferenças significativas para as duas taxas.
Portanto, quando o objetivo for aquisição de maior quantidade de líquido pirolenhoso
para algum fim, recomenda-se a utilização de taxa de aquecimento maior.
Palavras-chave: pirólise; Acariquarana; gases condensáveis; madeiras amazônicas;
energia da biomassa.

Agradecimentos: Ao Laboratório de Tecnologia da Madeira – LTM, pela contribuição


essencial nessa pesquisa.

96
RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO DO CARVÃO VEGETAL DE Swartzia
laurifolia EM DIFERENTES TEMPERATURAS

LOPES, D.S.1; BRAGA, B.A.1; JUNIOR, C.D.C.¹; MOUTINHO, V.H.P.¹

¹Instituto de Biodiversidade e Florestas - Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n,
Bairro Salé. deboradesousalopes@gmail.com

A carbonização é o procedimento em que a madeira é submetida ao termotratamento com


condições controladas de temperatura e atmosfera. A faixa de temperatura final e a taxa
de aquecimento empregadas nesse processo podem ter grandes influências sobre a
quantidade e a qualidade do carvão vegetal obtido. Neste estudo foram testadas diferentes
temperaturas finais objetivando comparar o rendimento gravimétrico do carvão vegetal
de uma espécie florestal. Os discos foram coletados da base de três árvores, os quais foram
transformados em cunhas e, posteriormente, em corpos de prova de 2x2x4 cm com duas
repetições por tratamento. Para a carbonização, utilizou-se uma mufla acoplada a um
reator e condensador, trabalhando-se temperaturas finais de 300, 400 e 500°C. Os
resultados obtidos foram avaliados pelo teste de comparação de médias de Tukey a 5%
de probabilidade. Notou-se uma significativa redução no rendimento gravimétrico, a citar
49,68; 42,46 e 37,63%; à medida em que se aumentou a temperatura final de
carbonização. Isso ocorre devido às características de cada espécie e que, para uma
mesma espécie, quanto maior os valores de temperatura máxima, menor será o
rendimento gravimétrico do carvão, em razão ao maior tempo de exposição aos efeitos
degradantes da energia térmica.
Palavras-chave: carbonização; temperatura final; gombeira.

97
RENDIMENTO GRAVIMÉTRICO EM CARVÃO E PODER CALORÍFICO DE
OURIÇOS DE CASTANHA-DO-PARÁ (Bertholletia excelsa Bonpl.)

CARMONA, I.N.1; SAMPAIO, J.S.1; DA LUZ, P.A.S.1; ANDRADE, F.W.C.1


1
Laboratório de Tecnologia da Madeira, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, Brasil.
iaranobrecarmona@gmail.com

A prática extrativista da Castanha-do-Pará a obtenção de suas amêndoas, apresenta-se


como principal fonte de renda para comunidades na região amazônica, com grande
influência nas questões sociais, políticas e econômicas. Entretanto, no beneficiamento da
castanha, cerca de 90% do fruto (maior parte do ouriço) é descartado. Uma das
alternativas de uso desses resíduos é a produção de carvão vegetal. Neste sentido, o
presente estudo teve como objetivo avaliar o rendimento gravimétrico e o poder calorífico
superior do carvão de resíduos (ouriços) produzidos a partir da extração comercial das
amêndoas de Bertholletia excelsa Bonpl. Para isto, os ouriços, coletados em comunidades
próximas a cidade de Santarém, foram misturados a fim de homogeneizar o material e
divididos em três amostras. Estas foram carbonizadas em forno do tipo mufla por meio
de um reator em aço inoxidável, a uma taxa de aquecimento de 1,67°C/min e temperatura
final a 450°C, mantida por 60 minutos. Antes e após a carbonização, a massa das amostras
foi determinada em balança analítica para obtenção do rendimento gravimétrico em
carvão. O poder calorífico superior foi estimado aplicando-se a fórmula de Goutal. As
análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do programa Assistat versão 7.7,
aplicando-se o teste de Tukey ao nível de 95% de significância. O carvão de resíduos do
ouriço apresentou rendimento gravimétrico em carvão de 34,7% e poder calorífico
superior de 6494,8 Kcal/Kg. Os valores encontrados tanto para rendimento gravimétrico
quanto para poder calorífico superior foram semelhantes aos encontrados em literatura
para outros resíduos lignocelulósicos. Conclui-se, portanto, que o resíduo do fruto da
Castanha-do-Pará possui potencial para fins energéticos.
Palavras-chave: aproveitamento de resíduos, carvão vegetal, extrativismo, bioenergia.

98
TEOR DE LIGNINA DE RESÍDUOS DE Cedrela odorata PARA FINS
ENERGÉTICOS

CRUZ, M.B.S.¹; QUEIROZ, K.H.S.¹; VIEIRA, J.S.¹; MOUTINHO, V.H.P.²

¹Laboratório de Tecnologia da Madeira – Universidade Federal do Oeste do Pará.


mbeatrizcruz1@gmail.com

A produção de carvão tem como atendimento muitos setores industriais, a citar as


siderúrgicas, fábricas de cimento, metalúrgicas e entre outras, além de destinar seu uso a
residências e estabelecimentos como olarias, padarias e churrascarias. Madeiras que
apresentam maiores teores de lignina resultam em um carvão mais resistente em suas
propriedades físico-mecânicas e tendo, assim, maiores valores de densidade. Desta forma,
destaca-se a importância de estudos relacionados a aproveitamento de resíduos
madeireiros para a sua utilização em diferentes vertentes, a fim de gerar o aproveitamento
destes resíduos na nossa região. O presente estudo tem por finalidade realizar teor de
lignina de resíduo Cedrela odorata a ter como destinação a produção de carvão vegetal.
O material analisado foi coletado da Floresta Nacional do Tapajós – Flona, localizado
próximo do município de Santarém, no Estado do Pará. Foram coletados resíduos de
galho de três árvores da espécie Cedrela odorata, após a coleta os mesmos foram
acondicionados no Laboratório de Tecnologia da Madeira – LTM, situado na
Universidade Federal do Oeste do Pará. Para a realização do teor de lignina foi utilizado
a norma ASTM D1106-96. Os resultados obtidos para teor de lignina dos resíduos de
galho foram de 32,8%, estes resultados foram considerados satisfatórios para a produção
de carvão vegetal, já que em estudos encontrados em literatura para valores de lignina
foram de 25,2% para Eucalyptus, espécie mais utilizada para energia. Assim, podemos
concluir que os resíduos das espécies de Cedrela odorata estão aptos para fins
energéticos.
Palavras-chaves: carvão, Flona, madeira.

99
OUTROS
ANÁLISE DO CONHECIMENTO TRADICIONAL A CERCA DO
EXTRATIVISMO VEGETAL NA AMAZÔNIA POR ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL

FERREIRA, B.O.1; LOBATO, C.C.S.1; PENISCH, D.C.S.¹; ALMEIDA, R.H.C.²

¹Universidade Federal Rural da Amazônia. Belém- PA, Brasil. milacristina2@gmail.com.

O extrativismo vegetal é abordado em sala de aula no ensino fundamental, dada a


importância desse assunto na atualidade. Este trabalho objetivou levantar dados acerca do
conhecimento de “Extrativismo vegetal na Amazônia” por alunos do 7º ano da escola
pública “Fé em Deus” localizada em Belém do Pará, buscando identificar as dúvidas mais
frequentes dos alunos a acerca da temática, especificamente compreender o discurso dos
atores sobre o conceito de extrativismo, desenvolvimento e sustentabilidade na
Amazônia. A metodologia consistiu na análise dos dados dos questionários aplicados
contendo 10 perguntas subjetivas referentes ao tema “Extrativismo na Amazônia: limites
socioambientais” para 20 crianças e em seguida fez-se o desenvolvimento do produto na
forma de cartilha. Quando questionado o conceito de extrativismo vegetal, os
entrevistados definiram como a extração/retirada dos recursos naturais da floresta para
serem vendidos ou industrializados ou para sua própria subsistência. Sobre os
extrativistas, populações tradicionais que desenvolvem essa atividade e motivação dos
mesmos, 75% responderam que os povos tradicionais utilizam o extrativismo para se
sustentar, e o restante dos alunos disseram que usam os recursos para a sua sobrevivência.
Importância das populações extrativistas, 60% disseram que as comunidades extrativistas
são importantes para exploração de recursos da Amazônia, 25% não souberam responder
e o restante afirmaram que são importantes pois participam da economia da região.
Quando questionado se os atores já tiveram oportunidade de conhecer alguém que exerça
a atividade extrativista, 45% não conhecem nenhuma comunidade tradicional e 55% já
estiveram em uma ou possui familiares no local, o que reafirma a proximidade da temática
com a vida dos atores. Sobre a relação entre extrativismo vegetal e a sustentabilidade,
60% responderam que a sustentabilidade está relacionada aos cuidados que temos que ter
com a floresta, 30% disseram que o extrativismo está ligado a subsistência e o restante
não souberam responder. Quando comparado com a literatura, e analisando a ementa de
“Estudos Amazônicos”, as respostas foram insatisfatórias, portanto é possível afirmar que
a escola “Fé em Deus” não está atingindo os objetivos da ementa da disciplina,
especificamente sobre Extrativismo Vegetal, então a proposta foi uma cartilha
simplificada para melhor compreensão da importância cultural e histórica da atividade,
questão em que as dúvidas foram pertinentes.
Palavras-chave: educação ambiental; estudos amazônicos; história da Amazônia;
população tradicional; história do Pará.

101
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU EM RELAÇÃO À
PRECIPITAÇÃO TOTAL NO MUNICÍPIO MEDICILÂNDIA-PA

SOUSA, W.N.1; BRITO, N.F.1; OLIVEIRA, I.P.¹; REIS, I.M.S.²


1
Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém. Email willianifty@hotmail.com; ²Universidade
Federal do Oeste do Pará. Santarém.

O estado do Pará é o segundo maior produtor de cacau brasileiro, esse sistema produtivo
emprega grande número de pessoas e os produtos derivados são consumidos no mundo
todo. O município de Medicilândia no estado do Pará se destaca na produção
apresentando maior produção e produtividade dentre os municípios do Brasil. Dentre os
fatores que influenciam na produção, destaca-se a quantidade de chuva anual que deve
ser adequada e bem distribuída durante o ano. Diante disto o presente trabalho teve como
objetivo avaliar a evolução da produção de cacau no município de Medicilândia em
relação às precipitações médias anuais. O trabalho foi realizado através de dados
meteorológicos obtidos através do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET e de
produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE nos anos de 2009 a
2015. Segundo os dados obtidos é perceptível que a área colhida no período de 2009 a
2015 aumentou em 43,47%, passando de 2.0752 hectares para 3.6713 hectares, assim a
produção também aumentou em 177,89% passando de 18.333 toneladas para 41.868
toneladas, no entanto a quantidade produzida teve um aumento muito maior que a área
colhida, o que podemos notar um incremento na produtividade nesse período, que passou
de 883,4 Kg/ha em 2009 para 1.140,4 Kg/ha em 2015. A precipitação média anual durante
esse período foi de 2077,16 mm, o ano de 2009 teve a maior precipitação total registrada,
mostrando que não foi a falta de chuva o responsável pela baixa produção e produtividade
desse ano, podendo estar relacionada a outros fatores como temperatura, doenças, excesso
de chuva dentre outros. O ano de 2015 apresentou queda na produção de amêndoas de
cacau em relação ao ano de 2014, com diferença de 22 toneladas, podendo estar
relacionada com queda na precipitação anual na qual foi registrada 1618,4 mm, uma
diferença de 383,3 mm em relação ao ano de 2014. Diante do que foi analisado,
concluímos que a produção e produtividade aumentaram significativamente nesse
período, como também a área colhida, a precipitação de chuva adequada é necessária
além da avaliação de outros fatores ambientais que influenciam na produtividade da
cultura.
Palavras-chave: Theobroma caca; produtividade; necessidade hídrica.

102
CARACTERIZAÇÃO DAS AREAS DE EMBARGO AMBIENTAL NO ESTADO
DO PARÁ NOS ANOS DE 2006 A 2016

LIMA, M.W.D.S¹; PAULETTO, D.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n., Salé. maxlimaitb@hotmail.com.

A crescente preocupação com o desmatamento de florestas nativas brasileiras fez com


que houvesse uma maior atenção por parte dos legisladores a respeito das atividades que
envolvem diretamente ou indiretamente a exploração madeireira. Desmatar, destruir,
impedir, dificultar ou danificar florestas ou outras formas de vegetação protegidas por lei,
tal área, torna-se passível de inscrição na Lista do Desmatamento Ilegal – LDI sendo alvos
de autuação ou embargo, pelas SEMAS (PA), órgãos municipais ou IBAMA. Neste
contexto, como o ideal de suprir a demanda de matéria prima florestal surgiram as
normativas que regem a reposição florestal. O objetivo do presente trabalho foi
diagnosticar a demanda de reposição florestal obrigatória a compensar danos ambientais
oriundos de áreas embargadas por conta de desmatamento no município de Santarém.
Para tal foram utilizados dados secundários sobre áreas embargadas por desmatamento,
entre os anos de 2006 e 2016, disponível no portal de consulta sobre auto de infração
ambiental do IBAMA. O processamento dados e o mapeamento para diagnóstico das
áreas passiveis de reposição florestal, foram realizados pelos softwares Microsoft Excel.
A partir deste estudo identificou-se que a infração de flora e desmatamento ou danificação
de qualquer cobertura vegetal, oriunda de área de preservação permanente e/ou reserva
legal, foi a maior causa de infração e embargo no Estado do Pará no período avaliado.
Observou-se que os anos de 2008 e 2013 se apresentaram como os maiores e menores
índices de infrações, com 393 e 11 embargos, respectivamente. Dentre os 144 municípios
que compõem o Estado do Pará, Altamira, Novo Progresso e São Félix do Xingu,
expressam as maiores ocorrências de áreas embargadas, em contrapartida a isto, os
municípios de Afuá e Santa Isabel do Pará, indicam os mais baixos índices de embargo
no período de análise.
Palavras-chave: floresta; reflorestamento; desmatamento.

103
CARACTERIZAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS DE INCÊNDIOS
FLORESTAIS NA RESERVA BIOLÓGICA DO LAGO PIRATUBA (AMAPÁ –
BRASIL)

SOUZA, A.P.¹; RABELO, F.G.2


1
Acadêmico de Engenharia Florestal, Bolsista PROBICT/UEAP, Departamento de Engenharia Florestal,
Universidade do Estado do Amapá. Avenida Salgado Filho, 1303, CEP 68901-281, Macapá (AP). E-mail:
alandelapena@hotmail.com; ² Engenheiro Florestal. Doutorando em Biodiversidade Tropical/UNIFAP e
professor da Universidade do Estado do Amapá. Avenida Salgado Filho, 1303, CEP 68901-281, Macapá
(AP). Atuante na área de Silvicultura. Email: frabelo-ap@uol.com.br

O Brasil é recordista em queimadas e incêndios florestais. Nesse total, mais da metade


acontece na Amazônia legal são várias as formas, alguns ocorrem em áreas de
conservação, que podem ser de uso direto e indireto. O presente estudo objetivou
caracterizar os incêndios florestais e dimensionar, avaliar e identificar os impactos
ambientais causados por queimadas na Reserva Biológica (REBIO) do Lago Piratuba,
localizada no extremo leste do estado do Amapá. Para esta pesquisa foram utilizados
dados secundários a partir da análise de relatórios técnicos fornecidos pelo o Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), referentes ao triênio 2012,
2013 e 2014. A ausência de estudos sobre a área da Reserva Biológica remete a relevância
que novos estudos sejam feitos. A região conta com uma fauna muito rica e diversificada,
além de ser um importante viveiro de diversas aves migratórias e área de desova de
tartarugas marinhas. Em sua flora existe grande diversidade de formações vegetais e
ecossistemas, abrigando algumas manchas de floresta tropical densa de planície aluvial,
compreendendo a sub-região dos campos de planície do Amapá e a sub-região do litoral
(manguezal), bem como os ecossistemas de transição entre estas formações. Os incêndios
florestais contribuem para a deterioração ambiental, destruição de paisagens, perda de
reservas florestais e comprometimento do equilíbrio ecológico. O grau de antropização
depende da intensidade, duração, frequência, forma e extensão dos incêndios e
principalmente da vulnerabilidade do ecossistema. Por meio desse trabalho identificou-
se que de Julho a Dezembro são os meses de maior ocorrência dos incêndios, a vegetação
mais atingida trata-se das manchas de florestas tropicais, cerrado e gramíneas naturais e
plantadas na área, as formas ocorrentes de incêndios na REBIO tratam-se de incêndios de
copa, incêndios de superfície e incêndios subterrâneos e verificou-se que nos anos de
2012/2013 foi período com maior amplitude dos incêndios chegando a alcançar
aproximadamente vinte e seis 26 mil hectares. A antropização foi o principal fator dos
incêndios e queimadas criminosas, sejam elas para renovação da pastagem nas atividades
agropastoril e também na atividade pesqueira nos lagos que cercam a região.
Palavras-Chaves: deterioração ambiental, reserva biológica, antropização, impacto
ambiental.

104
DIAGNOSE DE MANCHA ALVO NA FOLHA DE MAMOEIRO NO
MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ

SOUZA, L.N.¹; ASSUNÇÃO, A.C.F. de¹; COELHO, L.L.C.¹; COSTA, V.S.O.¹

¹Acadêmico do Curso de Bacharelado em Agronomia da Universidade Federal do Oeste do Pará, Instituto


de Biodiversidade e Florestas, Santarém, PA, Brasil; E-mail: lucasnobredesouza@gmail.com

O mamão é originário do México e encontra-se em muitos países tropicais. A mancha


alvo é causada pelo fungo Corynespora casiicola. A doença tem atraído maior atenção
nos últimos anos devido a surtos mais precoces e mais intensos, que resultam em danos à
produção do mamão. Este trabalho teve como objetivo fazer uma diagnose campal e
laboratorial de mamoeiros com os sintomas da mancha alvo em Santarém, Pará. O
diagnóstico foi realizado em abril de 2016, a partir de material coletado de uma
propriedade produtora de mamão cultivar Sunrise Solo, na comunidade Jacamim. No
campo a plantação apresentava incidência de 80% das plantas com presença de manchas
cloróticas e necróticas nas folhas e nos pecíolos. No Laboratório de Fitopatologia do
IBEF/UFOPA procedeu-se, à melhor visualização dos sintomas utilizando
estereomicroscópio. Foram coletados da superfície das folhas as estruturas do patógeno,
com o auxílio de uma agulha histológica, assim como confeccionado câmara úmida para
a visualização dos sinais em microscópio óptico. Os sintomas e sinais diagnosticados da
doença tanto a campo como no laboratório, foram registrados fotograficamente com uma
câmera de celular e comparados com as descrições de literatura especializada. No início
as lesões são apenas cloróticas, pequenas (< 1cm de diâmetro) e se concentram próximo
às nervuras do limbo foliar. Observou-se em fase mais avançada, o desenvolvimento de
área necrótica no centro da lesão, conferindo um formato arredondado a irregular,
atingindo até 2,5cm de diâmetro. A área necrótica apresenta depressão e a lesão é
circundada por um halo amarelo. Através da constatação da produção de conídios longos,
afiados, com 5 a 15 pseudosseptos, formados no ápice dos conidióforos, concluiu-se que
a doença estudada se refere à mancha alvo do mamoeiro causada pelo fungo Corynespora
casiicola.
Palavras-chave: mamão; Corynespora casiicola; defesa vegetal

105
EFEITO DA LUZ SOBRE AS TROCAS GASOSAS EM MUDAS DE PAU ROSA

BRITO, N.F.1; OLIVEIRA, I.P.1; SOUSA, W.N.1; GOMES, E.S.1; TRIBUZY, E.S.²
1
Universidade Federal do Oeste do Pará. Santarém. Email nayanebrito4@gmail.com; ²Universidade
Federal do Oeste do Pará. Santarém.

A radiação solar é um fator determinante para crescimento e desenvolvimento das plantas.


Plantas de Aniba roseaodora Ducke, conhecidas como Pau-rosa, pertencente à família
Lauraceae. É uma árvore de grande valor econômico, ecológico e apresenta propriedades
importantes para a indústria farmacêutica. O objetivo foi verificar o efeito de diferentes
níveis de radiação sobre as taxas de trocas gasosas. O trabalho foi realizado no viveiro
florestal da Universidade Federal do Oeste do Pará, com 20 mudas alocadas em canteiros
com quatro diferentes níveis de sombreamento: 0% (T0), 30% (T1), 50% (T2) e 75% (T3)
e para causar os efeitos de sombreamento, utilizou-se sombrites de diferentes malhas. As
plantas foram acompanhadas por sessenta dias após a indução do tratamento, quando
foram realizadas as medições de trocas gasosas com auxílio de um Analisador de Gás por
Infravermelho: Li-Cor 6400 (Licor, lincon, NE, USA). As variáveis observadas foram:
taxa assimilatória (A), condutância (gs) e transpiração (E). O delineamento experimental
foi o inteiramente casualizado e os dados submetidos à análise de variância, ao nível de
5% de significância. Quando verificadas diferenças, aplicou-se o teste de T, Tukey, e
constatou-se que as plantas no tratamento com 50% de sombreamento apresentaram
maior atividade fotossintética que as submetidas aos demais tratamentos, entretanto a
condutância estomática e a transpiração foram maiores no tratamento com 30% de
sombreamento. Assim concluímos que o cultivo de mudas de pau rosa deve ser conduzido
com sombreamento de 50 % para o melhor desempenho das plântulas
Palavras-chave: sombreamento; fotossíntese; condutância; transpiração.

106
ESPAÇOS DE SOCIABILIDADE EM UMA COMUNIDADE DA RESERVA
EXTRATIVISTA TAPAJÓS-ARAPIUNS: BREVES NOTAS SOBRE O
PUXIRUM

NORONHA, E.C.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós), Bairro Salé CEP 68035-
110, Santarém, Pará, Brasil. evandersonnoronha@gmail.com

Resumo: Puxirum é uma palavra nheengatu, usada na cultura indígena da Amazônia


Ocidental para designar a prática de reunir pessoas para planejar e realizar ações, isto é,
trabalhar em conjunto. É realizado por diversos povos e comunidades amazônicas. Por
outro lado, a sociabilidade a qual refere-se este texto é constituída por meio da troca de
valores e/ou favores sociais ligados materialmente aos mutirões. Esta troca assume a
forma de uma produção pessoal para o usufruto da coletividade. Nesta pesquisa procurou-
se constatar o entendimento e percepção dos moradores da comunidade de Maripá a
respeito da prática do puxirum e suas implicações na vida dos comunitários. O lócus deste
trabalho foi a comunidade de Maripá, localizada na Reserva Extrativista (RESEX)
Tapajós-Arapiuns, no município de Santarém, Pará. Utilizou-se como procedimento
metodológico a história oral. Averiguou-se que a produção da comunidade se concentra
nas atividades de subsistência como a agricultura familiar, a caça, a pesca e a extração de
produtos florestais. A fabricação de farinha de mandioca é sua principal fonte de renda e
o artesanato é uma das importantes ocupações dos ribeirinhos. Verificou-se na fala dos
sujeitos que os puxiruns, ao longo dos anos, passaram a ser pouco utilizados no contexto
da agricultura familiar, destarte, causando a perda de referências sócio-histórico-culturais
nas jovens gerações da comunidade. Isso porque o resultado de tal conjunto de trocas de
dias de trabalho, ocorridas entre os sujeitos desta coletividade e entre diferentes grupos,
correspondeu a uma das primeiras formas de relações econômicas e da solidariedade
social que os une. As doações recíprocas estabelecem relações de fortes alianças,
hospitalidade, proteção e assistência mútua. Dessa maneira, conclui-se que há uma
necessidade do resgate desta prática para o fortalecimento e valorização dos laços
comunitários em Maripá, pois a perda deste costume deve-se em parte à inserção, no
contexto da comunidade, de novas formas de sociabilidade e à adoção de novos valores
pelo grupo.
Palavras-chave: maripá; rede de trocas; meio ambiente.

107
NITIDULIDAE (COLEOPTERA) EM FRAGMENTO DE CERRADÃO NO
MUNICÍPIO DE CUIABÁ, MATO GROSSO

RODRIGUES, M.L.¹; DORVAL, A.²

¹ Mestrando do PPG em Ciências Florestais e Ambientais - PPGCFA/FENF/UFMT, Cuiabá, MT, Brasil.


E-mail: marcelo536@hotmail.com; ² Professor do PPG em Ciências florestais e Ambientais -
PPGCFA/FENF/UFMT, Cuiabá, MT, Brasil.

A modificação de habitats florestais resulta em mudanças na ação biológica, afetando os


insetos, podendo causar desequilíbrios ecológicos, como a abundância e diversidade de
Coleoptera. A família Nitidulidae apresenta hábitos ecológicos diversificados e
desempenha papel fundamental no meio ambiente. E o principal dano causado por esta
família é o ataque a frutos. No presente trabalho objetivou-se conhecer a diversidade das
espécies de Nitidulidae, em um fragmento de cerradão, no período de janeiro a dezembro
de 2013, no Bairro Coxipó-da-Ponte, em Cuiabá, MT. Foram instaladas 21 armadilhas do
tipo pitfall com diferentes concentrações de atrativos em delineamento inteiramente ao
acaso. O atrativo utilizado foi álcool etílico (etanol) em diferentes concentrações,
constituindo sete tratamentos com três repetições por tratamentos. A testemunha (T1) foi
constituído de água + sal + detergente neutro. Os tratamentos com diferentes
concentrações de álcool foram os seguintes: T2(20%), T3(40%), T4(60%), T5(80%) e
T6(100%). No tratamento T7 foi utilizado o etanol hidratado (combustível). Foi coletado
um total de 8.120 indivíduos, distribuídos em seis espécies. Foram coletados 59,94% e
40,06% indivíduos, respectivamente, nos períodos de chuva (novembro a abril) e de seca
(maio a outubro). No tratamento T1(testemunha) foi coletada a menor quantidade de
indivíduos. Os tratamentos T2 e T3 juntos, foram responsáveis por 44,81% do total de
indivíduos coletados. O tratamento que utilizou etanol hidratado não apresentou diferença
estatística para os outros tratamentos com o álcool como atrativo. As espécies Stelidota
sp. com 38,31%, Lobiopa insularis Laporte, 1848 com 33,03% e Urophorus humeralis
Fabricius, 1798 com 26,01% foram as mais representativas em quantidade de indivíduos
coletados em todos os tratamentos analisados. Estas espécies de Nitidulidae mostram-se
resilientes aos ambientes antropizados, devido a ocorrência em abundancia tanto em
ambientes naturais não modificados como em áreas degradas.
Palavras-chave: cerrado; armadilha pitfall; Stelidota; lobiopa insularis; Urophorus
humeralis.

Agradecimentos: À Daniela de Cassia Bená, pela identificação das espécies. E ao


Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

108
OBJETOS DE EMBARGO PASSIVEIS DE REPOSIÇÃO FLORESTAL NO
MUNICIPIO DE SANTARÉM

LIMA, M.W.D.S.¹; PAULETTO, D.¹; RODE, R.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n., Salé. maxlimaitb@hotmail.com

O atual cenário brasileiro, em que o preço das commodities dita o ritmo do mercado e o
modelo agrícola “exclusivamente” monocultor, ineficaz do ponto de vista ambiental e
social, pode explicar como a valoração, por parte do mercado, dos produtos e serviços da
floresta acabam favorecendo o desmatamento. A crescente preocupação com
desmatamento de florestas nativas brasileiras fez com que houvesse uma maior atenção
por parte dos legisladores a respeito das atividades que envolvem diretamente ou
indiretamente a exploração madeireira, neste contexto, como o ideal de suprir a demanda
de matéria prima florestal, surgiu a reposição florestal. O objetivo do presente trabalho é
diagnosticar a demanda e elaborar estratégias de reposição florestal obrigatória a
compensar danos ambientais oriundos de áreas embargadas por conta de desmatamento
no município de Santarém. Para isso, foi feito um levantamento da legislação, no âmbito
estadual, visando o entendimento da base legal sobre o assunto, e foram utilizados dados
secundários e consultas a servidores lotados Executiva do IBAMA no presente município.
O processamento dados e o mapeamento para diagnostico das áreas passiveis de reposição
florestal, foram realizados pelos softwares Microsoft Excel e Spring 4.3, respectivamente.
Desmatar, destruir, impedir, dificultar ou danificar florestas ou outras formas de
vegetação protegidas por lei, tal área, torna-se passível de inscrição na Lista do
Desmatamento Ilegal – LDI sendo alvos de autuação ou embargo, pelas SEMAS (PA),
órgãos municipais ou IBAMA. Como resultado o estudo mostra um montante de
1.281.300,188 ha embargados, entre 2006 e 2016, passíveis de recuperação. Estudiosos
afirmam que a pecuária (extensiva) é a atividade mais fortemente correlacionada com
desmatamento, e de acordo como o presente estudo, em Santarém, esta assertiva não
demonstra ser diferente, uma vez que as florestas estão sendo derrubadas cada vez mais
rápido para a implantação da cultura da soja. Para poder vislumbrar o sonhado
desmatamento zero, será preciso um maior auxilio e apoio do governo no que tange a
derruba de floresta.
Palavras-chave: floresta; derruba; desmatamento.

109
REFLEXÕES SOBRE PRINCÍPIOS DE DIREITO AMBIENTAL

NORONHA, E.C.¹

¹Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n (Unidade Tapajós), Bairro Salé CEP 68035-
110, Santarém, Pará, Brasil. evandersonnoronha@gmail.com.

Resumo: No Direito Ambiental, percebe-se o sentido uníssono do significado da


natureza, meio ambiente e de seus elementos constitutivos, em detrimento da omissão de
aspectos contingentes da relação homem-meio. Considerando esse preceito, buscou-se
problematizar os princípios existentes na literatura brasileira de Direito Ambiental e
discutir as implicações das suas aplicações para a gestão do meio ambiente. Foi realizada
uma sistematização da interpretação doutrinária dos referidos princípios tendo como base
os escritores nacionais mais representativos do Direito Ambiental. Posteriormente, os
princípios foram problematizados com base em discussões que relativizam os conceitos
empregados no Direito Ambiental. Quanto à principiologia ambiental, encontramos na
literatura, enunciados de diferentes formas, referências aos princípios: (i) do direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, (ii) do desenvolvimento sustentável, (iii) da
prevenção, (iv) da precaução e (v) da equidade intergeracional. Todavia, a
operacionalidade das normas-princípios pode gerar efeitos contrários aos objetivos aos
quais se propõe, isto é, na busca da manutenção do equilíbrio natural dos ecossistemas e
da utilização racional dos recursos ecológicos, a aplicação do Direito pode danar o meio
ambiente, uma vez que: (i) as normas-regras (leis) apresentam uma disfunção espaço-
normativa decorrente de sua incapacidade de abarcar toda a complexidade dos sistemas
naturais e (ii) a diversidade da realidade socioambiental e as diferentes formas da relação
homem-meio são desconsideradas ou analisadas sob uma ótica excessivamente
preservacionista, sustentada pelo “mito moderno da natureza intocada”, em que
desconsidera-se, por exemplo, a influência humana na domesticação da paisagem em
florestas. Os resultados preliminares da pesquisa mostram os limites e a inadequação da
constituição e interpretação da doutrina pátria face às diversidades das condições
ecológicas e, principalmente, às múltiplas condições existenciais das sociedades na
relação com o meio onde vivem. Portanto, uma construção restritiva dos supracitados
princípios, que, por consequência, leve a uma aplicação limitada da legislação ambiental
na sua relação com as comunidades que habitam unidades de conservação e seus
manuseios com o meio, acarreta problemas de gestão ambiental e de conservação do meio
ambiente.
Palavras-chave: principiologia; meio ambiente; gestão ambiental.

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TAXA TRANSPIRATÓRIA E QUANTIA DE ESTÔMATOS EM TRÊS
ESPÉCIES FLORESTAIS NO INTERIOR DE SÃO PAULO

FURQUIM, G.A.1; OLIVEIRA, T.1; MENDES, M.M.1; OLIVEIRA, V.F.1; BRITO, F.C.1;
SIMABUKURO, E.A.²

¹Universidade Federal de São Carlos – campus Sorocaba. Rodovia João Leme dos Santos, km 110,
Sorocaba - SP. Gaf.florestal@gmail.com; ²Departamento de Biologia, Universidade Federal de São
Carlos – campus Sorocaba. Rodovia João Leme dos Santos, km 110, Sorocaba - SP.

A água é substância inorgânica mais abundante nos seres vivos, essencial para a
fisiologia. Quando a pressão hidrostática da água líquida é igual à saturação de vapor, se
torna gasosa, então o vapor d’água sai da folha para atmosfera pelos estômatos. 97% da
água se perde como vapor e 95% por estômatos, geralmente na face abaxial foliar.
Vegetais possuem diferentes taxas de transpiração e estômatos dadas características
evolutivas. Pterocarpus rohrii Vahl (Fabaceae) e Caryocar brasiliense Cambess.
(Caryocaraceae) são nativas do Brasil e utilizada na recuperação de áreas degradadas e
arborização urbana e para produção madeireira e de frutos respectivamente. O Eucalyptus
grandis W. Hill ex Maiden X E. urophylla S. T. Blake (Myrtaceae) é um híbrido muito
utilizado em plantios comerciais. O trabalho visou avaliar a taxa de transpiração e número
de estômatos nas faces adaxial e abaxial de P. rohrii, C. brasiliense e E. grandis X E.
urophylla adultas em Sorocaba – SP a 580 m de altitude e clima Cwa de Köppen. Para
tanto foram coletadas 10 folhas a 2/3 de altura de cada indivíduo e colados seis adesivos
circulares em cada um aplicando a técnica de impressão epidérmica, divididos em região
basal, mediana e apical da folha, adicionando esmalte incolor nestes formando uma
película para análise microscópica após secas. Nos mesmos indivíduos e alturas foram
alocados sacos plásticos devidamente vedados por 51 h. Os sacos foram pesados antes e
após o período para cálculo da quantia de água transpirada por meio da diferença entre os
valores. Calculou-se ainda a área e massa foliar. Foi realizada ANOVA no software Past
3 comparando-se as três espécies. Espécies se mostraram hipoestomáticas, com valores
médios de estômatos na face abaxial de C. brasiliense para as regiões basal, mediana e
apical de 568, 493 e 390; para P. rohrii de 230, 75 e 310; para E. grandis X E. urophylla
de 665, 676 e 670. A taxa transpiratória em mL*cm-2*h-1 obteve valores de 0,0010 para
C. brasiliense, 0,0023 para P. rohrii e 0,0016 para E. grandis X E. urophylla. Número
médio de estômatos por espécie é significativo, como valores de taxa transpiratória. Tal
diferença pode estar ligada à ausência de tricomas e diminuição da camada limítrofe,
disponibilidade hídrica do solo, radiação solar, tamanho dos estômatos, características
adaptativas e local de ocorrência das espécies como cerrado ou floresta ombrófila para as
nativas e adaptabilidade da exótica devem ser consideradas.
Palavras-chave: espécies nativas; fisiologia vegetal; vapor d’água.

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VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA CONSTRUTIVO EM
MADEIRA DE REFLORESTAMENTO PARA UMA HABITAÇÃO RURAL NO
MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA

FERREIRA, D.S.1; SOARES, L.M.1; SILVA, I.R.1; SOUSA, E.A.B.2; LAZARINI, I.S.1;
PRADO, M.R.1
1
Estudante de Engenharia Civil; Centro Universitário Luterano de Santarém – CEULS/ ULBRA;
Santarém, PA; danilosferreira94@hotmail.com; 2 Estudante de Engenharia Florestal; Universidade
Federal do Oeste do Pará/UFOPA; Santarém, PA; 3 Pós-graduando de Engenharia Elétrica, UCAM,
Santarém-PA.

No Brasil as habitações construídas no meio rural apresentam aspectos bastante precários,


não existe preocupação quanto sua função, muito menos com a estética ou simbolismo.
O trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de proposta de construção de uma
habitação rural, propondo a viabilidade da implantação do sistema construtivo em
madeira de reflorestamento, que possibilite técnicas de montagem rápida que norteiem a
padronização e a pré-fabricação desse elemento construtivo. Dados do IMAZON
mostram que na Amazônia o reflorestamento atingiu, em 2009, uma área de 623 mil
hectares, a maioria das mudas, cerca de 308 mil hectares, foram de eucalipto. Em se
tratando do estado do Pará, o governo estadual lançou o programa “Um bilhão de arvores
para a Amazônia”, cujo objetivo é reflorestar 1 milhão de hectares. Utilizou-se pesquisa
bibliográfica seguido da análise de edificações, cuja principal matéria prima é a madeira
de reflorestamento. Através da análise da aplicação deste material na construção de
habitações rurais, compatibilizando o seu uso com materiais de baixo impacto ambiental,
verificou-se pelos resultados da pesquisa que há viabilidade da implantação desse método
construtivo, visto que a Amazônia, e principalmente o estado do Pará, recebem incentivos
para expandir as áreas de reflorestamento logo, parte delas, podem beneficiar famílias de
baixa renda na construção de suas casas. As habitações rurais têm várias características,
não apenas na construção, vão além da implantação do espaço físico e do simples uso
funcional, logo podemos concluir que a madeira advinda do reflorestamento se torna
viável para a utilização em edificações rurais de pequeno porte.
Palavras-chave: construção rural; proposta; edificações; matéria prima.

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