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Fechamento SP3

Questões:
1) Cite as consequências do uso inadequado de suplementos
dietéticos e subst. Injetáveis.
2) Compreenda a digestão, absorção, armazenamento e excreção
de proteínas. (uréia e creatinina)
3) Descreva e entenda a geração de E, através da quebra de
proteínas.
-4) Compreenda o processo de síntese de proteínas.
-5) Cite e explique os tipos e funções dos aminoácidos e
proteínas.
6) Explique o porquê o excesso de compostos nitrogenados
sobrecarregam o fígado e os rins.
4) A informação genética, armazenada nos cromossomos e transmitida para as células-
filhas por meio da replicação do DNA, é expressa pela transcrição ao RNA e, no caso
do RNAm, pela tradução subsequente em proteínas (cadeias polipeptídicas, Figura 31.1
). A via de síntese proteica é chamada de tradução porque a "linguagem" da sequência
nucleotídica no RNAm é traduzida para a linguagem de uma sequência de aminoácidos.
O processo de tradução necessita de um código genético, por meio do qual a informação
contida na sequência de ácidos nucleicos é expressa para produzir uma sequência
específica de aminoácidos. Qualquer alteração na sequência de ácidos nucleicos pode
resultar na inserção de um aminoácido incorreto na cadeia polipeptídica, causando
potencialmente doenças ou até mesmo a morte do organismo.
Proteínas recém-sintetizadas sofrem vários processos até atingirem a sua forma
funcional. Elas precisam dobrar-se apropriadamente, sendo que o dobramento incorreto
pode resultar na degradação da proteína. Muitas proteínas são modificadas
covalentemente para serem ativadas ou para alterar as suas atividades. Por fim, as
proteínas são direcionadas para seus destinos finais, intracelulares ou extracelulares, por
sinais presentes nelas próprias.

Um grande número de componentes é necessário para a síntese de uma proteína. Eles


incluem todos os aminoácidos encontrados no produto final, o RNAm a ser traduzido, o
RNA transportador (RNAt) para cada aminoácido, os ribossomos funcionais, as fontes
de energia e as enzimas, além dos fatores proteicos necessários para o início, o
alongamento e a terminação da cadeia polipeptídica.

A. Aminoácidos
Todos os aminoácidos que, por fim, aparecem na proteína completa
devem estar presentes no momento da síntese proteica. (Nota: se um
aminoácido está faltando [p. ex., se a dieta não contém um aminoácido
essencial, veja p. 261 ], a tradução é interrompida no códon que especifica
aquele aminoácido. Isso demonstra a importância de se possuir todos os
aminoácidos essenciais em quantidades suficientes na dieta para garantir
uma síntese proteica continuada.)
B. RNA transportador (RNAt)
Pelo menos um tipo específico de RNAt é necessário para cada aminoácido. Em
humanos existem pelo menos 50 espécies de RNAt, ao passo que as bactérias contêm de
30 a 40 espécies. Uma vez que existem somente 20 aminoácidos diferentes
transportados pelos RNAt, alguns aminoácidos possuem mais de uma molécula de
RNAt específica. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles aminoácidos codificados
por vários códons.

1. Sítio de ligação ao aminoácido. Cada molécula de RNAt possui


um sítio de ligação para um aminoácido específico (cognato) na sua
extremidade 3' (Figura 31.6). O grupo carboxila do aminoácido estabelece
uma ligação éster com a hidroxila 3' da porção ribosídica do
nucleotídeo de adenosina (A) na sequência -CCA da extremidade
3' do RNAt. (Nota: quando um RNAt possui um aminoácido ligado
covalentemente, é tido como carregado; quando o RNAt não está
ligado a um aminoácido, é descrito como não carregado. Diz-se que
o aminoácido ligado à molécula de RNAt está ativado.)
2. Anticódon. Cada molécula de RNAt também contém uma sequência
de nucleotídeos de três bases - o anticódon - que reconhece um códon específico no
RNAm (veja a Figura 31 .6). Esse códon especifica a inserção na cadeia peptídica em
crescimento do aminoácido carregado por aquele RNAt.

C. Aminoacil-RNAt sintetases
Esta família de enzimas é necessária para a ligação dos aminoácidos aos
seus RNAt correspondentes. Cada membro dessa família reconhece um
aminoácido específico e todos os RNAt que correspondem àquele aminoácido
(RNAt isoaceptores). As aminoacil-RNAt sintetases catalisam uma
reação de duas etapas que resulta na ligação covalente do grupamento
carboxila de um aminoácido à extremidade 3' do seu RNAt correspondente
(cognato). A reação geral necessita de trifosfato de adenosina (ATP),
que é clivado em monofosfato de adenosina (AMP) e pirofosfato inorgânico
(PP) (Figura 31.7). A grande especificidade da sintetase no reconhecimento
tanto do aminoácido quanto de seu RNAt específico contribui
para a alta fidelidade da tradução da mensagem genética. Além disso, as
sintetases possuem atividade de "revisão" ou "edição", que pode remover
aminoácidos da enzima ou da molécula de RNAt.

D. RNA mensageiro (RNAm)


O RNAm específico necessário como molde para a síntese da cadeia
polipeptídica desejada deve estar presente. (Nota: interações entre as
proteínas que se ligam ao quepe-5' (proteínas elF-4) e à cauda-3' (proteínas
de ligação a poli-A) do RNAm eucariótico medeiam a formação
de estruturas circulares* do RNAm e provavelmente impedem o uso de
RNAm não completamente processado na tradução.)

E. Ribossomos funcionalmente competentes


Os ribossomos são grandes complexos de proteína e RNA ribossomal
(RNAr, Figura 31.8). Eles consistem em duas subunidades - uma grande e
uma pequena - cujos tamanhos relativos são dados geralmente em termos
dos seus coeficientes de sedimentação, ou valores S (Svedberg). (Nota: de
vido aos valores S serem determinados tanto pela forma como pela massa
molecular, os seus valores numéricos não são estritamente aditivos. Por
exemplo, as subunidades ribossomais procarióticas SOS e 30S juntas
formam um ribossomo 70 S. As subunidades eucarióticas 60S e 40S
formam um ribossomo de 808.) Os ribossomos procarióticos e eucarióticos
são semelhantes em estrutura e apresentam a mesma função, a saber, atuam
como complexos macromoleculares onde a síntese proteica ocorre.
5)
A. Aminoácidos com cadeias laterais apoiares
Cada um desses aminoácidos possui uma cadeia lateral apoiar, que é incapaz
de receber ou doar prótons, de participar em ligações iônicas ou de hidrogênio
(Figura 1.2). As cadeias laterais desses aminoácidos podem ser vistas
como "oleosas", ou semelhantes a lipídeos, uma propriedade que promove
interações hidrofóbicas (veja a Figura 2.1 O, p. 19)
1. Localização dos aminoácidos apoiares nas proteínas. Nas proteínas

encontradas em soluções aquosas - um ambiente polar-, ascadeias laterais apoiares dos


aminoácidos tendem a agrupar-se no

interior da proteína (Figura 1.4). Esse fenômeno, conhecido como

efeito hidrofóbico, é o resultado da hidrofobicidade dos grupos R

apoiares, que atuam como gotículas de óleo coalescendo em ambiente

aquoso. Desse modo, os grupos R apoiares preenchem o interior

da proteína à medida que ela se dobra e ajudam a estabelecer

sua forma tridimensional. Entretanto, nas proteínas localizadas em

ambiente hidrofóbico, como o interior de uma membrana, os grupos

R apoiares são encontrados na superfície da proteína, interagindo

com o ambiente lipídico (veja a Figura 1.4). A importância dessas

interações hidrofóbicas para a estabilização da estrutura proteica é

discutida na p. 19. Prolina. A cadeia lateral da prolina e seu N a-amínico formam uma

estrutura rígida em anel, com 5 átomos, de modo que esse aminoácido

difere dos demais (Figura 1.5). A prolina, portanto, apresenta

um grupo amino secundário, e não primário, sendo frequentemente

denominada de iminoácido. A geometria sem igual da molécula da

prolina contribui para a formação da estrutura fibrosa do colágeno

(veja a p. 45) e, com frequência, interrompe as hélices a encontradas

em proteínas globulares (veja a p. 26).


B. Aminoácidos com cadeias laterais polares, desprovidas de
carga elétrica
Esses aminoácidos apresentam carga líquida igual a zero em pH neutro,
embora as cadeias laterais da cisteína e da tirosina possam perder um
próton em pH alcalino (Figura 1.3). Cada um dos aminoácidos serina,
treonina e tirosina, contém um grupo hidroxila polar que pode participar
da formação de ligações de hidrogênio (Figura 1.6). Cada cadeia lateral
da asparagina e da glutamina contém um grupo carbonila e um grupo
amida, que podem também participar de ligações de hidrogênio.
1. Ligação dissulfeto. A cadeia lateral da cisteína contém um grupo
sulfidrila (-SH), componente importante do sítio ativo de muitas
enzimas. Nas proteínas, os grupos -SH de duas cisteínas podem
oxidar-se e formar um dímero, a cistina, que contém uma ligação
cruzada denominada ponte dissulfeto (-S-S-) (para discussão sobre
a formação da ligação dissulfeto; veja a p. 19).
2. Cadeias laterais como sítios de ligação para outros compostos.
O grupo hidroxila polar da serina, da treonina e, mais raramente, da
tirosina pode servir como sítio de ligação para estruturas, como o
grupo fosfato. Além disso, o grupo amida da asparagina e os grupos
hidroxila da serina e da treonina podem servir como sítio de ligação
para cadeias de oligossacarídeos nas glicoproteínas (veja a p. 165).

C. Aminoácidos com cadeias laterais ácidas


Os aminoácidos ácido aspártico e ácido glutâmico são doadores de prótons.
Em pH fisiológico, as cadeias laterais desses aminoácidos estão
completamente ionizadas, com um grupo carboxilato carregado negativamente
(-Coo-). Esses aminoácidos são, portanto, denominados aspartato
e glutamato, para enfatizar o fato de estarem carregados negativamente
em pH fisiológico (Figura 1.3).
D. Aminoácidos com cadeias laterais básicas
As cadeias laterais dos aminoácidos básicos são aceptoras de prótons
(Figura 1.3). Em pH fisiológico, as cadeias laterais da lisina e da arginina
estão completamente ionizadas, com carga positiva. Em contraste, a histidina
é fracamente básica, e, em geral, o aminoácido livre não apresenta
carga elétrica em pH fisiológico. Entretanto, quando a histidina encontra-
se incorporada em uma proteína, sua cadeia lateral pode apresentar
carga positiva ou neutra, dependendo do ambiente iônico fornecido pelas
cadeias polipeptídicas da proteína. Essa é uma propriedade importante
da histidina e contribui para o papel que esse aminoácido desempenha
no funcionamento de proteínas, como a hemoglobina (veja a p. 31 ).
A sequência de aminoácidos em uma proteína é
denominada estrutura primária
da proteína. A compreensão da estrutura primária das
proteínas é importante,
pois muitas doenças genéticas resultam em proteínas
com sequências
anormais de aminoácidos, ocasionando organização
irregular, com perda ou
prejuízo da função normal. Se as estruturas primárias
das proteínas normais
e mutantes forem conhecidas, essas informações
poderão ser utilizadas para
diagnosticar ou estudar a doença.

A. A ligação peptídica
Nas proteínas, os aminoácidos são unidos
covalentemente por ligações
peptídicas, as quais são ligações amida entre o grupo
a-carboxila de um
aminoácido e o grupo a-amino de outro. Por
exemplo, a valina e a alanina
podem formar o dipeptídeo valilalanina, por meio da
formação de uma
ligação peptídica (Figura 2.2). As ligações peptídicas
não são rompidas
por condições desnaturantes, como aquecimento ou
altas concentrações de ureia (veja a p. 20). Deve
haver uma exposição prolongada a um ácido
ou a uma base forte em temperaturas elevadas para
hidrolisar essas ligações
de forma não enzimática.
B. Determinação da composição de aminoácidos de um
polipeptídeo
O primeiro passo para determinar a estrutura primária de um polipeptídeo
é identificar e quantificar seus aminoácidos constituintes. Uma amostra
purificada do polipeptídeo a ser analisado é primeiramente submetida à
hidrólise por um ácido forte, a 11 O ºC durante 24 horas. Esse tratamento
cliva as ligações peptídicas e libera os aminoácidos individuais, os quais
podem ser separados por cromatografia de troca de cátions. Nessa técnica,
uma mistura de aminoácidos é aplicada a uma coluna que contém
uma resina na qual grupos carregados negativamente estão firmemente
aderidos. (Nota: se o grupo aderido for carregado positivamente, a coluna
torna-se trocadora de ânions.) Os aminoácidos ligam-se à coluna
com diferentes afinidades, dependendo das suas cargas, hidrofobicidade
e outras características. Cada aminoácido é sequencialmente liberado
da coluna cromatográfica por eluição com soluções de crescente força
iônica e pH (Figura 2.3). Os aminoácidos separados presentes no eluído
da coluna são quantificados por meio do aquecimento com ninhidrina,

ESTRUTURA SECUNDÁRIA DAS PROTEÍNAS


O esqueleto polipeptídico não assume uma estrutura tridimensional aleatória,
mas, em vez disso, geralmente forma arranjos regulares de aminoácidos que
estão localizados próximos uns aos outros na sequência linear. Esses arranjos
são denominados estrutura secundária do polipeptídeo. A hélice a, a folha
'3 e a curvatura '3 (volta (3) são exemplos de estruturas secundárias frequentemente
encontradas em proteínas. (Nota: a cadeia a da hélice do colágeno,
outro exemplo de estrutura secundária, é discutida na p. 45.)

A. Hélice a
Existem várias hélices polipeptídicas diferentes na natureza, mas a hélice
a é a mais comum. Ela apresenta estrutura helicoidal, que consiste em
um esqueleto polipeptídico central espiralado e bem compacto, com as
cadeias laterais dos aminoácidos que a compõem estendendo-se para
fora do eixo central, de modo a evitar a interferência estérica entre si
(Figura 2.6). Um grupo variado de proteínas contém hélices a. As queratinas,
por exemplo, são uma família de proteínas fibrosas bastante relacionadas,
cuja estrutura é quase totalmente constituída de hélices a. Elas
constituem os principais componentes de tecidos como o cabelo e a pele,
e sua rigidez é determinada pelo número de ligações dissulfeto entre as
cadeias polipeptídicas constituintes. Em contraste à queratina, a mioglobina,
cuja estrutura é também formada em grande parte por hélices a, é
uma molécula globular flexível (veja a p. 26).
1. Ligações de hidrogênio. Uma hélice a é estabilizada por uma ampla
formação de ligações de hidrogênio entre os átomos de oxigênio
das carbonilas e os hidrogênios das amidas das ligações peptídicas
que compõem o esqueleto polipeptídico (Figura 2.6). As ligações de
hidrogênio estendem-se de forma paralela à espiral, do oxigênio da
carbonila ao grupo -NH- de uma ligação peptídica quatro resíduos à
frente no polipeptídeo. Isso assegura que todas, exceto a primeira e
a última ligações peptídicas componentes, estejam unidas entre si
por ligações de hidrogênio intracadeia. Essas ligações são individualmente
fracas, mas coletivamente servem para estabilizar a hélice.
2. Aminoácidos por passo. Cada volta completa de uma hélice a
contém 3,6 resíduos de aminoácidos. Assim, os resíduos de aminoácidos
separados por três ou quatro resíduos na sequência primária
estão espacialmente próximos, quando dobrados em hélice a.
3. Aminoácidos que quebram a hélice a. A prolina quebra a hélice
a, pois o seu grupo amino secundário não é compatível geometricamente
com a espiral voltada para a direita da hélice a . Assim,
ela insere uma dobra na cadeia, que interrompe a suave estrutura
helicoidal. Diversos aminoácidos carregados (p. ex., glutamato, aspartato,
histidina, lisina ou arginina) também quebram a hélice pelaformação de ligações iônicas
ou por repulsão eletrostática entre um
e outro. Finalmente, os aminoácidos com cadeias laterais volumosas,
como o triptofano, ou aminoácidos como a valina ou a isoleucina,
que se ramificam no carbono 13 (o primeiro carbono no grupo
R, logo após o carbono a), podem interferir com a formação de uma
hélice a se estiverem em grande número.

B. Folha p
A folha 13 é outra forma de estrutura secundária, na qual todos os componentes
da ligação peptídica estão envolvidos com ligações de hidrogênio
(Figura 2.7A). As superfícies das folhas 13 apresentam uma aparência "pregueada"
e, portanto, essas estruturas são frequentemente denominadas
''folhas 13 pregueadas". Quando são feitas ilustrações da estrutura proteica,
as fitas 13 são, muitas vezes, visualizadas como setas largas (Figura 2.78).
1. Comparação entre a folha Jl e a hélice a. Ao contrário da hélice a,
as folhas 13 são compostas de duas ou mais cadeias peptídicas (fitas
13) ou segmentos de cadeias polipeptídicas, que se apresentam
quase totalmente estendidos. Observe, também, que nas folhas 13
as ligações de hidrogênio são perpendiculares ao esqueleto polipeptídico
(Figura 2.7A).
2. Folhas paralelas e antiparalelas. Uma folha 13 pode ser formada
por duas ou mais cadeias polipeptídicas ou por segmentos de cadeias
polipeptídicas, dispostos de forma antiparalela um ao outro
(com as extremidades N-terminal e e-terminal das folhas 13 alternando-
se, conforme ilustrado na Figura 2.78) ou de forma paralela
(com todos os N-terminais das folhas 13 juntos, conforme ilustrado
na Figura 2.7C). Quando as ligações de hidrogênio são formadas
entre os esqueletos polipeptídicos de cadeias polipeptídicas separadas,
elas são denominadas ligações intercadeias. Uma folha
13 também pode ser formada por uma única cadeia polipeptídica,
dobrando-se sobre si mesma (Figura 2.7C). Nesse caso, as ligações
de hidrogênio são ligações intracadeia. Em proteínas globulares,
as folhas 13 sempre apresentam uma curvatura para a direita,
quando observadas ao longo do esqueleto polipeptídico. (Nota:
as folhas 13 dobradas frequentemente formam a parte central de
proteínas globulares.)
As estruturas em hélice a e em folha 13 proporcionam
o máximo de ligações de hidrogênio aos componentes
da ligação peptídica no interior dos polipeptídeos.

C. Curvaturas p (voltas reversas, voltas p)


As curvaturas 13 revertem a direção de uma cadeia polipeptídica, auxiliando
a formação de uma estrutura compacta e globular. Elas normalmente
são encontradas na superfície das moléculas proteicas e com
frequência contêm resíduos carregados. (Nota: as curvaturas 13 receberam
esse nome porque, muitas vezes, conectam faixas sucessivas de
folhas 13 antiparalelas.) As curvaturas 13 geralmente são compostas por
quatro aminoácidos, em que um dos quais pode ser a prolina - o iminoácido
que causa a "torção" na cadeia polipeptídica. A glicina, o aminoácido
com menor grupo R, também é encontrada com frequência nas curvaturas
13. As curvaturas 13 são estabilizadas pela formação de ligações
de hidrogênio e ligações iônicas.

D. Estrutura secundária não repetitiva


Aproximadamente a metade de uma proteína globular média está organizada
em estruturas repetitivas como a hélice a e/ou as folhas p. O restante
da cadeia polipeptídica é descrito como tendo uma estrutura em
laço ou em espiral. Essas estruturas secundárias não repetitivas não são
"aleatórias", mas simplesmente possuem uma estrutura menos regular
do que aquelas descritas anteriormente. (Nota: o termo "espiral randômica"
refere-se à estrutura alterada, obtida quando as proteínas são desnaturadas
[veja a p. 20].)

E. Estruturas supersecundárias (motivos)


As proteínas globulares são construídas pela combinação de elementos
estruturais secundários (hélices a, folhas p e sequências não repetitivas).
Esses formam principalmente a região central, isto é, o interior da
molécula. Eles são conectados por regiões em alça (p. ex., curvaturas p)
na superfície da proteína. As estruturas supersecundárias são normalmente
produzidas pelo agrupamento das cadeias laterais de elementos
estruturais secundários adjacentes, próximos um ao outro. Assim, por
exemplo, as hélices a e as folhas p, adjacentes na sequência de aminoácidos,
também são normalmente (mas não sempre) adjacentes na
proteína final, dobrada. Alguns dos motivos mais comuns estão ilustrados
na Figura 2.8.

ESTRUTURA TERCIÁRIA DAS PROTEÍNAS


GLOBULARES
A estrutura primária de uma cadeia polipeptídica determina sua estrutura terciária.
A palavra "terciária" refere-se tanto ao dobramento dos domínios (as
unidades básicas de estrutura e função, veja a discussão a seguir) quanto ao
arranjo final dos domínios no polipeptídeo. A estrutura das proteínas globulares
em solução aquosa é compacta, com alta densidade (intenso empacotamento)
de átomos no centro da molécula. As cadeias laterais hidrofóbicas
são posicionadas no interior, enquanto os grupos hidrofílicos geralmente são
encontrados na superfície da molécula

A. Domínios
Os domínios são as unidades funcionais fundamentais com estrutura
tridimensional em um polipeptídeo. As cadeias polipeptídicas maiores
do que 200 aminoácidos de comprimento geralmente apresentam dois
ou mais domínios. O centro de um domínio é formado a partir de combinações
de elementos estruturais supersecundários (motivos). O dobramento
da cadeia peptídica dentro de um domínio em geral ocorre
independentemente do dobramento em outros domínios. Assim, cada
domínio apresenta as características de uma proteína globular pequena
e compacta, estruturalmente independente de outros domínios na cadeia
polipeptídica.

B. Interações que estabilizam a estrutura terciária


A estrutura tridimensional única de cada polipeptídeo é determinada por
sua sequência de aminoácidos. As interações entre as cadeias laterais
dos aminoácidos direcionam o dobramento do polipeptídeo para formar
uma estrutura compacta. Quatro tipos de interações cooperam para estabilizar
as estruturas terciárias das proteínas globulares.
1. Pontes dissulfeto. Uma ponte dissulfeto é uma ligação covalente
formada pelos grupos sulfidrila (-SH) de dois resíduos de cisteína
para produzir um resíduo de cisteína (Figura 2.9). As duas cisteínas
podem estar separadas uma da outra por muitos aminoácidos na
sequência primária de um polipeptídeo, ou podem até mesmo estar
localizadas em duas cadeias polipeptídicas diferentes; o dobramento
da(s) cadeia(s) polipeptídica(s) aproxima os resíduos de cisteína
e permite a ligação covalente de suas cadeias laterais. Uma ponte
dissulfeto contribui para a estabilidade da conformação tridimensional
da molécula proteica e evita que elas se tornem desnaturadas
no meio extracelular. Por exemplo, muitas ligações dissulfeto são
encontradas em proteínas, como as imunoglobulinas secretadas
pelas células.
2. Interações hidrofóbicas. Os aminoácidos com cadeias laterais
hidrofóbicas tendem a ficar localizados no interior da molécula polipeptídica,
onde se associam com outros aminoácidos hidrofóbicos
(Figura 2.1 O). Em contraste, aminoácidos com cadeias laterais polares
ou com carga tendem a ficar na superfície da molécula, em contato
com o solvente polar. (Nota: lembre que proteínas localizadas
em ambientes apoiares [lipídicos], como as membranas celulares,
exibem um arranjo inverso [veja a Figura 1.4, p. 4].) Em qualquer
dos casos, ocorre a segregação energeticamente mais favorável
dos grupos R.
3. Ligações de hidrogênio. Cadeias laterais de aminoácidos contendo
hidrogênio ligado a oxigênio ou nitrogênio, como os grupos alcoólicos
da serina e da treonina, podem formar ligações de hidrogênio
com átomos ricos em elétrons, como o oxigênio dos grupos carboxila
ou o grupo carbonila das ligações peptídicas (Figura 2.11; veja
também a Figura 1.6, p. 4). A formação de ligações de hidrogênio
entre os grupos polares na superfície de uma proteína e o solvente
aquoso aumentam a solubilidade da proteína.
4. Interações iônicas. Grupos carregados negativamente, como o
grupo carboxila (- COOl na cadeia lateral do aspartato ou do glutamato,
podem interagir com grupos carregados positivamente, como
o grupo amino (- NH3+), na cadeia lateral da lisina (Figura 2.11 ).

C. Dobramento proteico
As interações entre as cadeias laterais dos aminoácidos determinam como
uma cadeia polipeptídica longa se dobra para formar a intricada conformação
tridimensional de proteínas funcionais. O dobramento proteico, que
ocorre dentro da célula de segundos a minutos, emprega um atalho pelo
labirinto de todas as possibi lidades de dobramento. Com o dobramento
peptídico, as cadeias laterais dos aminoácidos são atraídas ou repelidas
de acordo com suas propriedades químicas. Por exemplo, cadeias laterais
carregadas positiva e negativamente atraem-se umas às outras. Por sua
vez, cadeias laterais com cargas semelhantes repelem-se umas às outras.
Além disso, as interações envolvendo ligações de hidrogênio, interações
hidrofóbicas e pontes dissulfeto podem influenciar o processo de dobramento.
Esse processo de tentativa e erro experimenta muitas (mas não
todas) possibilidades de configuração em busca de um estado no qual as
atrações superem as repulsões. Isso resu lta em uma proteína dobrada corretamente,
com baixo estado energético (Figura 2.12) .

D. Desnaturação de proteínas
A desnaturação proteica resulta no desdobramento e na desorganização
das estruturas secundária e terciária, sem que ocorra hidrólise das ligações
peptídicas. Os agentes desnaturantes incluem calor, solventes orgânicos,
agitação mecânica, ácidos ou bases fortes, detergentes e íons
de metais pesados, como chumbo e mercúrio. A desnaturação pode, sob
condições ideais, ser reversível; nesse caso, a proteína dobra-se novamente
em sua estrutura original (nativa) quando o agente desnaturante for
removido. Entretanto, as proteínas, em sua maioria, uma vez desnaturadas,
ficam permanentemente desordenadas. As proteínas desnaturadas
são, com frequência, insolúveis; portanto, precipitam quando em solução.

E. Papel das chaperonas no dobramento proteico


Geralmente se aceita que a informação necessária para o correto dobramento
da proteína está contida na estrutura primária do polipeptídeo.
Considerando essa premissa, é difícil explicar por que as proteínas, em
sua maioria, quando desnaturadas, não retomam sua conformação nativa
sob condições ambientais favoráveis. Uma resposta para esse problema
é que a proteína começa a se dobrar em estágios durante sua síntese,
em vez de esperar que a síntese de toda a cadeia esteja completa.
Isso limita a competição entre configurações de dobramento possíveis
em bandas maiores do peptídeo nascente. Além disso, um grupo especializado
de proteínas denominadas "chaperonas", é requerido para o
dobramento adequado de muitas espécies de proteínas. As chaperonas
- também denominadas proteínas de "choque térmico" - interagem com
o polipeptídeo em vários estágios durante o processo de dobramento. Algumas
delas são importantes para manter a proteína desdobrada até que
sua síntese esteja terminada, ou agem como catalisadoras, aumentando
a velocidade dos estágios finais no processo de dobramento. Outras protegem
as proteínas durante o dobramento, para que as regiões expostas,
mais vulneráveis, não formem interações infrutíferas.

ESTRUTURA QUATERNÁRIA DAS PROTEÍNAS


Muitas proteínas consistem em uma única cadeia polipeptídica, sendo definidas
como proteínas monoméricas. Outras, entretanto, consistem em duas
ou mais cadeias polipeptídicas, que podem ser estruturalmente idênticas ou
totalmente diferentes. O arranjo dessas subunidades polipeptídicas é denominado
estrutura quaternária da proteína. As subunidades são unidas por interações não
covalentes (p. ex., ligações de hidrogênio, ligações iônicas e interações
hidrofóbicas). As subunidades podem funcionar independentemente
umas das outras ou podem trabalhar cooperativamente, como no caso da
hemoglobina, em que a ligação do oxigênio a uma subunidade do tetrâmero
aumenta a afinidade das outras subunidades para o oxigênio (veja a p. 29).

HEMEPROTEÍNAS GLOBULARES
Hemeproteínas são um grupo de proteínas especializadas, as quais contêm
heme como grupo prostético firmemente ligado (veja a p. 54 para uma discussão
sobre grupos prostéticos). O papel do grupo heme é determinado pelo
ambiente criado pela estrutura tridimensional da proteína. Por exemplo, o grupo
heme de um citocromo funciona como um carreador de elétrons, sendo alternadamente
oxidado e reduzido (veja a p. 76). Em contraste, o grupo heme
da enzima catalase é parte do sítio ativo da enzima, a qual catalisa a quebra
do peróxido de hidrogênio (veja a p. 148). Na hemoglobina e na mioglobina,
as duas hemeproteínas mais abundantes em humanos, o grupo heme serve
para ligar, de forma reversível, o oxigênio.
2)

Saldo da síntese de uréia:


-3 ATP, -1 CO2, -2 NH3, -1 L-Asparato
Gera
+1 Uréia, +2 ADP, +1 AMPc, +1 Fumarato, +4 Pi, +3 H+

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