PREVENÇÃO DE ACIDENTES NOS TRABALHOS EM ALTURA NA

CONSTRUÇÃO CIVIL COM AUXÍLIO DE TECNOLOGIA BIM.

ACCIDENTE PREVENTION IN HIGH ALTITUDE CIVIL CONSTRUCT JOBS WITH

THE AID OF BIM TECHNOLOGY
AUTOR 01 – DAIANE RODRIGUES CARDOSO

ACADÊMICO DO 4° SEMESTRE DO CURSO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO

TRABALHO PELA INSTITUIÇÃO DE ENSINO FACULDADE DE ENGENHARIA E INOVAÇÃO
TÉCNICO PROFISSIONAL – FEITEP, MARINGÁ – PR. Rua Marechal Floriano Peixoto, Zona 07,
CEP: 87030-030.
Engcivil.daiane@gmail.com
AUTOR 02 – CARLOS EDUARDO SANCHES

ESPECIALISTA EM SEGURANÇA NO TRABALHO PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

MARINGA PROFESSOR(A) DA FACULDADE DE ENGENHARIA E INOVAÇÃO TÉCNICO
PROFISSIONAL-FEITEP, MARINGÁ-PR. Avenida Paranavaí, 1164, Parque Industrial Bandeirantes,
Maringá-Paraná.
carlos@protmar.com.br

RESUMO investir em questões de alto risco na

Em vários segmentos da construção
civil o risco de queda torna-se preocupante,
causado muitas vezes pelo
desconhecimento e/ou descaso dos
envolvidos como empregado ou
empregador. Efetuar uma boa análise para
compreender os riscos e aplicar todas as
práticas preventivas na engenharia de
segurança é imprescindível, porém pode se
tornar um desafio em obras de grande
porte. Visto a grande necessidade de
compilar tantos dados, a Autodesk
desenvolveu um software chamado
Construction IQ com o uso de inteligência
artificial e tecnologia BIM para efetuar
análises mais precisas visando minimizar
os índices de acidentes de trabalho. O
Software veio atuar em conjunto com a
ação humano, garantindo uma economia de
até 25% do tempo das empresas que o
utilizaram, fazendo-as otimizar o tempo e
segurança.
PALAVRAS-CHAVE:
Engenharia de Segurança; Trabalho em altura;
prevenção; Acidentes; Equipamentos de
proteção individual; Equipamentos de
proteção coletivo; Construction IQ
ABSTRACT
In several segments of civil
construction, the risk of falling becomes a
concern, often caused by the lack of
knowledge and / or disregard of those
involved as an employee or employer.
Conducting a good analysis to understand
the risks and to apply all the preventive
practices in the safety engineering is
essential, but can become a challenge in
large works. Autodesk has developed a
software called Construction IQ with the
use of artificial intelligence and BIM
technology to perform more accurate
analysis to minimize work accident rates.
The Software came together with human
action, saving up to 25% of the time of the
companies that used it, optimizing the time
and investing in high security risk issues.
KEYWORDS:
Safety Engineering; Work at hight; Accidents;
Individual protection equipment; Collective
protection equipment; Construction IQ
1. INTRODUÇÃO
A segurança no trabalho tem por
objetivo promover a proteção do
trabalhador em seu local de trabalho, a
Comissão interna de prevenção de
acidentes (CIPA) tem origem no Brasil no
artigo 82 do Decreto-Lei 7.036, de 10 de
novembro de 1944, apesar dos quase 75
anos de origem, ainda há muito a ser feito.
De acordo com o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), foram registrados
549.405 ( não foram registrados )
acidentes de trabalho, das 349.579
comunicações de acidentes de trabalho
(CAT) que ocorreram no ano de 2017
referentes a acidentes típicos, 37.057
destas referiam-se a quedas em todos os
ramos de atividades– 10,6% dos registros
de CAT. Desse total, os acidentes e óbitos
causados por quedas apenas entre serventes
de obras e pedreiros foram 1.796 acidentes
e 24 mortes, sem levar em consideração
outras funções exercidas em um canteiro
de obras.
Os números são preocupantes, porém
muitos são os fatores que podem interferir
na condição ideal de trabalho, tais como a
qualidade de contratação e delegação de
tarefas, além da correta preocupação com
segurança e instrução dos funcionários.
Entretanto, dispor de elementos que
garantam a qualidade da construção não é
suficiente para garantir a qualidade na
execução da obra. Isto somente é possível
caso se considere também a qualidade no
recebimento de materiais e equipamentos e
a qualidade na execução dos serviços de
cada etapa da obra. (SOUZA, 1995).
Junto a isso, a implantação das Normas
Regulamentadoras (NR) proporcionou a
mudança de papel do Engenheiro de
Segurança do Trabalho, o qual deixou de
ser meramente um fiscal e passou a ter que
planejar e desenvolver técnicas ligadas ao
gerenciamento e controle de riscos. Assim,
evolui-se de uma visão basicamente
corretiva para uma perspectiva preventiva.
No entanto, a ocorrência de acidentes de
trabalho ainda é frequente (SIMÕES,
2010).
Acidentes podem ocorrer de diferentes
formas, ainda mais em um ambiente tão
complexo quanto o canteiro de obras. De
acordo com a pesquisa sobre acidentes de
trabalho realizada pela Sintrivel no ano de
2016, aponta a queda em altura como o
principal fator de acidentes de trabalho na
construção civil e 2 anos depois segundo o
MTE, a construção civil ainda lidera o
índice de queda em altura, sendo
responsável por 40% dos acidentes de
trabalho dessa natureza no Brasil,
mostrando a necessidade de uma atenção
especial para diminuir os índices no setor.
Efetuar boas análises é imprescindível
para compreender os riscos e aplicar todas
as práticas preventivas. Assim investigar os
riscos envolvidos na realização do trabalho
em altura é fundamental para preservação
da integridade e da saúde dos
trabalhadores.
Após mais de uma década de evolução
na construção de software de modelagem
de informações para ajudar vários
membros da equipe de projeto e construção
a prever os desafios do projeto e corrigi-los
rapidamente, um dos pioneiros das
ferramentas BIM está empregando
elementos da tecnologia de inteligência
artificial emergente para prever melhor
quando pequenos questões de qualidade e
segurança no campo se tornarão grandes
problemas.
 Visando isso esse trabalho tem como
objetivo apresentar as principais causas de
acidentes de trabalho em altura na
construção civil junto com as melhorias
que podem ser feitas nas medidas de
prevenção para acidentes dessa natureza
com o auxílio da tecnologia BIM.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
Figura 01: Causa de quedas: perda de
A pesquisa constitui de um levantamento equilíbrio
bibliográfico para aprofundamento do tema. Fonte: www.saudeetrabalho.com.br
Conforme Martins e Lintz (2007, p. 15) “a
pesquisa bibliográfica procura explicar e • Falta de proteção - exemplo: guarda-
discutir um tema ou um problema com base corpo.
em referências teóricas publicadas em livros,
revistas, periódicos, etc.
Utilizou-se literatura especifica para
apoio tais como as Normas
Regulamentadoras NR 35 - (Segurança e
Saúde no Trabalho em Altura), da Norma
NR 6 – (Equipamento de proteção
individual- EPI) e da Norma NR 18 –
(Condições e meio ambiente de trabalho na
indústria da construção), além de sites Figura 02: Causa de quedas: falta de
específicos e bibliografia de diversos proteção
autores, assim sendo possível levantar e Fonte: www.saudeetrabalho.com.br
analisar o problema em estudo com uma
visão mais técnica. • Falha de uma instalação ou dispositivo de
proteção. Exemplo: quebra de guarda-
corpo.
3. RESULTADOS

3.1. TRABALHO EM ALTURA

Considera-se trabalho em altura toda

atividade executada acima de 2 metros do
nível inferior, onde haja risco de queda
(Segurança e Medicina do Trabalho, 2013).
Roque (2011) lista as principais causas
de queda de altura, como:
• Perda de equilíbrio: passo em falso, Figura 03: Causa de quedas: quebra de
escorregão, etc. dispositivo de proteção
Fonte: www.saudeetrabalho.com.br

• Método incorreto de trabalho.


Figura 04: Causa de quedas: método
incorreto de trabalho
Fonte: www.saudeetrabalho.com.br
• Contato acidental com fios de alta
tensão.
Figura 05: Causa de quedas: contato
acidental com fios de alta tensão
Fonte: www.saudeetrabalho.com.br
• Inaptidão do trabalhador à atividade.
Figura 06: Causa de quedas: Inaptidão do
trabalhador para a atividade.
Fonte: www.saudeetrabalho.com.br
3.2 CAUSAS DE QUEDA NO TRABALHO
EM ALTURA
As principais causas dos acidentes de
trabalho estão relacionadas aos atos
inseguros, condições inseguras e a fatores
naturais.
Atos Inseguros: são fatores importantes
que colaboram para a ocorrência de
acidentes do trabalho e que são definidos
como causas de acidentes que residem
exclusivamente no fator humano, isto é,
aqueles que decorrem da execução das
tarefas de forma contrária às normas de
segurança, ou seja, a violação de um
procedimento aceito como seguro, que
pode levar a ocorrência de um acidente.
Exemplos (FUNDACENTRO, 2011):
• Não uso de EPI;
• Trabalho sob a influência de álcool e/ou
outras drogas;
• Operação de equipamentos sem
autorização;
• Realização de manutenção de
equipamentos em operação;
• Utilização de equipamento defeituoso;
• Utilização de equipamentos de maneira
incorreta;
• Falta de sinalização ou advertência;
• Falha ao bloquear/resguardar;
• Operação em velocidade inadequada; •
Tornar os dispositivos de segurança
inoperáveis;
• Extração dos dispositivos de segurança;
• Transporte de maneira incorreta;
• Armazenamento incorreto;
• Levantamento de objetos de forma
incorreta;
• Adoção de uma posição inadequada para
o trabalho;
• Brincadeiras indesejáveis.
Condições Inseguras são consideradas
falhas técnicas, que presentes no ambiente
de trabalho, comprometem a segurança dos
trabalhadores e a própria segurança das
instalações e dos equipamentos.
Exemplos (FUNDACENTRO, 2011):
• Equipamentos de proteção inadequados
ou insuficientes;
• Proteções e barreiras impróprias;
• Perigos de explosão e incêndio;
• Ferramentas, equipamentos ou materiais
imperfeitos;
• Espaço restrito ou congestionado;
• Ventilação inadequada;
• Desordem;
• Condições ambientais perigosas: gases,
poeira, fumaça, vapores;
• Radiações;
• Temperaturas extremas; • Ruídos
excessivos;
• Iluminação excessiva ou inadequada.
3.3 NORMATIZAÇÃO
Atualmente a NR 35 é a norma que
estabelece os requisitos mínimos de
proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento,
desenvolvimento e a execução.
No dia 27 de março de 2012 foi
publicado no diário oficial da união
(DOU), a portaria n° 313, da secretaria da
inspeção do trabalho (SIT), aprovando a
norma regulamentadora n°35 (trabalho em
altura), além de criar a comissão nacional
tripartite (CNTT) da NR-35 com o objetivo
de acompanhar a implementação da nova
regulamentação.
Além da NR 35 é preciso observar
outras normas para que a segurança e a
saúde dos trabalhadores estejam garantidas
quando forem efetuar trabalhos em altura,
são elas:
 NR 4 – Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho;
 NR 6 – Equipamento de Proteção
Individual (EPI);
 NR 7 – Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO);
 NR 9 – Programa de Prevenção e
Riscos Ambientais;
 NR 18 – Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção;
 NR 34 – Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção e Reparação Naval.
3.4 PREVENÇÃO
Prevenir é a maneira mais adequada de
evitar que os acidentes aconteçam. Piza
(2000, p.11) esclarece que “a prevenção
deriva da atitude do homem, independente
de sua cultura, classe social, credo ou raça
e seu objetivo deve ser executável”.
Portanto “para prevenir acidentes deve-
se atuar diretamente no processo
produtivo, em todas as suas etapas” (PIZA,
2000, p.15). Observa-se que a
conscientização do trabalhador é o melhor
método de prevenção. Para obter esses
resultados a aplicação de treinamentos e
medidas de segurança coletivas e
individuais ligados à atividade
desenvolvida, torna-se indispensável.
3.5 – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO
(APR)
A análise preliminar de risco é uma
importante ferramenta para adotar as
medidas de prevenção dos acidentes de
trabalho.
A avaliação de riscos do local de
trabalho é uma das principais ferramentas
para a melhoria das condições de
segurança e saúde do trabalhador. Essa
ferramenta desempenha um papel
importante na proteção não só dos
trabalhadores mas para a empresa em
geral. Nesse contexto, a análise preliminar
de risco (APR) é uma ferramenta utilizada
na fase inicial de concepção e
desenvolvimento de atividades e na
determinação dos riscos que possam
existir.
A APR é realizada mediante a listagem
dos riscos associados aos elementos da
atividade, compreendendo as seguintes
etapas: (AMORIM, 2014)
• Reunião dos dados necessários
disponíveis sobre o sistema em estudo,
através de informações proporcionadas
pela experiência prévia com qualquer
atividade semelhante, ou que utilize
equipamentos e materiais similares;
• Realização da análise preliminar de
riscos, considerando, por exemplo,
equipamentos e materiais perigosos,
fatores ambientais, procedimentos
operacionais e de atendimento a
emergências e sistemas de segurança;
• Registro de resultados através da tabela,
descrevendo: fatores de risco, causas,
efeitos potenciais, categorias de
frequência, severidade e risco, bem como
as medidas corretivas e preventivas.
3.6 –APR COM UXÍLIO DE SOFTWARE
BIM
A construção civil tem se antecipado
nos erros que podem ocorrer na obra a fim
de evitar perdas desnecessárias e aumentar
seu grau de lucro e produtividade com o
sistema BIM (Building Information
Modeling), que de forma simplória
consiste em um modelo de construção
antes da execução para prever todos os
possíveis contratempos que possam existir.
Em Fevereiro de 2019 a Autodesk
anunciou o lançamento de uma versão
preliminar do Construction IQ, que se trata
de um software que utiliza os recursos da
tecnologia BIM com o uso de inteligência
artificial, dentro de uma linha de produtos
existentes chamado BIM 360.
Com o uso dessa tecnologia será
possível cumprir as 3 etapas citados no
item anterior (APR) de forma mais rápida e
compilar as informações de milhares de
obras para efetuar análises mais precisas
visando minimizar os índices de acidentes
de trabalho.
3.7 – CONSTRUCTION IQ
O Construction IQ pode ser resumido
em um sistema de técnicas de
aprendizagem profunda baseadas em
Inteligencia Artifical para analisar projetos
passados e atuais em busca de segurança e
eficiência, além de fornecer alertas
direcionados sobre atrasos e ameaças à
segurança dos trabalhadores, e analisar
automaticamente dados de campo e outros
para classificações de risco do projeto que
são exibidas em um painel de controle.
O Painel apresenta o número de
projetos que estão ativos e a proporção dos
projetos separados por alto, médio e baixo
risco. Ainda é possível verificar e gerenciar
programas de qualidade e segurança do
trabalho, desde listas de verificação de
inspeção e observações até que os
problemas sejam resolvidos.

Figura 07: Tela do software Construction
IQ
Fonte: https://blogs.autodesk.com
"O nível de risco de um projeto não
indica se ele é bem gerenciado, mas indica
que o projeto tem um risco maior que o
normal naquele dia, e você provavelmente
o quer no seu radar", disse uma cartilha da
empresa para executivos. “Um projeto
grande e complexo, muitas vezes (mas nem
sempre), mostra um nível de risco maior
do que um projeto menor”, completa.
Figura 08: Tela de controle do software
Construction IQ
Fonte: https://blogs.autodesk.com
Dentro da linha BIM 360 existem 3
modalidades de trabalhos, design, build e
fild. O Construction IQ utiliza dados de
campo da plataforma BIM 360 Build para
calcular o risco de projeto e dos seus
subcontratados, de acordo com Pat Keaney,
diretor do BIM 360.
“Nos últimos dois anos, a Construction
IQ, pilotada como Project IQ, processou
dados, incluindo mais de 150 milhões de
emissões e observações de listas de
verificação de cerca de 30.000 projetos de
construção reais”, Completa.
Os riscos que aparecem nos painéis
podem ser configurados, ajustando o foco
de cada grupo de interesse de acordo com a
real necessidade de atenção.
A Autodesk desenvolveu o
Construction IQ para analisar
continuamente centenas ou milhares de
problemas de projetos e depois sugerir as
poucas dezenas que precisam de mais
atenção, "ajudando os profissionais de
construção a encontrar o sinal em todo esse
ruído, além de analisar questões abertas
para determinar quais são as mais
prováveis de resultar em ferimentos devido
a uma queda, já que as quedas são a
principal causa de mortes de trabalhadores
em canteiros de obras.” disse Keaney.
Quando um risco é detectado de um
subcontratado, os engenheiros formulam a
solução, por exemplo, o empreiteiro geral
conversaria com o funcionário da empresa
para resolver o problema e após isso
configurariam o software novamente para
que a interferência não seja mais
sinalizada.
O objetivo é abordar o risco em
qualquer dia, para que pequenos problemas
hoje não se tornam grandes problemas
mais tarde para o empreiteiro geral,
subcontratado ou proprietário.
3.8 – APLICAÇÃO DO SOFTWARE
O Construction IQ apenas foi lançado
em grande escala em fevereiro de 2019,
porém em sua fase de teste, o software foi
disponibilizado para um número limitado
de empresas, entre elas a BAM ireland.
A Autodesk relata que a BAM Ireland,
uma grande empreiteira de construção civil
sediada na Irlanda, viu grande melhoria na
supervisão de vários projetos sem nenhum
esforço extra. Através da plataforma de
gerenciamento de construção BIM 360, a
BAM conseguiu decompor os silos
tradicionais de dados de construção para
identificar e entender automaticamente os
itens de alto risco usando o aprendizado de
máquina. O resultado? "Vimos uma
redução de 20% nas questões de qualidade
e segurança nos projetos", disse Michael
Murphy, gerente de operações de
construção digital da BAM
Ireland. "Consequentemente, nossa equipe
foi capaz de gastar 25% a mais de tempo
focando nas questões de alto risco para
qualidade e segurança."
4. DISCUSSÃO
O trabalho em altura sem dúvidas tem
sido a principal causa de acidentes de
trabalho dentro da construção civil. Com a
utilização da APR é possível identificar e
priorizar as etapas de ações preventivas
para antecipar os riscos, porém mesmo
com as medidas preventivas ainda ocorrem
falhas durante o processo de fiscalização
por diferentes motivos, o que mostra que o
processo ainda precisa ser melhorado para
que possamos obter resultados mais
eficazes.
Obter algoritmos inteligentes e outras
tecnologias derivadas da Inteligência
Artificial para a equipe do projeto pode
não ser uma ideia tão absurda quanto já foi
algum dia, mas em vez de ter um
computador que assume as funções de
trabalho de um arquiteto ou engenheiro,
essas profissões podem em breve ter algum
tipo de assistente baseado em IA
oferecendo opções e fornecendo
esclarecimentos ao longo do caminho. Mas
deixar um computador processar dados de
projeto e se responsabilizar por todas as
respostas provavelmente não virá em uma
solução de um único botão.
Essas ferramentas ainda não foram
testadas a larga escala, mas assim como
qualquer outra ferramenta BIM que surgiu
no mercado, devemos levar em
consideração e nos questionarmos como
ela pode otimizar nosso sistema de
trabalho.
O objetivo principal do BIM é
transformar o modelo do projeto em uma
representação da forma mais real possível
da construção que está sendo realizada,
visualizando todas as inconformidades
apresentadas no canteiro de obra. Isso
permite a verificação de falhas no projeto,
atrasos, erros, desperdícios, entre outros
pontos. Tudo que acontece no mundo real
pode ser simulado antes no modelo virtual.
Sendo tão reais os benefícios já
comprovados dessa ferramenta na
construção civil, a possibilidade de
antecipar os problemas de segurança de
uma construção com o auxílio da tecnologia
não devem ser ignorado, pois ela pode ser
um importante aliado para diminuirmos os
índices de acidentes em altura.
5. CONCLUSÃO
A utilização do software vem para ser
utilizada em parceria com todos os
métodos já existentes para prevenção, o
método humano não deve ser substituído,
visto que o software foi desenvolvido para
auxiliar as formas existentes de prevenção,
ajudando no monitoramento e indicando os
dias e atividades que merecem maior
atenção.
Apesar de ser uma ferramenta que
promete auxiliar e muito o trabalho dos
engenheiros e técnicos de segurança, ela
ainda possui um valor muito elevado e foi
desenvolvida para ser empregada em
grandes obras. Porém é uma ferramenta
que está inclusa dentro de um pacote com
uma série de outros softwares para
melhoria de rentabilidade dentro da
construção civil, sendo uma porta de
entrada para que as grandes empresas a
utilizem ao adquirir soluções BIM da
Autodesk.
 Ainda há muito a ser melhorado em
relação a segurança, monitoramento e
medidas preventivas do trabalho em altura,
porém com a inserção de tecnologias para
nos auxiliar nesse processo, os resultados
poderão ser ainda mais eficazes,
garantindo uma melhora no tempo
empregado para análise dos dados e assim
empregando mais tempo na prevenção dos
acidentes em altura.
REFERÊNCIAS
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