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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

ENGENHARIA MECÂNICA

ESTUDO SOBRE MANCAIS

Yohan Valadares Moreira dos Santos

São João del Rei, junho de 2019


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
ENGENHARIA MECÂNICA

ESTUDO SOBRE MANCAIS

Yohan Valadares Moreira dos Santos

Trabalho apresentado à Profª.


Tatiane O. Rosa, na disciplina
Elementos de Máquinas I, do
curso de engenharia mecânica,
da Universidade Federal de São
João del Rei – Minas Gerais,
como requisito parcial para
aprovação na disciplina.

São João del Rei, junho de 2019


Trabalho Elementos de Máquinas I – Mancais

1) Quais os tipos de lubrificação de acordo com o grau de separação das


superfícies em contato?
Os tipos de lubrificação de acordo com o grau de separação são três,
sendo lubrificação hidrodinâmica, lubrificação de filme misto e lubrificação
de contorno.
Na lubrificação hidrodinâmica, as superfícies estão completamente
separadas pelo filme lubrificante, fazendo com que a carga seja suportada
pela pressão do fluido e o coeficiente de atrito fica entre 0,002 e 0,010.
Na lubrificação de filme misto, apenas os picos das superfícies que ficam
em contato intermitente, e o restante com o apoio hidrodinâmico. O
coeficiente de atrito fica entre 0,004 e 0,10.
Na lubrificação de contorno, a superfície de contato é continua e o
lubrificante é repetidamente aplicado. O coeficiente de atrito nesse caso fica
entre 0,05 e 0,20.

2) Explique a teoria hidrodinâmica.


A teoria de lubrificação hidrodinâmica está associada ao estudo de
Osborne Reynolds, do laboratório de investigação dos mancais utilizados
nas vias férreas na Inglaterra durante a década de 1880 por Beauchamp
Tower. Ao introduzir óleo lubrificante no furo de óleo, ele percebeu que a
pressão hidrodinâmica o forçava para fora. Ele percebeu que o somatório de
pressões hidrodinâmicas locais, multiplicado pela área diferencial projetada
do mancal, era igual à carga suportada por ele.
A análise teórica de Reynolds aplicável ao escoamento unidimensional
entre placas planas, conduziu a equação fundamental da lubrificação
hidrodinâmica. Ela pode ser aplicada aos mancais com munhões, pois seus
raios são muito grandes em comparação com a espessura do filme de óleo.
O escoamento unidimensional considera desprezível o vazamento lateral do
mancal, sendo válido para mancais cuja relação L/D seja maior do que 1,5.
3) Como é constituído um mancal de deslizamento? Quais os tipos.
Os mancais deslizantes são também chamados de mancais planos e eles
são de dois tipos: mancais de munhão ou mancais de luva, que são
cilíndricos e suportam cargas radiais e os mancais axiais ou de encosto, que
geralmente são planos, e no caso de eixos rotativos, suportam cargas axiais.

4) Como são classificados os mancais de rolamento e quais suas


características?
Os mancais com elementos rolantes podem ser de esferas ou de roletes.
Os mancais de esferas podem operar com velocidades maiores e os de
roletes podem suportar cargas maiores. A maioria dos mancais com
elementos rolantes podem ser classificados em três categorias: radiais, para
suportar cargas na posição radial; de encosto ou de contato axial, e de
contato angular, para suportar cargas axiais e radiais combinadas.
Os mancais de rolete também são classificados quanto à sua
configuração, podendo ser, cilíndricos, esféricos, cônicos ou de agulha,
sendo esse último, um caso de mancal cilíndrico em que a relação entre
diâmetro e comprimento é igual ou maior do que quatro.

5) O que é a teoria do dano cumulativo?

A teoria do dano cumulativo faz a predição da vida por fadiga de um


componente cujas intensidades de tensões variam aleatoriamente. O
procedimento para ser calculado foi proposto pelo sueco Palmgren em 1924
e pelo estadunidense Miner em 1945 e ficou conhecido como regra linear do
dano cumulativo.

Eles propuseram que se um componente é carregado de forma cíclica a


um nível de tensão que causa falha em n ciclos, cada ciclo desse
carregamento consome parte dos n ciclos de vida do componente. A regra
de Palmgren ou Miner é expressa pela Equação 1:
𝑛𝑗
∑𝑗=𝑘
𝑗=1 =1 (1)
𝑁𝑗
6) Um mancal de deslizamento com L = 25mm, D = 50mm e uma folga
diametral de 0,05mm suporta uma carga de 1800N enquanto gira a 1800
rpm. Óleo SAE 10 é utilizado, com uma temperatura média de filme de
55 ºC. Calcule o atrito pela equação de Petroff e a perda de potência.

Para o problema, sabe-se que a equação de Petroff (2) é descrita como:


𝜇𝑛 𝑅
𝑓 = 2𝜋 2 (2)
𝑃 𝑐

Figura 1 - Curvas de viscosidade versus temperatura para oléos SAE

Através da Figura 1, pode-se observar que a viscosidade absoluta para o


óleo SAE 10 é de aproximadamente 2,4 𝜇𝑟𝑒𝑦𝑛 (16,547417495999998
𝑚𝑃𝑎. 𝑠), logo tem-se:
(0,01655 𝑃𝑎. 𝑠)(30 𝑟𝑝𝑠) 25 𝑚𝑚
𝑓 = 2𝜋 2 × × = 0,006804852689
1800 2 0,025 𝑚𝑚
𝑁⁄𝑚
0,05 𝑥 0,025
O torque de atrito pode ser obtido pela Equação 3, descrita a seguir:
𝑇𝑓 = 𝑓𝑊𝑅 (3)

0,05
𝑇𝑓 = (0,006804852689)(1800 𝑁) ( 𝑚) = 0,306218371 𝑁. 𝑚
2

A potência dissipada é calculada pela Equação 4:

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 2𝜋𝑇𝑓 𝑛 (4)

𝑃𝑜𝑡 = 2𝜋(0,306218371 𝑁. 𝑚)(30 𝑟𝑝𝑠) = 57,72080308 𝑁. 𝑚⁄𝑠 ≅ 58 𝑊

7) Para o mancal da questão anterior, utilizando as cartas de mancais,


determine a espessura de filme de óleo mínima, o coeficiente de atrito,
a pressão máxima do filme, os ângulos Φ, Ѳpmáx, Ѳp0, vazão total do
óleo e a vazão lateral.
Pelos dados do exercício anterior tem-se: D= 50mm, L= 25mm, c = 0,025mm,
n= 30 rps, W= 1800N e 𝜇 = 16,547417495999998 𝑚𝑃𝑎. 𝑠

𝑊 1800 𝑁
𝑃= = = 1440000 𝑃𝑎
𝐿𝐷 (0,025 𝑚)(0,05 𝑚)

𝑅 2 𝜇𝑛 25 2 (0,01655 𝑃𝑎. 𝑠)(30 𝑟𝑝𝑠)


𝑆=( ) ( )=( ) ( ) = 0,3447378645
𝑐 𝑃 0,025 1440000 𝑃𝑎

Utilizou-se, então, S = 0,35 e L/D = 0,5 como entrada em todas as cartas.


Figura 2-Carta para a variável espessura mínima do filme

Segundo a carta representada na Figura 2, ℎ0 ⁄𝑐 = 0,4, obtendo assim ℎ0 =


0,01𝑚𝑚. O mancal encontra-se na região ótima da carta.

Figura 3-Carta para a variável coeficiente de atrito


Segundo a Figura 3 temos (𝑅 ⁄𝑐 )𝑓 = 8,0, logo, calcula-se:
8(0,025𝑚𝑚)
𝑓= = 0,008
(25𝑚𝑚)

Figura 4-Carta para a determinação da pressão máxima do filme

De acordo com a Figura 4, sabe-se que 𝑃/𝑝𝑚á𝑥 = 0,37, logo 𝑝𝑚á𝑥 =


3891891,892 𝑃𝑎.

Figura 5-Carta para a determinação da posição da espessura mínima do filme, h0


Através da Figura 5, tem-se Φ = 49º

Figura 6-Carta para as posições de pressão máxima do filme e término do filme.

Pela Figura 6, acha-se Ѳ𝑝𝑚á𝑥 = 17,5° e Ѳ𝑝0 = 66°

Figura 7-Carta para a variável fluxo


𝑄
Pela Figura 7, 𝑅𝑐𝑛𝐿 = 4,8, logo, 𝑄 = 2250𝑚𝑚3 .

Figura 8-Carta para a relação entre o fluxo lateral e o fluxo total

𝑄𝑠
Pela Figura 8, temos que ⁄𝑄 = 0,72, assim o vazamento lateral que deve

ser realimentado por um “novo” óleo representa 72% do fluxo, enquanto os


28% restantes são circulados.

8) Um rolamento de esferas de contato radial nº 204 é utilizado em uma


aplicação com impacto considerado levemente moderado conforme a
figura. O eixo gira a 3.500 rpm e o rolamento está sujeito a uma carga
radial de 1.000 N e uma carga axial de 250 N. Qual a vida em horas para
uma confiabilidade de 90%?
Segundo a Tabela 14.2 de Juvinall e Marshek [1], o rolamento de esferas
de contato radial n° 204 possui uma capacidade de carga, C de 3,35 kN, para
uma vida de 90 x 106 revoluções com 90% de confiabilidade.
O exercício fornece a carga radial 𝐹𝑟 = 1000𝑁 e a carga axial 𝐹𝑡 = 250𝑁.
Assim temos que a relação 𝐹𝑡 /𝐹𝑟 =0,25.
Para mancais radiais de esferas com 0 < 𝐹𝑡 /𝐹𝑟 < 0,35, temos a Equação
5, que calcula uma carga equivalente radial pura 𝐹𝑒 .
𝐹𝑒 = 𝐹𝑟 (5)
Figura 10-Fatores de Aplicação Ka

Figura 9-Fator de confiabilidade Kr

Através da Figura 9, temos que Kr = 1,0 e pela Figura 10, o Ka = 1,5. Em


seguida, o número de revoluções pode ser obtido pela Equação 6.

𝐿 = 𝐾𝑟 𝐿𝑅 (𝐶/𝐹𝑒 𝐾𝑎 )3,33 (6)

6
3350 𝑁 3,33
𝐿= (1,0)(90 × 10 𝑟𝑒𝑣) ( ) = 1306946543 𝑟𝑒𝑣
1000 𝑁. 1,5

1 𝑚𝑖𝑛 1 ℎ
= 1306946543 [𝑟𝑒𝑣] × [ ]× [ ] = 6223,554965 ℎ
3500 𝑟𝑒𝑣 60 𝑚𝑖𝑛

9) Utilizando o rolamento de esferas de contato radial nº204, qual a carga


radial que pode ser suportada por este, considerando uma vida de 5.000
horas, 900 rpm, confiabilidade de 90% e sem impacto.
Segundo a Tabela 14.2 de Juvinall e Marshek [1], o rolamento de esferas
de contato radial n° 204 possui uma capacidade de carga, C de 3,35 kN, para
uma vida de 90 x 106 revoluções com 90% de confiabilidade. Pelas Figuras
9 e 10, obtemos 1,0 para Kr e Ka.
60 𝑚𝑖𝑛 900 𝑟𝑒𝑣
𝐿 = 5000 [ℎ] × [ ]× [ ] = 270000000 𝑟𝑒𝑣
1 ℎ 1 𝑚𝑖𝑛
Para obtermos a carga radial para o rolamento proposto no exercício, foi
usado a Equação 6.

6)
3350 𝑁 3,33
270000000 = (1,0)(90 × 10 ( )
𝐹𝑒 . 1,0
𝐹𝑒 = 2408,602601 𝑁

10) Um rolamento está sujeito a uma carga radial de 2 kN e uma carga axial
de 1 kN em um eixo que gira a 1.000 rpm. O eixo opera com impacto
levemente moderado. A vida requerida é de 5.000 horas, com apenas
2% de probabilidade de falha. Selecione um rolamento de esferas radial
da série 200 para esta aplicação.
Dado Ft e Fr são 1,0 kN e 2,0 kN, respectivamente, a relação Ft/Fr = 0,5 e
a força radial equivalente pode ser obtida pela Equação 7.
𝐹
𝐹𝑒 = 𝐹𝑟 [1 + 1,115 (𝐹𝑡 − 0,35)] (7)
𝑟

𝐹𝑒 = 2,0 × [1 + 1,115 × (0,5 − 0,35)] = 2,3345 𝑘𝑁

Visto que a confiabilidade do mancal é 98% e o eixo opera com impacto


levemente moderado, os valores para Kr e Ka são 0,33 e 1,5,
respectivamente. Calcula-se então a quantidades de revoluções L, sabendo
que a vida requerida é 5000 horas.

60 𝑚𝑖𝑛 1000 𝑟𝑒𝑣


𝐿 = 5000[ℎ] × [ ]× [ ] = 3 × 108 𝑟𝑒𝑣
1 ℎ 1 𝑚𝑖𝑛

Através da Equação 8, acha-se o Creq:

𝐶𝑟𝑒𝑞 = 𝐹𝑒 𝐾𝑎 (𝐿/𝐾𝑟 𝐿𝑅 )0,3 (8)

0,3
3 × 108 𝑟𝑒𝑣
𝐶𝑟𝑒𝑞 = (2,3345 𝑘𝑁)(1,5) ( ) = 7,008 𝑘𝑁
(0,33)(90 × 106 𝑟𝑒𝑣)

Segundo a Tabela 14.2 de Juvinall e Marshek [1], o rolamento de esferas


de contato radial n° 207 possui uma capacidade de carga, C de 8,50 kN,
para uma vida de 90 x 106 revoluções com 90% de confiabilidade.
11) Um rolamento de esfera angular nº 319 que gira a 150 rpm está
submetido a uma carga radial constante de 35 kN e uma carga axial de
15 e 80 kN por, respectivamente, 80 e 20% do tempo. Determine a vida
em horas do rolamento considerando impactos levemente pesados e
95% de confiabilidade.
Segundo a Tabela 14.2 de Juvinall e Marshek [1], o rolamento de esfera
angular n° 319 possui uma capacidade de carga, C de 45,5 kN, para uma
vida de 90 x 106 revoluções com 90% de confiabilidade. Sabendo que ele
conta com cargas axiais que variam com o tempo, acha-se uma carga radial
equivalente Fe para cada uma das cargas axiais.
Para o primeiro caso, onde a carga axial é de 15 kN, a relação 𝐹𝑡 /𝐹𝑟 ≅
0,43, portanto acha-se a Fe segundo a Equação 9.
𝐹𝑒 = 𝐹𝑟 (9)

Já para o segundo caso, onde a carga axial é de 80 kN, a relação 𝐹𝑡 /𝐹𝑟


assume um valor de aproximadamente 2,3, sendo necessário, então, achar
uma Fe pela Equação 10.

𝐹
𝐹𝑒 = 𝐹𝑟 [1 + 0,870 ( 𝑡 − 0,68)] (10)
𝐹𝑟

80
𝐹𝑒 = (35) × [1 + 0,870 × ( − 0,68)] = 83,894𝑘𝑁
35

Visto que a confiabilidade do projeto é de 95% e considerando impactos


levemente pesados, obtém-se, pelas figuras 9 e 10, Kr e Ka como 0,63 e 2,0,
respectivamente. Para cada um dos três casos, calcula-se a quantidade de
revoluções L através da Equação 6.

a) Para Fe1 = 35 kN, L = 13507797,35 rev


b) Para Fe2 = 83,894 kN, L = 735033,6498 ver
Considerando a regra de Palmgren ou Miner para dano cumulativo com o
k = 2, utiliza-se a Equação 1 e calcula-se os minutos de operação X.

𝑛1 𝑛
+ 𝑁2 = 1 (1)
𝑁1 2
120𝑋 30𝑋
+ =1
13507797,35 735033,6498

𝑋 = 20121,44671 min = 335,3574452 ℎ


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
[1] JUVINALL, R. C.; MARSHEK, K.M. Fundamentos do Projeto de
Componentes de Máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 2013

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