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FALHAS DE MERCADO*
RESUMO
Este estudo intitulado “Agências reguladoras multissetoriais como controle das falhas
de mercado” analisa o contexto de reforma do Estado e a necessidade de uma atuação
regulatória arrojada. Num momento em que a economia é afetada por uma crise a
própria atuação regulatória é posta em xeque. Na atualidade a razão das crises é
concebida como a ineficácia da regulação, e nos momentos em que a economia passa
por turbulências, a criatividade humana aflora e novas formas de atuação são
necessárias para minimizar os efeitos negativos de mercado. Para tanto, é questionado
se o modelo de regulação atualmente aplicado é o mais indicado, necessitando-se
apenas certa re-estruturação, ou se o modelo regulatório mais apropriado seria outro,
sendo necessária uma completa reforma do marco regulatório. Nessa perspectiva, este
trabalho estabelece uma visão crítica dos modelos regulatórios existentes,
principalmente, o modelo setorial, e propugna por um multissetorial brando, o qual
pretende sobrepujar os comportamentos oportunistas das empresas no Capitalismo
global. Ainda é imprevisível saber se uma mudança de atuação regulatória nas grandes
economias do mundo minimizará os efeitos negativos de mercado, entretanto percebe-se
a necessidade de efetividade regulatória. Num ambiente informacional assimétrico
apenas uma atuação regulatória que gerencie melhor essas informações poderá
proporcionar uma regulação eficaz.
ABSTRACT
This study tittled “Multisector regulatory agencies halting market failure” analyzes the
context of the State reform and the need of a bold regulatory action. When the economy
is affected by a crisis, the regulatory action itself is in checkmate. Nowadays the reason
for crises is conceived as regulation inefficiency, and in moments which economy get
through turbulences, human criativity emerges and new ways of action are needed to
minimize the market failures. To do so, wonders if the actual regulation model is the
most indicated, requiring only restructuration. Or if the most apropriate regulation
model would be another one, being needed a total reformulation of the regulatory mark.
In this way, this study stabilishes a critic view of the existing regulation models, mainly,
*
Trabalho publicado nos Anais do XVIII Congresso Nacional do CONPEDI, realizado em São Paulo –
SP nos dias 04, 05, 06 e 07 de novembro de 2009.
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the sectorial, and defend a softened multisector one, which intends to surpass the
oportunists behaviors of the companies in the global Capitalism. It is still unpredictable
to know if a change on the regulatory action in the great economies of the world will
minimize the market failures, however regulatory effectiveness is needed. In an
assimetric informacional environment only a regulatory action improving the
management of these informations shall provide an effective regulation.
INTRODUÇÃO
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Com a atuação concomitante e garantida do Estado em diversas frentes, e viabilizando o
máximo aproveitamento da capacidade expansiva das economias de escala, e de certa
forma, uma certa condução das escolhas tecnológicas, principalmente a captação de
recursos financeiros. Porém, apesar de formalmente distintas, essas atuações
regulatórias apareciam muito interdependentes, sendo até confundidas. Com o
aparecimento de empresas públicas, mitigou-se o espaço da regulação nos moldes
tradicionais europeus. Com a reforma do Estado, foram acrescidas novas funções à
atuação ministerial, tais como: regulação, planejamento setorial, decisões estratégicas
empresariais e, até mesmo, de política macroeconômica. Nessa perspectiva, os espaços
referentes a cada função eram delimitados pelo ente público. Considerando as reformas
dos anos noventa, a possível transferência dos direitos de propriedade em setores de
infraestrutura para a iniciativa privada requer um fortalecimento do papel da regulação,
de modo a assegurar o cumprimento das funções de resguardos do interesse público.
A regulação econômica pode ser definida como a atuação do Estado com a finalidade de
limitar os graus de liberdade que os agentes econômicos detêm no seu processo de
tomada de decisão. Este é, seguramente, um dos principais pontos da agenda econômica
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mundial na atualidade. Nos termos de Vital Moreira, o conceito operacional de
regulação da economia seria: "O estabelecimento e a implementação de regras para a
atividade econômica destinadas a garantir o seu funcionamento equilibrado, de acordo
com determinados objetivos públicos."[2]
Para a formulação desse conceito o referido autor partiu da dupla acepção etimológica
da palavra regulação. Numa primeira perspectiva, regulação estaria relacionada à ideia
de estabelecimento e implementação de normas. Numa segunda, a ideia de manter ou
restabelecer o funcionamento equilibrado de um sistema.
Em função dessa dicotomia, ocorre uma oposição crescente no meio acadêmico, no que
concerne ao estudo dos processos regulatórios. Dessa forma, a discussão será aqui
desenvolvida numa constante preocupação com a questão da desregulação e regulação
do mercado. Entendida como uma instância sócio-econômica condicionada e integrada
aos processos de natureza política e histórica que afetam toda a sociedade. A seguir,
será apresentada uma abordagem tradicional da regulação. Devemos resumir as
principais conclusões que traçam as perspectivas futuras do debate sobre regulação.
Podemos dizer que mercado é uma palavra utilizada por muitos, mas cuja conceituação
padece de imprecisão. Partindo da análise etimológica, do latim mercatus, fazia
referência ao lugar público onde eram encontrados os produtos, inicialmente,
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alimentícios. Na antiguidade, mais precisamente no Império Romano, o fluxo de
produtos estava a cargo de pessoas que utilizavam de sociedades de transporte[3]. Esse
sentido foi preservado ao longo da Idade Média.
Essa conceituação se encaixava muito bem na época em questão, ao qual se situa num
período em que a Economia Política, como ramo autônomo do conhecimento e até
como ciência, era incipiente (estava engatinhando). Portanto, os pensadores dessa época
tinham como objetivo primordial a explicação e análise dos fenômenos
socioeconômicos. Sem falar que o momento histórico era o de intensas transformações
das relações entre feudos em que as relações mercantis impulsionavam a formação e
consolidação dos Estados nacionais. Essa conjuntura guiava os esforços dos
economistas clássicos aos problemas de gestão, tanto pública quanto privada. Dessa
forma, as atividades relacionadas a finanças e tesouraria adquiriam predominância.
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Nesse enredo, as questões de ordem prática atraiam maior atenção, em detrimento dos
de ordem teórica pura e simplesmente. Era assim que os precursores da então doutrina
econômica (os economistas clássicos) voltavam sua atenção, pois estes possuíam
formação teórica e prática muito distinta de nossos atuais economistas. A atuação
econômica desses pensadores não era o de construir modelos abstratos de análise, mas
sim, o desenvolvimento e a aplicação de políticas concretas, envolvendo tributação,
câmbio, atuação direta no comércio, entre outros. Entretanto, como a atuação prática
acarretava reflexos que contribuíam no âmbito teórico, as teorias vieram naturalmente
como consequência de suas atuações na gestão da economia. Essas teorias cobririam a
necessidade de dar amparo aos atos políticos relacionados à gestão monetária,
flexibilização dos atos de comércio, à prática tributária, à análise dos preços etc.
Poderíamos nos atrever em dizer que a economia política decorre em sua essência da
política econômica, ou seja, partiu-se da atuação prática para se amadurecer no aspecto
teórico.
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Percebemos claramente que a teoria de Jevons visava descartar a ricardiana do valor, em
seu lugar viria a teoria da utilidade marginal. Assim, formulou a lei da variação da
utilidade, num gráfico no qual o grau de utilidade variaria com a quantidade do bem, e
diminuiria na medida em que a quantidade aumentasse. Apesar de certas imprecisões,
Jevons deu o primeiro passo na formulação de uma curva de demanda, e de um modelo
de equilíbrio de mercados.
Nesse rumo, Marshall construiu uma curva de demanda[8] a partir da variação do grau
de utilidade nos termos da teoria de Jevons. Para isso, introduz uma simplificação, a de
que a utilidade marginal do dinheiro é constante. Ainda que frágil, tal hipótese permitiu-
lhe desenvolver uma curva de demanda negativamente inclinada.
Para boa parte da doutrina que faz uma análise econômica da sociedade e têm o governo
como meio para seus fins, o governo seria uma organização cuja função precípua é
corrigir "falhas de mercado". Em outras palavras, quando o livre funcionamento da
economia de mercado não é capaz de resolver algum problema, o governo intervém na
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tentativa de saná-lo. Como o setor privado não é motivado pela baixa lucratividade em
desenvolver mecanismos de infraestrutura, o governo os faz. Isso permite que os
usuários se beneficiem, por exemplo, de uma estrada. Nessa perspectiva, o governo é
um ente que complementa o mercado privado.
Na prática, isso significa que o governo possui motivações distintas das organizações
privadas procurando atender aos eleitores enquanto as empresas procuram atender a
necessidade de produzir lucro. Além disso, o governo tem instrumentos diferentes, a
coercitividade permite atos dos quais o setor privado não dispõe. A devida compreensão
de quais os pontos fortes e fracos[9] do governo e do setor privado é o que nos
proporciona a devida delimitação das funções de cada um numa economia capitalista
em regime democrático. Necessita-se de um governo que estabeleça em lei as regras de
convivência e que garanta o cumprimento dessa lei por meio do Poder Judiciário e do
aparato de repressão policial e de punição aos infratores.
Uma falha de mercado bastante considerável ocorre quando não há livre concorrência
entre empresas na venda e produção de algum serviço ou produto. Com a formação dos
chamados monopólios e oligopólios como uma consequência inerente ao
desenvolvimento econômico, e dessa forma proporcionando prejuízo aos consumidores.
Nessa perspectiva, as empresas detentoras do poder de mercado passam a produzir em
menor quantidade e estabelecendo um controle forçado do preço de forma elevada aos
consumidores. Diferentemente seria se estivessem em um sistema concorrencial.[10]
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esferas federais devem escolher entre prestar serviços públicos (como os de água e
esgoto) por meio de companhias estatais, ou por meio de concessões a empresas
privadas. Assim, elaboram contratos em busca do maior benefício ao consumidor.
Outra falha de mercado que exige a intervenção do Estado refere-se aos "bens
públicos". Estes têm como característica o fato de que não podem ser vendidos em
mercado (pelo menos num primeiro momento - alienabilidade condicionada), em tese,
por não ser possível limitar o seu consumo às pessoas que venham a pagar por esse
bem. Por exemplo: quando a Secretaria de Meio-Ambiente de um estado executa
determinada política que resulta em melhoria da qualidade do ar, esse ar mais puro
beneficiará a todas as pessoas que estão no estado. E é aí que o governo entra, na
produção desse bem de consumo coletivo, e usar da coercitivadade (da qual o setor
privado não dispõe) para arrecadar impostos da população e proporcionar o
financiamento desses bens públicos. Inúmeros serviços e bens têm algum grau de
"consumo coletivo", como exemplo: iluminação pública, parques e jardins, rodovias,
segurança nacional, sinalização de ruas.
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Outras tantas falhas de mercado, que justificam a intervenção do Estado, poderiam ser
aqui analisadas, mas preferimos destacar a assimetria de informação, que será analisada
em tópico posterior. As situações aqui descritas são suficientes para estabelecer a
principal ideia dessa seção: todo gestor público, antes de dar início a um novo programa
ou atividade, deve se perguntar qual é a falha de mercado que determinada política se
propõe a sanar.
Devemos ressaltar que em várias ocasiões o impulso inicial de uma política pública
decorre, preponderantemente, do lobby de determinado grupo da sociedade. Este grupo
vem a se beneficiar daquela movimentação política, e muitas vezes essa atitude não está
voltada para o saneamento de uma falha de mercado. Por exemplo, constrói-se uma
ponte desnecessária porque a empreiteira possui influência política para construir a
ponte, situação na qual o interesse público resta comprometido.
Por outro lado, essa maneira de conseguir informações pode acarretar outras
consequências, como a chamada "captura do regulador"[13]. A busca de informação é
um procedimento oneroso para o órgão regulador, e na maioria dos casos, não é do
interesse dos regulados ceder tais informações. Afinal, qual empresa gostaria de
compartilhar informações muitas vezes sigilosas e que denotem possíveis fraquezas de
determinada instituição. Ademais, as formas como os órgãos reguladores lidam com
essa situação pode acarretar sérios problemas para a empresa.
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do ente regulador e de assimetria de informações, enfatizando sua aplicação nas
relações entre agência reguladora e as várias empresas reguladas.
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mais em relação ao atual sistema de regulação setorial (majoritário no mundo
ocidental), de modo a reduzir as assimetrias de informações quanto aos aspectos
econômicos, técnicos e financeiros das empresas. É necessário ressaltar que os
problemas concernentes à assimetria de informações dificilmente serão eliminados.
Portanto, é importante que o regulador elabore as bases de sua atuação, para causar
certo impacto aos agentes envolvidos. Isto será alcançado se houver a convergência de
medidas pelo regulador, demonstrando que sua função é exercida de forma séria e
eficaz.
Num aspecto que vai além da questão do conhecimento técnico, a assimetria afeta de
forma considerável nessa relação regulado-regulador, pois não há como o regulador
conhecer as minúcias da atividade de uma empresa. Essa situação torna a atividade
regulatória quase insustentável. Resta um questionamento, como o ente regulador fará
com que a firma cumpra seus objetivos sociais sem o devido controle e conhecimentos
plenos de suas atividades? Essa situação limita a efetividade das ações do regulador
acarretando efeitos distintos daqueles esperados.
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cruzados que viessem a trazer elementos de uma competição desleal, e
consequentemente, abusos de preços em mercados pouco flexíveis ao preço.
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A necessidade do conhecimento da estrutura de custo das empresas é mais importante a
cada dia, acarretando ao processo regulatório um custo elevado, e muitas vezes
impreciso. É comum nos contratos de concessão que as empresas reguladas devam
disponibilizar todas as informações que o regulador necessite e requisite, sempre que
este deseje. Entretanto, a presença dessa cláusula nunca eliminaria a assimetria de
informações entre regulador e a empresa regulada, pois ainda que o regulador tenha
acesso a todas as informações contábeis (quando até estas podem ser maquiladas), estas
não refletem de forma precisa as possíveis decisões de atuação das empresas.
Um exemplo evidente desta falha de mercado se apresenta na medida que uma agência
de seguros não poderia se basear na taxa média de incidência de acidentes para
estabelecer uma tabela de preços. Dessa forma, a seguradora acabaria realizando uma
seleção adversa de consumidores e, dentro de algum tempo, poderia vir até a se
prejudicar. No intuito de evitar essas consequências, a seguradora estabelece o preço
considerando o custo de ocorrência do acidente entre os consumidores mais propensos.
Com isso, inúmeros potenciais consumidores deixariam de participar do mercado, pois
teriam que desembolsar um preço muito alto em relação ao risco de necessitarem da
utilização do seguro.
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Portanto, uma parte depende de informações precisas e íntegras relativas à natureza da
outra, o que não ocorre quanto deveria. Dessa forma, certas informações são omitidas
no momento da definição do contrato.
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Na esfera contratual, o risco moral resulta de comportamentos oportunistas posteriores à
elaboração do contrato, decorrendo muitas vezes também de um comportamento
imprevisto ao longo da execução do contrato. Assim, a informação assimétrica não se
refere a características desconhecidas aos agentes, mas a um comportamento
oportunista, do qual a outra parte não detinha de meios para conhecê-lo no momento de
sua elaboração.
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Dentre essas possíveis estratégias de atuação a integração vertical dentro do próprio
setor não acarreta distorções ao processo regulatório tendo em vista que além de
permanecer sob a égide do mesmo órgão regulador não serão necessários maiores
dispêndios no melhoramento da estrutura. Que fique claro que o problema da
informação assimétrica ainda existe nessas situações, entretanto mais facilmente
apuradas. As consequências mercadológicas serão diversas, como a dificuldade da
manutenção da concorrência. Nessa perspectiva, a agência reguladora deve assumir
ações conjuntas com órgãos responsáveis pela defesa da concorrência, por exemplo, o
CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
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3. Natureza da Regulação Multissetorial
A origem do nome das PUCs advêm de uma associação ferroviária, intitulada National
Association of Railroad and Utility Commissioners, atualmente conhecida por National
Association of Regulatory and Utility Commissioners (NARUC). Algo que eram
agências independentes com a função de regular as ferrovias passou a acumular
gradualmente os setores de energia, água e telecomunicações, setores essencialmente de
base.
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3.1 Regulação Multissetorial no Controle das Falhas de Mercado
Apesar da naturalidade com a qual essa questão é feita, muitos complicadores envolvem
essa problemática. É necessário ter em mente que essa é uma questão muito delicada e
muitas são as consequências decorrentes de cada modelo regulatório. Cada um tem suas
vantagens e desvantagens, e ponderar se os prós sobrepõem os contras num modelo
mais que no outro é um dos maiores problemas da regulação econômica na atualidade.
Tendo em mente que nosso trabalho não visa fornecer respostas definitivas a essas
questões, mas almeja incrementar a discussão acerca de políticas e temáticas
concernentes a regulação. De fato, os efeitos da aplicação de determinado modelo de
regulação será diferente em cada país. Assim, não poderíamos dizer que haveria uma
única fórmula a ser utilizada em vários países. Entretanto, os países terão de determinar
formas de aproximação entre diversos setores (converged) tendo em vista a gama de
estratégias corporativas utilizadas pelas empresas na atualidade.
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própria estrutura multissetorial permite uma melhor avaliação das necessidades de cada
setor, sendo possível a melhor divisão de recursos a serem empregados.
Quanto as vantagens das regulação unissetorial devemos destacar: (i) objetivos setoriais
mais precisos (especialização); (ii) facilidade em estabelecer aspectos transparentes; (iii)
captura com menos efeitos sobre a regulação global; (iv) consequências negativas
proporcionam danos a setores particulares; (v) frente a empresas ou setores pouco
especializados, reduz a assimetria informacional.
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vista que os aspectos essenciais da regulação serão os mesmos: controle de preços;
estímulo a concorrência em setores tradicionalmente monopolistas; e a preservação dos
direitos dos consumidores.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ideia de concentração da regulação em uma única agência acarreta um temor real que
reside na possibilidade da agência vir a falhar como um todo, acarretando danos a
diversos setores. Entretanto, analisando a atuação das agências reguladoras a partir
daquele que melhor possui e controla a informação estará susceptível a uma melhor
regulação. É inquestionável que a agência multissetorial administra as informações de
forma mais eficaz, tornando a possibilidade de falhas de mercado muito menores que
nas unissetoriais.
Nesse impasse, cresce o número de adeptos de uma solução intermediária que colocaria
um fim a essa discussão visando angariar as principais vantagens de ambos modelos. A
convergência de setores afins já é utilizada no Reino Unido, onde uma agência de
setores convergentes rege setores como água, energia e saneamento, simultaneamente.
Uma iniciativa original vem sendo discutida nos EUA. Foi enviado ao Congresso
estadunidense um projeto de lei no intuito de alterar a atuação regulatória das agências
federais americanas. Esse projeto propõe a criação de três grandes agências temáticas.
Significa que o próprio referencial da regulação seria alterado, deixando de se basear em
setores da economia para assumir três pilares de atuação. Seria criada uma agência para
regular todas as questões concernentes a movimentação financeira, outra para proteção
dos investidores ou fomento de investimentos e uma terceira para a proteção dos
consumidores.
REFERÊNCIAS
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[3] WEBER, M.: História geral da Economia. São Paulo: Abril Cultural. (Série "Os
Pensadores", v. XXXVII). 1974.p. 125
[5] David Ricardo, junto a Adam Smith e Thomas Malthus, são os maiores
representantes da teoria clássica, defendeu o liberalismo econômico. Sua teoria se
baseou em como dois países podem se beneficiar em razão de um comércio livre entre
eles. Tomou como exemplo o comércio entre a Inglaterra e Portugal. Estabeleceu os
marcos iniciais para o comércio internacional.
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[7] Alfred Marshall foi professor de economia política em Cambridge desenvolveu
estudos comércio internacional e problemas decorrentes do protecionismo. Apesar de
certa influência de Jevons seu trabalho representou uma continuação dos estudos de
Jonh Mill, Adam Smith e David Ricardo.
[8] Curva de demanda é a relação entre preços e quantidades. Graficamente, ela tem
declividade negativa por que a preços elevados, o consumior compraria somente um
pequena quantidade de X, mas a preços baixos, você compraria mais de X.
[11] Ótimo social ou Ótimo de Pareto: ponto onde o bem-estar é maximizado sendo que
ninguém poderá melhorar a sua situação sem que alguém seja prejudicado. O conceito
de maximização de utilidade é empregado comumente na literatura de economia.
DUXBURY, 2001, p. 390.
[15] BELEZA, Hugo. UE e Brasil celebram "parceria estratégica". IOL Diário Portugal.
04.07.07. Disponível na internet: <
http://diario.iol.pt/noticia.html?id=828836&div_id=4071> acesso em 11 de janeiro de
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[17] SERRANO, Estrela. O espaço público e o papel do Estado na sociedade global da
informação. Escola Superior de Comunicação Social. Instituto Politécnico de Lisboa.
Disponível na internet: acesso em 14 de janeiro de 2009.
[20] FABIÃO, Maurício França. O Negócio da Ética: um estudo sobre o Terceiro Setor
Empresarial. Disponível na internet em : . Acesso em 10 de janeiro de 2009.
7796