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O GRAU DE COMPANHEIRO E AS SETE ARTES LIBERAIS

C⸫M⸫Marcos Junqueira Braga


À Gl⸫do Gr⸫A⸫do U⸫

O Grau de Companheiro do R⸫E⸫A⸫e A⸫se distingue pela exaltação ao


Trabalho, qualquer que seja sua natureza: intelectual, manual ou técnica. O
Companheiro aprende que, com o bom uso dos instrumentos do grau, pode atingir
todo e qualquer objetivo e que somente pelo trabalho transforma-se a pedra bruta
em pedra cúbica, se sobe a escadaria do aprimoramento e aprofunda-se nos
mistérios da existência ascendendo à visão da Estrela Flamejante de Cinco Pontas.
Utilizando-se de:
 Força para não esmorecer frente aos obstáculos encontrados pelo caminho;
 Trabalho para dignificar com o suor as conquistas alcançadas;
 Ciência para adquirir os conhecimentos necessários à prática da Virtude e
poder elevar o Espírito, representado pela ponta direita do compasso, a sobrepor a
matéria, o esquadro, chegando o mais próximo possível da plenitude de existência
nessa esfera terrestre.
Pois bem, esse trabalho focará justamente no terceiro item acima, a ciência,
ou melhor dizendo As Sete Ciências do Grau de Companheiro.
Elas são compostas pelo Trivium que abrange os conhecimentos da
Gramática, Retórica e Lógica, e o Quadrivium que abrange o estudo da Aritmética,
Astronomia, Geometria e Música, como veremos a seguir:

O TRIVIUM

A Gramática
Esta antiga arte liberal é a de escrever de forma ordenada e qualificada, de
forma a repassar o integral conteúdo do que se deseja transmitir a quem lê.
A Gramática pode ser considerada a base das demais ciências liberais e
também das novas ciências, já que se torna necessário que o conhecimento tenha o
ideal registro histórico através da escrita, para que as gerações acumulem os
conhecimentos adquiridos em cada época.
A Retórica
Muito parecida com a Gramática, a Retórica usa a oratória para repassar a
ideia, o ensinamento, o conceito a quem se dirige à palavra. Não apenas com a
simples comunicação, mas fazendo o uso da persuasão e da eloquência, tornando a
fala elegante e comunicativa.
Falar bem é por si só uma forma de convencimento, e independentemente de
dons natos a Retórica pode ser conquistada por qualquer um, podendo ser
comparada a pedra bruta, quando mal sabemos nos comunicar, e a pedra cúbica,
quando por meio do exercício da leitura, da prática da escrita e do uso da reflexão
convergimos o esforço no sentido de expressar o que desejamos corretamente e
através da palavra.
Em particular, é importante aos Maçons o exercício da Retórica, pois
devemos servir de exemplo e cuidar especialmente o que proferimos a outrem,
fazendo sempre o uso da verdade, e quando o fizer, tomar sempre o cuidado de
fazê-lo com propriedade e buscando a verdade.
Deve ainda o Maçom, interpretar bem quando ouvinte, buscando decifrar os
laços e armadilhas enrustidas em tão bem maquiavelicamente tramados discursos
dos que fazem uso da retórica para alcançar objetivos muitas vezes escusos.

A Lógica
A Lógica clássica ou tradicional foi enunciada pela primeira vez por
Aristóteles, que determinou as leis para um raciocínio correto mediante silogismos.
Pode ser definida como a ciência que trata dos princípios válidos do raciocínio
e da argumentação. Em síntese, a Lógica é o meio pelo qual se chega à conclusão
baseadas em determinadas proposições ou premissas. É um conjunto de regras, ou
normas que regulam e padronizam o pensamento em busca do correto, do
verdadeiro, do certo, do justo.

QUADRIVIUM

A Aritmética
De origem árabe, os números são a representação de quantidade. Fazemos
uso destas representações para realizar cálculos aritméticos, bem como de ciências
correlatas como a Álgebra por exemplo. De um modo bem abrangente, é o domínio
das quantidades, das operações básicas, adição, subtração, multiplicação e divisão.

A Astronomia
Antes de qualquer coisa é preciso esclarecer a diferença entre Astronomia e
Astrologia. Pesquisando o dicionário encontramos a definição de cada um:
astronomia: S. F. Ciência que trata dos astros e de tudo que lhes é relativo. (do gr.
Astronomia.); enquanto Astrologia é: S. F. Suposta arte de predizer o futuro pela
observação dos astros. (do lat. Astron+logos.).
Desta forma, enquanto a Astronomia estuda os astros e corpos celestes
tentando desvendar seus mistérios, descrever suas órbitas e movimentos, sua
idade, sua luminosidade, a Astrologia fazia uso dos astros para fazer adivinhações.
A confusão em torno da Astronomia e da Astrologia advém dos tempos mais
remotos, algumas civilizações antigas tinham nos astros, diurnos ou noturnos seus
deuses, e a eles dirigiam suas celebrações rogando por boas colheitas, por vitórias
nas guerras, etc.
A Astronomia teve grande importância no passado, e não se sabe os limites
de sua expansão. Os antigos navegadores tinham como o instrumento de orientação
o Astrolábio, este instrumento determinava a localização da embarcação e o rumo
que devia tomar com base nos astros.

A Geometria
A Geometria é a parte da matemática que estuda as possibilidades métricas
aplicadas a um espaço. A Maçonaria Operativa fez uso dos conceitos da geometria
nas edificações por ela erigidas, e num breve olhar, veremos representados no
Templo Maçônico vários símbolos com ela relacionados, são triângulos, ângulos,
retas, círculos, instrumentos necessários para traçar e medir estes espaços; todas
essas referências tornam a geometria a ciência com maior representação simbólica
no Templo Maçônico.

A Música
É a combinação de sons de instrumentos ou vocalizados de forma
harmoniosa e organizada resultando numa composição. Pode ser solo ou conjunta
com outros instrumentos iguais ou diferentes.
A Música faz parte do folclore de cada região, podemos citar o Fandango de
origem espanhola e regionalizado pelos gaúchos e nordestinos, o Repente e a
Embolada, o Caipó, o Cateretê, Maxixe, Macule, para ficar somente no Brasil, mas
cada época e cada região do mundo tem na música, e por extensão na dança, a
representação da sua cultura.
As musicas tem como função o entretenimento e auxílio ritualísticos profanos
ou religiosos, inclusive os fúnebres. Pode ainda manifestar movimentos e apelos
sociais como na música “Brasil, Mostra a Tua Cara”. E num sentido amplo, a música
representa os valores centrais de uma sociedade.

CONCLUSÃO

Parece que o conhecimento humano não tem limites, mas, ao comparar as


Artes Liberais com o atual estágio do nosso desenvolvimento, elas talvez não sejam
mais do que umas poucas páginas em um enorme tomo, mas é inegável que
formam a base sólida onde todo as ciências modernas se apoiam e salvo prova em
contrário ainda são muito relevantes até os dias de hoje.
Ao final, devemos nos lembrar que saber mais não deve ser nunca motivo de
superioridade, é dever de todo Maçom combater a ignorância, que é saber pouco,
saber mal o que sabe e saber coisa diversa do que deveria saber", portanto, quem
tem o saber deve antes de tudo, usar a Aritmética para somar o seu conhecimento
com os dos IIr.'., multiplicando o saber e dividindo trabalhos, para que assim
diminuam-se os obstáculos.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS

1. O Companheirismo Maçônico, Rizzardo da Camino, Edição Digital, Livraria


Maçônica Paulo Fuchs.
2. Ritual do Grau de Aprendiz, Grande Oriente do Brasil, Edição de 1999.
3. Ritual do Grau de Companheiro, Grande Oriente do Brasil, Edição de 1999.

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