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UNIVERSIDADE DE UBERBA – UNIUBE

ALUNO(A):MARIA SÍLIA PEREIRA DOS SANTOS DUARTE

R.A: 1017366

PRECEPTOR(A): SIDNÉIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

TEMA: DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E


ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL.

MONTES CLAROS – MG
2014
UNIVERSIDADE DE UBERBA – UNIUBE

ALUNO(A):MARIA SÍLIA PEREIRA DOS SANTOS DUARTE

R.A: 1017366

Trabalho de conclusão de curso entregue à


UNIVERSIDADE DE UBERABA – UNIUBE
como requisito parcial para conclusão da 6 ...
etapa do curso de Letras Português/Inglês.

MONTES CLAROS
2014
DEDICATÓRIA

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos
inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

FERNANDO PESSOA

“Dedico este trabalho, aos meus pais,


que me deram muito apoio nos momentos
mais difíceis da minha vida; aos meus irmãos,
que nunca mediram esforços para me ajudar;
a meu amado esposo pelo carinho, dedicação,
paciência e incentivo, aos meus filhos Gustavo
e Nathan, os quais amo muito, por compreender
minhas ausências e omissões, aos meus colegas
do curso pelo companheirismo; aos meus professores
que me ensinaram que o conhecimento não é algo pronto
e acabado e, sim, que está sempre se renovando.”
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que plantou em mim um sonho que hoje se materializa.


Aos meus pais que foram o instrumento para concretizar o precioso dom que recebi do
universo: “a vida” e compartilharam da minha caminhada. Aos meus irmãos, torcida
incondicional, que compartilharam da minha caminhada, que escutam minhas aspirações,
acreditam em meu potencial e torcem pela concretização de meus objetivos. Ao meu
esposo, qυе dе forma especial е carinhosa dеυ-me força е coragem, mе apoiando nоs
momentos dе dificuldades. Quero agradecer também os meus filhos, Gustavo е Nathan,
qυе embora nãо tivessem conhecimento disto, mаs iluminaram dе maneira especial оs
meus pensamentos mе levando а buscar mais conhecimentos. Aos colegas, pela
cumplicidade e apoio diante dos desafios enfrentados durante o curso e pelas ricas trocas
de conhecimentos. A todos os meus professores da universidade pelo saber transmitido. A
preceptora Sidnéia pela paciência e dedicação ao me passar orientações. Enfim, a todas
as pessoas amigas que, de alguma forma, colaboraram para a realização deste trabalho e
se fizeram presentes nesta jornada. A todos, o meu muito obrigada!
PROBLEMATIZAÇÃO

O estudo visa entender: o que gera a defasagem na aquisição das práticas de leitura e
escrita? Durante a prática de estágio no Ensino fundamental e até mesmo em algumas
turmas do ensino Médio, pode-se perceber elevado número de alunos com dificuldade na
leitura e interpretação de textos e também na escrita. Diante do exposto, busca-se com
esse trabalho investigar as prováveis causas de tais problemas, bem como contribuir para
a superação dos mesmos.

JUSTIFICATIVA

Os educadores vêm sofrendo com as dificuldades de aprendizagem, um fracasso escolar


que caminha junto com o aluno, deixando-os cada vez mais impossibilitados de ter um
desenvolvimento adequado ao ano, pelo qual está cursando, pois o ritmo é lento. Por este
motivo senti a necessidade de fazer um estudo mais aprofundado sobre os fatores que
causam dificuldades na aprendizagem, tal estudo visa investigar quais os fatores
causadores da defasagem do aprendizado da leitura/escrita e ainda reconhecer
estratégias facilitadoras na superação dessas dificuldades.

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é de compreender os fatores que interferem na aprendizagem,


como também analisar as dificuldades para desenvolver um trabalho eficiente para o
ensino da leitura e escrita.
SUMÁRIO

Apresentação..............................................................................................7

CAPÍTULO 1 - LEITURA E ESCRITA.........................................................8

A importância da escrita...............................................................................8

.A importância da leitura ...............................................................................9

Reflexão sobre a Alfabetização.....................................................................9

Desenvolvimento da escrita .........................................................................10

Desenvolvimento da leitura ..........................................................................11

Leitura com prazer ........................................................................................12

Fatores que dificultam a aprendizagem da leitura e escrita...........................13

Leitura e escrita no contexto social ...............................................................13

CAPÍTULO 2 -CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM..14

Profissional docente........................................................................................14

Motivação na Aprendizagem............................................................................15

Participação da família na vida dos educandos...............................................16

Metodologia......................................................................................................17

Considerações finais.........................................................................................18

Referências Bibliográficas.................................................................................19
APRESENTAÇÃO

O presente trabalho contém um estudo sobre Dificuldades da Leitura e da Escrita na vida


de nossos educandos. Pois estes dois elementos constituem um alicerce para um bom
desempenho dos indivíduos em todas as atividades escolares. Apesar da Revolução do
ensino ocorrida na última década e consequentemente o surgimento de novos métodos e
técnicas de transmissão de conhecimento, a arte de ensinar a ler e escrever não têm sido
eficaz. As competências e habilidades na área de língua portuguesa adquiridas pelos
alunos do ensino básico estão longe de atingir as metas desejadas pelo MEC. Por este
motivo, senti a necessidade de fazer um estudo mais aprofundado sobre essas
dificuldades da Língua Portuguesa. Pretendo também compreender os fatores que levam
os alunos a sentirem dificuldades na leitura e na escrita nas escolas públicas do nosso
país.
CAPÍTULO I - LEITURA E ESCRITA

A importância da Escrita

A concepção da escrita está ligada à leitura, uma vez que as duas atividades fazem parte
do processo comunicativo entre o autor e leitor. Dado esse caráter social, diferentes
funções são desempenhadas pela escrita, como informar, auxiliar a memória, opinar,
divertir, entre outras que fazem parte da vida em uma sociedade letrada como a nossa,
não podendo, pois, essa ser tratada como uma atividade puramente escolar. Esse caráter
de funcionalidade da escrita impõe uma mudança de foco na prática pedagógica: a ênfase
deve recair no processo e não no produto. No ato de produção do texto, é fundamental
saber para quê e para quem a mensagem deverá ser expressa.

A escrita é uma grande preocupação para os pais e para os professores. Quando um


professor pega uma produção textual como uma carta, um bilhete ou um recado, a
primeira observação que ele faz são os erros ortográficos. Sabe-se que quando a criança
escreve como fala, essa produção de escrita é fonética. Sabe-se também que muitos
alunos escrevem as palavras desta forma. Mediante tal situação, o professor precisa
observar como os seus alunos se expressam oralmente ao se relacionar com os colegas,
para depois relaciona-los com a sua expressão escrita. É a partir daí que o professor
precisa trabalhar o dialeto dos seus alunos, para descobrir o registro fonético das
palavras.

A escrita serve como treino ortográfico, fazendo cópias o aluno vai descobrindo sua
produção caligráfica.

O aluno de hoje está exposto a uma multiplicidade de material escrito, mas é preciso ler
além do que está escrito. Cabe à escola contribuir para que o aluno seja capaz de
transitar por todos esses caminhos.

A Importância da Leitura

Para Freire (1989:11-12), a “leitura de mundo precede a leitura da palavra, daí que a
posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele”, uma vez
que ela seria a ponte para o progresso educacional eficiente, proporcionando a formação
integral do indivíduo.

A maior parte dos conhecimentos humanos é obtida por intermédio da leitura, por isso é
preciso ler muito, continuadamente e com regularidade, pois ler constantemente significa
aprender a conhecer, interpretar, decifrar e distinguir os elementos fundamentais dos
secundários.
Trabalhar a leitura em sala de aula ajuda o leitor a desenvolver bons padrões das
palavras, a boa articulação, o timbre de voz e a entonação adequada, a pontuação, entre
outras. Além disso, é claro que se deve trabalhar habilidades como a de ouvir e se fazer
ouvir.

Sabe-se que a leitura vai além de um saber expresso através de anotações. Por esse
motivo é preciso ler repetidamente por diversas vezes para poder entender melhor o que
está escrito. Ao pronunciar apenas uma palavra pode-se constituir um texto suscetível de
uma leitura. Por exemplo, as primeiras palavras de uma criança são possíveis ser
interpretadas. Ela está fazendo a leitura de um mundo que a cerca.

A leitura do mundo precede a leitura do texto, parafraseando Freire (1983, p. 22), e a


leitura do hipertexto é precedida por essas outras: a do mundo e a do texto. Assim,
acreditando nisso que assinala Paulo Freire percebemos que todos lemos a nós e ao
mundo à nossa volta para vislumbrarmos o que somos e onde estamos. A leitura é o
caminho necessário e essencial para a compreensão e a atuação do indivíduo no meio
social.

É lendo que adquirimos novos conhecimentos, desafiamos nossa imaginação e


descobrimos o prazer de pensar e sonhar. O aluno com dificuldade em leitura perde a
oportunidade de entender a riqueza de aprender e compreender o funcionamento e as
características da vida. É por meio da leitura que se tem acesso à cidadania, a melhores
posições no mercado de trabalho, um entendimento mais profundo da vida em sociedade,
à construção de uma personalidade mais crítica e, portanto, mais livre para que se
busque a felicidade pretendida por todos.

Reflexão Sobre a Alfabetização

Podemos definir a alfabetização como um processo de contínua descoberta,


reconhecimento, relacionamento, interpretação e interiorização do universo da língua
escrita.

O processo de alfabetização se identifica com a própria comunicação. A criança, para


aprender a falar, interage com quem está a sua volta e aprende a falar.

Na alfabetização, a criança também deve atuar como sujeito do processo de aquisição da


língua escrita. Será um ser ativo na aprendizagem da leitura escrita mediante a interação
com o meio ambiente, com o outro e consigo mesma. Dessa forma, é importante que o
professor gere ações, onde a criança possa vivenciar temas interessantes, estimulando-a
com atividades prazerosas de leitura e escrita, buscando sempre o sentido daquilo que se
lê e se escreve, interagindo com o objeto de conhecimento que é a linguagem escrita e
oral, trocando conhecimentos e estabelecendo relações com as outras áreas de
aprendizagem que criem condições para que a criança se alfabetize sem nenhuma
dificuldade.

Assim, é pensando e agindo, formulando hipóteses, refletindo e construindo o próprio


saber que a criança ira ler e escrever o mundo.

De acordo com Ferreiro (1991):

“Os dois polos do processo de aprendizagem (quem ensina e quem aprende) têm sido
caracterizados sem que se leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do
objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem”.

Aprendizagem é troca, interação, participação; é o resultado de um confronto entre


diferentes hipóteses ou pontos de vista. Portanto, a presença do outro é de fundamental
importância para a aquisição da aprendizagem .

Desenvolvimento da Escrita

Inúmeras pesquisas já comprovaram que as crianças de classes diferenciadas aprendem


a ler e a escrever da mesma maneira. Num primeiro estágio, distinguem o que é desenho
do que é escrita. No contato com o professor e em atividades regulares de sala de aula,
elas passam a refletir sobre a organização do nosso sistema de escrita. As descobertas
de Emília Ferreiro revelam que essa construção do conhecimento tem fases com degraus
intermediários entre elas:

 no nível pré-silábico, a criança constrói dois critérios: que é preciso uma quantidade
mínima de letras (três) para que se possa ler e escrever e elas precisam ser
diferentes;

 no silábico, ela costuma usar uma letra para cada sílaba (PFOA para professora, por
exemplo);

 no alfabético, se estabelece a relação direta entre as letras e os sons (mas ainda são
comuns os erros de ortografia, como em CAZA);

 e só no ortográfico o aluno começa a dominar as regras do sistema alfabético para


produzir textos corretamente.

Essas hipóteses acontecem em todas as crianças e vão evoluindo gradativamente em


sua aprendizagem, através da escrita na qual a criança vai associar os sons.

Para que a criança chegue ao patamar desejado, é importante que o educador saiba
organizar, sistematizar, adequar a métodos que sejam suporte e orientação no processo
de elaboração do conhecimento da leitura/escrita, com isto ela irá conseguir vencer todos
os níveis até chegar ao ortográfico “lendo e escrevendo”.
Com a aplicação de métodos evolutivos a criança terá uma aprendizagem significativa. É
preciso organizar o trabalho educativo para que os alunos experimentem, vivenciem a
prática de produção de textos. O documento PCN’s/LP assinala:

“É necessário, portanto, ensinar o aluno a lidar tanto com a escrita da linguagem – os


aspectos notacionais relacionados ao sistema alfabético e às restrições ortográficas –
como com a linguagem escrita - os aspectos discursivos relacionados à linguagem que se
usa para escrever. Para tanto é preciso que, tão logo o aluno chegue à escola, seja
solicitado a produzir seus próprios textos, mesmo que não saiba grafa-los, a escrever
como lhe for possível, mesmo que não o faça convencionalmente”. (1997, p. 68).

A leitura e a escrita são conhecimentos complementares no desenvolvimento da


competência textual do aluno.

Desenvolvimento da Leitura

O grande desafio do educador é compreender o processo e procurar agir de forma


dinâmica e diversificar ao realizar atividades que desenvolvam as habilidades da
linguagem verbal como: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. A leitura é a habilidade
linguística mais difícil e complexa. A leitura é um processo de aquisição da lectoescrita e,
como tal, compreende duas operações fundamentais: a decodificação e a compreensão.

A decodificação é a capacidade que temos como escritores ou leitores ou aprendentes de


uma língua para identificarmos um signo gráfico por um nome ou por um som. Esta
capacidade ou competência linguística consiste no reconhecimento das letras ou signos
gráficos e na tradução dos signos gráficos para a linguagem oral ou para outro sistema de
signo.

A aprendizagem da decodificação se consegue através do conhecimento do alfabeto e da


leitura oral. Conhecer o alfabeto não significa apenas o reconhecimento das letras, e sim,
entendermos a evolução da escrita como: a pictográfica (desenho figurativo), a
ideográfica (representação de ideias sem indicação dos sons das palavras) e a
fonográfica (representação dos sons das palavras).

As funções essenciais da leitura são: transformar, compreender e julgar.

 Transformar, em leitura, se dá quando o leitor converte a linguagem escrita em


linguagem oral.

 Compreender se efetiva quando o leitor consegue captar ou dá sentido ao conteúdo


da mensagem.

 Julgar é capacidade que o leitor tem de analisar o valor da mensagem.

Os processos básicos da leitura são também chamados de “processos de nível inferior”.


Sua finalidade é o reconhecimento e a compreensão das palavras. Dentro destes se
encontram a decodificação e a compreensão de palavras. Já os “processos de nível
superior” têm por finalidade a compreensão de textos.

Os processos básicos que se voltam à decodificação e à compreensão de palavras são


particularmente importantes nas primeiras etapas da aprendizagem da leitura e devem ser
bem assimilados até o quinto ano, já que um déficit em alguns alunos e impede o
desenvolvimento dos processos superiores de compreensão da leitura.

Leitura com Prazer

A leitura, parte de um processo que também se desenvolve de forma gradual, é um hábito


a ser adquirido e deve ser fonte de prazer e não apresentada de forma obrigatória através
de imposição ou cercada de castigos e ameaças.

A leitura reflete-se de forma significativa na escrita da criança (e do adulto), na medida em


que, ao ler, memorizamos as correspondências ortografia-som sem memorizar regras, e
apreendemos também as exceções das mesmas, além de ampliarmos o vocabulário e o
conhecimento das estruturas de diferentes textos, o que aumenta o repertório e reflete-se
em uma escrita melhor.

É muito importante para a criança viver em um ambiente familiar letrado. Do ponto de


vista psicológico e cultural as crianças normalmente desenvolvem as competências
fundamentais para a leitura no contato com irmãos, adultos, vizinhos, por meio de
interações, conversas e brincadeiras. Neste sentido, o desenvolvimento é natural e as
competências são aprendidas de maneira informal. Mas grande parte das crianças
oriundas de ambientes extremamente pobres não tem oportunidade de desenvolvê-las.
Ela já valoriza o contato com jornais, revistas, livros, etc.

Os adultos que participam da vida da criança têm papel fundamental no aprendizado da


leitura e escrita. Por isso é importante que sejam modelos de leitura, que leiam
frequentemente para a criança e que introduzam a leitura em sua vida o mais cedo
possível. Afinal, ler é um hábito a ser desenvolvido e, como todo o hábito, só se instala se
for realizado muitas vezes.
Fatores que dificultam a Aprendizagem da Leitura e Escrita

Sendo a aprendizagem um processo constituído por diversos fatores, é importante


ressaltar que além do aspecto fisiológico referente ao aprender, como os processos
neurais ocorridos no sistema nervoso, as funções psicodinâmicas do indivíduo necessitam
apresentar um certo equilíbrio, sob a forma de controle e integridade emocional para que
ocorra a aprendizagem.

De acordo com Caraher:

“Uma criança sadia, ao ingressar na escola, já sabe falar, compreende explicações,


reconhece objetos e formas desenhadas e é capaz de obedecer a ordens complexas..
Não há razão para que ela não aprenda também a ler”. (2002, p. 7).

Toda criança encontra alguma dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita. Muitas


delas superam-se durante o processo de aprendizagem, mas outras não conseguem e
através de testes de inteligência é possível detectar que são crianças com dificuldades de
aprendizagem. Geralmente essas crianças costumam repetir o ano escolar várias vezes.

Certas dificuldades podem surgir por diversos motivos, como problemas na proposta
pedagógica, capacitação do professor, problemas familiares ou déficits cognitivos, entre
outros. Assim que identificados, os pais devem procurar orientações de um profissional
habilitado para que medidas adequadas sejam tomadas.

Leitura e escrita no contexto social

É consenso no país que nossa Educação vai mal. E isto é um nó que precisamos desatar,
de uma maneira específica “alfabetizar bem” as crianças no primeiro ano escolar,
principalmente as que têm dificuldades de aprendizagem. Essas crianças com fracasso
no início de escolaridade vêm de famílias que não têm acesso à leitura e à escrita e, mal
atendidas pelo sistema de ensino, o que acaba deixando o aluno permanecer numa
situação caótica.

É necessário um diagnóstico para conhecer o nível em que está a turma. Deve-se


perceber os avanços e as dificuldades dos alunos, para planejar uma boa aula e propor
atividades adequadas para leva-los ao desenvolvimento ainda maior. O saber ler e
escrever se caracteriza como um elemento necessário para sua autonomia em relação à
comunicação com a família e com o meio; e mais expressivamente no campo das
representações sociais.

Através da leitura, exercitamos nossa inteligência e nos integramos com o mundo,


adquirindo novos conhecimentos. A leitura como a escrita tem um lugar importante na vida
das pessoas, elas nos dão o poder do conhecimento, a capacidade de associar ideias,
planos, sintetizar assuntos, tornam-nos mais críticos e renovam a nossa criatividade.
A tarefa de escrever, por sua vez, exige uma série de atitudes conscientes e
conhecimentos pré-adquiridos pelo escritor, envolvendo toda sua historicidade e um
exercício do ato de ler.

“Para aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade de textos escritos,


testemunhar a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se
com as reais questões que a escrita coloca a quem se propõe produzi-la, arriscar-se a
fazer como consegue e receber ajuda de quem já sabe escrever. Sendo assim, o
tratamento que se dá à escrita na escola não pode inibir os alunos ou afastá-los do que se
pretende; ao contrário, é preciso aproximá-los, principalmente quando são iniciados
“oficialmente” no mundo da escrita por meio da alfabetização. Afinal, esse é o início de um
caminho que deverão trilhar para se transformarem em cidadãos da cultura escrita”.
(PCN, 1997, p.66).

CAPÍTULO 2

CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM

Perfil do Profissional Docente

Ao longo dos tempos, foram atribuídos vários papéis ao professor: protetor da criança,
vigia, detentor do saber, enfim, diversas concepções sobre a natureza do trabalho
docente que se relacionam com as diferentes teorias pedagógicas.

Há educadores que questionam sobre o papel do professor na atividade educativa. Alguns


afirmam que o professor é um facilitador da aprendizagem, outros dizem que o professor
é um transmissor da cultura e conhecimento, mas a função primordial é garantir ao aluno
o acesso ao conhecimento. É importante considerar que o conhecimento é o ponto de
partida para a criatividade. O homem, para criar precisa ter uma base sólida de
conhecimento, e ser crítico implica uma maneira de se relacionar com o conhecimento
que ultrapassa a espontaneidade e a reflexão superficial.

Uma educação formal desenvolvida pela escola tem como missão ultrapassar o senso
comum, portanto um dos objetivos específicos: proporcionar ao aluno a aprendizagem de
conhecimentos básicos que possibilitem seu desenvolvimento e o entendimento da
realidade que o cerca.

Uma vez que a função social da escola é transmitir o conhecimento socialmente


construído o papel do professor é o de mediador entre o aluno e os conteúdos a ser
aprendidos. O professor deve ter clareza dos objetivos de ensino e conhecer o que seus
alunos já sabem para melhor organizar suas intervenções, criando condições para que os
conteúdos sejam sistematizados e acompanhados no decorrer do processo ensino/
aprendizagem.
Para que o professor ensine com responsabilidade e compromisso é necessário saber
que a metodologia e as estratégias de ensino são elementos norteadores ao seu trabalho
e não perda de tempo, como muitos falam, e devem estar presentes na organização e no
desenvolvimento de sua tarefa educativa, por isso, estudadas, exploradas e aplicadas
segundo sua conveniência.

O educador de sucesso precisa ter comprometimento político com o que faz.


Compreendendo a sociedade em que vive, terá clareza daquilo com que está
comprometida sua ação, trabalhando para que a sociedade se modifique. Ele também
necessita conhecer bem o campo científico com o qual trabalha, para desempenhar com
adequação sua atividade.

Ensinar não significa, simplesmente, ir para uma sala de aula onde se faz presente uma
turma de alunos e “despejar” sobre ela uma quantidade de conteúdos. O professor
necessita possuir habilidades na utilização e aplicação de procedimentos de ensino. É
como diz Vigtosky “O único bom ensino é aquele que adianta ao desenvolvimento”.

O processo educativo exige envolvimento afetivo. Daí vem a “Arte de ensinar”, que nada
mais é que um desejo permanente de trabalhar.

O aluno com fracasso escolar sofre problemas psicologicamente e fisicamente, e se sente


incapaz de assimilar os ensinamentos. É importante que os professores não deixem de
lado os alunos problemáticos, vale resolver os problemas, visando reintegrá-los nos
bancos escolares. E o problema escolar deve ser diagnosticado, prevenido e curado a
partir de dois personagens: o ensinante e o aprendente, ou seja, o fracasso de quem
ensina ou quem aprende. É preciso descobrir a área que se encontra mais comprometida
com a dificuldade, para que o professor tente minimizar essas dificuldades por meio de
uma intervenção eficaz, para que o aluno consiga superar o fracasso e ter sucesso nos
estudos.

Motivação na Aprendizagem

Para que o aluno sinta o desejo de aprender ou fazer algo, necessita ser motivado, dentro
de um processo dinâmico. Como sabemos, a motivação é a mala mestre do
comportamento de aprendizagem.

A motivação pode ser interna (intríseca), quando leva o indivíduo a buscar, e


superar desafios. O feedback recebido em função do que fez para enfrentar esses
desafios repercute em seu conceito sobre sua competência, suas habilidades, sua alta
eficácia e, portanto, em sua capacidade para iniciar ações relevantes para sua vida.

Este tipo de motivação manifesta-se sempre que a curiosidade e o interesse energizam e


dirigem a aprendizagem do aluno. Quando o professor ajuda o aluno a querer superar os
desafios e objetivos estabelecidos pelas escolas e professores, automaticamente está
ajudando o aluno a tornar-se mais capaz de adaptar-se a novos desafios.
A motivação é externa (extrínseca), são fatores que surgem de fora da pessoa para movê-
la rumo à realização de certas ações que ela não colocaria em prática, exemplo:
incentivos, prêmios, elogios, pagamentos, reforços e estímulos. Mas a motivação
extrínseca sempre será mais fraca do que a motivação, baseada em interesses ou
reforços intrínsecos.

Portanto, o desejo de motivar o comportamento de alunos mediante reforços como os


descritos, requer muito tempo e estratégias concretas para combina-los com o uso de
mediação cognitiva, ou seja, com o ensino de “ideias” ou estratégias internas que os
alunos podem aprender a usar como guia e apoio para desenvolver o autocontrole. O
professor tem como objetivo estimular ao máximo os alunos a sentir a satisfação de poder
fazer as coisas, cumprir seus desejos, ajudar os outros, porque ele estará assegurando o
sucesso dos alunos.

A motivação pode ser individualizada, se os alunos têm diferentes níveis de


aprendizagem, isso significa que também têm diferentes níveis de motivação. O professor
que sabe usar adequadamente contingências de reforço como forma de motivação
(prêmios e sanções) pode lograr melhores resultados com esses alunos e terão mais
sucesso.

Com base nas ideias de Araújo e Oliveira, “A variação de metodologia possivelmente é


mais crucial para os alunos quem têm dificuldade em acompanhar o ritmo das aulas e que
requerem um atendimento mais personalizado e maior flexibilidade. Frequentemente se
eles não aprenderem na primeira explicação, uma nova explicação, usando metodologia
diferente, pode ajuda-los mais do que simplesmente repetir a mesma coisa da mesma
forma”(P.322).

Participação da Família na Vida dos Educandos

Os primeiros passos para se obter a aprendizagem, origina-se da família, que sejam filhos
de pais analfabetos ou não. No entanto a partir do desenvolvimento da linguagem, a
criança começa a obter seu conhecimento.

De acordo com Araújo e Oliveira, “Num ambiente familiar rico do ponto de vista
psicológico e cultural as crianças normalmente se desenvolvem as competências
fundamentais para a leitura no contato com irmãos, adultos, vizinhos, por meio de
interações, conversas e brincadeiras. (...) Essas competências são aprendidas de
maneira informal. Mas grande parte das crianças oriundas de ambientes externamente
pobres não têm oportunidade de desenvolvê-las”.(P.61)

E como sabemos educar é uma tarefa de todos. Assim como os professores, os pais
querem o melhor para as crianças, pensam em um futuro com mais oportunidades de
serem felizes e de se realizarem na vida profissional e pessoal. E para que esses sonhos
possam tornar-se realidade, nossas crianças precisam desenvolver-se cada vez melhor.
O envolvimento da família na vida escolar das crianças é fundamental, pois ela é capaz
de despertar o interesse e a curiosidade delas e incentivar a sua aprendizagem. É
importante que acompanhe a vida escolar delas, valorizem suas atividades, estimulem-
nas a gostarem de aprender e a serem curiosas também na vida fora da escola. É por
meio dessas atitudes e das concepções de alunos, pais e professores, é possível orientar
o ensino das disciplinas de modo a torná-las uma experiência escolar de sucesso.

Os pais devem ajudar seus filhos logo no início, fazendo um acompanhamento frequente
e buscando extrair o que aprendeu na escola de modo que o ajude a aplicar novos
conhecimentos na rotina do dia-a-dia. O interesse dos pais, bem como do próprio aluno,
formam uma mescla de agentes diretamente ligados à aprendizagem.

Outro problema que afeta na aprendizagem escolar é a indisciplina que é o inimigo


principal do educador porque dificulta o seu convívio em grupo e em sociedade. Isto não
quer dizer que o aluno indisciplinado tenha dificuldade em aprender, mas deixa a sala de
aula uma verdadeira desordem principalmente na relação professor-aluno. Pois ele
provoca sérios problemas como: bagunça, tumulto, falta de limites, maus
comportamentos, desrespeito as autoridades, etc. Este tipo de aluno está exposto à
vários perigos, pois podem enfrentar a tentação das drogas, marginalidade, e nesse
momento “escuro”, o filho precisa urgentemente da ajuda dos pais. Este que deve ter
conversas abertas a todos os tipos de assuntos que podem ajudar em determinadas
decisões dos filhos. Muitos pais ao invés de conversar, repreendem seus filhos o que
impossibilita o diálogo e compreensão para se buscar a educação.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica,observação


as questões apresentadas.
A parte teórica deste trabalho apoia-se em especial nas teorias Emília Ferreiro, Paulo
Freire, Vigotsky, Luiz Cagliari entre outros que permitiu o desenvolvimento geral do
estudo proposto.
Este estudo foi divido em dois capítulos. No primeiro capítulo manifesta um enfoque
sobre questões referentes á leitura e escrita; no segundo capítulo manifesta as
contribuições no processo de aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante esta pesquisa foi discutido diferentes posicionamentos teóricos que fomentaram
o estudo da aquisição da leitura e escrita. E no processo de escolarização do indivíduo é
visto como sinônimo de aprendizagem, mas a compreensão do texto a ser alcançada por
sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e o contexto. A partir desta
perspectiva, uma parte dos problemas que o aprendente tem que resolver, refere-se ao
domínio de seu uso, isto é, precisa sempre do apoio de um mediador, que oferece
métodos para chegar a uma compreensão. Resta-se ainda alguns pontos obscuros neste
desenvolvimento, especialmente os que se referem ao domínio dos aspectos
morfológicos e sintáticos. Provavelmente, em um futuro não muito distante, novos
desenvolvimentos permitir-nos-ão compreender melhor a aquisição da leitura e escrita.
Pois sabe-se também que muitos alunos têm muita dificuldade de seguir uma sequencia
didática para produzir textos e os erros ortográficos é um fracasso.

Compreendemos que a realidade é dura e árdua nas Escolas públicas do nosso país.
Mas é preciso que haja colaboração entre todos os sistemas; pois só teremos educação
de qualidade para todos, se os sujeitos dos sistemas lutarem para transformá-la; haja
visto que, o processo de ensino e aprendizagem está centrado diretamente buscando
transformar o meio social, cultural e profissional com vista em adquirir conhecimento para
sua formação e construir sua própria história de vida.

Portanto, essas foram as minhas observações e comentários sobre leitura e escrita.


Espero que os estudiosos continuem aprofundando seus conhecimentos sobre este tema
para amenizar essas dificuldades e melhorar o nível de aprendizagem dos nossos
educandos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1997.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais –


PCN’s. Brasília; Ministério da Educação e do Desporto, 1997.

CARRAHER, Terezinha Nunes (org). Aprender Pensando. Petrópolis. Vozes, 2002.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo. Scpione, 1989.

FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 15ª ed. São Paulo, Cortez, 2004.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que completam. São Paulo.
Autores associados, Cortez, 1989, (coleção polêmica do nosso tempo).

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: Aspectos Cognitivos. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1994.

MARTINS, Maria Helena (org). Questões de linguagens. São Paulo. Contexto, 1994.
(Coleção Repensando o ensino). Vários autores.

OLIVEIRA, João Batista. Araújo. Alfabetização de Crianças e Adultos: novos parâmetros.


Belo Horizonte: Alfa Educativa, 2004.

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