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ROBERTS APPERCEPTION TEST FOR CHILDREN (R.A.T.C.

)
[TESTE APERCEPTIVO DE ROBERTS PARA CRIANÇAS]

Caso: Principezinho
Idade: 10 anos

Lâmina 1-B
Era uma família muito feliz. (SUP-C) Certo dia, o pai chegou a casa e disse
que foi despedido. A família ficou muito triste (DEP) e aqui eles estão a
despedir-se. (PROB) Depois, num outro país, arranjou um emprego melhor
e todas as semanas mandava dinheiro para a família. Fim. (RES2)

Lâmina 2-B
Estão tristes. Porque um dia houve um incêndio em casa e ficaram tristes.
(DEP) Mas os amigos disseram que podiam ficar em casa deles. (SUP-O)
(PROB) E eles ficaram. (RES2)

Lâmina 3-B
Um menino que está a pensar muito porque os trabalhos de casa são muito
difíceis para ele. (PROB) Mas, com paciência, fê-los todos bem. (SUP-C)
(RES2)

Lâmina 4
Uma menina, quando estava a passear pela rua, encontrou uma colega e
essa colega desmaiou. (ANX) A menina ficou a olhar para ela, para ver se
podia fazer alguma coisa. (SUP-O) Entretanto, não pôde chamar mais
pessoas. Depois, descobriu uma cabine telefónica e veio uma ambulância
buscar a colega. (REL) Foram para o hospital. (PROB)
(RES2)

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Lâmina 5-B
Passados uns anos, a primeira família (descrita na Lâmina 1)... o pai voltou
e ficaram todos felizes. O menino ficou parado porque nem acreditava que
o pai estava lá. (SUP-C) E ficaram felizes e viveram felizes. (PROB)
(RES1)

Lâmina 6-B
São dois meninos, na escola, e estão a conversar com um colega novo que
chegou de África. Um quer ser amigo do menino africano (SUP-O) e o
outro está a olhar para ele, como quem diz que esse menino vai ter
problemas na escola, por ser diferente. (REJ) Depois, no fim, o menino
africano e os outros ficaram amigos. (PROB) (RES1)

Lâmina 7-B
Um menino estava a dormir, acordou e olhou para a janela. Os pais
disseram-lhe para olhar lá porque havia uma estrela cadente. (UNR)

Lâmina 8
Os pais a ralharem com os filhos porque fizeram algo de errado (LIM)
(PROB) e agora os filhos estão arrependidos. E depois...foram jantar.
(RES1)

Lâmina 9
Um rapaz que está a bater noutro, porque o rapaz que está a levar tareia
deve-lhe ter feito alguma coisa de mal e o outro não gostou (LIM). O
menino está a dizer para parar mas o outro não pára. (AGG) (PROB)
(MAL)

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Lâmina 10-B
Aqui, é um menino que está um bocadinho triste (DEP) por o seu irmão
mais novo receber as atenções todas e mimos. (REJ) (PROB) (UNR)

Lâmina 11
Uma menina que se assustou com algo...assustou-se com...um cão que
vinha atrás dela para lhe morder. (ANX) (PROB) (UNR)

Lâmina 12-B
O pai a falar com a mulher, qualquer coisa, para a mulher entender (SUP-
O) e ela não compreende e o filho mais novo está a assistir a tudo. (UNR)

Lâmina 13-B
Um rapaz que está triste por alguma coisa que aconteceu e está triste (DEP)
e está...furioso e quer partir a cadeira. (AGG) (UNR)

Lâmina 14-B
Uma mãe admirada porque o seu filho disse-lhe que ia pintar a parede do
seu quarto, mas a mãe pensava que era um pintar normal e não com as
mãos. Depois, o menino ficou com um quarto marcado com as mãos dele e
ficou feliz (SUP-C) por ter um quarto diferente. (PROB) (ATY) (RES1)

Lâmina 15
Um menino que está a entrar para a casa de banho e não bateu à porta e
estava lá gente. Depois, a senhora que estava a tomar banho disse que tinha
de bater à porta e que tinha de esperar. (PROB) (RES2)

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Lâmina 16-B
O pai a ler qualquer coisa e o filho está a pedir-lhe algo (REL) e ele está a
pensar se pode comprar ou não. (PROB) E mais nada. (UNR)

Domínio socio- afectivo -RATC


A análise dos Indicadores Clínicos mostra a presença de uma resposta mal-
adaptada (MAL) e de uma resposta atípica (ATY). Estes valores não
ultrapassam os respectivos pontos de corte para a faixa etária (1 ponto). No
entanto, devem ser considerados sinais clínicos de possibilidade de
agravamento da situação emocional/afectiva que a criança expressa.
Da análise dos resultados obtidos nas Escalas Clínicas, verificamos que as
escalas Depressão (DEP - 4 pont.) e Não-Resolução (UNR - 6pont.)
apresentam valores elevados, podendo indiciar a existência de problemas
emocionais (possível desajustamento), na criança. O resultado depressão
(DEP) expressa que estamos perante uma criança que manifesta
sentimentos de tristeza e infelicidade (estes sentimentos alargam-se à
família e, especificamente, à figura materna). A pontuação UNR parece
indicar que a criança tem dificuldades na resolução de situações
problemáticas, podendo ser devidas a alguma imaturidade emocional.
A escala Rejeição (REJ - 2 pont.) tem pontuação situada no limite superior
dos valores normativos, o que pode revelar a existência de sentimentos de
rejeição, (grupo de pares, o seu papel na família).
A escala Agressão (AGG) não apresenta um resultado quantitativo com
significado clínico. Contudo, o conteúdo de algumas respostas (lâminas 8,
9, 11, 13B, 14B) sugere que a agressão é uma forma de expressão que a
criança “não concretiza”, mas que racionaliza, ou seja, a agressão está
presente, embora não seja expressa de forma aberta e, de certa forma,

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funciona com defesa, proporcionando um equilíbrio e protegendo
emocionalmente o Principezinho.
Apesar do resultado abaixo dos valores normativos da escala Ansiedade
(ANX), o conteúdo das respostas e a observação do comportamento
mostram que esta é uma área a considerar, revelando que a criança tem
dificuldades a este nível. Tenta conter e controlar a emoção mas nem
sempre é bem sucedido, “bloqueando”, sobretudo quando se confronta com
situações problemáticas que não consegue resolver.
Nas escalas adaptativas, obtém resultados médios em Pedido de Ajuda
(REL), Suporte-Outro (SUP-O), Limite de Comportamento (LIM) e
Resolução- 1 (RES-1). Estes valores revelam que, possivelmente, esta
criança tem um bom sistema se suporte, quer em termos de confiança
demonstrada no circundante, quer em termos de suporte efectivamente
providenciado. Reconhece os pais como figuras de autoridade, que
impõem, de um modo geral, limites adequados ao seu comportamento. O
resultado elevado em Suporte- Criança (SUP-C) demonstra elevada auto-
confiança e auto-suficiência.
O resultado elevado em Identificação de Problemas (PROB), mostra que o
Principezinho tem capacidade de identificação de situações problemáticas.
No entanto, este potencial nem sempre se traduz num desfecho ajustado,
uma vez que, na maioria das situações, não consegue encontrar uma
solução adequada para o problema (UNR elevado; RES-2 abaixo dos
valores normativos). As resoluções tipo 1 (RES-1) podem indiciar
imaturidade emocional. As resoluções mágicas que apresenta (lâminas 5B,
6B, 8 e 14B) parecem expressar um desejo intrínseco de felicidade, que
será mais ao nível ideal/desejado do que de referência real. Assim, a
ausência de soluções adequadas para os problemas sugere um nível baixo
de maturidade e dificuldades em lidar, principalmente, com aspectos
comportamentais e emocionais exigentes.

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Atendendo ao conteúdo das respostas, verificamos que as dinâmicas
familiares parecem ser um foco relevante para a criança.
A figura paterna parece exercer uma influência muito grande na criança,
parecendo, mesmo, existir um certo “encantamento” pelo pai, quer em
relação à sua posição na dinâmica familiar, enquanto figura de autoridade
(que toma decisões, que tem razão, que suporta economicamente a família,
cumprindo as suas necessidades básicas), quer como figura de
identificação, enquanto modelo masculino de referência.
No entanto, parece haver um certo distanciamento emocional, quer na
relação pai-filho, quer na relação de casal (falha no suporte emocional).
A mãe surge como figura importante para o Principezinho, mas que tem um
papel passivo dentro da família, isto é, não impõe limites de
comportamento de forma evidente, não toma decisões, sendo até um pouco
desvalorizada dentro do sistema familiar.
A família pode não ser disfuncional e nem sequer funcionar de forma
inadequada, mas parecem existir falhas a nível da comunicação entre os
membros do sistema familiar. Parece, ainda, existir uma preocupação
constante com a “imagem” da família, no sentido de mostrar ser o protótipo
da “família feliz”, para o exterior das fronteiras do sistema.
A forma pouco elaborada e emocionalmente contida como conta as
histórias, denuncia alguma imaturidade emocional, mas também mostra a
existência de mecanismos de defesa, que utiliza para se refugiar e proteger,
sempre que alguma situação “lhe foge ao controlo”.
Em termos estruturais, as histórias são concisas, organizadas, bem
articuladas, com um nível de linguagem ajustado e boa construção
gramatical, revelando adequado funcionamento cognitivo.

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