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escrever?
Você é canhoto ou destro? Provavelmente, existe alguma pessoa do seu convívio que escreva e faça outras
várias funções com a mão esquerda. De fato, não é algo tão longe assim de nossa realidade. Estima-se que
haja cerca de 10% a 12% de indivíduos que façam parte desse grupo. O canhotismo não deve ser
considerado um fator de grande preocupação para os pais, tendo em vista que a criança pode viver seu
percurso pedagógico de maneira exemplar.
Contudo, é preciso saber de alguns detalhes que tendem a contribuir para esse desempenho do aluno
canhoto. Um desses pontos é o aspecto grafomotor, como a escrita. O importante é ensiná-lo a escrever de
forma que não cause desconforto e nem atrapalhe a fluidez de sua prática (escrita).
– Posição do papel
O papel deve sempre ser posicionado à esquerda da linha média da criança. Além disso, a folha deve estar
inclinada para que seu canto superior direito esteja mais próximo da criança em relação ao canto superior
esquerdo. O ângulo que o papel está posicionado irá variar de acordo com cada criança.
Especialistas afirmam que o braço deve ficar de forma que permita uma escrita livre e confortável. No caso
do canhotismo, é importante que a criança escreva de maneira que proporcione uma facilidade nos
movimentos. A preensão também deve contribuir para uma escrita satisfatória.
A obra Memórias de Alfabetização (2007) traz algumas experiências de pessoas canhotas que foram
obrigadas a escrever com a outra mão. Os relatos revelam que o desempenho escolar, assim como as
habilidades psicomotoras, ficou a desejar. Tudo isso porque os participantes, que concederam entrevista,
afirmaram que foram forçadas a estabelecer o domínio destro.
Em 2009, um estudo foi realizado por pesquisadores da Austrália. Os investigadores concluíram que as
crianças com canhotismo tinham um desempenho aquém daquelas consideradas destras nos seguintes itens:
leitura, escrita vocabulário, capacidades motoras e desenvolvimento social.
Entretanto, isso só foi notado na infância, uma vez que essas diferenças ficaram atenuadas à medida que as
crianças foram crescendo. Isso significa que o fato de uma criança ser canhota não define necessariamente o
percurso escolar e nem quão bem-sucedidos esses alunos serão na escola.
Adaptação: um assunto imprescindível
Os estudantes canhotos já podem contar com objetos e itens mobiliários que atendem às suas necessidades.
Materiais escolares para quem escreve com a mão esquerda, por exemplo, são encontrados com facilidade,
tudo para favorecer a inclusão.
De qualquer maneira, vale ressaltar que a criação de uma relação de exercícios voltados para a coordenação
motora dos pequenos depende da observação feita. Nada mais revelador que o cotidiano daquele aluno no
momento de executar alguma tarefa, relacionar-se com os coleguinhas, solicitar algo; os momentos em que
ele demonstra alguma dificuldade. Tudo isso deve ser levado em conta na hora de criar um plano de aula.
– Plano de aula –
– Atividades que envolvam recortes de revistas e jornais, desenhos para colorir, argilas massinhas;
– A execução das tarefas acima pode continuar. Nesse período, porém, é aconselhável que o educador já
comece a mostrar aos alunos que o trabalhinho pode ficar mais bonito quando eles respeitam a margem do
desenho, da imagem recortada, etc. Importante ressaltar, no entanto, que cada criança tem uma dificuldade.
Então, não estabeleça prazos, mas demonstre total disposição em ajudá-la;
– Após treinar bastante a coordenação motora com tais atividades, uma dica é partir para outras tarefas,
como colagens (bolinhas de papel em uma folha A4, barbante em linha traçada previamente);
– Outros.
É muito comum vermos crianças que escrevem mal ou que têm alguma dificuldade relacionada a isso;
enfim, vejam aqui como fazer para melhorar essa situação, o que pode ser feito para solucionar essa
coordenação motora.
O sistema educacional simplesmente relegou a escrita, outrora ensinada nas escolas, a um nível bem abaixo,
dando a ela um lugar de pouco destaque. As crianças de hoje, portanto, não têm aquela vivência com a
escrita. Não há tanto estímulo como antes.
É importante lembrar que o fato de uma criança não escrever bem não significa necessariamente que ela
tenha problema de aprendizagem (disgrafia). Isso se deve, na verdade, ao fato de ela não ter sido estimulada
e que tal habilidade não foi trabalhada. O caderno de caligrafia seria muito bom para desenvolvimento, mas
o problema é que não se treinam mais nem mesmo a punção, que é a habilidade psicomotora básica. É aí que
entraremos com nossas dicas.
– Trabalhar o tônus é muito importante para que haja a facilidade na hora da escrita. Vale lembrar que na
escrita há dois mecanismos muito importantes: a pressão e a preensão. Esses dois aspectos são muito válidos
para que a criança tenha a firmeza nas mãos na hora de escrever.
Trabalhe os olhos da criança. É muito relevante que se estimule o controle visual, mas vocês sabem o
motivo? É o olho que vai guiar a mão que vai escrever.
Outra dica é treiná-la com pequenas brincadeiras que vão induzir a habilidade dos pequenos a estimularem
os olhos e as mãos.
A coordenação motora vai muito além do caderno de caligrafia. Não se esqueçam que as crianças precisam
correr, movimentar-se. Para escrever, a gente precisa ter tônus.
A letra é um ato motor. Toda criança precisa treinar a escrita para ter bons resultados na hora de se
expressarem no papel.
Jacob (1996) também traz para o levantamento que tal exposição ao estresse psicossocial múltiplo, “como
uma condição presente na história de vida da criança, pode caracterizar-se como agente que fragiliza o
indivíduo, favorecendo as dificuldades frente às demandas escolares”.
1.2 – Mais adiante, o estudo em questão considera outra possibilidade, dessa vez referenciada por Pain
(1985), no qual os fatores individuais da criança são relacionados aos aspectos biológicos, afetivos
e cognitivos do pequeno, uma vez que tais fatores influenciam no processo de aprendizagem.
Desenvolvimento afetivo na
aprendizagem e o atraso escolar
A pesquisa de Adriana Jacob mostra uma parte interessante quando ela traz para a discussão do atraso
escolar algumas características que justificam, em parte, tal condição. O estudo levanta o que Santos (1990)
conseguiu identificar quando analisou a procura de pais por atendimentos psicológicos em uma clínica
infantil vinculada à prefeitura de São Paulo. Observou-se que 61,5% dos casos ocorriam em função de
distúrbios de aprendizagem. Além disso, as situações de atraso escolar e problemas relacionados à função
pedagógica estavam relacionados a determinadas reações de fundo afetivo: “nervosismo, impulsividade,
oposição, choro fácil, baixa tolerância à frustração, falta de iniciativa, apatia, isolamento social,
dependência, imaturidade, medos e manifestações somáticas difusas.”
Como identificar?
Embora cada criança tenha um comportamento único, a dificuldade no aprendizado pode ser perceptível no
desempenho escolar. Para os educadores, essa observação pode ser feita no dia a dia. Os pais também podem
identificá-la em pequenos gestos, como o pouco gosto da criança por alguma atividade dada em sala de aula,
por exemplo.
Tratamentos
A melhor maneira de intervir nesses casos é procurar por um tratamento multidisciplinar, sendo que a
presença de profissionais de psicologia e psicopedagogia são essenciais.
É importante ressaltar que dentro de casa o incentivo também deve ser com muita paciência e amor para que
a criança se sinta encorajada e impulsionada. Pais, lembrem-se que sua compreensão é fundamental.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) tem, de forma reiterada, alertado a comunidade internacional no
sentido de vigiar precocemente atrasos e distúrbios de desenvolvimento infantil. Tais anormalidades estão
associadas ao risco elevado da criança evoluir para transtornos psiquiátricos, transtornos de
desenvolvimento e problemas de aprendizagem infantil, podendo desaguar futuramente em contextos que
podem desestabilizar relações familiares, reduzir engajamento escolar, expor a criança a riscos sociais e
fracassos individuais nos mais diversos momentos de sua vida.
A identificação precoce de sinais que podem sugerir problemas no desenvolvimento da criança abre espaço
para remediações e correções interventivas, as quais vão induzir a construção de competências que outrora
não se cristalizariam sem a devida estimulação. Neste contexto, o desenvolvimento cognitivo tem
importante destaque.
Cognição significa processar informações com a finalidade de perceber, integrar, compreender e responder
adequadamente aos estímulos do ambiente, levando o indivíduo a pensar e avaliar como cumprir uma tarefa
ou uma atividade social. Para processar, é necessário o envolvimento de várias regiões cerebrais, as quais
são sede de determinadas funções que, em conjunto, expressam uma habilidade específica. Estas regiões
devem estar íntegras, maduras de acordo com a idade e se interconectarem adequadamente para que haja
uma boa resposta do cérebro aos estímulos do ambiente e, por extensão, a concretização da aprendizagem e
evolução adaptativa para novas aprendizagens.
Assim, é muito importante que se propicie à criança a devida oportunidade de desenvolver todos os
requisitos importantes para sua cognição, prevenindo fatores médicos e ambientais que venham a alterar a
estrutura ou o funcionamento cerebral. O desenvolvimento cognitivo depende do envolvimento de várias
outras funções e a boa desenvoltura de outras funções que o alicerçam como a linguagem, a coordenação
motora e suporte afetivo-emocional. Viver em um ambiente saudável tanto do ponto de vista biológico
quanto afetivo é muito importante. Disponibilizar materiais e espaços para fazer com que a criança se
aproprie de estímulos que proporcionem avanços cognitivos, é primordial. Observar como a criança reage e
como ela vem adquirindo ou não habilidades ao ser estimulada, permite avaliar com vão suas competências
e, ao mesmo tempo, se pode ter ou não algum transtorno que vem impedindo seu pleno desenvolvimento.
Em caso de atrasos ou de sinais de lesão neurológica ou de disfunção comportamental, pode-se, muito cedo,
intervir e observar a resposta. Estas medidas permitem vencer obstáculos antes que a criança chegue à
escola onde se espera que tudo esteja em ordem no seu desenvolvimento cognitivo, onde será muito mais
exigida a maturação de suas competências.
A leitura e a escrita, por exemplo, são competências que começam a ser formadas no cérebro desde muito
cedo ao serem estimulados pré-requisitos cognitivos primordiais, como a espacialidade e a consciência
fonológica. Durante a infância, eles precisam ser observados e promovidos na criança e a maturação dos
mesmos deve atingir o que se espera para a idade da criança, antes de iniciar sua alfabetização.
Esta condição não tem forma física e não costuma levar a alterações em exames médicos, fazendo com que
sua identificação seja difícil e subestimada em muitas crianças portadoras. Afetam aspectos pontuais do
desenvolvimento infantil e do seu comportamento, especialmente em tarefas que exigem percepção e
memória e estes surgem mais contundentes na fase pré-escolar e escolar. Muitas vezes, os professores
consideram estes sinais normais e “no tempo da criança”, pois não existem em nosso país mecanismos na
área educacional que sustentem o conceito de “etapas normais de aprendizagem escolar” desprezando
quaisquer parâmetros. Este contexto desestimula a sua identificação e o diagnóstico muitas vezes só será
cogitado e, por extensão, confirmado no período final do Fundamental I ou no início do Fundamental II.
Por ser uma criança com potencial intelectual preservado (e até acima do normal), esta fica ansiosa,
estressada, com baixa auto-estima e com a sensação frequente de frustração e incompreensão com os
paradoxais resultados de sua aprendizagem, pois fora da escola ela tem uma performance normal. As
cobranças da família se avolumam a cada bimestre, tanto direcionadas para o filho quanto para a sua escola,
a qual é colocada em xeque e no centro de constante desconfiança e conflito a cada reunião de pais com
professores. A incompreensão acerca do que está acontecendo gera discussões, ameaças e uma fratura na
relação dos educadores com a família.
Portanto, frente a este panorama, a escola e a família devem prontamente buscar avaliação interdisciplinar.
Esta criança deve ser encaminhada para uma sequência de avaliações com diversos profissionais de áreas
afins (psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e médicos especializados) com o intuito de analisar
profundamente seu quadro – embasado em manejo clínico e desenvolvimental – com aplicação de testes
específicos para interpretar melhor seus déficits cognitivos, na linguagem e nos processos perceptivos e de
memória em direção a um diagnóstico definitivo.
1 – Transtorno de Aprendizagem;
2 – Dificuldade de Aprendizagem.
Talvez esta seja também sua dúvida aí do outro lado, não é verdade? Que tal então aprendermos a
diferenciar estes conceitos que prescrevem duas situações distintas?
Diagnosticando a Dificuldade de
Aprendizagem
O primeiro viés a se levar em conta no que tange a Dificuldade de Aprendizagem é a importância da
multidisciplinaridade integrada. Ou seja, quando nos referimos à Dificuldade de Aprendizagem, estamos
falando sobre um ser que possui uma maneira diferente de aprender.
Se trata de um obstáculo, uma barreira, um sintoma, que pode ser de origem tanto cultural quanto cognitiva
ou até mesmo emocional. É essencial que o diagnóstico seja feito o quanto antes, uma vez que há
consequências em longo prazo.
É interessante frisarmos que a maior parte destes problemas de Dificuldade de Aprendizagem podem ser
resolvidos no ambiente escolar, haja vista que se tratam, de questões psicopedagógicas.
Neste caso, estamos lidando com uma questão de neurônios, de conexão. O cérebro nestes casos funciona de
forma diferente, pois, mesmo sem apresentar desfavorecimento físico, social ou emocional, os portadores do
distúrbio de aprendizagem demonstram dificuldade em adquirir o conhecimento da teoria de determinadas
matérias.
Isso não significa que ela seja incapaz, uma vez que este quadro é reversível, necessitando para isso métodos
diferenciados de ensino adequados à singularidade de cada caso.
Ficou mais fácil diferenciar as duas situações? Dúvidas? Faça sua pergunta!
Técnicas de psicomotricidade na
educação infantil
Já é sabido por todos vocês, que acompanham nossos conteúdos na página da NeuroSaber, que a
psicomotricidade é essencial na vida das crianças. Em outras publicações, também salientamos a
importância desse aspecto humano na educação infantil. Aliás, essa fase é crucial para que o pequeno possa
se desenvolver de maneira completa.
Não é de hoje que profissionais de pedagogia, psicopedagogia, psicólogos, médicos e outros se preocupam
com a capacidade que a criança tem de associar as funções do cérebro com os movimentos. As pesquisas
seguem avançadas. Tudo em nome do reconhecimento de mais detalhes importantes para novas descobertas.
Psicomotricidade na educação
infantil
Durante o processo da educação básica, as crianças ficam diante de várias situações que impulsionam seu
conhecimento. A questão pedagógica incide sobre a psicomotricidade do pequeno a partir de atividades
direcionadas ao trabalho da mente, dos movimentos e do lado afetivo do aluno.
É importante notar o quão importante a aplicação de tais exercícios, de forma lúdica, ajudam as crianças na
descoberta do mundo ao redor. A noção que os pequenos passam a ter de seu espaço é interessante e
bastante válida para a própria formação daquela primeira infância.
As técnicas
Brincadeiras que envolvem todo tipo de movimento da criança e o fortalecimento do aspecto afetivo dela
são indispensáveis para sua vida.
Até os 3 anos de idade: gincanas que favoreçam o estímulo da descoberta do espaço, atividades táteis,
exercícios com bolas e peças de plástico; pintar os pés e pedir que a criança trace um caminho; brincadeiras
de encher e esvaziar pequenas vasilhas com areia também são ótimas dicas para essa fase da primeira
infância.
Acima dos 4 anos de idade: atividades que façam os pequenos pular, rolar, dançar; exercícios que
apresentam a elas rotinas que farão parte de sua vida, como amarrar os sapatos, pentear os cabelos, vestir
uma roupa, escolher um brinquedo, pegar um objeto específico, etc.
Com total acompanhamento, a aplicação de brincadeiras/ técnicas nessa fase escolar da criança tende a gerar
resultados bem satisfatórios.
Como dito anteriormente, a experiência que os jogos lúdicos promovem é bastante rica e proporciona o
aprendizado dos estudantes de forma que elas possam contextualizar com o cotidiano que faz parte da vida
de cada um.
A psicomotricidade está ligada aos primeiros progressos na vida pedagógica da criança. A força que ela
emprega sobre um lápis, o jeito de pegar o objeto; a maneira que ela utiliza uma tesoura ou colore um
desenho; tudo isso é aprimorado pelo estímulo psicomotor, o que é incentivado na sala de aula. Na educação
infantil, esses aspectos são levados a sério, considerando-se a evolução de cada aluno.
Outra informação que reforça o papel da estimulação psicomotora é que além dos aspectos motores, tais
atividades são responsáveis pelo desenvolvimento do lado afetivo e intelectual do aluno. Portanto, é
imprescindível que as crianças sejam induzidas desde cedo a essas atividades.
Em casos mais sérios, a saída é solicitar ajuda de uma equipe médica multidisciplinar a fim de oferecer às
crianças as intervenções que trarão resultados ao seu desenvolvimento.